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Full text of "Archivos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro"

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VOLUME III 


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COMMISSÃO DE REDACÇÃO 


Dr. A. Pacheco Leão. 
Adolpho Ducke. 
Dr. Fernando Silveira. 


SUMMARIO 


DEDE OPEN 1 onte ai ira de digo nick r nl a pise lo: [OLD RR e du CU DAE A A RR I 


Plantes nouvelles ou peu connues de la ré- 


gion amazonienne (Ile Partie).......... ADOLPHO DUCKE ....... 3 


Poids spécifiques de quelques bois de Tétat 
de Pará, déterminés sur des échantillons 


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UND ctomeria nova... Lui. doce ra o tr P. Camros Porto....... 287 


Ueber einige interessante, neue orchidaceen 


ERASMIEAS gos su sor P os cre TAS o bs DL E Dr. R. SCHLECHTER..... 289 
Observações meteorologicas ............... M. A. Lorks DE OLIVEIRA 299 
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Nora — Toda a correspondencia deve ser dirigida ao Director do Jardim 


Botanico. 


JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO 


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REBERTO LOFGREN 


Com o desapparecimento de Alberto Lófgren perdeu o Brasil um dos 
mais esforçados estudiosos da sua opulenta natureza vegetal. 

Nascido em Stockholmo em 1854, sentiu, ainda no verdor dos annos, 
irresistivel attracção para as investigações nos dominios das sciencias na- 
turaces. 

Aos 21 annos terminou com brilho os estudos universitarios, sendo, logo 
após, convidado para fazer parte da expedição scientifica organizada por 
André Regnell em 1875, para trabalhos de botanica. 

Extincto aquelle emprehendimento em 1877, fixou residencia em Cam- 
pinas, Estado de S. Paulo, onde se dedicou à engenharia e ao magisterio, 
trabalhando na Companhia Paulista até a terminação da construcção em 
1881 e em seguida no Collegio Morton, leccionando materias de sua espe- 
cialidade. ê 

Em Abril de 1886, quando o Dr. Orville Derby organizou a Commis- 
sao Geographica e Geologica de S. Paulo, chamou-o para um dos seus 
auxiliares, e ahi encontrou Lôfgren vasto campo para a sua rara actividade. 

Nesse tempo publicou para divulgação, uma “Synonymia dos Nomes 
Populares das Plantas Indigenas de S. Paulo” (1895), e, em. seguida, 
um promptuario com o titulo “Colheita e preparo de plantas para her- 

erobario” (1897). 

Nos boletins da Commissão Geographica e Geologica de S. Paulo, 
y deu a lume artigos interessantes, destacando-se d'entre elles as “Contri- 
«> buições para a Botanica Paulista — Região Campestre” e o “Ensaio para 
ia distribuição dos vegetaes dos diversos grupos floristicos do Estado de 
es9. Paulo” (1895), primeiros ensaios para a Geographia Botanica do Es- 


HH 


tado. Nos boletins subsequentes discorreu expecialmente sobre Systema- 
tica. 

(Quando, mais tarde, foi creada a repartição, Alberto Lófgren obteve 
a nomeação de chefe das duas secções de Botanica e Meteorologia e de 
director do Horto Botanico Paulista, cuja organização elle já emprehendera 
anteriormente. 

Em 1909 deu à publicidade com H. L. Everett, uma obra de grande 
esforço e desenvolvimento “Systema analytico de plantas, ensaio de uma 
botanica descriptiva das especies mais frequentes em S. Paulo e outros 
Estados do Brasil”. 

Naquella data foi commissionado pela Inspectoria de Obras Contra as 
Seccas, para estudar as condições do sólo e da flora da região do nordeste 
flagellada pelas seccas, no sentido de seu aproveitamento agricola e pas- 
toril e, ainda, das possibilidades de seu reflorestamento. 

Às primeiras observações acham-se registradas na publicação daquella 
repartição, intitulada “Notas Botanicas” — Ceará (IgIo). 

Na segunda excursão percorreu, além do Ceará, a Parahyba, o Rio 
Grande do Norte, Pernambuco e Bahia, colhendo abundante e precioso 
material de herbario e valiosas observações mencionadas nas “Contribui- 
ções para a questão florestal do nordeste do Brasil”. 

Ainda no exercicio desta commissão fundou os hortos botanicos de 
Quixadá e de Joazeiro. 

Com a suppressão, em 1913, da secção botanica da Inspectoria de Obras 
contra as Seccas, foi contractado para exercer o cargo de chefe de secção 
do Jardim Botanico; em dezembro de 1917, concorreu ao concurso para 
o preenchimento deste cargo, obtendo o 1.º logar na classificação, sendo 
então effectivada a sua nomeação em Janeiro de 1918. 

No Jardim Botanico, iniciou Alberto Lófgren a organização do her- 
bario, assim como os estudos sobre as estructuras microscopicas das nossas 
mais importantes madeiras com o fim de pesquizar suas especificações his- 
tologicas e determinações micrographicas. 

Nos dois primeiros volumes dos “Archivos do Jardim Botanico” en- 
treteve farta collaboração. 

Funccionario modelar pela sua notada dedicação, rara assiduidade e 
reconhecida competencia nos trabalhos que lhe eram confiados, foi Lôfgren, 
nesses ultimos annos de sua vida, um grande e edificante exemplo para 
aquelles que com elle labutaram no mais intimo convívio. 


Poucos mezes antes de seu fallecimento deu á estampa um volume 
com o titulo de “Manual das Familias Naturaes Phanerogamas”. 


III 


— Na Sociedade de Agricultura muito contribuiu com os- seus co- 
nhecimentos, fazendo parte das commissões encarregadas de dar parecer 
sobre as importantes questões que alli se agitam. 


Os estudos de Geo-botanica e de Ecologia eram os de predilecção do 
illustre naturalista, revelados no seu “Ensaio para uma introducção de Eco- 
iogia Botanica” (I9I4), e, ainda, nas versões do sueco e do dinamarquez 
para o portuguez, das obras de Lindman e de Eugenio Warming, a pri- 
meira acerca da flora do Rio Grande do Sul, a segunda referente à “Con- 
tribuição para a Geographia Phytobiologica — Lagõa Santa”. 

Alberto Loófgren propugnou sempre com ardor e enthusiasmo pelo mo- 
vimento progressista e intellectual da sua patria adoptiva. 

Fundou o Instituto Historico e Geographico de S. Paulo; o Centro de 
Sciencias, Letras e Artes, de Campinas; a Sociedade Scientifica de São 
Paulo; era socio correspondente do Instituto Archeologico e Geographico 
de Pernambuco; do Gremio e do Instituto Cearense, e socio fundador e 
secretario da Sociedade Brasileira de Sciencias. 

No estrangeiro era socio correspondente das Academias de Stockholmo, 
Christiania, Copenhague, Berlim e Helsingfors; socio remido da Socie- 
dade Linneana, de Londres, e effectivo da Société International des Bo- 
tanistes. 

Além das distincções que lhe foram conferidas por instituições scien- 
tificas no Brasil e em paizes estrangeiros, recebeu demonstrações de consi- 
deração especial por parte do governo e agremiações de sua antiga patria. 
Assim, foi consul da Suecia em S. Paulo de 1891 a I9II; cavalheiro de pri- 
meira classe da ordem de Wasa, desde 1902, e recebeu a medalha Regnellia- 
na da Academia de Stockholmo em 1895. 

A bibliographia de Alberto Lófgren é extensa, constando de um gran- 
de numero de trabalhos, uns em fórma de artigos e ensaios publicados em 
jornaes e revistas, outros constituindo obras de folego editadas em volume. 
Assim, pois, fôra impossivel mencionar senão poucos entre os mais nota- 
veis, o que faremos obedecendo ao criterio da importancia do assumpto e 
do valor do trabalho como fonte de subsídio para a sciencia: 1888, A res- 
peito das Uvas de Matto Grosso; 1890, Contribuições para a Botanica Pau- 
lista, região campestre; 1890, A Sciencia em S. Paulo; 1892, Flora Pau- 
lista, Familia Compositae; 1895, o Manuscripto Botanico do Sr. Corrêa de 
Mello, de Campinas; Ensaio para a synonymia dos nomes populares das 
plantas indigenas do Estado de S. Paulo; 1896, A Flora da Lagõa Santa; 
1896, Ensaio para uma distribuição dos vegetaes nos diversos grupos flo- 
risticos do Estado de S. Paulo, Indice das Plantas de Herbario da Com- 


IV 


missão; 1897, Flora Paulista, Familia Campanulaceae; Hans Stadden, 
suas viagens e captiveiro entre os selvagens do Brasil, traducção do origi- 
nal allemão de 1557; 1902, À Familia Oedogoniaceae; 1903, A Devastação 
das Mattas; 1903, o Mangue; 1903, Monographia da “Rhipsalis megalan- 
tha”, especie nova; 1904, À Baunilha; 1904, Monographia da “Rhipsalis 
pilocarpa”, nova especie; 1905, As Formigas Cuyabanas; A Vegetação do 
Rio Grande do Sul, traducção do original sueco do Professor Dr. K. Lind- 
man; 1906, Plantas uteis indigenas ou para introduzir; 1906, La Flore de 
S. Paulo; 1906, Nova Chave para as Rhipsalideas Paulistas; 1907, Notas 
sobre as plantas Exoticas introduzidas no Estado de S. Paulo; Írgro, À 
Cobra Mussurana; 1gr1, À Flora em uma Região de Seccas; 1911, Segunda 
Excursão à Zona da Secca; 1912, Um Perigo Sério para os Coqueiraes do 
Littoral Brasileiro; A Flora Brasileira; 1914, Flora Brasileira não Bra- 
siliensis; 1915, O Radium na Agricultura, sua importancia para o Brasil; 
1815; O Genero Rhipsalis ; I917, Os Generos Zygocactus e Schlumbergera ; 
1917, Manual das Familias Phanerogamas; 1917, Nova Contribuição para o 
Genero Rhipsalis; 1917, Subsidios para a Flora Orchidacea. 

Alberto Lófgren falleceu na cidade do Rio de Janeiro, aos 30 de 
Agosto de I9I8. É 

O Jardim Botanico nestas concisas linhas, breves traços biographicos 
de uma existencia tão fecunda e digna, rende elevado preito de admiração 
e respeito à sua memoria. 


PLANTES NOUVELLES 
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Errata de la premiêre partie de ce travail (Archivos vol. 1) 


Page 30 ligne 


Explication des planches : 


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Plantes nouvelles ou peu connues de la 
région amazonienne 


(SR ARTIE) 


Cette nouvelle contribution à la connaissance des plantes amazoniennes 

est en grande partie le résultat d'une nouvelle série d'excursions à Pinté- 
rieur de PÉtat de Pará entrepise depuis les derniers mois de 1915, dans le 
but de compléter et-d'aprofondir mes études déja publiées, tout particuliere- 
ment celles qui se refeérent aux légumineuses; j'y joins encore quelques 
informations sur des végétaux appartenant à d'autres familles et qui me 
semblent présenter un interêt spécial par leur utilité ou même au point de 
vue purement scientifique. C'est ainsi que j'ai commencé à recolter des 
échantillons de bois, surtout des espéces peu ou pas connues des habitants 
ou qui ne sont pas mentionnées dans les travaux de J. Huber (1); cecim'a 
conduit à vérifier Vexistence de bois de valeur dans des genres botaniques 
ou on ne Pavait guêre soupçonnée, comme Cassia et Swartzia. M. Paul Le 
Cointe, ingénieur à Obidos, a bien voulu se charger de Vexamen de ces 
échantillons et m'a donné sur eux des informations que je reproduis tex- 
tuellement. 
—- Y'un des objets principaux que j'ai en vue dans ces travaux est de 
mieux élucider la distribution géographique des especes dans les différentes 
parties de Pimmense “hylaea”, dont une des moins explorées était, jusqu'à 
ces derniers temps, PÉtat de Pará, à Vexception des alentours de Santarem 
et Belém. 

La région la mieux connue de toute " “hylaea” est certainement en- 


(1) Voir surtout: Mattas e madeiras amazonicas, Boletim do Museu Goeldi 
(M. Paraense) VI. 


VR modos 


core aujourd'hui la Guyane britannique dont la flore des parties centrales 
et méridionales est une des plus intéressantes du monde; quant aux deux 
autres colonies voisines, on connait de la Guyane hollandaise un nombre 
de plantes plus grand que de la Guyane française, mais "importante flore 
arboréenne de cette derniére semble déja assez bien explorée, tandis que 
dans les listes des plantes de Surinam, on note "absence des noms d'arbres 
pourtant bien. connus dans toutes les contrées voisines. — Du bassin de 
"Amazone, c'étaient surtout les régions des limites de V'État d'Amazonas 
avec les pays voisins et les parties amazoniennes de ceux-ci qui attiraient 
Pattention des botanistes, comme le haut Rio Branco (freres Schomburgk 
et E. Ule), les hauts du Rio Negro (inclus PUaupés) et de POrénoque 
(R. Spruce), le haut Japurá ou Caquetá (Martius), le Huallaga (Poeppig, 
Spruce et Ule) et le territoire de "Acre avec les régions limitrophes du 
Pérou et de Bolivie (E. Ule). Ceux de ces botanistes qui ont remonté ou 
descendu le cours de "Amazone n'ont généralement stationné que peu de 
temps dans les parties moyennes ou inférieures du bassin, à [exception 
de Spruce pour les alentours de Santarem et de Manãos, et de Ule pour 
la derniére de ces villes. Poeppig réunit à Teffé une collection peu nom- 
breuse mais qui contient une forte proportion d'espéces de grands arbres; 
dans la région du Rio Pará, il explora les intéressantes campinas de Colla- 
res. Aux environs de la capitale du Pará et sur d'autres points de Ies- 
tuaire, des collections ont encore été réunies par Martius et Spruce ainsi 
que par Siber qui visita le bas Tocantins et par Burchell qui avait des- 
cendu cette riviêre depuis VÉtat de Goyaz. — Les palmiers et surtout les 
orchidées dAmazonie ont été recherchés par plusieurs collectionneurs, et 
quelques botanistes en ont fait Pobjet principal de leurs études, en par- 
ticulier Barbosa Rodrigues qui explora les parties orientale de Vétat 
d'Amazonas et occidentale du Pará et découvrit un grand nombre d'es- 
peces nouvelles, surtout dans quelques riviéres difficilement accessibles 
comme le Jauapery, PUrubú, le Uatuman, le Jamundá et le T'rombetas. 
La section botanique du museum de Belém do Pará, fondée par 
Jacques Huber, a dirigé son activité en premier lieu sur cet État dont 
la flore était beaucoup moins connue que celle de "État d'Amazonas. 
Occupé, à présent, à organiser une énumeration des légumineuses 
existentes dans IÉtat de Pará, j'ai vérifié que des environ 500 espéces 
déterminées dont se compose aujourd'hui la liste, moins de la moitié se 
trouvaient déja enregistrées comme habitant le territoire paraense, et 122 
ont été découvertes et décrites comme nouvelles pour la science par mr. 
Huber ou par moi. Des excursions botaniques ont été organisées par notre 
personnel dans les parties les plus variées de la vaste région amazonienne : 


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des collections méthodiquement faites aux diverses époques de Vannée ont 
été réunies dans le bas Amazone, dans les régions du bas et moyen Trom- 
betas et du bas Jamundá, sur le parcours du chemin de fer de Belém à 
Bragança, à Gurupá dans Pestuaire du grand fleuve et en quelques points 
des campos de la pointe nord-est de Tile de Marajó. Quant à mes explora- 
tions botaniques les plus récentes, je crois devoir mentionner spécialement 
celles qui ont eu pour but les régions des cours moyens du Xingú et du 
Tapajoz dont la flore était jusqu'ici totalement inconnue ; elles m'ont donné 
des résultats importants pour la géobotaniaue amazonienne et m'ont fait dé- 
couvrir, surtout au Tapajoz, un nombre inattendu d'espéces nouvelles (2). 

Il est encore impossible de fixer avec exactitude les limites de 
V“hylaea”, cette immense région de la forêt équatoriale de PAmérique du 
Sud dont " Amazonie et les Guyanes sont les éléments géographiques pré- 
pondérants. Les explorations de la mission Rondon, chargée de la constru- 
ction des lignes télégraphiques du Matto Grosso à "Amazone, ont dé- 
montré que contrairement à ce qu'affirment plusteurs auteurs, les Hevea 
et Bertholletia — les végétaux les plus connus et qui comptent parmi les 
plus typiques de la région — remontent le Tapajoz et les tributaires du 
Madeira jusqu'au plateau central de Matto Grosso; les Hevea pénetrent 
même dans la région des sources de quelques unes des riviéres qui forment 
le Paraguay. Il ny a donc pas de doute que la limite méridionale de 
P “hylaea” appartient toute entitre à PÉtat de Matto Grosso. — A” VEst, 
la limite de notre région semble suivre à peu pres les limites politiques 
orientales de PÉtat de Pará, en reculant seulement dans sa partie plus 
méridionale vers la division des eaux entre Xingú et Araguaya: on m'in- 
forme que sur la rive occidentale (paraense) de ce dernier prédomine 
encore la forêt, mais prês de Conceição do Araguaya (dans Pextrême sud 
de PÉtat de Pará) celle-ci n'aurait plus le caractére amazonien; il y aurait, 
par exemple, des forêts d'“aroeira” (Astronium) si caractéristiques du 
centre et nord-est sec du Brésil. Le Tocantins, en amont de la confluence 
du dit grand afíluent, aurait plutôt le caractére du nord-est sec. En re- 
montant le bas Tocantins jusqu'aux cataractes d'Itaboca, j'ai observé les 
derniers Hevea vers le pied des rapides inférieurs; plus au sud, la forêt, 
quoique composée de formes amazoniennes, s'appauvrit graduellement en 
espéces tandis que, dans la brousse et dans les endroits ouverts, se mon- 
trent peu à peu quelques éléments de la flore méridionale; ceux-ci sont 


(2) Ces voyages m'ont été grandement facilités par mrs. José Porphirio de 
Miranda et Raymundo P. Brazil, grands propriétaires dans les dites rivieres, auxquels 
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j adresse mes vifs remerciments. 


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assez nombreux dans les environs stériles des dites cataractes. Au nord- 
est, le Gurupy qui sépare les États de Pará et Maranhão, a encore le ca- 
ractêre nettement amazonien: les Bertholletia et les Hevea y sont fré- 
quents (3); celles-ci (H. brasiliensis et H. guianensis) vont même jus- 
qu'au haut Turyassú dans PÉtat de Maranhão, mais déja du Pirocaua, 
côté maranhense du Gurupy, nous avons reçu un certain nombre d'espéces 
étrangéres à 1'“hylaea”, ce qui nous démontre qu'ã Test de la dite ri- 
viêre commence la région de transition (de 1 “hylaea” à la flore des “ha- 
madryades” de Martius qui caractérise le nord-est sec du Brésil) qui 
s'étend du Gurupy au Parnahyba, limites politiques de PÉtat de Miaranhão 
(4) et comprend encore la partie nord de PÉtat de Goyaz. — La limite 
septentrionale de I““hylaea” appartient, dans toute son extension des 
Andes à T'Atlantique, au bassin de "POrénoque. Les Guyanes appartiennent 
à I“hylaea” et non à la “région des savanes ciséquatoriales” de certains 
auteurs allemands. Les savanes du sud de la Guyane anglaise qui s'éten- 
dent à I'état brésilien d'Amazonas ont une flore três semblable à celle des 
campos de !' Amazonie inférieure. Les hautes montagnes de la région ou 
se joignent les frontieres du Brésil, du Vénezuéla et de la Guyane britan- 
nique (dont le Roraima est jusqu'ici, "unique explorée) sont entourées 
de tout cóté par la flore de [“hylaea”; leur végétation splendide doit être 
considerée comme une formation alpine de cette derniére. — La limite 
occidentale de I'““hylaea” est tracée par les Andes, mais plusieurs es- 
peces caractéristiques des vallées chaudes de ces montagnes se sont pro- 
pagées, jusqu'a grande distance de celles-ci, dans la plaine amazonienne. 
H suffit de signaler la présence, dans le territoire brésilien de VAcre, 
de deux espeéces de Phytelephas. Dans ce territoire existent encore 
des formes meéridionales comme Phyllocarpus Riedehi et d'autres que, 
jusqu'ici, on ne connaissait que de Rio de Janeiro et régions voisines. A” 
Tarapoto dans le moyen Huallaga, localité déja bien explorée par Spruce 
et Ule, il y a mélange de formes andines et hyléennes et, ce qui est sur- 
prenant, un fort contingent d'especes méridionales. Dans le Japurá, un re- 
présentant du genre andin Cespedezia descend jusqu'au poste brésilien de 
la bouche de "Apaporis. 


(3) Information verbale de J. Huber qui m'a aussi communiqué avoir reçu 
de cette riviere, des échantillons de Tillandsia usncoides, bromeliacée epiphyte des 
plus connues en Amérique tropicale mais qui dans !'“hylaea” existe seulement dans 
des régions situées en dehors du bassin de 1 Amazone, comme la Guyane hollandaise. 


(4) Aux environs de la capitale de cet Etat, les éléments hyléens prédominent 
surtout au bord des ruisseaux ou se rencontrent en abondance le palmier assahy 
(Euterpe oleracea) et le bananier sauvage (Ravenala guyanensis). 


7 Ra 
Nos connaissances de la phytogéographie amazonienne sont encore 
beaucoup trop insuffisantes pour nous permettre d'établir définitivement 
les subdivisions naturelles qui existent necessairement dans une aussi vaste 
région. 
Dans sa partie voisme de PAtlantique, la flore de V“hylaea” est assez 
homogêne: les arbres de la Guyane française décrits par Aublet ont été 
pour la plupart retrouvés aux environs de la capitale du Pará et même 
à Bragança sur le littoral oriental de cet État. La richesse plus grande de 
la flore des terres riveraines de Vestuaire amazonien est due aux nom- 
breuses espéeces immigrées (5) des différentes parties du bassin et qui 
n'existent pas en Guyane (par exemple Fievea brasiliensis). Cette partie 
littorale de "“hylaea” dont une grande partie des cours d'eau est soumise 
à Vaction des marées et qui probablement ne comprend en Guyane qu'une 
zone plus ou moins étroite au pied des hauteurs oú les riviéres forment 
leurs principales chutes (6), remonte dans Testuaire de "Amazone jus- 
que vers Almeirim pénétrant dans le bas Jary et bas Xingú et s'étend au 
nord-est de celwi-ci sur les terres basses, jusqu'a la côte de Bragança et 
Vizeu. Cette région est (en dehors de quelques séries de campos qui accom- 
pagnent surtout Pocéan et les riviêres les plus importantes) couverte d'une 
forét ou la présence de nombreux végétaux à feuilles de dimensions avan- 
tageuses rappelle la. flore de "Amazonie supérieure; elle excede même 
cette dernieére dans Pabondance d'individus (mais non d'espéces) de pal- 
miers. On y noté cependant aussi le fort développement d'une famille rare 
dans /Amazonie occidentale, les vochysiacées, três bien représentées en 
nombre d'individus comme d'especes dont plusieurs endémiques. Entre 
“les végétaux três remarquables qui sont spéciaux à cette partie de E “hy- 
laea”, je peux citer les grandes arbres de la section Mora du genre Di- 
morphandra, les genres monotypiques Euxylophora (le “pão amarello” 
du Pará), Jacqueshuberia (d'une seule campina prês de Gurupá) (7), 
Macoubea, Pseudochimarrhis et Kotchubaea (de la Guyane française et 


(5) Quelques arbres fréquents dans la région de Vestuaire ne sont pas connues 
au bas Amazone, mais seulement dans quelques parties eloignées du bassin moyen 
ou supérieur du fleuve: par exemple Osteophloeum platycarpum, Bauhinia yuti- 
“lans, Cassia adiantifoha, Qualea cassiquiarensis. 


(6) En remontant les riviéres de la Guyane anglaise, Schomburgk a observé, 
entre le 5º et le 4º dégré de latitude, un changement important de la vegétation. 


(7) Une des localités les plus riches que je connais; on y trouve en dehors 
des formes répandues dans I'estuaire, beaucoup d'éléments de la flore du bas Amazone 
proprement dit, et j'y ai découvert plusieurs espéces remarquables non encore ob- 
servées en d'autres endroits. : 


E ques 


de Vestuaire et littoral paraense), une forme três spéciale du genre Or- 
mosia (le “buiussú” — O. Coutinho: — des riviéres de Vestuaire et du 
littoral à [Vest de celui-ci), et la seconde espece bien distincte du genre 
Bixa (B. arborea, recemment découverte dans les terres entre Belém et 
Bragança). Les orchidées y sont assez nombreuses mais ont rarement de 
belles fleurs; ce fait constaté par Pulle pour la Guyane hollandaise, est 
pleinement confirmée pour la région correspondante de VÉtat de Pará. 

La partie sud-est de 1 “hylaea” est parcourue par le moyen Tocan- 
tins, en amont jusqu'ã la confluence de "Araguaya (et peut étre, le cours 
inférieur de celui-ci), le moyen et le haut Xingú, et les cours moyens 
et supérieurs des rivieres d'importance secondaire situées entre Xingú 
et Tocantins et à Test de celui-ci; elle est couverte d'ume forêt de grande 
taille mais qui ne semble pas trop riche en especes. J'ai déja parlé du 
Tocantins en me reférant aux limites orientales de V“hylaea”. La flore 
riveraine de son cours moyen est d'une pauvreté étonnante, les arbres 
appartiennent presque tous à des especes largement distribuées sur les 
parties moyennes du continent ou qui sont, au moins, des plus communes 
dans tout le bassin amazonien (Campsiandra laurifolia — Tarbre le plus 
fréquent —: Piranhea trifoholata, Cassia apoucouita, Cynometra Spraut- 
ceana, Ficus sp., Terminalia tanibouca, Inga sp.). La rareté des épiphytes 
y est remarquable, elle doit être attribuée, au moins en partie, à la sé- 
cheresse accentuée de Tété. — Le Xingú est três peu exploré; la flore de 
son cours moyen (ou j'ai visité les environs d'Altamira, immediatement 
en amont de la grande “Volta”) a une affinité fort accentuée avec la 
flore du moyen “Tocantins, n'étant enrichie que par três peu d'éléments 
des régions situées à Pouest (“Tapajoz, etc.). La seringueira (Hevea bra- 
sliensis) habite le Xingú jusque dans son cours supérieur (du reste in- 
connu sous le point de vue botanique): mile. E. Snethlage (du musée 
du Pará) [a trouvée en abondance dans le haut Iriri, ao 10º dégré 
de latitude. 

La partie nord-est de P“hylaea”, formée par le massif guyanais, 
s'étend depuis les hautes terres des Guyanes et de Vancien Contesté de 
"Amapá au moyen et haut Trombetas et jusqu'au haut Rio Branco; ce 
sont des régions en grande partie inconnues, ou des collections n'ont été 
réunies que dans quelques parties des hautes Guyanes et dans les bassins 
du haut Rio Branco et du T'rombetas, lesquels, d'ailleurs, possedent déja 
beaucoup d'éléments de la flore du moyen nord de I'“hylaea”. L'espace 
ne me permet pas de citer les végétaux les plus caractéristiques de cette 
vaste région, assez hétérogêne du reste, qui comprend les campos les plus 
importants de P“hylaea” et, au centre de sa partie occidentale, des mon- 


e 


tagnes granitiques peu explorées; à ce sujet on pourra consulter les tra- 
vaux des auteurs qui ont écrit sur la flore des Guyanes et les quelques 
notes que j'ai publiées sur mes voyages dans le bassm du Trombetas (8). 

Une partie três spéciale de [“hylaea” est constituée par les monta- 
gnes de gres qui culminent au Roraima; la variété de la végétation et la 
beauté fréquente des fleurs y sont tellement notables qu'elle doit être 
comprise, sous ce rapport, parmi les plus riches contrées du globe. 

Le moyen nord de [ “hylaea”, c'est à dire le bassin du Rio Negro, 
possede une flore relativement bten explorée et qui aprês celle des mon- 
tagnes du Roraima n'a pas d'égale en Amazonie quant au nombre des 
especes et à la beauté fréquente des fleurs; celle-ci se note souvent chez 
les végétaux à petites feuilles vert sombre (9) qui donnent aux rives un 
aspect si différent de celles de "Amazone. La beauté et la richesse de la 
végétation s'accentuent de plus en plus en allant vers le nord-ouest oú elles 
semblent atteindre leur maximum au Rio Uaupés. Le haut Japurá (ap- 
pelé Caquetá par les colombiens), qui, de Cupati à Araraquara, se rappro- 
che de "Uaupés, possêéde encore beaucoup d'éléments de cette flore splen- 
dide (10), tandis que dans le cours inférieur de ce fleuve prédomine la vé- 
gétation de la plaine de ?Amazonie supérieure. Les petits afíluents de 
VAmazone qui suivent le Rio Negro en aval jusqu'au Jamundá, appar- 
tiennent encore à cette même région pour les caractêres essentiels de leur 
flore; un certain nombre d'especes s'est même propagé au bas Trombetas. 
— Cette région du Rio Negro et cours d'eau voisins est unique, dans la 
plame de 7" “hylaea”, oú les orchidées à belles fleurs sont nombreuses (11). 

Le moyen sud de I“hylaea” comprend en premier lieu le bassin 
énorme presque totalement inexploré du Madeira, auquel, selon des in- 
formations três insuffisantes à ce sujet, se joint selui du Tapajoz; selon 
toutes les apparences, c'est dans cette partie de " “hylaea” que nous pou- 
vons nous attendre encore aux découvertes botaniques les plus intéressantes. 
Au Tapajoz, la flore est três différente de celle de son voisin oriental (le 


(8) Explorações scientificas no Estado do Pará (Bol. Mus. Pará VII p. 100- 
197): “Voyage aux campos de ["Ariramba” et “Explorations dans le nord de 
Vétat de Pará (La Géographie XVI p. 19, et XX, p. 99). 

(9) Parmi ceux-ci, les -sapotacées, les vochysiacées, les guttiféres, les ochnacées 
jouent un rôle des plus importants 

(10) Voir Huber: “Sobre uma collecção de plantas de Cupaty” (Bol. Mus. 
Pará VII, p. 283); Ducke: “La région des rapides de Cupaty (La Géographie 
XXX, p. 365. 

(11) Récemment, un nombre assez considérable d'espéces de ces jolies végétaux 
a été découvert par la mission Rondon, dans les hauts du Tapajoz et des affluents 
orientaux du Madeira. ; 


E ie 


Xingú), beaucoup plus variée que celle-ci, et rappelant, dans les hautes 
terres du cours moyen (12), sous certains rapports, celle de la haute Guyane 
et des régions limitrophes du Brésil (13); il y a cependant aussi des élé- 
ments aui appartiennent à la flore de " Amazonis supéricure (14). Les 
arbres à petites feuilles vert sombre si fréquents dans le Rio Negro sont 
fort nombreux sur les rives du Tapajoz, mais beaucoup moins variés en 
especes: on y trouve par exemple des Caraipa, Aspidosperma et surtout 
des sapotacées (dont une “maparajuba”, Mimusops excelsa mn. sp., à gros 
tronc et feuillage noirátre, est certainement Parbre le plus caractéristique 
du moyen cours de la riviere), mais les nombreuses vochysiacées, ochna- 
cées, theacées à fleurs de couleurs éclatantes y font défaut. — La végéta- 
tion des rives du bas Tapajoz a de la ressemblance avec celle du bas Rio 
Negro et du bas Jamundá, mais est loin d'arriver à la richesse en espéces 
de ces derniers. — Comme je I'ai fait au Tapajoz, E. Ule a remarqué, dans 
son court séjour au Madeira, la présence de quelques especes que Von 
croyait particuliéres au Rio Negro et rivieres voisines situés au nord de 
" Amazone. 

Dans le bas Amazone proprement dit (que "on compte habituellement 
des bouches du Xingú à celle du Rio Negro) le climat qui est le moins 
pluvieux de I' “hylaea” détermine [existence d'une flore spéciale. Il y a 
une différence três marquée entre la vallée d'alluvion du grand fleuve 
(“varzea”) et les terres non accessibles à la crue annuelle de ce dernier 
(“terra firme”) au nord et au sud. La forêt des terres alluviales du bas 
Amazone a, surtout dans sa moitié orientale (en aval d'Obidos), un facies 
três spécial; elle est généralement assez basse et coupée par de nombreux 
campos, couverts par les eaux de la crue annuelle. Les espeéces les plus 
communes qui composent cette flore sont énumerées dans Vexcellent tra- 
vail de J. Huber: “Mattas e madeiras amazonicas”, Boletim Mus. Pará, 
vol. VI, p. 97; je compléterai seulement cette liste en y joignant les noms 
de quelques arbres, parnma les plus fréquents et plus remarquables, dont 
je n'ai pu me procurer d'échantillons complets que dans mes derniéres 
“excursions: la grande “muiratinga” (Olmedia maxima, n. sp.); le “ta- 
cacazeiro” (Sterculia elata, n. sp.); la plus connue des especes de ““ma- 


(12) J'ai fait deux courtes excursions aux rapides du Mangabal. 

(13) Surtout par I'abondance des légumineuses, dont quelques genres à fleurs 
magnifiques (Elizabetha, Palovea) que Ion ne connaissait que des parties nord 
de V“hylaea”. 

(14) Par exemple: Iriartea ventricosa, Naucleopsis Ulei, Theobroma micro- 
carpum et le notable Cereus Wattii. 


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cacaúba” (Platymiscinm Ulei Harms); la “pracuúba” (Le Cointea ama- 
sontica, n. g. n. sp.) qu'il ne faut pas confondre avec les arbres de nom 
vulgaire identique mais appartenant à d'autres genres botaniques et qui 
croissent dans les hautes terres et dans la région de VPestuaire; le “paricá 
grande” ou (à Montealegre) “mapuxiquy” (Pithecolobium miopoides 
Benth.) et le “tento grande” (Ormosia amazonica, n. sp.), ces deux der- 
niers surtout caractéristiques de la région des cacaoyeres. Três remar- 
quable est absence complete de la famille des vochysiacées. — La “terra 
firme” située immédiatement au nord et au sud de cette partie orientale 
du bas Amazone est riche en campos, et ses forêts contiennent un bon nom- 
bre de végétaux spéciaux à la région, adaptés à la sécheresse souvent in- 
tense qui y rêgne pendant plusieurs mois de Vannée (25). Le centre de 
cette zone seche se trouve à Montealegre, région en partie montagnense 
(jusqu'a 350 m. d'altitude), converte de forêt de taille médiocre et de 
vastes campos, véritable oasis, au milieu de P “hylaea”, d'une flore qui 
rappelle le nord-est sec et le centre du Brésil. Plusieurs especes de cette 
flore n'ont jamais été observées dans d'autres parties de "Amazonie (même 
aux environs de Santarem, ou la flore est, en général, semblable à celle 
de Montealegre), telles sont: Enterolobwum. timbouva, Cassia supplex, Cae- 
salpinia floribunda, Tephrosia leptostachya, Machacrium. acutifolium, Lon- 
chocarpus sericeus, pour ne parler que des légumineuses, Punique des 
grandes familles botaniques dont j'ai pu, jusqu'ici, déterminer à peu pres 
tous les matériaux récoltés. — En amont du municipe d'Obidos la forêt 
de la “varzea” prend un aspect plus vigoureux, plus semblable à celui de 
la forét des rives du Solimões ou moyen Amazone; la forêt de la “terra 
firme” se modifie à son tour, car la sécheresse de Pété est sensiblement 
moins accentuée. Aucune collection méthodique n'a d'ailleurs encore été 
faite dans cette zone en amont de Parintins. 


(15) J'ai déja rappelé dans la premiere partie de cette étude qu'il existe, entre 
les deux régions três pluvienses du nord et du sud, une zone relativement séche 
accompagnant le bas Amazone dans sa partie centrale. Sur la rive nord de la bouche 
principale du fleuve, celle de Macapá, les deux saisons sont rigoureuses; la sé- 
cheresse, accompagnée d'un vent violent de Vest, rêgne presqu'ininterrompue pen- 
dant Pété, et les pluies de lhivernage sont três abondantes et prolongées. C'est le 
type du climat de tout le littoral de Iétat de Pará; dans la région mentionnée il 
penetre jusqu'ã bonne distance de la mer, vers la bouche du Jary; plus au sud, les 
iles et la rive méridionale de [estuaire ont au contraire un climat perpétuellement 
humide qui régne, de ce côóté du fleuve, jusqu'aux bouches du Xingú. En amont 
de celles-ci, au commencement du bas Amazone proprement dit, c'est le climat de 
la côte nord de Iestuaire qui domine les deux rives de la vallée, mais les saisons 
" deviennent moins fortement accentuécs; celle des pluíies surtout s'attenue, et au 
climat de Iestuaire succêéde un autre à été sec avec quelques pluies d'orage et 
hiver à pluies torrentielles coupées de périodes de beau temps. 


o AM gs 


L'Amazonie occidentale est une immense plaine argileuse, uniforme- 
ment boisée, dont la végétation semble relativement homogeêne; celle-ci 
est d'ailleurs trop insuffisamment connue dans la partie centrale, tandis 
que nous sommes mieux orientés en ce qui concerne les régions méridio- 
nales, par les travaux de Huber (16) sur le Purús et par les riches maté- 
riaux d'herbier réunis dans cette riviere et au Juruá par E. Ule; malheu- 
reusement, une grande partie de ceux-ci n'a pas été déterminée par un 
specialiste. Je ne connais que três peu cette partie de 1 “hylaea” mais par- 
tout ou jai passé, j'ai remarqué l'abondance, en espeéces et en individus, 
des moracées, des bombacées, des sterculiacées et surtout des rubiacées et 
scitaminées tandis que les légumineuses y semblent moins prédominantes 
(17) que dans les autres parties et représentées surtout par des espéces à 
fleurs modestes. Les palmiers y sont moins nombreux en individus que 
dans Vestuaire amazonien mais plus variés comme especes. La splendide 
famille des vochysiacées y fait presque completement défaut; il en est 
de même des plus beaux genres d'ochnacées et guttifeéres. Mes observations 
faites au Solimões, Javary et bas Japurá sont confirmées par les collections 
réunies par Huber au Purús et par Ule au Purús et au Juruá. La transition 
entre les flores de "Amazonie moyenne et supérieure s'observe dans la 
partie orientale du Solimões, de Teffé au confluent du Rio Negro, ou Von 
rencontre, surtout sur les plages sablonneuses des lacs de Teffé et de 
Coary et dans les campinas voisines de ce dernier, beaucoup d'especes qui 
m'ont pas été notées dans les régions situées plus à Pouest. J'ai déja parlé 
des éléments andins qui enrichissent la zone la plus occidentale de la plaine 
de "Amazonie supérieure. 

Dans les parties inférieures et moyennes de "Amazonie prédominent 
les sols plus ou moins sablonneux, tandis que comme il a déja été dit, la 
partie supérieure de la plaine est en général constituée d'argile gris brun, 
douée de grande fertilité, semblable à celle que Pon rencontre dans les 
“restingas” (18) (parties non inondées de la “varzea”) du bas Amazone. 
Une argile rouge fertile, analogue à celle que "on trouve dans le cours 
moyen de certains affluents (Tocantins, et quelques points du Xingú et 


- (16) La végétation de la vallée du Rio Purús (Bull. Herb. Boissier VII, p. 255). 


(17) Ceci a besoin d'etre confirmé par Iétude des três grands arbres qui ne 
peut être faite méthodiquement qu'en coupant les échantillons à tir de carabine. 
J'employe cette méthode de collectionner (dont les hollandais se servent dans les 
foréts de Java) depuis quelques annécs dans l'état de Pará avec les résultats les 
plus sunprenants. 


(18) Ne pas confondre avec les restingas de sable au bord de la mer, au Sud 
du Brésil. 


SRD | fe A 


du Tapajoz), existe dans le bas Amazone proprement dit, au nord-est 
d'Obidos (petit Rio Branco et Tocandeira), et au nord d'Alemquer et de 
Montealegre (colonie d'Itauajury, etc.); sa végétation différe fortement 
de celle des terrains sablonneux ou argilo-sablonneux stériles voisins, et, 
même en terrain élevé on y trouve beaucoup d'espéces qui rappellent la 
flore des terres alluviales de " Amazone, comme Ceiba pentandra (“su- 
mauma”) et Calycophyllum Spruceanum (“pão mulato”) sur les hautes 
collines du Tocandeira, le dernier et les especes Muntingia calabura 
(“curumy”) et Coccoloba pixuna (“pixuna”) sur les flancs de la mon- 
tagne d'Itauajury à une altitude non inférieure à 150 m., le dit Ceiba et 
Sterculia elata sur la montagne d'Arumanduba prês d'Almeirim, à une 
altitude encore plus élevée. Tres caractéristique de Vargile fertile en terrain 
non inondé est le Schizolobium amazonicum aqui a été observé par Huber 
dans PUcayali, par Ule au Rio Acre, et par moi dans les localités suivantes 
de VÉtat de Pará, toutes à sol d'argile rouge: Rio Tocantins (Alcobaça et 
cataractes inférieures); cataractes inférieures du Tapajoz; Altamira (Rio 
Xingú); colonie d'Itauajury (Montealegre); Rio Branco d'Obidos; lac 
Salgado à Vest du bas Trombetas. 

La forêt continuelle de "Amazonie est, dans ses parties moyennes et 
orientales, interrompue par quelques terrains ouverts qui peuvent être 
classés en deux catégories le plus souvent parfaitement distinctes, les 
campos et les campinas. La plus connue est celle des “campos” (savanes) 
couverts de plantes herbacées, pour la plupart graminées et cyperacécs. 
On distingue les “campos firmes” (inaccessibles aux crues des fleuves), 
au sol d'argile ou de sable gris jaunâtre melé d'argile, ou encore rocailleux, 
presque toujours parsemés de petits arbres isolés (19) plus ou moins tor- 
tueux qui appartiennent à un nombre reduit d'especes, et les “campos 
alagados” ou “campos de varzea”, profondement inondés par les crues 
périodiques de " Amazone, dépourvus de plantes ligneuses. Les vrais “cam- 
pos firmes” forment surtout 4 séries dont [une accompagne à peu de 
distance le littoral de PÉtat de Pará; la deuxieme suit le cours du bas 
Amazone jusqu'a Alemquer, ses derniers vestiges s'étendant même vers la 
limite occidentale de PÉtat de Pará; la troisiéme est située dans la région 
du cours supérieur du Rio Branco et des afíluents septentrionaux du bas 
Amazone, du Trombetas au Jarv; la quatrieme, absolument inexplorée, 
existe à la hauteur du cours moyen des grands affluents méridionaux à 


(19) Dans le cas oú cette végétation arboréenne est bien développée formant 
une sorte de parc, on parle d'un “campo coberto”; dans le cas opposé, ou les 
plantes ligneuses font presque défaut, on applique le terme “campo lavrado”. 


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Vest du Purús. Les arbres les plus typiques communs à ces campos sont 
le “caimbé” (Curatella americana), un “taruman” (Vitex flavens), une 
“sucuuba” (Plumiecra fallar), le “pão de candeia” (Plathymenia reticulata ), 
la lythracée Lafoensia densiflora et les deux vochysiacées Qualea gran- 
diflora et Salvertia convallariodora, especes qui ont une três vaste distri- 
bution géographique en dehors de "Amazonie et sont encore communes 
dans les campos du Brésil central. Les épiphytes sont rares dans ces 
campos, mais dans certaines localités élevées (par exemple Almeirim) il 
v a abondance d'orchidées terrestres aui appartiennent surtout au genre 
Habenaria. — La “caraubeira” (Tecoma caraiba) est Varbre type (20) du 
campo rarement atteint par la crue, transition du “campo firme” au “campo 
de varzea” dépourvu de végétation arboréenne (21). 

Quant à la seconde catégorie de terrains découverts, les “campinas”, il 
est bon de noter que ce nom, diminutif de “campo”, n'est pas seulement 
appliqué, en Amazonie, à un campo de petites dimensions; beaucoup plus 
souvent, on le donne à une formation végétale spéciale, typiquement ama- 
zonienne (22) qui croit sur un sol de sable blanc, stérile, couvert par en- 
droits d'humus noir (acide?), ou les graminées et cyperacées ne consti- 
tuent qu'une partie relativement petite de la végétation herbacée. Celle-ci 
est fréquemment três clairsemée, et les eriocaulacées en espéces variées, 
les xyridacées, les Schizaea, Burmannia, plusieurs genres de gentianées et 
souvent aussi des Cephalostemon y jouent un rôle important. Au lieu 
d'arbres clairsemés parmi les herbes prédominent des arbrisseaux d'une 
hauteur d'1 m. à 1 1|2 m., appartenant aux familles botaniques les plus 
diverses; ou Vétendue est uniformement couverte d'arbrisseaux à petites 
feuilles hauts à peine de 50 à 80 centim. et broussailleux (comme la Gay- 
lussacia amazonica) ou sémirampants (par ex. Cuphea annulata Koehne) 
(23): parfois c'est encore une agglomeration de grands arbustes avec des 


(20) Existe, cependant, aussi dans quelques campos élevés. 


(21) Les graminées et cwpéracées des campos du bas Amazone sont encore 
mal connues sous le point de vue botanique. Quant à celles des campos de Marajó, 
voir: V. Chermont de Miranda et J. Huber “Os campos de Marajó e sua flora con- 
siderados sob o ponto de vista pastoril”, Bol. Mus. Goeldi vol. IV, 1907. 


(22) Les campos amazoniens ne sont que les derniers postes avancés et déjaã 
appauvris des campos du Brésil central, placés par Warming (Oecology of plants, 
Oxford, 1900) dans sa classe des psilophytes, tandis que la “campina” amazonienne 
devra rentrer dans celle des oxylophytes. Cette formation végétale qu'aucun auteur 
n'avait encore constaté dans les plaines des tropiques, atteint son expression plus 
parfaite dans les étendues oú predomine Vericacée Gaylussacia (“ericaceous heath” 
O; € p. 210). 


(23) Ce semble bien le “dwarf shrub heath” du nord de "Europe (o. c. p. 210). 


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couloirs en méandres tortueux de sable nu souvent- orné de grands et 
beaux lichens (Cladonia?) ou couverts de végétation basse. Les brome- 
liacées et orchidées épiphytes y sont généralement bien représentées, quoi- 
que plutôt en individus qu'en especes; dans le voisinage des habitations, 
cette végétation disparait peu à peu, soit détruite par les incendies, soit 
parcequ'on exporte les orchidées pour les vendre dans les villes. Le Conte 
a vu des campinas situées à une soixantaine de kilometres au nord de Ma- 
nãos ou tous les arbres et le sol sont littéralement couverts d'orchidées 
variées, et moi-même j'en aí visité une du même genre au Rio Mapuera. 
Les orchidées que j'ai observées sur le sol, dans les campinas (comme Tes- 
pece vivipare Epidendrum caespitosum et plusieurs autres especes du même 
genre, et la belle Sobralia liliastrum), sont semiterrestres, à racines su- 
perficielles dans Phumus. — Les campinas peuvent consister seulement en 
terrains de sable, secs au moins pendant VPété, mais bien des fois elles 
sont en partie marécageuses et on y trouve dans quelques cas des vraies 
tourbiéres de Sphagnum, comme dans les campinas de Collares sur le Rio 
Pará, ou dans les campinas marécageuses qui limitent au sud la région 
des campos de PAriramba dans le bassin du moyen Trombetas. L'accumu- 
lation d'eau stagnante, dans ces campinas, est due à limpermeabilité du 
sous-sol et jamais à la crue des rivieres. 

La végétation des campinas est tellement variée qu'il est difficile de 
fixer-les éléments prédominants (24); plusieurs espéces ne sont connues 
que d'une seule campina (25); d'autres se retrouvent dans des campinas 
três éloignées une de Pautre mais ne sont pas connues dans les campinas 
intermédiaires (26); les plus riches en végétation sont celles qui accom- 
pagnent sur une certaine distance la rive orientale du lac de Faro, dont 
quelques unes sont appelées “campos” à cause de leur extension et de la 
présence d'une quantité d'herbes suffisante pour la patúrage du bétail, 
tout au moins durant la saison des pluies. Les plus nombreuses et les plus 
typiques campinas que je connais sont situées depuis le bas Rio Negro 
jusqu'au bas et moyen Trombetãs; d'autres se trouvent au sud de Fes- 


(24) Humiria floribunda en individus souvent rabougris, plusieurs myrtacées 
(Eugenia, Mwrcia), d'espéces de Byrsonima, Ouratea, Couebia, Protium, Macairea, 
Ilex, Pagamea, Retiniphyllum, Clusia, sont les éléments les plus constants de la 
végétation ligneuse. 

(25) Jacqueshuberia quinguangulata n. sp. (Gurupá); Leucothoe Duckei Hub. 
et Peltogyne campestris Ducke (Faro); Abolboda Poeppigii Kunth (Collares); 
Moronobea pulchra n. sp. (Manãos). 

(26) Gaylussacia amazonica Hub. (Faro-Sapucuá, Ariramba, Tapajoz), Tara- 
tea nudipes (Manãos, Faro, Tapajoz). 


as E ques 


tuaire (Collares, Rio Mojú, bas Tocantins, Gurupá et bas Xingú) et il y 
en a encore à la limite du bas et moyen Tapajoz. 

On donne quelquefois le nom de “campina-rana” (fausse campina) 
à une campina oú les arbustes sont entremêlés d'arbres véritables de pe- 
tite taille et dans laquelle la végétation est parfois si serrée qu'on ne peut 
s'y frayer chemin sans Iaide du sabre d'abatis. Les “catingas” du Rio 
Uaupés (27) dont parle Spruce, et le “cerradão” de Matto Grosso semblent, 
d'aprês les descriptions, avoir des affinités avec la “campina-rana”. 

Les campinas de sable blanc peuvent coexister avec les campos à 
graminées (par exemple dans la région du Mariapixy entre Faro et Obi- 
dos), il peut même y avoir des formations intermédiaires entre les deux 
types (Campos du Cupijó prês de Cametá, et Campos de PAriramba au 
Trombetas), mais il n'y a súrement pas de transformation de campo en 
campina ou vice-versa. Ce sont, comme il a été déja dit, deux formations 
végétales indépendentes dont le caractere a été définitivement fixé par la 
nature du sol bien quelles semblent le plus souvent avoir Tune et Pautre 
leur origine dans le desséchement d'anciens lits de riviéres ou cuvettes de 
lacs. Les campos auraient été autrefois couverts par des eaux “blanches” 
(troubles); les campinas au contraire auraient été noyées par des eaux 
pauvres en sédiments, souvent “noires”, ce qui coinciderait avec la pré- 
sence de "humus noir qu'on y constate. La localisation des campos et des 
campinas en Amazonie correspond pleinement à cette hypotheêse. - 

Il n'est pas rare dans la basse Amazonie d'assister à la transformation, 
assez rapide, d'un lac en un “campo de varzea”, et dans beaucoup de loca- 
lités on observe même la transformation (plus lente) d'un de ces derniers 
en “campo firme”. Dans plusieurs endroits, comme dans la varzea au sud 
de Faro (28) et selon mr. Le Cointe au Lago Grande de Villafranca, on 
observe parfaitement la succession des étapes depuis le lac jusqu'au campo 
de varzea profondement inondé à chaque hiver, sans végétation ligneuse, de 
celui-ci jusqu'au campo rarement imondé, aux arbres de carauba (Tecoma 
caraiba) et différentes espéces d'herbes et de petits arbustes, et enfin jus- 
qu'au “campo firme”. Ce dernier, dans le cas ou il est d'origine aquatique 
récente, ne possede qu'un três petit nombre d'especes d'arbres, en premier 
lieu Curatella americana (“caimbé”), tandis que les campos montagneux de 


(27) Celles-ci n'ont rien de commun avec les vraies “catingas” dépouillées 
de feuillage pendant l'été, caractéristiques du centre et nordest sec du Brésil. 

(28) J'ai eu Voccasion de visiter les terres qui montent du lac d'Aminarú au 
campo inondé du même nom, de celui-ci au campo de transition du Macoarany et 
de ce dernier au campo firme du Cocodiny, lequel est évidemment de formation 
récente n'ayant guêre comme arbres que des Curatella, mais déjã habité par les 
termites du campo dont on apercevoit partout les monticules de terre (“itapecuim”). 


Santarem, Montealegre et surtout d'Almeirim qui possedent une végétation 
três variée représentent certainement le type le plus anciens. — Pour les 
campinas, nous observons des procês analogues de formation. A Vextre- 
mité nord-ouest du lac de Faro, derriere une dune de sable déja boisée, 
s'étend une bande étroite d'igapó (forêt inondée) composée d'arbres petits 
dont beaucoup de palmiers jará (Leopoldinia pulchra); cet igapó s'éléve peu 
à peu vers une campina à végétation relativement peu variée ou existent en- 
core quelques vieux troncs de jará, pour la plupart déja morts. La tres inté- 
ressante “Campina do Perdido” pres de Bella Vista, située à environ 12 ki- 
lométres du Rio Tapajoz, occupe une plaine horizontale assez vaste qui 
rappelle le lit d'un lac et est limitée d'un côté par une haute dune de sable 
blanc. Cette campina d'origine indubitablement aquatique est cependant 
três ancienne, ce que nous prouvé sa végétation variée oú Vericacée Gay- 
iussacia amazonica est Pun des éléments prédominants. 

H est d'autant plus difficile de se rendre compte exactement de la 
distribution géographique des espéces de végétaux dans " Amazonie, que la 
plupart ne possedent pas de nom indigéne (29) ou bien que les noms sont 
particuliers à certaines localités et même varient souvent, pour une même 
espece, d'un municipe à Pautre. Comme exemple, il suffit de citer les noms 
vulgaires et scientifiques de quelques végétaux três connus: 

“angelim”: les espéces d'Hymenolobium, partout oú elles existent en 
Amazonie; Andira imermis et A. retusa en Marajó; Dinizia 
excelsa à Gurupá et dans le Xingú; Pithecolobium racemi- 
florum (le bois dans le commerce). 

“ariauá”: (à Montealegre) : Qualea grandiflora et Lafoensia densiflora. 

“cururú”: Malouetia sp. à Obidos; Dialium divaricatum à Faro. 

“jacarandá”: Dalbergia Spruceana à Mazagão et à Obidos; Machaerium 
acutifoliunm et Swartzia melanoxylon à Montealegre; Swart- 
sia psilonema au Tocantins. 

“jutahy pororoca”: Fymenaea parvifolia à Obidos; Copaifera Marti à 
Montealegre. 

“pão santo”: Zollernia paraensis à Belém et au Tocantins; Trichanthera 
grandiflora à Gurupá. 

“pracuuba”: Dimorphandra paraensis dans la région de Vestuaire; Le 
Cointea amazonica dans la varzea du bas Amazone; Trichilia 
Le Cointei dans la terre ferme d'Obidos. 


(29) Chermont de Miranda: “Os campos de Marajó”, etc. Bol. Mus. Goeldi 
V, 1907, D. 97. 


Jardim Botanico 2 


ST | 

Andira retusa: “angelim” (Marajó); “andira-uchy” ou “lombrigueira” 
(Obidos); “uchirana” (Faro). 

Bowdichia virgilioides: “sapupira” (campos du municipe d'Obidos) ; 
“cutiuba” (Montealegre). 

Cassia leiandra: “marimary” (Obidos et municipes voisins); “seruaia” 
(Montealegre). 

Cocos syagrus: “piririma” (Obidos et municipes voisins) ; “jatá” (Mon- 
tealegre). | 

Copaifera Marti: “copaiba” ou “copaiba jutahy” (Obidos); “jutahy 
pororoca” (Montealegre); “copaiba-rana” (Santarem). 

Dialium divaricatum: “pororoca” (Obidos); “cururú” (Faro); “jutahy” 
(rapides du Tocantins). 

Guazuma ulmifolia: “mutamba” (Belém, etc); “pojó” (Obidos). 

Humirianthera Duckei: “mairá” (Obidos); “mandiocassú” (Monteale- 
gre); “apoló” (Obidos et Faro). 

Hymenaca parvifolia: “jutahy pororoca” (Obidos); “jutahy pequeno” 
(Montealegre), “jatobá pequeno” (rapides du Tocantins). 

Leopoldinia pulchra: “jará” (État d'Amazonas et partie occidentale de 
VÉtat de Pará); “mucury” (municipe d'Almeirim). 

Ipomoea fistulosa: “algodão bravo” (Marajó); “majorana” (Monte- 
alegre). 

Pithecolobium miopoides: “paricá grande da varzea” (Obidos); “mapu- 
xiquy” (Montealegre). 

Plathymenia reticulata: ““candeia” (Marajó, Obidos); “oiteira” (Monte- 
alegre). 

Vitex flavens: “taruman” (Marajó et bas Amazone) ; “mameira” (Ma- 
capá et Mazagão). 

On voit par là combien il est nécessaire, même au point de vue com- 
mercial, d'établir la classification botanique définitive des végétaux ama- 
zoniens, car on ne pourra jamais arriver à une connaissance parfaite des 
produits végétaux de la région tant qu'on n'en possédera pas une nomen- 
clature qui évite toute confusion. Cet inconvenient est moins sensible dans 
beaucoup d'autres états (30) de la République, oú presque toutes les espéces 
— jusqu'aux moindres herbes — ont un nom vulgaire invariable. — Dans 
certains localités du Pará, des noms de végétaux des états du nord-est du 
Brésil ont été appliquées par les immigrants venus de ces états, à des es- 
pêces paraenses n'ayant qu'une ressemblance superficielle avec eux; ainsi 


(30) “Ceará, par exemple. 


Etinçh | ap 


j'ai trouvé le nom de “barbatimão” (appartenant en réalité à un Stryphno- 
dendron qui n'existe pas en Amazonie) appliqué à deux ou trois arbres 
différents des campos du bas Amazone. 

La numération des specimens d'herbier cités dans ce travail se refére 
a PHerbier Amazonien du Museu Paraense, chaque foi qu'il n'y a pas 
d'indication spéciale. 


CYCADACEAE 


Zamia LeContei Ducxr. 


Semble avoir de Paffinité avec la Z. Brongniarti du Matto Grosso et 
la Bolivie orientale, mais s'en distingue par ses grandes feuilles à segments 
nombreux et à pétioles aculées. Les individus transportés en 1913 au jardin 
botanique du Pará ont développé jusqu'a 9 feuilles atteignant 1 7 m. de, 
longueur ; ils sont três ornamentaux. Le cône femelle est parfois double; 
ses écailles sont rangées en 10 à IÓ séries verticales. Cette espeéce n'est 
connue que d'un ilot rocheux dans la Cachoeira do Inferno, la grande 
chute de VErepecurú, affluent du Trombetas; la cycadée trouvée dans la 
région du petit Rio Branco au nord-est d'Obidos appartient à une autre 
espece, nouvelle. 


“Zamia obidensis DucKE n. sp. 


Truncus apice excepto subterraneus. Folia ad 5, petiolo recto aculeis 
parvis rectis sublinearibus acutissimis irregulariter sat crebre adsperso, ad 
yo cm. longo, rhachide ad 45 cm. longã segmentis utrinque ad 18 su- 
boppositis vel alternis, ad 30 cm. longis 2 ad 3 1% cm. latis, 2 ad 4 em. 
distantibus, sublineari-vel ovato-lanceolatis bast ferrugineã sensim plus 
minusve restrictis apice sensim acuminatis, nervis plus minusve obsoletis, 
marginibus leviter falcatis, omnibus in utroque margine apicem versus 
breviter acute pluridentatis. Strobili masculi pluriores, circa 7 cm. longi 
et 12 ad 15 mm. crassi, peltis in seriebus 12 ad 26 verticalibus, hexagonis, 
vix ad 3 mm. latis, parum elevatis at faciebus 6 lateralibus facieque dorsali 
bene distinctis, pedunculis 6 ad 8 cm. longis. 


Habitat in silvis primariis minus densis collium prope Rio Branco 
de Obidos civitatis paraensis; in horto botanico paraensi culta. Typo 
foliorum intermedia inter Z. LeCointei et Z. Ulei, aculeis numerosioribus, 
segmentorum basi saepissime ferrugineà, seriebusque numerosis peltorum 
strobili distincta. 


= SM) sas 


Zamia Ulei DAMM. 


Les segments des feuilles varient fortement en largeur mais sont 
toujours beaucoup plus larges que dans Pespêce précédente. Le nombre 
des séries verticales des écailles du cône femelle varie de 9 à 15. Les 
écailles du cône mâále (en 13 à IÓ séries verticales) sont fort élevées, à 
face dorsale três petite; les dimensions de: ce dernier sont de 6 à 10 cm. 
pour la longueur et 1 14 cm. pour Vépaisseur; le pédoncule mésure en- 
viron 6 à 8 cm. 


* Zamia cupatiensis Ducxk n. sp. (Planche 1). 


Truncus, tertio superiore excepto, subterraneus. Folia ad 6, petinlo 
plus minusve flexuoso, inermi, ad 30 cm. longo, rhachide ad 25 cm. longã 
segmentis utrinque ad 9, suboppositis, ad 21 cm. longis, ad 6 em. latis, 
inferioribus 4 ad 5 cm., superioribus 2 ad 3 cm. distantibus, ovatolanceolatis 
basi subpetiolatis apice sensim longiuscule acutissime acuminatis, nervis 
numerosis (circa 34 ad 40) at sat obsoletis, marginibus leviter falcatis, 
revolutis, in segmentis superioribus apicem versus saepissime utrinque uni- 
denticulatis. Strobilus femineus inter folia solitarius, in pedunculo 4 cm. 
longo erectus fuscopurpureo — tomentosus cylindricus, apice breviter co- 
nicus, circa 6 cm. longus, 3 14 cm. crassus, peltis in seriebus 6 ad 8 ver- 
ticalibus, hexagonis, maioribus circa 8 mm. longis, 18 mm. latis; strobilus 
masculus femineo dimidio tenuior, flavidocanescens, peltis in seriebus IO 
verticalibus, parum elevatis, faciebus 6 lateralibus et facie dorsali magnã 
distinctis, peltis circa 4 mm. latis. 

Habitat in rupibus humo obtectis montis Cupati flumini Caquetá (Ja- 
purá) vicini; individua 3 ab auctore in hortum botanicum paraensem in- 
troducta. — Staturã parvã, petiolis inermibus, foliorum segmentis latis 
marginibus fere integris, strobilisque brevibus crassis ab affinibus distincta. 

Cette espece n'habite que quelques rochers sur le Cerro de Cupati, 
petite montagne isolée dans la plaine du territoire du Caquetá (extrême 
sud-est de Colombie, pres des limites du Brésil). 


THURNIACEAE 


Thurnia sphaerocephala Hoox. f. 


Cette espece três intéressante, découverte dans la Guyane anglaise, a 
été retrouvée par Ule prês de Manãos; plus récemment, je ai rencontrée 
dans le Curuçambá prês de Obidos (n. 12.108), dans le Jaramacarú qui 
limite les campos de ["Ariramba à [est du moyen Trombetas (n. 14.958), 


e qa 


et, côté sud de " Amazone, dans les gros ruisseaux Tucuruhy et Ambé pres 
de Altamira dans la région du moyen Xingú (Herb. Jard. Bot. Rio de Ja- 
neiro, n. 10.525). Elle vit dans les eaux claires de petites riviêres au cou- 
rant rapide. 


RAPATEACEAE 


Cephalostemon cyperaceoides Ducxr. 


Trouvé récemment dans une campina sablonneuse prês de Bella Vista 
au pied des rapides inférieurs du Tapajoz. (n.º 15.832): habite donc les 
campinas des deux côtés du bas Amazone. 


CG. gracile (Poepp.) Schomb. 


Encore dans la campina d'Arumateua (chemin de fer d'Alcobaça), 
n. 16.254, dans les campos du Cupijó, à Pouest de Cametá (bas Tocantins) 
n. 16.304, et dans le campo prês de Porto de Moz (bas Xingú). 


Spathanthus unilateralis Desv. 


Bords marécageux d'un ruisseau dans la forêt, non loin de la campina 
sablonneuse à Pinterieur de Bella Vista (Tapajoz), n.º 15.828. Jusqu'ici, 
connu seulement de Guyane. 


HAEMODORACEAE 


Schieckia orinocensis (H. B. K.) Meissn. 


Nouveau pour la flore du Brésil oú je I'ai rencontré dans les parties 
rocheuses et sablonneuses des campos de PAriramba, région du Trom- 


betas (n. 11.866). 


AMARYLLIDACEAE 


Alstroemeria amazonica DucKE. 


Les exemplaires cultivés à Obidos et provenant du Rio Branco au 
nord-est de cette ville, sont plus robustes que ceux que j'ai décrits, ayant 
la tige florifere garnie, dans son tiers supérieur, de feuilles atteignant jus- 
qu'a 3 cm. de longueur par 2 4 mm. de largeur (n. 15.753). 


de: Wc 
ZINGIBERACEAE 


“Costus pulchriflorus Ducxr n. sp. (planche 2 a, b et c). 


Inter subgenera I (Eucostus) et IV (Cadalvena) intermedius. Glaber- 
“rimus. Caulis 30 ad 45 cm. altus vix ad 74 cm. crassus plus minusve spi- 
raliter tortus, radicibus filipendulis. Folia spiraliter disposita inter se dis- 
tantia, superioribus magis approximatis, brevissime petiolata oblongo- 
obovata vel obovato-lanceolata breviter acuminata acutissima basi oblique 
angustata, tenuia, supra laete viridia subtus glaucescentia tenuissime mar- 
ginata vulgo 10 ad 15 cm. longa et 3 % ad 4 74 cm. lata. Inflorescentia 
pauciflora (floribus 2 ad 12) breviter spicata vel subcapitata, bracteis co- 
riaceis, striatis, infra apicem lineatim callosis, viridibus, ovatis, obtusis 
vel acutis, ad 12 mm. longis, ad 8 mm. latis; calix circa 3 cm. longus apice 
breviter (circa 2 mm.) subaequaliter tridentatus, dentibus acutis triangu- 
laribus apice minutissime ac obsolete ciliatulis; corolla ignea, tubo calice 
parum (circa 4) breviore, lobis sublinearibus vix 14 cm. latis tubo parum 
brevioribus, labello subrecurvo, explanato 3 14 cm. lato vix 3 cm. longo, 
subtus lateritio, margine irregulariter crenato haud lobato; anthera sessilis 
basi vix levissime subcordata, connectivi aurantiaci appendice igneo, gla- 
berrimo, inflexo, oblongo, basin versus leviter angustato, apice lato irre-. 
gulariter plurifido, ad 12 mm. longo, ad 6 mm. lato. 

Alcobaça ad fluvium Tocantins in silvis non inundatis 1. A. Tn 
7-1-I915, n.º 15.649. Cultivatur in horto botanico paraensi. 

Speciebus C. congestiflorus Gagnepain (Guyana) et C. igneus N. B. 
Brown (Rio de Janeiro) affinis (haude arcte) videtur, sed ab iis reli- 
quisque omnibus distinctissimus. ) 

Espéce ornamentale et caractéristique, de culture facile dans les jar- 
dins, au moins dans le climat amazonien. 


MORACEAE 


“ Trymatococcus paraensis Ducke n. sp. 


Arbor circa 30 metralis. Ramuli petiolique breviter ferrugineo-tomen- 
tosi. Folia breviter petiolata, usque ad 6 (saepius 4 ad 5) cm. longa, ad 4 
(saepissime circa 3) cm. lata, integra, obovato-elliptica vel elliptico-oblonga, 
basi saepissime obtusa, apice breviter acuminata vel obtuse apiculata, ve- 
tustiora rigide coriacea, supra obscura glabra saepius úitida costã in ju-- 
nioribus pilosã, subtus pallida pulchre elevato-penninervia et reticulata 
nervis venisque flavescentibus et sat dense pallido-pilosis. Stipulae caducae 


PRA 


laterales parvae tenuiter sericeae. Pedunculi ex axillis primum reflexi 
demum erecto-patentes, adulti petiolo longiores, saepius bini rarius trini vel 
solitarii, ut receptacula tenuissime fuscescenti-tomentella. Receptacula no- 
vella tenuia basi bracteis magnis bituberculata, apice stigmatibus duobus 
longis coronata, floribus masculis nondum evolutis, staminum (3) fila- 
mentis brevibus erectis; receptacula vetustiora crassa ovato-turbinata longi- 
tudinaliter elevato-striata et reticulato-rugosa, stigmatibus saepissime des- 
tituta, florum masculorum staminibus inclusis filamentis rectis planis 
apicem versus dilatatis. Fructum maturum non vidi. 

Habitat in silvis primariis humidissimis at non inundatis, terrã arenosã 
humo nigro obtectã, prope Gurupá civitatis paraensis, 1. A. Ducke, 
29-09-1916, n, 16.560; arborem unicam vidi. 

Cet arbre contient un latex aqueux verdatre qui ressemble à celui du 
“mururé” (Brosimopsis acutifolia), três souvent employé en Amazonig 
contre le rhumatisme, etc.; son bois est blanchãtre. Ses feuilles ne per- 
mettent pas de le confondre avec les espéeces américaines déja décrites du 
même genre botanique: Trymatococcus amazonicus Poepp. et Trymato- 
coccus turbinatus (Baill.) Ducke (=Lanessania turbinata Baill.). Lanessania 
se distinguerait de Trymatococcus surtout par les filaments droits dans la 
préfloraison; chez Tiymatococcus ceux-ci séraient, d'aprês Bureau, inflê- 
chis, mais Baillon les a trouvés presque droits. Les bractées existent (con- 
trairement a ce qu'affirment quelques auteurs) aussi chez les réceptacles 
du T. amazonicus; elles sont chez cette espêce cachées par la forte pilosité 
du réceptacle; celui-ci est d'abord turbiné et devient plus tard globeux. 
Trymatococcus n'est donc pas différent de Lanessania et doit être placé, 

“dans le systéme, à côté de Brosimum dont il ne se distingue que par la 
forme du receptacle. Tr. amazonicus (31) n'est pas rare dans les forêts de 
la région du Solimões; au contraire de ce qu'a observé Poeppig, je lui aí 
trouvé du latex dans toutes ses parties; il est d'ailleurs fréquent de ne pas 
rencontrer du latex dans les rameaux fertiles des moracées dont le tronc 
cependant en fournit abondamment. 

Genre Brosimum Sw. (32). 


Pittier distingue deux genres: Brosimum. (réceptacle globeux, con- 


(31) Les filaments sont légerement infléchis dans la préfloraison, chez les 
spécimens que j'ai examinés. Chez le genre voisin Olmedia les filaments, norma- 
lement droits, sont souvent un peu infléchis; ce caractére ne suffit donc pas 
pour établir un genre nouveau dans ce groupe. 

(32) “Selon la priorité absolue appliquée aux États Unis, ce nom devrait être 
substitué par Piratinera Aubl.; les noms des espêces observées dans PÉtat de Pará 


== a 


tenant une seule fleur femelle; fleurs mãles sans périanthe) et Piratinera 
(réceptacle turbiné contenant deux ou plusieurs fleurs femelles; fleurs 
mãles avec périanthe) ; cependant les matériaux abondants que j'ai réunis 
en Amazonie permettent d'affirmer qu'il ne s'agit en réalité, que “d'un 
genre unique. 


Brosimum paraense Hvusc. 


Grand arbre de la forêt primaire en terrain sablonneux et humeux, non 
inondé; partie intérieure de I'écorce, racines et le volumeux coeur du bois, 
rouge sang; le dernier, de grain três fin et lourd, est le “muirapiranga” du 
commerce paraense (33). L/espece est caractérisée par les rameaux grêles, 
les gemmes minces mais pouvant atteindre 1 ou 2 cm. de longeur avec en- 
viron 1 mm. de diameétre à la base, longuement et aigúment acuminées, les 
feuilles nombreuses, glabres, finement coriaces, élastiques, rouges à Váge 
três jeune, longues jusqu'a 10 cm. (mais généralement beaucoup moins), 
larges le plus souvent de 3 à 4 rarement jusqu'ã 5 cm., largement elliptiques 
ou ovées, à base arrondie ou obtuse mais souvent au centre un peu acutée 
vers le pétiole, à sommet abruptement et assez longuement acuminé mais à 
pointe obtuse, les côtes sécondaires en angle três ouvert, et, comme les 
vénules, un peu élevées sur la face inférieure, les pétioles et les pédoncules 
grêles, excédant rarement 14 cm. de longeur. Réceptacles (floriféres) à 
base obtusement turbinée; fleur femelle 1; fleurs máles avec périanthe en 
deux feuilles et deux étamines. 

Belém do Pará (Maguary) n.º 16.573; Peixeboi sur le chemin de 
fer de Bragança n.º 8.320; Lac du Moura (au bas Trombetas) n.º 16.991; 
récemment encore observé au Tapajoz. Des spécimens stériles, à feuilles 
plus grandes, de Conceição do Araguaya (n.º 8.149, sous le nom de 
“condurú de sangue”) restent douteux. 


| 
* Brosimum lanciferum Ducke n. sp. (planche 2 d). 


A specie B. paraense Hub. differt ramulis crassioribus, novellis te- 
nuissime at distincte canotomentellis, gemmis multum longius acuminatis 


seratent alors: Piratinera parinarioides Ducke, P. potabilis Ducke, P. ovatifolia 
Ducke, P. rigida Ducke, P. Gaudichaudii (Tréc.) Ducke, P. paraensis (Hub.) Ducke, 
P. angustifolia Ducke, P. lancifera Ducke, P. guianensis Aubl., P. discolor (Schott) 
Pittier, P. LeCointei Ducke, P. glaucifolia Ducke. 


(33) Huber n'attribuait qu'avec doute ce bois à l'espece botanique présente, 
mes recherches au Trombetas ont cependant confirmé cette identité. Il s'agit, bien 
entendu, du “muirapiranga” du Pará, celui de Manãos pouvant être d'origine três 
différente. 


E in! 


2 ad 5 cm. longis, foliis rigide coriaceis elliptico-vel lanceolato-oblongis, 
“usque ad 9 rarius 12 cm. longis ad 4 rarius 5 cm. latis, basi obtusis vel 
acutis, apice sensim acuminatis acumine sat acuto, nervis secundariis sub- 
tiliotibus, venulis obsoletis. Receptaculum sub anthesi circa 8 mm. dia- 
metro, cum pedunculo tomentellum, globosum, floribus femineis 4 ad 6, 
floribus masculis perianthio brevissimo. Lignum ignotum. 


Hab. in silvis primariis non inundatis in regione Volta Grande fluminis 
Xingú, 21-12-1916, n.º 16.646; prope Gurupá, 17-I-I917, n.º 16.698; 1. 
A. Ducke. 

Grand arbre à écorce intérieure et racines rouges, remarquable par la 
longueur extraordinaire de ses gemmes qui exageêrent de beaucoup la forme 
de celles de "espece précédente. 


“ Brosimum angustifolium DucxE, n. sp. 


A specie B. paraense Hub. affinissimã differt foliis multum angus- 
tioribus elliptico-oblongis, usque ad 9 em. longis vix ad 3 cm. latis, basi sat 
longe acutis, acumine apicali longiore et abruptiore, gemmis angustissimis, 
ligno interiore non sanguineo sed rufescenti-flavido-brunneo. Arbor ma- 
gna cortice et radicibus rubris. Receptaculum et flores ut in B. paraense. 

Hab. im silvã primariã aquis maioribus forsan inundatã prope Vi- 
ctoria ad Tucuruhy fluvii Xingú inferioris affluentem, 1. A. Ducke 
I1-12-I9IÓ, n.º 16.504. 

Cette espece differe du B. paraense par les feuilles et aussi par le 
bois qui est de grain beaucoup moins fin et de couleur brun rouge jau- 
naátre clair. 


* Brosimum ovatifolium DucxE, n. sp. 


A specie B. paraense Hub. differt ramulis crassioribus, gemmis 
crassioribus (basi 2. ad 3 mm. crassis), foliis distantibus, saepius 10 ad 
I5 cm. longis, 5 ad 8 cm. latis, saepissime ovato-oblongis, basi late trun- 
catis vel rotundatis vel subcordatis saepe obliquis, medio saepe in petio- 
lum breviter acutatis, acumine apicali saepe acutiore, nervis secundariis 
(10 ad 15 in utroque latere) magis conspicuis, petiolo 1 cm. saepe exce- 
dente, receptaculis floriferis (tomentellis, circa 8 mm. crassis) globosis 
floribus masculis valde numerosis perianthio simplici parvo, saepe ultra 
I cm, rarius ad 2 cm. pedunculatis, pedunculis saepissime rectis sat crassis 
patentibus. Lignum ignotum. 

Hab. in silvis primariis prope Gurupá, 1. A. Ducke, 27-9-1916, nu- 
mero 16.551; “amapá” appellari videtur. 


ane > 


Encore une espece de la parenté (assez éloignée) du B. paraense, 
grand arbre à écorce et racines rouges comme celui-ci, mais ayant les gem- 
mes coniques à cause des stipules beaucoup plus larges à la base, les feuilles 
le plus souvent à base assez oblique, etc. Le latex, chez cette espeéce, est 
três abondant comme chez le B. potabile, mais ce dernier a les feuilles plus 
petites et revêtues, sur la face inférieure entre les vénules, d'un fin duvet 
blanchãtre. 


* 


Brosimum potabile Ducxkc, n. sp. 


A specie B. paraense Hub. differt gemmis magis conicis vix ultra 1 em. 
longis basi 2 ad 3 mm. crassis, foliis minus densis, ovato-lanceolatis vel 
ovato-oblongis rarius elliptico-oblongis, basi obtusis vel sat acutis, apice 
sensim longius et acutius acuminatis, paginã inferiore inter venulas te- 
nuissime albido-vel cinereo-tomentellã (etiam in vetustioribus), nervis et 
venulis glabris vix prominulis, usque ad 13 cm. longis et ad 4 14 rarius 
6 cm. latis, petiolo longiore (1 ad 1 14 cm.). Receptaculum globosum, 
basi in fructifero paulo turbinatum, flore femineo 1, floribus masculis pe- 
rianthio destitutis. Lignum flavidoalbum, interiore exiguo at pulcherrime 
brunneorubro, duro et denso. 

Hab. in silvis primariis non inundatis: prope Faro (ubi “amapá 
dôce” dicitur), 22-1-IgIO, n.º IO.521; prope cataractas inferiores fluvii 
Tapajoz ad Poção, 25-6-1918, n.º 17.061; 1. A. Ducke. i 

Cette espece se distingue, parmi toutes celles qui ont les gemmes en 
long cône acuminé, par le duvet gris, extremement fin mais persistant, qui 
forme des petites taches entre les vénules réticulées glabres de la face in- 
férieure des feuilles; elle se rapproche, quant aux autres caractêres, sur- 
tout du B. ovatifolium mais ses feuilles sont toujours plus petites (surtout 
beaucoup moins larges) que chez le dernier; les gemmes ressemblent à 
celles de celui-ci. Le latex est (comme chez le dernier) blanc et três abon- 
dant dans le tronc; on le boit, à Faro, en petite quantité, comme remêde 
tonique. Il n'a presque pas de goút; on Vappelle “amapá dôce” (a. doux) 
pour le distinguer du vrai “amapá” (Parahancornia amapá (Hub.) Ducke, 
apocynacée), au goút amer. 

Brosimum potabile est probablement voisin du B. galactodendron (Ga- 
lactodendron utile) du Vénézuela et de Colombie, au latex potable, célebre 
par les travaux de Humboldt et Bonpland mais pas encore bien connu. Le 
nom du dit arbre est, selon ces auteurs, “palo de vaca”; dans le territoire 
colombien du Caquetá on m'a cependant désigné sous le nom de “vaco” une 
espece de Couma, três probablement C. macrocarpa Barb. Rodr. qui est le 
seul arbre amazonien dont le latex est fréquemment usé comme aliment. 


ENO 1 


Brosimum rigidum DucxE, n. sp. 


Arbor 40 m. altior, a specie B. paraense Hub. differt ramulis sat 
crassis, novellis tenuiter at dense cano-ferrugineo-tomentosis, gemmis dense 
tomentellis multum crassioribus (basi 3 ad 4 mm. crassis), foliis longius 
(circa 1 cm.) et crassius petiolatis, plus minus oblongo-ellipticis, crassio- 
ribus, rigidis, nervis secundariis angulo acutiore a costã divergentibus, cre- 
bris (16 ad 20 utroque latere), subtus (ut venulae dense reticulatae) for- 
titer elevatis, basi plus minus obtusis at in medio brevissime in petiolum 
acutatis, apice breviter acuminatis, supra glabris obscure rufescentibus sub- 
tus cano- ferrugineis, in costis venulisque minute pilosulis. Receptacula flo- 
rifera cano-tomentella globosa flore femineo 1, floribus masculis perianthio 
parvo, pedunculis saepius recurvis crassis 1 cm. et ultra longis. Lignum 
ignotum. E: 

In terris altis inter flumina Cuminá-mirim et Ariramba (regione flu- 
minis Trombetas), silvã primariã, 1. A. Ducke, 12-10-1913, n.º 14.966. 

/ Cette espéce occupe, quant à ses feuilles, une place intérmédiaire entre 
les précédentes et Pespece suivante, mais ressemble déja beaucoup plus a 
celle-ci; les caractêres qui les distinguent des feuilles des espéces précé- 
dentes, sont surtout les cótes secondaires plus nombreuses, inserées en angle 
plus aigu, et les vénules três densement réticulées, ainsi que le revêtement. 
plus développé. 


/ Brosimum parinarioides Ducxz, n. sp. 


Arbor maxima, 40 m. altior, trunco saepe crassissimo, sat affine spe- 
ciei praecedenti (B. vigidum), differt gemmis acute conicis, 1 1|2 cm, non 
longioribus sed basi 4 ad 5 mm. crassis, foliis durissimis crassis margine 
revolutis, ovato-lanceolatis vel ovato-ellipticis, magnitudine valde varia- 
bihbus, maximis ad 22 cm. jongis ad 10 cm. latis, basi plus minus rotun- 
datis vel subcordatis, apice sensim acuminatis supra brunneis glabris, subtus 
rufis vel ferrugineis, in nervis et venulis plus minus dense pilosulis vel 
tomentosis, costis secundariis crebris in utroque latere saepissime ultra 20, 
in paginã superiore leviter, in inferiore fortiter elevatis, venulis densissime 
pulchreque elevato-reticulatis. Petioli 1 ad 1 1/2 cm. longi, crassi, sulcati. 
Receptacula florifera globosa 1|2 ad 2 cm. crassa, flore femineo 1, floribus 
masculis perianthio destitutis, pedunculo usque ad 2 1|2 cm. longo; fru- 
ctifera basi leviter turbinata. Lignum flavoalbum, truncis vetustis annulo 
centrali duro et denso brunneorubido. 

In silvis ad Obidos, terris altis, 1. A. Ducke florif. 7-12-1913, n.º I5.100, 
sterile 1-2-1918, n.º 16.972; “mururé-rana” vel “amapá-rana” appellatur. 


ce Dus 


Les feuilles de cette espece exagerent les caractêres de la précédente ; 
ces feuilles, surtout les moins grandes, ressemblent assez fortement à celles 
du Parinarium montanum Aubl. (rosacée). Le bois est blanc jaunâtre mais 
les gros troncs posseêdent au centre un coeur lourd et dur d'un beau brun- 
rouge, en forme de tuyau (rempli, à Vintérieur, de bois blanchâtre mou; 
plus tarde souvent creux), ce que je n'ai encore observé chez aucune autre 
espece d'arbre. Récemment, j'ai recontré cet arbre dans les régions du 
Tapajoz, du Xingú et du Trombetas, ainsi que sur les montagnes d'Al- 
meirim. 


' Brosimum Le Cointei Ducxe, n. sp. 


Speciéi B. guianense (Aubl.) Huber simillimum, differt foliis tenuio- 
ribus submembranaceis, longioribus et angustioribus, ligno interiore brun- 
nescenti-roseo unicolore. In regione fluminis Trombetas et ad Obidos “aitá” 
appellatur. 


Habitat in silvis primariis et secundariis, siccis vel rarius inundatis, 1. 
A. Ducke circa Obidos (frequens, n.º 4.871, 9.189, 15.272), Oriximiná 
ad flumen T'rombetas inferius (15.694), ad flumen Mapuera (Trombetas 
superior, n.º 9.072), ad flumen Xingú inferius circa locum Victoria 
(16.591); prope Gurupá visum. Mensibus decembre et januario floret, ja- 
nuario et februario fructificat. 

Cette espece a été jusqu'ici confondue avec le B. guianense (Aubl.) 
Huber (=Piratinera guianensis Aubl.) qui fournit le bois précieux dénommé 
“bois de lettre” en Guyane et “muirapinima” en Amazonie, cependant Au- 
blet Vavait déjá distinguée comme variété sous le nom de “bois de lettre 
blanc” (il ne connaissait, de son bois, que Paubier) et figurée à gauche de 
la planche 340 de son ouvrage. Il s'agit, avec toute probabilité, d'une véri- 
table espéce qui habite souvent la forêt sécondaire dans laquelle le B. guia- 
nense, au contraire, semble ne se rencontrer jamais et qui se distingue de 
celui-ci par la forme et la consistance des feuilles et par la couleur du 
coeur de son bois. Ce coeur qui ne prend quelque développement que dans 
les arbres déjà fort àgés, est peut être le bois le plus dense et le plus dur 
de VAmazonie; il est d'un rose brun moiré d'ondes plus claires et suscepti- 
ble d'un poli parfait. Ces qualités se sont trouvées constantes chez tous les 
arbres que j'ai fait couper. — Je donne à la nouvelle espéce le nom de m. 
Paul Le Cointe, qui a attiré mon attention sur elle. 

Certains spécimens se distinguent difficilement du B. discolor de Rio 
de Janeiro; il s'agit peut-être d'une seule espece largement répandue au 
Brésil, mais le coeur du bois m'est encore inconnu chez Vespece méridio- 


Et DO us 


nale. Les feuilles des arbres qui habitent les fertiles terrains d'alluvion sont 
toujours plus grandes que chez les arbres des endroits secs ou stériles. Les 
fleurs femelles sont le plus souvent 2 à 5 dans un réceptacle, rarement 
1 ou 6. Récemment, j'ai rencontré cet arbre encore au Tapajoz et dans les. 
iles de Breves. 


v Brosimum glaucifolium DucxE, n. sp. 


Arbor ultra 30 metralis. Ramuli novelli dense ferrugineo-tomentosi. 
Stipulae vix ad 3/4 cm. longae, acute triangulares, extus sericeae, laterales. 
Folia modice densa, petiolo subterete dense canotomentoso ad 1 cm. longo, 
elliptico-vel obovato-oblonga subcoriacea supra glabra nitidula obscure vi- 
ridia, subtus inter venulas reticulatas tomento minutissimo glauca, nervis. 
fortiter elevatis venulisque tenuibus pallide pilosulis, usque ad 16 cm. longa 
et ad 5 1/2 cm. lata (saepius fere dimidio minora), basi rotundata vel an- 
guste subcordata saepe aliquanto obliqua, apice breviter obtuse vel su- 
bacute acuminata. Receptacula globosa ad anthesin reílexa diametro circa 
8 mm., pedunculo circa 1 cm. longo, bracteis parcissime tomentellis, flo- 
ribus haud bene conservatis; fructifera matura erecto-patentia longius 
pedunculata, laete flava bracteolis parvis peltatis valde dispersis brunneis 
notata, diametro usque ad 2 cm. metientia, uniseminata. Lignum interius 


angustissimum, bruneo-rufescens, densissimum et durissimum. 

In silvã primaevã cacuminis montium Arumanduba prope Almeirim, 1. 
A. Ducke, 26-8-1918, n.º 17.265; arbores vidi duas. 

Cette espéce a un peu d'affinité avec le B. Le Contei Ducke, mais s'en 
distingue à premiere vue par ses feuilles beaucoup plus grandes, à face 
inférieure glauque, les stipules plus grandes, les réceptacles globeux, à Pétat 
múr jaunes (et non pas rouge sang comme chez le dernier). Le coeur du 
bois est mince, três dense, três dure et de grain três fin, presque comme 
chez "espece précédente; sa couleur est cependant un brun rouge peu joli. 


Les espéces de Brosimum que j'ai vues en état florifeêre se groupent 
selon la structure de leurs réceptacles, de la maniêre suivante (34): 


4: Une seule fleur femelle dans chaque réceptacle; celui-ci globeux ou 
a base courtement turbinée. 


(34) Le travail de la dissection des réceptacles de tous les Brosimum et d'um 
grand nombre d'Olmedieae — souvent três difficile chez des matériaux secs. — a 
été executé par notre collêgue mr. J. G. Kuhlmann. 


LD! dm 


a: Fleurs máles sans périanthe: parinarioides, potabile. 
b: Fleurs mãles avec périanthe. 


I: Fleur mãle avec une seule étamine; le périanthe consiste 
d'une seule feuille: ovatifolium, rigidum, gaudichauda. 


II: Fleur mãle avec deux étamines; le périanthe de deux feuilles. 
Base du réceptacle assez distinctement turbinée: paraense, 
angustifolium. 


B: De2àãs5 (rarement 1 ou 6) fleurs femelles dans le réceptacle; fleurs 
mãles avec un périanthe simple et une seule étamine. 
a: Réceptacle globeux; périanthe mãle três court: lanciferum. 
b: Réceptacle adulte à base distinctement turbinée, amincie graduelle- 
ment dans le pédoncule: guianense, discolor, Le Cointei. 


Brosimopsis Sp. Moore. 


Ce genre, peu connu mais bien caractérisé, appartient au groupe des 
Olmedicae (et non pas aux Euartocarpeae ou il a été placé) ou on le re- 
connait tout de suite par ses réceptacles mâãles et femelles parsemés de 
bractéoles peltées (comme chez les Brosimum et chez le mãle de Pseudol- 
media); les bractées qui enveloppent la base du réceptacle sont petites et 
pgu nombreuses (comme chez Brosimum). J'ai vu des spécimens femelles 
et mãles du Brosimopsis lactescens Sp. Moore rapportés de Caceres (Matto 
Grosso) par mon collêgue F. Hoehne; mr. Kuhlmann qui a examiné plu- 
sieurs réceptacles, a trouvé 1 à 4 fleurs dans le réceptacle feminin, et 3 à 4 
étamincs dans le périanthe 4-à 5-fide de la fleur masculine. Ces spé- 
cimens m'ont permis de reconnaitre encore des autres especes comme ap- 
partenant à ce genre jusqu'ici consideré monotypique. 


Brosimopsis acutifolia (Hub.) Ducxe,=Brosimum acutifolium Hub. 


é 


Cette espece est le vrai “mururé” ou “mercurio vegetal” de PÉtat de 
Pará, grand arbre de la forêt non inondée des terrains d'argile fertile, fré- 
quent dans la région du Rio Branco de Obidos (n.º 12.155), connu avec cer- 
titude encore du chemin de fer de Bragança (n.º 8.231) et du chemin de la 
“Volta” du Xingú (Herb. Jard. Bot. Rio n.º 12.514). On le reconnait 
facilement par ses feuilles allongées souvent lancéolées qui se terminent en 
longue pointe aiguê, pileuses et scabreuses du côté inférieur. La partie in- 
térieure de Pécorce et les racines sont rouges, le bois uniformement blanc 
jaune; le latex aqueux verdâtre est souvent employé comme dépuratif, 
mais toxique en dose trop élevée. Cet arbre dioique n'était connu que dans 
des spécimens assez insuffisants, mais récemment j'en ai collectioné, au 


= ab 


Rio Xingú, des. materiaux abondants dont 4 réceptacles bien développés 
ont été examinés par mr. Kuhlmann qui a constaté la présence de 2 ou 3 
fleurs femelles dans chaque réceptacle, et pas de vestiges de fleurs máãles. 
La dissection d'un réceptacle du spécimen type de Huber (H. A. M. P. 
n.º 8.231) donna un résultat identique. Ces réceptacles sont globeux, sou- 
vent avec base un peu turbinée; leurs bractéoles sont plus nombreuses que 
chez les espéces du genre Brosimum. Les réceptacles máles sont inconnus. 


TA Brosimopsis oblongifolia Ducxc, n. sp. 


Arbor lactescens diíoica, 20 ad 25 m., glaberrima, ramulis ferrugineis 
cortice in pelliculas soluto. Stipulae parvae, acutae, caducae. Folia disticha, 
petiolo 1 ad 2 cm. longo fusco supra canaliculato; lamina (in siccis ferru- 
ginescens) vulgo 10 ad 18 cm. longa 3 ad 5 cm. lata, oblonga vel lineari- 
oblonga, basi parum inaequalis acuta, apice saepissime abrupte et sat longe 
acuminata, in utraque paginá nitidula, nervis secundariis utrinque 15 ad 20 e 
costã angulo fere recto exeuntibus, supra saepe subtus semper prominen- 
tibus, ante marginem arcuatim conjunctis, venis oblique reticulatis prae- 
sertim subtus distincte elevatis. Receptaculum femineum floriferum -igno- 
tum; receptacula mascula in axillis solitaria brevissime crasse pedunculata, 
globosa vix ultra 6 mm. diametro, bracteis basalibus 4 parvis (diametro vix 
1 mm.) ovato-suborbicularibus, floribus numerosis bracteolis apice peltatis 
parvis numerosis intermixtis, perianthio 4-partito, staminibus 2 (semper?). 
Receptacula feminea fructifera (matura) in axillis solitaria pedunculo 1 ad 
3 mm. longo, succosa, viridiflava, globosa vel elliptica, uniseminata circa 
I 1/2 cm. longa et ultra 1 cm. crassa vel biseminata dimídio latiora, bra- 
cteis basalibus paucis et parvis (ut in masculinis), bracteolis peltatis parvis 
ubique sparsis, stigmatibus filiformibus circa 3 mm. longis' apice tenuibus 
saepe persistentibus; pericarpium crustaceum flavum; semen exalbumi- 
nosum, testã membranaceà. 

Habitat in silvis primariis non inundatis: loco Cajú-assá fluminis 
Cuminá-mirim (Trombetas) 29-11-1910, mas florif., n.º 11.249; in monte 
Sacaçacá prope Almeirim, 23-8-1918, arbores duae masculae florif,, 
n. 17.237 et n. 17.238; loco Periquito prope cataractas inferiores fluvii 
Tapajoz, 6-12-1919, fem. fructif., H. J. B. R. n.º 12.720. Specimina omnia 
REA. Dacke, 


Pseudolmedia obliqua (Hub.) Ducxr, = Olmedia obliqua Hub. 


Je connais maintenant les deux sexes floriféres et les fruits de cette 
espece qui différe du Ps. laevigata Tréc. par les feuilles três inégales et 


Aro To 


três obliques à la base, avec nervures saillantes'sur les deux faces. Les fleurs 
femelles ont été décrites par Huber (35); les réceptacles mâles sont glo- 
beux, d'environ 4 mm. de diametre (mais non encore adultes), sessiles dans 
de bractées faiblement pubescentes (plus petites que chez la fleur femelle), 
parsemés de bractéoles stipitées à sommet pelté et pileux. Le fruit est uni- 
seminé, rouge, elliptique (long environ 13 mm., large environ 5 mm.), 
couronné par le stigma bifide; périanthe juseux, doux, péricarpe crustacé ; 
testa épaissement membraneuse. 

Petit arbre ou arbrisseau de la foret plutôt médiocre dans des endroits 
un peu marécageux: Rio Mapuera (Haut Trombetas), fem. florif., nu- 
mero 9.074; Pedreira, Rio Arrayollos, municipe de Almeirim, forêt du 
bord du campo périodiquement inondé, fructif., n. 3.530; Bella Vista du 
Rio Tapajoz, forêt un peu marécageuse environnante la Campina do Per- 
dido, fructif., n. 16.485; forét du pied de la Serra do Parauaquara (Prai- 
nha), mále florif., H. J. B. R., n. 8.463. 


* Olmedia maxima DucxE, n. sp. (planche 3). 

Arbor magna vel maxima saepe 40 metralis vel altior, cortice albido, 
comã parva densã atroviridi. Stipulae circa 5 mm. longae acutae valde 
caducae. Folia tenuiter coriacea flexibilia oblonga vel ovato-vel obovato- 
oblonga basi obtusa vel sat acuta saepissime modice inaequilatera, apice 
plus minusve abrupte acuminata, supra glabra nitidula, subtus opaca dissite 
minuteque pilosula, nervis secundariis supra parum a venulis distinctis sub- 
tus tenuiter prominulis prope marginem distincte arcuato-conjunctis ; 
petioli 8 ad 13 mm. longi, laminae 7 ad 13 rarius 16 cm. longae, 3 ad 4 1|2 
rarius ad 5 1/2 cm. latae. Receptacula axillaria (saepe ad folium delapsum) 
saepissime gemina rarius solitaria, parva, viridia, basi bracteis paucis bre- 
vibus latiusculis griseo-tomentellis; masculina in pedunculo 2 ad 3 mm. 
longo circa 1 mm. crasso, multifloria, globosa diametro 5 ad 10 mm., peri- 
anthio circa 1 1/2 mm. longo 4-laciniato, staminibus 4, antheris introrsis ; 
feminea brevissime ac crassissime pedunculata vel subsessilia, uniflora, 
bracteis pluribus late ovato-triangularibus, perianthio circa 3 mm. longo, a 
stigmatibus duobus modice crassis dimidio superato, ovario supero. Fructus 
globosus, maturus viridis 1 1/2 cm. diametri vix attinens, perianthio car- 
noso tenui, pericarpio et seminis testã membranaceis, semine exalbuminoso. 

Habitat in silvis periodice inundatis ad Amazonum fluvium, 1. A. 


(35) Les réceptacles seraient parfois biflores ou triflores, mais chez les spé- 
cimens que j'ai devant moi, ils sont sans exception uniflores. 


pd Joe 


Ducke infra Teffé, n.º 7.341, ad Paraná da Maria Thereza (ostium flu- 
minis Trombetas), n.º 15.324, ad Cacaoal Imperial (infra Obidos), nu-. 
mero 15.671, et prope Gurupá, n.º 17.196; ad Rio Branco de Obidos, nu- 
mero 16.951; florebat januario, februario et augusto, fructificabat ja- 
nuario, februario, maio et junio. “Muiratinga” appellatur. 

L'arbre le plus élevé des rives du Solimões (moyen Amazone):; il 
attire de loin Vattention du voyageur par son épais feuillage vert sombre et 
son tronc élancé blanchátre le plus souvent nuancé de larges tâches rouges. 
Dans le bas Amazone il est aussi fréquent, mais en général de dimensions 
plus modestes, et ne joue pas un róle saillant dans Paspect de la végétation 
des rives. C'est cet arbre que, par erreur. E. Reclus a cité comme corres- 
pondant au Mora excelso de la Guyane britannique qui est une légumineuse 
inconnue en Amazonie. 

Les fleurs du três grand arbre sont petites et de couleur verte, raison 
pour laquelle une espéce aussi remarquable avait pu échapper jusqu'ici aux 
collectionneurs. Le latex qui est assez abondant dans le tronc, Vest beau- 
coup moins dans les petites branches et les feuilles, il est d'un jaune gri- 
satre et on lui attribue des propriétés médicinales. Le bois est jaune blanc 
et sans valeur. Les fruits sont recherchés par le gibier. 

Cette espéce, la vraie “muiratinga” de ["'Amazone, est seule à repré- 
senter ce genre dans nos collections faites dans VÉtat de Pará; les autres 
-espéces décrites par mr. Huber doivent être transferées dans d'autres genres 
botaniques. (36) 

Le nom de “muiratinga” (ce qui en langue tupy signifie bois blanc) 
est souvent aussi appliqué aux autres arbres du groupe des Olmedieae qui 
habitent les hautes terres ou les rives des affluents du grand fleuve, mais 
il appartient surtout au grand arbre que je viens de décrire et qui est ca- 
ractéristique de la “varzea” (plaine d'alluvion) de PAmazone, au sol ar- 
gileux annuellement couvert par la crue. 


Olmedioperebea n. s. 


A generibus Olmedia et Perebea diífert receptaculis femineis 1-ad 
4-Íloris floribus alte connatis inferoovariatis, staminibus in flore masculo 
3 ad 6 antheris extrorsis, receptaculo fructifero saepe biseminato perian- 
thiis perfecte connatis solum apice sinu parum profundo separatis; a Pe- 


(36) O. obliqua Hub. = PseupoLméDIA OBLIQUA (Hub.) Ducke. O. caloneura 
Hub. = NavucLEoPsIs CALONEURA ( Hub.) Ducke. O. erythrorhiza Hub. nom. = CrA- 
RISIA RACEMOSA Ruiz e Pavon. 


Jardim Botanico 3 


E 


rebea differt etiam receptaculis masculis globosis. Arbor magna, lactescens, 
nunc dioica nunc monoica, glabra, foliis amplis durissimis. 


“* Olmedioperebea sclerophylla Duck: n. sp. 


Arbor 25 ad 35 metralis, glabra, ramulis albido-lenticellosis et dens: 
ferrugineo-squamulosis. Stipulae caducae, griseosericeae; gemmae acutae 
mediocriter longae ac crassae. Folia breviter crasseque petiolata, saepissime 
20 ad 30 em. longa, 9 ad 16 em. lata, ovata vel oblongo-ovata rarius oblonga, 
margine revoluto, integro apicem versus (ante acumen) interdum obsolete 
dentato, basi parum inaequilatera saepissime complicata, in ramulis ferti- 
libus saepissime late cordata rarius obtusa, in sterilibus saepe in petiolum 
acutata, apice abrupte acumrinata, vetustiora dure coriacea, vix nitidula, 
supra glaberrima glaucescentia, subtus brunneo-viridia, scabrida pilisque 
minutissimis adspersa, penninervia, oblique transversaliter venosa et den- 
sissime reticulata, costis utrinque 15 ad 18 ante marginem arcuato-conjun- 
ctis, subtus crasse elevatis. Receptacula mascula arboris masculi secus ra- 
mulos breves vel in nodis apice gemmiferis fasciculata (ad 6), pedunculis 
ad 1 1/2 cm. longis minime pilosulis, globosa circa 2/3 ad 1 cm. crassa, 
multiflora, bracteis basalibus paucis brevibus latiusculis tenuiter sericeis, 
perianthiis vix ad 2mm. longis, 4-fidis, staminibus 3 ad 6, antheris extror- 
sis albis; receptacula feminea axillaria, solitaria at nonnunquam inter 
duo receptacula mascula parva fere rudimentaria, brevissime ac crassissime 
pedunculata, bracteis basalibus ut in masculis, floribus in receptaculo 1 ad 
4 at saepissime 2 basi connatis et bracteatis circa 4 ad 5 mm. longis, pe- 
rianthio crasso apice 3-vel 4-lobato lobis brevibus rotundatis, ovario infero, 
stigmatibus duobus brevibus crassis. Drupa squamulis furfuraceis cinna- 
momeis dense obtecta, matura moschato-odorata, nunc simplex globosa 


diametro 2 ad 2 1/2 cm. nunc duplex 3 ad 3 1/2 cm. lata e floribus duo- 


bus usque fere ad apicem connatis suturã paulo restrictis composita, pe- 
rianthio coriaceo-carnoso, pericarpio dure crustaceo, semine exalbuminoso 
testã membranaceã. 


Habitat in silvis primariis non inundatis ad Rio Branco de Obidos, mas. 
et fem. florif. 16-7-1918 n. 17.119; ad Oriximiná (Trombetas inferior) 
fruct. mat. 11-4-I916 n. 16.018; ad S. Luiz fluminis Tapajoz fruct. nov. 
26-8-1916, n. 16.393; 1. A. Ducke. In municipio obidensi cum alteris hujus 
generis et generis Perebea speciebus interdum “muiratinga da terra firme” 
nuncupatur. 


Cette espeéce se reconnait aussitôt par ses grandes feuilles três dures 
a base peu oblique souvent cordiforme, mates et densement réticulées du 


- 


RSS a 


côté- supérieur. Elle ne peut pas rentrer dans le genre Olmedia dont elle 
differe par des caracteres considérés suffisants à séparer les genres dans 
cette famille; elle en differe d'ailleurs totalement dans son aspect, três 
spéciale mais moins éloigné de Castilloa que de Olmedia. Les fleurs femel- 
les inféro-ovariées et les fleurs máles qui ont jusqu'a 6 (le plus souvent 
seulement 3 ou 4) étamines avec anthéres extrorses feraient penser au 
genre colombien Olmediophaena Karst. mais chez celui-ci les réceptacles 
femelles sont toujours uniflores et ressemblent à ceux du genre Pseudol- 
media. — Comme les espéces du genre Castilloa, Olmedioperebea sclero- 
phylla est dioique et monoique: 1l y a des arbres exclusivement máles, tan- 
dis que chez Varbre femelle le réceptacle féminin est souvent accompagné 
de-deux réceptacles masculins lesquels sont beaucoup plus petits que les 
réceptacles des arbres exclusivement máâles (37). Son bois blanc jaunâtre 
n'est pas utilisé; le latex du tronc est gris jaunâtre comme chez les espéces 
voisines; les fruits dégagent une forte odeur musquée. Les feuilles três 
dures couvrent le sol, sous Parbre, encore longtemps aprês leur chute qui 
a lieu surtout a la fin de la saison des pluies. 


Castilloa Ulei Warez. 

Le “caucho” amazonien habite les fertiles terres argileuses et souvent 
pierreuses des cours supérieurs des gros ruisseaux dans les bassins moyens 
et supérieurs des affluents méridionaux de " Amazone, de la région suban- 
dine jusqu'au Rio Araguaya (Tocantins); côté Nord de " Amazone il n'est 
connu que des hautes terres du petit Rio Branco à Nord-Est d'Obidos et 
son voisin le Rio Mamiá affluent du Curuá de Alemquer. Au Rio Branco 
de Obidos j'ai rencontré un arbre femelle avec fleurs et fruits, ce qui 
m'a permis d'établir avec súreté qu'il s'agit de Pespece décrite du Juruá. 


Perebea Aubl. et les genres voisins Noyera Tréc. et Naucleopsis 
Mig. 

J'ai pu enfin réunir des matériaux assez abondants pour arriver à 
une classification naturelle des représentants amazoniens-de ce groupe de 
genres, ou les auteurs postérieurs à Trécul (excepté Pittier) n'ont fait 
qu'augmenter la confusion. 


Genre Perebea Aubl. — Espeéce examinée: P. guianensis Aubl. 
Mále et femelle: Réceptacles jeunes concaves, plus tard pláts (les 


(37) Voir Pittier, Treatment of the genus Castilloa, Contr. Un. St. Nat. Herb. 
XIII, 247, (Igro). Í 


o ek 


fructiféres déprimés mais convexes); bractées intérieures pas plus longues 
que les extérieures; bractéoles absentes. 

Male: Périanthe 4-fide; étamines 4. 

Femelle: Fleurs 30 et plus dans le réceptacle; périanthe 4-denté; style 
épais, court, pileux, terminé en deux lobes três courts et obtus; ovaire 
semi-infere. Fruits múrs adhérents mais se séparant facilement, périanthe 
juseux, péricarpe chartacé, graine sans albumen, testa membraneuse. 


Perebea guianensis Aubl. ( femelle = Olmedia grandifolia Tréc. (38). 
Arbre de petite taille, répandu largement dans V“hylaea” mais assez rare. 
Habite la forêt des hautes terres ou je Vai rencontré prês des cataractes 
inférieures du Tapajoz (n. 16.880, femelle; n. 17.086, mãle) et aux en- 
virons de Coary dans Vétat d'Amazonas (n. 12.367, femelle); mr. J. Ge- 
raldo Kuhlmann en a rapporté des spécimens femelles, de la région du 
haut Rio Branco (Terra Preta, Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 2.908) 
ou on lui donne le nom de “caucho-rana” (faux caucho) par lequel on m'a 
désigné aussi des jeunes individus que j'ai rencontrés dans la région mon- 
tagneuse du municipe d'Almeirim (Serra do Aramun). Le latex est peu 
abondant chez les individus femelles, mais assez abondant chez les males; 
ces derniers ressemblent au “caucho” (Castilloa Ulei) surtout en état flo- 
rifere, a cause de leurs réceptacles en forme de disque. Les pétioles et 
les nerfs du côté inférieur portent de longs poils dressés ou des poils cou- 
chés plus courts (selon les individus, et avec des transitions) ; le fruit mar 
est rouge corail, juseux, doux. — Cette espéce se reconnait facilement par 
les feuilles et les stipules (qui sont les mêmes chez les deux sexes), les 
réceptacles en disque ou peu convexes ou (les jeunes) un peu concaves, 
les drupes faiblement unies dans la partie basilaire chez le fruit múr. Nos 
spécimens correspondent parfaitement aux descriptions des auteurs et au 
dessin dans Vouvrage d'Aublet. 


Genre Noyera 'T'réc. — Espece examinée: N. mollis (Poepp.) Ducke. 

Mále et femelle: Réceptacles globeux; bractées intérieures excédant 
les périanthes, beaucoup plus longues que les bractées extérieures. 

Mále: Réceptacles longuement pédonculés. Périanthe 3-on 4-fide; 
étamines 2 à 4. E 


(38) Placé, par quelques auteurs, dans la synonymie du Maquira guianensis 
Aubl = Olmedia guianensis Tréc., espêce mal connue mais dont le dessin d' Aublet 
n'a aucune ressemblance avec l'espêce présente. On a peut-être confondu les noms 
des deux genres Perebea et Olmedia. 


EEARÇ EP 


SEER 


Femelle : Réceptacles sessiles ou subsessiles, avec 8 à 12 fleurs. Périan- 
the perforé au sommet (39); stigmate divisé en deux branches longues et 
minces; ovaire semi-infere. Fruits múrs adhérents mais se séparant facile- 
ment; périanthe charnu mais non juseux, péricarpe chartacé; graine avec 
testa épaissement membraneuse presque chartacée, sans albumen. 


Noyera mollis (Poepp.) Duck, — Olmedia mollis Poepp., = Perebea 
molhis (Poepp.) Hub., — Perebea Le Cointei Hub. = Perebea paraen- 
sis Hub. | 


Cette synonymie est basée sur d'abondants matériaux d'herbier prove- 
nant des localités suivantes: Rio Tapajoz prês de la Cachoeira do Apuhy, 
lisiére de la forêt, n. 10.118, individu mãle avec feuilles grandes qui cor- 
respond parfaitement à la description de Poeppig; Alemquer, “capoeira” 
(brousse) sêche, individu mãle avec feuilles relativement petites et inflo- 
rescences isolées (type de P. paraensis Hub.); Obidos, forêt de la terre 
ferme prês de la ville: n. 6.942, femelle (type de P. Le Cointei Hub.), 
11.496 (mãle) et I5.IIO (male); Oriximiná (bas Trombetas), forêt de 
terre ferme, n. 15.901 (mále): lac Salgado (Trombetas), lisiére de la 
forêt, n. 15.895 (femelle); Faro, forêt de terre ferme, n. 8.712 (stérile) 
et 15.913 (mãle); Castanhal da Boa Vista au sudouest du lac de Faro, 
n. 10.568 (femelle fruct.); Barcellos (Rio Negro), forêt, n. 7.025 (mále), 


“feuilles três fortement pustuleuses; bouche du Teffé (Solimões) n. 12.218 


(mãle); Teffé, forêt, n. 7.374 (stérile); Cametá (bouche du Tocantins) 
n. 16.288 (stérile). L'épaisseur des feuilles varie beaucoup; les pustules de 
la face supérieure occupent toute la surface ou bien sont reduites à quel- 
ques vestiges prês des marges. Le fruit múr est vert jaunãâtre, les drupes 
qui le composent se séparent apres la maturité. 

Arbre des plus fréquents dans la vieille forêt sécondaire des terres 
fermes du bas et du moyen Amazone (pas encore connu à Test du Tocan- 
tins), rare dans la forêt vierge. Il atteint jusqu'a 20 métres de hauteur. La- 
tex gris-jaunâtre, abondant. N'a pas de nom vulgaire dans la plupart des 
localités, cependant, à Obidos on Yappelle “muiratinga da terra firme” et 
dans d'autres endroits il est connu par “caucho-rana” (faux caucho) à 
cause de la ressemblance de son feuillage avec celui du vrai “caucho” (Cas- 
tilloa Ulei Warb.) Le bois est blanc jaune et sans valeur. Les fruits sont 
recherchés nar le gibier. 


(39) Le périanthe serait selon Huber 4 — lobé, ce qui dans le spécimen examiné 
ne correspond pas à la réalité. 


E a 


Genre Naucleopsis Miq., = Oncodeia Bur., = Acanthosphaera Warb. 
— Espéces examinées: Naucleopsis Ulei (Warb.) Duckr, N. caloneura 
(Hub.) Ducke (= Olmedia? caloneura Hub.), et deux espéces inédites 
(spécimens seulement fructiferes). 

Miâle et femelle: Réceptacles plus ou moins globeux, leur base enve- 
loppée dans des bractées dont celles de la série intérieure sont de forme 
allongée; pas de périanthe, mais les étamines et les styles accompagnés 
de bractéoles qui dans le réceptacle femelle peuvent atteindre des gran- 
des dimensions, sous la forme de dents ou d'épines. 

Mále: Bractéoles toujours courtes en forme de petites lamelles. 

Femelle : Styles nombreux dans le réceptacle, divisés en deux stigma- 
tes longs et grêles; chaque style est entouré de bractéoles dont plusieurs 
(4a 6) forment un pseudo-périanthe. Ovaires profondement enfoncés dans 
le réceptacle. Réceptacle múr tout entier charnu et juseux, les fruits parfaits 
beaucoup moins nombreux que les pistils; péricarpe crustacé; graine avec 
testa membraneuse, dépourvue d'albumen. 


Naucleopsis Ulei (Warb.) Duck, nov. comb. 


Le genre Acanthosphaera Warb. 1907 différerait de Perebea par 
Povaire totalement enfoncé, absence du périanthe et les épines du réce- 
ptacle femelle, cependant les deux premiers de ces caracteres sont précisé- 
ment ceux qui selon Engler, dans le genre Perebea, séparent la section 
Nauclcopsis de la section Euperebea; les épines du réceptacle ne sont sú- 
rement pas un caractêre suffisant pour justifier le maintien d'un genre 
botanique. Acanthosphaera est donc synonyme de Naucleopsis Miq., tandis 
que celui-ci selon Engler ne serait à son tour qu'un sousgenre de Perebea, 
ce qui, cependant, n'est pas acceptable. Le nom de Tespece qui avait servi 
pour établir le supposé nouveau genre sera donc Naucleopsis Ulei. — 
Cette espece n'est pas rare dans I'Amazonie supérieure et je Vai encore 
trouvée au moven Tapajoz (mn. 16.757). Le fruit múr est jaunátre pále, 
doux, comestible. 


Anonocarpus Ducke n. g. (40). 
Flores dioici; inflorescentiae axillares solitariae pedunculatae floribus 
densissimis at lineis longitudinalibus duabus angustissimis (ante anthesin 


faciliter conspicuis) solum bracteas parvas sessiles ferentibus notatae; bra- 
cteae basales vel involucrales nullae; bracteolae stipitatae floribus inter- 


(40) Les photographies et les dessins des détails seront publiés prochainement. 


Ago 


mixtae. Flores masculi in spíicis longis subcylindricis at rhachide (lineari) 
compressã; perianthium 2-ad (saepius) 4-partitum; stamen 1, filamento 
compresso aestivatione erecto, antherã biloculari exsertã; rudimentum 
ovarii nullum. Flores feminei in capitulo compresso-elliptico (rhachide sub- 
lineari-elliptica compressã) arctissime conferti; perianthium crassum, val- 
de compressum, oblique tubulosum, apice truncatum dilatatum et rimã longã 
apertum, ovarium liberum, superum (perianthio inclusum), valde com- 
pressum, ovulo super medium pendulo, stigmatibus 2 subsessilibus brevi- 
bus latis compressis exsertis. Capitula fructifera in syncarpia maiuscula 
subgloboso-elliptica aucta, maturitate succoso-carnosa, perianthiis valde in- 
crassatis et mutuã pressione angulatis, concretis, solum apice extremo 
lineis immersis separatis, pericarpio crustaceo lineis impressis areolato 
valde compresso et praesertim apice distincte carinato, semine exalbumi- 
noso testa membranacea tenuissimã. 

Arbor media latice albo, foliis alternis penninerviis integris, stipulis 
liberis parvis. - 

Generi colombiano Batocarpus Karst. solum in femineis noto (a me 
non viso) evidenter affinis, a cujus descriptione differt praesertim flori- 
bus femineis obliquis valde compressis apice rimã elongatã apertis, capi- 
tulo fructifero in syncarpium concreto. 


V A. amazonicus Duck: n. sp. 

Arbor circa 10 ad 20 m., ramulis obscure rubris, novissimis cano-pu- 
berulis. Stipulae lanceolato-subulatae canotomentellae. Folia petiolo cano- 
pubescente usque ad 1 cm. longo, vulgo 1 ad 1 1/2 dm. longa et 4 ad 7 em. 
lata, lanceolato-obovata vel obovato-oblonga, basi obtusa vel rotundata 
apice breviter acuminata, chartacea, utrinque nitidula penninervia et re- 
ticulata, subtus pallidiora et ad nervos puberula, supra glabra. Spicae 
masculae usque ad 1 dm. longae rarius longiores circa 1/2 cm. crassae, 
pedunculo canotomentoso sat tenui circa 1 cm. longo, perianthio circa 
I 3/4 mm. longo ut bracteolae margine brevissime ciliatulo. Capitula femi- 
nea pedunculo crassiore, ad anthesin inciplentem vix 1 cm. longa, extus 
canotomentella stigmatibus exsertis glabris. Syncarpium maturum sapore 
dulei, subgloboso-ellipticum usque ad 5 cm. longum ad 4 cm. crassum, pe- 
rianthiorum rimis vulgo 1/2 ad ultra 1 em. longis, pertcarpiis circa 3/4 em. 
longis. 

Habitat in silvis terrae argillosae ab Amazonum fluvio periodice inun- 
datae (“varzea”) circa Obidos: mascula prope Paraná de baixo de Obidos 
3-1-I916 florif. n. 15.922, feminea ad Cacaoal Imperial 21-1-1918 florif. 
n. 16.924, 8-g-1910 fructif. n. 11.006, 1. A. Ducke. 


Cet arbre n'est pas trop rare dans la foret des terres alluviales argi- 
leuses três fertiles mais annuellement inondées par la crue de "Amazone, 
aux environs de Obidos; on ne lui connait cependant aucun nom vulgair. 
Ses fruits sont doux et pourraient être comestibles; ils ressemblent à pre- 
miere vue à ceux de certains Anona mais les périanthes qui restent tou- 
jours ouverts au sommet, au moven d'une longue fente, leur sont três 
caractéristiques. 


Clarisia racemosa R. et Pav. 1794. — Soaresia nitida Fr. Alem. 
1857. = Olmedia erythrorhiza Hub. nom. 

Cette espeéce, la “guariuba” amazonienne, est un grand arbre de la 
forêt humide des terres non inondables ou rarement inondées, à écorce 
extérieure brune et verruqueuse, écorce intérieure et racines intensement 
rouges, latex blanc et abondant, bois jaune devenant brun jaune aprês 
quelque temps, de grain fin, três aprecié pour la charpente. Elle est répan- 
due -dans la région amazonienne, depuis les parties orientales du Pérou 
(Chinchao et Pozuzo, selon Ruiz et Pavon; région de "Ulcayali et Huallaga, 
arbres introduits au Jardin Botanique du Museu Paraense par J. Huber) 
jusqu'aux proximités de 1" Atlantique oú sa présence a été constatée par J. Hu- 
ber dans la région du chemin de fer de Bragança (Pará). Dans cet État, 
je Pai collectionée aux environs de Gurupá (n. 17.204) et de Faro (H. 
TI. B.R. mn. 13.051), et dans les régions du bas Trombetas (H. J. B. R. 
n. 13.054) et des cours moyens du Xingú (n. 16.606) et du Tapajoz 
(H. J. B. R. mn. 13.052). Huber Ia encore rencontrée au haut Purús, 
État d'Amazonas (n. 4.367 et cultivée au Jardin Botanique du Museu Pa- 
raense), Ule au Rio Acre (Herb. Brasiliense n. 9.317). Décrite par Freire 
Allemão (sous le nom de Soaresia nitida) de Rio de Janeiro, elle a été 
récemment retrouvée par mr. Kuhlmann prês de cette ville (H. J. B. R. 
n. 13.055); ces individus ne different en rien d'essentiel de ceux de "Ama- 
zonie. Dans cette derniere région, les feuilles varient beaucoup dans la 
grandeur ains! que dans la longeur de la pointe acuminée sans que Fon y 
puisse distinguer des races locales; les arbres femelles sont beaucoup plus 
rares que les mãles; les fruits seraient fortement procurés par le gibier. 


OLACACEAE 


Minquartia guianensia AvpL. 

Cet arbre répandu dans la forêt au sol sablonneux, partout dans Pétat 
de Pará, fournit un bois des plus résistants à Iaction de "humidité, Tort 
recherché; on Vappelle “acariquara” dans la région de Belem et du che- 


ASAP 


min de fer de Bragança, “acariuba” ou “acary” au bas Amazone. Dans 
la région d'Alcobaça (Tocantins), le nom d““acariquara” est cependant 
appliqué à une légumineuse, le Cenostigma tocantinum Ducke, dont Paspect 
du tronc irréguliêrement perforé rappelle celui de Minquartia. 


( Chaunochiton breviflorum Ducxk, n. sp. 

Arbor mediocris vel ad 30 m. alta cortice plus vel minus rubro- 
brunneo, ligno acidum .cyanhydricum redolente. Ramuli plus minusve ru- 
fescentes, vetustiores squamoso-decorticantes. Folia iis speciei Ch. lo- 
ranthoides similia, in speciminibus nostris aliquantum tenuiora; flores 
(virides) valde diversi: pedicelli (infra 1 em. longi) tenuissimi; calix vix 
1 mm. longus et parum latior ; petala adulta 1 cm. parum excedentia, parte 
inferiore (longissimã) circa 1/2 mm., apice incrassato vix 1 mm. lata. 
Fructus eo speciei Chaunochiton Kappleri (“Sagot” Engl.) Ducke nov. 
comb. similis, differt drupã non costatã sed in costarum loco et praesertim 
ad elevationem annularem anteapicalem apophysis vel verrucis plus mi- 
nusve dentiformibus irregularibus munitã, tuberculo apicali 4-vel 5-costato. 

Habitat in silvis, locis altis, 1. A. Ducke prope Obidos fructif. 27-09-1915, 
n. 15.757, in monte Arumanduba prope Almeirim florif. et fruct. nov. 
26-8-1918, n. 17.264, prope Rio Aramun in regione montium Jutahy inter 
Almeirim et Prainha florif. et fructibus semiadultis 3-7-1919 Herb. Jard. 
Botan. Rio de Janeiro, n. 10.508; prope São Luiz do Maranhão fructif. 1 
Achilles Lisbôa, Herb. Jard. Botan. Rio de Janeiro, n. 4.718; inter Victoria 
et Altamira fluminis Xingú a me visum. 

Cette espéce est certainement liée, par Vaffinité la plus étroite, à 
PHeisteria Kappleri “Sagot” Engl. qui doit rentrer dans le genre Chau- 
nochiton; Vespêce guyanaise a cependant été décrite seulement en état fru- 
ctifêre et sa drupe n'a pas d'apophyses dentiformes, mais des côtes lisses 
longitudinales. 


! Agonandra silvatica DuckE n. sp. 

A specie 4. brasiliensis differt cortice trunci non suberoso, foliis saepe 
tertio maioribus at breviter (vix ad 1/2 cm.) petiolatis, racemis in ramuls 
plene foliatis axillaribus, floribus masculis subsessilibus vel brevissime pe- 
dicellatis glaberrimis, fructibus maturis luteis inodoris. Arbor mediocris 
glaberrima foliis membranaceis ovatis vel lanceolato-ovatis basi saepe ob- 
tusis apice acutis vel breviter acuminatis, fructibus dulcibus. 

Habitat in silvis primariis non inundatis: prope Obidos in terris ultra 
flumen Curuçambá 30-10-1919, mas floriferum, femina fructibus novellis 
et adultis, Herb. Jard. Bot. Rio, n. 10.564; in regione cataractarum infe- 


AM Up: 


riorum fluvii Tapajoz ad locum Pimental 22-12-1919 fructibus maturis, 
H. J. B. R. mn. 10.565. 

Arbre de la forêt humide et dont le facies differe beaucoup de celui 
de "4. brasiliensis des forêts seches et des campos. Dans les échantillons 
secs, les différences entre les deux espeéces sont surtout remarquables chez 
les fleurs máles. Les feuilles ressemblent à celles d'une forme (fréquente 
en Amazonie) de VA. brasiliensis, elles sont cependant souvent plus grandes 
et ont les pétioles toujours plus courts. 


Agonandra brasiliensis Miers (4. Duckei Huber, nomen). 


Les feuilles des individus amazoniens sont généralement plus larges 
que celles des arbres qui croissent dans le nordest sec du Brésil; leur forme 
est d'ailleurs fort variable. Arbre plutôt petit de la forêt de basse taille 
ou sécondaire et des bords de campos, en terre argileuse non inondée; 
limité, dans I“hylaea”, à la région relativement seche du bas Amazone 
( Montealegre, n. 9.870, n. 9.908 et n. 16.514; Santarem, n. 16.371; Obidos, 
n. 12.057; Faro, n. 10.552 et 15.785) et aux environs des campos de 
V'Ariramba à Vest du moyen “Trombetas (n. 14.932). Son écorce grosse 
et subéreuse ressemble à celle de "Aspidosperma Duckei Hub. et du Rau- 
wolfia pentaphyila Ducke avec lesquels on le confond parfois; il est d'ail- 
leurs facile de le distinguer de ces deux apocynacées, car il ne renferme pas 
de latex. Son bois est d'un blanc légerement jaunátre, de grain fin, dureté 
moyenne, se travaillant bien au tour; c'est la couleur du bois qui lui fait 
donner le nom vulgaire “pão marfim” (41), ce qui veut dire “bois d'ivoire”. 
Les fruits sont des drupes vertes, de grandeur, aspect et odeur d'une re- 
ineclaude, de gout agréable; ils sont recherchés par le gibier. 


ANONACEAE 


Duguetia (Geanthemum) flagellaris Hvup. 


Petit arbre fort aromatique, notable par les branches fertiles (sub- 
terranéennes, aphylles, d'oú seulement les inflorescences viennent à la sur- 
face du sol) souvent três longues (jusqu'ã une dizaine de metres); les 
fleurs, de couleur brun rouge foncé et qui dégagent une odeur assez 
agréable de fruits en fermentation, sont presque sessiles et ont le con- 
nectif des étamines large et acuminé. Habite le sousbois de la grande 


(41) Appliqué dans le commerce d'exportation souvent encore au bois du Caly- 
cophyllum Spruceanum Benth. Je “pão mulato” des habitants de la région. 


ds qe 


forêt riche en “castanha” (Bertholletia) de la région au nord d'Obidos, 
ou je Vai observé dans le bassin supérieur du petit Rio Branco (n. 15.223) 
et dans la région du Trombetas: à Pest du lac Salgado (n. 8.875), dans le 
haut Ariramba (n. 11.895 a), prês du Cuminá-mirim (n. 7.942) et à VEre- 
pecurú en amont de la derniére cataracte (n. 15.011). Fleurit d'octobre à 
“Jjanvier; le fruit múrit en juin ou juillet. 


D. (G.) cadaverica Hvr. 


Petit arbre exactement semblable au précédent, même dans la forme 
et nervation des feuilles, mais peu arontatique et ayant les branches fer- 
tiles (subterranéennes) beaucoup plus courtes (pas atteignant 1 metre, chez 
les 3 individus jusqu'ici observés). Les fleurs, d'un pourpre violacé avec 
large bande blanche sur la face intérieure des pétales, dégagent une tres 
forte odeur nauséabonde de viande pourrie qui attire souvent des essaims de 
mouches; elles sont longuement pédicellées et ont le connectif des éta- 
mines mince mais non acuminé. Espece rare et que je n'ai observée que 
deux fois: dans la forêt entre les rivieres Cuminá-mirim et Ariramba af- 
fluents du Trombetas (n. 7.995), et (en deux individus) à Pintérieur des 
terres de Gurupá (n. 16.687). Habite le sousbois de la forêt en localités 
fort humeuses; fleurit en décembre et janvier. 

La troisiéme espece de la section Geanthemam du genre Duguetia, le 
D. rhizantha (Eichl.) R. E. Fries, habite les environs de Rio de Janeiro; 
ses fleurs qui se rapprochent, dans leur structure, de celles du D. cada- 
verica, sont rouges et inodores (information de mrs. Gustavo Peckolt et 
G. Kuhlmann); ses feuilles sont luisantes, planes, à nervures fines non 
enfoncées. Les feuilles des deux espéces amazoniennes sont mates (cada- 
verica) ou peu luisantes (flagellaris) ; leurs nervures primaires sont for- 
tement saillantes du côté inférieur mais entourées d'une dépression. 


ROSACEAE 


Parinarium montanum Avusi. = Moquilea rufa Barb. Rodr. ex parte 
(fruit). 

Grand arbre de la forêt de “terre ferme”, largement répandu dans 
V“hylaea”; dans Vétat de Pará, je Vai rencontré prês de Belem et sur le 
chemin de fer de Bragança, à Iintérieur de Gurupá, sur les montagnes 
Almeirim, à Villa Braga dans le Tapajoz et au Curumú pres de Obidos; 
Huber en a rapporté des spécimens du Rio Capim. 


Dans Vétat d'Amazonas, Huber a trouvé, au Purús, des endocarpes 


ER Sia 


qui semblent appartenir à cette espece. Celle-ci est généralement connue 
sous le nom de “pajurá”, mais à Gurupá et à Almeirim on la désigne 
par celui de “paranary”; le gros fruit, de forme ovale elliptique ou 
plus ou moin sphérique et surface três irréguliere, à mésocarpe épais co- 
mestible, doux et parfumé, se caractérise par son endocarpe profondé- 
ment sillonné ou verruqueux-denté et qui a I'un de ses deux locules três 
fréquemment à peine indiqué (voir Archivos do Museu Nacional do Rio 
de Janeiro, vol. 22, pl.). 


Parinarium Rodolphi Hvr. 

Un des arbres les plus superbes des forets de TVétat de Pará, notable 
par sa cime três large et dense, de forme réguliêre, de couleur vert foncé; 1l 
est connu de la région de Belem (n. 15.806), du chemin de fer de Bragança 
(Santa Izabel, n. 9.684; Peixeboi, n. 9.648), de Alcobaça (n. 15.644), 
et de la Serra de Arumanduba à Vest de Almeirim, le point le plus oc- 
cidental ou je Vaie vu. Le fruit est beaucoup plus petit que celui du P. mon- 
tanum, de forme elliptique plus ou moins allongée (diametre majeur 6 à 
7 cm.; diamétre mineur 3 à 4 cm.), à mésocarpe peu développé non co- 
mestible, et à endocarpe non sillonné ni denté, parfaitement biloculaire. 
Le nom que Pon donne à cette espece aux environs de la capitale du Pará 
est “paranary”; dans les autres localités on ne lui semble connaitre aucun 
nom indigêne. Ce nom de “paranary” ou “parinary” est dans quelques 
localités (comme j'ai déja dit) appliqué au P. montanum, dans d'autres 
au P. brachystachyum Benth. (arbre à peine moyen des rives inondées de 
lacs et rivieres, fort répandu dans les états de Pará et Amazonas, à fruits 
petits. non comestibles); dans I'Amazonie supérieure, au Couepia chry- 
socalyx Benth. lequel y est fréquemment cultivé pour ses fruits comes- 
tibles (42). 


v Parinarium laxiflorum Ducke n. sp. 

Speciei P. brachystachyum Benth. affine, differt stipulis semper par- 
vis, foliis ovatolanceolatis saepe maioribus subtus tenuius tomentosis cos- 
tis secundariis magis dissitis et minus numerosis, foliis vetustis supra nitidis 
saepe sat distincte reticulatis, cymis laxis paucifloris. Folia inferiora saepe 
ultra 1 dm. longa et 5 em. lata; pedunculi ad dichotomias compressi; flores 
quam in specie citatã aliauanto maiores, calice intus et ovario mediocriter 
longe fulvidohirsutis. 


(42) La “Flora Brasiliensis” mentionne cette espéce encore de Santarem, oú je 
ne l'ai cependant pas rencontrée. 


ge Hi 2 


Arbor circa 10 ad 20 m. alta, silvae non inundatae, prope Obidos 
23-09-1910 florif. n. 11.051, regione Rio Branco de Obidos 26-12-1913 
fruct. nov. n. 15.244, 1. A. Ducke. 

Cette espece remplace, dans la forêt de la “terra firme” de Obidos, 
le P. brachystachyum des foréts inondées; elle ressemble beaucoup au der- 
nier mais s'en distingue par quelques caractêres suffisamment importants 


des feuilles et surtout des inflorescences. 
| 


E À Parinarium barbatum Ducke: n. sp. 

Arbor vix media. Ramuli graciles, cinerei, glabri, novelli hime illinc 
lanã tenuissimã albã induti. Stipulae caducissimae brunneae vix ad 1 cm. 
longae. Petiolus 3 ad 5 cm. longus, robustus, supra profunde canaliculatus, 
eglandulosus ; lamina vulgo 9 ad 11 em. longa et 2 1)2 ad 4 em. lata, utrin- 
que glaberrima plus minus nitida subtus vix palhidior, tenuiter et elastice 
coriacea, utrinque tenuiter elevato-penninervia et reticulata, nervis maio- 
ribus dissitis, in utroque latere circa 10 ad 15, basi in petiolum acutata, 
apice abrupte longe et acute acuminata. Paniculae terminales et in axil- 
lis superioribus, folio multum breviores, densae, minute et densissime ca- 
notomentosae, pedunculo ramisque strictis, his gracilibus. Bracteae (circa 
3 mm. longae) et bracteolae (circa 2 mm.) sat persistentes brunneae basi 
fuscã, intus sericeae, extus basi exceptã glabrae, lanceolatae apice plus 
minus subulatae. Pedicelli ad 1 1/2 mm. longi, tenues. Alabastra tomento 
minutissimo subargenteo dense vestita, usque ad 8 mm. longa, angusttora 
quam in speciebus reliquis mihi notis, apice distincte curvata et sat longe 
subulato-acuminata. Calicis tubus 3 ad 4 mm. longus subcampanulato-tur- 
binatus, lobi lanceolati acuti tubo aequilongi vel parum breviores. Petala 
ovatooblonga glabrinscula vix ultra 3 mm. longa, alba. Stamina basi distin- 
ctissime connata, perfecta 7 unilateralia; adsunt staminodia ananthera non- 
nulla. Ovarium et calicis tubus intus pilis deflexis albis densis et longissi- 
mis barbata; styli basis dense lanata. Fructus ignotus. 

Species insignis foliorum formã glabritie et nervatione, bractearum et 
alabastrorum colore et formá, tubo calicino intus ovarioque longissime 
albobarbatis. 

Habitat in silvis non inundatis prope São Luiz juxta cataractam Ma- 
ranhãosinho fluvii Tapajoz, |. A. Ducke 26-83-1916, n. 16.385. 

Cette espece dont je n'ai observé qu'un seul individu différe dans 
beaucoup de caracteres de toutes les autres espéces connues. On la recon- 
nait à premiere vue par le contraste de la couleur brune claire de ses 
bractées et bractéoles (qui sont assez grandes et persistantes) avec la cou- 
leur de plomb presqu'argentée des boutons des fleurs; dans les fleurs ou- 


rala QN 


vertes, on voit une partie de la barbe blanche três longue de Vintérieur du 
tube du calice. 


Couepia bracteosa Benth. — Moquilea rufa Barb. Rodr. ex parte. 

Arbre à peine moyen fréquemment cultivé dans certaines régions du 
bas Amazone, surtout aux environs de Santarem, rarement à Belem; fré- 
quent dans la ville de Manaos et probablement indigene au Rio Negro ou 
dans le haut Rio Branco, Le fruit est ovale, de 7 à 12 cm. de diametre 
majeur, glabre, brun avec de nombreuses lenticelles grisátres, à mésocarpe 
comestible (identique à celui du fruit du Parinarium montanum) et endo- 
carpe ovoide, uniloculaire, non sillonné mais de surface granuleuse et hirsuté 
de fibres (voir Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, vol. 22, pl); 
c'est le “pajurá” que Von vient vendre à Santarem, à bord des bateaux 
qui fréquentent ce port. Ce “pajurá” cultivé a été parfois confondu avec 
le “oity-coró* de Pernambuco lequel appartient cependant à une espece 
parfaitement distincte à laquelle j'ai donné le nom. botanique de Couepia 
rufa Ducke, Arch. Mus. Nac. Rio de Janeiro, vol. 22 (1919), pag. 60 
(Pleragina rufa Arruda Camara, msc., = Moquilea rufa Barb. Rodr., ex 
parte). Cette espece est, selon les informations, indigêne de la zone fores- 
tire de Pernambuco; je Vai vue cultivée dans la capitale, mais en etat 
stérile. Des spécimens floriferes (Herb. Gen. Mus. Paraensis, n. 3.575) 
et un endocarpe muúr m/ont été remis par le Dr. A. Lutz qui les avait ob- 
tenus par le professeur Melchior do Amaral Mello; j'ai encore reçu des 
fruits semiadultes par mon ami le Dr. Ezequiel L. de Barros. Le Museu 
Nacional possede un spécimen de Glaziou (Herb. Bras. Centr. n. 18.217, 
sous le nom de Couepia macrophylla), provenant d'un arbre cultivé prês de 
Barreto (Nictheroy, Rio de Janeiro); c'est un rameau florifére encore 
três jeune, portant aux ramifications de Vinflorescence des grandes bra- 
ctées qui chez les spécimens floriferes n'existent plus. Il est impossible 
de confondre cette espece avec le C. bracteosa (malgré une certaine res- 
semblence superficielle) si bien caracterisé par ses bractées grandes et per- 
sistentes ; elle se rapproche, en realité, plutôt de Vespéce robusta Hub. mais a 
les feuilles plus grandes et plus épaisses, et les fleurs plus courtement pé- 
dicelées avec duvet beaucoup moins développé et avec le tube du calice 
moins épais et plus droit. 


Licania parinarioides Hvr. 

Cette espece a été décrite postérieurement par le même auteur comme 
Licania capinensis, d'aprês des spécimens ayant les fleurs encore jeunes, 
tandis que celles-ci, chez le type du premier nom, sont déja vieilles et 


alterées par la fécondation; la section Parinariopsis Hub. de ce genre 
n'existe donc pas. Cette espece est un arbre petit ou à peine moyen de 
certains campos sablonneux (Campos de Marajó n. 2.583, sous le nom de 
“copuda”: Campos du Cupijó prês de Cametá, n. 16.209) et des rives 
sablonneuses des riviéres Jamundá (n. 11.758), Mapuera (n. 8.961), bas 
Trombetas (n. 10.912), moyen Tapajoz (n. 16.415) et Capim (n. 946, nom 
indigêne “cutimandioca”). La “copuda meuda” que Huber (Bol. Museu 
Goeldi, VI pag. 206) a citée sous le nom de Couepia bracteosa, semble 
être encore une espéce de Licania; Véchantillon que j'ai vu (n. 196) a seu- 
lement des boutons, trop jeunes encore pour déterminer le genre bota- 
nique. 


LEGUMINOSAÉ 


“ Inga bullatorugosa Duckr. n. sp. 


Ad sect. 1, Leptinga. Arbor parva, glabra, innovationibus tomentel- 
lis cito glabris, ramulis albido-lenticellosis. Stipulae parvae caducissimae. 
Petiolus et rhachis sat late vel angustius interrupte alati, glandulis scutel- 
latis magnis vel parvis; foliola I-ad 3-juga (saepissime 2-juga), vetus- 
tiora dure coriacea fortiter rugosa et bullata, nitidula, basi plus minus 
obtusa apice saepissime longe acuminata et setulifera, elliptico-vel ovato- 
oblonga, apicalia inferioribus multo maicra usque ad 19 cm. longa ad 
9 em. lata. Umbellae laterales, solitariae (an semper?) pedunculis brevibus 
(vix ad 7 mm. longis) crassis tomentellis; bracteae parvae subulatas; pe- 
dicelli tenues 8 ad 15 mim. longi parce tomentelli; flores tenues, sparsim 
tomentelli vel subglabri, calice 2 ad 2 1/2 mm. longo apice acute dentato, 
corolla 7 ad 8 mm. longã, staminum tubo incluso vel breviter exserto. Le- 
“ gumen glabrum planum 1 1/2 ad 2 em. latum. 

Hab. ad fluvium Tapajoz prope Itaituba, 1. J. Barbosa Rodrigues, 
Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro, n. 5.220; in silvis non inundatis prope 
Villa Braga (circa ejusdem fluvii cataractas inferiores) 1. A. Ducke 
8-I-I9I8, n. 16.898. 

Cette espéce est de la parenté de PI. umbratica Poepp. (du Pérou 
amazonien) mais en différe par ses feuilles adultes fortement bullées, 
qui ne semblent se rencontrer chez aucune autre espéce de ce groupe; elle 
semble se distinguer de "espêce mentionnée (que cependant je n'ai pas vue) 
encore par son revetement tres faible, le pédoncule plus court que les pé- 
dicelles, le tube des étamines courtement exserte ou inclus. 


= MRS 


Inga xinguensis Duck, n. sp. 

E sectione Leptinga, speciei 7. heterophyila Willd. affinis at ramulis 
novellis et foliolorum costis supra dense canotomentosis, glandulis vix 
elevatis latioribusque, foliolis (ut videtur fere sempre bijugis) aliquantum 
latioribus, horum acumine breviore et obtusiore, pedicellis calicibusque 
circa duplo longioribus, corollã circa 1/3 longiore. 

Habitat in fluminis Xingú regione Volta Grande, in terrae altae silvis 
primariis, 1. A. Ducke 14-12-916 n. 16.607. 

Le duvet fortement développé qui couvre les nervures primaires de 
la face supérieure des folioles, donne à cette espêce un facies bien par- 
ticulier; malgré cà, j'ái pris d'abord cette espece nouvelle pour une simple 
variété de lheterophylla, quelques échantillons ayant été distribués sous 
ce dernier nom. — Petit arbre trouvé dans la forêt au bord de la route 
de Victoria à Altamira, entre les localités Bôa Vista et Forte Ambé, dans 
les hautes terres dargile rouge vif três compacte. 


| Inga inundata Ducke n. sp. 

E sectione Leptinga, speciebus /. lallensis Benth. et 1. Huber Ducke 
affinis. Arbor parva ramulis glabris, novellis obscuris decorticantibus, ve- 
tustioribus albidocinereis. Stipulae parvae subulatae caducae. Folia glabra 
petiolo rhachideque nudis, glandulis sessilibus parvis saepe obsoletis ; foliola 
bijuga (rarius unijuga) subcoriacea tenuia nitida reticulato-venosa, ovata 
vel oblonga, basi in petiolulum 3 ad 5 mm. longum acutata apice breviter 
acuminata, apicalia (in ramulis fertilibus) saepius 12 ad 18 cm. longa 4 ad 
8 cm. lata, basalia his non multum minora. Pedunculi laterales saepissime 
conferti, tenues, 2 ad 4 cm. longi; bracteae breves, ciliolatae ; flores parum 
numerosi; calix brevissime (vix ad 2 mm.) petiolulatus vel saepius sub- 
sessilis circa 2 mm. longus, campanulatus, brevissime dentatus, parce to- 
mentellus; corolla circa 10 ad 12 mm. longa tenuis apice modice dilatata 
vix tomentella; staminum tubus e corolla exsertus. 

Habitat in ripis inundatis lacus Jeretepaua prope Obidos 13-8-1916, 
n. 16.340, 1. A. Ducke; in insulã Cutijuba prope Belém do Pará 29-6-1907, 
1. J. Huber, n. 8.224; ad rivulos fluvii Amazonum affluentes prope Gurupá 
frequens 1. A. Ducke 25-6-1919 Herb. Jard. Bot. Rio n. 10.008. 

Cette espéece nouvelle se distingue de PI. Huberi surtout par sa gla- 
breté (les fleurs seules ont quelque peu de duvet), ses folioles à veines 
assez bien distinctes, les pédoncules plus longs, les fleurs presque sessiles, 
mais à calice plus long; de IT. lallensis Benth. par ses folioles toujours bi- 
juguées, les pédoncules beaucoup moins longs, les pédicelles três courts. 


e gd 


LVécorce des parties plus jeunes des rameaux est noirâtre et se détache en 
lames, celle des parties plus vieilles est gris-clair comme chez PT. brachy- 
rhachis Harms. Au contraire des deux especes voisines mentionnées, VT. 
mmundata m'habite que des terrains inondés. 


4 Inga Huberi Duck: n. sp. 

E sectione I (Leptinga). Arbor parva ramulis novellis petiolis pe- 
dunculisque ferrugineo-tomentellis. Stipulae caducae non visae. Folia pe- 
tiolis rhachidibusque nudis, his sub foliolorum jugis sulcatis, glandulis me- 
diocribus scutellatis; foliola in speciminibus nostris omnia bijuga, tenuiter 
coriacea glabra nitida venis obsoletis, lanceolato-vel ovato-vel obovato-ob- 
longa, apicalia in ramulo sterili usque ad 21 cm. longa ad 10 em. lata, in 
ramulis floriferis solum ad 11 cm. longa ad 3 cm. lata (at novela), basi 
in petiolulum 2 ad 3 mm. longum attenuata, apice acuta vel breviter acumi- 
nata. Pedunculi laterales, saepissime conferti, tenues, 1 1/2 ad ultra 2 cm. 
longi: bracteae minutae; pedicelli circa 2 mm. longi, tenues; calix circa 
2/3 mm. longus ac latus, campanulatus, breviter dentatus, parce tomentel- 
lus; corolla 7 ad 8 mm. longa, glabra, tenuis apice plus vel minus dilatata ; 
staminum tubus corollae inclusus. 

Habitat in silvis non inundatis prope Belem do Pará, leg. J. Huber, 
30-5-IgOI, n. 2.050. 

Une seule fois collectionné mais bien caractérisé; se rapproche de 
PT. Sellowiana Benth. (du Brésil méridional) mais en differe suffisam- 
ment par le revetement, les pédoncules nombreux, latéraux et beaucoup 
plus courts, les folioles beaucoup plus grandes et à venules effacées. 


Inga obidensis Duck: n. sp. 

A specie affini T. lateriflora Miq. differt petiolis rhachidibusque sat 
late alatis, foliolis maioribus (praesertim latioribus), umbellis et floribus 
circa tertio maioribus, corollis apice campanulato-ampliatis. Arbor me- 

diocris. | 
| Hab. in silvã non inundatã prope Obidos, 1. A. Ducke 30-5-I91I, 
n. 11.826. 

I. obidensis var. pilosa DucxE n. var. 

A forma typica differt ramulis novellis dense canotomentosis, petiolis 
1achidibusque angustius et longe interrupte alatis, calice angustiore et ali- 
quanto longiore, pilis erectis parum densis consperso. 

Hab. in civitate Amazonas prope Cachoeira fluminis Purús in silvis, 
1. A. Goeldi 20-6-1903, n. 3.904. 


Jardim Botanico 4 


a AU 


Cette espece a les feuilles de TT. myriantha et les fleurs de IT. late- 
mflora, mais celles-ci plus grandes et avec corolle fortement dilatée-cam- 
panulée au sommet; ses inflorescences três nombreúses(Tappellent certains 
Pithecolobium de la section Cailanthon. 


Inga lateriflora Miro. 
Les folioles sont parfois jusqu'ã quadrijuguées. 
I. lateriflora var. latior Ducxzr n. var. 


A forma typica differt foliolis saepe duplo maioribus, glandulis latis, 
legumine maiore presertim latiore. In silva ad marginem campinae sabu- 
losae prope Gurupá, 1. A. Ducke, n. 16.565 et 17.188. 


V Inga glomeriflora Ducxr n. sp. 


Species quoad sectionem incerta, habitu potius ad sectionem I vel II 
spectat. Arbor parva ramulis tenuiter canoferrugineo-tomentosis, vetustio- 
ribus glabris cinereis. Stipulae apice ramulorum saepe comosae (ut in 
sect. 1 speciebus plurimis at minus caducae), angustae, subulatae, tomen- 
tosae, saepissime circa 1/2 cm. longae. Folia petiolo rhachideque nudis 
setã brevi caducã terminatis, parce tomentosis, glandulis sessilibus parvis 
vel obsoletis; foliola trijuga tenuiter coriacea glabra nitida tenuiter ner- 
vosa venis supra parum conspicuis, ovato-oblonga, basi in petiolulum usque 
ad 1/2 cm. longum longe attenuata, apice longe acuminata, apicalia (in 
ramulis fertilibus) usque ad 18 cm. longa ad 7 cm. lata, basalia his ple- 
rumque non multum minora. Pedunculi laterales axillares, praesertim infra 
folia in ramulorum vetustiorum axillis foliorum delapsorum, saepius fas- 
ciculati (fasciculi internodiis longis separati) brevissimi (1/2 ad 1 cm.), 
tenues, tomentosi; capitula subglobosa, densiuscula, bracteis minimis; pe- 
dicelli circa 1 mm. longi; calices vix minime tomentelli circa 1 mm. longi 
campanulati breviter dentati; corollae circa 7 mm. longae glabrae apicem 
versus sensim dilatatae; stamina corollam vix duplo superantia, numerosa, 
tubo incluso. Legumen ignotum. 


Habitat in fluminis Xingú regione Volta Grande inter locos Bôa Vista 
et Forte Ambé (prope Altamira), silvã non inundatã ad marginem viae, 1. 
A. Ducke 14-12-1916, n. 16.609. 

Espece bien caractérisée dont le facies rappelle certains Pithecolobium 
de la section Caulanthon à cause des inflorescences presque toutes infra- 
foliaires et fasciculées. Fleurs blanches, en capitules ombelliformes. 


dt hi and 


Inga Duckei Hvr. 

Cette espéce découverte aux environs de Prainha (bas Amazone, 
État de Pará) a encore été observée prês d'Itacoatiara (État d'Amazonas), 
sur la rive inondée du grand fleuve (n. 12.471). Les spécimens qui ont 
“servi à la description se trouvaient en pleine floraison; Pauteur ne con- 
naissait pas les inflorescences jeunes ni les rachides vieux. Ceux-ci attei- 
gnent le plus souvent 3 à 4 mm., exceptionnellement jusqu'a 1 cm. de lon- 
gueur, ils semblent (comme encore la forme des glandes pétiolaires) in- 
diquer une transition de la section Diadema vers les Pseudingae, peut 
être de la parenté d'7. Thibaudiana. Les stipules sont à peine un peu plus 
grandes et pas plus persistantes que chez la plupart des especes de la 
section Leptinga, elles n'ont aucune ressemblance avec celles de PT. cinna- 
momea (contrairement à Vopinion de Pittier qui, d'ailleurs, ne connaissait 
notre espece, probablement, que d'apreês la description). La gousse courte, 
large, plate, mésure chez nos spécimens de 4 à 5 cm. de longueur. 


Inga tenuistipula Ducxr n. sp. 

Ad. sectionem Diadema. Arbor parva glabra. Stipulae vix subpersisten- 
tes parvae tenues, longe subulato-acuminatae. Folia petiolo rhachideque 
nudis supra vix canaliculatis; glandulae obsoletae; folia 1-vel saepius 
2-juga, membranacea vel tenuiter coriacea elastica, oblonga vel: ovato- 
oblonga, maiora usque ad 20 cm. longa et ad 8 cm. lata at saepissime tertio 
minora, basi in petiolulum 1/2 ad 1 cm. longum longiuscule acuminata, 
apice modice longe vel breviter acuminata, nitidula, costã prominulã nervis 
venisque tenuibus. Pedunculi saepius bini tenues plerumque rigiduli, sub 
anthesi circa 4 ad 6 em., fructiferi ad 12 cm. longi; rhachis breviter elliptica 
post flores delapsos 3 ad 4 mm. longa, bracteae minimae. Pedicelli 1 ad 
2 mm., calices 1 ad 1 1/2 mm. longi vix hinc illinc minime tomentells, 
corolla 6 ad 7 mm. longa, stamina numerosa coroll vix duplo longiora 
tubo non exserto. Legumen (imperfectum) compressum, 2 cm. latum. 

- Habitat in civitatis Amazonas silvis non inundatis prope Cachoeira 
fluminis Purús 1. A. Goeldi 23-6-1903 n. 3.917, prope Santo Antonio do 
Iça 1. A. Ducke 7-0-1906, n. 7.649. 

Espece du sousbois des terres non inondées de la partie occidentale 
de W“hylaea”; a peut-être un peu d'affinité avec Vespéce méridionale 
I. lanceaefolia Benth., mais se distinguera de celle-ci aussitôt, en dehors 
d'autres caractêres, par les fleurs pédicellées et dont la corolle excêde 
le calice plusieurs fois en longueur; les stipules petites et caduques ainsi 
que la forme des capitules la distinguent à premiére vue de PT. cinnamo- 
mea des bords de "PAmazone. 


uai SS 
+ Inga cecropietorum Duck: n. sp. . 

Ad sectionem Diadema ubi corollã apice dense adpresso-pilosã a cae- 
teris speciebus differt. Arbor ut videtur parva. Ramuli lineis a petiolo de- 
currentibus fortiter elevatis, novissimi villoso-pilosi, mox glabrati. Sti- 
pulae sat persistentes, latiuscule falcato-obovatae, striatae, ad 1 1/2 em. 
longae. Petiolus rhachidesque sat anguste (1/2 cm. saepius non latius) 
subparallele ininterrupteque alati, in setam caducam ultra 1/2 cm. longam 
terminati, glandulis magnis elevato-marginatis. Foliola 3-vel rarius 4-juga 
tenuiter coriacea oblongo-lanceolata, maiora ad 14 cm. longa ad 4 cem. lata 
(basalia saepe multo minora), subsessilia vel brevissime petiolulata basin 
versus longe inaequaliter attenuata basique ipsã saepissime anguste subcor- 
data, apice longe acuminata, nitidula, subtus ad nervos parce pilosa, nervis 
et venulis praesertim subtus distincte elevatis. Pedunculi axillares (singul 
vel bini) et terminales (subpaniculati), saepius tenues, breviter ferrugineo- 
villosi, sub anthesi 3 ad 5 cm. longi; rhachis deflorata breviter elliptica 
ad 1/2 cm. longa; bracteae caducae circa 3 mm. longae subglabrae striatae. 
Flores subsessiles; calix tubulosus subglaber striatus 7 ad 8 mm. longus 
apice modice longe dentatus; corolla 10 ad 11 mm. longa parte exsertã 
sat dense adpresse ferrugineo-pilosã; stamina numerosa, corollã duplo: 
longiora, tubo breviter exserto. Legumen (teste J. Huber) ut in Inga cin- 
namomea. 

Habitat in ripis inundatis fluminis Purús prope locum Bom Logar 
inter Cecropias silvulas (cecropieta) formantes, 1. J. Huber 14-5-1904, nu- 
mero 4.706. 

Cette espece a les stipules et le calice de TT. cinnamomea, mais les 
capitules moins denses et non pas parfaitement globuleux (presqu'ã peu 
prês comme chez 7. Duckei et T. tenwistipula), les corolles pileuses, les, 
petioles ailés, etc. 


Inga gracilifolia Duck: n. sp. 

Ad sectionem II (Diadema). Arbor saepe ad 30 m. at trunco parum 
crasso. Ramuli novelli ferrugineo-tomentelli. Stipulae parvae caducae. Pe- 
tiolus cum rhachide 6 ad 9 cm. longus angustissime marginatus supra ca- 
naliculatus, subglaber. Glandulae parvae, sessiles. Foliola s5-juga rarius 
6-juga, vulgo 2 ad 3 em. longa et circa 6 ad 8 mm. lata, maiora ad 4 cm. 
longa ultra 1 cm. lata, subsessilia vel ad 1/3 mm. petiolulata, anguste ovali- 
oblonga apice obtuse acuminata, basi attenuata saepissime obliqua, tenuia, 
subtus pallida vel in utraque paginã concolora, vix nitidula, supra praeter 
costam (utrinque prominulam subtus puberulam) fere avenia. Pedunculi 
filiformes, tenues sed erecti, 2 ad 4 cm. longi, in axillis solitarii rarius bini, 


E a 


parcissime puberuli. Flores in capitulo numerosi (30 ad 40), bracteis mi- 
nutis, breviter (ad 3/4 mm.) pedicellati, calice circa 1/2 ad 3/4 mm. 
longo ac lato vix parcissime puberulo, corollã circa 4 ad 5 mm. longã, tenui, 
glabrã staminibus e corollã ad 5 mm. exsertis, tubo circa 2 1/2 mm. ex- 
serto. Legumen longe pedunculatum, breviter (rarius sat longe) stipitatum 
ad 30 em. longum, 1 1/2 ad 2 cm. latum, glabrum, planum et tenue, solum 

ad semina aliquanto incrassatum, marginibus nerviformibus. 

Habitat in silvis non inundatis: Colonia Santa Rosa (n. 9.727) et Pei- 
xeboi (n. 8.324) ad viam ferream inter Belem et Bragança 1. A. Goeldi; 
Oriximinã ad flumen Trombetas (n. 16.019) 1. A. Ducke. Mense octobre 
florifera, aprile frnctifera. 

Espéce três caractéristique entre toutes celles qui habitent [YAma- 
zonie; elle se rapproche de quelques espéces du Brésil méridional, surtout 
de PT. nutans Mart., laquelle a cependant les folioles plus grandes, les pé- 
doncules pendants, les capitules composés d'un petit nombre de fleurs. Ses 
feuilles ressemblent à celles de PI. virgultosa (Vahl) Desv., connu avec 
stireté seulement de Cayenne (les spécimens stériles de Pará que Bentham 
attribue au dernier, appartiennent en réalité três probablement à notre es- 
pece nouvelle). 


Inga calophylla Harms. 

Petit arbre de la forêt en partie sécondaire des hautes terres d'argile 
rouge fertile des environs d'Altamira (moyen Xingú), 20-8-1919 H. J. 
B. Rio n. 10.032. Ces spécimens ressemblent aux cotypes de la collection 
Ule (conservés dans le Museu Paraense) provenants du Rio Acre, seule- 
ment les folioles sont moins dures, non bullées, à côtes moins enfoncées en 
dessus, moins fortement saillantes sur la face inférieure. Les inflorescen- 
ces sont des courts épis ou presque des capitules; cette espéce semble donc 
intermédiaire entre les sections Diadema et Bourgonia. Les stipules sub- 
persistantes sont petites, mais de forme spéciale : tronquées au bout. 


t Inga cordatocalata DuckKE n. sp. 

Ad sectionem III (Burgonia). Glabra. Stipulae in speciminibus nos- 
tris desunt. Petiolus 10 ad 12 mm. longus, apicem versus alatus (saepissime 
cordato-alatus), vulgo 5 ad 7 mm. latus, glandulã sessili. Foliola unijuga 
sessilia ovato-oblonga basi obliqua apice longe acuminata, vulgo 7 ad TI 
cm. longa, 3 ad 4 1/2 cm. lata, coriacea, superne valde nitida costa pro- 
minente costulis tenuissimis venulis obsoletis, subtus vix nitidula pallida 
distincte penninervia et venulosa. Spicae in axillis foliorum (saepe delapso- 
rum) saepissime binae trinae vel quaternae, breviter (1 ad 2 cm.) pe- 


54 — 


dunculatae, vulgo 6 ad 8 cm. longae, laxiflorae. Bracteae minimae spatulatae, 
caducae. Flores brevissime (circa 1/2 mm.) pedicellati, calyce circa 2/3 mm. 
longo ac lato, corollã ad 3 1/2 mm. longã tenui tubulosã superne sub- 
campanulatã, staminibus tubo haud exserto 1 cm. saepe longioribus. Le- 
gumen ignotum. 

Habitat in silvis ad stationem Peixeboi inter Belem e/ Bragança, l. 
R. Siqueira, 26-7-1907, n. 8.270. 

Cette espêce se détache à premiere vue, entre toutes celles qui com- 
posent cette section três difficile, par ses feuilles unijuguées (je les ai tou- 
jours trouvées ainsi dans les matériaux assez abondants que j'ai exami- 
nés), à face supérieure fortement luisante, à pétiole cordiforme. I/I. co- 
ruscans H. B. K., de Guyane et Colombie, a les folioles luisantes et presque 
sans veines en dessus, mais trijuguées et le pétiole non ailé. 


Inga fagifolia (1..) Willd var. belemnensis Ducke n. var. 

A formã typicã differt pedunculis longis (3 ad 5 cm.), spicis brevibus 
(rhachides 1 1/2 ad 2 rarius 2 1/2 cm. longae), floribus distincte pedicella- 
tis (ad 2 mm.), staminibus longioribus densioribusque. 

Habitat in urbe Belém do Pará in terrenis olim cultis 1. A. Ducke 
VIII — 1919 Herb Jard. Bot. Rio de J. n. 10.056. 

Cette forme qui ne m'est connue qu'en quelques individus cultivés 
dans la capitale du Pará, ressemble dans ses feuilles et ses fruits entiére- 
ment à IT. fagifolia typique, mais les inflorescences divergent tellement de 
celles du dernier, qu'on croirait s'agir d'une espeéce différente, si Bentham 
dans la Flora Brasiliensis n'avait pas mentionné une variété avec épis rac- 
courcis longuement pédonculés et une autre variété à fleurs pédicellées. 
H faut cependant remarquer que ce groupe d'/'nga est encore três mal étu- 
dié, les espéces décrites étant insuffisamment limitées. 


Il. Bourgoni (AUBL.) DC. 

Cette espece qui n'était pas encore connue du Brésil, est commune 
dans la forêt de la région argileuse pres de "Amazone aux environs de 
Gurupá (n. 16.160). Les spécimens ressemblent entigrement à ceux que 
j'ai recueillis à "Oyapoc (n. 4.778). Des spécimens d'Arumateua ("Tocan- 
tins) collectionnés par mile. E. Snethlage (n. 8.193) appartiennent avec 
toute probabilité à Vespece présente; ils n'ont cependant pas de fruits. 


v. Inga brachystachya Duck: n. sp. 
Ad sectionem Bourgonia. Speciei 7. brachyrhachis Harms affinis, dif- 
fert foliorum maiorum rhachidibus distincte alatis, foliolis floribusque mi- 


Edo sed 


noribus, his sessilibus, calice apiceque corollae breviter pilosulis, ramulis 
novellis pedunculisque ferrugineo-pubescentibus. Foliola saepius unijuga 
rarius bijuga (maxima in bijugis usque ad 14 cm. longa et ad 7 cm. lata, 
jugi inferioris semper multo minora) breviter petiolulata basi acuta vel 
“obtusa vel rotundata apice saepissime breviter et obtuse acuminata. Inflo- 
réscentia novella saepius subcapitata sub anthesi breviter spicata rhachide 
interdum ultra 1 cm. longã, pedunculis vix 1 cm. rare ad 1 1/2 cm., cali- 
cibus 1 1/2 ad 2 1/2 mm., corollã circa 5 ad 7 mm. longis, tubo staminali 
tenuí longe exserto. Legumen ad 11 cm. longum ad 3 em. latum, glabrum, 
planum marginibus tenuíbus, rectum vel arcuatum. 

Habitat in silvis non inundatis ad Caraparú prope Santa Isabel viae 
ferreae Bragantinae, 7-9-1908, n. 9.627; circa Belém do Pará 1. J. Huber 
9-I0-1903 n. 3.857 florif., XIl-19go2 n. 3.014 fructif., VIII-1898 n. 1.282 
flor. et fructif.; in regione fluminis Xingú circa Victoria et Forte Ambé 
(prope Altamira) 18 et 20-8-1919 1. A. Ducke Herb. Jard. Bot. Rion. 10.040 
et n. 10.039; in montis Parauaquara (prope Prainha) radicibus 5-10-I919 
1 A. Ducke Herb. Jard Bot. Rio de Janeiro, n. 10.038. 

Cette espece ressemble surtout dans la forme des inflorescences à PI. 
brachyrhachis du Pérou oriental, son écorce est gris clair comme chez celui-ci 
(et plusteurs autres), mais elle se distingue facilement du dernier par le 
rachis des feuilles (a folioles bijuguées) distinctement ailé, ainsi que par 
quelques autres caractêres encore, mentionnés dans la diagnose. Il faut 
se garder de ne pas confondre cette espéce avec certaines espéces ap- 
partenantes à la section Leptinga. 


* Inga subsericantha DucxE n. sp. 


A sectione Bourgonia ad Pseudingas transiens, speciei 7. Bourgoni 
characteribus plurioribus affinis, differt foliorum rhachidibus sat late (in- 
terrupte) alatis, glandulis magnis scutellatis, foliolis saepissime 4-jugis, 
spicis brevibus axillaribus et terminalibus, his paniculatis, pedunculis sat 
longis (3 ad 4 cm.) dense ferrugineotomentosis, corollã (praesertim in ala- 
bastro) apice plus minus sparsim sericeã. Forma foliolorum fructu- 
umque ut in 7. Bourgom, spicarum ut Ingae nobilis. 

Arbor sat magna silvae non inundatae in terris argillosis fertilibus 
prope cataractas inferiores fluminis Tapajoz cirea locum Pimental, 1. A. 
Ducke 5-2-1917, n. 16.732. 

Cette espece nouvelle est tres bien caractérisée, elle forme une transt- 
tion marquée des Bourgonia (dont elle posséde le calice) vers les Pseu- 
dingae, auxquelles elle ressemble par son inflorescence; les corolles sont 


e Eni 


intermédiaires entre ces deux sections. Quelques india été distri- 
bués, par erreur, sous le nom de 7. Bourgom. 


Inga microcalyx BenTrir. 
Le rachide de Pépis peut atteindre jusqu'ã 5 cm. de longueur; Pinflo-. 
rescence ressemble, dans ce cas, à celle de VI. fagifolia. 


“ Inga falcistipula Duck: n. sp. 

E Pseudingis Glabrifloris; speciei T. stipularis DC. per hylaeam totam 
vulgari arcte affinis, differt formis omnibus gracilioribus, stipulis lineari- 
falcatis (ut in speciebus vicinis capitata et microcalyx) vix subpersistenti- 
bus, foliolis membranaceis vel subcoriaceis, pedunculis tenuioribus, bracteis 
parvis, floribus minoribus. Foliola ut videtur constanter bijuga. 

Habitat in silvis secundariis non inundatis prope Obidos (sat fre- 
quens), 1. A. Ducke 11-8-1916, n. 16.326; in regione fluminis Purús prope 
Bom Logar 1. J. Huber 23-4-1904, n. 4.664. 

J'avais d'abord considéré cette espece comme une simples variété de 
PI. stipularis commun aux environs d'Obidos; il y a cependant une cir- 
constance remarquable: aucun individu du dernier était en fleur lorsque 
fleurissaient les arbres de Vespece que je viens de décrire comme nouvelle. 


v Inga longipedunculata Duck n. sp. 

Flores calice glabro corollã sericeovillosã sectionis Pseudingae Gymno- 
podae speciei 1. leiocalycina, spicis elongatis laxifloribus sectionis Bourgo- 
nia speciebus pluribus affinis. Arbor parva subglabra, stipulis parvis an- 
gustis caducis, foliorum rachide sub jugo ultimo interdum marginatã, glan- 
dulis sat magnis sessilibus, foliolis bijugis subcoriaceis tenuibus mnitidis, 
ovatis oblongis vel ellipticis, in petiolulum attenuatis, apice breviter acumi- 
natis, terminalibus ad 18 cm. longis ad 9 em. latis. Spicae laxae, pedun- 
culis in axillis superioribus fasciculatis erectis tenuibus ad 9 cm. longis rha- 
chide 4 ad 5 cm. longã; bracteae parvae; calix sessilis glaber vix pilis mi- 
nimis raris adspersus, striatus, tubulosus, cirea 6 mm. longus; corolla 
sericeovillosa calice vix duplo longior; staminum tubus breviter exsertus. 

Habitat ad cursum medium fluminis Tapajoz in regione cataractarum 
Mangabal in silvis a rivulo Botica periodice inundatis, 1. A. Ducke 4-9-1916, 
n. 16.453. 

Encore une espece nouvelle três bien caractérisée dans laquelle se con- 
fondent les caractêres de plusieurs sections de la classification de Bentham. 
(Quelques spécimens ont cependant été distribués sous le nom de T. steno- 
ptera, espece avec laquelle seulement les feuilles ont quelaue ressemblance. 


REA 


Inga acreana HaRMs. 

Feixeboi (chemin de fer de Belém à Bragança), n. 8.267; rachides 
foliaires nus, tandis que chez un co-type de la collection Ule (conservé dans 
le Museu Paraense) ceux-ci sont étroitement marginés. 

Cette espece ressemble, parmi les Inga brésiliens, surtout à VI. no- 
bilis mais s'en distingue par la pubescence des parties végétatives presque 
nulle, celle du calice clairsemée, les folioles plus longues et relativement 
étroites, longuement amincies vers la base, les veines éteintes, les bractées 
plus longues (1/3 de la longueur du calice) et moins caduques, les corolles 
pas plus longues de la longueur double du calice. 


Inga Thibaudiana DC. 


Cette espece commune dans I'hylaea toute entiere varie beaucoup; les 
formes qui se rapprochent du type habitent la forêt sécondaire en terrain 
sec, surtout sablonneux, leurs folioles relativement petites sont souvent 
5-juguées, rarement jusqu'ã 7-juguées. Dans les terrains fertiles d'argile 
compacte prédominent des formes plus grandes dans toutes leurs parties 
mais à folioles moins nombreux (3 ou 4 paires), c'est la var. latifolia Hub. 
Bol. Mus. Goeldi (Pará) IV p. 562, mentionée par Bentham (= 1. pelia- 
demia Harms). Les glandules, chez cette forme, ne sont pas toujours si 
larges comme chez les spécimens decrits sous ce dernier nom et dont j'ai 
pu comparer un double de la collection Ule (dans le Museu Paraense) ; 
chez un spécimen de Canchahuaya, Pérou oriental (J. Huber, n. 1.469), ' 
elles sont de grandeur moyenne. Des spécimens de VÉtat de Pará (Serra 
de Almeirim n. 17.243 et H. J. B. R. n. 10.079; moyen Xingú, région de 
la Volta Grande, n. 16.614; Peixeboi, sur le chemin de fer de Bragança, 
n. 8.268) se distinguent de ceux du haut Amazone par le calice plus épais 
et plus court; les glandules sont de grandeur moyenne ou même plus pe- 
tites que chez certains spécimens du T'hibaudiana typique; les folioles nou- 
velles ont la face inférieure revêtue d'une couche soyeuse cuivrée brillante 
- três dense, comme Pon ne trouve guere chez la forme typique. 


! Inga superba Duck n. sp. 

E Pseudingis Pilosiusculis; speciei a me non visae 7. splendens Willd. 
affinis, a hujus descriptione differt pedunculis longis (4 ad 6 cm), calice 
brevi (4 ad 6 mm. longo), staminum tubo e corollã sat longe exserto. 

Habitat in fluminis Jamundá silvis ripariis periodice inundatis infra 
ostium affluentis Paranapitinga, 1. A. Ducke 15-5-I9II n. 11.709. Arbor 
magna, pulcherrima dum floret. 


RS RE 


Quelques spécimens ont été distribués sous le nom de 7. splendens 
var., mais les différences entre les deux formes sont telles qu'il faut les 
considérer comme espêces indépendantes jusqu'à que Ion n'ait pas dé- 
couvert des formes intermédiaires. 


1. nitida Wizzp. (três probablement = 7. Sanctae Annae Sp. Moore). 

Cette espece remarquable par ses fleurs jaune clair, ressemble beau- 
coup à PI. setifera DC. de Vétat d'Amazonas, de la Trinité et des Guyanes; 
comme chez cette derniere, le rachide des feuilles se termine três sou- 
vent dans une sertule. Elle habite le bas Amazone (Obidos, Almeirim), 
le bas Xingú, le bas Tocantins et les petites riviéres à [Pest de celui-ci (le 
Rio Capim, par exemple) ainsi que les deux rives du Rio Pará (Soure, 
Collares) ; dans Vherbier du Museu Nacional do Rio de Janeiro j'ai vu 
un spécimen de Matto Grosso (coll. Herbert Smith). Dans mon travail anté- 
rieur (p. 13) j'ai cité le spécimen provenant de Collares (n. 12.618) sous 
le nom d'T. setifera. 


Inga auristellae [anms. 

Gousse plate (seulement un peu renílée aux graines), arquée, à su- 
tures peu dilatées, glabre, mésurant 10 à 12 cm.:de longueur sur environ 
2 cm. de large. ; 

Répandu dans toute 1 “hylaca” mais rare: Belém do Pará (n. 17.029), 
Peixeboi (chemin de fer de Bragança), forêt non inondée (n. 9.413), 
Santa Izabel (dans la même région) n. 10.179; Guyane hollandaise, Gran 
Rio supérieur, Herb. Acad. Rheno-Traject. n. 458 coll. Tresling; haut 
Rio Acre coll. Ule, type. Pulle (Plants of Surinam) n'a pas déterminé 
cette espece, n'ayant pu vérifier s'il devait la classer dans le sousgenre Bur- 
gonia ou parmi les Pseudingae Leptanthac. 


Inga longiflora BentTH. 

Petit arbre de forme souvent rabougrie qui fait partie du sousbois 
de la forêt des hautes terres; fréquent à Obidos, ayant encore été ren- 
contré à Gurupá (n. 17.134). La longueur du calice est le plus souvent 
inféricure à celle indiquée dans la description. Cette espéce s'éloigne des 
autres Pscudingae Longiflorae pour se rapprocher, par sa pilosité his- 
pide, des P. Vulpinac; sa corolle soyeuse la place cependant mieux chez 
les premieres. 


Inga speciosa BenrH. 
Cette espéce habite la forêt sécondaire des terrains sablonneux, sté- 


Eros ad 


riles; sa forme typique n'est pas rare aux environs de Santarem (n. 16.350), 
Obidos (ns. 16.333 et 17.107) et Faro (Herb. J. B. Rio, n. 10.105), c'est- 
a-dire dans la partie occidentale du Bas Amazone paraense. Dans les parties 
orientales de IÉtat de Pará, cette espece est représentée par une race 
locale : 

Var. membranacea Duckxk n. v.: a typo differt foliolis angustiori- 
bus membranaceis nervo marginali obsoleto, pilositate partium omnium 
minus adpressa, floribus tenuioribus, calicis dentibus aliquanto longioribus, 
leguminis pilis densioribus et magis hispidis. : 

Habitat in silvis secundariis recentioribus prope Porto de Moz (nu- 
mero 17.155) et Victoria (n. 17.168) fluminis Xingú inferioris, et prope 
Gurupá (n. 17.186), 1. A. Ducke, flor. mense Augusto 1918. 

La gousse de cette espece peut atteindre jusqu'à 25 cm. de longueur 
et 2 1/2 cm. de largeur, elle est couvert de poils (courts et assez clairsemés 
chez la forme typique, plus fortement dévéloppés chez la variété) et a les 
marges peu dilatés. 


Tinga grandiflora DucxE n. sp. 

Arbor parva. Ramuli novell petiolique rufo-villoso-hispidi, demum 
plus minus glabrescentes. Stipulae caducae. Petiolus anguste marginatus, rha- 
chis foliorum modice late alata; glandulae mediocres sessiles scutellatae ; 
foliola 4-juga, rarius 3-juga, breviter petiolulata, usque ad 20 cm. Íonga ad 
7 em. lata, ovato-vel obovato-vel elliptico-oblonga basi obtusa vel an- 
guste rotundata, apice breviter acute acuminata, tenuiter coriacea, nitidula, 
margine longiuscule ciliata, supra glabra pilis patentibus sparsis, subtus ad 
nervos crebrius pilosa, pallidiora. Spicae ad axillas solitariae pedunculo 
2 1/2 ad 6 cm. longo cum rhachide demum 8 ad 10 cm. longã dense ferru- 
gineo-tomentosis; bracteae caducissimae non visae; flores sessiles calice 
tubuloso breviter dentato dense ferrugineo-villoso-tomentoso 2 ad 2 1/2 cm. 
longo corollã 5 1/2 ad 6 1/2 cm. longã, dense sericeo-villosa, staminibus 
numerosis, tubo non vel breviter exserto. Legumen planum, dense rufo his- 
pidum. rh 

— Hab. in silvis primariis humidis prope Gurupá, 1 A. Ducke, 10-8- 
1918 n. 17.180; prope Belém do Pará (Igarapé Una) 1. Jobert et Schwacke 
1877, n. 50, Herb. Museu Nacional Rio de Janeiro n. 5.848. 

Espéce três remarquable par ses fleurs épaisses et d'une longueur 
extraordinaire pour ce genre; semble avoir beaucoup d'affinité avec PI plu- 
muúifera Benth. (du Rio Uaupés, affluent du Rio Negro) mais se distingue 
aussitôt par le revêtement des parties végétatives et par le tube des étamines 
qui ne dépasse pas beaucoup la longueur de la corolle. 


es tgy sos 


Inga macrophylla H. B. K. 


Glandules parfois stipitées. Gousse jusqu'ã environ 40 cm. de longue 
sur 4 1/2 cm. de large, plane, à marges assez fortement dilatés comme 
chez certains Ewingac, converte de courts poils hispides qui vers la ma- 
turité disparaissent, excepté ceux des marges. Espece répandue, semblet-il, 
par toute  Amazonie mais limitée aux terrains d'argile compacte fertile ou 
elle habite la forêt sécondaire des endroits humides mais rarement inondés. 
Elle est souvent cultivée à cause de ses gros fruits três pulpeux. 


+ 


Inga cayennensis Bent. 


Cette espece largement répandue dans I'État de Pará varie beaucoup 
“dans le nombre des folioles (4 à 6 paires, parfois même 7) et surtout dans 
les pédicelles, lesquels (sans que Ion puisse découvrir d'autres caractêres 
différentiaux) varient d'une longueur supérieure à 1 cm. jusqu'a três 
courts. 

— Forma sessiliflora Ducx: n. var. à fleurs sessiles ou presque sessiles : 
Bas Xingú, Victoria, n. 17.172; Rio Aramun prêés de la Serra da Velha 
Pobre (en amont de Almeirim, bas Amazone), Herb. Jard. Bot. Rio de Ja- 
neiro n. 10.111, dans une localité oú la forme typique est assez fréquente. 


I Inga quadrangularis DuckE n. sp. 

Ad sectionem V (Euinga). Arbor parva. Ramuli lineis decurrentibus 
angulati breviter ferrugineo-villosi vel subglabri. Stipulae non visae. Pe- 
tioli nudi utrinque lineã marginati, rhachides plus minus anguste et saepe 
interrupte alatae, villosi vel fere glabri; glandulae sat parvae sessiles con- 
cavae; foliola 3-ad 4-juga breviter petiolulata tenuiter coriacea plus minus 
nitida, hirtella vel glabrata, subtus pallidiora, utrinque reticulata, termi- 
nalia usque ad 17 cm. longa et ad 11 cm. lata, late ovalia vel obovalia 
vel oblongo-elliptica, basi obtusa, rotundata vel breviter acutata, apice sae- 
pissime late rotundata et in medio saepe brevissime acute acuminata. Pe- 
dunculi axillares solitarii vel gemini 5 ad 6 cm. longi, spicãà demum 4 ad 
5 cm. longã ad anthesin laxiflorã ; bracteae ovato-lanceolatae calice multum 
breviores, caducae; calix sessilis vel subsessilis circa 1 cm. longus, tubulo- 
sus, fortiter striatus, in alabastro purpureus demum ferrugineus, subglaber 
solum basi distincte pallido-pilosus; corolla 25 ad 38 mm. longa, densis- 
sime albidosericeo-villosa; stamina numerosa corollã duplo longiora, tubo 
non exserto. Legumen crasse tetragonum marginibus faciebusque subae- 
quilatis ut in specie T. insignis. 


Habitat culta et subspontanea prope Porto de Moz ad faucem flu- 


As 


minis Xingú civitatis paraensis leg. A. Ducke 25-12-1916, n. 16.653; ad' 
flumen Purús superius culta leg. J. Huber, n. 4.411. 

Ayant confondu cette espéce nouvelle, à cause de son fruit, avec IT. 
insignis Kunth, j'en ai distribué quelques spécimens sous ce dernier nom 
lequel revient cependant à une espéce andine; notre espece se distingue de- 
celle-ci (que je ne connais que par la description dans la Flora Brasiliensis) 
par le pétiole nu, le rachis étroitement ailé, les folioles de formes arron- 
dies et 3-ou 4-juguées, le calice presque elabre, la corolle le plus souvent- 
três longue. Les fleurs ressemblent dans plusieurs caracteres, y compris la 
couleur à Vétat desséché (étamines ferrugineux vif), à celles de PT. ma-- 
crophylla H. B. K. chez lequel on rencontre parfois aussi des feuilles qui 
ressemblent à celles de notre espece. 


N! Inga polyantha DucxeE n. sp. 

- Ad sectionem Euinga. Arbor parva. Ramuli lineis elevatis a foliis 
decurrentibus notati, fusci, parce lenticellosi, cano-puberuli mox glabrati. 
Stipulae ovatae parvae caducae. Folia rhachide inter jugos late alatã sed. 
petiolo (villoso) nudo, glandulis parvis orbicularibus, elevatis vel breviter- 
stipitatis; foliola 3-vel rarius 4-juga, breviter petiolulata, subcoriacea, su- 
pra minime subtus magis conspicue pilosula subscabrida plus minus ovata 
vel elliptica basi saepe cordata apice breviter acute acuminata usque ad 
15 cm. longa et ad gem. lata. Spicae in axillis fasciculatae et terminales 
corymbosae, pedunculis 2 ad 4 em. longis breviter villosis, rhachidibus vix. 
ultra 2 em. longis, bracteis caducis/ parvis (circa 4 mm.) ovato-lanceolatis 
pilosis, floribus sessilibus densioribus vel laxioribus. Calix tubulosus stria- 
tus ferrugineus albidopilosulus 9 ad 11 mm. longus; corolla densisstme et 
adpresse sericeo-villosa, 22 ad 24 mm. longa; stamina sicca ferruginea,. 
longa et numerosa, tubo corollaim parum excedente. Legumen (immatu- 
rum) ad 15 cm. longum et ad 2 3/4:cm. latum, rectum vel parum arcuatum, 
planum, pilosulum, marginibus modice dilatatis et plurisulcatis. 

In Obidos civitatis paraensis culta, 1. A. Ducke g-r1-1919 H. J. B. 
ERP O 3]. 

Cette espece a les fleurs comme chez les Euingae tetragonae Pittier- 
mais la gousse comme chez les Euwingac sulcatae Pittier du groupe de 
PT. scabriuscula. Elle est cultivée à Obidos mais certainement indigêne 
dans la région amazonienne. Ses fleurs sont grandes et d'un blanc éclatant ;. 
Parbre abondamment fleuri est d'un bel effet. 


Inga scabriuscula BENTH. 
Nos nombreux échantillons de cette espéce, commune sur les rives. 


mm SA ão 


inondées du bas Amazone, possedent un revêtement beaucoup plus per- 
sistant que 1'7. edulis; un double du n. 1.554 de la collection Spruce du 
British Museum, conservé au Museu Paraense, correspond exactement à 
ces plantes. Un autre spécimen de la même collection (n. 1.750) semble 
cependant appartenir à Iespece edulis, par ses feuilles adultes presque 
glabres et ses glandules comprimées transversalement; sans doute, sous 
ce numéro se trouvent mélangés des spécimens provenant de plusieurs ar- 
bres, ce qui est confirmé par la citation de ce numéro, dans la Flora 
Brasiliensis, pour la forme typique et la var. villosior. 


Inga edulis Mart. 


Je ne vois aucune limite entre la forme typique et la var. parviflora 
Benth., toutes deux sont communes dans la forêt sécondaire non inondée 
dans beaucoup de localités de Vestuaire amazonien (Belém, Breves, Gu- 
rupá, bas Tocantins, Almeirim). La forme cultivée partout en Amazonie 
a les gousses parfois beaucoup plus grandes que chez les arbres sauvages. 


Enterolobium timbouva MART. 


Montealegre, n. 16.024; Parbre le plus grand des forêts médiocres des 
alentours de cette petite ville. Répandu dans toutes les parties pas trop 
humides du Brésil, mais n'avait pas encore été observé en Amazonie. 


Enterolobium maximum Ducke (Voir ces “Archivos”, vol. 1). 


Pedunculi in axillis foliorum delapsorum solitarii vel bini, 1 1/2 ad 
4 1/2 em. longi, paulo cinereopuberuli; capitula parva; pedicell 1 ad 
Tt 1/4 mm. longi; calix campanulatus, circa 1 mm. longus, 2/3 ad 1 mm. 
latus; corolla circa 4 mm. longa, sat profunde 5-fida. Legumen saepe ad 
12 cm. diametri metiens, maturum mesocarpio molli, albo, dulci. Speci- 
mina florifera 1. A. Ducke prope Alcobaça 17-7-I9I6, n. 16.270; specimina 
deflorata prope Obidos 26-9-915, n. 15.755; spec. fruct. prope Cachoeira do 
Mangabal et S. Luiz (Tapajoz) n. 16.468 et 17.047. Arbor in civitate Ama- 
zonas “tamboriuva” appellatur. 


Differe de VE. ellipticum Benth., en dehors des caractêres des feuil- 
les, par les fleurs pédicellées; de celui-ci et de toutes les autres espéces 
connues, par le calice extrémement petit et le mésocarpe (du fruit mir) 
mou, blanc et doux. Bois frais: brun foncé; sec: brun-gris clair; tendre, 
facile à travailler mais de grain un peu grossier; semble le plus utilisable 
des bois des mimosacées amazoniennes de três grande taille. 


PR E O 


V 


laio + 5 


é Pithecolobium parauaquarae DucxE n. sp. 

Ad sectionem Abaremotemon Benth. Frutex humiis inermis glaber, 
ramulis vetustioribus nodosis cinereis, novellis dense minute ferrugineoto- 
mentosis. Stipulae caducae parvae subulatae. Folia petiolo 1 ad 2 cm. longo 
in novellis parce canopuberulo apice glandulã suborbiculata pallide tomen- 
tellã notato et in setam (caducam) crassam dense ferrugineotomentosam 
terminato ; pinnae 1-jugae rhachidibus 2 ad 3 1/2 em. longis apice setiferis 
glandulis obsoletis vel nullis; foliola 2-juga brevissime petiolulata late fal- 
cato-ovata obtusissima basi lata, tenuiter coriacea (vetusta non vidi) utrin- 
que glaberrima nitida concolora elevato-penninervia et dissite reticulata, 
usque ad 6 1/2 em. longa et ad 5 cm. lata. Capitula globosa absque stami- 
nibus vix 1 cm. latiora, pedunculis axillaribus saepius binis circa 3 em. 
longis parce puberulis, rhachide vix ad 3 mm. longa, bracteis parvis cras- 
siusculis tomentosis; flores parce tomentelli pedicellis circa 1 1/2, calice 
vix 2/3, corollã circa 3 mm. longis, staminibus albis vix 1 1/2 em. longis 
tubo corollae incluso. Legumen ignotum. 

Habitat loco saxoso aperto in cacumine montis Parauaquara (ca. 
360 m., sec. Hartt) siti inter Prainha et Almeirim ad septentrionem fluvii 
Amazonum inferioris, 1. A. Ducke 7-10-I9g19 H. J. B. R. n. 10.159. 

Appartient certainement à la parenté du P. microcalyy Benth. mais 
a les pennules 1-juguées, les folioles 2-jugués, les glandules planes et sou- 
vent peu distinctes, les pédoncules plus courts, les fleurs encore plus petites 
et — ce qui est le caractere le plus important — Pinflorescence en capitule 
globeux, à rachide três court. 


Pithecolobium cochleatum Marr. 

Se-trouve dans VÉtat de Pará, en dehors de la région voisine de 
PAtlantique (jusqu'au Tocantins), encore au bord des campos sablonneux 
de Montealegre (n. 16.520), dans une forme à pennules 4-juguées. 


Pithecolobium pedicellare (DC.) BentrH. — Mimosa terminalis Vell. 
FI. Flum. Ic. XI t. 30. 

Rio de Janeiro, hérb. du Jardin Botanique et du Museu Nacional. Était 
jusqu'ici mentionné seulement pour la flore hyléenne mais déja Vellozo le 
connaissait de la région de Rio de Janeiro, Payant figuré sous le nom de 
Mimosa terminalis (43). 


(43) Bentham a placé ce nom dans la synonymie du Pith. polycebhalum, mais 
les glandules des pétioles, les fleurs et la gousse du dessin de Vellozo laissent re- 
connaitre avec sureté le Pith. pedicellare. 


Sad ES 
“ Pithecolobium elegans DuckE n. sp. 

Ad sectionem III (Samanca), ser. 2 (Carnosae). Speciei P. pedicel- 
lare (DC.) Benth. affine. Arbor 20 ad 30 metralis, ligno molli, fibroso, 
cortice ferrugineo, laevi, cicatricibus pallidioribus notato. Ramuli rufi squa- 
matim decorticantes, juniores cum petiolis rhachidibus et inflorescentiis 
ferrugineo-tomentosi. Stipulae caducissimae, non visae. Folia ad apices 
ramulorum eleganter congesta, glandulis 2 rarius 1, pinnis II-ad I4-jugis, 
foliolis 20-ad 28-jugis oblongo-linearibus obtusis, vulgo 5 ad 7 millim. lon- 
gis parum obliquis costã modice excentricã, coriaceis, supra parum nitidulis 
subtus opacis et pallidioribus, costã et margine albidociliatis. Pedunculi in 
axillis foliorum terminalium 3 ad 5 centim. longi; pedicelli circa 1 centim. 
(interni) vel 2 centim. (externi) metientes, apicem versus leviter incrassati. 
Calix rufescens extus parce et tenuiter ferrugineotomentosus, turbinato- 
tubulosus, circa 5 millim. longus; corolla (im vívis) pulchre roseopurpurea, 
extus tenuiter albosericea, turbinata, calycis longitudine duplã vel plus quam 
dupla. Stamina ad 5 centim. longa, alba (in vivis), tubo non exserto. Le- 
gumen rectum crassum glabrum, nervis crassioribus et subtilioribus hine 
illinc reticulato-conjunctis transverse striatum, marginibus crasse elevatis, 
10 ad 15 centim. longum, adultum subligneum. 

Habitat in silvis non inundatis, |. A. Ducke prope Alcobaça (Tocan- 
tins) 17-7-1916 n. 16.271 (florif. et leguminibus junioribus), ad flumen 
Tapajoz prope Cachoeira do Mangabal 7-g-1916, n. 16.470 (fructif. et 
floribus siccis). Species foliis ad apices ramulorum eleganter palmatis flo- 
ribusque magnis eximia. 

On ne peut confondre cette espece qu'avec le P. pedicellare qui a ce- 
pendant les feuilles différentes et les fleurs beaucoup plus petites, et dont 
les gousses ont les nervures transversales paralleles et plus ou moins égales 
en épaisseur. — Les gousses du P. elegans que j'ai vues, n'étaient pas 
encore múres; celles du P./pedicellare s'entreouvrent seulement un peu 
lorsqu” elles sont vieilles et parfaitement dessechées. 

Le bois du P. elegans est jaune grisátre, tendre, à fibres três grossiê- 
res, sans aucune valeur. Le P. pedicellare fournit cependant en Guyane, 
selon Pulle, un bois utilisable. 


* Pithecolobium macrocalyx Duckxr n. sp. 

Legumine ignoto; at habitu, pedunculis et floribus ad sect. II (Sa 
manca) seriem 3º" (Coriaceac) spectat. Frutex inermis erectus vel scan- 
dens. Ramuli glabri, pallido-lenticellosi. Stipulae parvae caducae. Petiolus 
brevis, cum rhachidibus pilosulus vel subglaber, his inter pinnarum juga 
glandulam scutellatam ferentibus. Pinnae 1-ad 3-jugae, saepissime 2-jugae ; 


ia a 


RU: re 


foliola sessilia 3-juga rarius 2-juga rarissime 4-juga, subcoriacea, utrinque 
glabra, concoloria, nitida, penninervia, ampla (vulgo 3 ad 6 cent. longa, 
2 ad 3 cent. lata), plus minusve falcato-ovato-oblonga basi extus late ro- 
tundate auriculata, apice obtusa vel leviter emarginata, basalia interdum 
subrhomboidea. Capitula in axillis superioribus solitaria rarius gemina, bre- 
vissime (vix ad 8 mill.) pedunculata, bracteis lineari-oblongis, viridibus, 
acutis, striato-nervosis, ad 1 cent. longis, floribus 12 ad 18, pro genere 
maximis, sessilibus, glabris. Calix tubulosus herbaceo-membranaceus, pal- 
lide viridis, subreticulato-striato-nervosus, vulgo 3 cent. longus 3/4 cent. 
latus, dentibus triangularibus, acutis. Corolla calycem circa 1/4 vel 1/3 
excedens, alba. Stamina numerosissima, alba, corollam plus quam dimiídio 
excedentia, at tubo non vel vix exserto. 

Habitat in regione fluminis Xingú medii, ad ripas paludosas rivuli 
Ambé infra villam Altamira 1. A. Ducke 16-12-1916, n. 16.622. 

Ce joli Pithecolobium à grandes fleurs d'un blanc pur fait partie d'un 
groupe d'espéces plus ou moins grimpantes dans la forêt mais qui forment 
des arbrisseaux erectes lorsqu'elle croissent en terrain ouvert. Ses folio- 
les grandes et peu nombreuses et son calice três grand ne permettent aucune 
confusion avec les autres especes de ce genre. 


Pithecolobium Spruceanum Benth. et P. longiflorum BenTH. 

Ayant observé recemment, à Gurupá, un grand nombre d'individus 
de ces deux espeéces, j'aíi vérifié que dans les endroits ouverts ou parmi la 
végétation basse de beaucoup de rives de lacs et de ruisseaux, elles crois- 
sent en arbrisseaux erectes à longs rameaux tortueux, tandisqu'a Pombre 
des forêts inondées elles deviennent des arbustes franchement grimpants. 


Pithecolobium niopoides BentTH. (“paricá grande da varzea”, à Obi- 
dos; “mapuxiquy”, à Montealegre). 

Cette espece a tellement Vaspect d'une Piptadenia que je ai décrite, 
par erreur, comme Piptadenia amazonica (Archivos do Jardim Bot. do 
Rio de Janeiro, 1 p. 17). Le bois absorbe "eau comme une éponge et en 
reste constamment imbibé dans les défrichements, même quand tous les 
autres bois sont parfaitement secs; coeur jaunâtre clair, três fibreux et 
noueux, grossier, dur. L'arbre a encore été observé dans Pétat de Bahia, 
entre Santa Rita et Barreiras ou on Vappelle “angico branco” (Herb. Jard. 
Bot. Rio, n. 6.241, coll. Zehntner). ; 


remar 


Pithecolobium multiflorum (H. B. K.) BEnTH. 
Gousse rectiligne ou courbée, la jeune plus ou moins moniliforme, 


Jardim Botanico 5 


pi, Mata) 


ladulte entre les graines marquée de lignes transversales, rarement un 
peu étranglée; múre et desséchée, comme celle de Piathymenia:; les valves 
du péricarpe restent entiéres tandis que le mésocarpe se sépare de celui-ci 
en se divisant en autant d'articles indéhiscents qu'il contient de graines. 

Cette espêce commune, dont cependant personne n'avait encore exa- 
miné les gousses completement múres qui présentent dans le mésocarpe un 
caractêre ayant servi de base pour établir plusieurs genres de cette sous- 
famille, ne pourra probablement pas être conservée dans le genre Pithe- 
colobium. Elle se rapproche sans doute du genre indien Wallaceodendron 
Koord., mais sans comparer les matériaux je ne peux pas décider si notre 
espece doit rentrer dans celui-ci. 


* Pithecolobium Dinizii Ducxk n. sp. 

Ad sectionem Caulanthon. Arbor parva inermis. Ramuli novelli cum 
petiolis et rhachidibus dense canoferrugineo-pubescentes, Stipulae parvae 
caducissimae. Petiolus 1/2 ad 1 1/2 em. longus, rhachis saepe 1 1/2 cm. 
longior. Pinnae I-rarius 2-jugae, jugis aequaliter longis vel uno (infe- 
riore vel superiore) longiore, rhachidibus ad 8 vel g cm. longis (in sterilibus 
ad 11 cm.), tenuibus, supra canaliculatis. Glandulae: inter pinnas, sat ma- 
gna parum elevata ; inter foliolorum juga 2 vel 3 terminalia, parva at magis 
prominens. Foliola opposita, pleraque 7 1/2-juga (rarius 6 1/2 vel 8 1/2), 
a basi ad apicem pinnarum gradatim increscentia, intermedia in floriferis 
ad 3 1/2 cm. longa ad 1 1/2 cm. lata, terminalia saepe ad 5 cm. longa 
(in sterilibus interdum 6 vel 7 cm. longa ad 2 cm. lata), apice acuta vel 
acuminata, in paribus intermediis subfalcata, basi valde inaequilatera infra 
rotundato-auriculata, tenuia, subopaca, glabra, venis et margine dispense 
pilosusculis, supra costã solã bene conspicuã, subtus distincte penninervia 
et reticulata. Inflorescentiae e ramis vetustioribus breviter spicatae vel fere 
capitulatae, spicis saepe fasciculatis pedunculis brevibus (1/2 ad 1 cm.), rha- 
chidibus dense pubescentibus 1 ad 2 cm. longis, bracteis ciliatis circa 
1 1/2 mm. longis subulatis. Flores sessiles; calix 1 1/2 mm. longus tubu- 
losus: corolla brevissime tomentosa 4 ad 6 mm. longa, vix striata, superne 
latior; stamina rosea -corollã triplo vel quadruplo longiora, tubo corollae 
longitudinis duplo. Legumen ignotum. 

Habitat in loco paludoso silvarum ad orientem lacus Salgado (Rio 
Cuminá, Trombetas), |. A. Ducke 23-12-1915, n. 15.888. 

Speciei P. ramiflorum Benth. affine videtur, at foliolis multo mino- 
ribus basi infra auriculatis apicem versus subfalcatis, spicis pedunculatis, 
staminum tubo longe exserto faciliter distinguendum. 

L/espece la plus gracieuse des “ingá-rana” (faux ingá, nom vulgaire 


ES Ae 


que "on donne en Amazonie à tous les Pithecolobium de la section Cau- 
lanthon); découverte dans les terrains du Dr. José P. Diniz, au milieu 
d'un “assahyzal” (forêt de palmiers “assahy”, Euterpe oleracea Mart.) 
ombragé par de três grands arbres. 


 Pithecolobium longiramosum Duck: n. sp. 

Ad sect. Caulanthon. Arbor parva vel frutex elatus, ramulis longis 
parte vetustiore glabrata cinereà, partibus junioribus cum petiolis rhachi- 
dibus foliolorum paginã inferiore. et leguminibus junioribus dense molliter 
ferrugineo-pubescentibus vel velutinis. Stipulae non visae. Petiolus vix ad 
1/2 cm. longus apice glandulã glabrã notatus; pinnae I-jugae divaricatis- 
simae rhachidibus saepius 1 dm. rarius ad 1 1/2 dm. longis, glandulã inter 
foliola terminalia semper distinctã glabrã. Foliola im pinnã saepissime 5 (ra- 
rissime 6) a basali saepissime solitario ad terminalia gradatim augmentata, 
intermedia saepius alterna, terminalia usque ad 18 cm. longa et ad 9 cm. 
lata, adulta coriacea rigida supra praeter nervos parce pilosula, formã 
variabilia sed plerumque ovali-oblonga apice breviter obtuse acuminata et 
mucronulata. Capitula im ramulorum parte vetustiore longe infra folia in 
fasciculis inter se distantibus breviter (saepius ad 1/2 cm. rarissime 
usque 1 cm.) sat crasse pedunculata; flores (adsunt vetusti at perfecte 
conservati) in capitulo sessiles, pubescentes, calice vix 1 mm. longo, co- 
rollá 7 ad 8 mm. longáã striatã tubulosã limbo parum dilatato, staminíbus 
corollã plus quam duplo longioribus horum tubo non exserto. Legumen 
plus minus arcuatum vel fere rectum planum marginibus tenuiter incrassa- 
tis, junius dense ferrugineopubescens, demum (adultum?) ad 2 dm. longum 
2 em. latum praeter margines parcius pilosum et elévato-reticulatum. 

Habitat prope Faro (in limite occidentali civitatis paraensis), silvis 
humilioribus rivulorum a Jacu vicino periodice inundatis, 1. A. Ducke 
1-1-1920. H. J. B. R. n. 10.196. 

Cette espéce se distingue de toutes ses voisines par son revêtement 
três développé; ses longs rameaux lui donnent un facies spécial que [on 
retrouve seulement chez le P. brevispicatum Ducke avec lequel la forme 
des inflorescences ne permet pas de la confondre. Elle se rapproche, dans 
les autres caractéres, des especes P. cauliflorum et P. amplum mais le 
dernier (que je nai pas vu) a les folioles encore plus grandes et 3-ou 
4-juguées. tandis que chez le cauliflorum celles-ci sont plus petites et 
I-à 3-juguées. Les pennules divergent le plus souvent horizontalement ce 
qui est la rêgle chez le P. brevispicatum (et le P. amplum, probablement) 
tandis que chez le P. cauliflormm. elles forment presque Hofj ops un angle 


plus ou moins obtus. 


Sidi AA 


Essa GR 


“ Pithecolobium brevispicatum Ducke n. sp. (=P. amplum Huber, 
Bol. Mus. Pará, non Benth.). 

Speciei 2. amplum Benth. mihi solum e descriptione cognitã affine vi- 
detur, sed foliolis constanter multum minoribus (maximis 12 cm. longis 
6 em. latis), 5 ad 11 (saepius 7 vel 9) in pinnã, inflorescentiis breviter laxe 
spicatis rhachidibus adultis 1 ad 2 cm., pedunculis circa 1 em. longis, 
his saepe in rhachide communi in racemum brevem compositis. Frutex 
longiramosus subglaber vel ramulis novellis foliis et floribus plus minus 
pubescentibus. Inflorescentiae infra folia in ramulorum parte vetustiore 
fasciculatae, stamina rosea. Legumen ignotum. 

Habitat in civitate Pará in silvã ripariã fluminis “Trombetas prope 
cataractam Porteira 1. A. Ducke 29-11-1907 n. 8.949, fluminis Xingú 
prope Altamira 1. A. Ducke 21-8-1919 H. J. B. R. n. 10.202, fluminis 
Guamá superioris prope São José (super Ourem) 1. R. Siqueira 12-12-1903 
n. 4.065, in silvis ad stationem Peixeboi viae ferreae inter Belém et Bra- 
sança 1. J. Huber 2-11-1907 n. 8.829; in civitate Maranhão prope Codó im 
silvã secundariã 1. A. Ducke 23-6-1907 H. Gen. M. P. n. 685. 

Ressemble au P. amplum (selon la description) dans tous les cara- 
ctêéres mais a les folioles beaucoup plus petites et les inflorescences en 
courts épis; ce dernier caractêre et les pennules horizontalement diver- 
gentes de la feuille le distinguent du commum P. cauliflorum. Les ra- 
meaux allongés rapprochent notre nouvelle espece au P. longiramosum 
Ducke, mais celui-ci est beaucoup plus robuste dans toutes ses parties et 
a le revêtement beaucoup plus dense et les inflorescences en capitules. 


/ Pithecolobium juruanum Hays. 

Gurupá, coll. A. Ducke, flor. 16-8-1918 n. 17.212, fruct. 18-I-I916 
n. 15.968; spécimens parfaitement semblables au double du type conservé 
au musée de Pará. Cette espéce se reconnait parmi ses voisines, par ses 
folioles coriaces, penninervées et beaucoup plus grandes (surtout plus 
longues) que chez le P. latifolium, qui peuvent atteindre jusqu'ã 30 cm. 
de long sur 13 cm. de large, et par ses fleurs à calice peu moins long que 
la moitié de la corolle, légerement pubescentes, non striées. C'est un petit 
arbre à fleurs roses, de la haute forêt inondée par les eaux de  Amazone. 


Pithecolobium racemiflorum Ducke. 

Intermédiaire entre les sections Abaremotemo et Caulanthon mais à 
placer plutôt dans la derniére, à cause de son affinité évidente avec le 
Pith. (Caul.) claviflorum Benth. Les stipules qui dans la plupart des spé- 
cimens sont três caduques, semblent avoir quelque ressemblance avec cel- 


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les du Pith. stipulare Benth. qui appartient à la même section. L'arbre 
est fréquent, en dehors des localités déja citées, dans les forêts de Faro, 
Oriximiná (bas Trombetas), Santarem (n. 16.721), moyen Tapajoz 
(n. 17.076), Almeirim et Gurupá (n. 15.987); il est désigné (comme tou- 
tes les especes de la section Caulanthon) par le nom d'“ingá-rana”, tandis 
que son bois qui a une certaine ressemblance avec celui des “angelins” 
du genre Hymenolobium est connu dans le commerce sous le nom de “an- 
gelim rajado”. Ce bois est le plus beau et le meilleur que Pon rencontre 
dans les mimosacées amazoniennes, à grosses fibres tres apparentes d'un 
brun jaunâtre clair sur fond jaune grisâtre, unies en une masse três com- 
pacte, marbré de grandes taches à contours irréguliers sinueux, d'un 
brun violacé foncé; dur mais se travaillant bien, três résistant; den- 
sité 1,045. 


| 
v Pithecolobium acacioides DuckxE n. sp. 

P. parvifolium (Sw.) Benth. ex parte (specimina florifera e San- 
tarem). 

Speciei extrabrasiliensi P. parvifolium (Sw.) Benth. foliis floribus- 
que simillimum, at legumine (ut in specie P. dumosum Benth.) gyro circa 
2 em. in diametro metiente saepissime duplici, triplici vel quadruplici cir- 
cinato, tenuiter coriaceo, plano, solum ad semina parum turgidulo, margine 
externo plus minusve sinuato, valvis post dehiscentiam haud contortis. 
Arbor parva vel mediocris comã patentissimã, capitulorum floribus cen- 
tralibus saepissime reliquis maioribus. 

Santarem in terris aridis. 1. A. Ducke fructif. n. 16.358; Montealegre, 
in silvis mediocribus et ad margines camporum frequens, 1. A. Ducke 
30-4-I916, n. 16.105 (floriferum et fructis immaturis); Campo do Cica- 
- tanduba infra Obidos n. 15.713 (fructibus vetustis); Rio Tocantins in ter- 
ris aridis ad cataractas Itaboca (fructif.) n. 16.231; Bragança in arenosis 
litoris maritimi n. 16.839; Vizeu in campis n. 10.771 (floriferum) ; Rio 
Araguaya (in civitate Goyaz vel Pará) H. Gen. Mus. Paraensis n. 3.570 
(floriferum) ; Bôa Esperança ad flumen Pedreiras in civitate Maranhão, 
H. Gen. Mus. Paraensis n. 2.296; Codó in eadem civitate, H. G. M. P. 
644; Serra de Baturité civitatis Ceará, H. G. M. P.n. 1.609 (specimina tria 
ultima fructifera). “Jurema branca” (Ceará; Vizeu) vel “esponjeira” 
(Montealegre). 

Arbre épineux à cime três large (couvert d'un feuillage dense pendant 
la saison des pluies, mais entitrement dépouillé pendant Vété), dont Pas- 
pect rappelle beaucoup celui de certains Acacia d'Afrique. En Atmazonie, 
il est caractéristique des régions les plus séches. 


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Cedrelinga Ducxr n. g. (planche 6). 

Generi Pithecolobium affinis, at pedunculi in rhachidum nodis alterne 
dissitis praesertim post anthesin valde prominentibus (ut in phaseoleis plu- 
rimis et in dalbergicarum generis Lonchocarpus speciebus quibusdam e. 
g. L. glabrescens Benth.) ; legumen pendulum, valde elongatum, stipita- 
tum, planissimum, inter articulos leviter contortum, submembranaceum, 
reticulatum, indehiscens, articulis pluribus (ad 6) compositum, maximis 
(ad 15 cm. longis, ad 5 cm. latis) uniseminatis inter se fortiter restrictis 
maturitate secedentibus, ad semina incrassatis at non induratis, suturis li- 
neiformi-elevatis; semen in medio articuli, magnum, planum, ovale, molle. 

Arbor maxima, trunco meliacearum generis Cedrela, foliis fere Pip- 
tadeniae Poeppigi, bipinnatis, foliolis paucis amplis; inflorescentia flo- 
ribusque Pithecolobium niopoides rememorans. Nomen vulgare “cedro- 
rana”. 


Cedrelinga catenaeformis Ducke (Poptadenia catenaeformis Du- 
cre Arch. J. Bot. Ip. 17t.s et 6). 

Inflorescentiae termimales et ad axillas supremas, rhachidibus pedun- 
culisque brevissime canopuberulis. Pedunculi validi, ad 1 1/2 rarius 2 cm. 
longi, e rhachidis saepe ad 15 cm. elongatae nodis alterne dissitis fas- 
ciculati. Capitula pauciflora absque staminibus vix 8 mm. diametro; flores 
sessiles, calyce subglabro vix ad 1 mm. longo dentibus 5 triangularibus, 
corollã sordide viridiflavescente circa 4 mm. longã profunde quinquefidá, 
staminibus albis corollã plus quam duplo longioribus, vix ad corollae 
medium in tubum connatis. 

Habitat in silvarum primaevarum locis humidis rivulis vicinis: prope 
Obidos n. 15.710 et n. 16.974; in regione fluminis Trombetas inferioris: 
Oriximiná n. 15.704 et n. 15.900, et ad orientem lacus Salgado; in regione . 
fluminis Tapajoz cataractarum inferiorum inter S. Luiz et Pimental nu- 
mero 15.876; prope Gurupá n. 15.970; in regione fluminis Tocantins prope 
viae ferreae alcobacensis stationem Arumateua. Flor. Decembre, fruct. 
martio. 

Cet arbre est un des plus grands de la fégion amazionienne : un exem- 
plaire des environs de Oriximiná mésurait 49 metres de hauteur et 1m,85 
de diameétre à 1 1/2 m. au dessus du sol; à Gurupá, les troncs de '2 me- 
tres de diamêétre ne sont pas rares, et pres d'Arumateua (Tocantins) j'en 
ai vu un qui dépassait les 3 metres, à la hauteur d'un homme au dessus 
du sol. Son aspect général (surtout Vécorce de son tronc) imite d'une 
façon étonnante celui du cedre du Brésil (Cedrela) qui appartient cepen- 
dant à une famille botanique bien différente; le bois même ressemble à 


me emas 


premiére vue à celui des Cedrela, mais il est beaucoup plus gris et la 
grosseur de ses vaisseaux lui donne un grain beaucoup plus grossier, il est 
plus spongieux et dégage, quand on le travaille, une odeur désagréable. 
Pourrait donner de três grosses piéces mais n'a pas, pour le moment, 
d'applications industrielles. 


“Calliandra tocantina DuckE n. sp. 

Ad seriem IV (Nitidae), pinnis unijugis. Speciei C. axillaris Benth. 
affinis at parce pilosa, foliolis glabris margine ciliatis 15-ad 18-jugis minus 
obliquis vix falcatis venis superne minus distinctis, capitulis (basi bra- 
cteatis) in axillis subsessilibus vel brevissime pedunculatis glabris. Flores 
parvi (calix vix 2 mm., corolla vix 4 mm. longi) striati glabri stamimibus 
roseis tubo longe exserto. Legumen rectum albidopilosum basi sat longe 
attenuatum compressum marginibus incrassatis, 6 1/2 cm. longum, 7 mm. 
latum.. 

Frutex humilis frequens in campinã arenosã propre stationem Aru- 
mateua viae ferreae alcobacensis in regione fluvii Tocantins cataractarum 
inferiorum, 1. A. Ducke 3-1-1915, n. 15.607. 

Cette espece a les petioles courts, les pennules unijuguées, les folioles 
en dessus obscures et luisantes, en dessous rougeátres, les stipules et les 
bractées coriaces et striées et les capitules axillaires du C. axillaris (espece 
a qui j'attribue des spécimens de PÉtat de Bahia, conservés au Museu 
Nacional), mais se distingue de celui-ci par les caractêres énumérés dans 


la diagnose. 


Calliandra Kuhlmannii HormnE, Comm. Linhas Teleg. Matto Grosso 
Amazonas annexo 5, parte 8 (I9IO) p. 20. 

Vauteur attribue à cette espece de Vaffinité avec C. filipes Benth,, 
mais les folioles adultes coriaces, lwisantes en dessus, la placent dans la 
série Nitidae, Paucijugae. Elle a été jusqrw'ici observée deux fois: au Rio 
Arinos, nord de Matto Grosso (localité typiaue), et au rio Gurupy infé- 
rieur, limite orientale de I'État de Pará (nm. 10.754). La gousse est du 
“type le plus commun chez les Calliandra, presque glabre, droite, à marges 
elevées, longuement attenuée vers la base, sa longueur est de 7 em. sur 
8 mm. de large. 


v Calliandra falcifera Duck: n. sp. 
Ad seriem IV (Nitidae), Microphyllae. Frutex humilis ramulis no- 
velhs petiolis rhachidibusque puberulis. Stipulae breves, subulato-acúmi- 
natae. Pinnae 6-vel 7 — (rarius 5-vel 8 —) jugae; foliola 18-ad 38-juga 


SD 


vulgo 2 ad 3 mm. longa 1/2 ad 2/3 mm. lata, subfalcatolinearia obtusiuscula 
glabra vix nitidula subtus pallidiora costã subcentrali. Inflorescentiae axil- 
lares, unica adest adulta, vetusta at bene conservata; pedunculus tenuis 
14 mm. longus breviter villosulus, pedicelli circa 1 mm. longi, flores spar- 
sim pilosi, calix 2 ad 2 1/2 mm. longus turbinatus costatus apice breviter 
dentatus, corolla vix 4 mm. longa limbo 5-fido. Legumen saepissime di- 
stincte falcatum 4 ad 6 cm. longum 1/2 vel fere 1 cm. latum, sat dense 
albidopilosum, basin versus attenuatum, stipitatum, marginibus elevatis. 

Frequens in campinã arenosã ad stationem Arumateua viae ferreae 
alcobacensis prope cataractas inferiores fluvii Tocantins, 1. A. Ducke 
4-1-I9I5 n. 15.650, fruct. 15-7-I9I6 n. 16.256, inflorescentiis novissimis et 
unã vetustã. g 

Cette espece habite, comme le C. tocantina, la campina sablonneuse 
pres de la station d'Arumateua du chemin de fer du Tocantins paraense, 
presqu'entiêrement couverte d'une végétation broussailleuse d'especes três 
variées; elle a de la parenté avec C. Peckoltii Benth., de Rio de Janeiro, 
mais se distingue de celui-ci par plusieurs caractéres des feuilles et des 
fleurs. La gousse presque toujours distinctement falciforme n'a jusqu'ici 
été observée chez aucune autre espece de ce genre botanique. 


+ Acacia altiscandens DucxE n. sp. 

Ad seriem Vulgares. Frutex' altissime scandens, glaber, foliorum pe- 
tiolis rhachidibus et nervis subtus inflorescentiisque plus minusve cano- 
tomentellis, aculeis recurvis parvis sparsis. Stipulae caducissimae non vi- 
sae. Folia petiolo ad basin glandulã magnã instructo, pinnis foliolisque 
saepissime 3-jugis, rarius 2-jugis, foliolis interdum 4-jugis, his vulgo 5 ad 
10 cm. longis 2 ad 5 cm. latis, a pinnae basi ad apicem magnitudine 
crescentibus, omnibus breviter petiolulatis inaequilateris apice acuminatis 
supra glabris subtus ad nervos (dissitos) tomentosis vel villosis, basalibus 
et intermediis parum falgatis ovatis basi cordatis, apicalibus valde fal- 
catis basi extus rotundatã intus acutã. Spicae paniculam amplam forman- 
tes, laxiflorae, ad 3 cm. longae, ad 1 1/2 cm. pedunculatae (novellas solas 
vidi), in paniculae ramulis solitariae, geminae vel trinae; flores sessiles, 
parvi (solum vidi alabastra novella), canotomentosi, calyce 5-dentato. Le- 
gumen 23 ad 35 cm. longum, 4 ad 4 1/2 cm. latum, maturum griseo-ferru- 
gineum, subtilissime dense tomentellum, stipitatum, valvis chartaceo-co- 
riaceis transverse venosis, marginibus elevatis, pluriseminatum. 

Habitat in civitatis paraensis silvis non inundatis prope Bella Vista 
fluminis Tapajoz 12-9-1916 fructif., n. 16.486, 12-1-1918 floribus novellis 
n. 16.914, et in regione “Volta Grande” fluminis Xingú 12-12-1916 fru- 


peR DS 


ctif., n. 16.599 (1. A. Ducke). Magnitudine et formã foliolorum ab omnibus 
hujus generis speciebus longe diversa. 

Três grande liane aculéée, commune. dans la forêt que traversent les 
chemins de la “Volta” du Xingú; un seul individu rencontré dans la 
région du “Tapajoz. Il est impossible de la confondre avec un autre Acacia, 
son facies se rapproche cependant de certains Piptadenia grimpants. Quoi-| 
que je n'aie vu que des boutons de fleurs encore três jeunes, j'ai pu consta- 
ter la présence des étamines nombreuses, caractéristique du genre Acacia; 
la gousse aussi est semblable à celle du 4. polyphylla, mais beaucoup plus 
grande. 


acncia paraensis DucxE n. sp. 

Ad seriem Vulgares. Frutex scandens aculeis sparsis recurvis saepius 
crebris spicisque cylindraceis longiuculis laxis ample paniculatis speciebus 
amazonica Benth., lacerans Benth. et articulata Ducke affinis. Stipulae 
subulatae angustae vix hinc illinc persistentes. Glandula petioli magna, 
elongata. Pinnae 4-ad 9-jugae; foliola 15-ad 32-juga, ut ramuli et petioli 
subtus plus minusve minute pilosa, 8 ad 13 mm. longa, 1 1/2 ad 3 mm. 
lata, opaca, falcato-oblonga apice breviter acuminata basi valde excen- 
trica sed costã (subtus prominulã) a margine interiore sat distante. Spicae 
pedunculo 2 ad 3 cm., rhachide 2 1/2 ad 3 1/2 cm. longis tomentosis, 
bracteis calice brevioribus caducis; flores (odorati) sessiles, glabri, calice 
circa 2 mm. longo, corollã albã circa 4 1/2 mm. longa, ovario villosulo sti- 
pitato. Legumen chartaceum planum marginibus elevatis 12 ad 15 cm. 
longum, 2 1/2 ad 3 1/2 cm. latum, dense brevissime pubescens, stipite fere 
I 1/2 cm. longo. 

Hab. in coloniã Itauajury prope Montealegre locis argillosis humidis 
saepe inundatis, 24-4-I9I6 florif. n. 16.050, 27-7-I9I8 Ífructif. n. 17.141; 
ad ripas inundatas fluminis Parú infra cataractam Panáma 9-7-1919 fl. 
et fr. Herb. Jardim Botanico Rio de Janeiro n. 10.384. Specimina omnia 
legit A. Ducke. 

Cette espece doit ressembler beaucoup à VA amazonica Benth. (que 
je ne connais que par la description) ; les stipules caduques et non striées, 
les pinnules et les folioles moins nombreuses ainsi que les dimensions de 
celles-ci et de la corolle, laquelle ne dépasse que três peu la double longueur 
du calice, sont des caracteres qui suffisent pour ne pas la confondre avec 
Vespêce citée. 


+*Acacia articulata DuckKE n. sp. 
E serie Vulgares. Frutex alte scandens, ramulis junioribus griseo- 


ao EM 


tomentellis, aculeis paucis sparsis recurvis parvis. Stipulae non visae. Fo- 
lia ad 2 dm. longa, petiolo super basin glandulã parvã ovali, pinnis 6-ad 
o-jugis, petiolo rhachidibusque plus minusve ochraceo-tomentosis vel pi- 
losulis; foliola vulgo 15-ad 25-juga, ad q mm. longa, ad 3 mm, lata, 
opaca, utrinque plus minusve griseo-pilosula, subtus pallida, leviter falcata, 
basi obliqua angulosa, apice acutiuscula, costã a margine interiore parum 
distante. Spicae ample paniculatae, ad 1 1/2 rarius 2 1/2 em. pedunculatae, 
laxae, rhachide tomentosã vulgo 3 ad 4 cm. longã; flores sessiles calice 
pubescente 5-dentato circa 1 1/2 mm, longo, corollã vix puberulã circa 3 
mm. longã, ovario longe stipitato, villoso. Legumen breviter stipitatum, 
coriaceum, planum, saepius 8 ad 12 em. rarius ad 18 cm. longum, 1 2/3 
ad 2 em. latum, inter semina transverse impressum in artículos 8 ad 12 
subrhombeos monospermos indehiscentes secedens, apice setã longá et 
crassã terminatum, marginibus tenuibus inter semina undulato-restrictis. 

Hab. in ripis periodice inundatis fluminis Gurupatuba prope Monte- 
alegre civitatis paraensis, florif. 23-4-1916, n. 16.038, fructif. 16-9-1916 
n. 16.494, 1. A. Ducke. 

Cette espéce ressemble, en état florifére, beaucoup à VA. amazonica 
Benth. et 4. paraensis Ducke qui ont cependant un nombre plus grand 
de folioles, la glandule du pétiole plus grande, longue, et la corolle plus 
longue; dans Pétat fructifere, elle se distingue de toutes les autres espéces 
brésiliennes par sa gousse articulée. 


Leucaena Ulei Hagms. 


Gousse á déhiscence retardée et incompléte, graines dépourvues d'al- 


bumen. 


) 


Mimosa schrankioides DBenrir. 


Cette espece connue de Guyane et Colombie se trouve encore dans 
PÉtat de Pará oú je Wai rencontrée sur les rives inondées de la petite ri- 
viêre Aramun (entre Prainha et Almeirim). Herb Jard. Bot. Rio de Ja- 
neiro n. 10.474. 


Mimosa Schomburgkii Denti. 


Cette jolie espece décrite de la Guyane britannique appartient encore 
a la flore du Brésil, ayant été trouvée par mr. J. Geraldo Kuhlmann prês 
de Bôa Vista, haut Rio Branco, État d'Amazonas (Herb. Jard Botani- 
que Rio de Janeiro, n. 3.249). 


da EYE ui 


1 Mimosa extensissima DucxE n. sp. 

Ad sect. II (Habbasia) ser. 2 (Glanduliferae), speciei M. extensa 
Benth. affinis at distinctius tomentella, aculeis valde recurvis ad ramulo- 
rum angulos lineatim elevatos saepe creberrimis, foliolis saepe tertio maio- 
ribus longius falcato-acuminatis minus nitidis magis elasticis 4-nerviis 
transverse venosis, capitulis absque staminibus diametro vix 2 mm. exce- 
dente, calicibus circa 1/3 mm., corollis circa 1 mm. longis, staminibus bre- 
vibus basi in tubum breviter connatis. Frutex caulibus extensissimis saepe 
altissime scandens, glandulã petiolari oblongã parum tuberculata, pinnis 
saepissime bijugis vel unijugis, foliolis unijugis amplis, paniculã magnã 
floribundã, floribus 4-meris minimis staminibus 8 albis. Legumen igno- 
tum. 

Habitat in silvis non inundatis prope fluvium Tapajoz medium fre- 
quens, 1. A. Ducke circa locum Pimental (ad cataractas inferiores) 
5-2-I917 n. 16.728, prope cataractas Mangabal 16-12-1919 Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 10.476. 

Grande liane de la forêt des terres non imnondables, argileuses, du 
moyen Tapajoz ou elle forme des “cipoaes” des plus impénétrables (le 
“cipoal” est une végétation serrée de lianes). Dans ses étamines, la par- 
tie basilaire des filaments forme um petit tube qui égale en longueur, plus ou 
moins, le stipe de Povaire; ce caractére n'a pas encore été observé chez 
le genre Mimosa mais Paffinité de notre espéce avec le M. extensa est telle 
qu'on ne peut pas hésiter de la placer dans ledit genre, quoique on ignore 
encore le fruit. Les folioles ressemblent beaucoup à celles de certains Bau- 
hinia sect. Tylotea. 


Mimosa cataractae DuckE n. sp. 

E” sectione II (Habbasia) serie 7 (Asperatace). Frutex proistratus 
suberectus vel subscandens, speciei M. asperata L. affinis, differt formã 
gracili, caulibus tenuibus, pilis parum abundantibus omnibus -strigosis, 
pinnis 4-ad 8-jugis rarissime g-jugis, foliolis glabris, capitulis plerisque 
in racemo terminali, parvis (absque staminibus 3 ad 4 mm. in diametro 
metientibus), floribus in capitulo parum numerosis subglabris albis, legu- 
mine breviore et multum angustiore (25 ad 35 mm. longo, circa 4 mm. 
lato) inter semina restricto ad semina turgidulo, apice plus minusve acuto. 

Hab. in ripis fluminis Tapajoz prope cataractam Maranhão Grande, 
1. A. Ducke 25-6-1918, n. 17.070. 

Cette espeéce malgré son affinité assez étroite avec le M. asperata, 
“ressemble à premiére vue plutôt au M. orthocarpa H. B. K., dont elle 
se rapproche par ses formes grêles, les feuilles et les capitules petits, 


ca: Sá 


ceux-ci réunis presque tous dans des grappes terminales, et par la gousse 
étroite et un peu étranglée entre les graines. Elle habite les rives sa- 
blonneuses, parsemées de gros blocs de pierre, d'un bras du Tapajoz voi- 
sin de la cataracte du Maranhão Grande, sec dans Vété mais à violent 
courant d'eau pendant la crue annuelle. 


Neptunia plena (1,.) BentTH. 
Fréquente encore dans les campos inondés du bas Amazone et Marajó. 


Stryphnodendron purpureum DvuckeE. 

Gousse comme chez le Str. guyanense mais fortement arquée (spé- 
cimens fructiféres d'Alcobaça, 7-1916, n. 16.266). Encore dans la ca- 
poeira des hautes rives du lac Salgado pres du Rio Cuminá, affluent du 
bas Trombetas, en terre argileuse rougeâtre (n. 15.893), et dans la région 
des cataractes inférieures du Tapajoz (n. 16.874). 


Dinizia Duck: n. g. 

Generi Stryphnodendron Mart. affinis, differt foliorum pinnis alter- 
nis, legumine maximo planissimo tenuiter coriaceo, ad semina intus sub- 
spongioso omnino indehiscente. Antherae eglandulosae. Arbor ingens, in- 
florescentia recemosa. 


4 D. excelsa Ducke n. sp. (planche 4). 

Arbor ad 60 m. et forsan altior, inermis, trunci (diametro saepe 
ultra 2 metra metientis) cortice rufo rarius cinereo, in laminas parvas nu- 
merosissimas soluto. Ramuli novelli, petioli rhachidesque cano — vel fer- 
ruginescenti-puberuli. Stipulae subulatae, 3 ad 6 mm. longae, caducae. 
Petiolus in speciminibus fructiferis 3 ad 5 cm. longus, glandulã parvã 
vel haud distinctã; rachis 4 ad 12 cm. longa; pinnae 7 ad 11, alterne dis- 
sitae; foliola 8-ad 1o-juga (rarius 1I-juga), 1 ad 2 cm. longa, 1/2 ad 
1 cm. lata, basi rhombea apice obtusa, costã diagonali,, dissite penninervia, 
supra glabra saepe fere avenia, dissite rugosa, nitida, subtus paulo nitidula 
ad costam minute puberula. Racemi nbs AR solitari vel bimi, 10 ad 
18 em. longi, parum vel modice densi, floribus hermaphroditis et masculis 
compositi; pedicelli 1/2 ad 1 mm., calyx breviter 5-dentatus puberulus 
tad 1 1/2 mm. longus; petala 5 libera, ad 3 1/2 mm. longa, 2 mm. lata, 
obovata, minime ciliatula, laete viridia; stamina Io libera, longe exserta, 
petalis triplo longiora at irregulariter torta et involuta, antheris 2/3 mm. 
longis; ovarium glabrum basi breviter stipitatum, medio dilatato-com- 
pressum; stylus longe exsertus. Legumen immaturum rufum, maturum 


cai 717 qd 


brunneum, nitidulum, praesertim ad margines distincte longitudinaliter ve- 
noso-rugosum, 28 ad 35 em. longum, 5 ad 6 1/2 cm. latum, basi ad circa 
2 cm. stipitatum, apice obtusum interdum apiculatum. Semina transversa, 
compressa, 10 ad 12 mm. longa, circa 7 mm. lata, testã durã nitidã nigro- 
fusca, embryone albumine crasso semitranslucido incluso. 

Habitat in silvis primaevis circa Bella Vista ad Tapajoz (n. 15.826) 
et ad ejusdem fluminis cursum medium prope Cachoeira das Furnas (nu- 
mero 17.073, florif. 26-6-1918) et Cachoeira do Mangabal;'in regione flu- 
minis Trombetas inferioris: prope Oriximiná, in terris ad orientem lacus 
Salgado sitis, et ad radices montis Curumú (n. 15.304, n. 15.774); in re- 
gione fluminis Xingú inter Victoria et Altamira (frequens); prope Gu- 
rupá (n. 15.089, n. 16.177). Specimina omnia ab A. Ducke lecta. 

Un des arbres les plus grands de P“hylaea”, et dont le facies se 
rapproche tellement de celui des grandes espéces d'Hymenolobium qu'on 
le désigne, à Gurupá et au Xingú, sous le nom d'“angelim” donné, en 
Amazonie, à ces derniéres. Les branches de Dimizia s'étendent cependant 
moins dans le sens horizontal que celles des Hymenolobium. Un exem- 
plaire que j'ai fait abattre pres de Gurupá, mésurait 55 metres de hauteur 
et 1,48 m. de diametre à 2 1/2 m. au dessus du sol; um autre individu . 
possédait, à environ 3 m. au dessus du sol, un diametre de plus de 2 me- 
tres, et sa hanteur dépassait sans doute les 60 metres. Bois brun, dur, à 
grosses fibres, imputrescible, mais assez difficile à travailler, pouvant four- 
nir des pieces de três grandes dimensions. 

Le nom du nouveau genre est celui de mon ami mr. José P. Diniz, 
docteur en droit, grace à qui Vexploration botanique du Trombetas a pu 
être réalisée. 


VPiptadenia minutiflora Duck à. sp. 

Ad. sect. 1, Eupiptademia. Frutex altissime scandens, ramulis ad an- 
gulos et foliorum petiolis et rhachidibus aculeis sparsis uncinato-recurvis, 
innovationibus cano-tomentellis. Stipulae non visae. Folia petiolo 5 ad 
12 cm. longo glandulã elevatã super basin instructo, pinnis 2-jugis, folio- 
lis 2-jugis, im pinnã superiore saepe 3-jugis, pinnis et foliolis oppositis, 
jugis omnibus distantibus et glandulã parvã elevatã instructis; foliola bre- 
viter petiolulata, ovata vel obovata basi rotundata vel acuta aequalia vel 
obliqua, apice saepissime breviter acute acuminata, supra nitida, subtus 
opaca pallida, dissite penninervia venulis utrinque tenuiter prominulis, 
maiora in speciminibus fertilibus 5 ad 9 cm. longa, 3 1/2 ad 4 1/2 cm. 
lata (inferiora in jugis omnibus semper minora), in sterilibus usque ad 12 
em. longa et ad 6 cm. lata. Spicae saepius in paniculã terminali magnã 


o, EI 


longiramosã, pedunculis secus ramos geminis vel (saepius) trinis, ple- 
risque circa 1 cm. longis, rhachide floriferã 3 ad 4 cm. longã laxiflora, 
basi bracteis duabus parvis caducis instructã, bracteolis minutis; flores pal- 
lide flavescenti-virides, vix minime pilosuli, calice circa 1/3 mm. longo, 
breviter 5-dentato, petalis 1 mm. vix longioribus, staminibus 2 ad 3 mm: 
longis; ovarium non vidi (flores quos vidi omnes masculi), at legumen 
novissimum basi et marginibus tenuiter sericeum. Legumen ut videtur 
fere adultum planum, tenue, stipitatum, 19 cm. longum, 3 cem. latum, 
tenuiter marginatum, glabrum. 

Hab. im silvis primariis et secundariis non inundatis: prope Victoria 
fluminis Xingú inferioris, 7-8-1918, n. 17.169; ad Serra de Santarém, 
4-7-I9T8, n. 17.090; in regione cataractarum inferiorum fluminis Tapajoz 
27-6-1918, n. 17.080; prope Itacoatiara (civitate Amazonas) 5-7-1912, nu- 
mero 12.521; omnia ab À. Ducke lecta. 

Cette espece qui est notable par ses fleurs extrêemement petites ne 
peut être confondue avec aucune autre. C'est une de ces grandes lianes 
aculéées appartenantes à la sous-famille des mimosées qui souvent forment 
des murailles impénetrables au bord des routes qui traversent la foreêt. 


Piptadenia foliolosa BenTrr. 

Cette espece décrite de " Amazonie supérieure m'est restée inconnue; 
les arbres cités avec doute sous ce nom dans la premiere partie de ce tra- 
vail, semblent appartenir aux deux espéces suaveolens et psilostachya, jus- 


qu'ici connues seulement des Guyanes. 


Piptadenia suaveolens Mio. 

C'est três probablement à cette espece décrite de Surinam qu'appar- 
tiennent les três grands arbres dont j'ai collectionne: des spécimens d'her- 
bier aux environs de Belém do Pará (n. 15.335), de Obidos (ns. 12.167 
et 14.993) et au Cuminámirim dans la région des “castanhaes” du Trom- 
betas (n. 14.975). Ses gousses coriaces, plates, droites, três longues (jus- 
qu'a 55 cm.), mais excédant rarement 1 1/2 cm. en largeur, contiennent 
des graines disposées longitudinalement, ceintes d'une aile membraneuse, 
Elle differe des especes méridionales mitida et contorta par ses gousses 
rectilignes avec graines beaucoup plus allongées, de la premiére encore 
par la cóte excentrique, des folioles, de la derniere par les pinnules 


moins nombreuses. 


 Piptadenia psilostachya (DC.) BenTH. 
Grand arbre, mais moins élevé que le dernier; le “timbó-rana” le plus 


E q 


RD, o) 


commun des forêts de Belém do Pará (n. 15.334) et chemin de fer de 
Bragança (Igarapé-assú, n. 9.641). Les gousses ressemblent à celles du 
précédant, étant cependant moins longues, un peu plus larges, souvent 
anguleuses au milieu. 


Genre Plathymenia BentTE. 

J'ai déja établi que les deux espéces décrites dans la “Flora Brasi- 
liensis”, n'en font en réalité qu'une seule, qui est le “vinhatico do campo”, 
du Brésil central, le “pão de candeia” ou “oiteira” des campos de Pétat 
de Pará. Dans la forêt des environs de Rio de Janeiro existent de grands 
arbres qui dépassent 20 m., ils sont appellés simplement “vinhatico”; leurs 
inflorescences sont pubescentes comme chez le typique reticulata, seule- 
ment les gousses sont plus larges. Dans Vherbier du Jardin Botanique 
de Rio de Janeiro existe un vieux échantillon de Freire Allemão étiqueté 
Echyrospermum Balthazarii (44), que Bentham a attribué à une espéce de 
Cassia ou de Caesalpinia. 


Genre Parkia R. Br. 

Jusqu'ici, les fleurs de ce genre n'étaient pas encore bien connues: 
celles de la partie basilaire du capitule sont fertiles chez certaines especes 
(pendula, paraensis, platycephala, multijuga), mais stériles (ayant les éta- 
mines transformées en staminodes) chez d'autres (gigantocarpa, opposi- 
tifolia, discolor, auriculata, pectinata):; celles de la partie terminale du 
capitule sont toujours hermaphrodites. 


Parkia multijuga BentH. = Dimorphandra megacarpa Rolfe. (45). 

N'ºexiste à [état spontané qu'en Amazonie; le spécimen de Rio de 
Janeiro, cité dans la “Flora Brasiliensis”, provient d'un arbre cultivé dans 
la Quinta da Bôa Vista (São Christovam) dans cette ville. Le bois d'un 
arbre que j'ai fait abattre était blanchâtre et assez mou, et non pas “dur 
comme fer” comme il a été indiqué dans la “Flora Brasiliensis”. 


Parkia paraensis DucxE n. sp. 
Arbor magna. Ramuli teretes glabri lenticellosi, Folia alterna, glabra, 
petiolo rhachideque angulosis, pinuis 7 ad Io-jugis, foliolis 40 ad so-jugis, 


(44) Ce nom (nomen nudum) se trouve aussi dans te catalogue des produits 
exposés dans les listes de l'exposition permanente de produks brésiliens, organisée 
par le Bureau de Renseignement du Brésil à Paris. 

(45) Cette synonymie résulte de la description des feuilles, des inflorescences 
(“the flowers are in round close heads.”) et de la gousse. 


seo Ms 


6 ad 9 mm. longis,(1 ad 2 mm. latis, leviter falcatis, basi obliquis, 1-nerviis, 
subtus pallidis. Pedunculi longissime penduli; capitula novella sat depres- 
sa, sub anthesi sphaeroidea, circa 4 cm. diametro metientia; bracteae ut 
mn P. pendula; flores purpurei, basales staminibus exsertis, apicales illis 
parum breviores at staminibus vix exsertis; rhachis deflorata obovato — 
globosa apice parum depressa basi in stipitem attenuata. Legumen circa 18 
ad 20 cm., longum, 3 ad 4 em. latum, eo P. pendulae simile at maius, semi- 
nibus omnibus distinctissime biseriatis. | 
Habitat in locis paludosis silvae circa rivulos aquam nigrescentem du- 
centes, |. A. Ducke prope Belém do Pará 2-6-1918 florif., septembre 1918 
fructif., n. 17.038; prope Gurupá 11-5-1916 leguminibus vetustis, n. 16.159. 
Foliolis multo longioribus im pinnã minus numerosis, legumine maiore 
seminibusque biseriatis a specie affinissima P. pendula distinguenda. 


Parkia pectinata (HH. B. K.) BextH. 
Forêt du voisinage d'une campina pres de Bella Vista au pied des 
cataractes inférieures du Tapajoz, n. 15.827 et 16.787. 


Clef des espêces brésiliennes de PARKIA. 


A — Fleurs de la partie basilaire du capitule fertiles, celui-ci globeux ou 
sphéroidal (déprimé) mésurant de 3 à 5 cm. au diametre. Feuilles 
alternes, folioles non induites de substance blanche. 


A 4 — Feuilles três grandes, les pinnules et surtout les folioles 
tres nombreuses. Inflorescence en grappe dressée, pédon- 
cules courts, capitules globeux, leur rachide fusiforme, lon- 
gue de 2 à 3 cm., toutes les fleurs de la même grandeur. 
Grands arbres. 


a — Revetement des pétioles et rachides des feuilles 
faible. Fleurs blanches. Gousse glabre, parfaite- 
ment ligneuse, indéhiscente, comprimée, longue de 
20 à 29 cm., large de 7 à 9 cm., épaisse de 2 1/2 
a 3 em., plus ou moins courbée, de largeur égale 
depuis la base au sommet, celui-ci arrondi ou lar- 
gement obtus, les graines dans une seule série. 
Amazonie; forêt en terrain haut ou inondé, d'argile 
compacte. P. multijuga Benth. 


DEAR pe 


b — Espéce qui semble se distinguer de la précédente 
(selon la description) surtout par le revêtement 
roux, velouté, des pétioles et rachides des feuilles 
et des rachides des inflorescences, les fleurs rouge 
foncé, la gousse entitrement velontée de poils 
bruns. Guyane française. P. velutina R. Bén. — 
Des spécimens incomplets provenant de la forêt de 
de la partie orientale de V'état de Pará (Bragança, 
Peixeboi) peuvent appartenir à cette espeéce. 


B B — Feuilles de la grandeur normale chez ce genre. Capitules 
sphéroidaux, suspendus à des pédoncules filiformes três longs, 
leurs rachides courtes, obovées presque globeuses à base sti- 
pitée, déprimées au sommet; fleurs pourprées, les inférieures 
avec étamines exsertes, les supérieures plus courtes et avec 
étamines incluses ou à peine exsertes. Gousses non ligneuses. 
Arbres à cime tres large et plate en forme d'ombrelle. 


a-—Gousse un peu charnue, à surface toruleuse, in- 
déhiscente, grandeur comme chez P. pendula, grai- 
nes en 2 séries distinctes. Pédoncules n'excédant 
1/2 m. mais généralement au sommet de branches 
allongées. Pinnules 6 à I14-juguées, folioles peti- 
tes, três nombreuses. Arbre moyen ou petit. Ba- 
hia, Ceará, Piauhy, Maranhão, sud-est du Pará 
(campo de Breu Branco au Tocantins). P. pla- 
tycephala Benth. 


b — Gousse plate, coriace, bivalve, avec sécretion abon- 
dante d'une substance qui semble analogue à la 
gomme arabique. Pédoncules le plus souvent longs 
der a 1 1/2m. Capitules fétides. Grands arbres. 


a a — Gousses longues d'environ 18 à 20 
cm. sur 3 à 4 cm. de large, graines en 2 séries 
parfaites. Pinnules 7 à ro-juguées, folioles 
40 à 5o-juguées, longues de 6 à 9 mm., lar- 
ges d'1 à 2 mm. État de Pará (région de Pes- 
tuaire), forêt de terrains marecageux. P. pa- 
raensis Ducke n. sp. 


Jardim Botanico 6 


as GA so 


b b — Gousses mésurant environ la moitié 
des dimensions de celles du précedant, graines 
dans 1 seule série, seulement dans la partie 
centrale paríois plus ou moins bisériées. Pin- 
nules 10 à 22 — juguées, folioles 50 à 70 — 
juguées, longues de 3 à 4 mm., larges de 1/2 
à 3/4 mm. Amazonie, forêt des hautes terres; 
Pernambuco. P. pendula Benth. 


B — Fleurs de la partie basilaire du capitule stériles (possédant seulement 
des staminodes), toujours plus longues que les fleurs fertiles (her- 
maphrodites) . Rachide du capitule allongée, fusiforme. 


A A — Feuilles opposées, folioles à face inférieure enduite d'une 
substance blanche. Fleurs blanches et jaune pâle. Gousses 
presque ligneuses, indéhiscentes, comprimées, peu courbées ; 
graines dans une seule série, entourées d'un peu de jus dou- 


catre. 


a — Feuilles, folioles, capitules, bractées, fleurs et gous- 
ses plus grands que chez toutes les autres especes 
connues. Capitules longs d'env. 10 à 18 cm., fétides, 
suspendus à des pédoncules moins longs et plus 
épais que chez P. pendula et P. paraensis; en bou- 
ton, étroités à la base et dilatés dans la partie api- 
cale; à la floraison, la partie basilaire (stérile) 
relativemente courte (jusqu'environ 4 1/2 cm.) est 
peu plus large (jusqu'a 10 cm.) que la partie termi- 
nale (fertile), laquelle se compose à son tour d'une 
courte partie inférieure reserrée, cylindrique, large 
seulement jusqu'a 3 1/2 cm., et d'une longue partie 
supérieure obovoide, qui atteint jusqu'a 8 cm. de 
largeur. Bractées longues de 1 à presque 2 cm., excé- 
dant dans les capitules jeunes de beaucoup les fleurs. 
Fleurs stériles (y compris les staminodes qui sont 
jaune clair) longues d'environ 4 à 4 1/2 cm.; les 
fleurs fertiles avec les étamines (blanches) mé- 
surent environ 3 1/2 cm. Gousse longue de 1/2 à 
2/3 metre, large de 5 à 6 cm. Três grand arbre. 
Etat de Pará; forêt non inondée. P. gigantocarpa 
Ducke (pl. 24). 


ER: ae 


b-— Toutes les parties mentionnées beaucoup moins 
grandes. Capitules en panícules dressées (qui vien- 
nent plus tard souvent à pendre sous le poids des 
gousses), longs d'environ 5 cm., biglobeux; la con- 
vexité inférieure plus étroite que Pautre à Vétat 
de bouton mais beaucoup plus large à Pétat flo- 
rifére, à cause des staminodes de cette partie qui 
sont beaucoup plus longs que les étamines cour- 
tement exsertes de la convexité supérieure du ca- 
pitule; celle-ci s'allonge jusqu'a la floraison, deve- 
nant à la fin elliptique. Fleurs stériles blanches; 
antheres des fleurs fertiles jaunes. Gousses n'ex- 
cédant que rarement la longueur de 25 cm. Grand 
arbre; écorce avec une odeur caractéristique de 
miel aigre. États de Pará et Amazonas et partie 
sud de la Guyane britannique; forêt des hautes ter- 
res, primaire et sécondaire. P. oppositifolia Benth. 


B B — Feuilles alternes, folioles sans la substance blanche men- 
tionnée. Capitules biglobeux comme chez le P. oppositifolia; 
pédoncules jámais excessivement allongés et non pas pen- 
dants, mais les branches fertiles de forme spéciale, allongées, 
souvent horizontales. 


a — Pinnules 3 à 8-juguées. Folioles oblongo-linéaires, 
“ 2 ou 3 — nervées. Gousse avec graines unisériées. 
Arbres de petite taille, fleurs pourprées. 


a a — Pinnules 3 ou 4 — juguées. Bran- 
ches floriféres plus longues, fleurs plus petites, 
staminodes et anthéres beaucoup plus courts 
que chez VPespéce suivante. Gousse relativement 
petite, courte mais large, un peu charnue, in- 
déhiscente. États d'Amazonas et Pará, du Rio 
Negro jusqu'à la bouche du Curuçambá en aval 
de Obidos; plages sablonneuses et vaseuses de 
riviêres à eaux noirátres ou limpídes. P. dis- 
color Benth. 


b b — Pinnules 5 à 8 — juguées. Bran- 
ches florifêres plus cqurtes et plus dressées, 


er 


fleurs plus grandes, staminodes et antheres 
beaucoup plus longs que chez la précédente. 
Manãos. P. auriculata Benth. 


b — Pinnules 8 à 15 — juguées. Folioles étroites, linéai- 
res, I-nervées. 


a a— Pinnules 8 à 10 — juguées, base des 
folioles du côté inférieur arrondie. Couleur 
des fleurs inconnue. Pará. P. filicina (Willd.) 
Benth. 


b b — Pinnules 10 à 15 — juguées, base 
des folioles du côté inféricur auriculée. Arbre 
moyen; branches fertiles allongées, horizontales 
a la floraison, plus ou moins pendentes quand 
en état fructifere; fleurs stériles pourprées, 
avec staminodes três longs; anthéres des fleurs 
fertiles plus ou moins jaunes; gousses sembla- 
bles à celles de P. oppositifolia, mais plus cour- 
bées et un peu plus molles; graines 1 — sériées. 
Région du haut Rio Negro (Cassiquiare, Uau- 
pés); forêt des environs de campinas, prês du 
lac de Faro et au Rio Tapajoz, dans PÉtat de 
Pará. P. pectinata (H. B. K.) Benth. 


Dimorphandra macrostachya Denrrr. 

La forme typique se caractérise par ses inflorescences longues et grê- 
les avec fleurs presque sessiles d'un rouge ardent; elle est connue de la 
Guyane anglaise et n'est pas rare dans la région de [Vestuaire amazonien, 
ou je Pai observée à Belém, Collares, Santa Izabel sur le chemin de 
fer de Bragança, et Gurupá. Bois poreux, un peu soyeux, de grain assez 
grossier; coeur jaunâtre, beaucoup différent du bois des espeéces du sous- 
genre Mora. 

Une variété avec inflorescences plus courtes, fleurs orangées, gousses 
et folioles plus petites et celles-ci plus nombreuses (jusqu'a 33-juguées) 
habite les campinas des environs du lac de Faro (n. 8.615, n. 10.603) et 
du Mapuera (n. 9.128). D. pennigera Tul. n'est probablement qu'une autre 
variété de cette espeéce, surtout caractérisée par ses fleurs três distincte- 
ment pédicellées; j'ai vu un spécimen de Spruce (n. 3.067) conservé au 


er ce 


Jardin Botanique de Rio de Janeiro; un autre (Rio Cuquenan, E. Ule, 
n. 8.622) se rapproche déja beaucoup plus du D. macrostachya. Les fleurs 
sont, selon Ule, jaunátres. 


Dimorphandra velutina Ducxr. 

Encore à Gurupá (n. 15.971 et n. 16.527). Arbre, parfois três grand, 
d'endroits humeux dans la forêt humide de terre ferme. Bois de grain assez 
grossier; coeur jaunátre. ; 


N 


Ad sectionem 11, Eudimorphandra Tul. — Ramuli petiol in- 
florescentiaeque minute ferrugineo-tomentella. Petiolus 6 ad 8 cm,, 
rhachis foliorum 10 ad 15 cm. longa; pinnnae 4-ad 5-jugae rhachide 5 ad. 
8 cm., petiolo 1 ad 2 cm. longo; foliola 5 ad 7 — (rarius 8) — juga, 
ovatolanceolata basi saepissime late rotundatã rarius obtusã vel subacutã 
plerumque subaequali, apice longius vel brevius acuminata, petiolulo 2 ad 
3 mm. longo, laminã 4 ad 5 1/2 cm. longã, 1 3/4 ad 2 1/4 cm. latã, coriacea, 
superne glabra nitidula, subtus pallidiora (ferruginea) minute pilosula 
costã supra immersã subtus prominente, nervis secundariis in utraque pa- 
ginã tenuissime immersis parum conspicuis. Spicae numerosae in paniculam 
terminalem subcorymbosam foliis multo breviorem dispositae; bracteae ab- 
sentes; flores sessiles, parvi, calyce circa 1 1/2 mm. longo puberulo lobis 
triangularibus vel rotundatis, petalis calyce duplo longioribus glabris, sta- 
minibus petalis brevioribus, staminodiis petalis aequilongis vel sublongio- 
ribus, apice ovoideoclavatis liberis. Ovarium densissime fulvohirtum. Le- 
“gumen ignotum. 

Habitat in silvis ad stationem Peixeboi inter Belém et Bragança 1. 
R. Siqueira 20-10-1907, n. 8.798. Speciei D. cxaltata (Rio de Janeiro) 
affinis at foliolis maioribus et praesertim ovario hirsuto facillime distin- 
guenda. 


Dimorphandra multiflora Ducxe, n. sp. 


Dimorphandra paraensis Ducxt. 

Sur la planche 19 du vol. I des Archivos, la figure B représente les 
contours d'un staminode vu en face et de côté, et non pas une étamine et 
un staminode comme il a été dit erronément dans P“Explication des Plan- 
ches”. Les fleurs de cette espeéce ne semblent présenter aucune difference 
essentielle de celles du célebre Dimorphandra (Mora) excelsa dont j'ai pu 
maintenant comparer la description et le dessin dans les Trans. Linn. 
Soc. et une photographie du spécimen du British Museum envoyée par 
Pamabilité de mr. A. B. Rendle. L/espéce paraense se distingue donc, sem- 


a. prio 


ble-t-il, de celle de la Guyane, surtout par les feuilles ayant le pétiole et 
le rachis largement aplatis presque ailés, avec folioles presque toujours 
S-juguées (rarement 4-juguées) aigument acuminées, et par la gousse 
2-à 6-séminée. La troisiéme espece de cette section, D. oleifera Triana 
(nomen) a le rachis presque cylindrique du D. excelsa mais les folioles 
acuminées du D. paraensis (selon une photographie du spécimen du Bri- 
tish Museum que mr. Rendle a bien voulu me communiquer). 

D. paraensis est peut être larbre le plus caractéristique des forêts 
inondées de Iestuaire du grand fleuve; il remonte celui-ci jusqu'a Almeirim 
et pénetre encore au bas Xingú (Porto de Moz, n. 16.668). A" Gurupá, 
on distingue la “pracuuba branca” (p. blanche) qui correspond à la forme 
typique de Pespece, à couleur claire de l'écorce du tronc et du bois (celui- 
ci est un bois commun, d'un brun jaunâtre tres clair, densité voisine de 
Ir, dureté moyenne, grain régulier mais fibreux, résistant, tres employé 
comme bois de charpente), et la “pracuuba vermelha” (p. rouge) qui se 
distingue de la forme typique par ses folioles plus petites, I'écorce du 
tronc ferrugineuse, le bois brun rougeâtre moins clair, de grain plus ré- 
gulier, moins fibreux, plus facile à travailler (on le préfere à celui de 
la “pracuuba branca”, on le considêre même .comme le meilleur des bois 
communs de construction). La “pracuuba vermelha” est un arbre magni- 
fique, certainement le plus imposant parmi tous, dans la forêt inondée des 
environs de Gurupá; son habitat est limité aux terrains qui ne sont cou- 
verts d'eau qu'au moment des plus hautes marées; la forêt superbe oú 
cet arbre est fréquent, est désignée par le nom de “pracuubal”. Je ne con- 
nais pas encore les fleurs completement développées de cet arbre, il est 
cependant três probable qu'il ne s'agisse que d'une variété de la pracuuba 
commune ; je lui donne, au moins provisoirement, le nom de: 


Dimorphandra paraensis var. rufa Ducke n. var. 

Arbor saepe 50 m. superans, a formáã typicã differt trunci cortice 
ferrugineo, ligno rufescente, foliis minoribus, foliolis angustioribus apice 
longius acuminatis vulgo 6 ad 8 cm. longis 2 ad 2 1/2 em. latis, ma- 
ximis vix 10 cm. longis et 3 cm. latis. Habitat ad oppidulum Gurupá, 
in silvis ab Amazonum fluvio inundatis, |. A. Ducke 24-1-1916, n. 15.984, 
inflorescentiis novellis. 


Clef des espêces connues de Dimorphandra 


4d — 10 étamines fertiles; 5 staminodes linéaires, peu à peu dilatés au 


sommet, avec antheres minuscules. Ovaire villeux. Gousse large, plate. 


” + 


Eq 


Pinnules 3 ou 4-jJuguées, folioles 10 à 12-juguées; inflorescence en épis 
dense, fleurs rouges. Guyane française. D. polyandra. R. Bén. (selon la 
description de Vauteur). 


B — 5 étamines fertiles; 5 staminodes. 


4 4 — Fleurs pédicellées ou presque sessiles, blanches, rouges ou 
orangées, en inflorescences longues, solitaires ou peu nom- 
breuses; staminodes dilatés en lame oblongue, pétaloide, ad- 
hérents au sommet; ovaire soyeux ou villeux. Gousse lar- 
gement falciforme, plate, ligneuse, à valves élastiquement dé- 
“hiscentes. Feuilles bipinnées. (Pocillum Tul.). 


a-— Pinnules 13 à 21-juguées, folioles 21 a 48-ju- 
guées. Grappes longues souvent de 40 à 50 cem., 
fleurs odorantes, blanches devenant plus tard rou- 
geátres; gousse longue de 25 à 30 cm., sur environ 
10 cm. de large. État de Pará, région de Pestuaire, 
forêt d'endroits humides. D. velutina Ducke. 


b -— Pinnules 6 à ro-juguées, folioles 20 à 33-juguées. 
Inflorescences (épis ou grappes) et gousses moins 
grandes; fleurs rouges ou orangées inodores. Par- 
ties littorales, nord-est et moyen nord de P“hylaea”. 
D. macrostachya Benth. et D. penmigera "Tul. (va- 
riété ?). 


c— Pinnules 1 à 2-juguées, folioles 4 à 8-juguées. 
Grappes et gousses encore moins gtandes mais les 
fleurs plus grandes que chez T[espéce précédente, 
blanchátres. Rio Negro. D. vernicosa Benth. 


B B — Fleurs sessiles, petites, blanches, en épis courts, réunis 
en dense panicule corymbeuse. Staminodes au sommet cour- 
tement clavés ou capités. Gousse (chez les espéces exaltata, 
parviflora, mollis et Gardneriana, les seules ou on la connait)- 
rectiligne, épaisse, coriace, indéhiscente. Feuilles bipinnées 
mais parfois simulant des feuilles simplement pinnées. (Eu- 
dimorphandra Tul.). 


A 


a— Pinnules 5 à I9-juguées, folioles 10 à 2o-ju- 
guées, petites, larges, obtuses ou rétuses, au moins 
en dessous assez fortement pubescentes. Ovaire 
glabre. 


a a — Folioles 5 à 8-juguées, seulement 
en dessous assez fortement pubescentes. États 
du moyen nord du Brésil (de Bahia et Goyaz 
au Maranhão). D. Gardneriana Tul. 


b b — Folioles 6 à I9-juguées assez 
densement pubescentes sur les deux faces. 
États du centre méridional et occidental du 
Brésil (Minas, Goyaz, S. Paulo et Miatto Gros- 
só). D. mollis Benth. 


b -— Pinnules et folioles 8 à 12-juguées, celles-ci pe- 
tites, obtuses. Ovaire? Rio Negro et Tapajoz. D. 
parviflora Benth. 


c— Pinnules 4 à 5-juguées, folioles aigues, de gran- 
deur moyenne. 


aa — Ovaire hirsuté. Folioles 5 à 8&- 
jJuguées. Partie orientale de VÉtat de Para. 
D. multiflora Ducke. 


b b — Ovyaire glabre. Folioles 7 à 10- 
juguées. Rio de Janeiro. D. exaltata Benth. 
(d'aprês la Fl. Bras.). 


d — Pinnules solitaires ou 1 à 2-juguées, les folioles 
au nombre de 5 à 9, grandes. Feuilles ayant sou- 
vent "'apparence de feuilles simplement pinnées. 


a a -— Ovaire villeux. Guyane hollandaise. 
D. latifolia Tul. = Mora conjugata Splitg. 
(selon les auteurs et Bentham). 


b b — Ovaire glabre. Rio Negro. D. uni- 
juga Benth. (d'apres la Fl. Brasil.). - 


ii e 


CC — Fleurs sessiles, petites, blanches, en épis peu nombreux, 
denses et longues. Staminodes au sommet elliptiques, clavés. 
Gousse três épaisse, coriace, valves non élastiques, à déhis- 
cence retardée, graines três grandes, reniformes ou presque 
globeuses. Feuilles simplement pinnées, folioles grandes, peu 
nombreuses. (Mora Benth.). 


a-—Folioles obtuses ou rétuses. Gousse I-séminée. 
Guyane anglaise et hollandaise. D. excelsa Benth. 


b — Folioles acuminées. 


a a — Espéce de Vestuaire amazonien. 
Gousse três grande, 2 a 6-seminée, un peu 
étranglée entre les graines. D. paraensis 
Ducke. 


b b -— Espece de Panamá et de la cóte 
pacifique de Colombie. D. oleifera Triana msc. 
(phot. du spécimen du British Museum, comm. 
A Br Rendie). 


Copaifera reticulata Ducxrt. 


Gousse le plus souvent monosperme, parfois biseminée, rarement 3- 
ou 4-seminée; dans le cas oú elle est pluriseminée elle est fortement 
etranglée entre les grames. Les gousses monospermes ressemblent comme 
forme et grandeur à celles du C. Langsdorfii, étant cependant plus allon- 
gées (longueur environ une fois et demie la largeur). Échantillons fructi- 
feéres du Rio Tocantins en aval de la cataracte d'Ttaboca, coll. A. Ducke 
12-7-I9I6, n. 16.247; spécimens floriféres encore de la région“des cataractes 
inférieures du Tapajoz (n. 16.854) et du Xingú, proximités d'Altamira 
n. 16.610; une variété avec folioles plus grandes le plus souvent 3-rare- 
ment 4-ou 5-juguées n. 16.629); spécimens stériles du haut Pucuruhy 
prês de Gurupá (n. 17.229), du Rio Branco de Obidos (n. 16.954; va- 
riété avec folioles plus grandes n. 16.961) et du lac Salgado au bas Trom- 
betas (n. 16.979). Les fleurs pleinement épanouies sont blanches, leur 
parfum rappelle -celui des fleurs du sureau. C'est cette espéce qui dans 
PÉtat de Pará fournit la plus grande partie du baume; le copaiba du che- 
min de fer de Bragança semble cependant appartenir à Pespéce C. guya- 
mnensis Hayne. 


REM 


Copaifera multijuga Havxt. 

J'ai rencontré, dais les forêts à Vintérieur de Bella Vista et Villa 
Braga au pied des derniers rapides du Tapajoz (mn. 16.490 et n. IÓ.gIO) 
et aux rapides du Mangabal, une “copaiba” que je n'hésite pas à attribuer 
à cette espéce décrite seulement d'aprês de spécimens stériles. Les feuil- 
les ont 9 à 15 folioles (le plus souvent 12 ou 14) luisantes ou mates, à 
nervures densement réticulées mais effacées, seulement visibles à la loupe, 
et présentent la ressemblence marquée avec celles de Crudia amozonica 
que signale Bentham dans la Fl. Bras.; les fleurs sont sessiles, plus grandes 
que chez les autres espéces amazoniennes, ovoides en bouton, le calice mé- 
surant de 4 à 5 mm. de long est roux ferrugineux et parfaitement glabre 
du côté extérieur, blanc et (comme VPovaire) densement revêtu de longs 
poils blancs du côté intérieur; le fruit est rouge, monosperme, presqu” 
orbiculaire, apiculé, d'environ 3 cm. de diametre; la graine est ovale ou 
presque globuleuse, son arille jaune orangé. 

Cette espece m'a été indiquée comme fournissant du baume de co- 
paiba. Le bois frais dégage une forte odeur de coumarine mélangée à 
larome caractéristique du baume; au bout de quelque temps ce dernier 
seul subsiste. 

Le bois de C. reticulata et multijuga est grisatre presque blanc irré- 
guligrement marqué d'ondulations brunâtres, assez tendre; il n'est guere 
employé. Le bois du C. Martii, au contraire, est d'un rouge clair, plus 
regulierement veiné d'ondulations brun rouge foncé; ce serait un bon bois 
de menuiserie, s'il n'était pas presque constamment embibé d'huile rési- 
neuse. 


Copaifera Martii Hayxr. 


Les jeunes feuilles ont des points transparents assez distincts mais qui 
ne tardent pas à disparaitre completement. Cette espece ne fournit que 
rarement du baume et toujours dans des quantités insignifiantes; elle 
est cependant remarquable par son beau bois, três différent de celui des 
espéces citées plus haut. 


Crudia parivoa DC. 


Cette espece qu'on ne connaissait, en dehors de la Guyane française, 
que de Yile de Marajó, se rencontre aussi pres de Belém (Mosqueiro) et 
dans la région des cataractes inférieures et pres de Bella Vista du Tapajoz 
(forêt exposée aux inondations, n. 16.397 et n. 16.885). Gousse plus ou 


moins verruqueuse, beaucoup plus petite que celle des autres espéces (lon- 


Me sido 


Go fr 


gue jusqu'ã 6 cm. sur 4 cm. de large) mais plus épaisse, médiocrement ve- 
loutée de brun roux. 


( Crudia aequalis DUCKE n. sp. 


Foliolis 4 vel 6 aequilateris vel vix inaequalibus, floribus longe pedi- 
cellatis, leguminibus (novellis) tenuiter cinereo-sericeis distincta. Arbor 
media glabra, stipulis angustis, foliolis saepissime lanceolato-ovatis vel 
ovalibus longe acuminatis, vulgo 6 ad 12 cm. longis, 4 ad 5 cm. latis, 
petiolulis sat longis, bracteis bracteolisque caducissimis non visis, pedi- 
cellis 10 ad 15 mm. longis, calicis tubo circa 1 1/2 mm., limbi segmentis 
3 ad 4 mm. longis ovalibus obtusis membranaceis, legumine novello sat 
magno non verrucoso brevissime cinereo-sericeotomentoso. 

' Hab. ad flumen Tapajoz in silvis ripariis prope Cachoeira do Man- 
gabal, 1. A. Ducke 1-0-I916, n. 16.431. 


Tachigalia myrmecophila DucxeE. 


Sclerolobium myrmecophilum Ducke Arch. Jard. Bot., 1, p. 30 (46). 

Les fleurs de cette espece sont moins obliques que celles des autres 
espéces de ce genre que je connais, mais beaucoup plus que chez les Scle- 
rolobium; il n'y a aucun doute qu'on doit la placer dans le genre Tachi- 
galia à côté du T. paniculata (47). Elle se distingue de ce dernier et dy 
T. alba par Pécorce noirâtre du tronc, les folioles seulement 3-ou 4- 
juguées, les pétales plus arrondis et três courtement unguiculés, les fleurs 
plus petites et moins obliques que surtout celles du pamiculata; de celui-ci 
encore par sa grande taille, les pétioles et les rachides des feuilles moins 
déprimés et les pétales três peu pileux dans leur partie basilaire; du T. alba 
encore par les pétioles anguleux, creux et habités par des fourmis, les 
folioles larges, duveteuses, les panicules et pédoncules des grappes beau- 
coup plus courts, les pétales plus jaunes. Les stipules caduques sont pin- 
nées, le plus souvent 2-juguées avec segment terminal; les bractées qui 
mésurent jusqu'ã 7 mm. de long sont étroites et tombent longtemps avant 
Pépanouissement des fleurs. 

Cet arbre qui est une des espéces appelées “tachy preto da terra fir- 
me” (dont Vécorce est recherchée pour le tannage) n'est pas rare aux en- 


(46) La longueur du pétiole est de 3 1/2 à 5 cm. (et non pas millimetres 
comme a été imprimé par erreur). 

(47) Doit être surtout semblable à lespéce guyanaise T. glauca Tul. que je 
n'ai pas vue. Les pétioles de cette derniére ne sont cependant pas creux: la plante 
décrite n'est donc pas myrmécophile. 


Ada : 


virons de Belém do Pará; il m'est encore connu, avec súreté, de São Luiz 
au pied du dernier rapide du Tapajoz (n. 15.819), et du chemin de la 
Volta du Xingú. La floraison des individus est três longue, souvent inin- 
terrompue depuis septembre jusqu'à janvier ou février, mais ne se repro- 
duit qu'a plusieurs années d'intervalle. 


v Tachigalia alba Ducke n. sp. 


Arbor trunci cortice albido, Tachigaliae paniculatae Aubl. similis at 
multo maior (25 ad 35 m.), ramulis et foliolis etiam junioribus glabris, his 
saepissime magis lanceolatis et longius acuminatis, petiolo tenui terete su- 
pra anguste canaliculato, paniculã magnã saepe ad 1/2 m. altã, racemis 
multum longius pedunculatis rhachidibus tenuibus, floribus minoribus, ca- 
licis tubo discifero minus obliquo, petalis albidis parcissime albidopilosulis. 
Stipulae caducissimae, non visae. 


Habitat in silvis primariis non inundatis: in regione cataractarum in- 
feriorum fluvii Tapajoz, 26-6-1918, n. 17.075: prope Obidos 15-7-1918, 
n. 17.110; prope Gurupá 20-8-1918, n. 17.227: specimina, omnia florifera, 
1. A. Ducke. Species cum aliis “tachy branco” appellatur. 

Cette nouvelle espece est surtout caracterisée par ses inflorescences 
três grandes qui donnent à Varbre fleuri un bien joli aspect; dans la forêt, 
Farbre se distingue aussitôt du T. pamiculata par sa grande taille mais 
les échantillons d'herbier peuvent facilement être confondus avec cette 
derniére espece, le “tachy branco” commun des rives inondées et qui 
ne se rencontre sur la terre ferme que rarement et toujours dans la forêt 
secondaire. On donne à notre espéce nouvelle, pour ne pas la confondre 
avec cette derniére, parfois le nom de “tachy branco da terra firme”, mais 
ce nom est également appliqué au Sclerolobium paraense Hub. Le “tachy 
preto da terra firme” (ainsi appelé à cause de son écorce noire) appar- 
tient à deux autres especes de Tachigalia dont Tune m'est seulement con- 
nue en état stérile. 


“ Hymenaea intermedia DucxE n. sp. 


Arbor excelsa. Foliola vix maiora quam in H. courbaril L,. sed formã 
inter hanc et H. oblongifoliam Hub. intermedia. Flores magnitudine earum 
H. oblongifoliae, sed pedicellis 7 ad 8 mm. longis, ovario glaberrimo. 
Fructus 5 ad 7 cm. longus, 3 ad 5 cm. latus, 2 1/2 ad 3 cm. crassus, 
basi saepissime valde obliquã e pedunculo excentrico, modice compressus 
ovoideus, opacus. 


Habitat inter Obidos et flumen Trombetas ad rivulum silvestrem 


— 99 — 


montis Curumú radicibus proximum, I-IO-I9I5, n. 15.778, florif. et fru- 
ctif.; ad flumen Jamundá infra cataractas in silva flumini vicinã at non 
inundatã 18-5-I9II, n. 11.775, fruct.; ad fl. Tapajoz prope Bella Vista. 
loco rivulo silvestri proximo, 12-90-1916, florif., n. 16.487; 1. A. Ducke. 
Individuum juvenile horti botanici paraensis ex insulã Marajó oriundum, 
ad hanc speciem pertinere videtur. 

' Cette espéce se distingue de PH. courbaril L. par ses feuilles obtuses. 
ou à peine três courtement acuminées, les fleurs et les fruits plus petits, 
ceux-ci moins comprimés; de "H. oblongifolia Hub., par ses feuilles plus. 
courtes, son ovaire glabre et ses fruits en général plus grands; de PH. pa- 
lustris Ducke par les mêmes caractéres que de la derniére espéce et par 
ses feuilles glabres; de "H. parvifotia Hub., en dehors d'autres caracte-- 
res, par ses pétales glabres. Les fruits plus petits ressemblent assez à ceux 
de PH. oblongifolia, palustris et parvifolia, mais ceux qui sont bien dévelop- 
pés ont une forme spéciale, oblique, parfois presque rhomboidale à pé-- 
“doncule excentrique. 


Hymenaea palustris Duckr. 


Encore de Gurupá (n. 16.567). Le bois de cette espece est dur et 
rougeátre, il se rapproche de celui des Hymenaca de terre ferme (courbanil' 
et parvifolia), tandis que celui de PH. oblongifolia est relativement tendre 
et beaucoup plus facile à travailler. C'est encore là une différence três. 
nette qui distingue PH. palustris de PH. oblongifoha. 


Synopse des espéces amazoniennes d'HYMENAEA 


d: Ovaire, pétales et feuilles glabres. 


a-— Fleurs et fruits beaucoup plus grands que chez les autres- 
espéces amazoniennes, ceux-ci en forme de gros cylindre 
plus ou moins comprimé. Folioles le plus souvent longue-- 
ment acuminées. Des Antilles et de [Amérique centrale 
jusqu'a Pétat de Bahia. H. courbaril L. La forme typique- 
à ovaire longuement .stipité habite, dans " Amazonie, la partie- 
littorale jusqu'au Xingú, et les parties occidentales (le Purús, 
par exemple) de la grande plaine; le bas Amazone en amont. 
des bouches du Xingú jusqu'a Manáãos, avec ses affluents 
comme le Tapajoz etc., possede une forme spéciale, la var. 
subsessilis Ducke n. var. qui a Vovaire courtement stipité ow. 


— 4 — 


presque sessile et le fruit généralement moins fortement 
comprimé. 


b — Fleurs plus petites (de la grandeur de celles des espêces sui- 
vantes); fruit de grandeur moyenne ou petit, le plus souvent 
ovoide à base três oblique; folioles obtuses ou três courte- 
ment acuminées. Amazonie inférieure. H. intermedia Ducke. 


B: Ovaire pileux. Fleurs relativement petites. Fruit petit ovoide (com- 
primé ou non). 


a — Pétales à face inférieure fortement pileuse. Ovaire três den- 
sement et uniformément couvert de longs poils. Folioles plus 
ou moins acuminées et falciformes. Amazonie et état de Ma- 
ranhão. H. parvifolia Hub. 


b — Pétales glabres; ovaire moins longuement pileux à son som- 
met qu'ã sa base. Folioles longues, oblongues, à peine fal- 
ciformes, obtuses. 


+ — Feuilles glabres. Bois beaucoup moins dur que 
chez les autres espéces amazoniennes. Amazonie 
inférieure et supérieure. H. oblongifolia Hub. 


+ + — Feuilles à face inférieure densement revêtue de 
poils à reflets dorés. Bois dur. Région de Vestuaire 
amazonien. H. palustris Ducke. 


Peltogyne paniculata BenYrrH. 


Les bois (“coataquiçaua” à Obidos) n'est pas violet comme il a été 
dit, par erreur, dans la premiêre partie de ce traval (Arch. 1, p. 24), 
mais d'un beau brun rouge qui devient de plus en plus violacé avec le 
temps. Cet arbre se rencontre encore dans la partie méridionale de "Amazo- 
nie, dans les hautes terres des cataractes inférieures du Tapajoz (nu- 
mero 16.406) et du Xingú. Sous bois, on le distingue de loin par Paspect 
particulier de son écorce, lisse et de couleur ferrugineuse claire. A Vépoque 
de la floraison (derniers mois de la saison des pluies), si on trouve placé 
dans un endroit qui domine la forêt environnante, on aperçoit de loin sa 
-cime couronnée de grandes inflorescences blanches. La grandeur des feuil- 
les varie beaucoup chez les spécimens fertiles (les feuilles des branches 


E 15 q 


stériles sont toujours plus grandes, surtout plus larges), et celle des fleurs 
aussi est assez variable; il ny a donc pas des doute que P. latifolia (Hay- 
ne) Benth. rentrera dans la synonymie de cette espéce. P. pubescens Benth. 
n'est três probablement qu'une faible variété de celle-ci, à pubescence plus 
développée; j'en aí vu un spécimen collectionné par E. Ule dans la ré- 
gion du haut Rio Branco. 


/ Peltogyne paradoxa DUCKE n. sp. 


Arbor gracilis alta, maxime insignis ob ramos fertiles tenues fle- 
xuosos parce foliosos vel subaphyllos comam frondosam ramis sterilibus 
compositam altissime superantes; trunci cortex ut in specie P. paniculata 
laevis ferrugineus at lignum interius obscure cinereo-violaceum. Foliola 
crebre venulosa glabra, subtus (in ramis fertilibus saepe in utraque paginã) 
cerã albá induta; ea ramorum sterilium inter maxima in hoc genere 
observata (longa ad 17 cm., lata ad 9 cm.) tenuiter coriacea, ramorum 
fertilium minora rigidiora, saepius angusta et valde falcata. Flores et 
legumina fere P. confertiflorae, illi parum minores; calicis tubus discifer 
anguste turbinatus apice 2 ad 3 mm. latus, longe stipitatus, cum stipite 
sub anthesi 7 ad 9 mm. longus, in fructiferis ad 1 1/2 cm. elongatus. 
Petala alba, legumina immatura purpurea. 

Habitat in cacumine collium et montium ad septentrionem Amazonum 
fluvii inferioris: Serra Itauajury prope Montealegre (n. 17.147), Serra 
de Ubimtuba in regione montium inter Almeirim et Prainha (n. 17.279), 
Serra de Arumanduba prope Almeirim (n. 17.259); mensibus julio ad 
septembrem florifera 1. A. Ducke. 

Cette espéce est le vrai “coataquiçaua”, celui dont Vaspect singulier 
a donné origine à ce nom indigéêne qui signifie “hamac de coatá” (le 
“coatá”, — Ateles, plusieurs espéces — est un singe commun dans la ré- 
gsion). C'est un arbre à écorce lisse ferrugineuse claire comme chez le 
P. paniculata, mais dont quelques branches, les seules fertiles, presque 
aphylles, de forme sinueuse et três flexibles, généralement au nombre de 
2 ou 3, s'élevent beaucoup (10 à 15 m. ?) au dessus de la cime composée 
uniquement de branches stériles situées au niveau des cimes des arbres 
moyennes de la forêt; il semblerait parfois que ce sont des lianes qui 
se dressent debout. Cette particularité avait déja été signalée par Hartt 
(Travaux de la commission géologique du Brésil, la Serra de Paranaquara, 
Bol. Museu Paraense, vol. 11). Les feuilles, surtout les rares qui se 
trouvent/sur les branches fertiles, sont revêtues d'une couche parfois 


e 


assez épaisse de crie blanche (48). Le bois est dur, de grain fin, d'un 
violet obscur cendré des que Ion coupe Parbre, I'aubier est insignifiant. 
Cet arbre singulier n'a été rencontré, jusqu'a ce jour, que sur les “serras” 
(collines et petites montagnes) situées au nord du bas Amazone (dans le 
municipe d'Almeirim, surtout sur celles à Iouest du Rio Parú); le point 
le plus occidentale oú je Iai observé est la Serra Itauajury au nord de 
Montealegre. Son habitat preféré est la forêt de moyenne taille des par- 
ties supéricures de ces petites montagnes, surtout les endroits ot pren- 
nent naissance les ravines; les branches plus ou moins aphylles ayant 
Paspect de bois mort se dessinent nettement au dessus de la forêt; on les 
aperçoit à des distances considérables depuis la plaíne. 


Peltogyne campestris Ducxr, Archivos T, p. 24. 


L'ovaire, chez cette espece, est glabre et non pas soyeux comme il a 
été dit dans la diagnose, par erreur (il y a eu une confusion du maté- 
rial examiné avec de fleurs provenantes d'un spécimen de P. densiflora) . 


/ Peltogyne LeCointei Ducxkr n. sp. 


Arbor 20 ad 30 m., inflorescentiis exceptis glabra, ramulis novellis 
obscure purpureis, trunco cortice griseo obtecto, ligno laete violaceo. Fo- 
liola breviter (ad 2 rarius 3 mm.) petiolulata, tenuiter coriacea utrinque 
tenuiter venulosa vel venis supra magis conspicuis, oblonga plus minusve 
falcata, basi inaequilatera, apice acuminata et saepe complicata, in flo- 
riferis ut sterilibus 5 ad 7 rarissime 8 cm. longa, 2 ad 3 cm. lata. Pa- 
niculae densissime floriferae, breves at saepius in ramulis aphyllis nu- 
merosae in inflorescentiam magnam unitae, rhachidibus omnibus lignosis, 
novissimis solis pilosis; pedicelli 1 mm. vix longiores, stipites calycis 4 ad' 
5 mm. longi; bracteae bracteolaeque latae, concavae (haec dorso carina- 
tae) pallide brunnescentes, tenuiter (marginibus parce) albosericeae, jam 
in alabastris novellis caducae; calyx utrinque albosericeus, tubo discifero 
vix obliquo 2 ad 3 mm., stipite sub anthesi 5 mm. longo, limbi segmentis 
ovatis obtusis albis, ad 8 mm. longis ad 6 mm. latis; petala ad 9 mm. 
longa, angustissime lineari-spatulata vix ad 1 mm. latitudinis maximae (pa- 
rum ante apicem) attinentia, glandulis pellucidis adspersa; filamenta gla- 
bra, 5 maiora ad 20 mm. longa, 5 minora his parum breviora; ovarium 
lineis 5 verticalibus dense albidotomentosis percursum, brevissime stipita- 


(48) Moyen de protection contre l'excessive transpiration de ces feuilles ex- 
posées au plein soleil et sécouées violemment par le vent. 


RG 


tum; stylus stamina longiora aequans; stigma depresso-capitatum. Legu- 
men €o speciei P. densiflora simile. — “Pão roxo da terra firme” ap- 
pellatur. 


Habitat in silvis primariis non inundatis ad Obidos, n. 16.818, 1. 
P. Le Cointe mense junio 1917; prope Bella Vista fluminis Tapajoz, nu- 
mero 17.049, 1. A. Ducke 22-6-1918. A specie P. maranhensis Ducke dif- 
fert foliolis multo minoribus tenuioribus angustis breviter petiolulatis, in- 
florescentiis densissimis indumento albo, bracteis multum minus dense nec 
uniformiter sericeis, floribus aliquanto minoribus petalis angustioribus et 
brevioribus; ab omnibus reliquis, petalis angustissime spatulatis statim 
distinguenda. 

Cette espece qui ressemble seulement un peu au P. maranhensis Du- 
cke est un arbre à tronc droit, dont l'aspect rappelle celui du “jutahy poro- 
roca” (Hymenaea parvifona); il s'en distingue à premiere vue, par les 
contreforts (“sapopemas”) qui garnissent la base de son tronc. Bois assez 
dur, à fibres ondulées, grain fin, d'un brun gris clair tournant rapidement 
au violet vif, et prenant, en séchant, dans toute sa masse, une magnifique 
teinte violet-rose, persistante (49). C'est certainement un des plus beaux 
bois d'ébenisterie de la forêt amazonienne; Paubier étant de peu d'épais- 
seur on peut obtenir des piéces de grandes dimensions. 


Peltogyne floribunda (H. B. K.) BenTH. 


Des spécimens d'un “pão roxo” du haut Rio Branco (État d'Amazo- 
nas), Serra da Cigana, J. Geraldo Kuhlmann, herb. Jard. Bot. Rio de 
Janeiro, n. 3.860, florif. aoút 1913), correspondent três bien à la planche 
et description de VHymenaca floribunda, seulement les folioles (épaisses, 
rigidement coriaces) sont plus grandes, surtout plus larges; le bois (vieux) 
est brun violet foncé tandis que le bois de Parbre collectionné par Hum- 
boldt et Bonpland était rouge (a Vétat frais ?). 

Cette espéce peu connue, la plus septentrionale des Peltogyne, habi- 
terait donc le bas Orénoque et la partie limitrophe du bassin amazonien, 


(49) Le beau violet mat un peu grisátre du bois de P. densiflora Benth. (le 
“pão roxo” commun de | Amazonie) passe aprês quelques ans, peu à peu, au violet- 
noir et roux-brun sãle, au moins sous le climat équatorial; cette espêce à tronc 
presque toujours plus au moins tortueux ne donne d'ailleurs que des piéces de 
petites dimensions. Ce bois, de grain três fin, à fibres droites, est d'abord brun 
passant rapidement au violet. Le violet du bois de P. confertiflora (Hayne) Benth. 
que j'ai trouvé au Piauhy, est três intense, clair, persistant; les échantillons con- 
servés dans le Musée du Pará depuis 1907, n'ont pas changé de couleur. 


Jardim Botanico 7 


= Pes 


et dans le cas ou le P. porphyrocardia Benth. est identique avec la même, 
la Trinité. 


Synopse des espêces connues de Peltogyne (planche 19) 


4 — "Tube du calice turbiné, long de 2 à 5 mm. au moment de la floraison. 


4 4 — Gousse déhiscente, três oblique, en rhomboide ou presque 
triangulaire, sa suture inférieure três largement courbée et 
plus ou moins fortement anguleuse, la suture supérieure pres 
du sommet étroitement marginée mais non distinctement 
ailée. 


a -— Ovaire hirsuté. Fleurs petites, le plus souvent en 
panicule pyramidale peu dense; calice courtement 
stipité à Vétat florifêre et fructifére. Pará, Amazo- 
nas, Guyane. P. paniculata Benth. 


b — Ovaire glabre. Calice longuement stipité surtout à 
Vétat fructifere. Fleurs plus grandes. 


a a — Feuilles enduites d'une substance ci- 
reuse (surtout sur la face inférieure et chez 
celles des branches fertiles). Panicule plus ou 
moins pyramidée, peu dense, au sommet de ra- 
mifications de branches spéciales qui s'éleévent 
à beaucoup de metres au dessus de la cime de 
Parbre. État de Pará: petites montagnes de la 
rive gauche de 1" Amazone de Almeirim à Mona 
tealegre. P. paradora Ducke. 


b b — Feuilles sans sécrétion cireuse. Pa- 
nicule courte, dense, plus ou moins corymbeuse. 
Centre et moyen nord du Brésil depuis Rio 
de Janeiro et Matto Grosso jusqu'au Piauhy, 
et Guyane hollandaise. P. confertiflora (Hay- 
ne) Benth. 


c c — Feuilles sans sécrétion cireuse. In- 
florescences et fleurs (à [exception de Povaire) 


ER OO qe 
comme chez la P. densiflora. Guyane fran- 
gaise et hollandaise. P. venosa (Vahl) Benth. 
(Selon la Fl. Br). 


B B — Gousse indéhiscente, obovée presque orbiculaire, sa suture 
inférieure en arc presque semicirculaire, la suture supérieure 
vers le sommet étroitement mais distinctement ailée. 


a— Ovaire glabre. Panicule courte, densiflore. Fleurs 
moyennes. État de Pará, dans une campine pres 
du lac de Faro. P. campestris Ducke. 


b — Ovaire duveteux ou pileux. 


a a — Calice courtement (à 'époque de la 
floraison à peine jusqu'a 2 mm.) stipité. Pé- 
tales plus ou moins oblongo-obovés ou oblon- 
go-lancéolés, larges de 2 à 3 mm., environ de 
la longueur du calice. 


+ — Folioles longues de 2 à 3 pouces, 
rigidemente coriaces, luisantes, leurs 
nervures imperceptibles. Fleurs peti- 
tes. Rio Negro. P. parvifola Benth. 
(D'apres la Flora Brasil). 


+ + — Folioles le plus souvent beaucoup 
plus grandes, finement coriaces, en 
dessus assez distinctement veineuses. 
Panicule dense, plus ou moins cy- 
meuse oú courtement pyramidée. Tou- 
te Phylaea, rives inondées et plages 
basses. P. densiflora Benth. 


b b — Stipe du calice, dans Pétat florifere, 
long de 4 à 5 mm. Pétales três étroits (largeur non 
supérieure à 1 1/2 mm.), plus longs que le calice. 
Panicules souvent sur des branches aphylles, réunies 
en une grande inflorescence de forme irrégulieêre- 
ment allongée. 


— 100 — 


+ — Folioles semblables à celles de P. 
densiflora, mésurant (chez les ra- 
meaux fertiles, les seuls que j'aie vus) 
jusqu'a 11 cm. de long sur 5 cm. de 
large, assez longuement pétiolulées. Pé- 
tales excédant beaucoup le calice, lar- 
ges jusqu'a 1 1/2 mm. État de Mara- 
nhão. P. maranhensis Ducke. 


+ + — Folioles (même celles des rameaux 
stériles) longues de 5 à 7 cm., larges 
de 2 à 3 cm., três courtement pétiolu- 
lées. Pétales peu plus longs que le 
calice, larges à peine jusqu'a 1 mm. 
État de Pará, prês de Obidos et au 
Tapajoz, forêt non inondée. P. Le 

“Cointei Ducke n. sp. 


B — “Tube du calice presque nul. Panicules petites, latérales. Fleurs pe- 
tites. Gousse múre indéhiscente. 


A 4 — Ovaire glabre, stipité. Folioles larges de 1 à 1 1/2 pouces. 
Bahia. P. pauciflora Benth. (Selon la Flora Bras.). 


B B — Ovaire villeux, presque sessile. 


a — Folioles longues de 3 1/2 à 7 cm., fines, Fleurs les 
plus petites connues dans ce genre botanique. Rio 
de Janeiro, foret des montagnes. P. discolor Vog. 


b — Folioles beaucoup plus grandes, coriaces. Bas Oré- 
noque, haut Rio Branco, La Trinité. P. floribunda 
(H. B. K.) Benth. et (synonyme?) P. porphyro- 
cardia Benth. 


Macrolobium Rondonianum HogmnEe (50). 


Arbre de moyenne taille qui se distingue du commun M. chrysosta- 
chyum surtout par ses inflorescences glabres. Décrit du nord de Matto 


(50) Commissão de linhas telegraphicas estrategicas de Matto-Grosso ao Ama- 
zonas, annexo 5, VIII, p. 32. 


— 101 — 


Grosso; rencontré par moi dans VÉtat de Pará pres de Bella Vista au 
Rio Tapajoz, dans la forêt médiocre, un peu marécageuse, non loin d'une 
campina (n. 16.912). 


Macrolobium punctatum BenTE. 


Arbrisseau fréquent dans les campos (ou mieux campinas) à sol de 
sable blanc, situés a [est du lac de Faro (n. 15.796 et n. IS.9II) et au 
nord du même lac (campina de PInfiry, n. 10.687), ainsi que dans la cam- 
pina de la Ponta Negra en amont de Manãos (n. 1I.I81 et n. 12.194). 
Jusqu'ici, connu seulement du Rio Uaupés. 


Macrolobium campestre Hvr. 


En dehors des campinas situées au nord de | Amazone, cette espeéce 
se trouve aussi dans un “igapó” en terrain sablonneux pres du chemin de 
fer de Belém do Pará à Pinheiro (n. 17.036), et dans les campinas sablon- 
neuses des environs d'Arumateua au Tocantins (n. 16.261) et de Gurupá 
(n. 16.532). Les feuilles des individus de Faro sont parfois trijuguées, 


à Belém et à Gurupá três souvent trijuguées. 


 Macrolobium arenarium DucxE n. sp. 


Ad sectionem I (Vouapa) at legumine diversum. Frutex vix ultra 2 
m. altus, glaberrimus. Foliola unijuga, crasse petiolulata, ovata, aequalia 
vel parum obliqua, recta basi rotundata vel brevissime obtusa, apice brevius 
vel longius acuminata, coriacea, crebre penninervia, subtus pallida, sae- 
pius 6 ad 11 cm. longa et 3 1/2 ad 4 1/2 cm. lata. Racemi axillares/Soli- 
tarii breves tenues, bracteis longis subulato-acuminatis caducis; flores pedi- 
cellati bracteolis late ovatis concavis, calicis tubo brevi, lobis 4 ovato- 
oblongis inaequalibus, summo emarginato, petalo albo longe unguiculato, 
staminibus purpureis filamentis basi pilosis. Legumen ad 10 cm. longum 
et 3 cm. latum, sublignosum, stipite excentrico, suturis non dilatatis, elas- 
tice dehiscens; semina 4 transversa ovata valde compressa. 

Habitat in arenosis siccis fruticibus humilibus dense copertis: Cam- 
pina do Perdido prope Bella Vista fluvii Tapajoz flor. 22-6-1918, nu- 
mero 17.054, fruct. 6-12-19I5, n. 15.831; campina prope flumen Tarumá- 
mirim (Rio Negro inferioris affluentem) fruct. 10-7-I913, n. 12.530. Spe- 
cimina ab A. Ducke lecta. 

Cette espéce ressemble (a premiére vue) tellement au M. campestre 
Hub. que je ai prise, d'abord, pour une variété de celui-ci ; elle.se distingue 
cependant du dernier três facilement par ses folioles toujours unijuguées 


— 102 — 


et par ses inflorescences courtes, minces et glabres. La forme des folioles 
et la gousse à sutures simples la séparent mettement de toutes les autres 
espéces de sa section. 


Palovea brasiliensis DuckE. 


Arbre de petite taille, fréquent au moyen Tapajoz dans la forêt voi- 
sine des rives, inondée pendant la crue du fleuve; três caractéristique de 
cette région. Le bois est blanchâtre avec un coeur brun foncé três mince. 
— Graines disposées transversalement, de 1 1/2 à 2 cm. de diamêtre, cou- 
leur marron, mates, rugueuses, ovales ou elliptiques, presque circulaires, três 
fortement comprimées, dures, sans arille ni albumen; cotyledones três apla- 
tis, radicule rectiligne, incluse (n. 16.416). 


/ Elizabetha paraensis Duckxr n. sp. 


Arbor ad 20 m. ligno albo duro, ramulis novellis, petiolis et latere 
inferiore rhachidum foliorum canoferrugineo-subvillosis, rhachidibus supra 
sparsim griseopilosulis. Sauamae protectrices (super petiolos insertae) ad 
6 cm. longae, lineari-cuneatae, membranaceae, brunneae, in individuis ju- 
nioribus et semiadultis diu persistentes, in adultis caducae. Foliola 22-33- 
juga oblongo-linearia magnitudine valde variabilia, in fertilibus solum ad 
I 1/2 cm. longa et 2 mm. lata, in sterilibus ad 3 cm. longitudinis et 4 mm. 
latitudinis metientia, basi oblique sessilia, apice obtusa vel retusa, glabra 
rarius basi et marginibus pilosula. Inflorescentia terminalis, brevis, densa, 
spicata, tota cano-et in parte ferrugineo-subvillosa, bracteis coriaceis 
persistentibus late squamatis, floribus subsessilibus vel breviter pedicel- 
latis. Calicis intus glabri tubus circa 1 cm. longus 4 mm. latus, cylindricus, 
apice levissime incrassatus; laciniae reflexae fere 1 cm. longae. Petala 
tenuia, 5, in alabastro subaequalia. Stamina fertilia ut videtur 3, stami- 
nodia 3 ad 5; filamenta basi connata. Ovarium sat longe stipitatum cano- 
ferrugineo-villosum. Legumen ad 20 cm. longum breviter stipitatum su- 
turã inferiore parum, superiore fortiter incrassatã; semina plurima, pla- 
niuscula, orbicularia (diametro vulgo 2 cm.) vel elliptica, exalbuminosa, 
testa tenui fuscã rugosã et marginem versos radiatim sulcatã. 

Hab. in collibus silvaticis fluminis Tapajoz medii, |: A. Ducke prope 
Cachoeira do Mangabal n. 16.449 (individuum junius, sterile) et n. 16.751 
(fructiferum cum inflorescentiis siccis, floribus sat bene conservatis, 
10-2-I917); ad Igarapé das Pedras super cataractam Furnas a me visa. 


Cette espece représente dans Pétat de Pará le genre Elizabetha Benth,, 
renommé par sa beauté et que "on ne connaissait encore que des régions 


— 108 — 


limitrophes de PÉtat d'Amazonas avec la Guyane britannique, le Véné- 
zuela et la Colombie. Je n'en ai pas encore vu les fleurs fraiches (51). J'ai 
réussi a transporter des individus jeunes au jardin botanique du Pará, oú 
nous cultivons aussi Pespéce E. Duckei. 


Synopse des espêces d'Elizabetha 


A — Inflorescence en grappe três longue (1 m.). Étamines et stami- 
nodes au nombre de 10 dont 9 concrescents à la base. Folioles 4-a- 
6-juguées, oblongo-elliptiques, courtement acuminées. Écailles prote- 
ctrices inconnues. Fleurs rouges (?). Forêt inondée du Rio Papory 
(“Paapurés”), affluent de PUaupés. E. macrostachya Benth. 


B — Inflorescence courte (inférieure à 1 dm.). Étamines et staminodes 
jusqu'a 9. 


A 4 — Folioles 3-à 6-juguées, obovato-oblongues, émarginées. 
Écailles protectrices inconnues. Fleurs écarlates. Haut Es- 
sequibo et haut Tacutú (Rio Branco). E. coccmea Benth. 


B B — Folioles 6-à-8-juguées, plus étroites que chez Tes- 
péce précédente, plus ou moins acuminées ou aigues. Écail- 
les protectrices inconnues. Fleurs blanches. Haut Rio Bran- 
co, région du Surumú, E. oryphylla Harms. 


C €C — Folioles multijuguées, oblongo-linéaires. Écailles prote- 
ctrices (une en dessus de Pinsertion de chaque pétiole) em 
coin allongé ou presque linéaire, mésurant plusieurs centi- 
metres de longueur. 


a — Boutons végétatifs (52), et feuilles nouvelles rose 
pourpre. Écailles protectrices et bractées três ca- 


(51) La Flora Brasiliensis ne mentionne pas les deux espéces découvertes par 
les frêres Schomburgk, mais j'ai établi, par la lecture des ouvrages de ces explo- 
rateurs, que toutes deux croissent en territoire brésilien, dans les régions des sources 
des formateurs du Rio Branco. La troisiéme espéece de Bentham qui en même temps 
est I'unique. décrite dans la “Fl. Bras.”, croit également en territoire brésilien dans 
la région de "Uaupes. Taubert, dans Engler: “Natur. Pflanzenfam.”, ne connaissait 
pas Vexistence de cette espéce, il a évidemment emprunté la description du genre à 
Bentham et Hooker: Genera Plantarum. 


(52) Ces boutons sécretent, chez cette espece, une substance liquide três douce 
qui forme des gouttelettes aux marges des écailles; elle est avidement recherchée par de 
petites fourmies. 


— 104 — 


duques. Folioles 20-à 25-juguées. Inflorescence 
en grappe peu dense. Fleurs rouge pourpre. Région 
des cataractes de Cupati, Rio Caquetá (Japurá). 
E. Duckei Hub. 


b — Boutons végétatifs et feuilles nouvelles vert clair. 
Écailles protectrices assez persistantes, au moins 
chez les individus peu agés. Bractées persistantes, 
larges. Inflorescence dense, en épis court. 


a a — Folioles 22-à 33-juguées. Collines 
du moyen Tapajoz. E. paraensis n. sp. 


b b — Folioles 30-a 50-juguées. Pétales 
rose blanc, étamines couleur de chair. Envi- 
rons du Roraima et déclive méridional des mon- 
tagnes d'Hiumirida, jusqu'a 4.000 pieds, et haut 
Parima (Uraricoera). E. princeps Benth. 


“Bauhinia bombaciflora Ducxr. n. sp. (planche 5). 


Ad. sect. 1 (Pauletia). Arbor inermis, parva, ramulis novellis petiolis 
et inflorescentiis rufotomentosis. Folia coriacea ampla, dimidio vel tertio 
apicali obtuse biloba, basi latius vel angustius profunde . cordata, vulgo 
10 — 15 cm. longa, 8 — 13 cm. lata, 13-nervia, superne obsolete venosa 
glabra, subtus in costis venis transversis venulisque (creberrime reticulatis 
prominentibus) rufotomentosa et pilosula. Stipulas non vidi. Racemi disti- 
choflori, bracteis caducissimis non visis, pedicellis sensim in calicem 
transeuntibus sub anthesi circa 2 cm. longis demum longioribus, circa 6 mm. 
crassis, alabastris ad 18 cm. longis ad 12 mm. crassis obtusis vix striatis, 
densissime rufotomentosis. Calycis tubus sub anthesi obsolete striatus circa 
4 ad 5 cm. longus, laciniae longissimae lineares in medio vix 5 mm. latae, 
apice anguste obtusae, ad anthesin revolutae; petala angustissima linearia 
circa 15 cm. longa in medio vix 1 mm. latiora apice tenuissime filiformia, 
glabra, albida, involuta, caducissima. Stamina albida filamentis glabris basi 
tomentosis 18 — 20 cm. exsertis ad 3 mm. latis, antheris 1 1/2 — 2 1/2 
cm. longis. Pistillum sub anthesi ad 32 cm. longum, ovarii stipite glabro 
ad 16 cm., ovario ad 6 cm. longo 5 — 6 mm. lato, cum stylo ferrugineo- 
tomentoso, stigmate oblique capitato. Legumen solum junius vidi, stipite 
styloque exclusis 40 cm. longum 27 mm. latum, subfalcatum, oblique ru- 


idos 4 


— 105 — 


gosum. Habitat circa ripas altas super cataractam Itaboca fluminis To- 
cantins, 1. A. Ducke 11-7-I916, n. 16.236. 

Trés notable par ses fleurs énormes qui rappellent celles du Bombax 
(Pachira) aquaticum Schum. 


Y Bauhinia viridiflora DUCKE n. sp. 


Speciei B. longicuspis Benth. affinissima, differt foltis 5-ad 7-nerviis 
caliceque multo breviore (sub anthesi circa 1 cm. longo). 

Habitat in silvis marginalibus campinae prope stationem Breu Branco 
viae ferreae Alcobacensis fluvii Tocantins, 1. A. Ducke 2-1-1915 n. 15.597; 
prope Santo Antonio do Prata (inter Belém et Bragança) 1. E. Snethlage. 


Cette espéce qui habite la partie plus orientale de PÉtat de Pará res- 
semble beaucoup aux espéces longiscuspis (du Rio Negro) et holophyila 
(Xingú, Tapajoz et Brésil central); elle se distingue de la premiere par 
les caractêres mentionnés, de la derniére surtout par les feuilles glabres. 


“Bauhinia longipedicellata DuckE n. sp. 


Ad sect. 1 (Pauletia). Arbor parva vel frutex elatus, innovationibus 
ferrugineo-tomentellis, ramulis mox glabratis, novellis angulatis. Folia pe- 
tiolo 1 1/2 ad 4 1/2 cm. longo, rigidius menbranacea vel subcoriacea, bre- 
vissime (1/15) vel usque 1/4 acute rarius obtuse biloba, sinu acuto in 
triangulo saepius aequilatero, basi late cordata, saepissime II ad 16 rarius 
ad 20 cm. longa et 8 ad 12 rarius 15 cm. lata, o-vel (rarius) II-nervia, 
supra opaca glabra, subtus pallidiora minute pubescentia nervis elevatis 
venis transversis non crebris prominulis; folia parva elliptica integra ad 
basin inflorescentiae saepe adsunt. Racemi simplices saepe aphylli, dis- 
tichoflori: pedicelli gemini crassi, ad anthesin 3 ad 4 1/2 em. longi, tardius 
saepe reflexi; alabastra ferrugineo-tomentosa, adulta 6 ad 8 cm. longa, 
elevato-costata, infra circa 1/2 cm. crassa, superne parum crassiora; ca- 
lycis tubus sub anthesi ovoideus fortiter costato-striatus 2 ad 2 1/2 cm. 
longus, laciniae circa 4 ad 6 cm. longae ad anthesin revolutae; petala an- 
gustissime linearia, acutissima, glabra, calice longiora at sub anthesi in- 
voluta; staminum filamenta purpurea, crassa, compressa, erecta, glabra, 
antherae circa 2 1|2 cm. longae; pistillum ferruginescenti-tomentellum . 
Legumen maturum circa 20 cm. longum, tomentellum, stipite circa 4 cm. 
longo. 

Habitat ad margines silvarum primaevarum in terris argillosis com- 
pactis non inundatis: prope Pimental ad fluvii Tapajoz cataractas inferiores 
florif. 25-6-1918 n. 17.064, fructif. 31-12-1917 n. 16.864; ad coloniam 


— 106 — 


Poço Branco prope Santarem flor. 5-7-1918; 1. A, Ducke. — Speciei B. ob- 
tusata Vog. affinis (non arcte) at floribus foliisque multum maioribus, 
his brevius lobatis, alabastris fortiter costatis; pedicellis et antheris spe- 
cierum mihi cognitarum omnium maximis insignis. 

Encore une espece notable qui semble caractéristique des hautes terres 
des environs du Tapajoz oú je ai observée dans la région des cataractes 
et pres de la bouche de la dite riviére (53). 


Bauhinia macrostachya BenTII. 


La plus variable des espéces que je connais; dans Il Amazonie, on 
peut distinguer trois formes principales, liées par des séries de formes 
intermédiaires, à savoir: 


Forme typique 


Petit arbre à bois dur, ou arbrisseau, commun dans la végétation se- 
condaire et sur la lisiêre de certains campos des hautes terres du bas Ama- 
zone. Dans les terres argileuses d'Altamira (moyen Xingú) j'ai rencon- 
tré des individus d'un tiers plus grands dans toutes leurs parties, à feuilles 
II-nervées. 


Var. obtusifolia DuckxE n. v. 


A typo differt foliis apice breviter (interdum solum ad 1/2) et ob- 
tuse bilobis, magnitudine ut in illo sed 11-nervis. In terris argillosis ferti- 
libus inter vegetationem secundariam prope Alcobaça (Tocantins) fre- 
quentissima (n. 16.192), prope Forte Ambé fluvii Xingú (n. 10.411), 
et in regione viae ferreae inter Belem et Bragança prope stationem Pei- . 
xeboi (n. 8.763) et prope Santo Antonio do Prata (n. 7.295). | 


Var. tenuifolia DuckxE n. v. 


A typo differt folis membranaceis nervis venisque tenuibus, apice 
ad 1/4 vel 1/3 bilobis, lobis subobtusis. In silvis humidis ad Belém do 
Pará (n. 2.103), Peixeboi (n. 8.272), Serra de Almeirim (n. 17.236). 


Var. parvifolia DuUcKE n. v. 


Arbuscula parva gracilis, foliis parvis (ut speciei B. pulchella) at lati- 
tudine suã conscipue longioribus), 7-nerviis, excisione ut in typo, at lobis 


(53) Distribution géographique analogue à celle qui a été constatée pour les 
especes Swartzia polycarpa Ducke et Joannesia heveoides Ducke. 


— 107 


obtusis vel subacuminatis. In rupibus siccis humo vix obtectis prope cata- 
ractum Itaboca fluvii Tocantins (n. 16.232); etiam in civitate Maranhão 
ad Codó (Herb. Gener. Mus. Pará, n. 583) et ad Pedreiras (H. G. M. P. 
nº: 2.207). 

Les transitions, fréquentes entre toutes ces variétés, prouvent qu'il 
ne s'agit que de formes d'une seule espéce. Ainsi j'ai observé, au Rio 
Xingú, des formes intermédiaires entre le type de Iespece et la var. ob- 
tusifoa; dans la région montagneuse de Montealegre, une forme de tran- 
sition entre le type et la var. parvifolia (avec feuilles plus grandes que dans 
la derniére, 7-nervées, à lobes acuminés ou obtus chez le même spécimen) ; 
sur la Serra da Velha Pobre prês de Almeirim, une transition entre les 
variétés tenuifolia et parvifolia, intermédiaire entre ces deux dans la gran-. 
deur et consistance des feuilles lesquelles sont relativement larges, g-nervées, 
divisées jusqu'à environ un tiers. 


Bauhinia acreana HanrMs. 


Gousse mésurant de 2 à 3 dm. de longueur (non compris le stipe d'en- 
viron 5 cm.), sur 2 à 2 1/2 cm. de large, d'abord duveteuse, mais devenant 
glabre à la maturité. Cette espece à grandes fleurs d'un blanc pur, qui 
ne s'ouvrent que la nuit, a les 5 anthéres, appartenant aux étamimes plus 
longues, de longueur double des autres (celles des étamines plus courtes). 
Elle se rapproche un peu, par ce caractere, de Pespece B. corniculata qui est 
cependant un arbuste bas ou semi-grimpant à feuilles et fleurs autrement con- 
formées. Il est probable que Vespece méridionale B. breviloba, que je ne 
connais que d'aprês la description, lui ressemble davantage, mais ses an- 
théres sont uniformes et son ovaire est glabre. 

Forêt sécondaire en terrain argileux non inondé. Dans le bas Trom- 
betas aux environs du lac Salgado, coll. Ducke (n. 16.893, n. 16.978); 
"dans le moyen Tapajoz (coll. Ducke): prês des rapides du Mangabal 
(n. 16.749), et dans la région des cataractes inférieures (n. 16.781) ; partie 
méridionale de PÉtat d'Amozonas, coll. J. Huber: Rio Purús, lisiére de la 
foret pres de Bom Logar (n. 4.658), et bas Rio Acre, forêt sécondaire pres 
d'Antimary (n. 4.256). Type du haut Acre, coll. E. Ule. 


Bauhinia platypetala BentrH. 


Arumateua au Tocantins (n. 8.185), et Miontealegre (n. 16.049); fré- 
quent dans les fertiles terres rouges, argileuses. Jusqu'ici, seulement con- 
nue de Goyaz et Matto Grosso. 


— 108 — 


* Bauhinia Siqueiraei Ducxr n. sp. 


Frutex altissime scandens cirrhifer, ramulis, petiolis, foliorum laminã 
infra et inflorescentiis rufotomentosis. Stipulas non vidi. Folia petiolo 
2 ad 3 cm. longo, basi cordata apice fere ad medium biloba lobis divergen- 
tibus obtusis, coriacea, 9-ad II-nervia, supra nitida glabra subtus opaca 
dense rufotomentosa, pleraque 4 ad 5 cm. longa ac lata. Racemi ter- 
minales, bracteis angustis lineari-lanceolatis 2/3 ad 1 cm. longis caducis, 
pedicellis crassis elevato-striatis, sub anthesi circa 2 cm. longis, bracteolis 
in medio pedicelli, circa 2/3 cm. metientibus, apice anguste lanceolatis. 
Alabastra elongato-ovoidea, fortissime costata, apice subintegro obtusa, 
ad 1 1/2 cm. longa ad 7 mm. crassa. Calyx rigide coriaceus valde eleva- 
tocostatus sub anthesi fere 2 cm. longus et ultra medium 5-fissus, lobis 
elongato-triangularibus apice intus curvatis fere uncinatis, in utroque latere 
tomentosis. Petala alba obovato-oblonga calyce dimidio longiora, magni- 
tudine parum inaequalia, extus et unguiculo dense rufoferrugineo-villosa. 
Stamina omnia IO fertilia parum inaequalia, petalis paulo breviora, antheris 
linearibus 7 ad 8 mm. longis. Ovarium pluriovulatum, elevato-striatum, vil- 
losum, longe stipitatum. 

In silvã primariã ad stationem Peixeboi viae ferreae inter Belém et 
Bragança, 1. R. Siqueira 24-10-1917, n. 8.790, in monte Arumanduba prope 
Almeirim a me visa. 

tspéce três remarquable par son calice épais, rigide, à côtes três sail- 
lantes, profondement fendu à l'époque de la floraison. 


Bauhinia rutilans BenTH. 


Belém do Pará, n. 16.579; Peixeboi (chemin de fer de Belém à Bra- 
gança), n. 8805; Gurupá, n. 15.973; Rio Xingú, chemin de la Volta 
n. 16.602. Três jolie espece avec le revêtement cuivré et les pétales rose 
violacé rarement presque blancs, grimpe aux cimes des grandes arbres de 
la forêt. Les feuilles sont parfois bilobées dans leur 10”* apicale, et leur 
base est parfois légerement cordée. Était connu seulement d'Esmeralda, 
haut Orénoque. 


Bauhinia Kunthiana Voc. 


Belém do Pará, n. 15.507. Également une jolie espece qui grimpe aux 
cimes de la foret; bractées blanchatres, pétales vivement roses. Connue 
des Guyanes. 


— 109 — 


Bauhinia platycalyx BEnTH. 


Espece grimpante, facile à reconnaitre par la forme du calice tandis 
que la longueur des pédicelles varie beaucoup. Semble limitée à la région 
du Rio Pará et littorale orientale dé Vétat; nos spécimens viennent de Bra- 
gança (n. 16.833), et de Soure dans Pile de Marajó (n. 7.845). 


Bauhinia rubiginosa Boxc., B. coronata Benth. et B. speciosa Vog. 
ne sont certainement que des formes d'une même espéce; les spécimens 
que j'ai recoltés en Amazonie sont le plus souvent intermédiaire entre 
la premiére et les deux derniéres. Les feuilles sont divisées jusqu'a la moi- 
tié ou à la base, souvent chez le même spécimen ; les lobes du calice, toujours 
assez grands, varient cependant beaucoup dans leur forme. Cette espéce 
est commune dans les cours moyens des rivieres Tocantins, Xingú, Ta- 
pajoz et Trombetas, mais je ne Pai jamais observée dans la plaime de la 
région de Vestuaire et rarement au bas Amazone proprement dit. 


/ Bauhinia Huberi DucxE n. sp. 


Speciei B. splendens H. B. K. similis, at statim diagnoscitur foliis 
concoloribus, in paginã inferiore parcissime pilosulis opacis, ab apice so- 
lum ad 1/5 vel 1/6 longitudinis suae partitis. 

Habitat in civitatis paraensis regione orientali ad Bragança (1. J. 
Huber 12-1899, n. 1.734, A. Ducke 6-12-1917, n. 16.832) et locos vicinos 
Colonia Benjamin Constant (15-I1I-I9I8, n. 9.770) et Timboteua (1. R. 
Siqueira 15-09-1908, n. 9.656). 

Cette espece ressemble par la structure des fleurs et la plupart des 
autres caracteres au B. splendens, mais ses feuilles sont três différentes. 


/ Bauhinia pterocalyx DuckE n. sp. 


Frutex scandens cirrhifer ramulis glabris. Stipulae non visae. Folia 
longe petiolata, basi cordata, apice fere usque ad medium biloba lobis fal- 
catis breviter acuminatis, subcoriacea utrinque nitidula, supra glabra sub- 
tus subtilissime (vix'conspicue) tomentella et pallidiora, 9-ad 1I-nervia, 
6 ad 10 cm. longa, latitudine circa 3/4 longitudinis metientia. Racemi pau- 
ciflori, terminales vel axillares, rhachide glabratã, bracteis caducissimis 
non visis, pedicellis ad 2 cm. longis, striatis, bracteolis persistentibus li- 
nearibus angustis cirea 6 mm. longis. Alabastra urceolato-conica, lobis 
apicalibus circa 5 mm. longis subulatis. Calyx (herbaceus videtur) costis 
longitudinalibus praesertim ad basin valde alatis, tenuiter ferrugineo-to- 
mentellus, sub anthesi basi apiceque truncatus, apice interdum parum pro- 


— 110 — 


funde fissus, lobis apicalibus saepissime reflexis inter se valde distantibus, 
circa 2 cm. longus paulo minus latus. Petala (rosea dicuntur) calyce duplo 
longiora, extus et unguiculis ferruginescenti-villosa, ovato-oblonga, longe 
unguiculata, inaequalia; summum angustissimum valde complicatum, Sta- 
mina calyce breviora inaequalia, antheris maximis 4 mm. longis. Ova- 
rium pluriovulatum glabrum haud distincte stipitatum. Legumen junius 
oblique reticulato-rugosum ad 15 em. longum ad 4 cm. latum, rectum vel 
curvatum, basin versus sensim angustatum stipite calyci aequilongo, suturis 
lineiformi-elevatis. 

Ad flumen Purús superius loco Ponto Alegre dicto ad silvarum mar- 
gines 1. J. Huber 8-4-1904, n. 4.401. 


Espeéce des plus remarquables par les cótes ailées du calice. 


Apuleia molaris Beni. 


Vai maintenant examiné des spécimens floriféeres et fructiféres de 
PA. praecox conservés au Jardin Botanique et au Musée National de Rio 
de Janeiro, ils se distinguent tres peu de Pespéce amazonienne. Celle-ci 
est un arbre toujours três grand qui dépasse fréquemment les so metres, 
ses fleurs sont moins nombreuses dans Pinflorescence, Vovaire est tres 
courtement stipité, la gousse densement couverte de duvet soyeux brun 
jaune doré brillant qui reste jusque vers la maturité complete, le plus sou- 
vent (mais pas toujours) plus grande et plus oblique que chez Pespéce 
méridionale. Les feuilles, três variables chez les deux especes, ne sem- 
blent pas présenter des différences essentielles. 


Le nom vulgaire dans Tétat de Pará est “muirajuba” (souvent cor- 
rompu en “burajuba”, “barajuba”, marajuba”), dans quelques localités 
(municipes de Santarem et d'Obidos) plus souvent “muiratauá”, à Faro 
parfois “muiraruira” (individus à écorce d'un rouge vif). Bois jaune 
sale plus ou moins foncé, virant au brun clair au contact de Pair; dureté 
et densité moyennes, se travaillant bien, utilisable pour la menuiserie et 
la charpente. Au Tocantins oú cet arbre est três commun, on Vemploie de 
préférance pour la construction des coques d'embarcations destinées au 
service de la région des cataractes. 


+ 
q 


|; Cassia rubriflora Duck: n. sp. 


Ad subg. 1 (Fistula). Arbor sat magna ramulis petiolis inflorescen- 
tiisque canescentipubescentibus, stipulis parvis caducis, foliorum rhachide 
subterete. Foliola 8-ad 14-juga lineari-oblonga basi truncata apice obtusa 
vel rotundata rarius retusa, ad 3 cm. longa, ad 1 cm. lata, utrinque opaca 


— dl — 


et minutissime pilosula. Racemi, bracteae, pedicelli, calyx, stamina et ova- 
rium ut in €. Spruceana; petala autem conspicue inaequalia, minora 4 sa- 
turate rubra, summum flavum reliquis maior, basi abrupte in unguiculum 

angustata. Flores foetidi. Legumen ab eo C. Spruceanac non distinguendum. 


Hab. ad fluminis Tapajoz cataractas inferiores, in terris non inun- 
datis ad marginem silvae, 1. A. Ducke 27-8-1916, n. 16.399. 


Cette espéce a surtout de Paffinité avec le C. Spruceana Benth,, 
cependant ses feuilles rappellent plutôt celles du C. leiandra Benth. Les 
fleurs, odorantes chez les deux derniéres, dégagent chez notre espece une 
três mauvaise odeur. Les pétales, de grandeur beaucoup plus inégale que 
chez les derniéres espéces, sont rouge sang excepté le pétale majeur qui 
est jaune. Cette espece est un des rares Cassia amazoniens dont les fleurs 
ne sont pas entiérement jaunes; il est cependant bien possible que leur cou- 
leur soit variable (54). 


Cassia Spruceana BeNTH. 


C. Sagotiana Benth. ne semble même pas être une variété géogra- 
phique de celle-ci; chez des arbres que j'ai observés récemment aux envi- 
rons d'Obidos je trouve sur le même individu des feuilles obtuses et des 
feuilles plus ou moins acuminées. La distribution connue de cette espeéce 
s'étend donc sur une grande partie de "“hylaea” y compris la Guyane. 


Cassia moschata H. B.K. 


Cette espéce qui n'était connue, jusqu'ici, que de Colombie et du Vé- 
nézuela, a été découverte en territoire brésilien par mr. J. Geraldo Kuhl- 
mann (Bôa Vista, Rio Branco, leio d'Amazonas, Herb. Jard. Bot. Rio de 
Janeiro, n. 3.221). 


Cassia latifolia G. F. W. Mey. 


Cette espéce encore peu connue, décrite de Guyane et largement ré- 
pandue dans Phylaea, est três voisine du C. quinguangulata, mais plus 
robuste dans toutes ses parties et presque completement glabre; la glande 
entre la premiére paire de folioles est grande, épaisse, celle de la seconde 


(54) Tous les nombreux individus de C. hispidula Vahl que j'ai rencontrés sur 
la Serra Itauajury prês de Montealegre, avaient les fleurs rouge sang ou orangées 
(16.081) ; normalement les fleurs de cette espéce três connue sont jaunes. L'es- 
péce unique dont les fleurs ne présentent pas même de traces de couleur jaune, est 
la C. grandis L. f.; elles sont d'un joli rose ou (plus rarement) blanchâtres. 


— 112 — 


paire petite ou rudimentaire; les folioles sont généralement plus grandes et 
surtout plus larges, plus épaisses et plus dures, à veines plus saillantes, leur 
base est largement cordée et beaucoup moins inégale, leur face inférieure 
ferrugineuse, presque totalement glabre; leurs fleurs sont constamment plus 
grandes et d'un jaune plus vif. Gousse presqu'a peu comme chez C. quin- 
quangulata et C. bacillaris (de grandeur le plus souvent intermédiaire en- 
tre celles de ces deux especes) : longue, à base plus ou moins amincie, semi- 
ligneuse, à Pétat de maturité déhiscente à la suture supérieure et se con- 
servant, desséchée, ouverte lateralement et vide, longtemps sur la plante. 


Arbuste plus ou moins grimpant dans la forêt secondaire, mais pres- 
que dressé dans la “capoeira” encore petite. Forme typigue caracterisée par 
les stipules larges, arrondies, surtout grandes chez les spécimens provenant 
de "Amazonie supérieure (Haut Purús n. 4.513; Rio Acre n. 4.252), plus 
petites chez ceux des régions du Tapajoz (pres des cataractes inférieures 
n. 16.729; Serra de Santarem n. 17.095) et du Trombetas (pres du lac 
Salgado n. 10.897). Tous ces spécimens ont été recoltés dans des terres 
argileuses três fertiles. — Forme faleistipula n. v.: stipules étroites, fal- 
ciformes, à peine plus larges que dans certaines formes du quinquangulata, 
mais à sommet obtus ou à peine acuté. Belém do Pará n. 17.031; Gurupá 
n. 16.167: vue à Obidos; toujours en terrain sablanneux. 


C. quinquangulata Rich. est un arbuste grimpant fréquent dans la 
forêt secondaire, partout en Amazonie; C. bacillaris L. f. un arbuste dres- 
sé que j'ai rencontré aux environs de Obidos, dans les terres argileuses ex- 
posées aux inondations. Tous deux se distinguent du C. latifolia surtout par 
les caractêres des feuilles qui semblent assez constants. C. chrysocarpa 
Desv. se distingue de ces trois espeéces avec sireté par sa gousse courte, 
gonflée, molle, polpeuse et noirátre à Vétat múr et qui, au lieu de s'ouvrir, 
pourrit três vite; ses feuilles sont relativement petites, mais varient dans 
la forme et dans le revêtement. Cette espéce toujours grimpante est com- 
mune dans la capoeira amazonienne, jeune ou vieille; dans la forêt elle 
peut grimper jusqu'aux cimes d'arbres assez hauts. C. viminea L. qui ha- 
bite surtout les Antilles mais qui est encore citée de Phylaea, ne m'est pas 
connu; il semble se rapprocher surtout du C. chrysocarpa. 


* Cassia amazonica DucxE n. sp. 


Speciebus C. excelsa Schrad. et C. spectabilis DC. affinis, ab utraque 
differt foliolis 8-ad 12-jugis, plerisque 7 ad 9 cm. longis 2 1/2 ad 3 em. 
latis, ovato-lanceolatis, acutis vel subacuminatis. Panicula saepe maxima 


— 113 — 


Pd 
Dé . . 
ultra 40 em. longa; legumen quam in/C. excelsa maius esse videtur, sub- 


cylindricum, 1 1/3 cm. crassum at vix adultum, prater suturas torulosum 
et reticulato-rugosum. Arbor media. 

Habitat in silvis secundariis, terris argillosis fertilibus, prope Monte-. 
alegre (Ereré, n. 16.132, florif., 3-5-1916; Igarapé das Pedras, n. 17.149, 
flor. et fruct., 28-7-1918), 1. À. Ducke. 

Cette espece nouvelle est la troisiéme d'un groupe auquel appartien- 
nent encore C. excelsa (du Centre et Nord Est sec du Brésil) et C. spe- 
ctabilis (Colombie et Amérique centrale). Je Vai prise, d'abord, pour une 
variété de la premiére, et quelques spécimens ont été distribués sous ce nom. 


/ Cassia paraensis Ducxk n. sp. 


Speciei communissimae C. tora L. omnino similis at patenter pilosa, 
pedunculis usque ad 2 cm. longis 1-ad 3-floris, ovario dense flavido-sericeo- 
hirto, legumine patenter piloso, recto vel partum arcuato, juniore compres- 
so, maturo fere terete. Suffrutex metralis. 

Habitat in campo periodice inundato loco Arumanduba prope Almei- 
rim, Herb. Jard. Bot. Rio, n. 2.565, in herbosis ad marginem terrae ab 
Amazonum fluvio periodice inundatae prope Obidos, Herb. Amaz. Mus. 
Rara 176.338 et Herb. Jard. Bot. Rio, n. 1:277, |L-AU Ducke. 


Cette espêce ressemble au commun C. tora dans tous les caracteres, 
excepté ceux qui ont été mentionnés dans la diagnose. Elle se rapproche, 
dans quelques caractêres, du C. pilifera Vog., mais se distingue de celui-ci 
aussitôt par ses folioles constamment 3-juguées et par ses fleurs beaucoup 
plus petites. 


- . Cassia secedens DuUcKE n. sp. 


Ad subgenus II (Senna) sect. V (Chamaesenna) ser. Interglandu- 
losae, at etiam petiolo glandulifero. Frutex magnus scandens glaber ra- 
mulis angulosis. Stipulae uncinato-recurvae basi crassae, novellae in setam 
caducam terminatae, vetustiores induratae, spinescentes. Folia glandulã 
magnã oblongã in petiolo et glandulis brevioribus inter juga: omnia  in- 
structa ; foliola breviter petiolulata 3-ad 5-juga (saepissime 4-juga) ovato- 
vel elliptico-oblonga breviter acuminata basi late rotundata vel cordata vel 
(apicalia) acuta, saepius 4 ad 10 cm. longa, 2 1/2 ad 5 cm. lata (basalia 
interdum parva), membranacea, supra glabra subnitida, subtus opaca pal- 
lidiora tenuiter venulosa et ad nervos minute ac adpresse ferrugineo-pilosa. 
Racemi longe pedunculati in paniculam terminalem amplam dispositi; bra- 
cteae caducissimae non visae; pedicelli 2 ad 3 cm. longi, ferrugineo-to- 


Jardim Botanico 8 


— 114 — 


mentelli; sepala sordide lutea extus parce puberula, interiora late ovata 
1 cm. longiora, exteriora parva; petala aurea, late obovalia, longe ungui- 
culata, ad 2 1/2 cm. longa. Antherae 4 breviores subrectae rostro brevis- 
simo truncato biporoso, 3 longiores arcuatae filamentis longioribus rostro 
acuto tenui; staminodia parva laminã lanceolato-obovatã acutã. Ovarium 
ferrugineo-tomentosum. Legumen 40 ad 50 cm. longum, 10 ad 12 mm. 
latum, adultum glabratum, compressum, planum, marginibus non elevatis 
rectis vel undulatis, lineis transversalibus impressis divisum et maturitate 
secedens in articulos monospermos indehiscentes subhombeos ad semina le- 
viter turgidos. 

Habitat ad margines inundatos fluvii Xingú inferioris affluentis Tu- 
curuhy prope locum Victoria, 5-8-1918, n. 17.164, et in palude prope 
Gurupá 10-8-1918, n. 17.191; 1. A. Ducke. Species stipulis novellis setife- 
ris, vetustis validissimis spinescentibus, foliis petiolo jugisque glanduli- 
teris, legumineque longissimo maturitate in articulos monospermos sece- 
dente maxime insignis et inconfundibilis. 

Cette espece est três curieuse parce qu'elle nous offre un exemple, sin- 
gulier parmi les Cassia, d'adaptation au milieu aquatique oú elle vit: à 
V'époque de la maturité ses gousses se séparent en autant d'articles indé- 
hiscents qu'il y a de graines; ces articles sont de consistance un peu su- 
béreuse et flottent sur Peau. 


Cassia hirsuta LI. 
Rio Capim (n. 705), coll. J. Huber; Rio Tocantins: Alcobaça (nu- 
mero 16.267). Connue de S. Paulo, Minas, du Pérou et de Guyane. 


Cassia apoucouita AvpL. 


Le coeur du bois de cette espece largement répandue est brun gris 
plus ou moins foncé jusqu'a devenir parfois noirâtre, dur, assez lourd, 


três fibreux, difficile à travailler ; il est pourtant recherché, à cause de son . 


imputrescibilité, à Gurupá ou Varbre est connu sous le nom de “memby” 
tandis que dans les autres municipes du bas Amazone on ne semble lui 
connaitre aucune application. Nous en avons reçu un échantillon du che- 
min de Codó à Barra do Corda (État de Maranhão), oú on lui donne le 
nom de “coração de negro” (55). 


(55) Ce nom de “coração de negro” est d'ailleurs appliqué, suivant les ré- 
gions, à de bois três différents (Cassia scleroxylon, dans la région du Xingu; 
espéces de Swartsia, au bas Amazone; une Zollernia, dans la Serra de Baturité, 
État de Ceará). 


pa 


Cassia xinguensis Ducxt. 


Ad sectionem Apoucouita. Speciei C. apoucouita varietatibus parvi- 
foliis omnino similis, differt foliolis 6-ad 10-jugis, petiolo sub rhachide sae- 
pissime glandulã magnã elevatã concavã instructo, ligno toto albido. Arbor 
parva. 

Habitat prope Altamira fluminis Xingú medi, in silvis secundariis 
terrae altae argillosae frequens, 1. A. Ducke fructif. 18-12-1916, n. 16.632, 
flor. 21-8-1919, Herb. Jard. Bot. Rio n. 8.575. 


Ressemble aux formes à folioles petites et plurijuguées du C. apou- 
couita qui sont fréquentes dans PÉtat de Maranhão mais inconnues en 
' Amazonie; se distingue de celles-ci facilement par les caractéres indiqués. 
Le tronc du petit arbre n'a que de faibles vestiges d'un coeur de couleur 
foncée, tandis que ce dernier est toujours bien développé chez Tespece 
C. apoucouita. 


“” Cassia scleroxylon DucxE n. sp. 


E subgenere Lasiorhegma Vog., sect. Apoucouita Benth. Arbor me- 
diocris trunco profunde irregulariter longitudinali-sulcato, ligno fusco, du- 
ro; praeter inflorescentiam omnino glabra. Foliorum petiolus et rachis su- 
pra profunde canaliculati vel anguste alati, haec ad juga glandulã scutellatã 
vel stipitatã instructa; foliola 3-juga (rarius 2-vel 4-juga), subcoriacea, 
oblonga vel ovali-oblonga, plerumque levissime falcata, sessilia, in basin 
inaequilateram cuneato-acuminata, apice plus minusve obtuse acuminata, 
siccitate nigrescentia, supra nitida subtus opaca, tenuiter penninervia venis 
primariis numerosioribus ac magis parallelis quam in specie C. apoucouita, 
in speciminibus fertilibus ad 10 cm. longa ad 3 cm. lata at saepissime 
circa tertio minora. Racemi ut in C. apoucouita, cum bracteis (parvis, 
caducis) et calycibus extus minutissime fusco-tomentelli; pedicell vix ad 
1/2 cm. longi, tenues; flores quam in C. apoucouita fere dimídio minores. 
Ovarium glaberrimum. Legumen ut in C. apoucouita at angustius. 


Habitat in silvis non inundatis ad Villa Braga fluminis Tapajoz (flo- 
rif. 27-7-I9I7, n. 16.819) et prope Santarem (n. 16.377, sterile) ubi “mui- 
rapixuna” appellatur; in regione fiuminis Xingú inter Victoria et Altamira 
frequens (n. 16.605, fructif.), nomine “coração de negro” designatur. 


Se distingue du commun et variable C. apoucouita Aubl. surtout par 
ses folioles sessiles. L/aspect de Iarbre est fort caractéristique, três dif- 
rérent de celui de tous les autres Cassia. Les feuilles ressemblent forte 
ment à celles de certaines espéces d'Inga. Le bois est três lourd et dur, 


— 116 — 


d'un brun foncé sale largement veiné de noir, imputrescible et pour ce 
motif recherché dans les localités ou il existe. 


Cassia adiantifolia BenTIr. 


Encore fréquente aux environs de Gurupá (n. 16.554). La gousse se 
distingue de celle des deux espeéces précédentes par son sommet assez for- 
tement recourbé, presqu'en crochet. Le bois ressemble beaucoup à celui 
du C. apoucouita, mais il est plus foncé et encore plus dur et plus lourd. 

À Breves on Iappelle “muirapaxiúba”. . 


Cassia viscosa H. B. K. var. acuta DucxE n. var. 


A typo differt foliolis acutis, legumine breviter piloso non viscoso. 
Hab. in arenosis prope Gurupá, 1. A. Ducke 15-8-1918, n. 17.199. 
— Variété notable par sa pilosité visqueuse três peu développée, ce qui 
peut être une adaptation au climat extrémement humide de la localité. 


Cassia supplex BenTH. 


Montealegre, campos pierreux (n. 16.036). Connue, jusqu'ici, de 
Goyaz, Bahia, Pernambuco, Ceara et Piauhy. 


v Martiusia elata DUCKE n. sp. 


Arbor 25 ad 45 m. cortice albidocinereo, ligno duro, speciei M. par- 
vifolia Benth. similis at inflorescentia magis pyramidatã, floribus multo 
minoribus (alabastra adulta 1 1/2 cm. longa), legumine magno (long. 12 
ad 16 cm., lat 5 ad 6 cm.), maturo tenuiter aureosericeo faciliter distin- 
guenda. 

Hab ad flumen Tapajoz frequens in regione cataractarum inferio- 
rum, 1. A. Ducke florif. 5-2-1917, n. 16.724 et 28-12-1917 n. 16.853, fruct. 
mat. 11-0-I9I6, n. 16.479, fr. junior. 25-6-1918, n. 17.062. 

Un des arbres les plus caractéristiques du Tapajoz, ou il est fréquent 
des Brazilia Legal (en aval de Itaituba) jusqu'aux rapides du Mangabal, 
point terminus de mes excursions dans cette riviére; sa cime se couvre, au 
plus fort de la saison des pluies, de fleurs jaune d'or et plus tard de gous- 
ses d'un pourpre magnifique qui font de cet arbre [un des ornements plus 
remarquables du paysage. Il habite les terrains argileux et s'y trouve sur 
la “terra firme” basse comme dans la “varzea” non trop profondement 
inondée pendant la crue annuelle. Par la forme et le nombre des folioles, 
la forme des fleurs, les anthéres glabres, Povaire soyeux, ainsi que par la 
forme et la couleur de la gousse, cette espéce se rapproche beaucoup du 


“ 


sai = 


M. parvifolia (du nord-est sec du Brésil oú je Pai collectionné à Codó dans 
Pétat de Maranhão) mais s'en distingue facilement par les caractêres énu- 
merés dans la diagnose. — Chez les individus stériles, les feuilles sont 
souvent. beaucoup plus grandes et le nombre des folioles va jusqu'a 10. 
Bois brun clair tirant au rougeâtre, três lourd, dur et fibreux. 


Dicorynia paraensis Benta. 


La forme que j'ai rencontrée dans PÉtat de Pará se rapproche de la 
var. floribunda Benth. du bassin du Rio Negro, ayant comme celle-ci (dont 
jai pu examiner des cotypes conservés au jardin botanique de Rio de 
Janeiro), des poils glanduleux brun pourpre ou noirâtres aux nervures 
de la face inférieure des feuilles; les folioles (5 à 13) sont cependant de 
la grandeur de celles de la forme typique. Le filament de Vétamine mineu- 
re est beaucoup plus court que son anthére. Le fruit est celui de la forme 
typique. Arbre souvent três grand, à gros tronc cylindrique mais dont le 
“coeur (brun foncé) ne prend que peu de développement; en général rare 
dans PÉtat de Pará (un arbre isolé sur la rive du Trombetas prês d'Ori- 
ximiná n. 15.707; un três grand arbre dans la forêt non inondée à 
Pintéricur de Gurupá, n. 16.696), mais fréquent dans la forêt de la loca- 
lité “Bom Logar” à Pouest de la “Serra da Velha Pobre” (bas Amazone 
en amont de Almeirim) ; appelé “tapaiúna”. 


VSchizolobium amazonicum (Hub., nomen, Bol. Mus. Pará, VII, pa- 
gina 152) Ducke n. sp. 

A specie S. excelsum differt floribus fructibusque circa dimidio mino- 
ribus, petalis magis oblongis rigidioribus glabris, pedicellis tertio superiore 
distincte articulatis. In silvã primariã et secundariã, non inundatã, 1. A. 
Ducke prope Alcobaça ad flumen Tocantins (n. 15.601), ad Rio 
Branco de Obidos (n. 12.137), ad lacum Salgado in regione flumi- 
nis Trombetas inferioris (n. 14.835) ; ad flumina Xingú (Altamira) et Ta- 
pajoz (prope cataractas inferiores) a me visum. Specimina florifera in 
Amazoniã superiore ad flumen Acre 1. E. Ule (Herb. Bras. n. 9.444); 
arbor e regione fluminis Ucayali a J. Huber in hortum botanicum paraen- 
sem introducta (n. 11.522). ; 

Cette espece nouvelle représente en Amazonie le “bacurubú” de Rio 
et de São Paulo dont elle differe surtout par ses fleurs et gousses beau- 
coup plus petites et ses pédicelles articulés. 


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Caesalpinia floribunda Tul., ou espece nouvelle de três étroite af- 
fimté; pinnules de la feuille jusqu'a 11; gousse semblable à celle du Caes. 
bracteosa "Tul. 

Montealegre (n. 16.053), fréquente dans la foreét médiocre des fer- 
tiles terres rouges de la Colonia do Itauajury, d'Éreré, etc.; fournit le bois 
“muirapixuna” (56), gris brun à raies longitudinales plus foncées, de grain 
régulier, densité voisine de 1 et dureté moyenne, des plus résistants à 
Pacticn de "humidité. Unique espéce arborée de Caesalpinia dans d'Ama- 
zonie, et Iun des végétaux le splus caractéristiques de la région seche de 
Montealegre, si différente, dans sa végétation, des terres humides qui Ven- 
tourent. 


Jacqueshuberia DuckE n. g. 


Calyx tubo discifero cupuliformi vel campanulato, obsolete decem- 
costato, limbo segmentis 5 imbricatis, modice inaequalibus, concavis, ova- 
tis, sat rigidis, statim post anthesin caducis. Petala 5 imbricata erecta ova- 
ta parum inaequalia sessilia. Stamina 10 aequalia elongata filamentis ad 
tertium longitudinis in tubum antice profunde fissum vel usque ad basin 
partitum connatis (filamentis duobus externis solum ad 1/4 vel 1/5), an- 
theris dorsifixis loculis longitudinaliter dehiscentibus. Ovarium in fundo 
receptaculi liberum, sessile, disco lato superne decemcrenato circumdatum, 
8-ovulatum (in specimine a me examinato) ; stylus filiformis valde elon- 
gatus in alabastro spiraliter involutus; stigma terminale oblique capitatum. 
Legumen basi a calycis tubo et disco prominentibus circumdatum, ligneum, 
lineare, rectum, modice compressum, basin versus leviter angustatum apice 
oblique acutum, bivalve, valvis ab apice ad basin elastice dehiscentibus, ex- 
tus in medio profunde longitudinaliter sulcatis, intus inter semina oblique 
septatis, seminibus 4 ad 8, exalbuminosis, compressis, oblongo-rhombeis 
valde obliquis basi acutis apice rotundatis, funiculo brevissimo. 

Arbor parva, inermis, ramis longis et saepissime etiam trunco distin- 
ctissime quinquangulatis, stipulis caducis at in ramulis floriferis persisten- 
tibus, magnis, foliaceis, simpliciter pinnatis, foliis pariter bipinnatis pinnis 
foliolisque multijugis. Bracteae longe setaceae. Flores ebracteolati in ra- 
cemis terminalibus brevibus subcorymbosis, mediocres. 

Generibus Caesalpinia L. et, ut videtur, praecipue Bussea Harms 
(Africae orientalis) affinis at staminibus in tubum, connatis et disco ma- 


(56) Le “muirapixuna” de Santarem vient, cependant, de l'espéce Cassia scle- 
roxylon Ducke désignée dans le Xingú par le nom de “coração de negro”. . 


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gno 10-crenulato statim distinguenda, stipulis foliaceis bipinnatis legumine- 
que ligneo inter semina septato maxime insignis; habitu aliquanto legu- 


minosas mimosoideas rememorans. 


AS E 
REIS sf Sim 
Tea 
RENA 
E ; 


RCCVA É 


Jacques huberia 


quinquangualata 


( J. quinquangulata Duck n. sp. (planche 7). 


Arbor parva ramis longis saepe subscandentibus, non solum ramulis 
sed etiam ramis vetustis et truncis junioribus distinctissime quinquangu- 
latis, ramulis novellis dense ferrugineotomentosis. Stipulae foliaceae pin- 
natae, rhachide ad 3 rarius 4 cm. longã, segmentis ad 1 1/2 cm. longis, 
6-ad 12-jugis breviter petiolulatis leviter falcatis basi plus minusve obliquis 
apice acute lanceolatis. Folia ad 30 cm. longa, petiolo 3 ad 4 cm. longo 
rhachidibusque breviter canopubescentibus, pinnis oppositis ad 28-jugis 
ad 10 cm. longis breviter (2 ad 3 em.) petiolulatis, foliolis ad 6o-jugis, 
sessilibus disperse brevissime pilosulis, ad 1 cm. longis 1 mm. parum an- 
gustioribus vel parum latioribus, falcato-lanceolatis coriaceis longitudina- 


— 120 — 


liter rugosis, supra nitidulis subtus opacis pallidioribus, costã in utraque 
paginã tenui at bene visibili, nervis secundariis supra obsoletis. Inflorescen- 
tiae in ramis elongatis apice aphyllis sed stipuliferis terminales, breviter 
racemosae vel subcorymbosae, dense ferrugineo-tomentosae, rhachide 2 ad 
7 em. longã, bracteis subulato-setaceis circa 1 1/2 em. longis jam in novis- 
simis caducis, pedicellis circa 2 cm. longis. Calyx tubo circa 1/2 cm. longo 
ac lato rigide coriaceo dense fuscoferrugineo-tomentoso, laciniis tenuiori- 
bus pallidioribus parce adpresse pilosulis apice brévissime albociliatis, maio- 
ribus 7 mm. longis, 4 mm. latis. Petala sulfurea tenuiter venosa glabra 
apice albociliatula calycem parum excedentia; stamina filamentis ad 4 cm. 
metientibus ad dimidium pilis albis lanosis longis at parum densis vestitis, 
antheris circa 4 mm. longis 3/4 mm. latis. Ovarium dense ac longe adpres- 
se fulvopilosum circa 2/3 cm. longum:; stylus saepe 4 cm. excedens tenuis- 
simus glaber, parte basali crassiore, pilosã, Legumen ad 13 cm. longum, 
ad 6 mm. latum, basi attenuatã disco margine Io-crenato super calycis 
tubum reflexo late circumdatã novellum ferrugineopubescens demum gla- 
bratum; semina circa 9 mm. longa, vix 4 mm. lata, testã nitidã rufã tenui 
sparsim rugosã, cotyledonibus saturate viridibus. 


Habitat in campinã arenosã silvis primaevis circumdatã in vicinitate 
oppiduli Gurupá civitatis paraensis, 1. A. Ducke 17-1-I9IÓ, n. 15.953. 

Il est impossible de ne pas reconnaitre ce végétal même dans Vétat 
stérile, cependant je ne Vai jamais vu en dehors d'une campina au sol de 
sable blanc que traverse le vieux chemin qui conduit de la petite ville de 
Gurupá aux “seringaes” (forêts à caoutchouc d'Hevea) de la riviére Pu- 
curuhy. Il y prédomine, par endroits, dans Passociation de petits arbres 
qui forme la transition de la campina à la forêt. Je désigne ce nouveau 
genre si remarquable par les noms de mon maitre vénéré feu le docteur 
Jacques Huber. 


Cenostigma tocantinum Dvuckr. 


Les gousses sont semblables à celles des autres espéces (57) etant seu- 
lement un peu plus longues (échantillon d'Alcobaça, n. 16.200, coll. A. 
Ducke 5-7-1916) : cette espece est donc un vrai Cenostigma. Elle est três 
fréquente en beaucoup d'endroits dans la forêt des hautes terres, d'Alco- 
baça aux cataractes d'Itaboca. Le bois est brun foncé, três lourd, tres 


(57) De celles-ci, C. Gardnerianum Tul. et C. macrobhyllum Tul. ne font 
qu'une seule espece; ce ne sont pas même des races mais à peine des formes liées 
par des transitions dans tous les caractêres supposés spécifiques. 


— 124 — 


résistant, mais ne donne que des piéces de faibles dimensions, en conséquen- 
ce de la forme du tronc; il est excellent pour le chauffage. 


Batesia floribunda BEnTH. 


Fréquent encore aux environs de Gurupá (n. 16.699). On lui donne 
parfois le nom d'“acapú-rana da terra firme” (faux acapú de terre ferme);, 
à cause de sa ressemblance avec Pacapú (Vouacapona) et pour ne pas le 
confondre avec V“acapú-rana” commun des terrains inondés, le Campsian- 
dra laurifolia Benth. Le bois de couleur brune claire est plus tendre et 
plus léger que celui de Pacapú, il est facile à travailler, de grain régulier 
et pourrait être utilisé en menuiserie. 


Vouacapoua americana AvzL. 


Fréquent prês de Gurupá (rive droite de PAmazone au commencement 
de Vestuaire) et dans la région de la “Volta” du Rio Xingú (n. 16.601); 
existe encore (selon des informations dignes de foi) aux environs de 
Almeirim et dans les riviéres Cussary et Curuá do Sul, affluents du 
bas Amazone entre le Xingú et le Tapajoz. Dans ce dernier comme dans 
toutes les riviêres du haut Amazone cette espece semble absente, personne 
n'y connait Vacapú que Pon importe cependant en quantité du Pará. A 
Teffé (état d'Amazonas) on m'a parlé d'un “acapú”, bois brun et résis- 
tant provenant des forêts des environs de la riviére, mais Parbre qui le 
fournit a les feuilles simples et n'est pas une légumineuse. 


Sclerobium paraense Hvupz. 


Gousse beaucoup plus grande que chez le S. pamiculatum, mésurant 
environ 1 dm. de long sur 3 à 3 1/2 cm. de large, monosperme chez nos 
spécimens. Belem do Pará, n. 16.580; moyen Xingú (chemin de la Volta) 
n. 16.603; moyen Tapajoz (collines du Mangabal) n. 16.429. 


Swartzia triphylla (Sw.) WiLLD. 


Feuilles parfois 5-foliolées. 


Swartzia auriculata Porpr. 


Itacoatiara (n. 12.494 et n. 12.514), rive de PAmazone et “varzea” 
voisine. Connu de Teffé, Amazone supérieur. 


Swartzia psilonema HarMs. 


— Rio Tocantins: Cametá (n. 16.006), et Arapary en amont du rapide de 
Tucumanduba (n. 15.571); Rio Xingú aux environs d'Altamira. Petit ou 


o sas 


moyen arbre de la forêt plus ou moins secondaire de terre ferme, appelé 
“jacarandá” (58) ce qui semblerait indiquer qu'il fournit un bois de va- 
leur, quand, en realité, son bois est blanc sans application. Le fruit est 
le plus volumeux connu dans ce genre, il est indéhiscent ayant la fórme 
d'un fruit d'Andira retusa mais de dimensions beaucoup exagerées (lon- 
gueur jusqu'a 11 cm., largeur 9, grosseur 7 1/2 cm.); les graines (7 dans 
'exemplaire examiné) épaisses, d'environ 3 1/2 cm. de longueur, sont 
rangées transversalement en deux séries; les arilles, de couleur orangée, 
ont une odeur désagréable, de même leur goút qui semble doux tout d'abord 
dévient bientôt amer et répugnant. On m'a informé que les fruits sont re- 
cherchés par les tapirs. 

Cette espece est I'un des éléments de la flore du bas et moyen Tocan- 
tins et du moyen Xingú qui semblent immigrés de la région nordest du 
Brésil; V'aspect de Iarbre fructifere est tellement caractéristique que ce- 
lui-ci ne peut pas rester inaperçu du collectionneur botanique. Tl était 
connu, jusqu-ici, des états de Bahia (d'oú j'ai pu comparer des spécimens 
de Blanchet) et Piauhy. 


iswartzia Snethlageae Ducxkr n. sp. 


E serie 1 (Unifoliolatae). Arbuscula Sivartziae confertae primo adspe- 
ctu similis, partibus omnibus parum minor; differt praesertim foliis su- 
btus adpresse pilosis styloque brevi vel brevissimo (ut in Sw. auriculata). 
Stipulae caducissimae, stipellae /minimae; racemi subglabri, flores albá, 
antherae staminum maiorum iis minorum non multo dissimiles at circa 
duplo maiores, stylus sub anthesi brevissimus demum usque ad 1/5 ovarii 
longitudinis metiens; fructus maturus aurantiaco-ruber ellipticus 3 ad 4 
cm. longus 1 1/2 ad 2 em. latus, bivalvis, semine unico oblongo-renifor- 
mi arillato. ; 

Habitat im silvis secundariis, terris arenosis, parte meridionali aes- 
tuarii amazonici et regione litorali orientali paraensi: specimina florifera 
et fructifera prope Santo Antonio do Prata 21-9-1918 1. E. Snethlage ; 
specimina deflorata: Belém do Pará, n. 15.345, Gurupá n. 17.216; spe- 


cimina fructibus maturis prope Bragança 14-11-1908, n. 9.762, et prope Be- 


lém do Pará, 14-3-1903, n. 3.306. 


(58) Ce mom lui est aussi appliqué au Ceará (Serra da Ibiapaba coll. Freire 
Állemão, herbier du Museu Nacional); à Rio de Janeiro, plusieurs autres espéces du 
même groupe sont appelées “jacarandá branco”. Tous ces arbres présentent, dans 
Vétat stérile, une certaine ressemblence avec les vrais “jacarandás” des genres Dal- 
bergia et Machaerium. » 


a id dl sd Acad 


— 123 — 


Cette espece n'est pas rare dans les “capoeiras “en terrain sablonneux 
de la région mentionnée, je ne [ai cependant jamais rencontrée en état 
florifére; derniêrement j'ai pu examiner des échantillons floriféres col- 
lectionnés par Mile. E. Snethlage, directeur du Museu Paraense. Elle 
ressemble assez fortement à Pespeéce Sto. brachyrhachis Harms (fréquente 
dans la partie occidentale du bas Amazone, le Trombetas et le Tapajoz), 
mais cette derniere a les feuilles 3-ou 5-foliolées rarement 1-foliolées, et 
les anthéêres des étamines majeures sont plus longues. Le fruit du Sw. 
brachyrhachis ressemble à celui de notre espéce nouvelle, mais il est d'une 
couleur orangée plus jaune. 


“ Swartzia melanoxylon DucxE n. sp. 


Ad sect. IV (Tounatoidea). Speciei S. fugar Benth. mihi non co- 
enitae affinis videtur, a cujus descriptione solum differt foliolis etiam 
adultis subtus opacis et tenuiter tomentosis, basi obtusis vel acutis, ala- 
bastris solum ad 5 mm. diametro, petalo sat late ovato, staminibus maioribus 
duobus caducissimis, ovario toto cano-sericeotomentoso. Folia rigide co- 
riacea. Flores odorati. Legumen 2-, rarius I-vel 3-seminatum, tomento- 
sum, coriaceum, obovatum vel lineare, 3 ad 12 cm. longum, dehiscens, 
seminibus arillo flavo longitudinaliter cinctis, circa 2 em. longis 1 1/2 em. 
latis. Lignum fuscum, durissimum. Arbor mediocris vel sat magna cortice 
cinereo in lamellas valde soluto. 

In silvis non inundatis locis arenosis ad Obidos (n. 16.800 florif. 1. 
P. Le Comte; n. 16.017 et n. 16.332 1. A. Ducke; “arapary da terra 
firme” vel “pão preto” appellata) ; ad Gurupá (n. 16.553 1 A. Ducke florif. 
27-0-I9I6); in campis arenosis, arboribus solitariis copertis, ad Santa- 
rem (n. 16.344 1. A. Ducke florif. 17-8-1916, “cumbeira” nuncupata) et 
Montealegre (n. 16.496 florif. 17-g-I916; n. 16.142 fructif 7-5-I9g16 1. A. 
Ducke; “jacarandá” do campo coberto”, vel “coração de negro” dicta). 

Cette espeéce appartient à un groupe des plus difficiles parmi les 
Swartzia; elle semble se caractériser par ses feuilles beaucoup plus dures 
que chez toutes les espéces voisines. On la pourrait confondre avec la 
S. fugar Benth., laquelle, malheureusement, ne m'est pas connue en na- 
ture, mais celle-ci habite selon Spruce, “ad ripas glareosas fluminis Ama- 
zonum” c'est à dire sur la plage pierreuse, tandis que le S. melanoxylon ne 
se trouve qu'en terrain sec três sablonneux, dans la forêt de “terre ferme” 
ou dans le haut campo. — Le bois est beau, à fend brun foncé ou noir 
finement strié de veimes onduleuses plus claires, três dur et três lourd; 
sa texture rappelle celle de [acapou, mais il se fend difficilement et est 
beaucoup plus difficile à travailler. 


o 1 = 


Swartzia grandifolia |ynrrr. et S. corrugata Benth. sont encore 
des especes parfois désignées, au bas Amazone, par le nom de “cora- 
ção de negro”; leur bois est dur et lourd, d'un brun foncé ou noirâtre. 


Swartzia stipulifera Harms. 


Cette espéce décrite du Marmellos, affluent du Madeira, existe aux 
environs de Belém do Pará (n. 6.876 et n. 6.995); ces spécimens ressem- 
blent, dans tous les caracteêres, au cotype de la collection Ule que j'ai com- 
paré; le bois est beau, brun foncé avec des larges ondes rougeatres. Tl est 
bien possible que cette espéce soit identique avec le S. laurifolia Benth. dont 
elle différerait, selon Harms, surtout par les stipules et par la forme du 
pétale, mais les premieêres sont toujours plus ou moins caduques et le 
dernier varie beaucoup dans sa grandeur et forme, chez toutes les es- 
péces du genre; il faudrait pouvoir comparer les types de Yespéce de 
Bentham, pour resoudre la question. Des échantillons de Bragança (nu- 
mero 9.787) n'ont pas de stipules mais semblent appartenir à la même es- 
pece que celles de Belém. 


Dans les forêts sur les collines du Mangabal au moyen Tapajoz j'ai 
rencontré un arbre (espece nouvelle?) de JVaffinité de Sw. stipulifera, au 
tronc élancé relativement peu développé en grosseur, mais dont le coeur 
est "un de plus beaux bois d'ébenisterie de la région amazonienne, três dur 
et tres lourd (densité 1, 31), de grain três fin, d'abord rouge brun foncé à 
larges veines noires, plus tard entitrement noir (n. 16.461). Des spéci- 
mens d'herbier provenants de la région du petit Rio Branco au nord- 
est d'Obidos (n. 16.966) et du Rio Branco affluent du Rio Negro (Jarú, 
coll. J. Geraldo Kuhlmann, herb. Jard. Bot. Rio Jan., n. 2.815) ressem- 
blent beaucoup à celui du Tapajoz. 


* Swartzia bracteosa Ducxi n. sp. 


Ad seriem III (Tounatea). Arbor vix mediocris ramulis foliisque 
glabris. Petioli sat longi, teretes; rhachides subteretes, sub jugis applanatae. 
Foliola ut videtur constanter 5, longiuscule petiolulata, vulgo 10 ad 20 em. 
longa et 3 1/2 ad 6 1/2 cm. lata, obovato — vel oblongo — elliptica, apice 
complicato-acuminata, elastice coriacea, nitidula, nervis dissitis et tenui- 
bus, venis dense reticulatis at solum sub lente conspicuis. Stipulas et stipellas 
non vidi. Racemi terminales et in axillis superioribus, ramosi, recurvi, mul- 
tiflori, dense ferrugineo-tomentell; bracteae magnae, 1/2 ad 1 em. lon- 
gae, sat angustae vel saepius ultra 1/2 cm. latae, ovatae vel lanceolato — 
vel oblongo — ovatae, apice acutae, subglabrae, brunneae, sub lente re- 


— 125 — 


ticulatae. Pedicelli vix ultra 3 mm. longi, apice bibracteolati; bracteolae 
longius persistentes, oblongae, angustae, basi et apice angustatae, sparsim 
tomentellae, calice saepissime longiores. Alabastra adulta late ovata 6 mm. 
longa 5 1/2 mm. lata, tomento subaureo-nitente dense vestita. Calix per 
anthesin plurifidus laciniis recurvis crassis intus dense cano-lanatotomen- 
tosis; petalum vix 1/2 cm. longum, pallide flavidum, ovatum, crasse un- 
guiculatum; stamina maiora (externa) gradatim in minora numerosa 
transientia; ovarium stipitatum, slaberrimum, 8 ad g-ovulatum, stylo un- 
cinato-reflexo apice obtuso. Legumen ignotum. 

Habitat in silvis non innundatis loco Francez fluvii Tapajoz medii, 
1. A, Ducke 19-12-1919, Herb. Jard. Bot. Rio, n. 11.162. Bracteis bracteo- 
lisque magnis maxime insignis. 

Ressemble, à premiere vue, un peu au Sw. aptera var. recurva, mais 
n'a pas d'affinité étroite avec aucune des espéces connues. Remarquable 
par la grandeur des bractées et bractéoles, et par le pétale três petit. 


v Swartzia melanccardia DuckE n. sp. 


E sectione IV (Touwnatoidea) ad sect. IL (Pteropoda) transiens, 
etiam sect. V speciei S. macrocarpa Benth. affinis. Arbor parva vel media, 
ligno interiore duro nigrofusco. Ramuli juniores, stipulae, foliorum rha- 
chides et inflorescentiae cano-tomentosi. Stipulae 1 ad 1 1/2 cm. longae, 
subpersistentes, lanceolato-falcatae, acutae. Rhachis foliorum ad apices ju- 
gorum anguste alata. Foliola 5 ad 9, subsessilia, 11 ad 18 cm. longa, 5 ad 
7 em. lata, oblongo-obovato-elliptica, tenuiter coriacea vel submembranacea, 
supra glabra subtus sparsim pilosula discolora, basi obtusa vel subcordata, 
apice acuminata, venis primariis supra impressis subtus prominulis. Race- 
mi e ligno vetere, simplices, sat breviter pyramidati (semper?), densiflori, 
bracteis minutis, ped'cellis sub anthesi circa 12 mm. longis, ebracteolatis, 
alabastris ad 8 mm. diametro. Calix 4-vel 5-fidus; petalum virescenti- 
album, glabrum, unguiculatum, plus minusve ovato-orbiculatum diametro 
circa 1 1/2 cm.; stamina maiora (in specimine nostro 4) filamentis spar- 
sissime ciliatis, antheris elongatis; ovarium elongato-arcuatum dense canes- 
“centi-sericeum, stipite brevi sat crasso; stylus brevissimus obtusus. Legu- 
men ignotum. 

Habitat in regione Campos do Ariramba (ad fluminis Trombetas orien- 
tem sitã) ad silvarum margines, 1. A. Ducke, florif. 30-9-1913 n. 14.875: 
in silvis prope Rio Branco de Obidos, sterile, n. 17.011. — À specie af- 
fini S. stipuhfera differt foliorum rhachide subalatã, foliolis subsessil- 


— 126 — 


bus apice longius acuminatis, inflorescentiã brevi densã; a specie S. ma- 

crocarpa Benth. praecipue stilo brevissimo obtuso statim dignoscitur. 
Encore une espece de Srartzia à bois de couleur foncée: brun rouge 

avec des larges veines longitudinales noires, três dur, de grain três fin. 


Swartzia aptera JC. 


S. recurva Poepp. (dont j'ai pu comparer un spécimen de Spruce) 
n'est qu'une variété avec feuilles le plus souvent 5-foliolées de cette espéce 
fréquente dans la forme typique aux environs de Santarem et de Gurupá 
et dans la région de la “Volta” du Xingú; la variété est fréquente dans 
la région au pied des derniers rapides du Tapajoz (n. 15.818), elle repré- 
sente sans doute une race occidentale de [espece. Celle-ci est facilement 
reconnaissable par ses stipules oblongo-elliptiques, obtuses ou arrondies au 
sommet, parfois assez grandes mais três caduques, les spécimens d'her- 
bier en étant três souvent dépourvus. 


Swartzia tomentosa (WirrD.) DC. 


Gurupá (n. 16.678) ; petit Rio Branco à nord-est d'Obidos (n. 15.217). 
N'était connu, avec certitude, que des Guyanes. — Bois beau, à fond 
légerement violacé, finement strié de lignes plus claires, dur et dense, 


* Swartzia polycarpa DuckE n. sp. 


Ad sect. V (Orthostyleac). Arbor media. Stipulae caducissimae. Fo- 
lia petiolo brevi et rhachide subteretibus vel hinc illinc angustissime alatis, 
cano-ferruginescenti-pubescentibus, foliolis 11 ad 15 oppositis breviter pe- 
tiolulatis, oblongis vel ovali-oblongis, apice acutis vel breviter acumina- 
tis, submembranaceis, supra vix nitidulis subglabris, subtus molliter cano- 
ferrugineo-tomentosis, vulgo 5 ad 9 centim. longis rarius ad 10 centim. me- 
tientibus. Racemi in ramulis vetustioribus infra folia solitarii saepe bi- 
ramosi, recurvi, pauciflori, dense ferrugineovelutini, bracteis bracteolisque 
subpersistentibus parvis ovatolanceolatis apice acutis, velutinis. Pedicelli 
crassi, 1 1/2 ad 3 centim. longi. Calix rigide coriaceus, dense ferrugineo- 


tomentosus, sub anthesi quadripartitus, laciniis circa 1 centim. longis ovatis, 


acutis. Petalum magnum, luteum, late orbiculare, venis extus ochraceo- 
villosis, circa 2 1/2 centim. longum. Stamina maiora ad 15, minora nume- 
rosa, antheris im maioribus circa 2 mill., in minoribus circa 1 mill. longis, 
filamentis omnibus glabris. Carpidia saepissime 2 rarius 3 rarissime 1, 
flavidocano-sericea, longe stipitata, leviter falcata, stylis parum arcuatis 
glabris circa 1 centim. longis, stigmatibus parvis capitatis. Legumen bre- 


dad dio Dai De 


= 90M — 


viter stipitatum, bivalve, crasse coriaceum, vix compressum, suturis incras- 
satis, oblique transverse rugosum, brunneovelutinum, 1-ad 5-seminatum, 
6 ad 20 cm. longum 3 ad 5 cm. latum 2 1/2 ad 3 cm. crassum, seminibus 
crassis, infra acute longitudinaliter carinatis. 

“Santarem (Serra), in silvis | A. Ducke 18-8-1916 flor. n. 16.356, 
31-I-I917 fruct. n. 16.722; Rio Tapajoz in regione cataractarum inferio- 
rum prope Pimental 5-2-1917 flor. et fruct. n. 16.733. Speciei ,S. tomentosa 
(Willd.) DC. affinis (non arcte), numero foliolorum, staminum maiorum 
et carpidiorum statira distinguenda; a specie S. dicarpa Moric. numero fo- 
liolorum, floribus magnis, styloque elongato differt. 

Arbre assez fréquent dans les hautes terres du Tapajoz jusqu'aux en- 
virons de Santarem; bois à coeur brun três peu développé même dans les 
individus agés. 


E nartela platygyne Duck: n. sp. 
(Três probablement S. acuminata Willd. var. platygyne Benth.) 


A specie .S. acuminata differt staturã elatã, foliolis floribus fructibus- 
que minoribus, ovario longe stipitato brevi post anthesin lato, ligno duro. 
Arbor magna 40 m. saepe excedens trunco profundissime sulcato. 

Hab. in silvis primariis non inundatis: ad Cachoeira do Mangabal 
fluminis Tapajoz, n. 16.438 et 16.740, et satis frequens prope Gurupá 
(ubi “pitaica da terra firme” appellatur), florif. 19-8-1918 n. 17.225, 1. A. 
Ducke. 

Differe du S. acuminata (la “pitaica”” ou “paracutaca” commune des 
terres inondées) surtout par la gousse, dont la longueur n'est que de 5 à 
7 cent.; la graine réniforme, d'un côté enveloppée dans un arille blanc, 
ne mésure que 21/2 sur 11/2 et 3/4 cent. au maximum (chez Pacuminata 
les dimensions sont 8 à 12 cm. pour la longueur de la gousse, 6àã 7,3 à 4 
et2 1/2a 3 1/2 cm. pour la graine). — I/arbre peut atteindre des três 
grandes dimensions: à Gurupá j'ai vu un tronc d'environ 4 m. de dia- 
metre. 


Swartzia cuspidata BENTH., forme typique. 


Gurupá, petit arbre du sousbois de la grande forêt (n. 15.988). Le 
fruit est semblable à celui du S. triphylla (Sw.) Willd. dont Vaffinité 
avec notre espéce est beaucoup plus grande que celle des espéces apparte- 
nant à la série V (Orthostyleae) du systême artificiel de Bentham. Le 
groupement naturel des espéces du genre Scvartzia ne pourra être fait 
qu'aprês connaissence compléte des fruits. 


— 128 — 


Swartzia racemulosa Hvuxz. 


Feuilles à marge parfois dentée irrégulierement, 1-ou-3-foliolées ; dans 
le dernier cas, les folioles latérales sessiles ont Vaspect de grandes stipules. 


En dehors du Trombetas, trouvé encore au Tapajoz: forêt plus ou 
moins secondaire de la région au pied des cataractes inférieures (n. 10.058, 
n. 15.856) et prês des rapides du Mangabal (n. 16.755). 


LeCointea DucxtE n. g. 


Calix tubo discifero sat longo, nunc fere campanulato, nunc magis tur- 


binato, limbo membranaceo integro angulis 5 obsoletissime indicatis ra-. 


rius brevissime 5-dentato, per anthesin interdum uno latere fisso at nun- 
quam reflexo. Petala 5 valde decidua, imbricata, erecta, unguiculata, 4 pa- 
rum inaequalia, extimum reliquis duplo latius. Stamina 10 vel 9 parum 
inaequalia petalis breviora, filamentis liberis, compressis, antheris parvis 


graine (réd.) 


Le Cointea amazonica 


(1 millim. vel brevioribus) acuminatis juxta basin affixis loculis longi- 
tudinaliter dehiscentibus. Ovarium stipitatum 4-ad 6-ovulatum; stylus re- 
ctus vel apice parum curvatus, validus, elongatus, jam in alabastro exsertus; 
stigma parvum, oblique terminale. Legumen indehiscens crassum compres- 


RÁ ÃO its: 


a 


/ 
( 


| 


=D -— 


sum, pericarpio carnoso, mesocarpio tenui, rigide coriaceo, seminibus 1 vel 2 
crassis compressis orbicularibus rarius subreniformibus, exarillatis exalbu- 
minosisque, radiculã brevi, inflexã. 

Arbor inermis. Folia simplicia. Stipulae caducissimae. Flores parvi, 
in racemis axillaribus saepissime unilaterales, reflexi. Bracteae persis- 
tentes bracteolae subpersistentes, parvae. 

Genus valde characteristicum, foliorum adspectu Zollerniae species 
quasdam rememorat, at florum structurã potius generi Exostyles affinis, 


” im systemate inter haec genera includendum. 


=. YL. amazonica DuckE n. sp. (planche 8). 


Arbor mediana vel submagna trunco profundissime et plerumque sat 
regulariter longitudinaliter excavato-sulcato, cortice fusco. Ramuli fusces- 
centes glabri. Folia tenuiter coriacea (in ramulis floriferis tenuiora ac sae- 
pissime latiora) oblongo-vel lanceolato-ovata, basi acuta (in floriferis 1n- 
terdum fere obtusa) saepe inaequilatera, apice plus minusve longe acumi- . 
nata, utrinque glaberrima, supra distincte subtus vix nitidula, margine di- 
stincte crenato-serrata denticulis uniformibus vel subaequalibus, inter se 
valde distantibus, petiolo brevissimo saepissime circa 3 mm., in foliis 
maximis ad 8 mm. longo laminã vulgo 10 ad 18 centim. longã, 4 ad 7 (in 
floriferis interdum ad 9) cm. latã. Racemi in foliorum saepe delapsorum 
axillis solitarii vel 2 ad 5, breviter griseotomentosi, 3 ad 8 cm. longi, bra- 
cteis concaviusculis acutis 1 mm. longis, pedicellis 4 ad 5 mm. longis usque 
ad anthesin reflexis, bracteolis subulatis vix 1 mm. longis. Calix pilis mi- 
mimis adspersus, 3 ad 4 mm. longus. Fetala alba, glabra, 4 ad 6 mm. longa, 
vexillare 4 ad 6 mm. latum. Staminum filamenta glabra. Ovarium dense 
pubescens ; stylus glaber ad 4 mm. longus. Legumen ad 5 cm. longum, 3 1/2 
cm. latum, 1 cm. crassum, pallide flavidum, Genipae americanae fructum 
fortiter redolens; semen ad 2 1/2 em. longum 2 cm. latum 2/3 cm. crassum, 
testã modice dura. 

Frequens ad Amazonum fluvium in terrae argillosae silvis annualiter 
mundatis: Obidos 1. A. Ducke n. 11.817 (sterile); Cacaoal Imperial 1. 
A. Ducke 23-6-1912 n. 11.858 (fruct. mat.), 1. P. Le Cointe 4-1915 nu- 
mero 15.751 (fruct. novellis), 1. P. Le Cointe 20-1-1916 n. 16.012 (florif.); 
Gurupá 1. A. Ducke n. 15.985 (sterile). — Arbor lignum bonum praebens 
cum aliis “pracuúba” appellatur. 

Cet arbre est un des éléments les plus caractéristiques de la forêt de 
la “varzea” (terres inondées par la crue du fleuve) argileuse du bas 
Amazone; en aval je Pai observé encore à Gurupá au commencement de 


Jardim Botanico 9 


se GU 


Vestuaire, mais en exemplaires peu développés. On le rencontre aussi quel- 
quefois dans la partie infér'eure des affluents du grand fleuve, comme 
au Rio Cuminá, affluent du bas T'rombetas. Le nom vulgaire dans le bas 
Amazone proprement dit est “pracuúba” ou (pour le distinguer de la 


“pracuúba da terra -firme” — Trichilia Le Cointei n. sp.) “pracuúba da 
varzea”; à Gurupá, ou existe la grande pracuúba du genre Dimorphan- 
dra, on Vappelle “pracuúba cheirosa” (p. odorante). — Coeur du 


bois de couleur brun rouge, strié de fines lignes onduleuses plus clai- 
res, três dense, dur, de grain fin exhalant une légere odeur de rose 
quand on le coupe ou quand on le brúle. Três résistant, mais ne se rencon- 
trant pas en pieces de grandes dimensions à cause de la forme lamellée du 
tronc. Se travaille três bien au tour, et trouverait un bon emploi en ébe- 
nisterie fine. En Amazonie on ne Iutilise guere que comme bois de chauf- 
fage pour les embarcations à vapeur et pour les travaux de forge, à cause 
de la grande quantité de chaleur qu'il dégage comme combustible. Les pê- 
cheurs de tortue lui donnent la préférance pour la confection de la “suum- 
“ba” de leurs flêches (partie intermédiaire entre la hampe de roseau-et la 
pointe de fer de la flêche). — Les fruits sont recherchés par le gibier. . 

Les fleurs de cet arbre sont três caduques et apparaissent dans la 
saison des pluies, ce qui explique comment un arbre aussi remarquable et 
aussi commun ait pu jusqu'ici passer inapperçu aux yeux des botanistes 
et des collectionneurs qui ont travaillé dans la région. Je donne au nou- 
veau genre le nom de mon ami mr. Paul Le Cointe, ingénieur à Obidos, 
car il m'a obtenu des échantillons avec fleurs pleinement épanouies que 
sans succês je cherchais de me procurer depuis plusieurs années et qui 
m'ont enfin permis de lui assigner sa place dans le systême. 


Zollernia paraensis Hvr. 


La description originale ne mentionne pas la couleur des pétales, les- 
quels sont d'un rose tendre. Cette espece qui fournit le' bois magnifique 
appellé “pão santo”, três lourd (densité 1, 3) et souvent presque noir, 
n'est connue que de la région du chemin de fer de Belém à Bragança, et 
du Rio Tocantins (Alcobaça, forêt des hautes terres, n. 16.273). 


Bowdichia racemosa HozmnE (59). 


Gurupá, forêt non inondée, coll. A. Ducke, florif. 26-9-1916 n. 16.545, 


(59) Commissão de linhas telegraphicas estrategicas de Matto Grosso ao Ama- 
zonas, annexo 5, VIII, p. 55 (1919). 


W 


— 131 — 


fruct. 27-12-1916 n: 16.677; découvert par mr. Kuhlmann à [Arinos 
(nord du Matto Grosso). Les folioles petites, les pétales longs et étroits, 
les étamines mineurs três petites (un quart ou un tiers de la longueur des 
étamines majeures) ne permettent pas de confondre cette espéce avec le 
commun et variable B. brasiliensis. La gousse, semblable à celle du der- 
nier, est cependant verte jusqu'a la maturité, au lieu de blanchãtre. Le bois 
brun, três fibreux et résistant, ressemble à celui des autres “sapupiras” 
mais semble plus léger. 


Bowdichia (Diplotropis) Martiusi (BENTH.) DUCKE. 

Cette espéce, la “sapupira da varzea”, est un arbre fréquent des “iga- 
pós” des petites riviéres et ruisseaux de la région de Vestuaire amazonien 
(du littoral au bas Xingú oú je ai vu prês de Victoria), du Rio Negro 
et Japurá; les spécimens paraenses ne se distinguent en rien de ceux que 
j'ai apportés de cette derniere rivieére, localité typique de Vespece. Le fruit 
que j ai seulement maintenant rencontré à Vétat de maturité, correspond par- 
faitement à la description dans la “Flora - Brasiliensis”, mais il est indé- 
hiscent, rigidement coriace ou subligneux, un peu spongieux, à péricarpe 
oléagineux qui dégage une odeur désagréable caractéristique; la graine est 
molle et de cotileur verte, elle germine dans les gousses pourries qui sont 
transportées par "eau ou elles flottent EE Le bois ressemble à celui 
des autres Bowdichia. 

Le genre Diplotropis Benth. ne peut pas être conservé même dans les 
limites que je lui ai tracées dans la premiere partie de ce travail (Archi- 
vos, 1); il ne s'agit que d'un Bozdichia adapté à la vie dans la forêt inon- 
dée ou le fruit se transporte par [eau. Celui-ci qui a été décrit par les 


auteurs comme bivalve, est en réalité indéhiscent. 


Voici comment on peut classer les espéces maintenant connues du genre 
Bovwdichia : ; 
4 — Gousse membraneuse, adaptée à la dissémination par le vent. Arbres 
des terres non inondées. 


a — Lame de Pétendard large, non appendiculée. Ovaire distin- 
ctemente stipité. Gousse rouge. 


aa — Folioles 9 à 21, oblongues, à bout arrondi ou échan- 
cré; ovaire glabre ou seulement pileux aux deux 
sutures. — Brésil tropical, Guyane anglaise et Véné- 
zuéla; en Amazonie, limitée à certains campos (bas 


— 132 — 


Amazone et haut Rio Branco) — B. virgilioides 
H. B.K. 
bb — Folioles 5 à 7, plus ou moins ovales, souvent 


un peu acuminées; ovaire densement couvert de du- 
vet soyeux. Amazonie inférieure et Rio Negro; 
foret. — B. nitida Benth. 


b — Lame de 'étendard plus longue que large, pourvue de chaque 
côté d'un appendicule basilaire; ovaire três courtement stipité 
ou presque sessile. 


aa — Folioles (7 à 15) oblongues ou ovali-oblongues, à 
sommet obtus ou arrondi, leur face inférieure fine- 
ment duveteuse, grisâtre. Pétales longs et étroits, 
plus longs que chez toutes les espéces suivantes. 
Étamines mineures 3 ou 4 fois plus courtes que les 
autres. Gousse verte. — Rio Arinos (nord de Matto 

Grosso) et Gurupa; forêt. — B. racemosa Hoehne. 


bb — Folioles (5 à 13) glabres, três variables en forme 
et en grandeur, mais toujours plus larges que chez 
la précédente et en général plus ou moins acumi- 
nées. Revêtement de [inflorescence et de Povaire 
grisaátre ou ferrugineux, peu ou médiocrement déve- 
loppé. Étamines mineures mésurant environ moitié 
de la longueur des autres. Gousse blanchâtre — Ama- 
zonie inférieure et Rio Negro; forêt primaire et 
sécondaire, et foret de petite taille de certaines ré- 
gions de campos. — B. brasiliensis (Tul.) Ducke. 


A cette espece appartient probablement, comme 
synonyme, le B. guyanensis (Tul.) qui n'en diffé- 
rerait que par ses folioles obtuses ou échancrées. 
— Guyane. 


cc — Folioles 5 à 9, oblongues, à face inférieure (comme 
les pétioles, les inflorescences et Povaire) densement 
revêtue de poils ferrugineux. Étamines peu inégales. 
— État de Minas Geraes (São Gonçalo, herbier du 
Jard. Bot. de Rio de Janeiro, n. 5.049). — B. fer- 
ruginea ( Benth.) Ducke. 


— 135 — 


A cette espéce appartiendra probablement le B. 
Taubertiana (Harms) qui en différerait seulement 
par la pilosité peu abondante de la face inférieure 
des feuilles. — Minas Geraes. 


B — Gousse épaisse, subligneuse, à péricarpe oléagineux, adaptée au tran- 
sport par eau. Arbre de la forêt inondée. — Pétales três courts, étroits, 
étendard oblong ou presque linéaire, à base un peu dilatée, souvent 
avec appendicule três petite de chaque côté; ovaire subsessile. — Es- 
tuaire amazonien, bas Xingú, Rio Negro et Japurá. — B. Martiusi 
( Benth.) Ducke n. comb. 

Vespeéce B. brachypetala (Tul.) Ducke n. comb., dont la gousse 
est inconnue, est selon Bentham alliée de la derniêre espece, mais s'en 
distingue par la forme des folioles et Pétandard ; celui-ci est (selon Tu- 
lasne) à peu prês arrondi, sans appendicules ni callosité. — Guyane 
hollandaise (partie littorale) et la Trinité. 


Dans ce genre rentrera peut-etre encore le “pau mocó” du nord-est 
sec du Brésil, connu seulement en état florifere: 


/ Bowdichia (?) Freirei Ducxi; n. sp. 


Tipuana auriculata F. Allem., Trabalhos da commissão scientifica etc. 
IH (1862) p. 21 avec planche (le spécimen florifere seulement; le fructi- 
fere appartient au Tipuana macrocarpa Benth.). 

Je ne place que provisoirement cette espece dans le genre Bowdichia, 
son fruit étant inconnu; elle se distingue des especes connues du dernier 
genre surtout par son calice à peine courbé, les pétales blancs (se jau- 
nissant vite), les bractées plus grandes et assez persistantes, "'ovaire 1-ovulé. 
C'est un arbre de petite taille dont les parties nouvelles et les inflorescences 
(y compris le calice du côté extérieur) sont densement revêtues de pubes- 
cence grisátre ou un peu ferrugineuse; les feuilles ont de 5 à 11 folioles 
coriaces, penninervées et réticulées, longues parfois jusqu'ã 9 cm. mais le 
plus souvent beaucoup plus petites, de forme três variable, elliptico-oblon- 
gue ou ovale à base aigue ou arrondie, à sommet obtus, acuté ou rétus; les 
pétales sont presqu'égales en longueur, Pétendard est obovato-oblong, non 
appendiculé ; les étamines (dont 5 un peu plus longues que les autres) sont 
tibres jusqu'a la base (non unies à celle-ci, comme chez le dessin dans Poeu- 
vre citée); Povaire est densement pileux, mais le style est glabre; le sti- 
gmate três petit est terminal. Les types de Freire Allemão (n. 425, en par- 
tie; une autre partie sont des spécimens stériles de Tipuana macrocarpa) 


a q 


sont conservés au Museu Nacional; ils proviennent de Vétat de Ceará ou 
j'ai: récemment observé l'espéce sur des collines aux environs de Baturité 
(Herb. Gener. Mus. Pará n. 1.250); le Jardin Botanique de Rio de Janei- 
ro possede un spécimen du Piauhy (Pussá; n. 5.813). Le nom de “pau 
mocó” est souvent donné (par erreur) à d'autres arbres encore; on me. 
Pa indiqué, par exemple, pour un Platymisciwum. 


| Clathrotropis (?) flava Duck n. sp. 


Arbor sat magna (20 ad 35 metralis) ramulis novellis tenuiter tomen- 
tosis mox glabratis, siccitate nigrescentibus. Stipulas non vidi. Petioli et 
foliorum rhachides minime tomentelli; foliola 5 ad 7, opposita, sat longe 
(vulgo 1/2 ad 1 cm.) petiolulata, subcoriacea, subtiliter penninervia et ob- 
solete reticulata, nervis primariis paucis arcuatis anastomosantibus, utrin- 
que glabra vel subtus tenuiter tomentosa, nitida vel opaca, magnitudine et 
formã variabilia (vulgo 7 ad 12 em. longa et 3 ad 5 cm. lata, oblonga, 
elliptica, ovata vel obovata, basi acuminata rotundata vel subcordata, apice 
saepissime magis minusve acuminata rarius retusa. Panicula foliis multo 
brevior, multiramosa, dense canoferrúgineo-tomentosa ; bracteaé et bracteo- 
lae parvae setaceo-subulatae, pubescentes, caducae; pedicelli vix 3 mm. 
longi; calix herbaceus 10 ad 12 mm. longus in alabastro adulto 7 ad 8 mm. 
latus, turbinato-campanulatus basi obliquã, dense ferruginescenti-tomen- 
tellus, dentibus 5 acutis, triangularibus margine albociliatulis, duobus su- 
perioribus altius connatis. Petala sat tenuia, glabra, sordide flava; -vexil- 
lum maculã medianã rubrã ornatum, 17 ad 18 mm. longum 14 ad-15 
mm. latum, suborbiculare apice emarginatum basi in unguem calyce multo 
breviorem angustatum; alae et carinae oblique arcuato-oblongae vexillo 
parum breviores, tenuiter unguiculatae, ultimae dorso leviter cohaerentes . 
Stamina 10 libera glabra aequalia, filamentis basi incrassatis, antheris mi- 
nimis. Ovarium subsessile, dense tomentosum ; stylus apice saepissime in- 
curvus, stigmate terminali parvo. Legumen eo Ormosiae coccineae simile at 
crassius, rubrum, bivalve, subligneum, vix vel brevissime stipitatum, su- 
turis non dilatatis, uniseminatum suborbiculare vulgo 2 1/2 ad 3 cm. lon- 
gum, 2 ad 2 1/2 em. latum, rarius biseminatum circa 4 cm. longum inter 
semina attenuatum ad ipsa valde convexum, semen globoso-ovatum, 2 cm. 
longum, 1 1/2 em. crassum, durum, nigrum. BJ 

Habitat in silvis regionis fluminis Tapajoz medii in limitibus. terra- 
rum tempo pluviali inundatarum, 1. A. Ducke prope Cachoeira do Mangabal 
9-2-1917 (florif.) n. 16.746, ad Pimental prope cataractas inferiores 
20-2-1917 (florif. et Jleguminibus vetustis) n. 16.779; prope Rio Branco de 
Obidos, fruct. 27-1-1918, n. 16.955. 


— 135 — 


Je ne place cette nouvelle espéce dans le genre Clathrotropis Harms 
qu'avec quelque doute, d'autant plus que je n'a1 pas vu les deux espéces 
déja décrites de ce genre. Les gousses de notre espece ressemblent plu- 
tôt à celles de certaines Ormosia (mais ce dernier genre est toujours faci- 
lement reconnaissable par son stigmate latéral) qu'a la gousse (d'aprês 
la description) déjà connue du CI. nitens. Les fleurs jaunes et les étami- 
nes égales en longueur sont d'autres caractêres qui éloignent notre espeéce 
des deux autres, déjã décrites de ce genre. Il est, cependant, certain qu'on 
ne peut pas placer notre espéce dans aucun autre genre déja connu. 


Genre Ormosia Jacks. (“tento” (60), et “buiussá”). 

Ce genre compte, en Amazonie, parmi les plus riches en espeéces dans 
la sousfamille des papilionacées, mais en même temps il en est le moins 
étudié, ce qui provient de la difficulté d'obtenir des échantillons florifêres 
et fructiféres, de chaque espéce. La classification de Bentham d'aprês le 
revêtement des feuilles (Concolores et Discolores) est purement artificielle ; 
il existe cependant des sections três naturelles, qui sont: 


1: Macrocarpae (“buiussú”). 


Legumen magnum subligneum, omnino indehiscens, saepissime or- 
biculare 1-seminatum, rarius biorbiculare biseminatum, semine magno brun- 
nescenti-rubro hilo nigro semicincto. O. Coutinhoi n. sp. 


2: Flavae (“tento amarello”) : 


Legumen breve, latum, 1-ad 2-seminatum, ligneum, valvis solum pu- 
tredine dehiscentibus, seminibus flavis vel pallide aurantiacis. O. excelsa 
Benth. et três probablement O. macrocalyx n. sp. 


3: Bicolores (tento”): 


Legumen breve latum vel elongatum angustum, “I-ad 7-seminatum, 
crassum vel tenue, lignosum, carnosum vel coriaceum, valvis post matúri- 
tatem dehiscentibus saepe plus minusve elasticis, seminibus parvis cocci- 
neis saepissime ex parte nigris. O. trifoholata Hub., O. mtida Vog., O. sub- 
simples Benth., O. dasycarpa Jacks., O. discolor Benth., O coccmea Jacks., 
O. amazonica n. sp. O. macrophylla, Benth., O. nobilis Tul. ainsi que trois 


(60) Le nom de “tento” “est appliqué à plusieurs légumineuses à graines três 
dures et de couleur vive, le plus souvent écarlates, particuligrement aux Ormosia. 


== 488 = 


especes de Iétat de Pará qui semblent nouvelles pour la science mais dont 
je me connais pas encore les fleurs. L'O fastigiata “Pul. rentrera probable- 
ment dans cette section. 


Ormosia Coutinhoi Duck: n. sp. (planche 9 et 10 *). 


Sectionis 1 (Macrocarpae) species unica. Arbor mediana vel subma- 
gna, speciosa, ramulis novellis minutissime ferruginescenti-puberulis mox 
glabratis, foliis saepe ultra 40 cm. longis, 4-ad 9-foliolatis; foliola petio- 
lulo crassissimo 1 ad 1 1/2 cm. longo, rigide coriacea glabra, utrinque ni- 
tida, pleraque 10 ad 20 cm. longa, 7 ad 10 cm. lata, ovata vel oblongo- 
ovata, basi obtusa interdum cordata, apice plus minusve acuta, costis sub- 
tus valde prominentibus, secundariis paucis, dissitis. Panicula terminalis am- 
pla e racemis dissitifloris composita, rhachidibus et pedicellis dense albi- 
dosericeis. Bracteae bracteolaeque minimae, acutae. Pedicell 3 ad 4 mm. 
longi. Calix circa 1 cm. longus apice 3/4 cm. latus, parum obliquus, crasse 
coriaceus, nigrescens, argenteosericeus, hujus dentes superiores reliquis al- 
tius connati at parum maiores modice curvati. Petala glabra, violacea apice 
et marginibus atroviolaceis, unguiculis et vexilli centro albidis vel flavidis; 
vexillum circa 1 1/2 cm. longum ac latum fere orbiculare, reflexum, basi 
breviter sat late unguiculatum apice medio profunde emarginatum inter- 
dum ultra medium fissum; alae et carinae inter se subaequales, liberae, 
curvato-convexae obliquae, breviter ac tenuiter unguiculatae. Staminum 
glabrorum 5 longiora, 5 breviora, filamentis apice curvatis, antheris dor- 
sifixis. Ovarium glabrum, breviter stipitatum, 3-ad 7-ovulatum, stylo apice 
recurvo, stigmate laterali. Legumen omnino indehiscens, ligneum, com- 
pressum, suturã carinali incrassatã, basi late ac breviter stipitatum, sae- 
pissime uniseminatum orbiculare 6 ad 7 cm. longum ac latum, medio circa 
3 1/2 cm. crassum, rarius biseminatum biorbiculare inter semina valde 
restrictum circa 13 cm. longum. Semen transversum, compressum, 3 ad 
4 em. longum, 21/2 ad 31/2 cm. latum, 1 1/2 ad 2 cm. crassum, oblique 
ovatum rarius subreniforme, modice vel paulo nitidum, brunnescenti-ru- 
brum hilo nigro late semicinctum. 


Habitat in silvis marginalibus plus minusve inundatis rivulorum circa 
Belém do Pará, 1. A. Ducke 25-6-1916, florif (n. 16.188); 12-3-1917 fruct. 
mat. (n. 16.798); prope Quatipurú 11-I916 fructibus immaturis (nu- 
mero 16.572) ; prope Cametá, Gurupá et Porto de Moz a me visa. “Buius- 
su” appellatur. 


ee 


Arbre de moyenne taille ou assez grand qui, au milieu de V“igapó” 
(foreét inondée) marginal des petits cours d'eau de la région de Vestuaire 


— 137 — 


amazonien et littorale à est de cellui-ci, se détache par ses feuilles tres 
grandes d'un vert foncé, luisant. Les grosses semences, entierement rotiges 
á Vexception du hile, sont bien connues des habitants de la région par la 
circonstance qu'on les rencontre souvent flottant sur Peau des riviéres; on 
les confond parfois avec les feves de Mucuna altissima sous le nom d'“olho 
de boi” (oeil de boeuf). Le bois est blanchãtre, fibreux, grossier et n'a 
pas de valeur. — Cet arbre ne fleurit qu'ã de três longs intervalles et c'est 
seulement grace à l'amkbilité de mes amis mrs. Cesar (docteur en droit) et 
José Coutinho de Oliveira que j'ai pu enfin, aprês plusieurs années de re- 
cherche, connaitre un individu florifere. 


Ormosia excelsa BenTH. 


Le nom vulgaire de cet arbre est “tento amarello” et non pas “itauba- 
rana”; ce dernier nom revient au Siweetia mitens. Les feuilles sont en gé- 
néral plus páles du côté inférieur, mais souvent cette différence est peu 
accentuée. La gousse est presque indéhiscente (ne s'ouvre qu'aprês être 
tombée sur le sol et avoir subi un commencement de pourriture), ligneuse, 
revêtue d'un peu de duvet quand elle est encore jeune, le plus souvent mo- 
nosperme et dans ce cas mésurant environ 4 em. de long sur 3 cm. de large, 
plus rarement biséminée et alors d'une longueur de 6 cm., faiblement étran- 
glée entre les graines; sa forme rapelle celle de 1 O. subsimplex, figurée 
dans la “Flora Brasiliensis”. Les graines sont d'un jaune orangé pale 
presque mat, comprimées, longues d'environ 1 1/2 cm., un peu moins larges 
que longues. Le bois de cet arbre, qui généralement de taille moyenne, 
atteint parfois des grandes dimensions, est rouge brique, noueux, dureté 
moyenne, densité au dessous de moyenne. Je n'ai jamais entendu dire qu'il 
fit employé industriellement. 

Cette espéce habite la forêt périodiquement inondée des rives de lacs et 
riviéres stagnantes: région du Trombetas: Rio Cuminá n. 14.836 et nu- 
mero 15.883, lac Achipicá n. 14.836 a, lac Iripixy prês d'Oriximiná nu- 
mero 15.902; Rio Jamundá en aval de "embouchure du Paranapitinga nu- 
mero 11.726 et n. 11.740; Rio de Faro, n. 15:915; bouche du Tapajoz en 
aval de Santarem n. 16.361; ilot dans les rapides inférieurs du Tapajoz nu- 
mero 16.401; moyen Xingú prês d'Altamira. — Fleurit en aoút et se- 
ptembre. 


* Ormosia macrocalyx Duck n. sp. 


Ad sectionem II am (Flavae) pertinere videtur, at legumen hucusque 
ignotum. Speciei praecedenti (O. excelsa) similis, at foliolis o, maioribus, 


| 


9 ad 15 em. longis, 5 ad 6 cm. latis basi obtusis vel acutis, costis secun- 
dariis vix parallelis etiam superne prominentibus longe a margine. arcuatis, 
reti venularum etiam superne sat evidente, floribus magnis 2 cm. longis vel 
longioribus, calyce vix ad 1/3 fisso, 12 ad 15 mm. longo parcius puberulo, 
petalis circa 13 ad 16 mm. longis vexillo latitudine suã distincte longiore 
apicem versus latiore quam basi, hic minute biappendiculato, ovario sub- 
sessili. Habitus et petalorum color praecedentis; foliis, calyce longissimo 
et vexilli formã ab omnibus distincta. 
In civitate Amazonas ad lacus Teffé ostii ripas, 1. A, Ducke 16-6-1906 


7:345- 


Ormosia trifoliolata Hvr 


Arbre de petite taille mais à cime large et de feuillage épais. Inflo- 
rescence, rachides, pédicelles et calices couverts d'un épais duvet ferrugi- 
neux; pédicelles de 2 à 3 mm., pétales d'un noir violacé. 


Campos à Pest de Faro coll. A. Ducke g-r0-1915 florif., n. 15.797. 


Ormosia nobilis Tyr. 


Arbre moyen de la vieille forêt secondaire en terrain humide ; se trou- 


ve dans peu de localités mais alors, presque toujours, en individus assez. 


nóombreux. Belém do Pará (n. 16.189 et n. 17.033), Bragança, Gurupá; 
forme typique avec feuilles sonvent énormes; Santarem (n. 16.718), feuil- 
les-et fleurs moins grandes que chez les individus de la région de Pestuaire; 
Faro, bord d'un ruisseau dans les campos situés à Test de cette ville (nu- 
mero 15.912), feuilles ne dépassant guêre 40 cm. en longueur, folioles a 
nombreuses (9 à 11), fleurs plus petites. 

Les fleurs longues d'1 1/2 à 2 cm. ont le calice et la base des pétales 
rougeátre pále; la partie apicale de ceux-ci est noir violacé; T'étendard a 
une bande moyenne blanchâtre ou jaune pále. La gousse, jusqu'à 7-séminée, 
mésure jusqu'ãá 12 cm. de long, sur environ 2 em. de large à Vinsertion 
des graines, étant plus ou moins étranglée entre ces derniéres; les valves 
à peine coriaces sont d'abord duveteuses mais deviennent glabres à la ma- 
turité. Les graines presque circulaires, comprimées, d'environ 1 cm. de 
diametre majeur, sont de couleur écarlate, le plus souvent avec une ei 
noire couvrant d'1 à 2 tiers de leur surface. 


Ormosia macrophylla BentTH. his 


C'est tres probablement à cette espece mais sirement pas à TO. 
nobilis qu'appartient le spécimen fructifere n. 8.613, provenant de la 


— 


== (12) 


campina 'sablonneuse entre. la Serra do! Dedal-et. la Serra “da ' Igaça- 
ba à CVextrémité -nord-ouest du lac «de Faro, et -mentionné par Hu- 
ber (Bol. Mus. Goeldi Pará vol. V: Materiaes para a: Flora amazo- 
nica VII) comme appartenant peut être à la derniêre espeéce. Les gousses 
sont semblables à celles dO. mobilis mais les graines sont plus petites et 
moins comprimées; les feuilles sont assez différentes de celles des deux 
derniéres et correspondent bien à-la description de celles de PO. macro- 
phylla. Celle-ci est décrite de la campina voisine du saut d'Araraquara dans 
le haut Japurá, dont plusieurs espéces de plantes ont été rétrouvées dans 
les campinas de la région de Faro. 


* Ormosia amazonica Ducxgs n. sp. 


Ad sectionem 1II, Bicolores. Speciei O. nobilis Tul. affinis, at foliolis 
brevius pedicellatis, rigidioribus (tenuiter coriaceis), subtus dense cano- 
tomentosis subvelutinis, venis crebrioribus fortius prominentibus, saepe plus 
minus bullatis, margine nervo prominulo cinctis, legumine T-ad 3-semi- 
nato rigidiore, crasse reticulato, cano-tomentoso demum glabrato seminibus. 
barum maioribus 12 ad 13 mm. in diametro maximo metientibus. Arbor 
sat: magna comã densa obscura, foliis ad 40 em., foliolis 14 ad 18 cm. 
longis. Flores ignoti. 


“Habitat in silvis ripariis periodice inundatis secus Amazonum fluvium, 
ad Cacaoal Imperial (infra Obidos) 1. A. Ducke 23-9-1913, n. 14.833. 
£ “Pento grande da varzea” apellatur. 
-Arbre assez élevé de la “varzea” du bas Amazone (commun dans les 
cacaoyéres); semble exister aussi dans PAmazonie supérieure (Rio Pu- 
rús). Feuillage sombre, presque noirátre, três touffu. 


“Sa Vexillifera Ducxx n. g. 


Flores. hermaphroditi. Calix valde. oblique: campanulatus, - limbo. den- 
tibus 5 valvatis brevibus. Corollae papilionaceae petala omnia libera, vexillo 
suborbiculari, post anthesin persistente augmentato dorsoque longitudina- 
liter plicato, petalis reliquis inter se aequalibus oblique oblongis caducissi- 
mis. Stamina 10, 9 basi connatis, vexillari libero, apice incurva subaequalia, 
omnia fertilia, antheris minimis, ovato-oblongis. Ovartum -subsessile, 4- 
ovulatum, stylus filiformis apice leviter curvatus. Stigma terminale, mi- 
mmum. Legumen I-vel 2-seminatum, compresso-ovatum, crasse carnoso- 
coriaceum valvis ab apice ad basin dehiscentibus, semine exalbuminoso ob- 
longo paulo. compresso. 


“Arbor circa 35 ad 45. mietralis, RR succo rubro defluente. Stipulas 


- 


— 140 — 


non vidi. Folia impari-pinnata foliolis magnis, non stipellatis. Flores in 
racemis paniculatis, roseolilacini, in ramis defoliatis numerosissimi. Bra- 
cteae et bracteolae sat magnae subpersistentes. 


Vexillifera micranthera 


1 V. micranthera Ducke n. sp. 


Ramuli crassi, novelli cum petiolis rhachidibus et inflorescentiis totis 
dense ferruginescenti-cano-tomentosi, squamis crassis super petiolorum ba- 
sin post folia delapsa saepe persistentibus. Folia ad apices ramulorum con- 
gesta, longe petiolata, foliolis 9 ad 13 (rarius 7) oppositis vel alternis lon- 
giuscule petiolulatis oblongis basi plus minusve obliquis truncatis rotundatis 
vel subcordatis, apice acutis saepe mucronulatis, regulariter penninerviis 
nervis supra impressis subtus prominentibus, opacis, supra glabris subtus 
canescenti-ochraceo-tomentosis, 7 ad 12 cm. longis 3 ad 4 cm. latis. Pa- 
niculae magnae floribundae racemi elongati (ad 25 cent.), bracteis late 
ovatis acutis vulgo circa 7 mm. longis, bracteolis parum angustioribus circa 
5 mm. longis. Florum pedicelli circa 4 mill. longi; calix sub anthesi circa 
8. mm. longus, ad dentium vexillarium basin inflatus, dente carinali reli- 


— 141 — 


quis angustiore, ad anthesin saepissime recurvo; petala extus griseosericea 
intus glabra sat breviter unguiculata, circa 1 cm. longa, vexillo post anthe- 
sin permanente demum circa 1 1/2 cm. longo. Stamina glabra vix 1 em. 
longa, post anthesin in vexilli plicã inclusa diu permanentia; antherae 
vix 1/3 mm. metientes. Ovarium canoflavescenti-hirsutum; stylus apicem 
versus glaber. Legumen aurantiacum, breviter tomentosum, irregulariter 
subobsolete reticulatum et foveolatum, leguminibus specierum nonnullarum 
generis Swartzia sat simile at valvis magis carnósis, 4 ad (in biseminatis) 
7 em. longum, 3 ad 4 cm. latum 2 ad 2 1/2 cm. crassum; semen oblongum 
parum compressum, 2 ad 3 cm. longum, testa rubrã tenuissimã, cotyledo- 
nibus saturate viridibus. 


Hab. in silvis primariis non inundatis ad flumen Tapajoz: prope cata- 
ractas inferiores 1. A. Ducke 28-8-1916 n. 16.411, fructus maturi mense 
februario 1917 lecti; in regione cataractae Mangabal visa. 


Três remarquable par la persistance de Vétendard aprês la chute des 
autres pétales, et par les anthéres tres petites. Semble avoir quelque affi- 
nité avec le genre Dussia (de la Martinique) que je ne connais que par la 
description mais qui a les fleurs andro-monoiques et le fruit tout à fait 
différent; chez notre espeéce celui-ci ressemble, quant à la forme et à la 
maniére de s'ouvrir, à quelques espéces de Swartzia (p. e. S. acuminata), 
mais la graine en differe beaucoup. 


Alexa grandiflora DuckE. 


La gousse est partagée à [intérieur, entre les graines, par des faus- 
ses-cloisons de substance spongieuse. Encore collectionée à Gurupá (nu- 
mero 15.074); vue au Xingú (ou elle est commune aux environs de Vi- 
ctoria et surtout d'Altamira) et au Tapajoz (rapides du Mangabal). L/au- 
bier, de couleur jaune, exhale une odeur acre. Le bois d'un blanc sale a les 
fibres grossiéres, il est mou, même un peu spongieux et sans aucune valeur. 


Uleanth us erythrinoides HaRMsS. 


Ce genre a été placé, par son auteur, à cóté de Bozwdichia, mais sa 
gousse et ses graines montrent de Vaffinité avec celles d'Alexa. Les fleurs, 
malheureusement peu abondantes, sont tres jolies, le calice est rouge, les 
pétales, des le bouton, bleues ou rose pourpre. Gousse courtement stipitée 
à la base, terminée en une pointe longue et aigiie, conleur marron, oblique- 
ment rugueuse, avec courts poils assez clairsemés, comprimée, obliquement 
élargie jusqu'au troisiême quart de sa longueur qui est de 20 à 25 cm. 
sur 3à 3 1/2 cm. de large; les valves ligneuses, un peu convexes s'ouvrent 


— 142 — 


élastiquement et s'enroulent souvent en hélice (comme, par exemple, chez le 
genre Palovea). Graines au nombre de 3 à 5, transverses, sans arille ni al- 
bumen, à radicule três courte, orbiculaires ou ovales, comprimées, longueur 
et largeur jusqu'a 17 ou même 20 mm., épaisseur envirón 5 à 7 mm., testa 
fine, coriace, luisante, rouge brun. Bois beau, brun grisátre, à fibres droites, 
de grain três fin, compacte et dur mais se travaillant assez facilement; pres- 
que pas d'aubier. da 


Rio Tapajoz, cataractes inférieures (n. 16.407) et rapides du Man- 
gabal, pas trop rare dans la forêt de taille médiocre aux marges des ter- 
rains exposés à la crue. — Jusqu'ici, seulement connu des rapides du Rio 
Marmellos, affluent du Rio Madeira. ” 


Genre Taralea Aus. 


Ce genre a été réuni (en raison de la structure des fleurs seulement) 
avec Coumarouna Aubl. sous le nom de Dipteryx; il en est cependant tres 
nettement séparé par son fruit bivalve, qui lui assigne sa place parmi les 
Galegeae, à côté de Poecilanthe, Amphiodon et Milletia. Je ne peux pas 
mieux caractériser ce fruit qu'en reproduisant la description d'Aublet :“une 
gousse verdátre, seche, épaisse, dure, coriace, comprimée, arrondie; elle 
s'ouvre en deux valves et contient une seule féve”. — Les fêves de ce genre 
sont absolument inodores. Les espéces de Taralea sont au nombre de qua- 
tre: T. oppositifoha Aubl., T. nudipes (Tul.), T. reticulata (Benth.) et 
T. crassifolia (Benth.). La derniere de ces espêces m'est encore inconnue. 


Taralea oppositifolia Avepr. 


Le “cumarú-rana” est répandu dans la région voisine de " Atlantique 
et Pestuaire amazonien, et fréquent dans le haut Amazone et le moyen Ta- 
pajoz; je ne ai pas encore vu dans le bas Amazone proprement dit. C'est 
un arbre qui atteint jusqu'a 25 meétres; il habite la forêt marginale des 
rivieres et ruisseaux. Son bois três résistant est d'un blanc jaunâtre, sale, 
compacte, dur et lourd. 


Taralea nudipes (TuL.) DUCKE n. comb. 


Arbrisseau souvent tres petit, qui se distingue du T. oppositifolia, en 
dehors de sa taille, par ses feuilles presque toujours alternes, plus courtes, 
plus dures et à nervures plus reduites, et par son calice entigrement pétaloide 
ayant les deux lobes majeurs d'une forme plus ou moins obovée. Chez le 
T. oppositifolia, la partie basilaire du calice est à peine semi-pétaloide, les 
lobes allongés sont plus ou moins amincis vers le bout. — Campinas de sa- 


— 145 — 


ble blanc aux environs de Faro (n. 10.469, n. 15.787) et de Bella Vista 
au Tapajoz (n.:15.833, n. 16:481). Un spécimen de Manãos (E. Ule, Herb. 
Brasil:, n. 8.860) est étiqueté “arbuste grimpant”, sans douté par erreur. 


Zornia tenuifolia MorIc. 


Zornia marajoara Hub. nomen solum, Bol. Mus. Goeldi V. p. 150, 
n'est qu'une faible variété de cette espece. 


“ Discolobium tocantinum Duck: n. sp. 


Suffrutex metralis vel parum altior, caule crasso, pauciramosus. Ra- 
muli novelli siccitate nigricantes, cum petiolis et -rhachidibus albidopilosi. 
Stipulae setaceae vel subulatae circa 3 mm. longae, sat persistentes. Folia 
modice longe petiolata, foliolis 5 tenuiter petiolulatis anguste oblongis vel 
oblongo-linearibus opacis fere concoloribus supra glabris subtus sparsissi- 
me albidopilosulis, basi et apice obtusis, rotundatis vel acutinsculis, apice 
interdum mucronulatis, intermediis vulgo 3 ad 4 cm. longis, 2/3 ad 1 cm. 
latis, basalibus saepe brevioribus, apicali saepe longiore. Pedunculi foliis 
multo longiores (ad 15 cm.), erecti, rigidi, albidohirtelli, supra medium 
remote floriferi, bracteis et bracteolis sat parvis subulato-setaceis albido- 
pilosis, caducis, pedicellis tenuibus 7 ad 10 mm. longis parce ciliatulis. 
- Calix glaber hinc illinc ciliatulus 6 ad 8 mm. longus apice 5 ad 6 mm. 
latus, dentibus tubo brevioribus, duobus superioribus latioribus rotundatis, 
inferioribus tribus acute triangularibus. Petala striata, glabra, saturate 
flava, vexillo ad 12 mm. longo suborbiculato breviter unguiculato, alis 
parum brevioribus at multo angustioribus -oblique oblongis, cariná vix ad 
8 mm. longã, arcuatã. Ovarium glabrum stipitatum, uno latere profunde 
bisinuatum. Legumen (maturum non vidi) glabrum, discis tribus membra- 
naceis tenuibus, viridibus margine rubro late cinctis, nervis elevatis reti- 
culatis et margines versus radiatis, tuberculis obsoletis, disco intermedio 
(reliquis multo maiore, ad 2 cm. diametro metiente) suborbiculari uno 
latere parum emarginato vel subreniformi, margine obsoletissime sinuoso. 


Habitat in regione cataractarum inferiorum fluvii Tocantins frequen- 
tissimum in insulis et ripis saxosis períodice submersis, 1. A. Ducke super 
locum Arapary 8-7-I9I6 n. 16.212. 

Un des végétaux caractéristiques des “pedraes” (sections peu profon- 
des d'une riviére ou émergent'de nombreuses pierres) du moyen Tocantins, 
ou il reste pendant la moitié de Pannée entiêrement couvert par les eaux. 
Semble avoir de Paffinité étroite avec le D. leptophyllum. Benth. ou en est 
peut être même seulement une variété, mais celui-ci a, d'aprês la descri- 


mr A 


ption détaillée de Malme, les feuilles plus grandes, les pédoncules beau- 
coup plus longs et (ce qui me semble plus important) des poils glanduleux 
immixtes à la pilosité (chez notre espéce nouvelle il n'y en a aucun vestige). 


Dalbergia tomentosa (Brnti1.) TAUp. 


Arbrisseau grimpant. Gousse allongée (jusqu'ã 5 cm. de long et 1 1/2 
cm. de large), fragile, sans partie dure, finement réticulée, comme chez la 
section II (Sissoa) à laquelle cette espece appartient certainement malgré 
sa ressemblence, dans tous les autres caractéres, avec le D. monetaria. Les 
étamines du D. tomentosa sont le plus souvent au nombre de 10, mais dans 
certains spécimens je n'ai observé que des fleurs à 9 étamines; chez un 
spécimen il y a des inflorescences composées de fleurs à 10 étamines et 
d'autres dont les fleurs n'ont que 9 étamines. La Flora Bras. ne mention- 
ne pas de localité pour cette espece; je [ai collectionnée prês de Santa- 
rem (plage du Tapajoz n. 17.105; “capoeira” humide n. 16.372), dans le 
campo du Cicatanduba en aval d'Obidos (n. 12.065), et sur les rives du 
Cuminá (bas Trombetas, n. 10.887) et du Tapajoz prês du dernier rapide 
(n. 16.478) ; dans Pherbier du Jardin Botanique de Rio de Janeiro il existe 
un spécimen (seulement florifére, pourtant un peu douteux) du haut Rio 
Branco, État d'Amazonas (J. Geraldo Kuhlmann, herb. Jard. Bot. Rio 
n. 3.066). 


« Dalbergia subcymosa DúucxE n. sp. 


Frutex alte scandens, ramulis novellis petiolis foliolorum paginã infe- 
riore inflorescentiisque cum bracteis et bracteolis dense molliter canoochra- 
ceo-pubescentibus. Foliola 5 ad q oblonga vel sublanceolata usque ad 8 
cm. longa ad 3 cm. lata at saepius tertio minora, basi rotundata rarius 
obtusa vel subcordata, apice sensim acute acuminata et mucronulata. Ra- 
cemi axillares solitarii recurvi secundiflori, simplices vel dichotome plu-. 
riramosi saepe subcymosi, folio multum breviores, bracteis ad dichotomias, 
superioribus minoribus ad pedicellos, bracteolis circa 1 1/2 ad 2 mm. longis 
subulatis; pedicelli calice breviores, hic sparsim pubescens laciniis dense 
pilosis, inferiore breviter subulatã; petala albida longe unguiculata 5 ad 
7 mm. longa; stamina in floribus examinatis 9 monadelpha; ovarium longe 
stipitatum glabrum hinc illinc ciliatum. Legumen ut in D. monetariae formã 
typicã, in speciminibus nostris uno latere concavum, crasse reticulato-ru- 
gosum. 


Habitat colonia Benjamin Constant prope Bragança fructif. 11-11-1908 
n. 9.754; in regione fluminis Xingú silvis humidis inter Altamira et Ca- 


— 145 — 


choeira do Tucuruhy florif. 23-8-1920 1. A. Ducke, Herb. Jard. Botan. 
Rio de Janeiro n. 11.572. 

Cette espece se distingue de toutes les autres par ses folioles presque 
lanceolées; dans la forme des inflorescences elle est intermédiaire entre 
D. monetaria et D. riparia. I/espéce D. glauca Benth. que je n'ai pas vue 
a les folioles glabres et les fruits épais. 


* Dalbergia atropurpurea DucxE n. sp. 


E sectione Selenolobium. Frutex scandens. Ramuli novelli, petioli, 
stipulae (lanceolatae, caducae), rhachides, bracteae bracteolaeque dense fer- 
rugineopubescentes. Folia (cum petiolo 1 1/2 ad 2 cm. longo) ad 12 cm. 
longa; foliola 5 ad 6 rarius 7, breviter (1 ad 2 mm.) petiolulata, superne 
glabra, subtus adpresse albopilosula pallidiora, vulgo 3 ad 5 cm. longa, 
1 1/2ad2 1/2cm. lata (apicalia gradatim minora quam basalia), basi 
vix obliqua, apice acuta vel obtusiuscula, sat distincte penninervia et venu- 
losa. Racemi in nodis lateralibus singuli vel fasciculati ad 4 cm. longi, 
bracteis bracteolisque 1 mm. vix longioribus lanceolatis vel magis ovatis, 
persistentibus, floribus breviter (circa 1 mm.) pedicellatis, calice 5 mm. 
longo adpresse canopíloso, fere ad medium bilabiato, laciniis ut in specie 
D. inundata conformatis at superioribus magis latis. Petala atropurpurea 
vexillo circa 7 mm. longo obovato-orbiculari ad 2 mm. unguiculato. Sta- 
mina 10, aequaliter subdiadelpha. Ovarium breviter stipitatum glabrum su- 
turã vexillari pilosã. Legumen ut in D. wmindatá, solum magis curvatum et 
aliquanto brevius. 

Belém do Pará ad lacum Água Preta 1. A. Ducke florif. 16-9, fructif. 
21-10-1915, n. 15.801; ad flumen Peixeboi inter Belém et Bragança 1. J. 
Huber fructiferum 4-11-1907 n. 8.842. Variat foliolis maioribus: Rio Ca- 
pim, n. 943, 1. J. Huber, vel foliolis numerosioribus (usque ad 13): ad mar- 
ginem campi periodice inundati prope Victoria fluminis Xingú inferio- 
ris n. 10.407, 1. E. Snethlage. 

Espeéce de Paffinité étroite du D. inundata Benth. dont elle differe par 
les feuilles. 


“ Dalbergia pachycarpa Duck: n. sp. 


E sectione Selenolobium Taub. (61). Frutex scandens, ramulis novel- 
lis cum petiolis ferruginescenti - vel cano-tomentosis, foliis 5-ad 9-foho 


(61) Selenolobium et Hecastophyllum Benth., Flora Brasil. 


Jardim Botanico “e 


— 146 — 


latis, foliolis ovatis apice breviter obtuse acuminatis, supra glabris nitidulis, 
subtus ferruginescenti-velutinis, vulgo 5 ad 8 em. longis, 3 ad 4 cm. latis. 
Racemi breves. Flores ignoti. Legumen breviter (vix 5 múll)) stipitatum, 
suborbiculare vel ellipticum, crassum, durissimum, densissime rufoferru- 
gineo-velutinum, 3 ad 4 em. longum, 2 1/2 ad 3 em. latum. 

Habitat in ripis inundatis fluminis Tucuruhy (fluvii Xingú affluentis) 
prope Victoria, n. 16.652; ad flumen Tapajoz prope cataractas Mangabal 
n. 16.432, et prope Bella Vista (in silvã paludosã) n. 16.913; 1. A. Ducke 


mensibus septembre ad januarium. Speciei guianensi D. pubescens DC. 


affinis videtur, at differt legumine crasso, densissime velutino. 


v Cyclolobium amazonicum Duck: n. sp. 


Ramuli glabri. Folia glabra, longe (1 1/2 ad 4 cm.) petiolata, stipel- 
lis inconspicuis, foliolo 10 ad 28 cm. longo, 3 1/2 ad 10 cm. lato, elliptico- 
oblongo vel ovato-lanceolato, basi rotundatã vel obtusã rarius (in minori- 
bus) acutã, apice saepe mucronulato. Racemi pauciflori dense rufoferrugi- 
neo-pubescentes. Bracteolae parvae, valde pilosae. Calix longior et an- 
gustior quam in specie C. Blanchetianum, extus rufoferrugineo-sericeohir- 
tus, laciniis tubo longioribus, inferioribus tribus profunde solutis, superio- 
ribus duabus fere usque ad apicem connatis. Petala (atropurpurea) fere 
C. Blanchetiani (figura in Fl. Brasil.), at vexillo floris maturi aliquantum | 
latiore, basi utrinque prope unguiculum emarginatã et auriculatã. Stamina 
9 alte connata, decimum usque ad basin solutum. Ovarium glaberrimum, 
7-ovulatum (in exemplare unico examinato). 

Rio Negro civitatis Amazonas: prope Manãos 1. Schwacke 20-5-1882, 
n. 354, Herb. Mus. Nationalis Rio de Janeiro n. 3.468; prope Barcellos 
ad rivulum silvestrem 1, A. Ducke 3-7-1905 n. 7.188. 

Speciei C. Hostmanni Benth. (e Surinamo) affine, at inflorescentiis 
dense rufopubescentibus, calicis laciniis duabus fere usque ad apicem con- 
natis, stamineque. vexillari libero faciliter distinguendum. 

LVunique Cyclolobium connu de la région amazonienne; semble li- 


mité au Rio Negro. 


Machaerium longifolium Dentrrr. 


Cette espece est un arbrisseau plus ou moins grimpant, fréquent dans 
la forêt secondaire de la varzea de "Amazone en aval de la ville d'Obi- 
dos (ns. 3.696, 11.504, 16.335) ou il forme souvent des fourrés impéné- 
trables. Je Pai encore collectionné dans une une plantation prês des catara- 
ctes inféricures du Tapajoz (n. 16.396), toujours en terrain argileux. Cette 


— 147 — 


espece est facile à confondre avec le M. angustifolium, surtout quand on 
n'a pas de spécimens munis de jeunes feuilles; les feuilles vieilles sont pres- 
que glabres et souvent à peine plus grandes mais toujours plus molles que 
chez Pangustifoliwm. La différence dans les inflorescences des deux especes, 
mentionnée dans la Flora Brasiliensis, semble constante. Les gousses du 
M. longifolium sont presque glabres, et chez tous les spécimens que j'ai 
devant moi, beaucoup plus longuement stipitées que chez Pangustifolwm. 
Les échantillons du longifoliwm, enfin, se noircissent en se désséchant, ce 
qui n'est pas le cas chez ceux de Pangustifolium (62). 


/ Machaerium lilacinum DucxE n. sp. 


Ad sect. I (Lineatae). Arbor:mediocris trunco aculeis paucis armato, 
ramulis novellis petiolis rhachidibusque canescenti-tomentosis. Stipulae ca- 
ducae mediocres lanceolatae basi dilatatã, non spinescentes. Foliola vulgo 
II ad 17, alterna, elliptico-oblonga apice rotundata vel retusa saepe brevis- 
sime mucronulata, crebre lineato-venosa, opaca, supra glabra, subtus pal- 
lida tenuissime tomentulosa ac pilosula, 3 ad 5 cm. longa, 1 ad 2 em 
lata. Panicula M. angustifolu, at rhachides crassiores, cum pedicellis ca- 
nescenti-villosae, bracteolae maiores, calícis dimidium attinentes vel su- 
perantes. Calix dense canopubescens circa 6 mill. longus, latior quam in 
M. angustifolio, petala lilacina albidovariegata, conspicue latiora quam in 
specie citatã, vexillo orbiculari extus dense sericeo. Stamina 10, monadelpha, 
tubo supra ad medium fisso. Ovarium dense flavescenti-cano-villosum, 
sensim in stipitem attenuatum. Legumen eo M. angustifolii simile at maius, 
ad semen incrassatum, junius ad 5 cm. longum, maturum non vidi. 

Montealegre, colonia Itauajury, in vegetatione secundariã terrae argil- 
losae, 1. A. Ducke florif. 26-4-1916 n. 16.101, Ífruct. 17-0-I9I16. n. 16.507. 


Machaerium acutifolium Voc. 


Dans P“hylaea”, cette espéce n'a été observée que dans la région rela- 
tivement seche de Montealegre, oú elle est assez fréquente dans la forêt 
médiocre des fertiles terres argileuses (ns. 16.094 et 16.708). Elle four- 
nit un palissandre (“jacarandá”) inférieur à celui du Dalbergia Sprucea- 
na. À Caxias, dans Vétat de Maranhão, on me I'a désignée sous le nom de 
“violete” (H. G.M. P.n. 734). Elle est encore connue des états de Piauhy, 
Ceara, Minas et Rio. 


A (62) Ce dernier qui est fréquent dans les terres argileuses du bas Amazone, est 
toujours un petit arbre, non grimpant 


ei a 


* Machaerium caudatum Ducke n. sp. 


Ad sect. III, Acutifolia. Frutex alte scandens, stipulis vetustioribus in- 
duratis spinescentibus. Ramuli juniores et petioli minutissime grisescenti- 
tomentelli. Foliola 7 ad.g dissite alterna sat longe (2 ad 5 mm.) petiolu- 
lata, ovato-lanceolata, apice longius breviusve acuminato vel caudato, basi 
acutã vel obtusã rarius rotundatã, fongitudine valde variabilia, in fertilibus 
vulgo 6 ad Io cent. rarius ad 16 cm. metientia, vulgo 1 2/3 ad 3 cm. ra- 
rius ad 4 cm. lata, tenuiter coriacea, penninervia et reticulata, supra glabra, 
infra tomento minuto valde adpresso plus minuve albidocanescentia (alba 
in individuis novellis). Paniculae terminales et in axillis superioribus, fo- 
liis breviores (solum juniores visae), undique dense ferrugineo-tomentosae. 
Flores (solum vidi alabastra nondum adulta ad 4 1/2 mm. longa) sessi- 
les; calicis (in fructiferis 2 mm. longi) dentes breves ac lati; petala ob- 
secure violacea, vexillo suborbiculato apice emarginato extus sericeo. Ova- 
rium villosum. Legumen vix stipitatum 4 ad 6 cm. longum, undique reti- 
culatum, ad semen planiuscule convexum solum 6 ad 8 mm. latum, alà 
super medium circa 1 3/4 cm. latã. 

Habitat ad cataractas inferiores fluminis Tapajoz in silvis non inun- 
datis, 1. A. Ducke 11-09-1916 n. 16.473 (flor.), 5-2-1917 n. 16.725 (fruct.) 
et 16.726 (juven.). | 

Foliolis saepius caudato-acuminatis, legumineque subsessili vel stipite 
minimo calice incluso cognoscendum. 


* Machaerium castaneiflorum Ducxe n. sp. 


Ad sect. IV (Reticulata). Frutex tortuosus sat humilis vel subscan- 
dens, caudice aculeis raris. Ramuli cinerei dense lenticellosi, novelli cum 
petiolis rhachidibus et foliolorum paginã inferiore dense ferrugineo-to- 
mentosis. Foliola 7 ad 9, coriacea, petiolulo crasso 2 ad 3 mm. longo, la- 
minã 3 ad 10 cm. longã 2 ad 6 cm. latã formã maxime variabili, basi cor- 
datã rotundatã vel obtusã, apice breviter (obtuse vel acute) acuminato ob- 
tuso rotundato vel retuso, paginã superiore glabrã opacã vel vix nitidulã, 
sicca plus vel minus nigricantia, nervis supra obsoletis, subtus tenuiter 
prominentibus. Racemi laterales, solitarii vel fasciculati, reflexi saepe uni- 
lateraliter ramosi, rarius in paniculã terminali parvã, breves vel ad 1 dm. 
longi, dense cano-vel fuscescenti-tomentosi; bracteae bracteolaeque sub- 
orbiculares, appressae, illae minimae, haec 1 1/2 ad 2 mm. longae. Flores 
subsessiles, calice fuscoferrugineo-sericeo-tomentoso, striato-rugoso, circa 
4 ad 5 mm. longo ac lato, brevissime late et obtuse dentato fere truncato, 
petalis calicis longitudinem duplam parum excedentibus, colore castaneo 


— 149 — 


cum albidolilacino variegatis, vexillo late orbiculari apice leviter emargi- 
nato, basi breviter unguiculato, intus marginibus exceptis glabro, extus 
densissime brunneosericeo, petalis reliquis multum angustioribus oblongis 
parum curvatis (carinalibus vix minoribus quam alis), glabris, ungue et 
fasciã longitudinali supra ipsum extus densissime tomentosis. Stamina mo- 
nadelpha. Ovarium subsessile, dense subaureo-sericeohirtum. Legumen sae- 
pe ad 6 cm. longum, leviter falcatum rarius subrectum, ad semen circa 1 
cm. latum et tuberculo marginali munitum, alã in medio circa 2 cm. latã 
venis reticulatã, adultum glabrum parce pilosulum, eo M. acutifolii simile 
at breviter (1/2 cm. vel brevius) stipitatum. 

M. opaco Vog. affine, at foliolis múlto minus numerosis minus cras- 
sis diversum. 

Hab. in terris argillosis locis siccis inter vegetationem secundariam, 
1. A. Ducke circa Obidos 22-g-I91O n. 11.030, 12-8-I9IÓ n. 16.329, in re- 
gione Rio Branco de Obidos 2-8-1912 n. 12.122, ad Ipanema prope San- 
tarem 18-8-I9I6 n. 16.353. 


/ Machaerium paraense DuckKE n. sp. 


Ad V (Pemninervia). Frutex alte scandens, inflorescentiis exceptis 
glaberrimus. Stipulae spinescentes breves recurvae. Folia vulgo 2 ad 3 dm. 
longa; foliola 5 vel 7, longiuscule pedicellata, usque ad 15 (vulgo 10) em. 
longa et ad 5 cm. lata, oblonga vel ovali-oblonga basi variabilia apice sat 
longe acuminata, subcoriacea tenuia, siccitate nigrescentia, utrinque parum 
-nitidula vel subopaca, dissitissime penninervia et tenuiter transverso-venu- 
losa, nervis primariis (in utroque latere vulgo 6, usque ad marginem di- 
“Stinctis) venulisque subtus prominentibus. Racemi in axillis superioribus 
et interdum terminales ramosi, folio multo breviores (vix usque ad 5 cm. 
longi), cum bracteis (parvis, post flores delapsos persistentibus) ferru- 
gineotomentosi. Pedicelli circa 1 mm. longi; bracteolae elliptico-oblongae, 
ut calix glabrae margineque brevissime ciliolatae, circa 5 mm. longae et 
3 mim. latae ; calix bracteolis subbrevior dentibus 4 plus minus obtusis bre- 
vibus latis, 5.º (infimo) his longiore angustiore. Petala lilacina; vexillum 
7 ad 8 mm. latum, laminã suborbiculatã extus tenuiter canosericeã, apice 
minime emarginatã, ungue glabro; alae ut carinae glabrae, oblique falcato- 
oblongae, vexillo plus quam dimidio angustiores, carinae his breviores et 
parum angustiores. Stamen vexillare totum liberum. Ovarium longe sti- 
pitatum, suturã superiore parce pilosulã exceptã glaberrimum. Legumen 
glabrum, usque ad 9 cm. longum, ad semen 1 1/2 ad 2 cm. latum hinc 


— 150 — 


leviter tuberculatum et plus minus intrusum, alã medio 2 1/2 ad 3 em. 
latã leviter falcato-recurvá, stipite 1/2 ad 1 em. longo. 

Habitat in ripis Igarapé da Bella Vista prope fluvium Tapajoz 14-1-1918 
fructif. n. 16.920; loco humido in silvis inter rivulos Ambé et Tucuruhy 
fluvii Xingú affluentes (prope viam publicam inter Altamira et Cachoeira 
do Tucuruhy) 23-8-1919 florif., Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.637; in ripis 
inundatis Furo Macujubim (Breves) 16-1-1920 fructif., Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 11.638; specimina omnia ab A. Ducke lecta. 


Cette espece ne peut être confondue avec aucune autre; le petit nombre 
des nervures primaires des folioles, les inflorescences toujours petites et les 
bractéoles qui excêdent un peu le calice sont des caractêres qui la distin- 
guent à premiere vue de toutes ses voisines. 


“ Machaerium decorticans Duck: n. sp. 


Ad V (Penninervia). Frutex scandens, magnus. Ramuli crassi, angu- 
lati, valde decorticantes; juniores rufi, parce et minute tomentelh. Sti- 
pulae latae, recurvae, apice spinescente interdum subincurvo. Folia vulgo 
2 ad ultra 3 dm. longa; foliola 9 ad 13, breviter pedicellata, usque ad 13 cm. 
longa et ad 5 cm. lata (saepius multo minora praesertim breviora, basalia 
saepe parva), plus minus oblonga, basi lata vel angusta saepe subcordato- 
rotundata rarius.obtusa, apice plerumque sat longe acuminata, subcoriacea, 
dissite penninervia (nervis primariis in utroque latere saepius IO ad I2, 
usque ad marginem distinctis, subtus elevatis) et tenuissime transverso- 
venulosa, supra nitida glabra, subtus opaca, tomentella et pallidiora. Pa- 
nicula terminalis saepius magna interdum ad 1/2 m. longa, floribunda, 
tomento denso minuto fusco-rufo vestita. Bracteae parvae caducae. Flores, 
sessiles, parvi; bracteolae minutae (vix 1 mm.) oblongo-ellipticae; calix 
2 1/2 ad 3 mm. longus dentibus ommibus brevibus. Petala alba violaceo- 
maculata; vexillum circa 7 mm. longum, laminã elliptico-oblongã apice 
emarginatã extus ad medium et apicem parce cano-sericeã, ungue tenui 
longo; alae et carina glabrae valde obliquae, illae laminã brevi latã, haec 
reliquis petalis angustior et brevior. Stamina monadelphia. Ovarium: par- 
vum pubescens longe stipitatum. Legumen glabrum, breviter stipitatum, 5 
ad 7 cm. longum, ad semen incurvum, crassum, impresso-reticulatum, pa- 
rum vel vix intrusum, infra 1 cm, latum, alã membranaceã elevato- reti- 
culatã vix ad 1 1/2 cm. latã. 

Habitat locis argillosis palustribus vel inundatis, silvis primariis ut . 
inter vegetationem secundariam: in terrenis olim cultis ad Iquitos Peru- 
viae amazonicae, 23-7-1906 florif., n. 7.499, et in regione Rio Branco de 


— 151 — 


Obidos, 26-1-1918 florif. n. 16.949; ad ripas inundatas Furo Macujubim 
(Breves) 17-1-1920 flor. et fruct., Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.649; prope 
fluvium Tapajoz medium ad locum Francez, silvã primariá, 20-12-1919 
flor., Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.650; specimina omnia ab A. Ducke lecta. 
Cette espêce se distingue de ses voisines par ses fleurs três petites, 
ses grandes inflorescences revêtues de duvet brun rouge mais avec Véten- 
dard três faiblement soyeux, etc. L'ayant d'abord confondue avec le M. 
floribundum Benth., j'ai distribué quelques doubles de Pherbier amazonien 
du musée de Pará sous ce dernier nom:; le revetement, le nombre des 
folioles, la forme des stipelles, la gousse três courtement stipitée ne permet- 
tent cependant pas d'attribuer notre plante à Pespece de Bentham laquelle 
je ne connais que d'aprês la description mais qui ressemble, selon Pauteur, 
au M. macrophylhim Benth., dont le facies est tout à fait différent de celui 


de notre espéce nouvelle. 


Wachaerium leiophyllum (DC.) BentTH. 


Cette espece dont le fruit représente un premier dégré de transition 
vers le type de celui du sousgenre Drepanocarpus, est une grande liane 
commune dans la forêt inondée de "Amazone pres de Gurupá (nos. 16.163 
et 16.535). Était connue, jusqu'ici, seulement de Guyane. 

J n'est pas possible de conserver le genre Drepanocarpus, non seule- 
ment parcequ'il ne représente qu'une forme du genre Machaerium adaptée 
a la dissémination par "eau (analogue à certaines especes de Pterocarpus, 
et aux sections Selenolobium. dans le genre Dalbergia, et Diplotropis dans 
celui de Bowdichia), mais surtout à cause des formes intermédiaires entre 
les deux types de fruit qui, seuls, ont servi à établir les deux genres. Les 
espéces M. leiophyllum et M. macrophylhum, par exemple, représentent deux 
dégrés de cette transition; la gousse jeune du dernier a le sommet mem- 
braneux (un commencement d'aile), mais, plus tard, celui-ci s'épaissit et 
endurcit, en se recourbant au même temps, et la gousse adulte se rapproche 
de la forme caractéristique des espéces connues jusqu'ici sous le nom 
générique de Drepanocarpus. 


Machaerium (Drepanccarpus) frondosum (MarrT.) DucxE n. comb. 


Se distingue du M. leiophyllum uniquement par ses épines et par le 
fruit qui est semblable à celui du M. (D.) lunatum mais à suture intérieure 
beaucoup moins arquée. Belém do Pará fruct. n. 16.577: encore rencontré 
au Tocantins (région du chemin de fer d'Alcobaça, n. 16.207), et au Xingú 
(Victoria, n. 17.163). 


— 152 — 


* Machaerium (Drepanocarpus) macrocarpum DvucxE n. sp. 


Ad sect. II, Reticulati Benth. Frutex alte scandens. Ramuli fusci, 
striati, novelli ferruginescenti — (demum fuscescenti —) puberuli mox 
glabrati. Stipulae hinc illinc persistentes modice induratae magnae, 8 ad 12 
mm. longae, rectae, basi late concavae, ovatae, longitudinaliter striatae, api- 
ce pungenti-lanceolatae. Folia vulgo 20 ad 25 cm. longa, foliolis saepissime 
11 amplis plus minusve ovalibus formã sat variabili, 8 ad 10 cm. longis 3 
ad 4 cm. latis (inferioribus brevioribus), brevissime crasse petiolulatis, basi 
oblique cordatis, apice obtusis vel acutis saepe mucronulatis, opacis vel su- 
perne subnitidulis, adultis supra glabris subtus tomentosis, penninerviis, 
costis secundariis juxta marginem recurvis sursum arcuatis supra tenuibus 
subtus valde prominentibus, venulis supra inconspicuis subtus elevatis sub- 
transversis. Panicula terminalis, foliis brevior vel subaequalis, canofusces- 
centi-tomentosa. Bracteas non vidi. Pedicelli crassi vix 1 mm. longi vel 
flores subsessiles, bracteolis tomentosis late ovatis calice adpressis, calicis 
longitudinis dimídio parum breviores. Calyx 5 ad 6 mm. longus breviter 
ac late dentatus, extus fuscescenti-tomentosus. Petala sordide violascenti- 
rosea, vexillo extus sericeo circa 9 ad 10 mm. longo orbiculato apice emar- 
ginato basi cuneiformi-unguiculato, alis et carinã vexillo vix brevioribus 
at multo angustioribus, parum falcatis. Stamina 10, monadelpha. Ovarium 
sat longe crasse stipitatum, tomentosum. Legumen modice reniformi-cur- 
vatum ad 6 cm. longum 3 1/2 cm. latum, novellum fuscescenti-tomento- 
sum, demum glabratum, apice rotundatum. 


In silvã secundariá terrae argillosae periodice inundatae ad Paraná de 
baixo de Obidos, 3-1-1916 n. 15.920, florif. et fructif.; prope Obidos 
23-1-I918 n. 16.928, fructif.; 1. A. Ducke. 


Stipulis latis semispinescentibus et legumine maiore quam in speciebus 
vicinis cognoscendum. 


! Tipuana erythrocarpa Ducxz n. sp. (planche 11 a). 


Species eximia solum in exemplaribus fructiferis et sterilibus cognita. 
Arbor circa 25 m.; ramuli petiolique fuscopubescentes; foliola 7 ad II 
saepius 9, adulta glabra supra plus minus nitida subtus opaca, margine 
subdenticulata, ovali-vel obovali-oblonga basi plus vel minus rotundata apice 
breviter abrupte acuminata, maiora usque ad 12 cm. longa et ad 6 em. 
lata. Panicula pyramidalis, pauciramosa, cum calice dense et persistenter 
rufoferrugineo-tomentosa. Stamina monadelpha, vexillari profunde soluto. 
Ovarium dense brunneosericeum. Legumen (nondum maturum) 11 ad I2 
cm. longum, purpureum, uniseminatum, stipite e calice solum brevissime 


exserto, parte seminiferã reticulato-rugosáã, inter stipitem et stylum 
carinã valde elevatã percursã, alà venis ex parte reticulatis transverse 
striatã, 3 ad 3 1/2 em. lat. 

Habitat in silvis primaevis collium, prope Cachoeira do Mangabal flu- 
minis Tapajoz, 1. A. Ducke 16-2-1917 n. 16.770; in collibus ad Cachoeira 
da Montanha ejusdem fluminis a me visa. 

Cet arbre, en état fructifere, attire Vattention par sa cime entiérement 
rouge, couverte de nombreuses gousses mais completement dépourvue de 
feuillage; cette couleur lui donne un peu Papparence d'un “angelim pedra” 
(Hymenolobium petracum) mais sa cime est de petites dimjensions et la 
couleur des gousses est pourpre foncé et non pas rouge sang. Les gousses 
beaucoup plus grandes que chez les autres especes, rouges et avec arête 
tres fortement élevée sur la partie seminifére, et le revêtement épais de 
Pinflorescence, ne permettent aucune confusion de notre nouvelle espece 
avec celles-ci, même sans la connaissance des fleurs. Le bois, dont je n'ai 
fait couper qu'un petit morceau, est à fond' jaune d'oeuf rayé de três gros- 
ses fibres brunes; il ressemble au bois du Vatairea guianensis mais il est 
lourd et sa texture est encore beaucoup plus grossiere. 


Tipuana amazonica Ducxr (planche 11 b). 


Encore fréquent dans le campo aux alentours de Santarem; rencontré 
par Hoehne prês de Cuyabá. Le T. macrocarpa var. cinerascens Benth,, 
décrit de cette derniere localité, semble se reférer à [espêce présente, mais 
Pauteur ne fait pas mention de la couleur des fleurs qui sont d'un beau 
violet clair chez Vamazonica, mais jaunes (d'aprês la Flora Brasiliensis) 
chez le macrocarpa. 


Genre Vatairea Aupr. (fructif.). 


Andira sect. Aristobulia “Mart.” Benth. (florif.). 

Pterocarpus Dalla Torre et Harms, ex parte (fructif.). 

Calix turbinato-campanulatus crassus, basi attenuatus, apice non in- 
curvus late truncatus brevissime 5-dentatus. Vexillum suborbiculatum basi 
non appendiculatum, ungue brevi lato. Alae et carinae ut in genere Andira. 
Stamina monadelpha vaginã latere superiore fissã, antheris versatilibus 
longitudinaliter dehiscentibus. Ovarium subsessile 1-ad 3-ovulatum:; sty-- 
lus brevis. Legumen magnum indehiscens orbiculatum vel ellipticum com- 
pressum crasse suberosum, semine unico suborbiculari compresso molli 
viridi. á 

Arbor habitu generis Andira, stipulis caducis, foliis alternis pinnatis 
foliolis 9 ad 15 alternis, stipellis non visis. Flores magni, in paniculã termi- 


Et: ue 


nali magnã pyramidatà, bracteis et bracteolis subpersistentibus, petalis laete 
violaceis. Genus inter Pterocarpus et Andira intermedium. 


Vatairea guianensis Avpr. 


Andira amazonum “Mart.” Benth. 

Appelé, dans la région de Belém, “fava de empigem” (feve à eczema, 
parce qu'on emploie le suc de la gousse pour le traitement local de certaines 
affections de la peau); au bas Amazone simplement “faveira”, mais ce 
nom est donné à plusieurs légumineuses appartenant aux trois sousfamilles. 
Je me suis déja reféré, dans la premiêre partie de cette étude (Archivos, 1) 
à la synonymie, longtemps confuse, de cette espece assez commune dans 
toute I'“hylaea” mais sans doute pas représentée en spécimens complets 
dans les herbiers d'Europe. Dalla Torre et Harms (Genera Siphonogama- 
rum) quoique basés probablement sur les seules description et figure de 
Pouvrage d'Aublet, suppriment le genre Vateairea, pour réunir Iespéce à 
Pterocarpus; en effet, le fruit de celle-ci est subéreux comme chez Pte- 
rocarpus draco et amazonicus (seulement beaucoup plus grand que chez 
ceux-ci, plus plat, rond), mais les fleurs se distinguent de celles des espe- 
ces mentionnées par la forme du calice. Le bois est tres différent de celui 
des genres Pterocarpus et Andira, de couleur jaunâtre ou brun jaune à 
stries jaune vif, densité et dureté moyennes, grain grossier; je Vai vu em- 
plové dans les constructions seulement à Gurupá ou il est estimé pour sa 
résistence à l'humidité excessive de la région. 


! Pterocarpus ormosioides Duckt n. sp. (planches 11 c et 12). 


Arbor 20 m., inermis, cortice succo rubro defluente, innovationibus 
parce adpresse pilosulis exceptis tota glaberrima. Stipulae non visae ca- 
ducissimae. Foliola saepissime 5 rarius 4 vel 3, dissite alterna, petiolulis 
2 ad 4 mm. longis, 5 ad 15 cm. longa 3 ad 7 cm. lata (apicalia gradatim 
maiora quam basalia), ovato-elliptica apice longe acuminata acumine obtu- 
so vel leviter retuso, basi rotundata vel cordata, rarius obtusa, tenuiter 
coriacea, supra nitidula subtus opaca pallidiora, tenuiter et dissite penniner- 
via et tenuiter venulosa nervis longe ante marginem anastomosantibus. 
Racemi laxiflori, saepissime reflexi, in paniculas terminales erectas dispo- 
siti rarius axillares solitarii, usque ad 10 em. rarius 15 cm. longi, simplices 
vel rarius ramosi, rhachidibus tenuibus, novellis parcissime pilosis demum 
glabris; bracteae lanceolatae circa 4 mm. longae parce appresse pilosulae, 
caducissimae, bracteolae parum breviores ante anthesin caducae; alabas- 
tra usque parum ante anthesin calice clausa, apice oblique incurva; pedi- 

elli sub anthesi 2/3 ad 1 mm. longi; calix circa 6 mm. longus circa 4 mm. 


— 155 — 


latus, extus parce ferrugineo-tomentellus, basi obtusus, apice bilabiatus, 
dentibus duobus superioribus altius connatis breviter triangularibus, infe- 
rioribus tribus angustis; petala glaberrima atroviolacea vexillo fasciã me- 
dianá viridi — albidã ornato, hoc 7 ad 8 mm. longo breviter unguiculato 
laminã 6 ad 7 mm. latã, late suborbiculata margine undulatã nec emargi- 
natã, alis et carinã vexillo vix brevioribus, falcato-obliquis longe et te- 
nuiter unguiculatis, petalis carinalibus dorso breviter connatis, angustis ; 
stamina monadelpha ; ovarium, margine superiore adpresse pilosum, sessile. 
Legumen (nondum maturum) sessile, circa 6 cm. longum, parte semini- 
ferã incrassatã reticulatà 2 1/2 ad 3 em. latã, alã basi circa 2 em. latã 
margine superiore recto vel falcato stylo apiculato, margine inferiore valde 
arcuato, nervis ad marginem superiorem longitudinalibus, marginem infe- 
riorem versus transversaliter reticulatis. 

Habitat in regione fluvii Tapajoz cataractarum inferiorum, silvã ri- 
pariã periodice inundatà, prope locum Periquito 13-1-19I8 florif. n. 16.918, 
prope Pimental 20-2-1917 fructif. n. 16.780 1. Ducke, prope Bella Vista 
visum. 

Cette espece est facile à reconnaitre surtout par sa gousse; celle-ci 
est três différente des gousses de tous les autres Pterocarpus connus, elle 
rappelle les gousses des Machaerium, mais elle a Vaile beaucoup plus courte 
(pl. 11 c.). Le long calice bilabié, à sommet obliquement recourbé dans le 
bouton clos, est celui d'un vrai Pterocarpus, mais sa base obtuse indique 
une transition vers Machaerium. L'aspect de Iarbre, les racines en con- 
treforts à la base du tronc, le bois entierement blanc et le suc rouge de 
Pécorce sont semblables à ceux du “mututy” commun des terres inondées 
(Pt. amazonicus et Pt. draco); les pétales entiegrement glabres d'un violet 
noirâtre avec une bande pâle sur Pétendard cependant donnent aux spéci- 
mens floriféres l'aspect de certains Ormosia. 


/ Pterccarpus Kuhlmanni Duck: n. sp. 


Arbor inermis, innovationibus «exceptis glabra. Stipulae crassae, obtu- 
sae, adpressae, subpersistentes. Foliola quina vel rarius trina (in jugo op- 
posita rarius subopposita), petiolulo circa 3 ad 4 mm. longo, 6 ad 10 cm. 
longa 2 ad 5 cm. lata (apicalia parum maiora quam basalia), oblonga vel 
ovato-oblonga vel obovata interdum cuneata apice breviter vel mediocriter 
acuminata acumine seta longã deciduã coronato, basi obtusa rotundata vel 
cordata, coriacea supra nitidula subtus opaca et pallida, penninervia nervis 
ante marginem anastomosantibus, venulis reticulatis obsoletis. Inflores- 
centia ut in specie praecedente at racemis densifloris dense fuscotomento- 
sis, bracteis rigidulis lanceolatis concavis minus caducis circa 5 mm. longis, 


— 156 — 


bracteolis brevioribus lanceolato-ovatis calici adpressis ad anthesin persis- 
tentibus, floribus sessilibus; alabastra ut in specie praecedente; calix ut in 
specie praecedente at maior (8 ad 10 mm. longus), dense ferrugineo-to- 
mentellus, dentibus labii inferioris vix angustioribus quam labii supe- 
rioris; petala ut in specie praecedente colorata et configurata at maiora 
(vexillum 11 ad 12 mm. longum), alis et carinis quam in specie praecedente 
latioribus; stamina monadelpha; ovarium sessile, longe et dense adpresse 
ferrugineo-pilosum, stylus parce pilosus apice glaber. Legumen novellum 
(adultum non vidi) crassiusculum dissite crasse venosum, orbiculatum apice 
breviter triangulari-subalatum, stylo in apice centrali, maximum quod vidi 
2 1/2 cm. longum et 2 em. latum. 

Habitat in silvis regionis Rio Branco superioris (civitate Amazonas), 
1. J. Geraldo Kuhlmann: ad Jarú mense 1-1913 florif. Herb. Jard. Bot. 
Rio de Janeiro n. 2.980, ad locum Pau Brasil mense IV-1913 fruct. nov. 
in eodem herbario n. 3.085. 

Cette espece a été découverte par le distingué botaniste (de la Com- 
mission des. lignes télégraphiques stratégiques de Matto Grosso à PAma- 
zone) dont je lui donne le nom, dans une excursion à la frontiére septen- 
trionale du Brésil; elle se distingue du Pt. ormosioides par les folioles oppo- 
<sées, terminées dans une longue soie décidue, les stipules, bractées et bra- 
ctéoles plus développées et plus persistentes, le revêtement des inflorescen- 
ces, les fleurs plus grandes, les dents inférieures du calice peu moins larges 
que celles de la lêvre supérieure; les gousses de nos spécimens sont encore 
três jeunes mais appartiennent évidemment au type de celles du Pt. ama- 
sonicus. La couleur des fleurs commune aux deux espéces nouvelles Pt. 
ormostoides et Pt. Kuhlmanni separe celles-ci de toutes leurs congéneres. 

, 


Platymiscium Duckei Hvr. 


Les fleurs, sessiles chez le spécimen typique, ne représentent qu'une 
anomalie; chez les arbres cultivés au Jardin Botanique du Pará, les fleurs 
ont des pédicelles longs jusqu'a 6 mm,, 


Platymiscium filipes BenTH. 


Cette espece se caractérise par ses folioles (5, plus rarement 7) lon- 
guement acuminées et qui restent toujours membraneuses, ses inflores- 
cences grêles, glabres, sa gousse plus ou moins courbée à marge extérieure 
uniformement arquée, à marge intérieure três distinctement sinuée au mi- 
lieu, longue de 7 à 8 cm., large de 3 à 4 cm. Elle habite les rives inon- 
«dées, vaseuses de ruisseaux, dans les proximités de "Amazone à Gurupá 
(florif. 13-8-1918 n. 17.198, fructif. 15-5-I916 n. 16.172) et au Tapajoz 


— 157 — 


prês des rapides du Mangabal (fructif. 3-9-1916 n. 16.444). Jusqu'ici, om 
ne la connaissait que de Cayenne. Je n'en ai vu que de petits arbres qui 
même par aspect de leur tronc, different des autres Platymiscium que je 
connais; le coeur du bois, quoique três réduit dans ces individus, est sem- 
blable à celui du P. Ulei Harms, mais celui-ci a les folioles subcoriaces- 
dans les spécimens fructiféres, plus courtement acuminées au bout, le fruit 
plus grand, surtout plus allongé, son bord intérieur à peine légerement si- 
nueux, le bord extérieur peu convexe. 


Platymiscium Ulei Harms. 


Cette espéce qui est un des arbres caractéristiques de la forêt de la 
“varzea” à sol argileux de 1 Amazone, est encore fréquente à Gurupá 
et dans le canal Tajapurú au commencement de Pestuaire du fleuve. C'est 
la plus commune des espéces désignées sous le nom de “macacauba”. 


v Platymiscium nigrum Dvucxe n. sp. 


Arbor mediocris trunci cortice crasso longitudinaliter rugoso, ramulis: 
cinereis. Stipulae crassae, breves, latae, apice acutae. Folia glabra, matura 
subcoriacea, novellorum petiolis et rhachidibus hinc illinc puberulis, fo- 
liolis 5 rarius solum 3 superne nitidulis inferne subopacis, petiolulo circa 
3 ad sm. longo, laminã oblongo-ovatã basi obtusã apice plerumaue breviter 
complanato-acuminatà, in speciminibus fertilibus vulgo 4 ad 10 cm. longã. 
3 ad 4 1/2 em. latã. Racemi ad 6 cm. longi rhachidibus bracteis bracteo- 
lisque dense ochraceo-tomentosis, his concavis apice acutis, parvis, caducis. 
Flores subsessiles vel breviter pedicellati, calyce glabro, 3 ad 3 1/2 mm. 
longo, 2 1/2 mm. lato, campanulato, breviter 5-dentato, petalis glabris lu- 
teis calycis longitudine triplã, inter se aequilongis, angustioribus quam im 
reliquis speciebus mihi cognitis. Ovarium longe stipitatum. glabrum. Le- 
gumen longe stipitatum, adultum stipite excluso circa 6 ad 7 cm. longunr 
Brera 1/20em latum. 

Habitat in margine campi ad S. José do Cicatanduba infra Obidos 1. 
A. Ducke floriferum 4-1-1916 n. 15.926, fructiferum 26-7-I9I2 n. 12.073. 

Differt a specie P. Duckei Hub. foliolis apice complanato-acuminatis, 
foliis floribus leguminibusque multum minoribus, ligno non rubro sed ni- 
grescente. 

Espéce rare dont je ne connais que 3 arbres qui existent au campo de: 
São José do Cicatanduba, en aval d'Obidos, en terrain argileux tout pres 
de la limite des terres inondées de la “varzea”. L/aspect de ces arbres ne dif- 
fére en rien de celui des macacaubas (P. Ulei, P. Duckei et autres espéces 
mal connues du même genre botanique) mais ils ne sont pas habités par 


ch TN ps 


des fourmis et leur bois est différent. La couleur de celui-ci est à fond 
brun rouge plus ou moins foncé, couvert en grande partie par de larges 
veines longitudinales brun foncé ou noir; il est três dur; densité voisine de 
I, 2; les piêces les plus foncées ressemblent beaucoup au palissandre prove- 
nant de Dalbergia Spruceana et Machaerium acutifolium. 


Hymenolobium excelisum Ducxr. 


Bois dur, de três grosses fibres encheveêtrées, marbré en ondes irré- 
guliêres brun rouge clair, d'un bel effêt, sur fond jaune grisâtre. 


Hymenolobium pulcherrimum Dvucxr. 


Encore vu aux environs de Gurupá, et collectionné dans le chemin de 
la Volta du Xingú (n. 16.600). Bois ressemblant à celui de "H. excelsum 
mais moins dúr et de fibres plus jaunátres, marbré de vagues taches brunes 
três largement espacées; son odeur est désagréable quand on le travaille 
encore vert. 


Hymenolobium modestum Dvycxr. 


Dans la grande forêt, cette espéce est un três grand arbre de même 
que les especes voisines. Encore du Rio Tapajoz, Bella Vista (au pied 
du dernier rapide du fleuve), 5-2-1917, florifere. Bois analogue à celui 
de PH. excelsum mais de fibres moins grosses et plus droites, d'un brum 
rouge clair se détachant peu sur le fond grisâtre. 


Hymenolobium petraeum Dvckxr. 


On observe parfois des stipelles três petites, glabres. Cette espece est 
la plus répandue dans Pétat de Pará; en dehors des localités citées dans 
la premiere partie de ce travail, je [ai encore observée à Gurupá (n. 16.697, 
arbre énorme de la forêt); à Montealegre (ns. 16.028, 16.495 et 16.522, 
dans la forêt et dans le “campo coberto” (campo parsemé d'arbres), dans 
ce dernier de dimensions três reduites, mais toutefois Varbre le plus élévé 
de ces parages; dans le Rio Xingú sur la route carossable de la Volta 
(n. 16.596); prês de Santarém sur la “Serra” en amont de Diamantino. 
— Bois dur, à fibres plus fines que celles de Vexcelsum, serrées et noueu- 
ses, brun rouge clair grisâtre, taché çá et lã de brun noirâtre. 


Hymenolobium complicatum Duck: n. sp. 


Arbor magna vel maxima 35 ad 45 metralis, comã latã, trunco ultra 
3 m. diametro, cortice fuscocinereo in lamellas magis minusve soluto. Ra- 


— 159 — 


muli novelli et petioli minute tomentelli demum glabrati. Folia 5-ad 7-fo- 
liolata stipellis minimis valde deciduis, petiolulis 4 ad 6 mm. longis, fus- 
cis; foliola opposita cum impari distante superne glaberrima et nitida, infra 
tenuiter tomentosa, pallida et opaca, utrinque tenuiter penninervia et dense 
reticulato-venulosa, basi et apice saepissime complicatis, hoc breviter obtuso 
vel rarius leviter emarginato, ill obtusã vel rarius rotundatã, 6 ad 10 cm. 
rarius ad 12 cm. longa, 3 ad 4 cm. rarius ad 6 cent. lata, ovato-vel obovato- 
vel elliptico-oblonga. Stipulas, bracteas et bracteolas, valde caducas, non 
vidi. Flores in arbore totã vel rarius (in junioribus) ex parte defoliatã in 
paniculis; rhachides tomentelli; calix flavidovirens, siccus ferrugineus, gla- 
ber, apice ciliatulus, oblique turbinatus vel campanulatus, basi acutus, circa 
9 mm. longus apice circa 10 mm. latus; petala pallide rosea. Stamina 9 in 
vaginam alte unita, decimum profundius solutum. Ovarium glabrum, sti- 
pite in calycis fundo brevissimo. Legumen glaberrimum, ut in reliquis spe- 
ciebus nervosum et reticulatum, junius albidoviride, maturum 12 ad I9 cm. 
longum 3 1/2 ad 4 1/2 em. latum, 1-vel 2-seminatum, stipite minimo. 

In silvã primariã locis altis circa cataractas Mangabal tao Tapa- 
joz sat frequens 1. A. Ducke 8-2-1917 n. 16.741. 

Speciei H. nitidum Benth. (regionis fluminis Uaupés incolae) affine, 
at formã foliolorum, staminibus 9 multo altius connatis quam: decimo, le- 
gumineque subsessili faciliter distinguendum. 

L'arbre le plus grand de la forêt pas trop humide des hautes terres 
des environs des rapides du Mangabal dans le moyen Tapajoz. Le bois 
dont je n'ai pu obtenir qu'un échantillon de dimensions réduites est plus 
tendre que celui des autres “angelins” de Pétat de Pará, il est d'un brun 
rouge clair, et semble avoir des fibres plus réguliéres et ne pas être coloré 
d'ondes brunes. 


ESPECES CONNUES D'HYMENOLOBIUM 


A: Folioles 5 ou 7, assez grandes (longues de 6 à 12 cm., larges de 3 à 
6 cm,), à face supérieure glabre et luisante; leurs stipelles três petites 
et três caduques. Gousse glabre. 


a: Gousse presque sessile, vert blanchãtre. Três grand arbre. Col- 
lines du Moyen Tapajoz. H. complicatum Ducke. 


b: Gousse distinctement stipitée. 


1: Calice ayant presque 4 lignes de long: gousse jeune mé- 
surant 3 pouces de long sur 6 lignes de large, son stipe 


ty 


— 160 — 


plus long que le calice. Grand arbre. Uaupés (Rio Ne- 
gro). H. mitidum Benth. (d'apres la Flora Bras.). 


Fleurs plus petites, gousses plus courtes et plus larges, 
leur stipe plus court que le calice. Arbrisseau parfois 
presqu'un petit arbre. Maceió (Alagõas). H. alagoanum 
Ducke (= H. nitidum var. Benth.). 


B: Folioles 9 à 49, beaucoup plus petites (long. 1 1/5 à 6 cm,, larg. 1/3 
à 2 1/2 cm.), à face supérieure parfois glabre mais jamais luisante ; 
calice long de 4 à 7 mm. 


a: Folioles g à 17, glabres en dessus, long. 3 à 5 1/2 cm, larg. 
11/22 1/2 cm.; stipelles três petites glabres, três caduques. 
Gousse rouge sang, nue, longue de 6 à 12 cm., large d'1 1/2 
à 3 cm. Três grand arbre dans la forêt, de taille moyenne 
dans les campos montagneux. Amazonie inférieure. H. pe- 
tracum Ducke. 


b: Folioles 13 à 49, avec stipelles plus ou moins persistantes ; 
gousse (inconnue chez PH. elatum) enduite d'une fine cou- 
che cireuse gris violacée, mésurant jusqu'a 18 cm. sur 4 em. 


= 


ty 


Folioles 13 à 21, à face supérieure glabre ou presque 
glabre, long. 3 à 6 cm., larg. 1 à 2 1/2 cm.; bractées d'en- 
viron 1 1/2 mm., bractéoles jusqu'a 1 mm.; gousse vert 
clair (dessechée: brun rougeátre). Arbre de taille gran- 
de ou três grande, rarement moyenne. Obidos, Faro, 
Tapajoz. H. modestum Ducke. 


Folioles 21 à 29, à face supérieure un peu pileuse, long. 
3a 5cm.larg. 1 1/2à 2 cm., bractées et bractéoles plus 
développées que chez les autres espéces, les premiéres de 
3 à 4 mm., les dernieres dr à 1 1/2 mm.; gousse rose 
pourpré avec une tache vert jaunâtre au milieu. Arbre 
três grand. Région entre les lacs de Faro et du Sapucuá ; 
bas Trombetas; moyen Tapajoz et Xingú; Gurupá. H. 
pulcherrimum Ducke. 


Folioles 17 à 27, à face supérieure un peu pubes- 
cente, long. 2 à 3 1/2 cm,, larg. 2/3 à 1 1/2 cm.; gousse 
inconnue. Arbre três grand. Belém do Pará. H. elatum 
Ducke. 


— 161 — 


4: Folioles 27 à 49, plus fortement pileuses, long. 1 1/5 à 
2 em., larg. 1/3 à 4/5 cm.; bractées et bractéoles cadu- 
ques, celles-ci d'1 1/2 mm.; gousse vert jaunâtre avec 
larges marges rougeâtres. Arbre três grand. Amazonie 
inférieure. H. excelsum Ducke. 


” Lonchocarpus paniculatus DucxE n. sp. 


Inflorescentiã et legumime ad seriem V (Paniculati) pertinere vide- 
tur, at pedicellis ut in serie Neuroscaphi bifloris. Arbor 10 ad 20 m. Ra- 
muli novell rufescenti-tomentosi mox glabrati. Stipulae subulatae, ca- 
ducissimae. Folia saepius ultra 2 dm. longa; foliola 7 ad II, saepius 9, 
ad 4 rarius 5 mm. petiolulata, vulgo 5 ad 10 cm. longa et 2 1/2 ad! 3 I/2 
cm. lata, ovato-vel obovali-oblonga, basi acuta vel rotundata, apice acuta 
vel breviter acuminata et mucronulata, membranacea, incurva, supra spar- 
sius subtus dense adpresse sericeopilosa, costis secundariis tenuibus, in 
utraque paginã conspicuis at subtus semper distincte elevatis, primum a 
costã medianã valde demum parum divergentibus, venulis subtus distincte 
transverse reticulatis. Racemi cano-tomentosi, ommes in paniculam termina- 
lem amplam 2 ad 3 dm. longam. compositi, infra medium floriferi, saepius 
Iad1 1/2 dm. longi, bracteis bracteolisque parvis caducis, pedicellis circa 
3 mm. longis, tenuíbus, geminis in pedunculo tenui circa 3 mm. longo. 
Calix sub anthesi circa 8 mm. latus 5 mm. longus, cano-vel rufo-tomento- 
sus, dentibus brevibus saepius distinctis; vexillum 12 ad 14 mm. latum 
et parum minus longum, extus albosericeum, intus basi utrinque leviter 
calloso-incrassatum ibique pilosum; alae et carinae falcato-oblongae, hae 
extus dense sericeae, illae solum basi et medio pilosae. Ovarium sessile, 
dense sericeo-hirtum, 9g-ad 11 ovulatum. Legumen dense subaureo-sericeum, 
stipitatum, 8 ad 11 cm. longum ultra 2 cm. latum, inter semina saepe 
leviter constrictum, submembranaceum, tenue, prope suturam vexillarem 
plus minus dilatatum, vulgo 2-ad 4-seminatum; maturum non vidi. 

Habitat in silvis primariis ad Rio Branco de Obidos, terris argillosis 
compactis rufis fertilissimis, 1. A. Ducke n. 15.250 (foliis alabastrisque no- 
vellis), florif. 1-3-1918 n. 17.006; florif. et fruct. 31-10-I9IQ et I1-I-1920, 
Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 5.314. 

Cette espece nouvelle est le plus grand et le plus beau des Loncho- 
carpus amazoniens; elle semble limitée aux terrains d'argilé brun rouge 
(doués d'une fertilité extrême) de la région du petit Rio Branco, à une 
quarentaimne de kilometres au NE. d'Obidos; elle y est fréauente dans les 
terramns bas et un peu marécageux, aussi bien que sur les collines. Ses 
fleurs ressemblent à celles du L. sericeus mais Pétendard n'a pas d'appen- 


Jardim Botanico II 


— 162 — 


dicules distinctes; la gousse ressemble dans la forme à celle du dernier 
mais est presque membraneuse (je n'ai cependant pas vue des gousses 
parfaitement adultes); linflorescence qui est une grande panicule termi- 
nale, richement fleurie, semble caractéristique de notre espéce. Les folio- 
les fraiches ont la face inférieure soyeuse d'un beau blanc argenté lequel 
cependant passe, chez les spécimens d'herbier, peu à peu à un blanchátre 
plutót sale. 


Lonchocarpus nicou (Avzr.) Benth.? 


J'ai vu, à Gurupá, une liane cultivée (n. 16.561) que Von considére 
comme un des meilleurs “timbós” pour enivrer le poisson; elle correspond 
bien à la description et figure de Robinia nicou de Vouvrage d'Aublet, 
mais les étamines ne sont pas différentes de celles des autres espéces de 
ce genre tandisqu' Aublet décrit comme diadelphes celles de son espece. 
Je crois qu'il s'agit simplement d'une anomalie. Aublet ne figure pas Vin- 
florescence de cette espece, qui est, chez nos spécimens, três dense, plus 
longue ou plus courte que la feuille. — TI se pourrait encore agir d'une va- 
riété du L. rufescens Benth., mais celui-ci serait un arbuste à feuilles g-fo- 
liolées. Chez notre espece les feuilles sont .5-à 7-foliolées, les fleurs un 
petit peu plus grandes que chez le L. floribundus, mais Vétendard três peu 
soveux. Le revétement de la face inférieure des feuilles et des inflorescen- 
ces est d'un roux ferrugineux accentué comme je ne le connais pas chez 
aucune autre espece de ce genre. 


- Coumarouna speciosa DyucxE n. sp. 


Arbor magna inflorescentiis exceptis glabra. Foliorum petiolus et rha- 
chis anguste applanati, haec ultra foliolum terminale brevissime protracta. 
Foliola 3 ad 5 (vel 6?) breviter (circa 4 mm.) petiolulata pleraque alterna 
subcoriacea, conspicue pellucidopunctata, oblongo-ovalia breviter compli- 
cato-acuminata, basi rotundatã vel obtusã parum obliquã, saepe leviter fal- 
cata, costã centrali vel parum excentricã, subtus paulo pallidiora, ad 12 cm. 
longa, ad 4 1/2 cm. lata at saepius tertiã parte minora. Panicula ampla 
valde floribunda, tenuiter albidotomenteila, bracteis bracteolisque cadu- 
cissimis, pedicellis tenuibus 3 ad 5 mm. longis. Flores odoratissimi sub- 
glabri circa 1 cm. longi, calicis tubo obliquo 2 mm. vix longiore, lobis 
superioribus circa 1 cm. longis 1/2 cm. latis petaloideis tenuibus albis, in- 
ferioribus tribus in setas ciliatulas acuminatis medio fere 2 mm. longo, 
lateralibus minimis. Petala unguiculata, apice (vexillo etiam in medio) 
saturate violacea, vexilli calice paulo brevioris laminã orbiculari reflexã, 


Er w 


— 163 — 


alis vexillo aequilongis at dimidio angustioribus, oblongis parum. falcatis, 
carinã alis parum minore. Ovarii stipes brevis crassus, sutura vexillaris et 
stylus ultra medium longe albopilosi. Drupae endocarpium vetustum sub 
arbore lectum fructibus minoribus Coúmarounae odoratae simile. 

Habitat ad flumen Tapajoz prope Cachoeira do Mangabal, ad rivuli 
silvestris marginem paludosum, 1. A. Ducke 1-9-1916 n. 16.435. 

Larbre fleuri est notable par ses fleurs três nombreuses à calice blanc 
et pétales violet foncé, à odeur três forte rappellant celle de Jasminum 
sambac (“jasmim bougary”). 


Coumarouna polyphylla (Hvuzr.). Ducke. 


Fruit ovoide comprimé de 3 1/2 à 4 cm. de long, et environ 3 em. 
de large. — Grand arbre de la forêt de terre ferme, d'une beauté remar- 
quable à Vépoque de sa floraison (aoút, dans Pétat de Pará) ou il appa- 
rait entieérement couvert de fleurs d'un rose três vif, odorantes. D'une 
distribution vaste dans " Amazonie: découvert dans le haut Japurá ou Ca- 
quetá (Colombie), plus tard retrouvé pres de Gurupá au commencement de 
Vestuaire amazonien (n. 16.546) et au moyen Xingú (chemin de la Volta, 
n. 16.507) et Tapajoz (région des cataractes inférieures, n. 16.400). Dans 
cette derniére riviére, Pespece n'est pas trop rare, je Pai vue en plu- 
sieurs localités depuis Bella Vista au pied du dernier rapide jusqu'aux 
rapides du Mangabal. 


Coumarouna odorata AvpL. — C. tetraphylla (Benth) n'est qu'une 
variété que I'on rencontre dans le bas Amazone, Tapajoz et T'rombetas, sur- 
tout dans les endroits secs. A Manãos, j'ai vu fréquemment des individus 
dont quelques feuilles correspondent à Vune, d'autres feuilles à Pautre de 
ces prétendues especes. 


SYNOPSE DES ESPECES BRÉSILIENNES DE COUMAROUNA 


4: Sépales presques glabres, les majeurs membraneux, pétaloides. Folio- 
les 3 à I4. 


a Pétiole et rachide des feuilles étroits, à peine excédant 1 mm: 
de largeur; pointe terminale du rachide três courte; folioles 
3a 5 (ou6 ?), ovales, à côte peu excentrique, marquées de points 
transparents. Sépales majeurs blancs, sans points transparents; 
sepales mineurs sétacés. Ovaire velu. Longuewr des fleurs environ 
1 cm. C. speciosa n. sp. — Moyen Tapajoz. 


Ed 


— 164 — 


b Pétiole et rachide dilatés de chaque côté em aile de largeur varia- 
ble; pointe des rachides longuement acuminée; folioles 6 à 14, 
oblongues, à côte três excentrique. Sépales majeurs roses, parse- 
més de glandes transparentes convexes; sépales mineurs en forme 
de petites dents. Ovaire glabre. 


aa Folioles 6 à 12, ornées de points transparents plus ou moins 
biens visibles. Fleurs d'environ 6 à 10 mm. de longueur. 
C. alata (Voc.) Taub. — Minas, Goyaz et Matto Grosso 
(Flora Brasil); Maranhão: São Luiz et Caxias (A. Ducke). 


bb Folioles 12 ou 14 (rarement 6 à 10 chez des feuilles pas bien 
développées), sans traces de points transparents. Fleurs d'en- 
viron 12 à 15 mm. de longueur. CG. polyphylla (Hus.). 
Ducke — Gurupá; moyen Xingú; moyen Tapajoz; moyen 
Japurá. 


Sépales coriaces, densement revêtus de duvet brun ferrugineux. Fo- 
lioles 4 à 8. Ovaire glabre. 


a Rachide des feuilles à pointe à peine prononcée; fleurs excédant 
un pouce de longueur, roses (selon la Fl. Bras.). G. rosea 
(BentTH.) Taub. — Haut Rio Negro. 


b Rachide des feuilles terminé en longue pointe au delã de Vinser- 
tion de la derniere foliole. Longueur des fleurs jusqu'a 1 1/2 em.; 
pétales rose lilas, étendard plutôt blanchátre. C. odorata Avsr. 
Toute P “hylaea”. 


Etaballia guianensis BenTH. 


Fréquent encore au sud de "Amazone sur les rives du Rio Xingú: 


pres de Victoria en aval de la Volta (n. 16.588), et aux environs d'Alta- 
mira en amont de cette derniere (n. 16.616); dans la région des cataractes 
mférieures du Tapajoz (n. 16.773 et 16.900). Le fruit qui n'à pas encore 
été décrit, est me gousse plate, dure, quoiqu'un peu spongieuse; il a la 
grandeur et presqu'a peu aussi la forme de celui du Pterocarpus violaceus 
Vog., mais 1l est beaucoup plus oblique, uniformement dur, beaucoup plus 
fortement réticulé surtout dans le sens longitudinal. Il contient une seule 
graine plus ou moins lenticulaire dont linsertion est plus excentrique que 
chez le mentionné Pterocarpus; il semble indéhiscent mais je n'en ai vu 


— 165 — 


que des exemplaires encore três jeunes. Le bois est beau, veiné de jaune 
rougeâtre et rouge brun violacé, dur et lourd, grain fin; à Obidos et à 
Faro on Pappelle “mututy”, nom qui est appliqué communément aux es- 
péces du genre Pterocarpus à bois blanc et mou (P. amazonicus Hub., P. 
draco L., P. Rohrn Vahl). 


Clitoria cbidensis Husz. 


Gousse (unique que j'ai vue) fortement velue, rectiligne, se terminant 
en pointe, de 10 cm. de long sur 12 mm. de large, s'élargissant assez rapide- 
ment jusqu'a 2 cent. de la base, puis três peu jusqu'aux 4/5 de la lon- 
gueur totale; valves simplement un peu convexes, couvertes de stries fines, 
creuses, obliques. Graines globuleuses. 


VClitoria Snethlageae Duck: n. sp. 


Frutex caule ligneo subcompresso lenticelloso, in arbores altas volu- 
bilis, ramulis striatis, glabris vel minime pilosulis. Stipulae ovatae apice 
acutissime lanceolatae, striatae, 4 ad 5 mm. longae. Folia longe petiolata, 
petiolulis circa 1/2 cm. longis crassis, stipellis petiolulo longioribus. seta- 
ceis, foliolis 3 amplis submembranaceis vulgo 15 ad 20 cm. longis, 6 ad IO 
cm. latis, ovatis, basi obtusis, apice longe et abrupte acuminatis, glabris 
subtus parcissime pilosulis, petiolo et praesertim petiolulis saepe distinctius 
pilosis. Racemi plerique e ligni vetustioris ramulis brevissimis nodiformi- 
bus saepe tres fasciculati, rarius ex axillis superioribus, IO ad I5 cm. 
longi pauciflori, floribus saepissime per paria secus pedunculum distan- 
tibus; bracteae late ovatae apice acutae, striatae, ad 7 mm. longaé, pedi- 
celli puberuli sub anthesi circa 3/4 cm. longi, bracteolis latis ovatis apice 
acutis striatis circa 1 cm. longis, calícis tubum parum superantibus. Ca- 
lix striato-venosus, circa 1 1/2 cm. longus, ultra tertium quadripartitus, 
laciniã summã reliquis latiore et breviore apice obtuso brevissime bifidã, 
lateralibus acute triangularibus, infimã ommium longissima anguste acu- 
minatã. Calix bracteae bracteolaeque vix minime tomentulosi, ad marginem 
brevissime ciliatuli. Petala rosea interdum parce albo-vel flavo-picta, ex- 
tus pilis brevibus curvatis subprehensilibus asperula intus glabra; vexil- 
lum circa 4 1/2 cm. longum. Legumen glabrum 2 1/2 ad 3 cm. longum, 
ad 1 1/2 dm. latum, valvis lignosis vix convexis. 


Habitat in silvis non inundatis: ad Villa Braga infra cataractas infe- 
rores fluvii Tapajoz 1. E. Snethlage 22-10-1908 n. 10.035: ad orientem 
lacus Salgado (Rio Cuminá, Trombetas) 1. A. Ducke 30-8-IgIO n. 10.903; 
prope Victoria fluvii Xingú inferioris 1. A. Ducke 7-8-1918 n. 17.171. Spe- 


— 166 — 


cies bracteolarum et calicis laciniarum formã insignis et inconfundibilis: 
nflorescentiae formã Cl. leptostachyam Benth. approximat. 


Quelques doubles ont été distribués sous le nom Cl. tricolor mscr. 
mais les pétales sont le plus souvent entierement roses. 


Clitoria racemosa BenTIH. 


Petit arbre non rare sur les plages sablonneuses du Rio Pará (ile 
Arapiranga voisine de Belém 9.475, Mosqueiro 7.740, Collares 12.611). 
Connue des états de Maranhão (Pedreiras H. G. M. P. 2.286) et Goyaz, 


/ Centrosema latissimum DuckKE n. sp. (planche 13). 


Speciebus C. roseum Hub., platycarpum Benth. et Plumieri “ Juss.) 
Benth. affine, praesertim primae; ab omnibus distinguitur legumine la- 
tissimo, ad suturam carinalem ut in suturã vexillari utrinque alato. — Cau- 
les petioli et petioluli plerumque distinctissime depresso-alati; stipulae quam 
in affinibus maiores saepe ad 1 rarius ad 1 1/2 cm. longae, latissimae; flores 
pallide rosei interdum fere albi ; legumen biseminatum, maturum'circa 12 em. 
longum 4 ad 5 cm. latum, apice in stylum (curvatum subligneum circa 2 
cm. longum) terminatum, valvis planis subligneis, in utroque margine 
medio leviter sinuatum, ad suturas ambas bialatum. Semen orbiculare circa 
3 em. longum 2 1/2 cm. latum, 3 ad 4 mm. crassum, virescenti-brunneum 
parum nitidulum, hilo filiformi ad 3/4 cinctum. — Specimina siccitate haud 
nigricantia. 

Habitat in civitate paraensi: Gurupá ad ostia rivulorum in Amazonum 
fluvium, 1. A. Ducke floriferum 17-1-1I916 n. 15.941, fructiferum 11-5-I916 
n. 16.157; Rio Xingú ad ripas affluentis Tucuruhy prope Victoria 1. A. 
Ducke floriferum 22-12-1916 n. 16.650; Rio Tapajoz: São Luiz 1. À. 
Ducke fructiferum 27-8-1916 n. 16.387 et Cachoeira do Mangabal florif. 
15-2-1917 n. 16.765. Specimen in civitate Maranhão ad Cururupú lectum 
(Achilles Lisbõa, Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 4.736) foliis ali- 
quanto minoribus, caule non alato differt, at fructu a typo non distin- 
guendo, varietatem climatis siccioris constituere videtur. 


Cette espece est três remarquable par la grandeur des stipules et du 
fruit, lequel ressemblé plutôt à celui de Dioclea violacea qu'ã ceux des 
autres Centrosema. 


Centrosema platycarpum BENTH. 


La gousse adulte mésure 17 centim. de long et 3 1/2 cm. de large; 
les arêtes latérales se trouvent à une distance de 1 1/2 cm. de la su- 


— 167 — 


ture carénale. Les graines, au nombre de 2, sont d'un brun clair, elles 
mésurent 2 1/2 cm. de longueur sur 2 cm. de large; leur hile, d'1 cm., 
est noirátre. 

Fóreêt sécondaire des hautes terres voisines des cataractes d'Itaboca 
(Rio Tocantins), coll. A. Ducke 11-7-I9I6 n. 16.229. — Cette espéce était 
connue du Rio Crixás, affluent de " Araguaya dans Vétat de Goyaz. 


/ 


Centrosema Lisboae (Huzp. Mss. NOMEN SOLUM) DUCKE n. sp. 


Volubile, plus minusve pilosum, partibus vetustioribus glabratum. Sti- 
pulae lanceolatae apice acutae vel acuminatae 1/2 ad 1 cm. longae, forti- 
ter striatae, margine ciliatae. Folia trifoliolata, petiolo longe piloso et bre- 
“viter tomentoso, foliolo apicali distante, stipellis 1/2 cm. et ultra longis 
subulato-setaceis; foliola saepe 10 cm. longiora ampla plus minusve late 
ovata apice acuminata undique subappresse pubescentia costis secundariis 
praesertim inferne sat elevatis ibique dense pilosis, venulis subtransversis 
im utraque paginã prominentibus. Pedunculi axillares saepe 15 cm. longi 
rigidi ad apicem pauciflori, bracteae ovatae apice setaceo-acuminatae for- 
titer striatae 1/2 ad 1 cm. longae; pedicelli saepe per paria circa 1 cm. 
distantes, 1/2 ad 1 em. longi; bracteolae ovatolanceolatae apice setaceo- 
acuminatae saepe 2 cm. longae striatae. Calyx dente infimo saepe 1 1/2 
cm. longo linearisubulato dense pilosulo, reliquis tubo plus minusve aequi- 
longis inter se aequalibus, circa 1/2 em. longis anguste lanceolatis, summis 
ad 2/3 connatis. Petala alba, vexillo 3 ad 3 1/2 cm. longo. extus parce 
pubescente. Legumen (immaturum) ad 20 cm. longum circa 1 em. latum 
glabrum stylo longissimo acuminatum. 

In campo inundationibus periodicis exposito ad Pedreiras civitatis Ma- 
ranhão 1. M. Arrojado Lisbôa 4-7-1909, H. G. M. P.-2.309. 

'Nervis valde elevatis, bracteolis et calicis dentibus elongatis insigne. 

Cette espece n'appartient pas à la flore amazonienne mais à celle de 
transition qui occupe la mloitié septentrionale de Tétat de Maranhão. Je 
la décris ici parcequ'il s'agit d'une espece três intéressante, dénomimée par 
mon defunt directeur auquel la mort prématurée n'a pas permis de la 
décrire. Les spécimens proviennent d'une collection importante réunie dans 
les états de Maranhão, Piauhy et Ceará par Pingénieur et géologue mr. 
M. Arrojado Lisbõa. 


“+ Erythrina xinguensis Ducke n. sp. 


Speciei E. Ulei Harms e Peruviã orientali subandinã valde affinis at 
glabrior, foliolis basi late rotundatis vel subcordatis, calicis stipite brevis- 
simo (1 ad 1/2 mm.), alis (elongato-obovatis, 9 ad 12 mm. longis) e ca- 


— 168 — 


lice conspicue exsertis, vexillo ad 4 em. longo 2 cm. lato, carinã 3 cm. 
longã, petalorum colore aurantiaco-scarlatino. 

Habitat prope Altamira (Xingú) in silvis secundariis, terris argillosis 
compactis rufis fertilissimis, 1. A. Ducke flor. 21-8-1919, Herb. Jard. Bot. 
Rio de Janeiro n. 10.523. Arbor mediocris trunco aculeato, ramulis hinc 
illinc aculeiferis; defoliata dum floret. 


Cette espece mragnifique ressemble à PE. Ulei duquel j'ai pu comparer 
un double du type (conservé dans Wherbier du Museú Paraense): elle se 
distingue cependant facilement de ce dernier par les caractéres énumérés 
dans la diagnose. Les inflorescences sont pseudo-racimeuses paniculées, 
les pédicelles grêles et longs (jusau'ã 6 cm.), le calice est obliquement 


coupé et d'un côté prolongé en forme de dent, la carêene gamopétale comme 
chez PE. Ulei. 


Mucuna altissima (Jacogu.) DC. 


La gousse figurée dans la Flora Brasiliensis comme appartenant pro- 
bablement à cette espéce, lui appartient réellement. Commune dans la ré- 
gion de Vestuaire, plus rare dans les autres parties de " Amazonie. Habite 
les capoeiras en terrain marécageux, rives de canaux, etc. 


Genre Camptosema Hoox Er ARN. 


Ce genre pénetre dans la région amazonienne avec les deux espéces 
C. nobile Lindm. et C. Sanctae-Barbarae Taub. que j'ai rencontrées dans 
les parties méridionales de Vétat de Pará: la premiere (n. 16.234) dans la 
petite forêt seche des environs stériles de la cataracte d'Itaboca (Tocan- 
tins), la seconde (Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.743) dans un petit campo 
sur les collines du Mangabal (moyen Tapajoz). Les gousses de ces deux 
especes sont linéaires, un peu courbées, longues d'environ 8 cm. sur 6 
à 8 mm. de large, d'apparence sessiles mais avant les prémiéres graines 
éloignées de la base. J'ai comparé un double du type de Pespece de Tau- 
bert, conservé au Museu Nacional. 


Cratylia floribunda Benrrr. 


Pénetre dans les parties méridionales de I'Amazonie: Rio Tocantins 
prês d'Arumateua (n. 16.251); Rio Tapajoz, Itaituba (n. 2.963); terri- 
toire de "Acre (Ule, Herb. Brasil. n. 9.457). Encore connue de Matto 
Grosso, Ceará, Piauhy et Maranhão. 


— 169 — 


Dioclea violacea BENTH. 


On a souvent confondu, avec cette espece, des autres espéces appar- 
tenantes à la même section (Pachylobium) dont la détermination est dif- 
ficile sans la connaissance des fruits; Vespece présente se reconnait sur- 
tout par sa pilosité rare, brune foncée ou gris brun, ses stipules grandes, 
ses grandes bractées lancéolées, dréssées, assez longuement persistantes et 
couvertes d'une pubescence couchée roux brun ou presque noirâtre, ses 
noeux floriféres presque sessiles, ses boutons droits, le revêtement de son 
calice peu développé et de couleur brune foncée. Sa gousse est beaucoup 
moins longue, moins épaisse et moins dure que chez le D. sclerocarpa, sa 
forme est décrite dans la Flora Brasiliensis devenant plus allongée dans 
le cas ou elle est 4-seminée; les graines dont les dimensions moyennes sont 
de 1 1/2 à 2 om. (longueur), 2 1/2 à 3 cm. (largeur) et environ 1 1/3 em. 
(épaisseur) sont de couleur brune en partie rougeátre, assez luisantes, du- 
res, ayant toujours quelques rugosités enfoncées. Chez tous les spécimens 
examinés j'ai trouvé le lobe supérieur du calice distinctement échancré (au 
contraire de la description de Bentham). Les spécimens que j'ai collection- 
nés aux environs de Belém do Pará (n. 16.008) sont parfaitement sembla- 
bles à ceux de Rio de Janeiro. 


Dioclea densiflora Hvr. 


Le fruit de cette espece n'étant pas encore connu, on ne peut pas 
préciser la place de celle-ci, parmi les espéces qui composent cette section. 
Les spécimens floriféres ressemblent beaucoup à ceux du D. malacocarpa 
mais s'en distinguent toujours par leur pilosité longue et abondante, les 
stipules três grandes, les stipelles plus longues, les noeux floriféres encore 
plus courts, les bractées presque horizontales, longues, longuement ciliées. 
Les boutons sont courbés presque comme chez [espece citée; le lobe 
inféricur du calice est encore plus long que chez celle-ci. 


Cette espêce décrite du bas Trombetas existe encore 'dans la région du 
moyen Tapajoz ou je Vai rencontrée à la lisigre de la forêt das hautes ter- 
res argileuses pres de la localité Francez (Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.744). 


' 


Dicclea sclerocarpa Duckk n. sp. 


Ad sect. T (Pachylobiwm). Frutex.magnus, alte volubilis, ramulis ca- 
notomentosis vel brevissime pilosis demum glabratis, petiolis petiolulisque 
dense fulvotomentosis. Stipulae parvae at basi infra insertionem distincte 
productae, apice subulatae. Foliola magnitudine et forma 1is D. qnolaceae 
similia at pilis adpressis supra sparsioribus subtus densis griseis vel fulvidis 


— 170 — 


vestita (juniora utrinque molha), supra opaca subtus leviter sericeo- 
micantia, costis secundariis magis numerosis et minus crassis quam 
in specie citatã. Pedunculi (cum rachide) saepius 3 ad 4 dm. longi, 
basi crassi, apice tenuiores et flexuosi, infra medium floriferi, plus 
minus rufopuberuli; nodi floriferi omnes dissiti longiuscule pedunculati; 
bracteae parvae lineari-subulatae, glabrae, erectae, caducissimae, adsunt 
solum in inflorescentiis alabastra novissima ferentibus. Pedicelli 4 ad 6 mm. 
longi; bracteolae suborbiculatae usque ad 4 mm. diametro. Alabastra re- 
ctiuscula. Calix 1 1/2 cm.,(vel parum minus) latus, extus minute adpresse 
ferrugineo-puberulus demum glabratus tubo intus sericeo, laciniis latera- 
libus latioribus quam in specie D. violacea, laciniã infimã auam in hac 
breviore. Petala laete violacea ; vexillum ungue inflexo brevi (circa 5 mm.), 
laminã orbiculatã usque fere ad 2 cm. diametro, reflexã, basi conspicue bi- 
callosã et biauriculatã ; alae cunt ungue (tenui) ultra 2 cm. longae, laminã 
oblique falcatoovatã 8 ad 9 mm. latã; carina fere ut in D. violacea lamimã 
valde falcatoarcuatã apice breviter rostratã, at maior (cum ungue circa 
I1 1/2 cm. longa). Ovarium dense fulvidohirtum. Legumen quam speciei 
D. violacea minus compressum rectum vel levissime arcuatum, usque ad 23 
em. longum 5 ad 5 1/2 cm. latum, novellum tenuiter subaureosericeum cito 
glabratum, saepe nitidulum, durum, sublignosum, indehiscens, suturis (basi 
et apice exceptis) rectis, superiore dilatatã et utrinque alatã; semina us- 
que ad 7, modice compressa vulgo circa 2 1/2 cm. longa 3 1/2 cm. lata 2 
cm. crassa, testã durissimã fuscã subnitidulã, microscopice rugulosã, hilo 
pallido semicincta. 

Habitat in silvis siccioribus et inter vegetationem secundariam, 1. A. 
Ducke prope Montealegre florif. et fructif. n. 16.026 et n. 17.152, et circa 
rivum Aramun (inter Prainha et Almeirim) flor. Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 11.742; specimina foliolis subglabris in silvã sicciore prope fluvii To- 
cantins cataractam Itaboca lecta (n. 16.235) legumime ignoto dubia. 

Se distingue du D. violacea surtout par le revêtement, les stipules et 
les bractées petites (celles-ci três caduques), la forme de Iinflorescence, 
les fleurs et la gousse beaucoup plus grandes, celle-ci beaucoup plus dure, 
presque ligneuse. 


1 Dioclea malacocarpa Duck: n. sp. 


Ad sect. 1 (Pachylobium). Frutex magnus, alte volubilis, ramulis 
etiam novellis subglabris (semper?), petiolis et praesertim petiolulis dense 
ferrugineotomentosis. Stipulae ut in D. violacea at minores. Foliola ma- 
gnitudine et formã iis speciei citatae similia at costis secundariis tenuioribus 
et numerosioribus, utrinque parum nitidula, glabra praeter marginem, cos- 


— TE e 


E [77] | e 


tam primariam utrinque et costas secundarias subtus adpresso-pilosos. Pe- 
dunculi e ramulis praesertim vetustioribus et e caulibus lignosis, cum ra- 
chide (rufopubescente) 2 ad 3 dm. longi, saepissime valde infra medium 
floriferi; nodi floriferi breviter pedunculati, densi; bracteae lineari-subu- 
latae, subadpresse pilosae, erectae, comosae, caducae. Pedicelli 6 ad 8 mm. 
longi; bracteolae suborbiculatae vix ultra 2 mm. diametro. Alabastra apicê 
distincte incurva. Calix circa 12 ad 13 mm. longus, extus ad anthesin te- 
nuiter brunneotomentosus, in alabastro juniore dense sericeus subaureo- 
nitens, intus solum tubo sericeo; laciniae fere ut m D. violacea sed infima 
conspicue longior et valde incurva. Petala laete violacea, vexillo ad callos 
pallide viridi-maculato, ungue circa 4 mm! longo, laminã diametro circa 
I 1/2 om., appendiculis basalibus et callis maioribus quam in specie citatà:; 
alae fere 2 cm. longae, laminã oblique falcato-ovatã circa 6 mm. latã 
auriculis basalibus quam in specie citatã conspicue longioribus, ungue longo 
tenui; carina cum ungue tenui ultra 1 1/2 cm. longa, valde incurvo-arcuata 
apice distinctius rostrata, auriculis basalibus distinctissimis. Ovarium ful- 
vidohirsutum. Legumen subcylindricum, 10 ad 15 cm. longum 4 ad 4 1|2 
em. latum 3 1/2 ad 4 cm. crassum, basi et apice obtusum vel hic acutum, 
suturis non incrassatis neque alatis, usque ad maturitatem dense fulvo- 
hirtum, opacum, siccitate valde rugosum, valvis maturitate subcarnosis 
mox putredine dehiscentibus (exsiccatis dure coriaceis); semina 2 ad 5 
irregulariter subcubica, 2 1/2 ad 3 cm. longa ac crassa, 3 ad 3 1/2 cm, lata, 
testã fuscã opacã subspongiosã (siccitate profunde rugosã saepe in lamel- 
las partitã), hilo pallidiore semicinta. 

Habitat prope Belém do Parã ad rivulos locisque humidis inter vege- 
tationem secundariam, 1. A. Ducke florif. et fruct. n. 15.808, J. Huber 
flor. et fr. jun. n. 522. Specimina ad ripas fluminis Acapú (fl. Trom- 
betas affluentis) lecta (flor., fr. novissimis, n. 15.700) solum divergunt 
foliolis subtus submolliter pubescentibus et inflorescentiã ad 4 dm. longã 
magis dissitiflora, at legumine adulto absente dubia manent. 

Cette espece sé distingue du D. violacea, dans Pétat florifére, par le 
revétement, les bractées, la forme des boutons et le calice.; elle est surtout 
caracterisée par sa gousse, três différente des gousses jusqu'ici connues 
dans ce genre botanique. Celle-ci est (a I'état adulte) presque cylindrique, 
molle et plus ou moins déhiscente aprês maturité, pourrissant vite (à moins 
qu'on ne la séche au feu ou au soleil), tandis que les gousses des espéces 
D. violacea et D. sclerocarpa sont parfaitement indéhiscentes et resistent 
longtemps a Phumidité; elle conserve jusqu'a la maturité son abondante 


pilosité laquelle produit sur la peau une vive démangeaison (63). Les grosses 
graines sont assez molles; desséchées, elles s'endurcissent et leur forme 
saltere plus ou moins. — Quelques doubles de cette espece nouvelle ont 
eté distribués sous le nom de D. megacarpa Rolfe mais cette derniére es- 
pece semble avoir une gousse plutôt semblable á celle du D. sclerocarpa. 


Dioclea macrocarpa Hvr. 


Connue des localités suivantes: Belém do Pará (n. 16.005); Gurupá 
(n. 16.004); Counany en Guyane brésilienne (n. 1.163); Ile Mexiana 
(n. 2.295) ;; Région du Trombetas (ns. 8.071, 8.942 et 11.259). 


“ Dioclea Huberi Duck: n. sp. 


Ad sect. III (Eudioclea) ; florifera speciei D. macrocarpa Hub. simi- 
lis, at foliolis ob basin angustiorem magis obovatis, supra opacis vel vix 
nitidulis, subtus sericeis plus minus argenteomicantibus, costis lateralibus 
numerosis (in utroque latere 9 ad 12) usque ultra medium rectiusculis, ve- 
narum rete multo crebriore, apice abruptissime acuminatis acumine 1/2 ad 
1 cm. longo 2 ad 3 mm. lato apice setulifero, racemis rhachide fuscovil- 
losa, bracteis setaceis 2/3 ad 1 cm. longis subpersistentibus, nodis floriferis 
minoribus brevius (1 ad 5 mm.) pedunculatis, pedicellis brevioribus (2 ad 
3 mm.), bracteolis late ovatis circa 2 mm. longis sat longe persistentibus, 
calice extus subglabro, intus (margine excepto) densissime argenteo — 
(ad basin aureoferrugineo) — sericeo, lobis superioribus inferiore longe 
at anguste acuminato multum brevioribus, vexillo diametro ultra 1 1/2 
cm. vix calloso lobis basalibus latiuscule inflexis. Antherae uniformes. 
Ovarium longissime albidopilosum. Legumen eo D. bicoloris sat simile at 
maius, junius ferrugineo-pilosum, maturum glabratum subligneum, rectum, 
15 ad 20 cm. longum circa 5 cm. latum, basi magis quam apice angustatum, hic . 
breviter acutatum, suturis paulo incrassatis, demum bivalve elastice dehis- 
cens, seminibus 4 (semper?) ovalibus compressis nitidis castaneis hilo 
pallido ad 1/4 cinctis, circa 3 cm. longis, circa 2 cm. latis. 

Ad margines inundatos fluminum et lacuum: prope Gurupá 15-5-I916 
florif. n. 16.173, 24-9 fruct. 16.533, prope Obidos 28-5-1911 florif. nu- 
mero 11.805, 12-8-I9g16 fruct. n. 16.328, omnia ab A. Ducke lecta; ad 
lacum Mapongapá flumini Purús superiori vicinum 1. J. Huber 30-4-1904 
floriferum n. 4.642. 


(63) Comme chez les gousses du genre Mucuna; d'ailleurs, le nom indigene 
de mucunan ne se refere pas à ce dernier mais exclusivement aux espéces du genre 
Dioclea. 


== HO = 


Cette jolie espece est facile à reconnaitre, parmi celles qui composent 
la section Budioclea, par ses feuilles à face inférieure soyeuse et à reflets 
argentés, et par sa gousse qui rappelle celle de la section' Platylobiwnu en 

“Pexcédant, cependant, beaucoup en grandeur. 


MH Canavalia albiflora Duck: n. sp. 


Speciei meridionali C. picta omnino similis, differt partibus omnibus 
paulo minoribus, calice viridi unicolore, petalis albis solum vexillo maculã 
parvá violaceã notato, et imprimis legumine novello breviter et parum dense 
griseo-vel subargenteo-piloso demum plus minusve glabrato. 

Habitat in terris argillosis fertilibus inter vegetationem secundariam: 
civitate Pará prope Santarém (loco Mahicá) n. 17.088, prope Montealegre 
loco Airy n. 16.518 et ad vicinum flumen Maicurú inferius n. 9.530, prope 
lacum Salgado flumínis Trombetas n. 11.069, prope Alcobaça fluvii Tocan- 
tns n. 16.194; civitate Maranhão prope Codó, Her. Gen. Mus. Pará nu- 
mero 660. Specimina omnia ab A. Ducke lecta, excepto n. 9.530 ab E. 
Snethlage lecto. 


s Canavalia obidensis Duck: n. sp. 


Herba volubilis minime tomentella, folis ut in C. gladiatã at minori- 
bus et angustioribus (usque ad 7 cm. longis ad 2 1/2 cm. latis). Flores 
quam in specie citatã minores, dilute roseo-violacei, calice angustiore, labii 
superioris lobis minoribus. Vexillum laminã circa 13 mm. longã 10 mm. 
iatã basi bicallosã at non appendiculatã unguiculo circa 6 mm. longo; 
alae angustissimae ; carina in rostrum breve incurvum, terminata. Ovarium 
pilosum, basi attenuatum. Legumen junius parce pilosulum, maturum gla- 
brum, II ad 12 cm. longum 2 ad 2 1/2 em. latum, alis in utroque latere 
suturarum circa 3 cm. a suturá distantibus alâque longitudinali (in valvis 
medianã) munitum. Semina 1 cm. vix longiora valde compressa 2/3 vel 
3/4 em. lata, migra, nitídula, dura. 


Species calicis formã ad sect. II accedit ubi C. gladiatae characteribus 
multis approximatur, at vexilli formã ad sect. 1 spectat ubi petalorum stru- 
ctura C. pictae Benth. affinis videtur. 


Obidos, in terris argillosis ab Amazonum fluvio periodice inundatis 
inter vegetationem secundariam, 1. A. Ducke 12-8-1916 n. 16.336. 


Cette espece a le calice du bien connu C. gladiata, mais le labre supé- 
rieur moins profondement bilobé; [absence des appendicules de Pétendard, 
et Paile médiane des valves de la gousse ne permettent pas de la confondre 
avec ce dernier. 


— 174 — 


Eriosema rufum (H. B. K.) E. Mey. 


Montealegre, campos de [Ereré: variété avec revêtement couleur 
d'ocre au lieu de roux (n. 16.107). Connu, jusqu'ici, de Goyaz, Minas, 
Guyane et Colombie. 


Phaseolus firmulus BenTH. 


Campos montagneux de "Ariramba (région du Trombetas) n.-14.904, 
et de la Serra Itauajary pres de Montealegre, n. 16.078. Connu, jusqu'ici, 
de Minas Geraes, Ceará et Piauhy. 


| . 
* Phaseolus longirostratus DuckKtE n. sp. 


Ad sect. 1 (Euphaseolus) at vexillo alis multo longiore. Alte volubilis, 
glaber vel parce pilosus. Stipulae caducae, parvae, triangulares, basi non 
productae, subtiliter striatae; petiolus 10 ad 15 cm. longus; petioluli 1 ad 
6 mm. longi, pilosi; stipellae parvae, striatae; foliola 10 ad 17 cm. longa, 
7 ad 14 cm. lata, membranacea, concolora, late ovata, apice breviter acute 
acuminata et mucronulata, lateralia valde obliqua, terminale subrhom- 
beum. Racemi petiolis circa duplo longiores, rhachide robustã, a medio vel 
rarius solum tertio superiore dissite floriferã; pedicelli circa 1 cm. longi, 
rhachidis nodis circa 1/2 cm. longis crassis curvatis inserti; bracteae bra- 
cteolaeque caducae, haec parvae (calice multoties breviores) oblique ovali- 
oblongae apice rotundatae, striatae. Calix campanulatus 12 mm. longus et 
latus, glaber, laciniis brevibus apice minime fimbriatulis, inferioribus 3 ro- 
tundatis, superiore caeteris simul sumptis aequilatã incisione mediã in lo- 
bos 2 latos apice truncato-rotundatos divisã, omnibus tubo multoties brevio- 
ribus. Petala glabra, sordide flava; vexillum lineolis fuscis notatum circa 
6 em. longum in discos 3 horizontales circa 3 cm. latos contortum, un- 
guiculo circa 8 mm. longo, auriculis basalibus magnis inflexis, apice retu-' 
sum et medio inflexo-carinatum.; alae ad 2 cm. unguiculatae, basi et super 
unguem cum carinã connatae, parte terminali liberã 3 1/2 em. longã me- 
dio fere 2 cm. latã, arcuato-oblongã, basi angulosá, apice rotundatà ; ca- 
rinae basi (ad 12 mm.) tenuissime unguiculatae, inde falcatae 1/2 cm. 
latae, apice prolongatae in rostrum spiraliter involutum longissimum (ex- 
planatum circa 14 cm. metiens) 1 mm. vix crassius, apice induratum et 
2 mim. latum. Stigma barbatum. Legumen novellum lineare, rectum vel 
apice parum reflexum, sparsim adpresse pilosulum. 

Habitat in silvis densissimis rivulo vicino periodice inundatis ad orien- 
tem lacus Salgado (in regione fluminis Trombetas inferioris), terrã com- 
pacte argillosã, 1. A. Ducke 7-2-1918 n. 16.982. 


— 1795 — 


Três remarquable par les noeuds floriféres (qui rappellent ceux du 
genre africain Physostigma) et les fleurs três grandes, avec étendard beau- 
coup plus long que les ailes; devra peut être constituer une section nou- 
velle du genre. À cette section appartiendrait encore une espéce notvelle 
du Rio Acre (E. Ule, Herb. Brasil. n. 9.465) qui a les fleurs blanc et violet, 
les noeuds floriféres moins grands et Tétendard moins long. 


LINACEAE 


Hebepetalum humiriaefolium (PrancH.) BENTH. 


Arbrisseau dans les campos, mais arbre assez élevé dans la foret; 
fleurs jaunâtres odorantes, fruit drupacé, noir, de saveur amere et d-sa- 
gréable. Certaines variétés de cette plante présentent une ressemblance no- 
table, dans VPaspect des feuilles et du fruit, avec PHumiria floribunda 
Benth. Dans les exemplaires de la forêt humide de Belém, les feuilles ont 
un pétiole de 2 à 3 cm. de longueur, et la lame atteint parfois jusqu'a 24 cm. 
de long, sur 8 1/2 cm. de large; selon m. J. Huber il s'agirait peut etre 
de PH. latifolium Benth. (espece inédite), mais en dehors des dimensions 
des feuilles je ne trouve pas de différences qui pourraient justifier cette 
séparation; je suppose qu'il s'agit d'individus vigoureux de la forme 1 
de Pespece de Planchon. Les spécimens de la région seche des Campos de 
PAriramba (forme I, II et transitions) ont les pétioles de 2/3 à 1 1/2 
cm., la lame des feuilles a jusqu'a 13 cm. de long et 6 cm. de large. La 
crénelure de la marge est três évidente dans les feuilles plus petites. 

Cette espéce qui était jusqu'ici connue seulement de la Guayane fran- 
caise et hollandaise, est réprésentée dans Pherbier amazonien du Museu 
Paraense, par les spécimens suivants: Belém do Pará ns. 3.674, 6.989, 
2.097 et 4.013; Santa Izabel (chemin de fer Belém-Bragança) n. 9.632: 
Campos do Ariramba (Trombetas), endroits boisés, ns. &044, 11.364, 
11.369, 14.874: dans Pherbier du Jard. Bot. de Rio de Janeiro: Rio Branco 
(État d'Amazonas), Campinho, coll. J. Geraldo Kuhlmann, n. 3.638. La 
floraison a leu au milieu de la saison séche. 


HUMIRIACEAE 


Cette petite famille, limitée au Brésil tropical et à V“hylaea” et sur- 
tout bien représentée dans cette derniere, comprend des arbres souvent 
três grands dans la forêt, mais dont on peut rencontrer certaines espéces 
en formes réduites à de petits arbrisseaux dans les endroits ouverts et sté- 
riles. Les fleurs qui apparaissent dans la premiere moitié de la saison ré- 


— 176 — 


lativement séche (mai à octobre) mais surtout en aoút (seulement chez 
Humiria floribunda on en rencontre souvent encore dans les autres par- 
ties de Iannée) sont três odorantes chez les especes ou elles sont três pe- 
tites et de couleur verte (toutes les Saccoglottis), d'odeur agréable mais 
non pénétrante quand elles sont moins petites et blanches (Humiria flo- 
ribunda, Vantanea cupularis), mais inodores chez Vespece unique qui les 
a grandes et de couleur magnifique (Vantanea guianensis). Les fruits 
comestibles de certaines especes sont recherchés. On appelle “uchy” les 
especes de Saccoglottis à fruits assez volumeux et mésocarpe franchement 
comestible ; “achuá” surtout le Saccoglottis guianensis à fruits petits et co- 
mestibles; “uchy-rana” (nom que Ion applique três souvent à d'autres 
fruits drupacés comestibles ou non) le Saccoglottis amazonica à méso- 
carpe mince; “achuá-rana” les Saccoglottis à fruits petits et secs et les 
Vantanea, mais ces derniéres sont parfois aussi désignées par le nom 
d“uchy-rana”. Les fruits ºHumiria floribunda (“umiry”) sont comes- 
tibles, doux et savoureux surtout chez les petits arbres des campos et cam- 
pinas, tandisque je les ai toujours trouvés insipides chez les arbres des 
forêts humides. Le bois de toutes les humiriacées est de couleur rougeátre, 
celui des grands arbres est même d'assez bonne qualité mais rarement em- 
ployé; il a une faible odeur agréable, seulement chez PHumiria floribunda 
il contient, dans certains cas, un baume três odorante. — Le nombre d'es- 
peces constatées dans Vétat de Pará est de To. 


Humiria floribunda MART. 


L'“umiry” est commun dans Pétat de Pará, partout ou il y a des ter- 
rains de sable blanc mélé avec un peu d'humus, son “habitat” préféré est 
cependant dans les campinas dont il est un des arbres types. On le trouve 
dês les formes naines, arbrisseaux de moins d'un metre de hauteur qui 
rampent sur les rochers des campos de PAriramba (n. 8.029) jusqu'aux 
grands arbres qui atteignent 30 mêtres dans les forêts des environs de Be- 
lém et de Pile de Marajó (n. 2.785). Dans la région de la capitale du Pará 
et chemin de fer de Bragança (Santa Izabel, n. 9.419) on trouve une forme 
qui, par ses feuilles, semble constituer une transition vers Pespéce Humiria 
balsamifera Aubl. Cette derniere (dont j'ai pu comparer des spécimens col- 
lectionés par Spruce dans le haut Rio Negro) a été mentionnée par Huber 
comme croissant dans les iles de Breves, mais il s'agit dans ce cas, indu- 
bitablement, d'une confusion avec PH. floribunda qui est Parbre fournis- 
sant le “balsamo de umiry” dont Podeur ressemble à celle du baume pé- 
ruvien. Ce baume d'umiry ne se produit que dans les vieux troncs plus ou 
moins malades de la forêt, jamais encore je ne ai observé chez les indi- 


— 177 — 


vidus des endroits ouverts; il semble donc produit par une maladie de 
Parbre, três probablement due à Paction d'une espece déterminée de ba- 
ctéries. 


Saccoglottis verrucosa Duckxr n. sp. (planche 10 b). 


Arbor magna vel maxima (30 ad 45 metralis), omnino glabra innova- 
tionibus vix tenuissime puberulis. Folia disticha oblongo-lanceolata utrin- 
que acuminata, brevissime petiolata vel subsessilia, dentato-serrata, tenuia, 
6 ad I0 cm. longa, 2 ad 2 3/4 cm. lata. Inflorescentiae cum foliis novellis 
ad 3 cent. longa tenuiter pedunculata, semel bis vel ter dichotomae, bra- 
cteis bracteolisque parvis, his subpersistentibus. Flores (odorem dulcem, 
fortem emittentes) ante anthesin 3 mm. longi 1 ad 1 1/2 mm. lati, sepalis 
non imbricatis. Stamina 4 quadrianthera, 16 bianthera, antheris oblongo- 
ellipticis parvis, filamentis fere a basi liberis marginibus minime ciliatulis. 
Cupula hypogyna e squamulis minimis, liberis, simplicibus, lineari-oblongis 
composita. Ovarium subglobosum longitudinaliter plurisulcatum. Stylus 
ovario multo longior. Drupa ad 7 cm. longa ad 6 cm. crassa, breviter ovata 
vel subglobosa, mesocarpio crasso eduli, endocarpio osseo dense irregula- 
riter acutiuscule dentato-verrucoso et profunde foveolato. 

Obidos, in silvis primariis non inundatis |. A. Ducke florif. 11-8-1g16 
n. 16.325, fructus mense Martio maturus “uchi-curúa” appellatur; Rio 
Tapajoz, in silvis collium prope Cachoeira do Mangabal (n. 16.764). In 
collectione Musei Paraensis etiam fructus e Manãos adsunt. 

Cette espece fournit le “uchy-curha” ou “u. corôa” (ce qui veut dire 
“uchy” verruqueux, à cause des protubérances de son noyau) que [on 
vend sur les marchés de Manãos et Obidos ou 1l est consommé cru ou cuit. 
Bois brun-gris-violacé, assez dur, dense, sans application connue. 


Saccoglottis uchi Hvr. 


Cette espece tout simplement appelée “uchy” à Belém, est connue au 
bas Amazone sous le nom de “uchy pucú” ce qui veut dire “uchy” de 
forme allongée. Elle existe cultivée dans la capitale et spontanée dans les 
forêts des terres non inondées qui s'étendent entre celle-ci et Bragança. 
L'“uchy-pucú” du Bas Amazone appartient à cette espéce botanique, selon 
un échantillon florifére provenant des hautes terres prês du Cuminã-mirim 
dans la région du bas Trombetas (n. 14.979). J'ai encore observé cette 
espéce dans les forêts de la “Volta” du Xingú (n, 16.641), à Vintérieur 
de Gurupá, sur les “serras” de Almeirim, à Faro, et dans le moyen Ta- 
pajoz. Les fruits que Huber a trouvés dans les forêts du haut Purús, sem- 
blent également lui appartenir. 


Jardim Botanico 12 


— 178 — 


Saccoglottis cuspidata (Brntrr.) Urb. 


Ce petit arbre qui est un des “achuá” ou “achuá-rana”, était déjá 
connu du Rio Negro; je Vai observé à la limite occidentale de VÉtat de- 
Pará, dans une campina de sable blanc qui s'étend prês de Vextrémité nord- 
ouest du lac de Faro entre les petites montagnes du Dedal et de "Igaçaba 
(n. 8.628), et sur la plage de sable du Lago das Duas Boccas au bas Ja- 
mundá .(n. 11.790). 


“Saccoglottis excelsa Duck: n. sp. 


Speciei S. cuspidata valde affinis, differt staturã maximã, foliis bre- 
vissime petiolatis minoribus et tenuioribus, staminum filamentis distincte 
denticulato-papillosis, cupulae hypogynae squamis minoribus numerosio- 
ribus et apice bidentatis vel tridentatis, stylo ovarium aequante. Arbor 35 
ad 45 m. cortice rufo, foliis ut in specie citatã crenatis et cuspidatis at so- 
lum usque ad 8 cm. longis ad 4 cm. latis, petiolo vix ultra 2 mm. longo, flo- 
ribus viridibus odoratissimis, drupis oblongis vel basi breviter angustatã 
subobovatis apice obtusis vel acutiusculis 2 1/2 ad fere 3 cm. longis circa 
I 1/2 cm. crassis mesocarpio tenui. 


Habitat in silvis humidissimis sed non inundatis, terrã profunde hu- 
mosã : 1. A. Ducke prope Belém do Pará (loco Catú) 20-8-1914 n. 15.459 
florif. et fructibus vetustis, et in insulis altioribus ad Macujubimzinho 
canalium Breves (specimina sterilia cum endocarpiis vetustis, H. J. 
B. R. n. 12.611); specimina deflorata e Santa Izabel viae ferreae inter 
Belém et Bragança, n. 9.672, sub nomine “achuá”. 

Arbre dont le tronc à écorce brun rouge, cylindrique, rivalise en hau- 
teur avec celui du S. verrucosa; semble limité aux forêts les plus superbes 
de la partie méridionale de Pestuaire amazonien. Les fruits qui sont du 
type des “achuá-rana” ne semblent pas être comestibles. 


Saccoglottis guianensis Benrrr. 


Petit arbre de la forêt basse ou secondaire, souvent à la lisiere des 
campos et campinas et sur les vieilles dunes de sable des rives de certains 
lacs, ou arbre parfois assez élevé (jusqu'a 20 m.) de la forêt primaire 
des hautes terres; largement répandu dans [“hylaea” et jusqu'a Rio de 
Janeiro; fréquent partout dans PÉtat de Pará ou il est connu sous le nom de 
“achuá”. Le mésocarpe des fruits parfaitement múrs (vert jaune), est 
assez doux et comestible au moins chez la forme dolichocarpa. 


Cette espece comprend deux formes parfaitement distinctes par leurs 
fruits: f. sphaerocarpa Ducke avec drupes globeuses (de 2 à 2 1/2 cm. 


— 179 — 


de diameétre) à mésocarpe três mince, et f. dolichocarpa Ducke avec 
drupes obovées (allongées à base amincie et sommet obtus ou acuminé, 
longues jusqu'a 3 1/2 cm. sur 1 em. de large) à mésocarpe assez développé. 
Ce sont peut-être même des vraies espeéces, mais je n'ai pas encore décou- 
vert d'autres caractêres différentiaux que la forme des fruits. La seconde 
habite de préférence les régions de campos et les dunes des lacs et a les 
inflorescences três souvent monstrueuses (v. Flora Brasiliensis), ce que 
"on n'observe que rarement chez la primiére de ces deux formes. 

Il existe dans les forêts des hautes terres argileuses à Pest du lac 
Salgado (bas Trombetas) encore une autre espece de “achuá”, à fruit glo- 
beux mais rouge orangé, odorant mais non comestible. 


Saccoglottis amazonica Marr. 


Petit ou moyen arbre dont les fruits, non ou à peine comestibles, sont 
connus, aux environs de Belém et dans la région des canaux de Breves, 
sous le nom d'“uchy-rana” (faux uchy) lequel est d'ailleurs, dans Pétat 
de Pará, souvent appliqué non seulement à d'autres humiriacées (Van- 
tanea), mais encore à des rosacées chrysobalanées (Couepia paraensis et 
Licania sp.) et à des légumineuses (Andira retusa) ; habite les rives mon- 
dées des gros ruisseaux et des riviéres de la région de Pestuaire (Belém 
do Pará, n. 16.578, Aramá n. 1.850, Gurupá n. 17.221, Tajapurú selon la 
Flora Brasiliensis; fruits du Muséum de Pará, provenants du Rio Guamá 
et de Cametá) et 1" Amazonie supérieure (Teffé selon la Flora Bras.). Le 
fruit est elliptique ou globuleux, mésurant jusqu'a 5 (rarement 6) cm. au 
diametre; son mésccarpe est mince, lVendocarpe est pourvu de facettes 
convexes groupées régulierement en plusieurs séries longitudinales. 


Vantanea cupularis Hvz. 


Arbre de taille moyenne ou élevée des forêts de terre ferme, appelé, 
aux environs de Belém, “achuá-rana” ou “uchy-rana”. Fruit oval ou el- 
liptique, d'environ 3 cent. de longueur sur 2 cm. de largeur, à mésocarpe 
três mince, et à endocarpe biloculé. Belém do Pará n. 15.467; chemin de 
fer de Bragança: Santa Izabel n. 9.680, Moema n. 9.583, Colonia Santa 
Rosa n. 9.723; forêt entre les riviéres Cuminá-mirim et Ariramba (bas- 
sin du Trombetas) n. 14.962. Encore vue à Gurupá et sur la Serra de 
Arumianduba prês de Almeirim. 


Vantanea guianensis AvpL. 


Arbre moyen ou élevé de la forêt des terres humides mais non inon- 
dées, remarquable par ses belles fleurs rouge cramoisi. Connu, comme ['es- 


— 180 — 


péce précédente, sous le nom d'“achuá-rana” ou “uchy-rana”. Belém do 
Pará n. 15.451; chemin de fer de Bragança: Santa Izabel n. 9.664, Peixeboi 
n. 8.775. Le fruit n'est pas comestible; le vieux endocarpe rappelle celui 
d'un petit uchy curua (Saccoglottis verrucosa) mais est de forme plus al- 
longée et a les protubérances tronquées, non pointues. Huber (Arvores 
fructiferas do Para, Bol. Mus. Pará 4 p. 395) a attribué ces endocarpes à 
une espece nouvelle de “uchy”. 


MALPIGHIACEAE 


* Byrsonima melanocarpa Ducke n. sp. 


Ad subgenus II (Macrozeugon Ndz.) sect. 3 (Colobotheca) subsect. 
A (Atrchotheca) ser. b (Platylepis). Frutex vix 2 m. altus, glaberrimus 
praeter ramulos juniores ad insertionem stipularum rufopilosos et inflo- 
rescentias sat parce rufopubescentes; ramuli graciles, vetustiores cinerei. 
Stipulae breves obliquae acutae. Folia circa 3 ad 4 mm. petiolata, 3 ad 6 cem. 
longa et 2 ad 3 1/2 em. lata, obovato-elliptica basi in petiolum acuminata 
vel acutata apice rotundata rarius subobtusa vel brevissime retusa, juniora 
subtus strato albo plus minus dense induta, adulta dure coriacea, opaca, 
margine fortiter revoluta, costã sat crassã subtus distincte elevatã, nervis 
utrinque 6 ad 8 dissitis tenuibus in utraque paginã prominulis ante mar- 
ginem arcuato-anastomosantibus, venulis tenuissimis dissite reticulatis. Ra- 
cemi rhachis florifera vulgo 3 ad 5 cm., pedunculus 2 ad 4 cm. longus, 
hic subglaber; rhachis, pedicelh et calices tenuiter rufopubescentes; bra- 
cteae bracteolaeque breves ovatae vix ultra 1 mm. longae. Pedicelli tenues ; 
floriferi virides, novissimi recurvi, ad anthesin rectiusculi circa 6 mm. 
longi; fructiferi sanguinei stricti patentes 1 cm. longi. Flores vix usque ad 
1 cm. diametro; sepala glandulas longe superantia sub anthesi viridia, in 
fructiferis sanguinea et recurva; petala semper perfecte alba; antherae pa- 
rum ultra 1 mm. longae, connectivi appendiculo incrassato loculos circa | 
1/3 longitudinis excedente. Drupa matura nigra diametro 3 mm. 

Habitat in sabulosis siccis vegetatione fruticosa densius vel sparsius 
copertis: Campina do Achipicá prope flumen Trombetas inferius, frequen- 
tissima, 20-0-IQIO, n. 10.948 et I5-I0-I9I3 n. 14.985, flor. et fruct.; cam- 
pina prope montem Valha-me Deus ad septentrionem lacus Sapucuá inter 
Obidos et Faro, frequentissima, 20-7-I912 n. 12.036, inflorescentiis novel- 
lis; Campina do Perdido prope Bella Vista fluvii Tapajoz, 6-12-1915 nu- 
mero 15.839, parce florens. 

On reconnait cette espêce toute de suite, lorsqu'on la rencontre dans 
les campinas, par la couleur de ses inflorescences: verte à Pétat florifeére, 


— 181 — 


avec pétales qui demeurent blancs jusqu'a leur chute; rouge sang à Vétat 
fructifére. La drupe múire est três petite, noire (et non pas jaune ou rouge 
comme chez toutes les autres especes connues). Dans les spécimens d'her- 
bier, ces couleurs ne sont plus reconnaissables mais les caractêres énumérés 
dans la description ne permettent aucune confusion avec les quelques es- 
péces qui appartiennent encore à la même série. — Dans um travail publié 
dans le “Boletim do Museu Goeldi” (Pará) vol. 7, cette espece est mention- 
née sous le nom de B. coniophylla Juss., espece que je n'ai pas vue mais qui 
a les feuilles beaucoup plus grandes et doit appartenir à Paffinité étroite 
de B. leucophlebia et B. punctulata. 


RUTACEAE 


Rhabdodendron macrophyllum (BenrH.) Hvusz., Boletim Mus. Goeldi 
Pará, V. p. 428 (= Lecostemon macrophyllum Benth., — Rhabdodendron 
columnare Gilg et Pilger). Três variable dans la grandeur des feuilles, mais 
toujours facile à reconnaitre par la nervure marginale três distincte. — 
Manãos 11.173; Campina de la Ponta Negra (bas Rio Negro en amont 
de Manãos) 12.198; Faro, forêt des environs de la Serra do Dedal 8.595 


Rhabdodendron amazonicum (BentH.) Hvuz., Boletim Mus. Pará V 
p. 427 (= Lecostemon amazonicum Benth., = Lec. crassipes Benth., 
= IRhabd. crassipes Hub., — Rhabd. Ducke: Hub., = Rhabd. paniculatum 
Hub., = Rhabd. longifolium Hub., = Rhabd. Arirambae Hub.). — Pai 
devant moi des matériaux abondants de cette espece qui n'est gueére plus 
variable que la précédente. Le type du L. crassipes est un spécimen fru- 
ctifére de Pamazonicum, duquel le paniculatum ne se distingue que par 
ses feuilles plus flexibles; la premiere de ces deux formes se trouve 
surtout dans les campos et campinas et leurs environs, la derniere dans la 
forêt de taille médiocre. Dans la forêt humide de grande taille, les feuilles 
deviennent plus longues, les inflorescences plus petites et souvent simples: 
cest le longifolium. Le spécimen qui a été décrit comme Arirambae pro- 
vient des individus rabougris à feuilles plus petites qui croissent parmi la 
végetation serrée et broussailleuse de certains endroits tourbeux. Le RA. 
Duckei n'est qu'un spécimen à fleurs en partie atrophiées du paniculatum. 
-— "Poutes ces formes sont reliées entre elles par un nombre três grand 
de transitions qui ne permet pas de les séparer nettement; Huber les avait 
décrites séparément, mais ayant reçu des matériaux plus complets il pensait 
deja à reduire le nombre des espeéces. L/angle des nervures sécondaires et 


— 182 — i 


la distance qui sépare celles-ci, varient souvent dans le même spécimen, 
d'une feuille à Vautre. 

Rio Tocantins: campina d'Arumateua (15.618); Gurupá: forêt (nu- 
mero 15.933), três fréquent aussi dans la brousse et campina; Santarém 
(10.339 et 10.448); Santarem: Alter do Chão (10826); Parintins 
(11.606); Montealegre: Ereré (9.950), Aroxy (9.964); Obidos (4.856, 
8.854, 10.191 et 10.216); Obidos: Serra da Bôa Vista (15.233); Bas 
Trombetas: Campinas do Achipicá (10.938, 10.968 et 14.986) ; Trombetas: 
Cuminá-mirim, forêt (11.473), Campos do Ariramba (8.000, 11.370, 
11.371), Mapuera (8.989); Faro, campos (8.546 et 10.472), forêt (8.504 
et 10.525); Manáos (11.218). Tous ces spécimens collectionnés par Du- 
cke, excepté le n. 10.448 recolté par Huber. 

J'ai vu encore, de cette plante, le n. 8.882 de E. Ule Herb. Brasiliense 
(Manãos), et des doubles des types de Bentham envoyés par le British 
Museum. 

La floraison a lieu pendant toute la saison seche. 


Hortia-longifolia Brnrrm. (=H. Ducxer Hub.). 


Les spécimens typiques, de Spruce, ont les inflorescences encore três 
jeunes; plus tard, les boutons de fleurs acquierent une forme plus allongée. 
Les feuilles sont aigúes ou obtuses à [extremité; parfois seulement les 
lobes du calice sont imbriqués. — Grand arbrisseau ou petit arbre attei- 
gnant jusqu'a prês de 12 meêtres, de beauté rémarquable à I'époque de sa 
floraison qui a lieu dans la premiêre moitié de la saison séche. Habite 
la forêt plutôt seche, dans sa plus grande partie secondaire, des environs de 
Manãos, d'Itacoatiara (n. 12.522), de Faro (n. 8.379, forêt; n. 11.688 
ilot de forêt dans les campos); je Iai vu encore au sommet de la Serra 
da Bôa Vista au nord d'Obidos et pres de la Cachoeira da Montanha au 
moven Tapajoz. Le n. 8.926 de E. Ule, Herb. Bras., des environs de Ma- 
náus (“Hortia megaphylla” Taub. in schedis) appartient aussi à cette 
espéce. 


“ Hortia excelsa Ducxk n. sp. 


Arbor excelsa (ad 30 metralis) trunci cortice crasso crasse rugoso 
ligno albidoflavo. Folia maxima, 50 ad 80 cm. longa, 15 ad 22 cm. lata, 
formã iis speciei H. longifolia sat similia at tenuiora, subcoriacea, subtus 
brevissime pilosula, costis secundariis in utroque latere circa 80 parallelis 
nervoque marginali (arcuato) supra impressis subtus distinctissime ele- 
vatis, rete venularum praesertim subtus sat conspicuã. Panicula (vetusta) 
formã magnitudineque eae H. longifoliae similis at ramulis crassioribus ; 


— 183 — 


flores non vidi; panicula fructifera pedunculo 2 1/2 cm. crasso, ramis 
maioribus ad 1 1/2 cm. crassis, pedicellis fructiferis ad 1 1/2 cm. longis 
circa 1/2 ad 2/3 cm. crassis, drupis (junioribus) ad 3 cm. longis, ad 2 cm. 
crassis, calice lobis 5 circa 3 mm. longis circa 6 mm. latis late truncato- 
rotundatis. 

Habitat in silvis primaevis prope Gurupá, 1. A. Ducke 12-8-1918 nu- 
mero 17.193. 

Cette espece magnifique (une des rutacées de taille plus grande et 
peut étre celle qui ait les feuilles les plus longues) n'est connue que dans 
quelques pieds existants à environ une douzaine de kilometres au sud 
de Gurupá entre les cours supérieurs des ruisseaux Jacopy et Taperera, 
dans une forêt superbe au sol humeux et à atmosphére extrêmement hu- 
mide. Le bois frais dégage une odeur qui rappelle un peu celle de Peau 
de vie de canne à sucre (“cachaça”) d'ou vient le nom de “cachaceiro” 
que les habitants de la région donnent parfois à Parbre. 


Euxylophocra paraensis Hvr. 


Arbre qui peut dépasser 40 metres et qui fournit le “pão amarello” 
(bois jaune), un des meilleurs bois du Pará (voir J. Huber, Bol. Mus. 
Pará VI p. 185): connu seulement de la région qui s'étend du bas Tocantins 
au littoral de " Atlantique; habite la grande forêt humide, fleurit dans la 
premiere moitié de la saison relativement séche. — Ourem (Rio Guamá) 
n. 4.052; Chemin de fer de Belém à Bragança: Colonia Santa Rosa nu- 
mero 9.720, Peixeboi ns. 8.237, 8.284. 


Erythrochiton brasiliense NeEs ET MART. 


Cette plante três ornamentale, parfois cultivée dans les jardins de la 
capitale du Pará, a une distribution géographique des plus remarquables : 
elle habite le Brésil méridional tropical, le Pérou oriental subandin et, 
comme rareté, la partie nord du bas Amazone, ou je ai rencontrée dans 
les forêts sitnées à Vest du lac Salgado (Trombetas) en terrain assez for- 
tement accidenté (n. 15.892). 


/ Cusparia trombetensis DuckE n. sp. 


Arbor parva vel frutex elatus. Ramuli sat tenues, glabri, lenticellosi, 
rimosi, apicem versus foliosi; juniores brunneorufi, vetusti cinerei. Folia 
1-foliolata, glaberrima; petiolus 1 ad 5 cm. longus, medio vix 1 1/2 mm. 
crassus, basi parum apice fortiter incrassatus, semiteres, supra applanatus 
et utrinque marginatus; foliolum 1 ad 3 dm. longum 4 ad 9 em. latum, 


-— 184 — 


lanceolatum, basi in maioribus longe ad petioli apicis latitudinem atte- 
nuatum, apice longe tenuiter acute acuminatum, tenuiter coriaceum, glau- 
cum, utrinque nitidum, glandulis subtus prominentibus dense conspersum, 
nervis (marginem non attingentibus) et venulis (parum conspicuis) supra 
immersis subtus prominentibus, subtus tenuiter prominenti-marginatum. 
Rami floriferi terminales solitarii, pedunculo communi 5 ad 25 cm. longo 
1 1/2 ad 3 mm. crasso erecto stricto, saepe anguloso et uno latere sulcato, 
dense obscure glanduloso et minute griseopilosulo, supra ramulos 3 vel 
4 saepissime subaequilongos emittente, his ramulis saepissime  dichotome 
vel trichotome in cicinnos secundos paucifloros terminatis; pedicelli ad an- 
thesin 3 ad 6 mm. longi, griseopilosuli; calix cupuliformis vel subcampanu- 
latus, anthesi circa 4 mm. longus et 4 ad 5 mm. latus, apice brevissime 
remoteque 5-dentatus vel fere subtruncatus, crasse nigroglandulosus, parce 
griseopuberulis; petala 5 crassa virescenti-alba, circa 1 1/2 cm. longa, 
oblonga, obtusa, utrinque dense brevissime griseotomentosa, extus glan- 
dulis obscuris punctata; stamina 5, in floribus examinatis omnia fertilia, 
petalis vix 1/4 breviora, filamentis parte liberã dense fulvohirsutis; discus 
ovario subaltior; ovarium brevissime canopuberulum, apice umbilicatum ; 
stylus unus filiformis glaber ovario circa sexies longior, stigmate capitato 
subquinquelobo. Cocci 1 ad 4 conchiformes curvati lateraliter compressi, 
apice latiore subtruncati, fortiter transverse rimosi, extus grisei, endocarpio 
soluto flavo, circa 1 1/2 cm. longi, apice ultra 1 cm. lati. 

Habitat sat frequens in silvis primariis humidissimis collibus saxosis 
et argillosis ad orientem lacus Salgado, regione fluminis T'rombetas infe- 
rioris civitate paraensi, 1. A. Ducke 23-10-1919 Herb. Jard. Bot. Rio nu- 
mero 269. 

Cette espeéce nouvelle a les feuilles 1-foliolées; les fleurs pentameres 
ont un seul style qui est au moins 5 fois plus long que Vovaire à sommet 
ombiliqué ; !'inflorescence a une forme que je ne connais chez aucune au- 
tre espece de ce genre et qui rappelle l'inflorescence du Raputia magnifica 
figurée dans la Flora Brasiliensis. 


J Raputia paraensis DucxE n. sp. 


Arbuscula 3 m. alta (sec. Huber). Ramuli striati et dense albidolenti- 
cellosi, novelli puberuli mox glabrati. Folia erecta, 5-foliolata; petiolus 
s ad 20 em. longus, striatus, lenticellosus, junior minute pilosulus, supra 
saepe depressus uútrinque marginatus; foliola membranacea saepe utrinque 
nitida glabra vel subtus microscopice tomentella, obovato-oblonga basi plus 
minus cuneatoattenuata apice breviter acuminata, nervis et venulis supra 
tenuiter subtus fortius prominentibus; foliolum centrale vulgo 1 ad 2 1/2 


— 185 — 


dm. longum 6 ad 8 em. latum, longius (1 ad 2 1/2 cm.) petiolulatum ; 
foliola externa vulgo 8 ad 12 cm. longa petiolulo brevi rarius ad 1 cm. 
longo. Inflorescentia saepisssme 1 ad 2 dm. pedunculata, parte floriferã 
densius cano-tomentella ramis duobus 3 ad 6 cm. longis secundifloris ju- 
nioribus revolutis ; bracteae oblongae tomentosae caducissimae. Flores extus 
dense canotomentosi, subsessiles vel usque ad 5 mm. pedicellatr; calix ad 
3/4 cm. longus cupuliformis bast turbinatus apice 5-dentatus dentibus 
obsoletis vel breviter ovato-triangularibus acutis; corolla fere 2 cm. longa 
crassa, in alabastro leviter recurva, extus canotomentosa intus fauce dense 
flavidosericeovillosa, basi in tubum concreta, laciniis obovato-oblongis apice 
obtusis. Stamina fertilia 2, staminodia 3 subulata; discus niger glaber ver- 
ticali-striatus apice vix dentatus ovario conspicue altior; ovarium ferru- 
gineum glabrum depressum stylo glabro. Capsula 2 ad 2 1/2 cm. longa, 
calice augmentato et expanso patelhiformi, carpidiis compressis dorso cari- 
natis, transverse plicatis, tomentosis. 

Habitat in silvis non inundatis prope stationem Peixeboi inter Belém 
et Bragança, 1. J. Huber n. 7.807, R. Siqueira n. 8.283 et n. 8.822; mensi- 
bus octobre et novembre florifera. 

Cette espece ressemble un peu au R. magnifica du Brésil méridional, 
mais s'en distingue aussitôt par ses feuilles 5-foliolées, la forme de Pin- 
florescence et plusieurs caractêres des fleurs. 


v Raputia sigmatanthus DuckE n. sp. 


Sigmatanthus trifoliatus Hu. mscr. 


Arbor parva vel frutex elatus, partibus novellis griseoflavido-pubes- 
centibus, ramulis demum glabratis rugosis et striatis nonnunquam lineis 
subalato-elevatis, saepe obscure lenticellosis. Folia trifoliolata: petiolis pa- 
tentibus vulgo 5 ad 9 cm. longis superne saepe canaliculatis; foliola obo- 
vato-lanceolata membranacea .serius subcoriacea, utrinque pilosula, sub- 
tus pallidiora, nervis et venulis subtus prominentibus, his tenuibus reticula- 
tis, apice saepe longiuscule acumiinata et mucronulata; foliolum interme- 
dium vulgo 10 ad 15 cm. longum et 3 ad 6 em. latum basi in petiolum 
cuneato-attenuatum ; foliola externa minora, subsessilia basi acuta. Race- 
mus simplex in ramulo solitarius axillaris erectus elongatus; pedunculus 15 
ad 30 em. longus, striatus; rhachis florifera 4 ad 6 cm. longa, fructifera 
saepe duplo longior; pedicelli sub anthesi usque ad 2 cm. longi graciles 
filiformes apice parum incrassati, fructiferi dimidio longiores et fortiter 
incrassati. Bracteae subulatae pubescentes, jam novissimae caducae. Calix 
cupulatus vel subcampanulatus longe et aequaliter 5-dentatus dentibus tri- 
angularibus acutis vel acuminatis, extus griseopubescens, intus dense al- 


— 186 — 


bido-sericeohirtus, 1/2 ad 3/4 em. longus; corolla pallide lilacina rosea vel 
alba, in alabastro subsigmoideo-biflexuosa, sub anthesi ad basin laciniarum 
anguloso-reflexa circa 3 1/2 cm. longa, usque ad 1/3 longitudinis in tubum 
concreta, extus et tubo etiam intus dense albidosericea, laciniis intus te- 
nuiter griseotomentosis elongato-obovatis apice acutis vel obtusis. Stamína 
fertilia 2 glabra, staminodia 3 inaequalia puberula linearia apice acuminata : 
discus ovarium brevissime superans ferrugineus glaber crassus apice brevis- 
sime quinquedentatus; ovarium parce et minime pilosulum, cinereoprui- 
nosum, stylo usque ad 2 1/2 cm. longo glabro apice pilosulo, stigmate ca- 
pitato. Capsula matura 1 1/2 ad fere 2 cm. longa, calice persistente non ex- 
planato, carpidiis 5 oblongis compressis dorso carinatis, fortiter transverse 
plicatis, pube persistente vestitis. 

Habitat in civitatis Pará limite orientali prope Vizeu inter Rhisopho- 
ras, florif. 25-I-I9IO, n. 10.774, et in regione vicinã civitatis Maranhão mon- 
ticulo Pirocaua 100 m. alto, florif. 20-4-1909, n. 10.362; in civitate Piauhy 
prope Parnahyba, silvulis siccis, fructif. 12-7-1907 1. A. Ducke, Herb. Ge- 
nerale Mus. Pará n. 819; in civitate Ceará prope Quixadá inter saxos 
graniticos montis Serra Riscada dicti, florif. 14-4-1909 1. A. Ducke H. G. 
M. P.n. 2.163, fructif. 10-1897 1. J. Huber et 6-7-1908 1. A. Ducke, H. G. 
M. P. n. 297 et n.ºI.IOI. 

Cette espece est três remarquable par ses grappes simples et par la 
forme singuliêre de la corolle; cependant, ces caractêres ne me semblent 
pas assez importants pour conserver le nouveau genre proposé par Huber. 
On la connait des régions voisines des bouches des rivieres Gurupy et 
Parnahyba, et de Iintérieur du Ceará. 


Adiscanthus Ducxe n. g. 


Flores hermaphroditi. Calix brevissimus pentagonus vel brevissime 
5-dentatus. Petala 5, calicis lobis alterna hypogyna aequalia oblongo-spa- 
thulata basi breviter cohaerentia at anthesi plenã non visa, aestivatione 
valvata. Stamina 5 omnia fertilia gynophoro circa ovarii basin inserta, om- 
nino kibera, filamentis complanatis, antheris filamento subaequilongis linea- 
ri-oblongis basi excisis parum infra medium dorsifixis introrsum rimis 
longitudinalibus dehiscentibus, connectivo non producto. Discus nullus. 
Ovarium fere aequaliter longum ac latum, carpidiis 5 usque parum ultra 
medium concretis, ovulis in carpidio 2; gynophorum ovarii dimidio subae- 
quilongum. Stili in unum compressum coaliti, stigmatibus inconspicuis. 
Cocci in fructu 1 ad 5 rhomboideo-conchiformes compressi dorso ventreque 
carinati apice oblique truncati, transverse subreticulate rugosi, uniseminati, 
endocarpio cum semine soluto secedente; semen compresso-conicum acutum 


— 187 — 


testã brunneã tenuiter crustaceã, embryone leviter curvato cotyledonibus 
crassis plano-convexis radiculã brevissimã inflexa. 

Frutex elatus vel arbuscula, petalis intus barbatis exceptis undique 
glaberrima, foliis versus ramulorum apices confertis alternis 1-foliolatis. 
brevissime petiolatis vel subsessilibus cum caule articulatis, laminã longis- 
sima, ramo florifero terminali folium aequante vel parum breviore apice 
pauciramoso, floribus im cincinnos secundos breves paucifloros dispositis, 
petalis rufofuscis. 

Generi Leptothyrsa Hook. f. characteribus nonnullis affine, at flori- 
bus pentameris, inflorescentiis et antheris aliter conformatis, disco nullo: 
aliisque notis valde diversum. 


“A. fusciflorus Duck: n. sp. 


Ramuli mediocriter robusti, juniores griseocinnamomei, longitudinali- 
ter striatorugosi. Folia internodiis 1/2 ad 1 1/2 cm. longis, maiora 35 iad 
50 cm. longa 8 ad 10 cm. lata, saepe cum minóribus 20 ad 30 cm. longis 
5 ad 7 cm. latis (perfecte evolutis) alternantia; petiolus parte basali in 
maximis vix ad 1/3 cm. longã in minoribus nullã, parte apicali crassã supra 
excavatã subtus gibbã in maximis fere 1 cm. longã; lamina crassius mem- 
branacea obovato-lanceolata basi in petiolulum: sensim longissime cuneata, 
apice brevissime vel longius abrupte acuminata, subtus pallidior, costã 
supra parum subtus crasse prominente, nervis secundariis parallelis fere 
horizontaliter abeuntibus vix arcuatis, maioribus 1 ad 2 cm. inter se distan- 
tibus, apice in nervum marginalem exeuntibus, utrinque tenuiter promt- 
nentibus, venis utrinque prominulis tenuissime reticulatis. Rami floriferi 
in speciminibus nostris 30 ad 35 cm. longi, pedunculo erecto stricto 3 ad 
4 mm. crasso griseocanescente dense longitudinaliter striato-rugoso et li- 
neis transversalibus undulatis brunneis picto, apice dupliciter dichotome 
vel saepius trichotome in cicinnos paucifloros ramificato; pedicelh valde 
rugosi breves vel fere 3/4 cm. longi, in fructiferis ad 1 1/2 cm. elongati; 
alabastra adulta circa 6 mm. lata, calice fusco circa 2 mm. longo et 4 mm. 
lato, petalis circa 1 1/2 em. longis intus usque ultra medium longe et dense 
fulvidobarbatis. Cocci circa 1 cm. longi rufofusci endocarpio flavo. 

Habitat numerosus in silvã partim minus densã partim humiliore, loco 
aliquiamntum paludoso terrã arenosã humosáã, circa Campina do Perdido 
prope Beila Vista fluvii Tapajoz regionis cataractae infimae, 1. A. Ducke 
25-12-1919, Herb. Jard. Bot. Rio n. 1.295. Sr 

Cette espece qui représente un nouveau genre monotypigte bien ca- 
ractérisé rappelle le Leptothyrsa Sprucei par ses feuilles et par ses fruits, 
tandis que son inflorescence a la forme de celle du Raputia magnifica 


eo ND "a 


et du Cusparia trombetensis. La plante est entierement glabre mais la co- 
rolle est longuempent pileuse à Vintérieur; la couleur de cette derniêre est 
un brun rouge foncé. Le caractere le plus notable est Vabsence totale du 
disque, lequel est cependant remarquablement développé chez tous les gen- 
res jusqu'ici connus des Rutaceae Cusparieae. 


Sohnreyia excelsa KRravusrE. 


Arbre magnifique du port d'un palmier, haut jusqu'a 20 m., décrit 
de Manãos mais que j'ai rencontré dans VÉtat de Pará dans la forêt pas 
trop dense des hautes terres du bas Trombetas (Oriximiná, n. 15.702) et 
du moyen Tapajoz (collines du Mangnbal, H. J. B. R. n. 13.613). Le 
fruit qui n'est pas encore décrit ressemble aux samares de certaines Com- 
bretacées (par ex. Terminalia argentea) mais est biseminé; il est sec, 
avec deux ailes confluentes, membraneuses, longitudinalement réticulées 
presque rayonnées, sa largeur totale est de 4 à 6 em., sa longueur entre les 
ailes est d'1 1/2 à 2 cm., aux parties les plus larges des ailes 2 1/2 à 3 cm. 


MELIACEAE 


Genre Cedrela T.. 


Le “cedro vermelho” (cedre rouge) du commerce amazonien pro- 
vient, dans sa plus grande partie, des troncs flottants entrainés par le cou- 
rant de | Amazone et ses affluents, surtout le Madeira. Tl s'agit, a ce 
qu'il parait, le plus souvent du C. odorata collectionné par E. Ule au Rio 
Acre et auquel appartiennent aussi les jeunes arbres rapportés par J. Huber 
des régions du Purús et de "Ucayali et maintenant cultivés au jardin bota- 
nique du Pará. Le meilleur ceédre de VÉtat de Pará provient aussi de 
Vespece citée que j'ai rencontrée au Trombetas mais qui ne semble pas 
exister dans le bas Amazone proprement dit (Obidos, Santarem, etc.) pour 
apparaitre de nouveau dans Vestuaire de "immense fleuve; dans les hautes 
terres de cet état il y a d'autres espéces, dont le bois est parfois aussi 
rouge que celui du précédent mais souvent beaucoup plus clair ou presque 
blanchátre, étant classé dans le commerce, selon ces couleurs et aussi .selon 
Vusage de la localité, comme “cedro vermelho” ou “cedro branco”; Podeur 
de ce bois est toujours bonne. Par le dernier nom sont souvent encore dé- 
signés, dans certaines localités, des arbres appartenant à d'autres genres 
botaniques, comme Guarea trichilioides L. (dont le bois ressemble un peu 
au cédre, même dans Podeur — pourtant três faible) dans la “varzea” 
de " Amazone prês de Obidos, et, dans plusieurs régions de Vétat, une ana- 


— 189 — 


cardiacée (Poupartia amazonica n. sp.) dont le port ressemble exacte- 
ment à celui des Cedrela mais le bois est blanc et de mauvaise odeur. Les 
deux derniers arbres sont parfois aussi appelés de “cedro-rana” (faux cê- 
dre), mais ce nom; revient surtout à la légumineuse Cedrelinga catenacfor- 
mus et aux vochysiacées Vochysia grandis et V. ferruginca. : 


* Cedrela macrocarpa Ducke n.s. (C. alliacea Ducke in schedis; C. fis- 
silis Hoehne, Commiss. Telegr. Matto-Grosso Bot. VI p. 34, non fissilis 
Mell pl. 22:D. 

Speciei C. fissilis Vell. affinis, differt praesertim capsulã 7 ad 11 cm. 
longã, 3 ad 5 cm. crassã, basi in stipitem obconicum circa 2 cm. longum 
sensim attenuatã. Arbor 15 ad 25 metralis ligno plus minus rubescente, 
odorato, cortice et praesertim ramulis et foliis Allium sativum fortissime 
redolentibus. Ramuli lenticellosi parcius vel crebrius cano-vel ochraceo- 
tomentosi; foliola 7 ad 15-juga, opposita vel alterna, adulta supra praeter 
costam glabra subtus dense brevissime tomentosa vel venulis dense hir- 
tella, breviter (1 ad 2 mm.) petiolulata, inferiora basi saepissime valde 
inaequali supra rotundata infra attenuata, maiora (in sterilibus) ad 14 em. 
longa ad 5 cm. lata, in floriferis vix ultra 1 dm. longa; paniculae folio 
breviores vel subaequales, sparsius vel crebrius tomentosae ; flores saepe ad 
2 mm. pedicellati, calice dentibus magnis triangularibus subacutis, petalis 
ad 9 mm. longis viridibus vel apice roseis, staminibus et ovario glaberri- 
mis. Capsula plus minus albido-lenticellosa. 

Habitat civitate Pará in silvis collinis siccioribus propre Montealegre 
(Colonia Itauajury 17-09-1916 flor. et fruct. n. 16.501 “cedro vermelho” 
appellata); in regione Jutahy inter Prainha et Almeirim ad Serra do 
Cachimbo 31-8-1918 fruct. n. 17.278, “cedro vermelho” dicta; prope Al- 
meirim in montis Arumanduba radicibus 26-8-1918 flor. et fruct. n. 17.248, 
“cedro branco” appellata (l. A. Ducke); civitate Matto Grosso im urbe 
Cuyabá terris cultis 1. J. G. Kuhlmann n. 523. 

Cette espéce qui se distingue de tous les autres Cedrela connus par 
la forme et la grandeur de sa capsule, fournit un bois assez variable dans 
Pintensité de sa couleur, mais tonjours odorant. Elle habite la forêt plutôt 
médiocre des endroits secs, en terrain argileux. 


VCedrela Huberi DycrE mn: s dpi 22 a). 


Arbor 30 ad 40 metralis ligno modice rubescente odore grato, ramulis 
et foliis Allium sativuym modice redolentibus, ramulis ferruginescenti-cine- 
reis brevissime tomentellis, pallido-lenticellosis. Folia longe petiolata; fo- 
liola To-ad 14 rarissime 8-vel 16-juga, opposita vel alterna, breviter (2 ad 


— 100 = 


5 mm.) petiolulata, maiora vulgo ad 12 rarius 15 rarisssme ad 18 cm. 
longa, ad 4 rarius 5 cm. lata, ovato-oblonga, basi valde inaequali uno la- 
tere rotundatà altero obtusã, apice longiuscule cuspidato, subcoriacea, non 
punctata, supra glabra nitida, subtus opaca et ad nervos saepe brevissime 
griseopilosula. Panicula terminalis foliorum dimidium saepe superans, lon- 
giuscule pedunculata, pyramidata, ramis dissite alternis longe peduncula- 
tis, undique tomentella, pedunculis et rhachidibus lenticellosis, ramulis ul- 
timis 1-ad 4-(saepius 2-vel 3-)-floribus, Flores distincte (1 ad 1 1/4 mm.) 
pedicellati; calix ad anthesin longitudine duplo latior (circa 3 mm.), acutius- 
cule quinquelobus, extus brevissime subappresse albidotomentellus; corolla 
cylindrico-oblonga petalis utrinque densiuscule canosericeis, oblongis, cir- 
ca 9 mm. longis; filamenta glabra, antherae elliptico-oblongae ; ovarium 
glabrum loculis 12-ovulatis; stigma discoideum petalis subinclusum. Ca- 
psula 3 ad 4 1/2 cm. longa, vix ad 2 em. lata, stipite circa 1/2 cm. longo, 
fusca, lenticellis ferrugineis saepe in maculas scabras confluentibus. 


E regione fluminis Capim civitatis paraensis a J. Huber in hortum 
botanicum paraensem introducta ubi florebat mense martio 1917, fructibus 
maturis mense novembre (n. 16.707); in silvis primariis non inundatis 
1 A. Ducke in regione fluminis Tapajoz cataractarum inferiorum prope 
Furnas (n. 16.881) et prope Villa Braga (n. 16.907), januario 1918 flo- 
rif.; prope Rio Branco de Obidos (n. 17.008), martio 1918 fructif.; in 
regione fluminis Xingú inter Victoria et Altamira a me visa In regione 
fluminum Capim, Xingú et Tapajoz saepius “cedro branco”, im regione 
Rio Branco de Obidos “cedro vermelho” appellatur. 


Cette espece facilement reconnaissable, par ses folioles três faiblement 
pileuses sur les nervures de la face inférieure et três nombreuses, est un 
grand arbre de la forêt des hautes terres argileuses et pierreuses, dans les 
* régions toujours pluvieuses de Yétat de Pará; elle fournit un bois três 
employé dans les constructions, rougeâtre clair, odorant, généralment con- 
sidéré comme un des ceédres “blancs” mais qui dans certaines régions est 
cependant appelé de ceédre rouge. 


Cedrela odorata L.. 


Toujours dans le sol fertile d'argile compacte, marécageux (environs 
du lac Salgado à PÉst du bas Trombetas, Herb. Jard. Bot. Rio n. 14.142) 
ou inondé pendant la crue annuelle (“varzea” de | Amazone aux environs 
de Gurupá, ns. 16.557 et 17.214); arbres floriferes et fructiferes. 


— 191 — 


( Carapa macrocarpa DucxKE n. sp. 


Partibus vegetativis a C. guianensi non distinguenda, differt florum 
partibus omnibus conspicue maioribus: pedicelli enim usque ad 5 mm, 
petala 5 ad 6 mm. longa, stylus ovario multum longior, capsula multum 
maior at solum in fragmentis putrefactis visa; semina maxima, ut in 
C. guianensi conformata at volumine sextuplo ad octuplo, circa q ad Io 
cmi longa, 6 ad 7 cm. latitudinis maximae attinentia. 

Habitat in regione fluvii Tapajoz medii, loco Francez ad rivulum 
silvestrem, 21-12-1919 Herb. Jard. Bot. Rio n. 860, florif. cum fructibus 
putrefactis et seminibus sub arbore lectis; loco Mangabal in silvis a rivulo 
Botica periodice inundatis, 4-9-I916 n. 16.451, florif.; 1. A. Ducke. ”An- 
diroba graúda” appellatur. 

Cette espeéce est notable par ses graines três grandes, dont chacune a le 
volume d'un fruit entier de Vespéce commune C. guianensis; elle rempla- 
cerait avantaguesement cette derniére souvent cultivée au Bas Amazone 
pour Vextraction de Phuile de ses graines. Elle habite les forêts maréca- 
geuses ou fréquemment inondées par les ruisseaux de la région du moyen 
Tapajoz, riches en arbres d'Hevea brasiliensis. 


/ Trichilia LeCointei Ducxe n. sp. 


Sectioni II (Moschorylum) includenda, speciebus T. Schomburgku 
C. DC. et T. Sigueiraei n. sp. affimis. Arbor mediocris vel sat magna, cor- 
tice flavidocinereo, sublaevi, ligno bono, flavidobrunneo, duro. Ramuli 
novelli dense canoferrugineo-tomentosi, mox glabrati. Folia usque ad 25 
cm. longa, brevissime petiolata, rhachidibus et petiolulis tomentosis; fo- 
liola g ad 15, valde alterna, omnia longiuscule petiolulata, basalia 2 vel 
4 minima vel rudimentaria saepissime 1/2 cm. vix longiora, formã valde 
variabili, foliola superiora 7 ad 10 cm. longa, 2 1/2 ad 3 cm. lata (ter- 
minale saepe 4 cm. latum), oblonga, basi acutã vel obtusã obliquã, apice 
saepissime sat breviter sensim acuminato, opaca, superne praeter costam 
praesertim in junioribus tomentosam glabra, in siccis fuscoferruginea, 
subtus pallidiora minime tomentella, costis superne impressis subtus ele- 
vatis, alternis. Paniculae saepe folia aequantes, remote ramulosae, breviter 
at sat dense canotomentosae ; pedicelli florum longitudine vel parum lon- 
giores; calix obtuse et saepe obsolete 4-vel 5-dentatus, extus subtilissime 
puberulus; petala 4, in aestivatione leviter imbricata, 2 ad 2 1/2 mm. 
longa, ovata vel ovatooblonga, apice obtusa, extus et marginibus minute 
puberula; tubus stamineus petalis multo brevior, glaber (intus hinc illinc 
ciliatus), dentibus acutis; antherae 8, tubo circa dimídio breviores, cum hu- 
jus dentibus alternantes; ovarium dense fulvo-hirsutum. 


sea O cms 


A specie affini 7. Schomburgkii (Guianae britannicae incola, mihi 
solum ex descriptione nota) differt praesertim foliolis numerosioribus 
apice modice acuminatis, floribus minimis, tubo stamineo petalis multo 
breviore. 


Habitat in silvis primariis non inundatis circa Obidos, 1. P. Le Cointe 
25-8-1916 florifera, n. 16.799. “Pracuuba da terra firme” appellatur. 


Beau bois rouge brun clair, grain fin; lourd, dur et compact, prenant 
bien le poli. Exhale une légere odeur de rose quand on le travaille (comme 
celle du “pracuuba da varzea”, mais moins forte). Employé dans les con- 
structions civiles; on Putilise aussi pour la confection des hampes de har- 
pon qui servent à la peche du “pirarucú” et du “peixe-boi”. Le bois de I'ar- 
bre récemment abattu est de couleur blanc-rougeátre, encore tendre; au 
bout de quelque temps, en séchant, il se colore de plus en plus et durcit, 
se distinguant nettement alors de Vaubier qui pourrit tres vite. Cet arbre 
n'est connu, jusqu'ici, que des environs d'Obidos; il habite la forêt des 
hautes terres (“terra firme”), d'oú la derniere partie de son nom vulgaire. 
Les autres “pracuubas” (Dimorphandra paraensis et LeCointea amazo- 
nica) appartiennent à la flore des “varzeas” ou terrains exposés à la 
crue des fleuves. 


“ Trichilia Siqueiraei Ducxr n. sp. 


A specie praecedente valde affini differt ramulórum et rhachidum to- 
mento subtiliore, foliis saepe ad 40 cm. longis, foliolis minus numerosis 
(ad 9) supra mitidis glabris, subtus subopacis concoloribus soluny novellis 
puberulis, superioribus magnis (saepe 15 ad 20 cm. longis, ad 8 cm. latis, 
terminali interdum ad 10 cm. lato) obovato-oblongis basi non obliquã 
plus minusve cuneatã, apice plus minusve breviter abrupte acuminato, pa- 
niculã foliis multo breviore, petalis circa 4 cm. longis, tubo stamineo pe- 
talis non multum. breviore intus sparsim longe ciliato, antheris tubo multo- 
ties brevioribus, ovario flavidocano-sericeo. 


Habitat in silvis primariis non inundatis ad stationem Peixeboi viae 
ferreae inter Belém et Bragança 1. R. Siqueira 15-7-1907 florif., n. 8.288. 


Encore une espece nouvelle voisine du T. Schomburgkiana décrit dans 
la monographie de C. De Candolle; rappelle le T. LeCointei par ses feuil- 
les à pétiole três court et à folioles inférieures três petites ou rudimen- 
taires, et par la forme du calice, des pétales et du tube staminal, excepté 
les caractêres énumérés dans la diagnose. 


— 193 — 


VOCHYSIACEAE 


Vochysia obscura Warm. 

L'ovaire est revêtu d'une fine pilosité, tantôt distincte, tantôt faible 
comme chez le n. 8.970, du Rio Mapuera (haut Trombetas), cité dans 
la premiere partie de ce travail sous le nom de V. aff. glaberrima Warm. 
mais qui en réalité appartient à Pespece présente. Les poils de Povaire dis- 
paraissent immédiatement aprês la fécondation. | 

Cette espece est une des plus fréquentes dans VÉtat de Pará; en de- 
hors des localités citées dans la premiere partie de ce travail, je "ai encore 
rencontrée à Gurupá et dans la région des montagnes du Jutahy entre 
Prainha et Almeirim. Le bois est couleur de cannelle claire légêrement 
rosée, densité peu inférieure à 1, fort, fibreux, mais facile à travailler pou- 
vant être utilisé pour la menuiserie commune. 


v Vochysia obidensis Ducxr n. sp. (— V. obscura var. obidensis Hub.). 
A specie affinissimã V. obscura differt foliis saepissime angustiori- 
bus (1 1/2 ad 3 1/2 em. latis), longius in petiolum 1 ad 2 cm. longum 
attenuatis, costis secundariis magis dissitis, venulis supra impressis, inflo- 
rescentiis sat pubescentibus, bracteis subulatis, calcare valde incurvo, ova- 
rio dense et longe ferrugineo-hirsuto. Arbor 20 ad 30 m., floribus saturate 
flavis, ligno ut im specie praecedente. 

Habitat in silvis non inundatis circa Obidos sat frequens, 1. A. Ducke 
florif. 18-7-1905, n. 7.220 et I0-8-I9I6, n. 16.316. 

Arbre fréquent de la forêt assez seche des hautes terres qui s'éten- 
dent derriêre la petite ville d'Obidos oú son bois (“quaruba”) est fré- 
quemment employé; pas encore connu d'autres localités. Les caracteres qui 
le distinguent du V. retusa sont constants et assez importants pour le con- 


sidérer comme espece indépendente. 


Vcchysia grandis MART. 

Arbre parmi les plus grands de la forêt amazonienne, atteignant peut- 
être 60 m. de hauteur; en dehors du Tocantins, je Pai encore rencontré sur 
les hauteurs de Forte Ambé prês d'Altamira (Xingú), sur les montagnes 
de PAramun à Pouest de la Serra da Velha Pobre, et sur la Serra de 
Santarem. Dans la région de Santarem, cette espece et le V. ferrugi- 
nea sont souvent appellés de “cedro rana” (faux cedre). 


Jardim Botanico 13 


— 194 — 


Vochysia paraensis Dvuckr. 

L'écorce des jeunes arbres est lisse et souvent d'un rouge ferrugineux 
três éclatant ; les feuilles, généralement opposées, forment parfois des ver- 
ticilles de trois. En dehors de la région de la capitale du Pará, je n'ai en- 
core observé cette espece qu'à Gurupá (16.704). Bois mou, léger. 


Vochysia eximia Dvucxys:. 


Bois sans valeur, de couleur un peu plus claire que celle de Tobscura 
mais de texture plus spongieuse. 


Vochysia ferruginea Mar. 


Arbre petit ou moven; commun dans les galeries de forêt qui accom- 
pagnent les ruisseaux des régions de campo aux environs de Santarem 
(nom vulgair: “cedro-rana”) et des petites montagnes entre Prainha et 
Almeirim. 


Vochysia vismiaefolia Warm. 


Arbre des plus commnns aux alentours de Gurupá, surtout dans la 
vieille forêt secondaire des terrains sablonneux et un peu humeux; ap- 
pelé “quaruba branca”. 


Vochysia floribunda Maxrr. 


Décrit de Teffé (État d'Amazonas) et fréquent sur les rives pério- 
diquement inondées du moyen Tapajoz, surtout dans les iles basses oú 
larbre fleuri (en décembre) compte parmi les éléments les plus typiques 
du paysage. Nos spécimens d'herbier proviennent d'une ile en aval des 
rapides du Mangabal (n. 16.768, et H. J. B. R. n. 13.694) mais Iarbre 
se rencontre encore pres de Bella Vista, au pied de la derniére cataracte 
de la riviere. Le fruit ressemble exactement à celui du V. densiflora (fi- 
guré dans la Flora Brasiliensis) mais est un peu plus petit. 


Vochysia inundata Ducxr n. sp. 


Ad seriem V (Ferrugincae), speciebus V. splendens et V. costata af- 
finis. Arbor ramulis parum angulosis, vetustioribus teretibus, tomento 
fusco solum ad nodos diu persistente. Stipulae breves, pilosae. Folia op- 
posita petiolo vix usque ad 1 cm. longo, 8 ad 10 cm. longa 4 ad 5 em. 
lata, obovata, basi obtusa complicata, apice rotundata late sinuosa vel bre- 
visstme obtuse acuminata et breviter retusa, supra glabra nitidula, subtus 
subopaca tenuiter canopubescentia, costis secundariis utrinque 15 ad 20 


— 195 — 


nervo marginali distinctissimo. conjunctis, supra impressis subtus valde ele- 
vatis, venis tenuibus supra minus quam subtus prominulis dense reticula- 
tis, transversalibus fortioribus. Inflorescentiae adsunt terminales usque ad 
30 cm. longae diametro 6 ad 8 cm., subglabrae, cicinnis vulgo 3-ad 5-floris; 
pedicelli usque ad 1 cm. longi; alabastra adulta 1 ad 1 1/3 em. longa, te- 
nuia. Calicis laciniae anticae et laterales parvae vix 1 mm. longae subor- 
biculatae; lacinia postica sub anthesi parum recurva usque ad 1 1/3 cm. 
longa; calcar dependens subrectus vel parum reflexus cylindricus apice 
attenuatus, usque ad 8 mm. longus. Petala (praesertim lateralia) et stamen 
in alabastro pilosa, sub anthesi glabrata; petalum intermedium, stamen et 
stylus circa 1 cm., petala lateralia circa 6 mm. longa; stamínodia adsunt 
duo circa 1 mm. longa longe ciliata; staminis filamentum breve; ovarium 
glabrum. 

' Habitat prope Belém do Pará in silvis a flumine Guamá inundatis, 
flor. 28-12-1908 n. 10.137. 

Dans la premiere partie de ce travail j'ai cité cette espéece comme dou- 
teuse, de Vaffinité du V”. costata, mais elle est certainement inédite et as- 
sez bien caractérisée pour être décrite malgré les spécimens peu abondants. 
Elle semble se distinguer de ses voisines par son reveêtement peu développé 
et par plusieurs caractêres des feuilles et des fleurs. Ses feuilles ressem- 
blent à celles du V. lucida figuré dans la Flora Brasiliensis, sans qu'il y ait 
d'affinité entre ces deux espéces qui appartiennent à des séries diffé- 
rentes. 


Qualea glaberrima Dvucxr. 


Encore à Gurupá, forêt de terre ferme, n. 16.559. Bois tendre, de 
couleur gris-rose, souvent employé à Belém oú Iarbre a le nom de “man- 
dioqueira” : donne des pieces de três grandes dimensions. 


Qualea cassiquiarensis Warm. var. belemnensis DUCKE. 


La pilosité de l!'inflorescence est variable, mais les pétioles sont, chez 
tous nos spécimens, plus courts que chez le type de Pespeéce. Encore de 
Gurupá, n. 15.975. 


Qualea Wittrockii MaLME. 


Qu. arirambac Ducke est certainement identique avec cette espece 
(três bien caractérisée) de la Chapada de Matto Grosso, arbre três grand 
selon Vauteur, tyvpique des “cabeceiras” (terrains marécageux des sources 
“de ruisseaux). Je Pai observé, dans Vétat de Pará, dans des endroits sem- 
blables des régions des campos et campinas de "Ariramba (Rio Trombe- 


qu 


tas) et de Faro, et à la lisiere marécageuse du “Campo Grande” de Porto 
de Moz (bas Xingú, n. 16.606); dans la région des campos de Monteale- 
gre (n. 16.143, nom vulgaire: “umiry-rana”) elle fournit les arbres les 
plus inautes du “miritysal” (ce qui veut dire foret de Mawritia' flexuosa) ; 
dans la région des montagnes du Jutahy (entre Almeirim et Prainha) 
elle est commune dans 7 “igapó” des ruisseaux du campo et de la forêt, 
on ly appelle “mandioqueira”; elle est encore fréquente sur les bords 
de quelques petits ruisseaux des forêts des environs dºObidos et de Bella 
Vista (Rio Tapajoz, n. 16.491, individu à feuilles plus courtes et un peu 
plus larges, moins longuement acuminées). Cette espece semble limitée aux 
sols plus ou moins tourbeux ; elle est intéressante pour le rapport entre les 


flores des plateaux du Matto Grosso et des régions à campinas de Vétat de 
Para. 


Qualea caerulea Avrr. 


Je rapporte à cette espece jusqu'ici seulement connue de Guyane, des 
échantillons collectionnés au moyen Tapajoz (“seringal” aux environs de 
la Cachoeira do Mangabal, grand arbre, n. 16.455) lesquels correspondent 
assez exactement à la description donnée dans la “Flora Brasiliensis”. 


Qualea ingens Warm, var. (vel sp. nova affinissima). 


Faro 8-10-1915 coll. A. Ducke n. 15.795 (florif.). Un seul arbre dans 
la forêt (oú abonde le Qu. Wittrockii) des rives marécageuses du cours 
supérieur du ruisseau Cauhy qui parcourt une région de campos (ou plutôt 
campinas) sablonneuse et broussailleuse, riche en espeéces de végétaux des 
plus intéressants. Nos spécimens correspondent avec exactitude à la de- 
scription du Qu. ingens, seulement les pétioles de notre plante sont glabres 
et un peu plus longs, jusqu'i 8 mm. — Grand arbre à écorce rouge; sépa- 
les violet foncé; pétale mésurant 4 à 5 cm. de long, 6 à 7 cm. de large, 
échancré au bout, onguiculé à la base (1/2 à 2/3 em.), d'un bleu magni- 
fique avec une bande composée de lignes jaunes qui va de Ponguicule à 
la base de "échancrure. 


L'espêce Qu. ingens a été découverte par Riedel, selon la Flora Brasi- 
liensis, “in humidis ad rivulum Aterrada (recte Aterrado), Serra de Dia- 
mantino, prov. Minas Geraes”. Cependant, en consultant le “Diccionario 
Geographico do Brasil” de Moreira Pinto (Rio de Janeiro 1894) je ne 
trouve mentionnée qu'une Serra de Diamantino située dans le municipe 
de ce nom, état de Matto Grosso. Le. même dictionnaire mentionne un 
ruisseau Aterrado entre Cuyabá et Diamantino; pour Vétat de Minas Ge- 
raes il ne cite aucune Serra de Diamantino mais seulement la ville de Dia- 


— 197 — 


mantina. On peut donc attribuer ce Qualea à la flore de Matto Grosso ou 
 Riedel a réuni d'importantes collections botaniques; il appartient à la même 
formation végétale que Pespece Wittrockii, mais semble três rare. 


Le bois de Parbre de la région de Faro est couleur de canelle claire, 
léger, dureté à peine moyenne, fibre grossiére. Sans valeur. 


Qualea paraensis Ducxr. 


Encore de la région des rapides du moyen Tapajoz: Cachoeira do 
Mangabal, n. 16.427. Três fréquent aux environs de Gurupá et dans la 
région montagneuse de Almeirim. 


” Qualea amoena Ducxt n. sp. 


Speciei Ou. paraensis affinis, differt foliis oblongo-lanceolatis basi 
obtusis et complicatis apice longe et sensim acuminatis, supra nitidis su- 
btus in siccis multum pallidioribus subaureo-ferrugineis, nervis et venulis 
in utraque paginã multum subtilioribus solum sub lente bene conspicuis, 
glandulis sat magnis subconico-oblongis, pedicellis longioribus (6 ad II 
cm.), sepalo postico praeter marginem toto purpureo, antherã glaberrimã. 
Arbor circa 30 m.; petioli 6 ad 8 mm.; foliorum lamina 7 ad 10 cm. 
longa, 2 1/3 ad 3 cm. lata; petalum ut in Qu. paraensi pulchre tricolor et 
odoratum. 


Habitat in silvis primaevis ad orientem lacus Salgado prope flumen 
“Trombetas inferius, 1. A. Ducke 24-12-1915 n. 15.890. 


Ayant d'abord confondu cette espéce avec le Qu. paraensis, j'ai di- 
stribué quelques doubles sous ce dernier nom. La forme et les nervures 
des feuilles et surtout Vanthêre parfaitement glabre sont les caracteres 
principaux qui séparent notre espéce nouvelle de Pespece citée. 


Qualea speciosa Hvp. 


Commun à Gurupá sur les rives inondées des ruisseaux à eaux noirã- 
tres (15.978); bas Xingú, rives de la riviêre Tucuruhy prês de Victoria 
(16.503); Rio Aramun à Pouest de la Serra da Velha Pobre (17.286). 
Arbre de moyenne taille. Sépales pourpre brunâtre en partie verdátres; 
pétale blanc avec une tâche rouge au milieu de la base d'oú sort une bande 
jaune allant vers le centre. Chez les individus jeunes, quoique déja flori- 
feres, les feuilles sont beaucoup plus étroites et allongées, lanceolées, três 
longuement acuminées. 


RA 


Erisma uncinatum IWVaRM. 


Variété avec feuilles verticillées, pétioles et pédicelles plus longs que 
chez le type: Obidos, forêt de terre ferme au nord-est de la ville (Pataua- 
zal) n, 15.878; Rio Tapajoz, São Luiz (dernier rapide), n. 16.390. 


Erisma calcaratum (Link) Warm. 


Le fruit de cet arbre commun dans la région de Pestuaire amazonien, 
a la forme d'une pipe, d'oú lui vient son nom “cachimbo de jaboty” (pipe 
de “jaboty” — tortue terrestre); la graine est três riche en huile indus- 
trielle (64). Le bois est mou, d'un blanc sale, à grosses fibres et sans valeur. 


EUPHORBIACEAE 


“* Joannesia heveoides Duckr n. sp. (pl. 21, bet c). 


A specie J. princeps Vell. (pl. 21 a) valde simili differt calice masculo 
per anthesin turbinato, longius atque sat late s5-dentato, calice femineo 
longe 5-laciniato, ovario 3-loculari, stylis sat longis saepissime bifidis, fru- 
ctu depresso-globoso endocarpio trivalvi triseminato maximo. 

Arbor magna. Foliola saepissime caudata vel longe acuminata, supra 
glabra, subtus tenuissime tomentella et pilosula. Flores albidi, odorati. Ca- 
lix masculus circa 3 mill. longus, femineus sub anthesi 6 ad 7 mill. longus 
demum longior. Fructus depresso-globosus 14 ad 18 cm. diametro, exo- 
carpio crasso fibroso-spongioso subcarnoso, maturitate incomplete 3-vel 
5-partito, endocarpio ligneo post exocarpium putredine destructum in val- 
vas tres elastice dehiscente, valvis siccitate ad suturam dorsalem; plus mi- 
nusve fissis, seminibus 3 ovatis fere ellipticis, circa 6 cm. longis circa 
4 1/2 cm. latis. | 

Habitat ad flumen Tapajoz: in silvis primariis collium prope Ca- 
choeira do Mangabal, florif. 6-9-1916 n. 16.462, in silvis secundariis prope 
Villa Braga, fructif. 8-1-1918 n. 16.896, 1. A. Ducke; etiam circa Santarem 
(secundum informationes) invenitur. “Castanha de arara” appellatur. 

Cette espece ressemble au J. princeps Vell., Pautre espece de ce genre 
iusqu'ici considéré monotypique; elle s'en distingue surtout par les fleurs 
femelles et par le fruit. Le fruit jeune a une forte ressemblance avec une 
capsule jeune d'Hevea, surtout aprês être desséché. Il est d'ailleurs curieux 
que cette espece (dont Paffinité avec les Hevea est plus étroite que chez 
Vespêce méridionale) croisse en compagnie de PHevea brasiliensis, lequel, 


, 


(64) Information de mr. Pesci, industrial à Cametã. 


" 


A 


— 199 — 


dans le moyen Tapajoz, se rencontre três souvent dans la forêt des hautes 
collines. La graine est vomito-purgative, même toxique ; elle est três riche 
en huile grasse. 


Glycydendron Ducxr n. g. (65). 

Calicis laciniae 4 aestivatione valde imbricatae. Petala nulla. Floris 
masculi stamina numerosa (25 ad ultra 30) aestivatione erecta, filamentis 
flexuosis liberis, antheris dorsifixis loculis longitudinaliter cohaerentibus 
introrsum -rimosis, discus inter stamina et pila e glandulis nonnullis irregu- 
lariter compositus, ovarii rudimentum nullum; floris feminei staminodia 
pauca vel:pluria, discus annularis brevis, ovarium biloculare loculis 1-ovu- 
latis, stigmata 2 sessilia crassa bipartita et contorta. Fructus drupaceus, 
mesocarpio carnoso non succoso, endocarpio crasso durissime lignoso, abortu 
uniloculari loculo secundo rudimentario, uniseminato, seminis epidermi te- 
nuiter crustaceã fragili, cotyledonibus amplis tenuibus dissite penninerviis 
albumine crasso circumdatis, radiculã oblongoovatã parvã. 

Arbor magna ligno duro, latice (dulci) solum in ramulis novissimis 
conspicuo, canalibus lacticiferis continuis (66), foliis basi triplinerviis et 
vulgo biglandulosis, inflorescentiis laxis paniculatis vel rarius racemosis 
ad axillas superiores numerosis, floribus post arborem defoliatam cum fo- 
lis novellis, viridibus. 

Genus monotypicum in systemate solitarium Crotonoidearum subfami- 
liae tribum novam constituere videtur; foliorum formã et nervatione genus 
Álchorneopsis rememorat quo autem florum fructuumque structurã lon- 
gissime differt. 


— xd Glycydendron amazonicum DvucxE n. sp. 


Arbor saepius 20 ad 30 metralis rarius altior, ligno interiore amplo 
duro flavidorufescenti-brunneo. Ramuli validi, obscuri, cortice serius ci- 
nerascente in lamellulas minutas soluto, novissimi plus minus parce cano- 
vel ferrugineo-tomentosi. Stipulae subulatae parvae caducissimae. Folio- 
rum petiolus validus 2 ad 4 cm. longus apice supra canaliculatus, lamina 
vulgo 9 ad 15 cm. longa 4 ad 7 cm. lata, elastice coriacea, glabra, praeser- 
tim supra nítida, plus minus elliptica, basi saepius cuneato-acutata rarius 
late rotundata, apice abrupte breviter vel longius cuspidato-acuminata, 
margine integra vel hinc illinc undulata, juxta petiolum vulgo minute bi- 


(65) Des photographies de cette plante et les dessins des détails seront publiés 
dans la gme, partie de ce travail. 


(66) Selon des préparations faites par mr. J. G. Kuhlmann. 


— 200 — 


glandulosa, basi triplinervia vel nervis exterioribus tenuioribus subquintu- 
plinervia, post medium nervis perpaucis penninervia, venis laxis insigniter 
transverse reticulatis, costã et nervis supra impressis vel in depressionibus 
tenuiter prominentibus, subtus validis et elevatis. Inflorescentiae parce to- 
mentosae, masculae fere semper in paniculis sat ramosis floribundis, femi- 
neae angustiores saepe subsimplices racemiformes; flores ad bracteas par- 
vas caducas, pedicellis 1 ad 2 mm. longis, in masculis tenuibus apicem 
versus incrassatis, in femineis robustis; alabastra adulta mascula globosa 
diametro ad 2 1/2 mm., feminea ovata; sepala tenuia, subglabra vel minime 
pilosula, ovata, obtusa, in femineis caduca; ovarium compressum, tenuiter 
ferrugineosericeum. Drupa pedicello robusto ciroa 3/4 cm. longo, ma- 
tura pulchre flava 2 1/2 ad 3 em. longa circa 1 1/2 cm. crassa, oblongo- 
obovata basi longius acutata apice obtusa saepe brevissime obtuse apiculata; 
mesocarpium sat tenue, carnosum, viscidulum; endocarpium parietibus 3 
ad 5 mm. crassis, oblique transversaliter crasse sulcatum et subtubercula- 
tum, perfecte indehiscens, suturis lineã elevatã tenui indicatis, facie dorsali 
et ventrali praesertim apicem versus medio plus minus distincte carinatum. 

Habitat in silvis primariis terris altis, |. A. Ducke circa Obidos (sat 
frequens), n. 15.673 et 17.108 (mascula), n. 16.927 (fructiferum), Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 10.560 (feminea florifera et fructifera); ad Serra de 
Santarem n. 17.094 (masculum) ; prope Faro visum; florebat julio et ra- 
rius februario. Endocarpia a J. Huber in regione fluminis Purús (Ama- 
toniae superioris) lecta nostris simillima at parum maiora certe ad hoc 
genus et probabiliter ad ipsam speciem pertinent. 


vet arbre est extrêmement intéressant à cause de sa position isolée 
dans la grande famille des euphorbiacées; les fruits feraient penser à une 
affinité avec le genre Drypetes mais les locules 1-ovulés de Povaire et la 
présence de latex le placent parmi les Crotonoideac. Ce latex (que Pon 
rencontre assez abondant seulement dans les jeunes rameaux floriféres) 
et la chair de la drupe sont três doux; celle-ci qui est d'un jaune três vif 
est recherchée par certains animaux de la forêt. — Je ne connais aucun 
nom indigéne particulier à cet arbre; à Obidos on lui donne le nom de 
“mirindiba” lequel en vérité revient à une combretacée (Terminalia lu- 
cida) dont aspect du tronc et le bois ont de la ressemblance avec ceux 
de notre espece et dont les drupes (67) sont également recherchées par le 


(67) Ces drupes pas encore décrites ont, à la maturité, la grandeur, forme et 
couleur d'une petite olive, le mésocarpe juseux de saveur adstringente et três dés- 
agréable à l'homme, Iendocarpe osseux, comprimé. 


— 201 — 


gibier ; pour ne pas confondre les deux arbres, on appelle notre espece nou- 
velle de “mirindiba dôce”” (douce). A' Santarem on me [Pa désigné par le 
nom de “muirapixy” (arbre doux) qui cependant à Montealegre est appli- 
qué au Lucuma parviflora des campos. Dans les forêts du haut Purús 
( Amazonie supérieure), Huber a rencontré des endocarpes provenants de 
fruits de ce genre auxquels on y donnait le nom de “fruta de anambé” 
(“anambé” est le nom que Ton donne en Amazonie aux Cotingides, oiseaux 
aux couleurs magnifiques qui se nourrissent de certains fruits de la forêt). 


Nealchornia japurensis Hvs. 


Cette espece découverte dans la région de Cupaty (moyen Japurá, ter- 
ritoire colombien du Caquetã) n'est pas três rare dans la foreét des hautes 
terres du Tapajoz ou je Vai trouvée florifére le 27-6-1918, pres de la 
localité Uruá dans la région des cataractes inférieures de la riviere. 


ANACARDIACEAE 


Le genre Anacardium est représenté, dans VÉtat de Pará, par les 4 
especes suivantes: 


I. A. giganteum “Hanc.” Engl. 


Grand arbre; feuilles de la base des inflorescences vertes comme les 
autres; fruit petit (comme celui de PA. pumilumi), son pédoncule comes- 
tible à peine plus long que le fruit, rouge foncé à Vété parfaitement mir, 
le plus souvent acide mais parfois doux, avec une odeur spéciale, agréa- 
ble. Habite la grande forêt primaire en terrain humide mais non inondé; 
semble répandu par toute  Amazonie y compris le Maranhão et le Nord 
de Matto Grosso, étant fréquent aux environs de Belém do Pará et sur- 
tout de Alcobaça; parfois cultivé (Belém; Teffé). Fleurit normalement 
au commencement des grandes pluies (décembre, janvier) et fructifie au 
miheu de la saison des pluíes (mars.) 

Son nom vulgaire est “cajú-assú”” (68) presque partout, mais “cajú-y” 
(69) ou “cajú da matta” (70) dans la capitale du Pará. 


(68) assú veut dire grand (à cause des dimensions de Varbre). 

(69) y veut dire petit (à cause du fruit). Le nom “cajú-y” est surtout appliqué 
aux espéces 4. pumilum et 4. humile du Brésil central. 

(zo) de la foret. 


EM | qu 


2. A. Spruceanum BexrH. (= 4. brasiliense Barb. Rodr., nom.). 


Grand arbre; feuilles de la base des inflorescences d'un rose magni- 
fique lorsque commence la floraison, devenant peu à peu blanchâtres; 
fruit semblable à celui de Vespece précédente mais son pédoncule múr 
jaune clair et toujours acide. Habite la grande forêt primaire, humide, des 
hautes terres, ou je ai rencontré dans les régions des cataractes inférieu- 
res du Xingú et du Tapajoz et au bas Jamundá, étant encore connu de Ma- 
nãos et de la Guyane française. Fleurit à la fin de la saison humide ou 
au commencement de la saison seche (mai à aoút), et ses fruits múris- 
sent vers la fin de cette derniêre. Nom vulgaire: “cajú-assú”. 


3. A. occidentale T. 


Cet arbre est abondamment cultivé dans IÉtat de Pará, surtout dans 
les régions qui ont une saison seche accentuée. Dans la région littorale, 1l 
est peut-être spontané. 


J 4. Anacardium microcarpum Duck: n. sp. 


Arbor 4 ad 6 m., individuis minoribus 4. occidentalis similis, differt 
foliis durius coriaceis petiolo magis applanato costã valde crassá, inflores- 
centiã minus densã, fructibus parvis, pedunculo flavo vel rubro his vix 
longiore sapore valde acido. 


Habitat in campis non inundatis insulae Marajó (n. 2.577, 1. M. Gue- 
des) et regionis Amazonum fluvii inferioris (1. A. Ducke prope Monte- 
alegre n. 16.516, et prope Prainha ad montem Parauaquara, H. J. B. R. 
n. 11.387; prope Almeirim et prope Santarem frequenter visum); floret 
praesertim Augusto et Septembre, fructificat Octobre et Novembre. “Cajú 
do campo” vel “cajú-y” denominatur. 


Cette espece est un des petits arbres qui caractérisent les “campos 
cobertos” de IPÉtat de Pará; elle se distingue de VA. occidentale par 
les caracteres énumérés dans la diagnose, de VA. pumilum (du Brésil cen- 
tral) par son tronc élévé, les feuilles plus larges et la forme et longueur 
de Vinflorescence. Les pétioles sont plus longs ou plus courts que chez 
PA. occidentale; Vinsertion des feuilles correspond plutôt à celle du dernier. 


“Astronium LeCointei Ducxr n. sp. 


Speciei 4. fraxinifolium Schott simile, differt praesertim foliolis adul- 
tis superne nitidissimis apice acutissime acuminatis, ligno interiore pri- 
mum albido demum flavido-brunnescente, fasciis longitudinalibus irregu- 
laribus insigniter ornato. 


— 203 — 


Habitat in silvis primariis rarius in secundariis, terris non inun- 
datis, sat frequens circa Obidos (1. P. LeCointe et A. Ducke, n. 15.756 
et H. J. B. R.n. 11.390) et in regione fluminis Trombetas ad orientenr 
lacus Salgado (1. A. Ducke H. J. B. R. n. 8) ubi mense octobre inveni 
-arbores floriferas cum fructibus vetustis. Lignum pretiosum in civitate pa- 
raensi “muiraquatiara” appellatur. 

Grand arbre qui semble largement répandu en Amazonie mais dont 
il n'est pas facile d'obtenir des spécimens botaniques complets, parce qu'il 
ne fleurit pas tous les ans, ses fleurs sont polygames et il est dépourvu de 
feuillage pendant la floraison. Ses folioles, à base três inégale, marge 
presque entiére (au moins chez celles des arbres adultes), três aigúement 
acuminées, três luisantes en dessus (excepté les tres jeunes), ont une odeur 
résineuse moins agréable que celles de VA. fraximfolum.; les fleurs mãles. 
sont plus jaunes; les fleurs des deux sexes ainsi que le fruit et surtout son 
calice sont un peu plus longs que chez le dernier. Le bois intérieur, de 
grain extrêmement fin, est d'abord presque blanc devenant jaune brun 
aprês quelques mois (dans le climat équatorial), irrégulierement orné de 
veines longitudinales. noirâtres; c'est un des plus beaux bois de " Amazonie. 
| est connu sous le nom de “muiraquatiara” mais rarement on trouve des: 
personnes qui connaissent Parbre qui le fournit; quelques auteurs Vont 
même attribué à une légumineuse, le Centrolobium paraense Tul. lequel 
n'existe qu'a la limite septentrionale de la région amazonienne. — Des. 
specimens stériles, des environs de Belém do Pará (n. 15.813), se distin- 
guent par les feuilles assez fortement pileuses; des autres spécimens, du 
moyen Tapajoz, ont les folioles plus petites; le bois de ces arbres est ana- 
logue à celui que je viens de décrire et il ne s'agit évidemment que de for- 
mes ou de variations individuelles d'une seule espéce botanique. 


Astronium fraxinifolium ScrorrT. 


Folioles toujours parfaitement mates, à pointe acuminée arrondie au 
bout et à marge ondulée, leur odeur est três agréable. Bois intérieur rouge 
brun, d'abord clair, plus tard foncé, avec ou sans des veines brunes les- 
quelles sont toujours beaucoup moins accentuées que chez [espéce précé- 
dente. Cet arbre habite, dans PÉtat de Pará, des régions à saison séche 
accentuée, surtout la forêt des terres argiieuses de Montealegre (n. 16.515) 
ot il est connu sous le nom indigêne de “jejuira” ou sous celui de “aroei- 
ra” introduit par les colons cearenses qui employent beaucoup son bois 
incorruptible; je Pai encore rencontré au bord du campo du Cicandatuba. 
en aval d'Obidos (ns. 12.063 et 15.927) et prês de Faro, dans ces deux 
localités sous le nom de “conçaloalves”. Des spécimens mãles florifeéres 


a 


sans feuilles, du chemin de "Ambé prês de Altamira, Rio Xingú (H. J. 
B. R.n. 11.388), proviennent d'un arbre ayant un bois semblable et appar- 
tenant três probablement à cette espece. 

Dans I'État de Ceará, j'ai rencontré cette espece sur la Serra de Ba- 


turité, sons le nom de “gonçaloalves”; j'ai encore vu des fruits envoyés: 


par mr. Zehntner de la partie nord de PÉtat de Bahia, sous le même nom 
vulgaire. Dans d'autres régions du Centre et Nord-Est du Brésil on lui sem- 
ble cependant donner le nom d'“aroeira”, lequel dans les régions de IÊtat 
de Ceará que j'ai visitées revient exclusivement à PA. wrundenva (Fr. 
AU.) Engl. 


Campnosperma gummiferum (Benxrrm.) March. 


Arbre d'environ 20 m., tres fréquent dans la forêt marécageuse du 
ruisseau Cauhy (dans les campos à PEst de Faro), déja plusieurs fois 
mentionnée pour sa végétation splendide. Les fleurs máles (8-10-1915, nu- 
mero 15.704) correspondent à la description dans Engler, Natur. Pfan- 
zenf.; les fleurs femelles ne sont pas encore connues; fruits presqu'ã peu 
adultes en janvier. 


| Poupartia amazonica DúckE n. sp. 


Arbor ultra 30 metralis, comã ampláã, trunco crasso, cortice ut in ge- 
nere Cedrela longitudinaliter fisso, ligno molli albido. Ramuli crassi, gla- 
bri. Folia ad ramulorum apicem congesta, vulgo 2 ad 4 dm. longa, pe- 
tiolo (longo), rhachide et petiolulis (brevissimis) cano-pubescentibus, fo- 
liolis oppositis cum impamn 3 ad s-jugis, vulgo 7 ad 12 cm. longis et 4 
ad 7 em. latis, ovatis vel ovato-oblongis basi late oblique rotundatis vel 
«cordatis, apice breviter acuminatis, crassius membranaceis fragilibus, utrin- 
que tenuiter penninerviis et tenuissime ac dissite venulosis, supra nitidulis 
glabris, subtus opacis pallidioribus et costã distincte canopubescentibus. 
Flores masculi ignoti. Flores feminei in arboris omnino defoliatae ramu- 
lis novellis ad axillas foliorum delapsorum, in paniculas pauciramosas an- 
gustas (rarius in racemos) usque ad 12 cm. longas 2 ad 3 cm. latas dis- 
positi; inflorescentia siccitate fuscescens solum petalis flavescentibus, ra- 
mulis novissimis et pedicellis (crassiusculis, 2/3 ad 3/4 cm. longis) te- 
muiter pubescentibus, bracteis parvis pellucidis; flores glabri, expansi dia- 
metro 7 ad 8 mm., saepissime 5-meri, sepalis ovatis acutis basi connatis, 
petalis 5 ovatis aestivatione imbricatis, staminibus 10 sub disco insertis, 
antheris sterilibus parvis brevissime ovatis, disco lato reticulato-rugoso 
incisionibus 5 profundioribus et 5 sat obsoletis crenato, ovario brevi valde 
convexo vulgo 5-loculari, stylis 5 brevissimis crassis, stigmatibus scutella- 


«1 


— 205 — 


tis. Drupa subpentagono-subturbinato-orbicularis valde depressa, adulta 
circa 3 cm. lata et.circa 1 2/3 cm. alta, supra magis convexa quam subtus,. 
matura edulis colore odore et sapore eam Spondias luteae rememorans,. 
mesocarpio succoso-carnoso tenui, endocarpio crasse ac dure lignoso, 5- 
(rarissime 6) loculari, undique tuberculato-rugoso, dorso 5-carinato, ver- 
tice demum foraminibus 5 parvis aperto. 

Habitat per Amazoniae silvas primaevas hinc illinc dispersa, locis 
humidis, terris argillosis compactis fertilibus at saepe saxosis; in civitate 
Pará 1. A. Ducke ad orientem lacus Salgado (prope flumen Trombetas) 
n. 16.981 (fructif.), in regione Rio Branco de Obidos 'n. 16.953 (fr.) 
et Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.389 (florif.); in civitatis Matto-Grosso re- 
gione boreali-occidentali 1. J. G. Kuhlmann (n. 2.111) loco Cataqui- iau- 
rain, Herb. Jard. Bot. Rio n. 8.649 (fructif.). 

Cet arbre dont le tronc ressemble exactement à celui d'un Cedrela mais 
dont le fruit a le gout de celui du Spondias lutea ne se rencontre que dans 
des rares localités (au moins dans PÉtat de Pará); il ne semble pas avoir 
de nom indigéne spécial, étant parfois désigné par les noms de “cedro- 
rana” (faux cedre) ou “cedro branco” (cedre blanc) que Pon applique à 
plusieurs especes d'arbres, ou parfois encore par le nom de “tapereba- 
cedro” (“taperebá” est le nom amazonien du Spondias lutea). Il appar- 
tient à un genre botanique dont on ne connaissait, jusqu'ici, que 4 espeéces 
limitées aux Mascareignes; il se distingue de celle-ci (d'aprês les descri- 
ptions) surtout par son inflorescence en panicule. La distribution géogra- 
phique des espéces de ce genre trouve son analogie dans celle du genre 
Ravenala habitant Madagascar et Phylaea sudaméricaine. 


CELASTRACEAE 


Goupia glabra Avzr. (= G. paraensis Hub.). 

Cette espece, la “cupiuba” (71), est un grand arbre de la forêt des 
terrains sablonneux, répandu dans tout Vétat de Pará mais surtout fréquent 
aux environs de Belém; il y fournit le plus commun des bois de: charpente- 
rie, peu résistant aux insectes dans ce climat humide mais qui à Obidos, 
selon LeCointe, se conserve três bien dans les constructions, à Pabri de: 
la pluie ou du contact du sol humide. La longueur des appendices des pé- 
tales et la crénelure des feuilles varient d'un spécimen à Pautre; chez les 


(71) Ainsi appelée non parce que le bois est attaqué facilement par les “cupins” 
(termites), mais parce qu'il exhale une odeur analogue à celle de ces insectes écrasés.. 


(LeCointe.) 


E quis 


arbres paraenses, la derniére est en général assez distincte mais les formes 
de transition sont fréquentes et la G. paraensis Hub. n'est certainement 
qu'une faible variété de Vespece décrite de Guyane. — Belém do Pará nu- 
mero 15.452; chemin de fer de Belém à Bragança: Santa Izabel n. 9.574, 
Peixeboi n. 8.282; Gurupá n. 15.937; moyen Tapajoz prês des rapides 
du Mangabal n. 16.426; haut Ariramba (Trombetas) n. 14.878. J'ai com- 
paré des spécimens de la Guyane hollandaise (Tresling n. 254) et du Rio 
Uaupés (Spruce n. 2.624). 


ICACINACEAE 


Humirianthera Duckei Hvr. Bull. Soc. bot. Genéve VI (1914) p. 184 
“mairá” ou “apoló” dans le municipe d'Obidos, “apoló” dans celui de 
Faro, “mandiocassú” dans celui de Montealegre. Arbrisseau plus ou moins 
grimpant, dont le rhizome tubéreux, parfois énorme (jusqu'a 100 kilos) 
peut à la rigueur remplacer le manioc; il donne une fécule três blanche 
mais qui doit être soigneusement lavée pour ne pas etre nocive à la santé. 
Le fruit est une drupe ovale brunâátre, légerement velouté, à péricarpe três 
mince, gros mésocarpe ligneux, endocarpe ligneux et gros albumen blanc; 
il peut atteindre la grandeur d'une petite pomme mais ceux que j'ai vus 
n'étaient pas encore múrs. 

Habite des clairiéres dans la grande forêt primaire, mais plus sou- 
vent la petite forêt des environs de campos et les vieilles capoeiras. Mon- 
tealegre 9.969; Santarem (plantation Diamantino) n. 16.374; Obidos: li- 
siére du campo du Cicatanduba, n. 12.071; bas Trombetas: environs du 
lac Salgado n. 11.077 et Rio Cuminá-mirim ns. 7.953 et 14.843; Faro nu- 
mero 8.638: Parintins n. 11.605; Itacoatiara n. 12.479. 


Asterolepidion Ducke n.g. (72). 

Flores hermaphroditi (vel polygami?). Calix parvus, sepalis 5 sat 
profunde solutis, aestivatione imbricatis. Petala 5, valvata, anthesi ad me- 
dium in tubum connata, laciniis liberis triangularibus apice in appendicem 
inflexum demum saepe suberectum longum lineare laminã parvã capita- 
tum protracta. Stamina petalis breviora et iis alterna, filamentis tubo adna- 
tis linearibus apice tenuissimis, antheris breviter ovatis. Discus nullus. 
Ovarium liberum, 1-loculare, ovulis in Jocuio 2 pendulis, stylo brevissimo, 
stigmate parvo. Fructus drupaceus, oblongus, mesocarpio carnoso tenui, 


(72) Les dessins seront publiés prochainement 


— 207 — 


endocarpio crustaceo 1-loculari, albumine magno, embryone et radiculã mi- 
nimis. 

Arbor sat magna, indumento e lepidiis stellato-radiantibus composito, 
foliis alternis integris penninerviis, floribus in cymis paniculas laterales 
parvas numerosas formantibus. 


Generibus indicis Platea et Gonocaryum aliquanto affine videtur, indu- 
mento et petalorum appendice maxime insigne. 


Rea “«'Asterelepidion elatum DucxE n. sp. 


Arbor 15 ad 30 m., ligno interiore amplo, bono. Ramuli novelli le- 
pidiis minimis ferrugineo-tomentosi, mox glabrati, vetustiores cinerei stria- 
*to-rugosi. Folia petiolo 1 ad 1 1/2 cm. longo superne canaliculato, vulgo 
8 ad 15 cm. longa et 2 1/2 ad 4 cm. lata, rarius usque ad 20 cm. longa et 
ad 7 cm. lata, subcoriacea, siccitate fuscescentia, parum nitida, supra dense 
rugulosa, ovato-vel lanceolato-oblonga, basi obtusa rarius acuta vel rotun- 
data, apice breviter vel longius sat abrupte acuminata acumine saepe curvo, 
nervis maioribus utrinque 5 ad 8 supra parum subtus fortiter elevatis, venulis 
supra inconspicuis subtus tenuiter oblique transverse reticulatis, utrinque lepi- 
diis stellatoradiantibus parvis (numerosis) et maioribus (rarioribus) den- 
siuscule conspersa. Paniculae in axillis foliorum saepe delapsorum, usque 
ad 3 cm. longae, inde a basi ramosae, cum floribus extus (corollã exceptã) 
tomento denso cano (e lepidiis radiantibus parvis et maioribus formato) in- 
dutae; flores sessiles ad bracteas parvas ovatas concavas, calice 1 mm. pa- 
rum longiore, corollã (appendicibus exclusis) calicis longitudine fere tri- 
plã, albã, extus praeter margines laciniarum glabrã, his marginibus et ap- 
pendicibus minute glandulosis, staminibus glabris, ovario tomentoso. Dru- 
pa brevissime pedicellata usque ad 2 cm. longa circa 2/3 cm. crassa, 
lepidiis stellatoradiantibus canis valde conspicuis primum dense demum 
disperse punctata, matura flava mesocarpio sapore dulci at leviter ardente. 


Habitat in regionibus valde pluviosis aestuarii amazonici sat frequens, 
silvis primariis non inundatis: prope Belém do Pará (n. 15.534 et n. 15.809, 
L A. Ducke), prope Santa Izabel viae ferreae inter Belém et Bragança 
(n. 10.153), prope Gurupá (n. 16.178, 1. A. Ducke) et in insulis altioribus 
circa canales Tajapurú et Macujubim regionis Breves (Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 12.363, 1. A. Ducke). Florebat novembre ad januarium. 


Ce genre nouveau des icacinacées est intéressant à cause de son revê- 
tement qui ressemble à celui de certaines euphorbiacées. Son bon bois gris 
brun est depuis peu de temps exporté de la région de Breves, sous le nom 
de “pau de cubiu”; on lui a donné ce nom, faute d'un autre, à cause de 


ss A 


Podeur de Iécorce intérieure (fraiche) qui rappelle "odeur du “cubiu”, 
fruit comestible d'un Solanum fréquemment cultivé en Amazonie. 


TILIACEAE 


Luhea paniculata Mar. 


L. parvwfolia Hub. (n. 576) n'est qu'un spécimen à feuilles relative- 
ment três petites, avec seulement 9 à 13 étamines dans chaque phalange 
mais dont les inflorescences sont visiblement dégénérées en conséquence 
d'une infection; j'ai rencontré des dégénérescences semblables dans la ré- 
gion de Montealegre, à côté d'individus normaux. Cette espece est un pe- 
tit arbre des campos, largement répandu du Brésil (vers le sud jusqu'ã 
Pétat de S. Paulo) jusqu'a aux régions orientales de la Bolivie (Chiqui- 
tos) et du Pérou (Tarapoto); elle réapparait dans les hauts campos si- 
tués au nord de la partie orientale du bas Amazone (Montealegre, n. 9.999) 
et de la bouche du grand fleuve (Mazagão, n. 576). On Pappelle, à Monte- 
alegre, “envireira do campo” tandisque dans Pétat de Maranhão elle est 
connue sous le nom de “açoita cavallo”, employé, semble-t-il, dans le centre 
et nordest du Brésil, pour désigner toutes lJes especes de ce genre bota- 
nique. 


Luhea cymulosa BrnrH. 


Petit arbre des rives argileuses inondées de I" Amazone et de ses af- 
fluents, surtout fréquent dans les parties occidentales de la grande plaine ; 
en aval, je Pai observé jusqu'a Obidos. 


Luhea speciosa IWWirrD. 


Arbre de taille moyenne dans la forêt secondaire, de grande taille dans 
la forêt vierge, largement répandu dans [Amérique tropicale, mais qui, 
en Amazonie, n'existe qu'en certaines parties élevées (Montealegre nu- 
mero 17.142; montagnes des environs d'Almeirim) et dans la péripherie 
de lá région (Cachoeira Itaboca dans le Tocantins paraense, n. 16.241; 
Iquitos n. 7.554), en terrain argileux. ; 


Luhea rosea Duckr. 


Arbor 15 ad 40 metralis, speciei surinamensi L,. rugosa Pulle affinis- 
sima (secundum descriptionem), differt foliis margine irregulariter (basi 
saepe dupliciter) dentatis vel serratis, bracteis caducis, involucro intus api- 
cibus exceptis subglabro, extus ferrngineo-tomentoso, pistillo sepalis et sta- 


— 209 — 


minibus breviore. Capsula (vetusta) elliptica, 2 1/2 ad 3 1/2 cm. longa, 
circa 1 1/2 cm. lata, fuscoferrugineo-velutina, parum ultra tertium apicalem 
dehiscens, valvis apice sat longe miucronatis; semina non vid+. 


Habitat in civitatis paraensis silvis primariis, saepius non excessive den- 
sis, 1. A. Ducke florif. prope Gurupá 20-8-1918 n. 17.230, prope Obidos 
27-9-I915 n. 15.750, ad Rio Branco de Obidos 2-8-1912 n. 12.130,:1n re- 
gione fluminis Trombetas prope Oriximiná 14-9-IgIo n. 10.982 (cum 
capsulis vetustis) et ad Ariramba superiorem 29-g-I1913 n. 14.867: im 
collibus ad cataractas Mangabal fluvii Tapajoz, prope Altamira (Xingú) 
et prope capitalem paraensem (hic forsan culta) a me visa. 


La plus grande et la plus belles des tiliacées amazoniennes; les vieux 
arbres se dépouillent, à Pépoque de' la floraison, de presque tout le feuil- 
lage, on apercoit alors leurs cimes entigrement couvertes de fleurs d'un 
joli rose. 


“ Rpeiba aibiflora Ducxzr n. sp. (pl. 20). 


Partibus vegetativis speciei 4. tibourbou Aubl. simillima, differt flo- 
ribus albis odoratis, capsulã globoso-obcordatã longissime (2 ad 3 cm.) 
molliusque setosa. 


Habitat in civitatis paraensis silvis primariis locis parum densis nec 
non in silvã secundariã, terris argillosis: ad stationem Peixeboi inter Be- 
lém et Bragança 1. R. Siqueira 13-7-1907 florif. et fructif. n. 8.298; prope 
Gurupá 1. A. Ducke 19-1-1916 fl. et fructif. n. 15.969; ad fluminis Jary 
cataractam inferiorem 1. E. Snethlage (fructus); in regione montium circa 
Almeirim a me visa; in regione Rio Branco de Obidos 1. A. Ducke 1-3-1918 
n. 17.007 fl. et fructif.; in regione fluminis Trombetas 1. A. Ducke prope 
lacum Salgado 25-12-1915 fl. et fr. n. 15.896 et ad Ariramba superiorem 
7-IO-I9I3 fructif. n. 14.921; in civitate Maranhão prope S. Luiz 1. Achilles 
Lisboa fructif., Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 4.730. 


Cette espece qui croit dans les terrains argileux fertiles est connue, au 
chemin de fer de Bragança, sous le nom de “cabeça de preguiça” (tête 
de “paresseux”) à cause de Paspect du frmt, tandis qu'a Vespece commune 
A. tibourbou Aubl. on donne le nom de “pente de macaco” (peigne de 
singe); la derniére, commune partout dans la région, se distingue de notre 
espéce nouvelle uniquement par ses fleurs jaunes et inodores, et par le 
fruit fortement déprimé et dont les soies assez dures ne dépassent pas 
I 1/2 cm. en longueur. Dans le municipe de Obidos, PA. albiflora est sou- 
vent désigné par le nom de “uacima” appliqué généralement à certaines 
malvacées, à cause des fibres du liber qui, comme chez ces derniéres, ser- 


Jardim Botanica 14 


— 210 — 


vent à faire des cordes; on les dit de beaucoup supérieures à celles que 
fournit aussi le “pente de macaco”. 


Vasivaea alchorneoides Barr. 


Cette espece décrite de la région du Cassiquiare est un petit arbre 
commun sur les rives inondées du Tapajoz (Itaituba n. 2.973; Paraná de 
S. Luiz au pied du dernier rapide de la riviêre, n. 16.849), fréquente aussi 
dans le bas Trombetas (Oriximiná n. 16.977). E. Ule (Herb. Brasiliense 
n. 7.887) I'a trouvée au Rio Branco, état d'Amazonas. 


BOMBACACEAE 


J . . 
Bombax longipedicellatum DucxE n. sp. 


E sectione Eubombax Schum. Arbor mediocris ramulis sat tenuibus, 
novellis angulatis, ferrugineo-lepidotis. Petiolus foliolis maioribus plus mi- 
nusve aequilongus, subteres, basi apiceque incrassatus, parcissime lepidotus 
vel glaber; foliola 6 ad 8, longe (1 ad 1 1/2 cm.) petiolulata, obovato-vel 
oblongo-lanceolata, usque ad 15 cm. longa et ad 4 cm. lata, basi cuneata 
sensim in petiolum acuminata, apice obtusa rotundata vel retusa, chartacea, 
superne nitidula glabra praesertim circa nervos sparsim lepidota, subtus 
opaca ferruginea dense lepidota. Flores virescenti-albi, in arbore plene fo- 
liatã; pedunculi in axillis superioribus solitari 1 ad 1 1/2 cm. longi 
erecti, 1-ad 3-flori, pedicellis longissimis (6 ad 8 em.) laxis saepe tortis 
tenuibus apice incrassatis, glabri praesertim ad avpicem lepidoti; calix 
elongato-campanulatus 3/4 ad 1 1/4 cm. longus apice circa 2/3 cm. latus, 
ferrugineus, extus lepidotus, intus albosericeus, apice irregulariter 5-lo- 
bus lobis subtruncatis; petala extus breviter albotomentosa, intus te- 
nuiter tomentella, 4 ad 5 cm. longa, vix ad 5 mm. lata basi et apice 
sensim angustata acuta. Tubus stamineus 2 ad 2 1/2 cm. longus, medio 
1 ad 2 mm. latus basi et apice latior; filamenta libera vix ultra 1 cm. 
longa. Ovarium et styli basis lepidota, stylus praeter basin glaber. Fructus 


ignotus. 
Habitat in silvã primariã humidissimã .at non inundatã prope Belém 
do Pará, 1. A. Ducke mense aprili I914 n. 15.328. — Species rara (semel 


lecta), maxime insignis et inconfundibilis praesertim pedicellis et petalis 
longissimis, lepidibusque in paginã inferiore foliorum abundantissimis. 


“ Matisia bicolor DucxE n. sp. 


Arbor 15 ad 20 metralis ramulis sat crassis, novellis dense ferrugi- 
neotomentosis, vetustioribus glabris fuscocinereis rugosis. Folia iis speciei 


— 211 — 


M. cordata H. B. K. omnino similia; stipulae subulatae parvae tomento- 
sae caducissimae. Flores in arbore defoliatã ramulis hornotinis; pedunculus 
ad anthesin 1 1/2 ad 2 1/2 em. longus elevatostriatus ferrugineotomento- 
sus; calix circa 1 1/2 cm. longus apice 1 ad' 1 1/2 cm. latus, campanulatus, 
densissime laete ferrugineo-tomentosus, basi rotundatus vel attenuatus, api- 
ce dentibus 5 magnis triangularibus margine dense albociliatis; petala ca- 
lice triplo longiora anguste lineari-spatulata (vix usque ad 4 mim. lata) 
apice longe attenuata, revoluta et contorta, atroviolacea, tenuiter griseo- 
stellatotomentella et praesertim margine glanduloso-pilosula ; tubus stami- 
neus ad 4 cm. longus curvatus, basi tenuiter stellatotomentellus, apice sub- 
glaber, cruribus liberis 2/3 ad 3/4 cm. longis parce tomentellis et margine 
glanduloso-pilosulis; pistillum his cruribus plus minus aequilongum, dense 
griseo-stellatopilosum stigmate glabro. Fructus in petiolo circa 3 cm. longo, 
3 ad 4 cm. longus et 4 ad 5 cm. latus, pentagono-subglobosus apice de- 
pressus, tenuiter ferrugineotomentosus, dense. longitudinaliter striato-ru- 
gostus, mesocarpio tenacissime fibroso, 5-seminatus. 

Habitat regione fluvi Xingú medii prope Altamira, terris argillosis 
rufis fertilissimis, silvã primariã et secundaria, 1. A. Ducke 21-8-1919, 
Herb. Jard. Bot. Rio n. II.410. 

Foliis amplis profunde cordatis, floribus (in arbore defoliatã) atro- 
violaceis calice laete ferrugineo, et fructibus pentagonis inter species brasi- 
lienses unica et insignis. 


| Cet arbre habite les terres d'argile compacte brun rouge (douées de 
grande fertilité) des environs de Altamira (moyen Xingú), dans la forêt 
médiocre oú [on rencontre aussi le notable Erythrina xinguensis. Il ap- 
partient, par ses feuilles et par la couleur de ses fleurs, à Paffinité d'espéces 
limitées à la région andine. 


STERCULIACEAE 


v Sterculia elata DucxKE n. sp. 


Arbor magna vel maxima 40 m. interdum superans, foliis et fructuum 
formã speciei meridionali St. chicha affinis; differt calice (1 1/2 ad 2 cm. 
longo) vix ultra tertium diíviso, extus pilis crassis stellatis et glandulis par- 
vis adsperso, solum, ad laciniarum margines albotomentoso, intus (basi te- 
nuissime tomentellã exceptã) subglabro, distincte longitudinaliter elevato- 
striato, laciniis magis patentibus, gynophoro (in floribus masculis, solis 
mihi cognitis) vix dimidium calicis longitudinis attimente, valde incurvo. 
carpidiis multo minoribus, 10 cm. vix longioribus. 


— 212 — 


Habitat in silvis periodice inundatis ad Amazonum fluvii ripas, ubi 
“tacacazeiro” vel “taxupá” (Almeirim) appellatur, 1. A. Ducke ad Pa- 
raná do Adauacá prope Faro 7-g9-1907 florif. et fructif., n. 8.660; infra 
Obidos et ad Paraná de Almeirim a me visa, ad Rio Branco de Obidos 
et prope Almeirim etiam in terris argillosis altis frequens; in horto bo- 
tanico paraensi, a J. Huber (e regione fluminis Purús?) introducta, flor. 
18-10-1917 n. 16.821. 

Cette espéce, le plus connu des “tacacazeiros” du bas Amazone, est 
un arbre à tronc élancé, droit, blanchátre, qui rivalise parfois en hauteur 
avec le “sumaúma” (Ceiba pentandra) et le “muiratinga” (Olmedia ma- 
vima), dans la forêt de la “varzea”; en dehors de cette derniére, elle ha- 
bite encore certaines terres élevées d'argile compacte fertile. 


/ Sterculia pilosa Ducxt n. sp. 


Arbor magna. Ramuli novell ferruginescenti-hirti. Stipulae longae, 
anguste subulatae, caducae. Folia ad apices ramulorum congesta; petiolus 
semiteres supra obsolete canaliculatus, apice incrassatus, ad 4 em. ra- 
rius 6 cm. longus, tenuissime tomentellus et pilis longis parum densis, ves- 
titus; lamina integra margine undulata, oblonga, basi rotundata vel cordata, 
apice obtusa vel emarginata, mucronata, supra glabra saepe subnitidula, 
subtus rugulosa opaca ferruginea pilis stellatis parvis interdum conspersa, 
in floriferis ad 15 rarius 20 cm. longa, ad 7 rarius IO cm. lata, post an- 
thesin bullato-rugosa et saepe ad 35 cm. longa ad 24 cm. lata. Inflores- 
centiae ex axillis foliorum numerosae, foliis breviores vel subaequales, bre- 
viter ramulosae fere racemiformes, rhachidibus albido-vel ferrugineo-tio- 
mentosis et saepe pilis longis ferrugineis hirtis, bracteis caducissimis non 
visits. Flores monoeci; calix 5 ad 10 mm. longus (in femineis parum maior 
quam in masculis), patens, profundissime (fere usque ad basin) divisus, 
laciniis lanceolatis acutis extus tomentellis et pilosis (praesertim apice), 
intus a basi ad appendiculam subglabris inde ad apicem pilosis. Gynophorum 
calice circa 1/3 brevius, in floribus femineis geniculato-reflexum, breviter 
pilosum, stigmate 5-lobato, in floribus masculis nutans parce pilosum an-. 
theris biseriatis. Carpidia vetusta circa 5 cm. longa, iis Sterculiae elatae 
similia at minora. 


Habitat in silvis primaevis non inundatis: ad stationem Peixeboi inter 
3Yelém et Bragança, florif. mense julio 1907 1. A. Goeldi n. 8.243, R. Si- 
queira n. 8.294; in coloniã Poço Branco prope Santarem, florif. 5-7-I918 
1. A. Ducke n. 17.098; prope Rio Branco de Obidos, florif. et carpidiis 
vetustis 20-72-1918 1. A. Ducke n. 17.130. 


O 


Cette espece nouvelle se distingue du St. pruriens par sa pilosité lon- 
gue et abondante, par son fruit et par ses feuilles; du St. speciosa par les 
feuilles toujours oblongues, les adultes fortement bullées, les fleurs et sur- 
tout les fruits plus petits, et par son bois un peu rougeâtre, plus dur et 
moins léger. Elle habite les terrains argileux. 


Sterculia speciosa Scmum. 


Les spécimens typiques sont des rameaux floriféres avec feuilles 
três jeunes. J'attribue à cette espece le “capote” de Vestuaire amazonien 
(Belém do Pará n. 17.021, Gurupá n. 16.164, fréquent sur les rives des 
canaux de Breves) et un “tacacazeiro” de Pétat d' Amazonas cultivé dans le 
jardin botanique du Pará: (provenant du Rio Purús, n. 17.043) qui se 
caractérisent par les feuilles des branches stériles souvent três grandes 
et latéralement plus ou moins dilatées en forme de lobes três obtus, et 
par les carpides três grands (longs d'environ 12 cm., larges jusau'a IO em.) 
et três épais; la grandeur des fleurs varie beaucoup comme chez toutes 
les espéces de ce genre; le bois est blanc, léger, mou. La forme du haut 
Amazone differe de celle de Péstuaire par la tendence plus accentuée à 
développer des lobes latérales chez les feuilles, et par la mauvaise odeur 
des fleurs qui sentent la viande pourrie. 


Sterculia pruriens (AvpL.) Schum. 


Cette espece fréquente dans les forêts non inondées, surtout en ter- 
rain sablonneux, se distingue des précédentes surtout par ses feuilles rela- 
tivement petites presque toujours três longuement petiolées, non rugueuses 
ni bullées, et par son fruit petit; celui-ci a été três bien figuré par Aublet. 
L'arbre, dans la région de Belém, est appelé “envireira” (nom donné dans 
toute " Amazonie de préférence à un grand nombre d'anonacées); à Obi- 
dos on le connait sous le nom de “tacacazeiro” comme toutes les Sterculia. 


GUTTIFERAE 


J Moronobea pulchra Duck: n. sp. 


Arbor speciosa 5-ad ro-metralis comã regulariter pyramidatã, glabra. 
Folia rigide coriacea oblongo-elliptica rarius oblonga apice abrupte lon- 
giuscule acuminata, basi abrupte in petiolum acuminata, supra nitida su- 
btus opaca et pallidiora, nervis lateralibus numerosis supra obsolete subtus 
distincte prominentibus, petiolo vulgo 2/3 cm. longo, lamimã 6 ad 10 cm. 
longã 3 ad 4 1/2 cm. latã. Flores pedicellis crassis circa 2/3 cm. longis, 


— 214 — 


sepalis suborbicularibus 5 ad 6 cm. longis 6 ad 7 mm. latis, petalis conca- 
vis oblique suborbicularibus, albis, coriaceis, parte in alabastro externã 
minutissime sericeã exceptã glabris, 4 ad 5 cm. longis 3 ad 5 cm. latis, 
staminum phalangibus petalis brevioribus 4-rarius 5-andris, paullo supra 
basin tortis, basi tantum connatis, ovario conico, stylo ovario multo lon- 
giore petala aequante, stigmatibus radiantibus circa 2 mill. longis. 

Habitat in campinã arenosã ad Ponta Negra prope urbem Manãos, 
civitatis Amazonas capitalem, 1. A. Ducke 20-11-IgIO florif. n. 11.200. 

Species maxime distincta: folia iis speciei M. coccinea Aubl. similia 
at rigide coriacea, breviora et latiora, longius et abruptius acuminata; flo- 
res maiores, multum brevius pedicellati, petalis albis apice valde obliquis, 
staminibus in phalange numerosioribus. 

Arbre élegant dont le facies rappelle celui d'un jeune Platonia 
(“bacury”); n'est connu que d'une “campina” de sable blanc voisine du 
bas Rio Negro en amont de Manãos. Les individus fleuris sont du plus 
bel effet. 


Caraipa psidiifolia Ducx: n. sp. 


Arbor parva vel frutex elatus, ramulis cinereis glabris. Folia etiam 
vetusta glandulis mesophylli pellucidis punctiformibus evidentissimis no- 
tata, breviter petiolata, ovatolanceolata vel lanceolata, 11 ad 18 cm. 
longa, 4 ad 7 cm. lata, basi rotundata (interdum brevissime cordata) 
vel acuta. apice obtusa vel obtuse acuminata, sat rigide coriacea, glaber- 
rima costis maioribus paucis arcuatis, costulis tenuissimis numerosis in- 
termixtis, venis modice dense reticulatis. Paniculae glabrae, axillares pau- 
ciflorae, terminales corymbulosae vel in racemulum brevissimum compo- 
sitae usque ad I5-florae; calix sepalis ad 2/3 connatis, rugosus, glaber. 
margine dense ciliatus; petala ad 1 1/2 cm. longa alba extus canotomen- 
tosa; ovarium glaberrimum. Capsula matvra obovatotrigona recta 4 1/2 
ad 5 em. longa faciebus 2 ad 2 1/2 em. latis, crasse lignosa, laevis vel te- 
nuiter striolata, apice abrupte in rostrum obtusum & mm. longum 5 mm. 
crassum terminata. 

Habitat in ripis fluminis Oyapoc, 1. A. Ducke 8-6-1904 florif. n. 4.762; 
in ripis inundatis fluminis Aramá (regionis canalium Breves aestuarii 
amazonici) 1. J. Huber 3-3-1900 fructif., n. 1.899. 

Cette espece habite les terres inondées de la région voisine de VAtlan- 
tique, soumises au régime des marées mais ou les eaux sont parfaitement 
douces; elle doit ressembler au €. Richardiana mais les feuilles de ce der- 
nier sont plus larges et les descriptions ne mentionnent pas les points trans- 
parents si remarquables des feuilles de notre espece. Huber Ia attribuée 


— 215 — 


avec doute au C. insidiosa Barb. Rodr., mais celui-ci habite les hautes ter- 
res des environs de Manãos et ne pourra probablement jamais être iden- 
tifié, ayant été décrit d'aprês des spécimens stériles et qui ne semblent se 
rencontrer dans aucun herbier. Le nom indigene de “inambú-quiçaua” cité 
par Huber semble provenir d'une information erronée; tous les Caraipa 
sont connus sous le ncm vulgaire de “tamaquaré”. 


Caraipa Lacerdaei Barp. Ropr. (— C. paraensis Hur.; = C. glabrata 
var. pachyphylla Wavra?). 


 Cette espece varie beaucoup dans la forme des inflorescences qui res- 
semblent souvent à celles du C. grandifolia, plus rarement à celles du C. 
glabrata (d'aprês les figures), avec des formes intermédiaires fréquentes. 
Ses feuilles aussi varient beaucoup dans la forme (le plus souvent ovato- 
lancéolée à sommet aigu) et dans la grandeur, laquelle peut atteindre jus- 
qu'a 23 cm. pour la longueur sur 6 cm. de large (grandeur moyenne 1 à 2 
dm. sur 3 à 5 cm.); leur face inférieure a des poils qui apparaissent sous 
la loupe comme des points (voir la description originale du C. Lacerdasi), 
mais rameux en étoile sous le microscope et aui tantôt sont três abondants, 
tantôt clairsemés. Les pédicelles sont três courts et três épais, les sépales 
coriaces et rugueuses, libres jusque vers la base, les pétales longs de 1 1/2 
à 2 em. et plus ou moins ciliés. La capsule adulte est (comme toute Pin- 
florescence) revetue d'un duvet ferrugineux peu dense, pyramidée ou pres- 
que globeuse, souvent un peu comprimée, à sommet acuminé, longueur 
jusqu'a 4 1/2 cm., largeur d'une face jusqu'a 3 cm., épaissement ligneuse 
avec la partie extérieure presque subéreuse et três profondement et gros- 
siêrement rugueuse. 

Arbre à fleurs blanches, tres parfumées commes chez toutes les es- 
peces de ce genre, et qui atteint jusqu'a 10 m. de hauteur; commun dans 
les “igapós” marginaux des ruisseaux et des canaux de la région de Pes- 
tuaire amazonien, de Gurupá aux iles de Breves et jusqu'a Belém do Pará 
et riviéres voisines (Acará) et au chemin de fer de Bragança. 


Caraipa palustris Bars. Ropr. 


Cette espéce se distingue du C. Lacerdaei par le roux ferrugineux vif 
“de la face inférieure des feuilles (non trop vieilles) et du duvet de la 
capsule et par la forme de celle-ci. Les feuilles en dessous sont parsemées 
de poils étoilés três petits; la capsule qui mésure (chez le spécimen conservé 
au Jardin Botanique de Rio de Janeiro) 3 cm. de haut et 2 cm. de largeur 
de chacune de ses faces est pyramidée avec angles arrondis, droite, non 
comprimée, médiocrement rugueuse mais densement revêtue de duvet, peu 


— 216 — 


à peu amincie vers le sommet lequel est aigu mais non acuminé. J'ai ren- 
contré cette espéce dans “igapó” d'un ruisseau prês de Barcellos, n. 7.183 
florif. et n. 7.186 fructif., elle semble limitée à la région du Rio Negro. Des 
spécimens seulement floriféres, du moyen Tapajoz (ruisseau prês des 
rapides du Mangabal, n. 16.447), distribués sous le nom de cette espéce, 
appartiennent probablement à une forme, à feuilles presque glabres, du 
C. Lacerdaei, ou à une des especes de ce groupe que je n'ai pas encore 
vues (73). 


Caraipa minor Hvuser. 


Cette espece differe du C. Lacerdaei par les dimensions plus petites de 
toutes ses parties, les feuilles avec de poils simples et seulement de rares 
poils étoilés, la pubescence de Iinflorescence plus dense et moins courte, 
les sépales connés* jusqu'a la moitié, la capsule plus arrondie et un peu 
déprimé. Elle n'est pas encore suffisamment étudiée; nos échantillons flo- 
riféres sont de Belém do Pará (n. 16.284) et de Bragança (n. 9.776 et nu- 
mero 9.786), les spécimens fructiféres de Aramá (n. 1.900). 

Le petit arbre ressemble au C. Lacerdaei et habite, comme celui-ci, de 
préférence les “igapós” marginaux des ruisseaux d'eau noirâtre. 


“ Caraipa punctulata Duckxr n. sp. 


Arbor parva, ramulis novellis canotomentellis, adultis glabris cinereis 
vel cinnamomeis. Folia novella evidentissime, vetusta saepius obsolete pel- 
lucido-punctata, vulgo 9 ad 14 em. longa 3 ad 5 cm. lata, oblonga vel elli- 
ptico-oblonga basi rotundata rarius obtusa medio breviter in petiolum cras- 
sum vix ultra 1 cm. longum acuminata, apice obtusa rarius acuta vix acumi- 
nata, coriacea, supra nitidula mox glabrata, subtus ferruginescentia pilis 
brevibus stellato-ramosis sat distanter punctulatis, costis in utroque latere 
15 ad 20 apice arcuatis subtus elevatis, venis supra densis elevatis subfo- 
veolato-reticulatis, subtus praesertim transversalibus prominulis. Paniculae 
in racemos terminales laxifloros compositae, canopuberulae, pedicellis gra- 
cilibus usque ad 1 cm. longis; flores ferrugineotomentelli sepalis basi di- 
stincte connatis ad 3 mm. longis, petalis circa 1 cm. longis albis, ovario 
ferrugineotomentello, vertice cum stylo glabro. Capsula ignota. | 

Habitat in silvã paludosã ad rivulum Taperera prope Gurupá, 1. A. 


(73) C. glabrata Mart. et C. racemosa Camb., incomplétement connus et dont 
on ignore encore le fruit. C. spuria Barb. Rodr. apipartient probablement encore à ce 
groupe d'éspeces; il est décrit d'aprês des échantillons sans fleurs et avec fruits 
encore jeunes. 


— 217 — 


Ducke 21-8-1918 n. 17.231; forma foliis usque ad 18 cm. longis ad 6 cm. 
latis vulgo elongato-oblongis apice nonnunguam subretusis, floribus ali- 
quanto maioribus, horum tomento laetius ferrugineo, ad rivulum Anil prope 
São Luiz do Maranhão 1. A. Ducke 3-6-1907, Herb. Generale Mus. 
Pará n. 518. 


Cette espece est surtout caractérisée par la présence simultanée, chez 
les feuílles, de points transparents dans le mésophylle et de poils rameux 
sur la face inférieure, et par les veines en relief mais un peu moins den- 
sement fovéolato-réticulées que chez les especes C. reticulata et C. foveo- 
lata. Les inflorescences ressemblent le plus sonvent à celle du C. tereti- 
cauls figurée dans la Flora Brasiliensis. — Une espéce du Rio Cuquenan 
dans la région du mont Roraima (E. Ule n. 8.668) a beaucoup d'affinité 
avec notre espece nouvelle mais s'en distingue par les feuilles beaucoup 
plus épaisses, arrondies au sommet, avec côtes plus nombreuses et plus 
rapprochées. 


/ Caraipa myroioides Duck: n. sp. 


Arbor 12 ad 16 m. ramulis tenuibus cinereis, novissimis puberulis. 
Folia etiam vetusta evidenter pellucido-punctata, lanceolato-oblonga, basi 
in petiolum brevem canaliculatum angustata, apice brevius vel longius sen- 
sim acuminata, 7 ad 12 em. longa 2 1/2 ad 4 1/2 cm. lata, tenuiter et 
elastice coriacea, nitida, costis in utroque latere 10 ad 15 tenuissimis subtus 
prominulis, venulis tenuissimis dense reticulatis supra obsoletis. Paniculae 
canotomentellae densae et parvae vix ad Io-florae, in ramulis gracillimis. 
axillares et terminales, hae in racemum longe interruptum flexuosum basi 
foliatum compositae; flores ferrugineo-tomentelli sepalis parvis basi bre- 
viter connatis, petalis albis vix ultra 1/2 cm. longis, ovario ferrugineo- 
tomentello. Capsula tenuiter lignosa valde obliqua arcuato-trigona, apice 
sensim acuminata, ad 18 mm. longa, faciebus latioribus usque ad 1 cm. 
latis, subtilissime rugosa et ferrugineo-tomentella, acumine curvo vix 2 mm. 
longo saepissime acuto; semen (unicum evolutum) distincte alatum. 


Habitat in limite regionis Campos do Ariramba ad orientem fluminis 
Trombetas, silvã mediocri a rívulo Igarapé do Buraco percursã ubi frequen- 
tissima, 1. A. Ducke 30-9-1913 florif. n. 14.884, 10-12-1910 fructif. nu- 
mero 11.405. 

Cette espece ne semble avoir d'affinité avec aucune autre; fleurie, elle 


imite parfaitement "aspect de certains Myrcia, dont elle a encore les points 
transparents des feuilles. 


— 218 — 


” Caraipa ampla Duck: n. sp. 

Arbor ramulis glabris cinereo-brunneis angulosis et sulcatis. Folia 
punctis et lineolis pellucidis in movellis distinctis, in vetustioribus vix cons- 
picuis, ovata ellipticoovata vel ovato-oblonga, basi obtusa medio in petio- 
lum (circa 1 cm. longum) acuminata, apice longe et abrupte acuminata, 
ro ad 17 cm. longa et 4 ad 7 cm. lata, glaberrima, sat tenuiter coriacea, 
costis 10 ad 15 utrinque elevatis, venulis obliquis elevatis in utraque paginã 
valde distinctis. Paniculae solum fructiferae cognitae, terminales et in axil- 
lis superioribus, in racemum amplum (ultra 3 dm. longum et ultra 2 dm. 
latum) laxum compositae, ad 15 cm. longae (incluso pedunculo saepias 
longo), pedicellis ultra 1 cm. longis. Capsula (matura) 2 ad 2 1/2 cm. 
longa, faciebus latioribus circa 1 1/2 cm. latisy modice obliqua, apice bre-. 
vissime et acute apiculata, densissime subvelutino-rufotomentella. Semen 
unicum evolutum alatum. 

Habitat in silvis inundatis loco Caraparú prope stationem Santa Izabel 
viae ferreae inter Belém et Bragança, 25-12-1908, n. 10.122. 

Cette espece est remarquable par ses feuilles et par la grandeur de 
Vinflorescence. Dans la forme des feuilles, elle correspond presqu'ã peu 
au O. silvatica Barb. Rodr. décrit d'aprês des spécimens stériles mais oú 
Vauteur ne mentionne pas les points transparents que Ion observe chez notre 
espéce nouvelle. 


v Caraipa reticulata Duck: n. sp. 


Speciei C. punctulata Ducke primo adspectu simillima, differt foliis 
non pellucido-punctatis (in novissimis solum nervi et venulae transparen- 
tes) basi nonnunquam obliquis apice saepius acutis vel breviter acuminatis 
supra densissime foveolato-reticulatis subtus pilis stellatis densissime pun- 
ctatis, floribus parum maioribus calice profundius (fere usque ad basin) 
partito, ovario glabro. Arbor ad 20 m.; folia vulgo 9 ad 13 em. longa et 
3 ad 5 cm. lata; capsula (nondum matura) plus minus obliqua, glabra, 
ad 19 mm. longa facie maiore ad 17 mm. lata, e basi subcordatã subglo- 
boso-trigona apice sensim acutata et in acumen brevissimum terminata. 

Habitat in paludibus silvaticis (“igapó”) prope Santa Izabel viae fer- 
reae inter Belém et Bragança, mensibus Augusto ad Octobrem 1908 florif. 
et fructibus nondum maturis, n. 9.587, 9.604 et 9.731; in silvã humosa 
praesertim e Humiria floribunda compositã prope Collares 1. A. Ducke 
18-8-1913 florif. n. 12.654. 

Cette espece ressemble beaucoup au C. punctulata, mais les feuilles 
sont absolument dépourvues de points transparents et son ovaire est glabre; 
les veines réticulées de la face supérieure des feuilles sont encore beaucoup 


— 249 — 


plys serrées (fovéolées) et les poils étoilés de la face inférieure beaucoup 
plus denses. 


Caraipa foveolata Huz., Bull. Soc. Bot. Geneve vol. 6 (1914) p. I9o. 

Cette espece est caractérisée par les feuilles petites (longueur 4 à 8 
em., largeur 3 à 4 cm.), glabres, obtuses, arrondies ou aigues au som- 
met, en dessus fovéclato-réticulées (comme chez le C. reticulata), en des- 
sous assez fortement réticulées ou presque sans veines, les inflorescences 
presqu'a peu comme chez le C. reticulata mais les fleurs beaucoup plus 
petites, la capsule duveteuse et d'un tiers plus petite que chez le dernier. 

Arbrisseau, haut souvent à peine d'1 m. parmi la végétation basse et 
serrée, ou petit arbre gréle d'environ 4 à 6 m. dans les endroits ouverts. 
Campos de "Ariramba (moyen Trombetas) ns. 8.023, 11.290, 14.850 et 
14.853; campos du Mariapixy (entre Obidos et Faro); campos à VEst de 
Faro (n. 8.496); exclusivement dans le sol de sable blanc melangé avec 
de Phumus noir. 


” Caraipa excelsa DucxE n. sp. 


Arbor 20 ad 30 m., ligno interiore rubro, ramulis junioribus albidolen- 
ticellosis et canopuberulis. Folia non pellucido-punctata, vulgo 8 ad 12 cm. 
longa et 2 1/2 ad 4 1/2 cm. lata, ovato-vel oblongo-lanceolata breviter pe- 
tiolata, basi vulgo obtusa rarius longe acutata vel late rotundata, apice 
acuta vel brevius vel longe acuminata, elastice coriacea, glaberrima, nitida, 
subtus et rarius etiam supra ferruginea, costis utrinque tenuiter prominulis, 
maioribus in utroque latere 15 ad 20 irregularibus, venulis reticulatis non 
elevatis at supra colore pallidiore bene conspicuis. Paniculae in racemos 
terminales laxos vel densos compositae, canopuberulae, pedicellis sub an- 
thesi vix ultra 1/2 cm. longis; flores ferrugineo-tomentelli, sepalis ultra 
medium connatis, petalis vix ultra 2/3 cm. longis, antheris parvis glan- 
dulã minimã, ovario ferrugineotomentello loculis biovulatis. Capsula valde 
obliqua subgloboso-trigona ferrugineotomentella, circa 15 ad 18 mm. longa 
facie maiore ad 14 mm. lata, apice breviter acute apiculata; semen evo- 
lutum unicum, alatum. 

Habitat in silvã ripariã fluvii Tapajoz frequens, 1. A. Ducke prope 
Sao Luiz 26-8-1916 n. 16.382 flor., prope Cachoeira do Mangabal 31-8-1916 
flor., n. 16.424, 12-12-1920 fructif.; ad ripas arenosas fluminum Mearim 
et Corda prope Barra do Corda civitatis Maranhão 1. M. Arrojado Lisboa 
20-7-1909 flor. et fruct.. Herb. Gener. Mus. Paraensis n. 2.463. 

Cette espece est assez semblable au C. fasciculata de " Amazonie supé- 
rieure, mais se distingue par la grandeur, forme et couleur des feuilles 


—220 . — 


et par les fleurs moins petites. La forme et surtout la largeur des feuilles 
sont d'ailleurs fort variables, chez le même arbre. Les inflorescences des 
spécimens du Maranhão sont le plus souvent beaucoup plus grandes, plus 
denses et plusieurs fois décomposées que chez les spécimens provenant du 
climat três humide du moyen Tapajoz. 


CLEF DES ESPECES DE CARAIPA QUE J'AI OBSERVEES 


DANS LºÉTAT DE PARA 


4 — Capsule droite, pyramidéc ou globoso-pyramidée ou obovato-trigone, 
épaissement ligneuse, avec 1 à 3 graines. Feuilles grandes ou moyennes. 


a Feuilles, même les plus vieilles, avec points transparents três di- 
stinctes. Inflorescences petites, les terminales corymbeuses. Cap- 
sule obovato-trigone, longuement rostrée. Plante, excepté les pé- 
tales, entierement glabre. C. psidiifolia n. sp. 


b Feuilles sans points transparents, leur face inférieure, les inflo- 
rescences et les capsules duveteuses. Panicules três courtes et 
denses souvent en forme de glomérules, les terminales souvent 
composant une grappe interrompue, les latérales parfois isolées, 
parfois en grappe simples (avec pédoncules uniflores) ; pédicelles 
floriféres três courts, épais. Capsule pyramidée ou globoso-pyra- 
midée acuminée, profondement rugueuse. 


! Feuilles en dessous avec poils rameux le plus souvent abondants. 
Sépales líbres jusqu'a la base (ou presque). Formes três robus- 
tes. C. Lacerdaei Barb. Rodr. 


II Feuilles avec poils simples et rares poils rameux. Sépales con- 
nés jusqu'ã la moitié. Formes moins robustes. C. minor Hub. 


B — Capsule obliquement globoso-trigone, 1-seminée. Panicules jamais ex- 
cessivement densiflores, presque toujours réunies en grappe terminale; 
pédicelles floriferes plus ou moins grêles et souvent assez longs. 


a Feuilles, au moins les três jeunes, avec points transparents par- 
faitement distincts. 


— 224 — 


I Feuilles moyennement grandes, en dessus fovéolato-réticulées, 
en dessous distinctement pointillées de poils rameux; chez les 
vieilles, les points transparents souvent peu visibles. €. punciu- 
lata n. sp. 


II Feuilles finement veineuses, glabres. 


1 Feuilles lancéolato-oblongues assez petites, leurs points 
transparents toujours distincts. Panicules en grappe tres 
laxe et grêle; fleurs et capsules relativement petites. C. myr- 
cioides n. sp. 


9) 


Feuilles plus ou moins ovées et assez grandes, seulement 
les três jeunes avec points et lignes pellucides bien visibles. 
Panicules (fructiféres) en grappe três ample; fleurs incon- 
nues; capsule grande (longue de 2 à 2 1/2 cm., revêtue de 
duvet roux ferrugineux três dense. C. ampla n. sp. 


b Feuilles, même les três jeunes, totalement dépourvues de points 
transparents. 


I Feuilles en dessus três distinctement fovéolato-reticulées. 


1 Feuilles de grandeur moyenne, en dessous densement poin- 
tillées de poils rameux. Capsule glabre. C. reticulata n. sp. 


2 Feuilles petites (comme toutes les parties de la plante), gla- 
bres. Capsule duveteuse' C. foveolata Hub. 


II Feuilles avec vénulation fine et non saillante, de grandeur à 
peine moyenne, entitrement glabres. Capsule duveteuse. C. excel- 
sa n. Sp. 


PASSIFLORACEAE 


Passiflora longiracemosa Ducxt n. sp. (pl. 23). 


Ad sectionem Astrophea DC., III (inflorescentiis racemosis). Frutex 
alte scandens inermis cirrifer, foliorum paginã inferiore exceptã totus gla- 
ber. Caulis crassus ligneus aphyllus florifer; ramuli striati foliiferi. Folia 
subcoriacea, magnitudine valde variabilia saepius 8 ad 12 cm. longa 5 ad 


po: PD sp 


12 em. lata, ovata vel ovato-orbiculata basi cordata apice obtusa et anguste 
retusa, supra obscura glabra subnitentia, subtus tomento minutissimo pal- 
lida opaca, elevato-penninervia (nervis secundariis utrinque 4 ad 6) et ob- 
lique transversaliter venosa; petioli striati apice utrinque glandulosi, 2 ad 
9 em. longi. Stipulae caducissimae non visae. Racemi e ligno vetere, sae- 
pissime 20 ad 30 cm. rarius ad 60 cm. longi, subhorizontali-patentes, flo- 
ribus numerosis subpendulis, dissite alternis. Pedicelli 1 1/2 ad 3 cm. longi, 
tertio basali articulati, hinc et ad basin bracteis lanceolatis parvis glabris 
instructi. Flores hypocraterimorphi purpureo-coccinei, tubo plus minus cy- 
lindrico 3 1/2 ad 5 em. longo basi ventricoso, limbo pallidiore sub anthesi 
totato diametro 3 ad 4 cm.; petala sepalis subconformia sed breviora et te- 
nuiora; coronae faucialis series externa filis numerosis 3-5 mm. longis 
subulatis apice violaceis, series interna praecedenti proxima e tuberculis 
minimis nigroviolaceis composita; coronae series tertia e tubo basi emer- 
gens erecta, pallida, basi membranacea, superne in lacinias numerosas di- 
visa. Gynandrophorum e tubo exsertum, gracile, non alatum, obsolete pen- 
tagonum; filamenta complanata; antherae oblongae obtusae flavae; ova- 
rium stipitatum obovato-oblongum obtusum 6-costatum glabrum; styli 3 
complanati. Fructus roseo-coccineus ellipticus cristato-hexagonus, usque 
ad 5 cm. longus ad 3 cm. crassus at nondum maturus. 

Hab. in silvis terrae argillosae humidae ad orientem lacus Salgado 
prope flumen. Trombetas (civitate paraense), |. A. Ducke 9-2-1918, nu- 
mero 16.988; ad Cachoeira do Rio Branco (civitate Amazonas) 1. J. Ge- 
raldo Kuhlmann XIl-r912, herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 2.803. 

Cette espece magnifique se distingue de toutes les autres passiflores 
connues par ses longues grappes qui portent les fleurs dans la partie ter- 
minale et s'y accroissent jusqu'à atteindre parfois 60 cm.; elle doit être 
placée pres des espéces P. spicata Mast. (Rio Japurá), P. skiantha Hub. 
(Ucayali) et P. spinosa (Foepp.) Mast. (du bas Amazone jusqu'aux An- 
des), mais ressemble plus à la derniere qu'aux autres. C'est une grande 
liane qui développe ses fleurs à Iombre de la forêt três dense, tandis que 
les rameaux feuillés se répandent dans les cimes des arbres de moyenne 
taille; les individus fleuris ou fructiferes sont d'un três bel effet. 


Dilkea Johannesii Barr. Ropr. (= D. Ulei Harms). 


Arbrisseau plus ou moin grimpant de la forêt de petite taille en ter- 
rain sablonneux, surtout au voisinage de campinas; rencontré prês de Ma- 
nãos (campina de la Ponta Negra) n. 11.535. aux environs de Faro (nu- 
mero 3.718) et dans la région de campos à Vest de cette petite ville (nu- 
meros 8.460 et 8.692), et dans la forêt environnante la campina au sud de 


— 223 — 


la Serra do Valha-me-Deus, pres du lac Sapucuá à Vouest de la bouche du 
Trombetas (n. 12.040). J'ai comparé un double du type de Harms (E. Ule 
Herb. Brasil. n. 5.381). La forme des feuilles varie beaucoup et differe 
surtout entre les individus de la forêt et ceux des endroits ouverts. 


Dilkea Wallisii Masr. 


Cette espece a les fleurs blanches comme la précédente mais est une 
grande liane qui grimpe aux cimes d'arbres de la forêt; je Vai rencontrée 
une seule fois, dans la forêt humide des environs de la riviére Curuçambá 
pres de Obidos (25-1-1918, n. 16.940). La localité du type est ignorée. 


MELASTOMACEAE 


v Macairea viscosa DucxE n. sp. 


Arbor 4 ad 8 m., trunci cortice in laminas soluto, ligno durissimo vio- 
lascenti-rufofusco, innovationibus viscosissimis. Ramuli angulosi, juniores 
dense minute glanduloso-pilosuli et praesertim ad nodos pilis longis paten- 
tibus parum densis villosi. Petiolus 1 1/2 ad 2 cm. longus robustus, supra 
saepe canaliculatus, minute glanduloso-pilosulus et longe villosus; lamina 
vulgo 8 ad 11 cm. longa et 2 ad 5 cm. lata, oblongo-vel ovato-lanceolata 
basi obtusa apice acuta, margine integra, trinervia nervis lateralibus tenui- 
bus margine approximatis, subcoriacea elastica, supra dense breviter stri- 
goso-asperrima, subtus pallidior dense reticulato-venosa breviter hirtella et 
minute glandulosa. Panicula 1 ad 2 dm. longa, terminalis, multiflora at 
parum compacta, longe at non dense ochraceo-villosa; bracteae roseae sub- 
pellucidae obsolete plurinerviae 10 ad 15 mm. longae et 4 ad 5 mm. latae, 
sessiles, apice lanceolatae acutae rarius obtusae, marginibus villoso-ciliatae, 
supra glabriusculae subtus pilosae; pedicelli 1 ad 4 mm. longi filiformes 
sparsim villosi et dense glanduloso-pilosuli. Calix longissime parum dense 
villosus, tubo 3 ad 4 mm. longo ovoideo-campanulato tenuissime 8-costato, 
segmentis tubo parum longioribus subulatis flexuosis saepe reflexis. Petala 
violascenti-rosea, patula, obovata, 7 ad 8 mm. longa et 4 ad 5 mm. lata, 
venosa, glabra. Stamina sat inaequalia, filamentis glabris superne pilis glan- 
duliferis sparsis, connectivo basi satis incrassato et postice gibboso. Ova- 
rium 4-loculare, praesertim apicem versus densiuscule breviter rigide pilo- 
sum; stylus staminibus longior, praescrtim ad medium glanduloso-pilosulus, 
apice glaber. Capsula vetusta calice persistente vestita circa 4 mm. longa, 
obovoidea, 8-costata. 

Habitat in montis Parauaquara (prope Prainha civitatis Pará) decli- 
vibus altitudine circa 250 ad 300 m., locis humidis, silvulas formans, 1. A. 


a 


Ducke 7-10-1919, Herb. Jard. Bot. Rio n. 2.398. Speciei M. pachyphylla 
Benth. ovario 4-loculari, pilis longis patentibus et staminum filamentis 
glanduliferis approximatur, at viscositate intensã, pilis in omnibus partibus 
abundantibus aliisque notis variis certe distincta. 

Joli petit arbre des flancs de la montagne de Parauaquara, la plus 
occidentale du groupe de petites montagnes situé entre Prainha et la bouche 
du Parú, au Nord du bas Amazone; forme des bosquets dans les endroits 
un peu marécageux des campinas oú prennent naissance les ravins boisés. 

Les especes du genre Macairea sont limitées, dans VÉtat de Pará, à 
certains campos ou campinas au sol sablonneux et humeux, comme M. ari- 
rambae Hub. pour les Campos de "Ariramba (Rio T'rombetas) et la Cam- 
pina do Perdido pres de Bella Vista du Rio Tapajoz, et M. glabrescens 
Pilg. (décrit de Manãos) pour les campos à VEst de Faro et quelques 
campinas des environs de Gurupá. Dans cette localité, le petit arbre est 
connu sous le nom de “cumatê” que Ion appliaue en Amazonie à des plan- 
tes de familles botaniques diverses mais dont ''écorce sert à teindre en noir 
des objets; à Faro, ce nom est appliqué à un Myrcia et au Saccoglottis guia- 
nensis f. sphaerocarpa; à Manãos, selon Barbosa Rodrigues, au Myrcia 
atramentifera de cet auteur. 


“ Meriania paraensis Duck: n. sp. 


E sectione Davya. Arbor 10 metralis ramis sat robustis subteretibus, 
superne cum petiolis, foliis subtus, inflorescentiarum rhachidibus, pedicel- 
lis et calicibus dense ferrugineo-fur furaceotomentosis. Folia petiolo 2 ad 
3 em. longo supra canaliculato, ovata vel oblongo-ovata basi rotundata vel 
obtusa apice abrupte longiuscule acuminata, margine saepe revoluto remote 
subdentato-angulosa, quinquenervia, rigidiuscule membranacea, supra gla- 
bra viridia subtus furfuraceo-punctulata ferruginescentia, nervulis trans- 
versis subtus bene distinctis, ad 15 cm. longa ad 8 cm. lata. Paniculae 
ad 1 dm. longae ramis brevibus crassiusculis verticillatis, floribus 5-meris, 
in ramulorum apice usque ad 12 umbellatis, pedicellis 3 ad 4 mm. longis 
crassiusculis ebracteolatis non articulatis; calicis 1 cm. longi apice 3/4 em. 
lati tubus circa 7 mm. longus apice 6 mm. latus, campanulatus, non cos- 
tatus, limbus leviter dilatatus subtruncatus obsolete 5-angulosus, extus 
s-denticulatus ; petala intense rubroviolacea, 1 1/2 ad 2 em. longa obovato- 
oblonga apice late rotundata. Stamina sat inaequalia, antheris maiorum ultra 
1 cm. longis apice rostellatis, connectivo basi calcare arcuato acuto circa 
1/3 mm. longo, super loculorum basin appendice adscendente fere 1/2 cm. 
longo apice emarginato instructo. Ovarium 3-loculare, tenuiter To-cos- 
tatum. 


— 205 —- 


Hab. in silvis paludosis ad limitem inferiorem regionis Campos do 
Ariramba dictae (ad orientem fluminis Tirombetas civitatis paraensis), al- 
titudine circa 150 m., 1. A. Ducke 23-09-1913 n. 14.854. Speciei M. urceolata 
affinis, differt foliis latioribus submembranaceis basi non auriculatis, flo- 
ribus brevissime pedicellatis, calicis tubo multum latius campanulato. 

La premiére espéce du genre Meriania découverte en territoire paraen- 
se et une des rares melastomacées à belles fleurs qui habitent la région ama- 
zonienne. Les autres espéces de ce genre sont limitées à des régions plus 
ou moins montagneuses: on en connait maintenant 25 de la Cordillére des 
Andes, 12 du Brésil central (Minas, Rio, Bahia), 2 des terres montagneu- 
ses qui limitent " Amazonie (Guyane britannique et partie nord de Tétat 
d' Amazonas, nord de Matto Grosso, Pérou oriental subandin), 3 des An- 
tilles. 


J Microlicia paraensis DUCKE n. Sp. 


E sectione III (Eumuicrolicia). Fruticulus erectus 2 ad 4 dm. altus, 
infra pauciramosus supra irregulariter ramosissimus, ramis vetustioribus 
aphyllis, ramulis longis rufis tetragonis articulatis basi denudatis, fere so- 
lum ad nodos longe et dissite pilosis. Folia internodiis longiora (circa 8 ad 
10 mm. longa et 3 mm. lata), oblongo-lanceolata, tenuia sed rigidiuscula, 
erecto-patula, sessilia, basi subcordata, apice acuta et in setam terminata, 
marginibus setosp-serrulatis, praeter margines glabra, supra fuscescentia 
subtus virídia, | pellucido-punctata, nervo mediano lato, nervis duobus late- 
ralibus subtilibus at im dimídio basali luce transparente bene visibilibus. 
Flores brevissime pedicellati solitarii, terminales rarius in ramulis lateralibus 
brevissimis; calix pallidus glaber minutissime dissite glandulosus, tubo di- 
stincte decemnervio campanulato circa 3 mm. longo apice 2 2/3 mm. 
lato, lobis erectis circa 2 mm. longis vix 1 mm. latis basi distantibus apice 
acutis et in setam longam terminatis. Petala pulchre rubroviolacea 3/4 ad 
I cm. longa, 5 ad 8 mm. lata, obovata apice rotundata vel late obtusa et 
minute apiculata, glabra, distincte nervosa. Stamina inaequalia filamentis 
sat crassis parvis curvatis, antheris subulatis apice sensim rostellatis, con- 
nectivo im maioribus elongato et leviter flexuoso, in omnibus ad insertio- 
nem filamenti dilatato-producto interdum subbilobo, loculis maioribus 4 mm. 
longis. Ovarium liberum, glabrum, subglobosum, 5-sulcatum; stylus longe 
filiformis, glaber. Capsula matura circa 3 ad 4 mm. longa, 2 ad 3 mm. 
crassa, elliptica, apice 5-sulcata, rugulosa; semina leviter curvata minute 
foveolata 2/3 ad 3/4 mm. longa, 1/3 mm. crassa. 

Hab. in uliginosis campinae arenosae ad viae ferreae stationem Aru- 
mateua im regione fluvii Tocantins inferioris, 1. A. Ducke 4-1-I915 nu- 


Jardim Botanico 15 


= 996 — 


mero 15.616. — Ramis sparsim (fere solum ad nodos) pilosis, foliis gla- 
bris at margine et apice longe setosis, floribus brevissime pedicellatis, calice 
glabro hujusque segmentis distantibus et apice non setosis a specie M. leu- 
cantha Naud. (ut videtur sat affini) distinguenda. 


Cette espece est Tunique de ce genre que Pon ait rencontrée dans la 
plaine amazonienne, et au même temps Punique qui représente, dans cette 
région, les jolies melastomacées à type éricoide et fleurs d'un violet tres 
vif, si nombreuses dans les campos montagneux du Brésil central, Jus- 
qu'à présent on comnaissait du genre Microlicia 104 espéces du Brésil 
central et régions voisines (Minas, Goyaz, Matto Grosso, Rio, S. Paulo, 
Bahia, Piauhy), 3 du Pérou oriental andin, et 2 des montagnes de la 
Guyane britannique. 


Y Mouriria trunciflora Ducke n. sp. 


Ad sect. Eumowriria Cogn. Arbor mediocris, glaberrima, ramulis ci- 
nereis tenuissimis. Folia mediocriter petiolata 5 ad 7 cm. longa, 3 ad 3 1/2 
cm. lata, tenuia submembranacea at elastica, utrinque opaca vel subopaca 
viridia, ovata vel ovato-oblonga, basi plus minusve obtusa et abrupte im 
petiolum attenuata, apice modice acuminata, uninervia, nervis lateralibus 
solum transparentiã visibilibus (opacis in folio translucido). Flores abun- 
dantes in trunci nodis fasciculati, rarius in ramulis solitarii, pedunculis 
brevissimis I-vel 2-floris, pedicellis sub anthesi ad 7 mm. longis, bracteo- 
lis infra medium sitis caducissimis ; calicis tubus ad anthesin circa 10 ad 12 

mm. longus, elongato-campanulatus, basi acutus, 
lobi sub anthesi circa 3 mm. longi, late rotundati; 
petala pallide ochraceoflava 1 1/2 ad 2 cm. longa, 
lanceolato-oblonga basi longe unguiculata apice bre- 
viter acuminata; staminum filamenta in alabastro 
geniculato-recurva, sub anthesi circa 1 1/2 cm. 
longa, rigide erecta, antherae circa 5 mm. longae 
rectilineae vel parum curvatae, connectivo non cal- 
carato glandulã sat latã in medio aucto, loculis lon- 
gis et angustis poro apicali dehiscentibus, ovarium 
s-loculare placentis angulo interiore loculi insertis; 

Mouriria trunciflora stylus sub anthesi 1 1/2 ad 2 em. longus, filiformis. 
Fructus ignotus. 

Habitat prope Obidos in silvis primaevis flumini Curuçambá vicinis 
at non inundatis, 1. A. Ducke 25-1-1918 n. 16.937; arborem vidi unicam. 
— Species trunciflora in hoc genere unica hucusque cognita, pulchra dum” 


ds RAR mia 


floret; antherarum structurã speciebus M. princeps Naud., grandiflora DC. 
et Plasschaerti Pulle sat similis at caeterum ipsis vix affinis. 


+ Mouriria brachyanthera Ducke n. sp. 


Ad sect. Eumouriria Cogn. Arbor mediocris vel submagna ramulis 
angulosis crassiusculis cinereis, junioribus rufofuscis. Folia petiolo brevi 
vel ad 1 em. longo, 6 ad 14 cm. longa 3 ad 7 cm. lata, glabra, sat rigide 
coriacea, utrinque subopaca viridia, elliptico vel ovato-oblonga basi obtusa 
vel rotundata, apice obtusa vel apiculata vel breviter abrupte acuminata, 
nervis lateralibus et marginem versus etiam venulis transversalibus sat di- 
stinctis. Inflorescentia in ramis junioribus breviter cymosa pauciflora, pe- 
dicellis sub anthesi 1 ad 1 1/2 cm. longis, infra medium bibracteolatis cadu- 
cissimis; calicis tubus breviter campanulatus, sub anthesi circa 5 ad 6 mm. 
longus, longitudine latior, lobis brevissimis late rotundatis; petala fugacis- 
sima, saturate rosea, tenuissime griseotomentella, circa 12 mm. longa, basi 
unguiculata, apice brevissime acuminata; staminum filamenta brevia cras- 
sa, in alabastro ut sub anthesi erecta, antherae circa 3 mm. longae, crassase, 
comnnectivo in parte superiore glandulã mediocri aucto, loculis leviter cur- 
vatis rimã anteapicali dehiscentibus. Ovarium 5-loculare placentis in loculo 
centralibus; stylus circa 1 cm. longus. Bacca matura rubra, globosa circa 
1 cm. diametro, calicis limbo brevi involuto coronata, biseminata. 

Habitat in silvis primaevis non inunda- 
tis prope Obidos inter flumina Curuçambá 
et Rio Branco, 1. A. Ducke 25-1-IgI8 nu- 
mero 16.939, et prope Bella Vista fluvii Ta- 

2 pajoz 22-6-I1918 n. 17.050. — Staminibus et 
ovario speciei surinamensi M. anomala 
Pulle affinis, differt foliis sat distincte ve- 
nosis, floribus fasciculatis, antherarum lo- 


Mouriria brachyanthera É 
culis multum minus curvatis. 


'- Mouriria Huberi Cocn. 


Arbre assez grand dans la forêt vierge, mais de petite taille dans la 
forêt secondaire: fleurs blanches; fréquent aux environs de Belém do Pará 
(ns. 169, 2.634, 3.650, 3.656, 15.343) et sur le chemin de fer de Bragança 
(station de Peixeboi, n. 8.209), non rare prês de Obidos (n. 17.112) et 
sur la Serra de Santarem (n. 17.093); toujours en terrain non inondable. 
— M. cearensis Hub. ne se distingue de cette espece que par les locules 


é 


três courtes des antheres, il a été découvert par J. Huber dans les “restin- 


gas” prês de Fortaleza (Herb. Gener. n. 105), et je Vai observé sur le 


pt A 


littoral sablonneux des états de Piauhy et Maranhão (Parnahyba H. G. 
n. 848, et Salinas-Tutoya, dunes, H. G. n. 891). Ce n'est peut-être qu'une 
forme rabougrie du premier, adaptée aux conditions défavorables de la 
région qu'elle habite. 


ARALIACEAE 


“Gilibertia palustris Ducxe n. sp. 


Arbuscula vel frutex pauciramosus 2 ad 4 m. altus, glaber, aromaticus. 
Ramuli ultimi 2 1/2 ad 4 mm. crassi, grisei, longitudinaliter striati, apice 
foliiferi. Stipula intrapetiolaris parva subulata. Folia in eodem ramo ma- 
gnitudine maxime variabilia ; petiolus 2 ad 17 em. longus supra saepe cana- 
liculatus, basi et apice leviter diiatatus; lamina vulgo 1 ad 2 dm. longa 4 
ad 9 cem. lata, tenuis, plus minus elliptica vel obovato-vel oblongo-elliptica. 
basi longe acuta vel late rotundata, apice vulgo breviter et saepius acute 
rarius obtuse acuminata, margine integra, nervis (maioribus utrinque 6 ad 9, 
dissitis) et venulis tenuibus praesertim subtus prominentibus, nervis infe- 
rioribus duobus longioribus et magis obliquis. Umbella composita e 4 ad 7 
(vulgo 5 vel 6) umbellulis; umbellularum pedunculi 1 1/2 ad 3 cm. longi 
stricti infra medium articulati et bibracteolati, apicem versus vix dilatati, 
bracteis basalibus et bracteolis ovatis acutis concavis squamatis margine 
pubescentibus ; umbellula vulgo 10-ad 30-flora pedicellis gracillimis sub an- 
thesi circa 1/2 cm., fructiferis ultra 1 cm. longis. Flores virides; calix 
dentibus 5 brevissimis apice ciliatis; petala ovata acuta; styli 5. Drupa 
diametro 3 ad 4 mm. plus minus globosa, tenuiter 5-sulcata, stylorum co- 
lumnã 5-radiatã coronata. 

Habitat frequens in paludibus silvaticis ad rivulos nigros prope Gu- 
rupá, 1. A. Ducke 22-1-1916 florif., 11-5-I9IÓ fructif., n. 15.981. 

Cette espéce semble avoir des affinités avec le G. Pavoni mais en 
differe beaucoup par son inflorescence en ombrelle double. Elle est fré- 
quente aux environs de Gurupá, sur les rives du cours supérieur des ruis- 
seaux “noirs” et dans la forêt marécageuse environnante, mais n'a pas 
encore été observée en dehors de cette localité remarauable par sa végéta- 
tion variée et magnifique. 


* Schefflera paraensis (Huz., Bol. Mus. Pará VI (1910) p. 198, no- 
men) DucxE n. sp. 

Ad. sect. II (Euschefflera Harms). Arbor circa 20 m. Ramuli ultimt 

ultra 1 cm. crassi, ut petioli, foliolorum pagina inferior et praesertim pani- 


— 229 — 


cula tota pube tenui adpressã flavidocanescente (in floribus subaureã) ves- 
titi, apice congeste foliiferi. Stipula intrapetiolaris late ovata concava sed 
forte non perfecte conservata. Folia g-ad 10-foliolata; petiolus strictus teres 
striatus, 20 ad 50 cm. longus, 2 ad 4 mm. crassus, basi parum dilatatus; 
petioluli interni vulgo 5 ad 7 em., externi vix ultra 2 cm. longi, striati, 
supra canaliculati. Foliola interna vulgo 9 ad 15 cm. longa 4 ad 7 cm. 
lata, externa 6 ad 9 cm. longa 2 ad 4 cm. lata, obovato-oblonga rarius ob- 
longa basi inaequalia saepe complicata anguste rotundata vel brevissime 
cordata, apice rotundata rarius obtusa saepissime breviter retusa, coriacea, 
supra glabra nitida, subtus pube opaca, margine integra revoluta, costã 
et nervis praesertim subtus prominentibus, nervis maioribus utrinque 4 ad 
7 ante marginem arcuato-anastomosantibus, rete venularum dissitã et te- 
nuissimã. Flores ut videtur polygami, adsunt specimina fructifera et spe- 
cimina florifera masculina; panicula terminalis foliis multo brevior (femi- 
nea fructifera 15 ad 17 cm., mascula 23 ad 25 cm. longa), mascula am- 
plissima, utriusque sexi jam 1/2 ad 1 cm. super basin trichotoma, his ra- 
mis in femineã 8 ad 12 cm., in masculã 15 ad 25 em. longis, dimidio api- 
cali ramulos secundarios racemose dispositos in femineã 3 ad 4 cm. in 
masculã 5 ad 12 cm. longos emittentibus; umbellarum pedunculi saepe 
suboppositi, in femineã fructiferã 3 ad 4 cm., in masculã 1 1/2 ad 2 cm. 
longi; pedicelli ebracteolati in femineã fructiferã circa 1 1/2 cm., in mas- 
culã infra 1/2 cm. longi; umbellae masculae in paniculã numerosissimae, 
Io-ad I5-florae. Floris masculi calix breviter cupuliformis limbo brevissime 
5-dentato, petala ovata acuta in calyptram concreta at suturis bene conspi- 
cuis, antherae oblongae obtusae, styli 5 liberi apice ciliati, ovarium nullum ; 
flos femineus ignotus. Drupa diametro usque ad 1 cm., columnã stylorum 
apice 5-radiatã coronata. 

Habitat in silvã ripariã iacus (vel potius paludis) Catá prope Belém 
do Pará, 1. A. Ducke 24-3-1915, n. 15.743, floribus omnibus masculis ; 
prope Santa Izabel viae ferreae inter Belém et Bragança 12-2-1909 nu- 
mero 10.175, fructibus nondum maturis. ae 

Cette espéce encore inédite semble surtout caractérisée par les panicules 
trichotomes immédiatement au dessus de la base, et par les pétales parfaite- 
ment connés mais avec sutures distinctes. 


ERICACEAE 
Gaylussacia amazonica Hus. 


Abonde dans la campina sablonneuse à Pintérieur de Bella Vista 
pres du dernier rapide du Tapajoz (n. 15.830), étant donc maintenant con- 
nú des deux cótes de " Amazone. 


, 


e q 


SAPOTACEAE . 


Les espéces amazoniennes de cette famille sont encore três mal con- 
nues ; le tiers à peine, de celles qui figurent dans "herbier du Museu Paraen- 
se, sont des especes déja décrites. Elles sont particulierement fréquentes 
dans le Rio Negro et abondent au Jamundá y compris le lac de Faro, ou 
elles constituent, dans certames forêts marécageuses, la famille la mieux 
représentée tant en espéces comme en individus, parmi lesquels se font 
remarquer de nombreux Sideroxylon. Je ne m'occuperai maintenant que de 
quelques espéces connues dans le pays à cause de leurs fruits comestibles. 


Lucuma speciosa Ducxr (planche 14). 


Décrit dans les Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro vol. 22 
(1919) p. 68 et pl.; três remarquable par son gros fruit monosperme dont la 
graine volumeuse, ovale, rugueuse avec aire ombilicale lisse étroite et lon- 
gue, sans albumen, correspond évidemment au genre Englerella Pierre 
établi sur la graine d'un arbre inconnu de la Guyane. Dans le cas oú ce 
genre (dont les fleurs ne different pas essentiellement de celles du genre 
Lucuma) devra être maintenu, nôtre espece aura le nom d'Englerella spe- 
ciosa Ducke jusqu'à ce qu'on n'aura pas vérifié Videntité de cette espêce 
avec Varbre qui a fourni la graine décrite sous le nom d'Englerella macro- 
carpa Pierre. 

Arbre d'environ 25 m.; latex blanchatre, doux; toutes les parties vé- 
gétatives nouvelles densement couvertes de duvet roux. Feuilles longues de 
r5 à 33 cm., larges de 6 à 11 cm., à base acuminée vers un pétiole de 1 1/2 
à 2 cm., à sommet le plus souvent aigu, penninervées avec veines transver- 
sales. Fleurs 1 à 3 sur des noeuds axillaires, ceux-ci, les pédoncules (três 
courts) et le cóté extérieur du calice densement couverts de duvet roux; 
sépales obovés, rigidement coriaces, deux extérieurs longs de 10 mm., 
trois intérieurs longs de 11 à 13 mm. mais plus étroits que les autres; co- 
rolle blanchátre, longue de 15 à 18 mm., de 5 pétales connés jusqu'ã 3/4, 
ses lobes libres dressés arrondis ou presque tronqués; staminodes subulato- 
lancéolés aigus ou obtus; étamines inserées à peine au dessus des stamino- 
des, filaments courts, anthéres ovato-oblongues ; ovaire soyeux, 5-loculaire. 
Fruit drupacé ové allongé ou presque globeux, long jusqu'a 12 cm., épais 
jusqu'a 8 em., vert, le plus souvent en grande partie velouté de brun pour- 
pre; chair jaune claire, granuleuse, épaisse; graine osseuse mésurant jus- 
qu'à 9 em. de longueur et 6 cm. d'épaisseur, gris jaunâtre, mate et couverte 
de rugosités assez clairsemées mais profondes, excepté Paire: ombilicale. 


= Ddr 


brune longue et étroite qui est lisse, mate. mais avec marges luisantes; em- 
bryon sans albumen. 


Bel arbre três fréquent dans la forêt des hautes terres du petit Rio 
Branco au NE. de Obidos et qui semble limité à cette région fertile et de 
végétation tres spéciale. Il fleurit surtout vers la fin de la saison rélative- 
ment séche et au commencement de la saison des pluies: (de novembre à 
février); les fruits múrissent dans la saison des pluies. Ceux-ci sont co- 
mestibles et, chez certains arbres, meme savoureux; leur chair est três su- 
crée et d'un parfum fort tres spécial tout à fait-différent de celui des fruits 
des autres sapotacées que je connais. Cette chair granuleuse et "odeur et la 
grandeur du fruit rappellant un peu les fruits des “pajurá”” (Parinarium 
montanum Aubl. et Couepia bracteosa Benth.), notre sapotacée est connue 
chez les habitants du Rio Branco de Obidos sous le même nom que ces 
rosacées. 


Lucuma speciosa 


Lucuma pariry 


* Lucuma pariry DuckE n. sp. (planche 15). 

Arbor magna. Ramuli vetustiores cortice griseo in lamellas soluto, no- 
velli dense ferrugincotomentosi. Folia apice ramulorum congesta, petiolo 
3 ad 4 rarius 5 cm. longo ferrugineotomentoso, laminã vulgo 15 ad 25 
cm. longã, ad 2/3 longitudinis suae 6 ad 10 cm. lat, basin versus cuneato- 
angustatà, basi ipsã saepissime anguste rotundatà, apice breviter acuminato 
rartus obtuso rotundato vel retuso, subcoriaceã, parum nitidulã, supra gla- 
brã, subtus im novellis ferrugineotomentosá, in vetustioribus nervis exceptis 


= 985 — 


mox glabratã, margine tenuiter recurvo, costã supra impressã subtus valde 
prominente, costis secundariis in utroque latere circa 10 ad 14 supra paulo 
subtus valde prominentibus, venulis utrinque tenuiter prominulis inter cos- 
tulas irregulariter reticulatis (venulis obliquis magis conspicuis, subparal- 
lelis). Flores ad axillas foliorum delapsorum fasciculati, pedicellis 5 ad 
8 mm. longis cum calice dense canotomentosis, sepalis 5 ovatis 2 1/2 ad 
3 mm. longis apice acutiusculis marginibus ciliatis, corollã viridi, globoso- 
oblongã circa 3 1/2 mm. longã petalis 5 ultra tertiam partem vel ad dimi- 
dium solutis obovatis apice obtusis margine ciliatis, staminodiis 5 parvis 
lanceolatis corollae dimidio insertis, staminibus 5 filamentis ad corollae ba- 
sin fixis, antherã extrorsã filamenti tertiam partem metiente, ovario 5-lo- 
culari, dense griseopiloso, stylo brevi crasso apice glabro, stigmate vix di- 
stincte 5-tuberculato. Bacca magna 9 ad 10 cm. diametro metiens depresse 
globosa leviter obliqua viridis odoratissima, mesocarpio molliter fibroso 
succoso, sordide viridiflavido, eduli, seminibus duabus inaequalibus ovatis 
uno latere subapplanatis basi apiceque obtusis, maiore circa 3 1/2 em. 
longo, 2 1/2 cm. lato, fere 2 cm. crasso, minore circa 3 respective 2 et 
1 1/2 cm. metiente, exalbuminosis, testã nitidissimã castaneã, areã umbili- 
cali magnã subopacã parum rugosá. 


Habitat in Amazoniae partibus meridionalibus rarius in parte central 
spontanea in terris argillosis fertilibus, silvis primariis; ad Amazonum 
fluvium inferiorem saepe culta. H. A. M. P.: Paraná de baixo de Obidos 
cult. 1. A. Ducke 9-3-19I5 n. 15.711 (fructif.) et 2-10-I1915 n. 15.779 (flo- 
rif.) ; in silvis prope Alcobaça ad flumen Tocantins 1. A. Ducke 18-7-1916 
n. 16.276 (alabastris novellis) ; ad flumen Purús superius in silvis 1. J. Hu- 
ber 12-4-1904 (sterile). Ad flumen Xingú prope Altamira a me visa. In 
civitatum Pará et Amazonas maximã parte “pariry” appellatur, in regione 


tocantina “frutão”. 

Grand arbre que j'ai rencontré, à Vétat indigene, au Tocantins, Xingú | 
et au petit Rio Branco qui court au nordest d'Obidos, toujours et exclusi- 
vement dans Pargile rouge, compacte; il n'est pas rare d'en voir quelques 
exemplaires cultivés prês des habitations de la zone riveraine du bas Ama- 
zone (Montealegre, Santarém, Alemquer, Obidos). Tl a été signalé dans les 
moyens et hauts bassins des affluents méridionaux (Madeira, Purús, Ju- 
ruá) du grand fleuve. Son aspect rappelle un peu celui d'un Bertholletia 
peu agé. Sa culture serait sans doute beaucoup plus répandue s'il n'avait 
pas la réputation décourageante de ne fructifier qu'au bout de 50 ou 60 
ans. En effet, son fruit três parfumé, en général beaucoup plus gros qu'une 
orange, est fort apprecié soit au naturel soit additionné de vin et de sucre; 
il múrit au plus fort de la saison des pluies (février à avril, à Obidos). 


— 233 — 


Je ne peux pas préciser les affinités naturelles de notre espece parmi 
celles qui composent le genre Lucuma; ses caractêres ne correspondent à 
aucune des sections adoptées dans les “Natúrliche Pflanzenfamilien”. 


Lucuma dissepala (Krause) DucxE n. comb. (Vitellaria (74) disse- 
pala KRAUSE). 


» 


Belém do Pará, forét de terre ferme, n. 2.145; ne se distingue en rien 
des spécimens typiques qui proviennent du Rio Branco, état d'Amazonas. 
À Belém, on donne quelquefois à cet arbre le nom de “guajará” qui est 
appliqué, dans la région amazonienne, à plusieurs espéces de Chrysophyllum 
et de Lucuma, à fruits comestibles: mais peu appréciés. 


Lucuma Duckei Hvr. Bull. Soc. Bot. Geneve 2º série vol. VI (1914) 
P. I94. 

Grand arbre des forets de terre ferme, três abondant aux environs 
d'Obidos et de Faro. Nos échantillons proviennent d'Alemquer (n. 3.763, 
type), Obidos .(n. 12.115) et Oriximinã au bas Trombetas (n. 12.044). 
Fleurit en juillet et aoút; les fruits (“abiu-rana grande” ou “cutitiribá- 
rana) bleuâtres qui múrissent en décembre et surtout janvier atteignent 
la grandeur d'une pomme, leur chair farineuse est d'un vert jaunâtre pãle et 
de saveur légerement douçátre peu agréable. Les graines (1 à 4) qui mé-. 
surent de 3 1/2a 4 em. de long, sont grosses, d'un côté três convexes, três 
lisses et brillantes, couleur marron, de Pautre côté à deux faces planes sou- 
vent d'inégale largeur presqu'entiêrement occupées par la três grande aire 
ombilicale, grisâtre, rugueuse, mate. Bois brun rouge, fibres onduleuses, dur 
et lourd, ressemblant au massaranduba mais moins estimé, employé pour les 
constructions de peu de durée, car il résiste mal à Paction de la terre 
humide. 


Lucuma parviflora (BENTH. Mss.) Mio. 


Petit arbre des “campos cobertos” sablonneux de Montealegre (nom 
vulgaire: muirapixy) et de Santarém oú il est três fréquent; rencontré 
encore à la lisiére des campos de "Ariramba, dans les ilots de petite forêt 
de la région de campos à Test de Faro, et dans des endroits secs à forêt 
basse aux environs d'Obidos (Serra da Escama et falaises de "Amazone). 


(74) Les genres Vaitellaria et Pouteria ne sont pas naturels et ne peuvent, à 
mon voir, pas être maintenus. 


E. .* (om 


Fruit monosperme, petit, arrondi, jaunâtre, de saveur douce. La forme dês 
feuilles varie assez fortement. 


Lucuma lateriflora (Benrm. mss.) Mio. 


Connu, jusqu'ici, de la région de Santarém, ou j'ai recueill, dans le 
campo élévé d'Alter do Chão (n. 10.790) des spécimens exactement sem- 
blables au type dont nous possédons un double du British, Museum; fré- 
quent dans. les campos du Cupijó prês de Cametá (bas Tocantins), nu- 
mero 16.307. 


Lucuma macrocarpa Hvr. 


*elém do Pará (cult.) spécim. flor. n. 108; Barcellos (Rio Negro), 
vieille forêt secondaire (à Vétat spontané?), florifeére, n. 7.203. Cette espéce 
est toujours reconnaissable avec facilité par son ovaire 12-loculaire; ses 
fruits sont comestibles mais peu estimés. Nom indigene: “cutitiribá grande”. 


Lucuma rivicoa GarriN., “cutitirnibá” ou “cutíti”. 

Lucuma acreana KRAUSE, dont j'ai vu un spécimen typique collection- 
né par E. Ule à "Acre, se distingue de la forme typique de T"espeéce seu- 
lement par ses fleurs plus grandes; il ne s'agit, évidemment, que d'une 
faible varieté de celle-ci. 


Giycoxylon Duckr n. g. 

A genere Chrysophyllum differt folis cruciatim oppositis seminibus- 
que exalbuminosis. Facies plantarum sterihhum Guttiferarum genus Calo- 
phyllum rememorat. Arbores parvae vel mediae, vel frutices elati, Ama- 
zoniae dimidium orientale habitantes, ob ligni saporem dulcem nomine vul- 
gari “pão dôce” designantur. 


Glycoxylon inophyllum (M19.) Ducke n. comb. (pl. 16a). 

Chrysophyllum inophyllum “MarT.” Miro. 

Arbrisseau ou petit arbre à branches opposées qui contient dans tou- 
tes ses parties un latex abondant, três blanc et de saveur douce. Pédicelles 
três courts, ou fleurs subsessiles; celles-ci à odeur douce. Fruit ovale ou 
ovale-allongé, jaunâátre, à une ou (plus souvent) deux semences, comesti- 
ble, de saveur douce. Pour la description des feuilles et des fleurs, voir 
la “Flora Brasiliensis”. 

Habite exclusivement quelques campinas de sable blanc et la forêt de 
petite taille des environs de celles-ci: Manãos (Ponta Negra) n. 11.201; 


— 235 — 


Faro n. 10.464; Rio Mapuera ('rombetas) n. g.121; coll. A. Ducke, 
florif. novembre à janvier, fructif. janvier à mars. L/espéce est connue, 
dans la région de Faro, sous le nom de “pão dôce” ce qui veut dire bois 
(ou arbre) doux; à Manãos, on I'appelle parfois “abihy”. 


“ Glycoxylon pedicellatum Duck: n. sp. 


“Speciei praecedenti affine at pedicellis 3/4 ad 1 cm. longis; arbor 
parva, saepius mediocris, rarius sat magna; flores mellis acidi odorem for- 
tem exhalant. 

Gurupá: in campinã arenosã 1. A. Ducke, 17-1-1916 alabastris nov., 
27-12-1916 florif. (n. 15.961 et 16.676) ; Porto de Moz loco Campo Gran- 
de, n. 16.664 (sterile), in silvis vicinis frequens. Cum pluribus aliis sapo- 
taceis “ajarahy” appellatur. 


“Glycoxylon Huberi Ducke n. sp. (pl. 16b). 

Folia ut in speciebus praecedentibus at basi saepius acuta, costis in 
utroque latere solum 10 ad 16.supra subtusque distincte prominentibus, ner- 
vis secundariis subtus distincte elevato-reticulatis. Fructus pedicello .brevi 
rarius ad 6 mm. longo crasso, ovatus vel subglobosus usque ad 2 1/2 cm. 
longus ad 1 2/3 cm. latus ad nondum adultus. Arbor magna saepe ad 30 m., 
trunci cortice albidocinereo. 


Frequens in aestuarii amazonici canalium silvis inundatis prope Breves: 
ad Aramá legit J. Huber 2-3-1900, n. 1.874; ad Rio Macujubim legit A. 
Ducke 16-1-1920 Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro, n. 3.782. 


Les feuilles de cette espéce, opposées, courtement pétiolées, un peu lui- 
santes, elliptiques ou ovales de forme assez variable, obtuses ou échan- 
crées au sommet, se distimguent à premiere vue de celles des 'précédentes 
par leur nervation três caractéristique. 


— Cette espece semble limitée aux “igapós” marginaux des canaux de 
Breves ot elle 'est un des arbres les plus caractéristiques; on Pappelle “pão 
dôce” ou (à cause de la ressemblance de son tronc avec celui du “pracuuba” 
(Dimorphandra paraensis Ducke) “pracuúba dóce”. 


o Mimuscps excelsa DúycKE n. sp. 


“Arbor magna, trunco crasso cortice plus minusve crasse at non di- 
stincte longitudinaliter rugoso. Ramuli novissimi (mox glabrati), petiohi, 
- foliorum costa subtus, pedicelli et calix extus dense rufoferrugineo-tomen- 
tosi. Folia opaca concoloria, in speciminibus fertilibus 10 ad 18-cm. lorga, 
elliptico-oblonga, basi acuta, apice plerimque breviter complicato-acuminata 


— 298 —. 


vel acuta, rarius obtusa vel retusa, nervis secundariis tenuissimis, saepe 
vix conspicuis. Pedicelli horizontales rarius reflexi, petiolo breviores. Pe- 
tala oblongo-ovata apice minute denticulata; staminodia apice ad tertiam 
partem bifida; ovarium 6-loculare. Fructus edulis obscure viridis, magui- 
tudine olivae vel maior, subdepresse globosus, monospermum (semper?) ; 
semina modice depressa dorso carinata. 

Frequentissima ad medium Tapajoz in silvis ripariis, specimina prope 
S. Luiz 1. A. Ducke, florifera 26-8-1916 n. 16.380, fructifera 8-12-1915 
n. 15.863. Arbor lignum bonum violascenti-rufofuscum praebens, “mapa- 
rajuba” vel rarius “massaranduba” appellatur. 

Species foliis apice saepissime complicato-acuminatis, floribus dense 
rufotomentosis valde notabilis. 

Cette espece est, parmi tous les Mimusops que je connais, celle qui 
atteint les dimensions les plus grandes: j'ai vu des troncs jusqu'a 2 m. de 
diametre. Le bois ressemble à celut des congéneres amazoniens, surtont 
a celui de M. amazonica Hub. mais le latex est beaucoup plus visqueux. -— 
Elle est três fréquente sur les rives du moyen Tapajoz ou je Vai rencen- 
trée partout, de São Luiz (au pied du dernier rapide) jusqu'aux rapides 
du Mangabal, terminus de mes voyages. C'est sans aucun doute Iarbre 
le plus caractéristique de ces parages; il habite les terrains plus ou moins 
atteints par la crue du fleuve mais non marécageux; je ne Pai pas observé 
dans les ruisseaux affluents. — Cette espece ne ressemble à aucune autre; 
le revetement roux ferrugineux se retrouve, il est vrai, chez le M. rufula 
Miq. (75), du Ceará et Piauhy, mais chez celui-ci la forme des feuilles 
est três différente, "ovaire multiloculaire, etc. (voir “Archivos” II). 


Mimusops amazonica Hvs., Bol. Mus. Goeldi IV p. 433 et 436, = 
M. maparajuba Hub. ibidem p. 434 et 436. 


Les spécimens provenant de jeunes arbres ou des branches inférieu- 
res d'arbres adultes ont les feuilles toujours assez grandes (longues jus- 
qua 15 cm.), le plus souvent obtuses ou courtement acutées au bout, et 
leurs fleurs peu nombreuses naissent sur des rameaux pleinement foliés; ils 
correspondent à la description du M. amazonica donné par Pauteur cité. 
Chez les spécimens abondamment fleuris provenant d'arbres adultes, les 
feuilles sont beaucoup plus petites (longueur 5 à 10 cm.) et presque tou- 
tours échancrées au sommet, elles se développent au même temps que les 


(75) Les dessins qui se refêrent à cette espéce et au M. elata, dans mon étude' 


sur les Mimusops (“Archivos”, vol. II), ont été confondus par la révision et mis 
chacun à la place de Vautre. Je les reproduis ici, avec celui du M. Huber. 


o TA nd 


— 231 — 


fleurs, apres la chúte totale du vieux feuillage; c'est le M. maparajuba 
Hub. On peut rencontrer ces deux formes sur le même arbre. La floraison 
“principale a lieu à la fin de la saison pluvieuse, en juin au Bas Amazone, 
dans les années normales; aprês cette floraison on observe, durant la 
appartenantes au premier des deux types mentionnés. 

Cette espéce est surtout connue sous le nom de “maparajuba” que Pon 
applique, dans PÉtat de Pará, a tous les Mimusops excepté le M. Huberi; 
dans la région du chemin de fer de Bragança et surtout à Obidos on lui 
donne aussi le nom de “massaranduba”, On la distingue, parmi les autres 
espéces amazoniennes, par ses feuilles complêtement glabres, concolores, 
les adultes avec nervures et veines enfoncées (paríois peu visibles); les 
fleurs sont petites (mésurant, dans le bouton adulte, environ 2 1/2 mm. 
de long) et ont les pédoncules (longs de 1 à 2 cm., refléchis ou horizontals) 
et les sépales extérieurs glabres, les sépales intérieurs duveteux sur la face 
dorsale, les pétales assez étroits et à marge à peine un peu denticulée, les 
staminodes courts bifides ou plurifides (76), Vovaire 6-loculaire; le fruit, 
globeux (diametre environ 1 1/2 cm.) et contenant 1 ou 2 graines médio- 
crement comprimées, est noir violacé à Vétat de pleine maturité. L'arbre qui 
peut atteindre plus de 30 m. de hauteur habite la forêt des terres sablon- 
neuses non inondées de Pestuaire amazonien et régions voisines (chemin 
de fer de Bragança prês de Castanhal, n. 2.572; Rio Capim, n. 855; iles 
du Macujubim dans les canaux de Breves, H. J. B. R. n. 2.224), du Rio 
Xingú (oú je Pai vu prês de Victoria), de la colline de la Velha Pobre 
(H. J. B. R.n. 2.501) et des alentours de la ville dObidos (ns. 6.943, 
11.500, 16.804, et H. J. B. R. n. 1.151); j'ai encore observé des individus 
bas et rabougris, presque arbustives, dans la campina d'Arumateua prês 
du Rio Tocantins (n. 16.255). 


4 


Mimusops paraensis Hvsz. 

Chez cette espece, les feuilles varient dans la longueur et dans la forme 
du sommet dans les mêmes conditions que celles du M. amazonica, mais 
se distinguent par la face inférieure jaune, enduite d'une fine couche d'une 
viscosité mélangée avec de três petits poils, avec nervures finement élevées, 
et par les fleurs qui ont les pédoncules et le dos des sépales extérieurs re- 
vetus de poils jaunâtres, collés entre eux. Le fruit est inconnu. Les dimen- 


(76) Huber (l.c.) dit les staminodes simples, mais les spécimens qu'il a examinés 
ont les fleurs déja fécondées ne possédant que des restes mal conservés de staminodes. 


: o ua 


sions des feuilles est des fleurs correspondent à celles du M. amazonica, et, 
comme chez celui-ci, les fleurs sont densement réunies sur les rameaux 
(f. densiflora Hub.) ou seulement dans des petits groupes dans les axil- 
les des feuilles (f. discolor Hub.), ces formes se pouvant rencontrer sur 
le même individu; L'arbre qui semble dépasser rarement les 20 m. habite 
la forêt três humide des terres humeuses, non inondées mais un peu maré- 
cageuses, de "estuaire amazonien et régions voisines: Furo do Arrozal prês 
de Belém do Pará (n. 4.015), Gurupá (n. 17.205 et H. J. B. R. n. 2.425), 
chemin de fer de Bragança (Castanhal, n. 3.280; Peixeboi, n. 8.248) 
et Rio Capim (nm. 855 b). Son bois est plus clair et un peu inférieur em 


resistence (selon les informations) à celui de Pespece précédante; on Pap- 


pelle toujours de “maparajuba”. 


Mimusops Huberi Ducxc, Arch. Jard. Bot. Rio de Janeiro II (1918) 
p. 14 et planche 2 a. 


Cette espece, la vraie “massaranduba” amazonienne, se reconnait à 
premiére vue, parmi celles qui habitent 7 “hylaea”, par ses feuilles jaunes 
du côté inférieur comme celles du M. paraensis mais beaucoup plus gran- 
des (longueur 8 à 21 cm. ). Ses fleurs, revêtues extéricurement d'un dense 
duvet ferrugineux, sont de grandeur double de celles des deux especes pré- 
cedantes, longues d'environ 5 mm., avec pédoncules épais qui excédent 
souvent 3 cm. en longueur; le fruit múr, globeux (diametre environ 3 
cm.) est jaune en partie violacé et contient 2 graines três comprimées à 
dos caréné. Elle a été souvent confondue avec le M. elata “Fr. All.” Mig. 
de Rio de Janeiro, mais s'en distingue aussitôt par ses pétales longues et 
étroites, ses staminodes bifides, son ovaire G-loculé./ C'est un grand et 
bel arbre (atteignant 40 et peut-être so m.) de la forêt primaire en ter- 
rain silico-argileux ou humeux, non ou rarement inondé; je Pai rencontré 
(ou vu des échantillons) dans la plus grande partie de VÉtat de Pará 
( Belém, chemin de fer de Bragança, Rio Guamá, iles de Breves, Gurupá, 
Rio Parú et Rio Xingú prês de leurs cataractes inférieures, Rio Branco de 
Obidos, moyen Tapajoz, Rio Trombetas et Rio Jamundá), il manque ce- 
pendant dans les sols sablonneux (environs de la ville de Obidos) et dans 
les régions à été três sec ( Montealegre). 


Je reproduis ici les figures du texte de mon travail cité ou deux 
des mêémes ont été placées erronément (celle de rufula a été mise à la 
place de celle de elata et vice-versa) : 


as 


— 239 — 


a) M. Huberi Ducke d) Me ruífula Miq. 


C 
B 
B i ED do 
c) Mc elata Mig. 
APOCYNACEAE 


Macoubea AvgL. 


Calix parvus, haud glandulosus, profunde 5-fidus, laciniis ovatis, ob- 
tusis, valde imbricatis. Corolla hypocrateriformis, tubo brevi, post basin 
leviter inflato, fauce pilosã, laciniis tubo longioribus modice latis sinistror- 
sum tegentibus. Antherae subsessiles, tubo aequilongae, infra hujus dimi- 
dium insertae acuminato-lanceolatae basi profundissime sagittato-bilobae. 
Discus nullus. Ovarium apice puberulum, 5-costatum, biloculare, pluriovu- 
latum, stylo brevissimo, stigmate basi annulari-dilatato apice filiformi ra- 
rius bifido. Fructus subligneus unilocularis seminibus numerosis per cavi- 
tatis totae parietes disperse affixis, elongatis, paulo curvatis et compressis, 
testã asperã foveolis numerosis adspersã. — Arbor ad 20-metralis, glabra, 
foliis magnis cruciatim oppositis tenuiter chartaceis dissite penninerviis, flo- 
ribus mediocribus albis, inflorescentiis corymboso-cymosis terminalibus flo- 
ribundis, bracteis parvis ovatis. 

Floribus generi Ambelania affinis at. tubo brevi, fauce pilosã, anthe- 
ris longis, stigmate crasso fere subsessili diversa, fructus structurã 'singu- 
lari inconfundibilis est. E! 


e DA 


Macoubea guianensis Avpr. (planches 17 et 18). 


Cet arbre qui depuis Aublet n'avait jamais été retrouvé n'est pas três 
rare aux environs de la capitale du Pará, ou on lui donne parfois le nom de 
“amapá dóce”. Il habite la forêt en terrain humeux et un peu marécageux. 
La floraison a lieu dans la premiere moitié de la saison relativement sêche 
(quillet à septembre). Nos échantillons proviennent des environs de Belém 
(ns. 15.354 et 15.521), de la station d'Igarapéassú entre Belém et Bra- 
gança (n. 8.752) et Gurupá (n. 17.185); j'ai vu Varbre encore à Porto de 
Moz (bas Xingú), au pied de la Serra do Aramun entre Almeirim et Prai- 
nha et aux environs de Faro. 


Ambelania grandiflora Hvs. 


Une des plus belles apocynacées de notre région, à grandes fleurs odo- 
rantes d'un blanc pur, mais dont les fruits (elliptiques ou ovales, mésurant 
jusqu'a 7 cm. de long. et 3 1/2 cm. de large, verts, noircissant aprês matu- 
rité) ont un goút três désagréable; appelée “molongó” dans les municipes 
de Gurupá et Breves, “angelica do igapó” dans la région de Belém à Bra- 
gança. Habite les endroits ouverts dans P“igapó” (foret inondée) à eaux 
noirâtres dans la région de Jestuaire et littorale (Gurupá; Almeirim; Ara- 
má n. 1.836; Belém n. 15.519; Santa Izabel et Igarapé-assú sur le chemin 
de fer de Belém à Bragança, ns. 9.577 et 9.683 respectivement 3.367 et 
3.396; Bragança n. 1.725; Rio Capim n. 769) et, ce qui est curieux, les 
ruisseaux d'eau noire dans les Campos de "Ariramba à Pest du moyen 
Trombetas (ns. 8.002 et 11.357). 


-Zschokkea aculeata DucxE n. sp. 


Arbor parva abundantim lactescens, trunco aculeis validis dense vel 
sparsius armato, ramis inermibus, ramulis cinereis plus minus sparsim al- 
bidolenticellosis, vetustioribus rugosissimis valde asperis, novellis tenuius 
rugosis et distincte compressis. Folia 1/2 ad 1 cm. petiolata, 12 ad 18 cm. 
longa 3 ad 6 cm. lata, elliptico-vel ovato-oblonga basi obtusa vel (in maio- 
ribus) rotundata vel (in minoribus) acuta, apice plerumque sat longe acu- 
minata, submembranacea vel tenuiter coriacea, praesertim supra nitidula, 
nervis secundariis supra impressis subtus elevatis, maioribus utrinque circa 
12 ad 15 post medium dissite ramosis et ante marginem arcuato-anastomo- 
santibus. Inflorescentiarum lateralium pedunculus saepius brevis, termi- 
nalium interdum usque ad 2 cm., longus; rami angulosi et saepe albidolen- 
ticellosi; bracteae parvae squamatae patulae ovatae acutae, apice fuscae. 
Calix circa 3 mm. latus, laciniis rotundatis margine ferrugineo-scariosis 


E 


— 241 — 


et albo-ciliatulis. Corolla alba sub anthesi ultra 3 cm. longa, tubo nunc 
gracili medio vix ultra 1 mm. lato nunc robustiore, cylindrico, basi saepe 
parum dilatato, ante apicem saepissime distincte (ultra 3 mm.) inflato, 
lobis oblongo-ovatis obtusis vel acutiusculis vix ultra tubi sextam partem 
longis ad anthesin patulis. Stigma ab insertione antherarum vulgo longe 
distans (tubo anomalo abbreviato hanc insertionem interdum attinens), cru- 
ribus styli longitudine multum brevioribus, horum parte apicali nudã parti 
basali incrassatae et papillosae aequilongã. Fructus maturus circa 1 cm. 
diametro globosus vel ovali-ellipticus, flavus, carnosus, lactescens, dulcis, 
monospermus. 

Habitat in civitatis paraensis regionibus maxime pluviosis, silvis pri- 
mariis humosis non inundatis, prope Belém do Pará frequens 1. J. Huber 
n. 1.290, M. Guedes n. 2.067 et 2.134, R. Siqueira n. 2.635, A. Ducke nu- 
mero 15.449 et 15.744; in regione viae ferreae inter Belém et Bragança 
prope Santa Izabel (n. 8.221) et Peixeboi (n. 8.803, 1. R. Siqueira); 
in montibus prope Almeirim et ad Gurupá (ubi cum specie Z. arborescens et 
speciebus generis Ambelania “molongó” appellatur) a me frequenter visa. 
Forma, robustior (foliis usque ad 20 cm. longis et ad 8 cm. latis, calics 
ad 5 mm. lato, corolla 4 cm. longã laciniis 1 cm. longis, tubo medio 3 mm. 
lato ante apicem ad 5 mm. inflato) legi im silvis inter flumina Cuminâmirim 
et Ariramba confluentes fluminis Trombetas, n. 14.072. 

Species trunco aculeato maxime insignis, a reliquis speciebus paraen- 
sibus etiam floribus magnis albis differt. Z floribunda (Poepp.) Muill. 
Arg. mihi solum e descriptionibus et icone nota speciei nostrae affinis vi- 
detur at certe differt ramis laevibus stigmatisque cruribus stylum aequan- 
tibus. 

Cette espece qui habite la grande foret tres humide est un petit arbre 
du sousbois, remarquable par son tronc aculé qui lui donne Paspect d'un 
Fagara ou de certaines bombacées; je crois que rien de semblable n'est en- 
core connu dans cette famille des apocynacíes. J'ai devant moi un échan- 
tillon de Pécorce du n. 14.972 oú ces aiguillons sont três développés; ils 
forment des cônes transversalement comprimés terminés en pointe acumi- 
née, hauts jusqu'a 1 1/2 cm., à base large jusqu'a plus de 2 cm. ; leur partie 
large est ceinte d'anneaux légerement renflés. Je ne connais pas Vespéce 
voisine Z. floribunda, mais Poeppig n'aurait pas negligé de faire mention 
des aiguillons du tronc si celui-ci en avait. 


Hancornia speciosa Gom. 


La “mangabeira” n'existe dans VPétat de Pará que dans Vextreme -sud 
(S. José do Araguaya n. 7.061; campos du Cururú et petit campo prês 


Jardim Botanico 16 


— 242 — 


de la Cachoeira do Mangabal au moyen Tapajoz), dans les campos de Tile 
de Marajó, de la région littorale appelée Salgado (de Salinas aux limites 
de Vétat de Maranhão) et du bas Tocantins (Cametá, Mocajuba), et, côté 
nord de "Amazone, dans le campo d'Arrayollos à "ouest du bas Jary. 


Parahancornea [DvúckE n. g. 

A genere Hancornia differt foliorum nervis distantibus, inflorescentiis 
axillaribus cum terminali brevi, floribus pubescentibus, corollae tubo la- 
ciniis breviore supra medium inflato, stylo multum minus longo, stigmate 
basi cylindricã tenui, apice longius bifido. 

Arbor magna abundantissime lactescens, foliis oppositis, floribus albis, 
bacca magna eduli. 


P. amapá (Hvs.) Duckxr, = Hancornia amapá Hub. 


Cet arbre a été placé dans le genre Hancornia par J. Huber, d'aprês 
des échantillons seulement fructiferes; cependant, ses fleurs different tel- 
lement de celles du dernier genre qu'il doit être considéré comme représen- 
tant un nouveau genre monotypique lequel sera à placer entre les genres 
Hancornia et Couma. Les nervures espacées des feuilles et les inflores- 
cences latérales (et terminales au sommet de rameaux courts) rappellent 
beaucoup le genre Zschokkea, mais, en dehors d'autres différences, Povaire 
de notre espece est uniloculaire et le fruit est pluriseminé. La corolle est 
d'un blanc jaunâtre; elle n'atteint, avant de s'ouvrir, au'une longueur d'en- 
viron 9 mm. dont moins de la moitié pour le tube. Le calice, la corolle 
et Vovaire sont couverts de courte pubescence grisâtre. Le fruit atteint les 
dimensions d'une petite pommie, son écorce est un peu verruqueuse. — 
Grand arbre des endroits humides et humeux de la forêt de terre ferme; 
semble exister dans toute la région habitée de Tétat de Pará (peut être 
même dans " Amazonie toute entiere) mais nulle part fréquent. Nos échan- 
tillons florifêres sont d'Obidos (coll. A. Ducke 25-12-1910, n. 11.497) et 
de Almeirim (coll. A. Ducke 23-8-1918 n. 17.235); des échantillons fru- 
ctiféres ou stériles proviennent de Bragança (n. 9.803), Marajó (nu- 
mero 7.047), Aramá (n. 1.866), Rio Mojú (n. 7.012) et Faro (nu- 
mero 8.621). L'espéce n'est pas rare aux environs de Belém et de Gurupá. 

Le latex blanc, extrêmement abondant, de goút légerement amer, est 
réputé comme remêde contre la faiblesse générale, la tuberculose, les ma- 
ladies de Tintestin, etc. Il est même exporté en petite quantité vers les 
villes du sud du Brésil. Le irmt qui múrit au plus fort de la saison des 
pluies (en général en mars) ist comestible et même savoureux. — Dans 


— 245 — 


beaucoup de localités, on donne encore le nom d'“amapá” à des espéces 
du genre Brosimum, de la famille des moracées. 


Couma utilis (MarT.) MuLL. Axrc., “sorva pequena”. 


Arbre de taille petite ou moyenne dont les fleurs rose pourpre appa- 
raissent' pendant la saison seche (juillet à décembre) sur les arbres com- 
pletement couverts de feuillage. Le latex, potable, est d'odeur et goút tres 
agréables; les fruits passent pour être les meilleurs du genre. J'ai observé 
cette espece dans la petite forêt des environs de “campinas” dans les par- 
ties moyennes de I'Amazonie, en aval jusqu'aux campos du Mariapixy 
entre Obidos et Faro, en amont jusqu'ã Coary. Martius Pa trouvée encore 
plus à Pouest, dans le Rio Japurá. Aux environs de la ville d'Obidos, il 
n'en existe que quelques individus dont la spontanéité est douteue. 


Couma guianensis AveL., “sorva”. 


Assez grand arbre, non rare dans la forêt humide mais non inondée 
des environs de Belém, parfois cultivé dans cette ville (n.1.280) ; encore 
collectionné dans la grande forêt qui couvre le plateau de la Serra do Ara- 
mun entre Almeirim et Prainha (n. 17.289); três joli pendant la floraison 
qui a lieu apres la chúte plus ou moins totale des feuilles, au commence- 
ment de la saison relativement séche (juin à aoút.). Latex amer, non po- 
table. 


Couma macrocarpa Barr. Ropr. 


De la parenté du C. guianensis Aubl., mais feuilles plus larges (lar- 
geur souvent 2/3 de la longueur), leur base souvent plus ou moins hori- 
zontale ou largement cordée, leurs nervures sécondaires plus nombreuses ; 
fleurs rose pourpre et duveteuses comme chez le C. guianensis mais un peu 
plus petites. Fruit beaucoup plus grand que dans les autres espéces connues, 
souvent de la grandeur d'une petite pomme (5 cm. de diametre). Obidos 
I-IgIÓ florif. coll. P. Le Cointe (n. 16.013); Manãos (Barbosa Rodri- 
gues); Faro (n. 8.633); environs des campos de PAriramba (bassin du 
Trombetas) n. 14.859; collines du Mangabal (moyen Tapajoz), 12-2-1917 
avec fruits múrs (n. 16.758), coll. Ducke. — Cette espeéce est la “sorva 
grande”, grand arbre qui vit dans des endroits humeux le plus souvent un 
peu marécageux de la forêt de terre ferme; son lait extrêmement abon- 
dant ne se distingue pas de celui du C. utilis, on le boit assez souvent aprês 
Pavoir étendu de son volume d'eau. Je ne peux pas affirmer avec certitude 
si la “sorva grande” de " Amazonie supérieure appartient à cette même es- 
“pece de Couwma. 


Te E ma 


* Rauwolfia pentaphylla DuckE n. sp. (= Couma pentaphylla Hub, 
nom.) 

Species foliis in verticillo saepius 5, magnis, basi medio breviter in 
petiolum acuminatis, floribus elongatis, hujus generis maxima, formã ro- 
bustã partium omnium fructibusque magnis globosis semine uno evoluto 
altero rudimentari insignis. 

Arbre moyen ou assez grand, à écorce três épaisse, subéreuse, ridée 
verticalement. Glabre. Feuilles en verticilles de 5 (rarement 4 ou 6), am- 
ples; chez les spécimens fertiles, longues de 10 à 20 cm., larges de 6 à 10 
cm., plus ou moins longuement pétiolées; souvent plus longues encore et 
acuminées mais à petioles courts, sur les branches nouvelles. Pétioles (dans 
les spécimens fertiles) largement ailé-déprimés; nervures pennées, nom- 
breuses (16 à 22), peu espacées. Inflorescences terminales, le plus sou- 
vent géminées. Les fleurs três parfumées sont glabres; les corolles (dont 
la longueur dépasse souvent 2 cm.) sont d'un jaunâtre pále ou blanchátres, 
leurs lacinies qui égalent en longueur presque la moitié du tube sont, du 
côté interne, couvertes de petites points et de stries longitudinales pourpre 
foncé. Le fruit múr est de la grandeur de celui du Couma utilis, verdátre 
passant au brun, d'une odeur extrêmement repugnante, mais recherché par 
le gibier. Le nom vulgaire “muirajussara” (Obidos) ne semble etre ap- 
pliqué à cette espece que par une confusion avec ("Aspidosperma Duckei 
Hub., dont le tronc a exactement le meme aspect que celui de la présente 
espéce. 

Obidos: florif. n. 11.032 et n. 11.038, 10 et 22-g-1g10; fructif. nu- 
mero 10.237 (9-3-1909) et n. 11.502 (25-12-1910); stérile n. 10.238; 
coll. A. Ducke. Vue, en état stérile, encore à Manáãos et dans le bas Trom- 
betas. 

Les échantillons collectionnés à Gurupá (n. 16.544) et distribués sous 
le nom de R. pentaphylla semblent appartenir à une autre espece nouvelle ; 
je n'en connais cependant pas encore le fruit. 


Aspidosperma Duckei Hvz. in schedis cum diagnosi: 


“Differt ab 4. macrocarpo Mart. (Bras. centr.) floribus fructibusque 
minoribus, partibus vegetativis haud tomentosis”. —— Fleurs blanches, bou- 
tons adultes de 15 à 20 mm. de longueur; fruit adulte mésurant environ 21 
cm. de long (dont 6 cm. pour le stipe) et 10 à 12 cm. de large, graine d'en- 
viron 10 à 12 cm. de diametre. : 

Faro n. 8.444; Obidos n. 11.040; haut Ariramba (Trombetas) nu- 
mero 14.889; Montealegre n. 16.116; Bella Vista prês des derniers ra- 
pides du Tapajoz n. 16.489. Fleurit dans la saison seche (aoút à octobre). 


— 245 — 


Grand ou moyen arbre de la forêt des endroits secs qui attire Vatten- 
tion par sa grosse écorce subéreuse, profondement gercée, de couleur claire. 
La partie interne de cette écorce est formée d'un tissu feutré de fibres en 
fines aiguilles dont le contact produit sur la peau de vives démangeaisons ; 
c'est de là que lui vient son nom vulgaire “muirajussara” (en langue tupy) 
ce qui veut dire bois à démangeaisons. On Tappelle aussi quelquefois “bu- 
cheira” à cause de son écorce épaisse et retractile, qui peut servir à faire 
des bourres (“buchas”) de fusil. Bois gris-brun, noueux, à fibres formant 
de larges ondulations entrelacées, tres difficile à fendre, qui et imputres- 
cible, même dans le sol humide ; grain fin, soyeux. 


Aspidosperma aff. desmanthum MvuLL. ARG. 


Grand arbre de la forêt humide mais non inondée, fréquent aux envi- 
rons de la capitale du Pará et dans les régions du chemin de fer de Bra- 
gança et du “Salgado” (qitéoal oriental de Vétat de Pará), ou Ion désigne 
par le nom de “araracanga”. Il y fournit un bon bois et on lui attribue, en 
médicine populaire, des propriétés febrifuges. Jai rencontré des arbres 
tout à fait semblables dans les forets du bas Trombetas, oú on ne semble 
pas leur connaitre de nom vulgaire. — Les échantillons d'herbier sont de 
Belém (n. 3.848, n. 16.191) et Collares (n. 12.632) dans la région du 
Rio Pará. et d'Oriximiná (n. 10.980) et forêts du lac Salgado (n. 16.814) 
dans le bas Trombetas. L'espece desmanthum est décrite du Rio Uaupés. 


 Aspidosperma inundatum Duck: n. sp. 


Arbor vix media, ramulis crassiusculis, junioribus fuscotomentellis, 
novissimis dense rufotomentosis. Folia (praeter petiolum ad 1 1/2 cm. 
longum crassum dense tomentosum) 8 ad 12 cm. longa 3 1/2 ad 4 cm. 
lata, oblonga, basi apiceque breviter acuta vel apice brevissime acuminata, 
supra nitida siccitate olivaceo-fusca, subtus opaca pallidiora, praesertim 
subtus plus minus sparsim pubescentia, utrinque avenia, supra rugulosa, 
nervis supra subtilissime impressis subtus tenuiter elevatis, in utroque latere 
“circa 18 ad 25 parallelis modice distantibus rectis parum ante marginem ar- 
cuato-conjunctis, margine tenuiter elevato recurvo. Cymae breves rufoto- 
mentosae, ramis crassis plus minus verticillatis; bracteae lanceolato-trian- 
gulares sat persistentes; pedicelli crassi calice breviores saepe subnulli; 
calix vix 3 mm. longus extus dense tomentosus dentibus breviter acute 
triangularibus; corolla alba, crasstuscula, circa 2 cm. longa, usque ad me- 
dium (et saepe ultra) 5-laciniata, tubo subcylindrico extus dense tomentoso, 
laciniis subglabris linearibus ultra 1 mm. latis apice obtusis; ovaria den- 
sissime hirsuta. Folliculus dense minute rufotomentellus, crasse lignosus, 


— 246 — 


ultra 6 cm. longus 5 cm. latus, oblique obovoideo-orbicularis, basi brevi- 
ter crasse stipitatus, apice mucrone excentrico crasso arcuato terminatus; 
ala seminis subaequilatera subrotunda. 

Habitat in silvis inundatis aestuarii amazonici: prope Gurupá (ubi 
“maparaná” appellatur) 1. A. Ducke 13-8-1918 flor. et fructibus vetustis, 
n. 17.195; in regione canalium Breves “jacamim” denominatur. 

Cette espece est caractéristique de la grande forêt qui croit dans le sol 
argileux couvert par les marées, des municipes de Gurupá et Breves; elle 
y est recherchée pour son bois: (blanchátre, de grain três fin) qui est le 
meilleur bois de chauffage de cette région. Elle ne ressemble pas beaucoup 
a ses congéneres amazoniennes (dont aucune autre ne se rencontre dans ces 
forêts inondées); on la reconnait surtout par ses feuilles oblongues, cour- 
tement pétiolées, à nervures paralleles et rectilignes comme chez VA. des- 
manthum mais beaucoup plus espacées et beaucoup moins nombreuses, par 
ses fleurs relativement grandes et à corolle três profondement laciniée, et 
par son fruit à valves três épaisses mais relativement assez petit. 


Aspidosperma excelsum Benrr. 


Cette espece (77), décrite seulement de la Guyane anglaise mais bien 
connue en Amazonie sous le nom de “carapanauba” (arbre à moustiques) 
(78), est remarquable par son tronc três profondement creusé et lamellé ; 
elle semble fréquente dans Pétat de Pará partout oú existe la grande forêt 
humide mais non inondée. Le bois amer, grisátre, est léger mais résistant 
et souvent employé pour la confection de manches de haches. Nos échan- 
tillons sont de Belém (n. 15.470), de Gurupá (n. 17.224), du Rio Ta- 
pajoz pres des rapides inférieurs (n. 15.860), et de la région du Trom- 
betas: Oriximiná (n. 15.703) et haut Ariramba (n. 14.900). Fleurit 
dans la saison séche (aoút à octobre). 


Geissospermum sericeum BenrH. ET Hook. 


Petit ou moyen arbre dont Vaspect du tronc, assez profondement creu- 
sé et silloné, rappelle celui de P“acary” (“acariuba” ou ““acariquara”, 
Minquartia guianensis Aubl.) d'oú lui vient le nom d““acary-rana” (faux 
acary) qu'on lui donne à Obidos; à Gurupá on Pappelle “quina-rana” 


(77) VA. nitidum Mull. Arg., décrit de Manãos, ne sera peut etre pas différent 
de celle-ci, qui a les nervures des feuilles assez variables. L'auteur ne dit rien sur la 
forme du tronc de VA. nitidum. 


(78) Les sillons du tronc conservent "humidité et sont souvent procurés, pen- 
dant les heures chaudes, par les moustiques et tipulides (“carapanás”). 


5 


, — 247 — 


(fausse quina), à cause de son écorce amere. Son bois est consideré sans 
valeur. La face inférieure des feuilles est parfois à peine soyeuse, parfois 
intensement argentée. Les fleurs sont, chez cette espéce, beaucoup plus pe- 
tites que chez le G. Vellosi F. Allem. — Répandu dans la forét non trop 
humide (parfois dans la forêt secondaire) de Iétat de Pará (échantillons 
d'herbier: Peixeboi sur le chemin de fer de Bragança, n. 8.792; Obidos, 
n. 11.023; Faro, n. 15.687; moyen Tapajoz, n. 16.467; vu encore prês 
de Alcobaça, Gurupá et Almeirim); n'était connu, jusqu'ici, que de la 
Guyane française. 


/ Thevetia amazonica DucKE espe (pl GC). 

Frutex 1 ad 1 1/2 metralis rarius arbuscula ad 2 1/2 m. alta. Folia 
is speciei Th. neriifolia simillima at subtus pubescentia. Flores magnitudine 
et formã ut in specie citatã sed calice laciniis dimidio apicali angustius cau- 
dato-lanceolatis, corollae laete flavae tubo post medium leviter inflato api- 
cem versus restricto. Fructus eo Th. bicornutae Muwull. Arg. (Paraguay) 
similis esse videtur, ad 4 1/2 cm. longus, ad 3 1/2 cm. latus, dimidio in- 
feriore subglobosus, apice compressus subsemilunari-emarginatus utrinque 
subcornuto-productus; mesocarpium cinereum, crustaceo-coriaceum, peri- 
carpio putredine destructo secedens in partes 4 (quarum una interdum ru- 
dimentaria), ad 3 1/2 cm. longas, 1 1/2 cm. latas, apice longiuscule cor- 
nutas. aa 

Habitat in campis argillosis periodice inundatis ad Amazonum fluvium 
inferiorem: Alemquer 1. A. Ducke.n. 4.918, Almeirim 1. A. Ducke n. 3.058, 
Arumanduba (infra Almeirim) 1. A. Ducke n. 3.550, 1. E. Snethlage 
n. 12.455. Fréquens etiam prope Montealegre, et in insulá Marajó ubi 
“mamma de cachorro” appellatur. 

Cette plante est un des éléments typiques des campos de varzea du 
cours inférieur de " Amazone, à sol argileux, inondés pendant la crue an- 
nuelle; sans être três fréquente, elle attire "attention par ses grandes fleurs 
jaune vif, qu'elle produit toute [Vannée. Son habitat préféré est la rive 
des caux stagnantes qui restent même pendant la saison séche dans les dé- 
pressions les plus basses du campo. Le bétail la rejette à cause de son latex 
blanc, três amer, vénéneux selon tonte probabilité. 


Dipladenia calycina Hur. n. sp. 

“Lobis calicinis foliaceis roseis et disco annulari ab aliis speciebus dif- 
fert” (Huber in schedis). 

Petit arbrisseau qui rarement atteint la hauteur d'un metre; três cara- 
ctéristique des campinas de sable blanc de la région qui s'étend du bas 


248 — 


Rio Negro au bas et moyen bassin du “Trombetas, croit en individus isolés 
au milteu de la petite broussaille serré. Les feuilles, dont la grandeur et la 
consistance varient selon le dégré de stérilité de habitat, ressemblent à 
celles de Mandevilla crassifolia Mull. Arg. (79), mais les fleurs different 
beaucoup de celles de cette derniere: en dehors des caracteres signalés dans 
la diagnose, par la corolle glabre du côté extérieur. 

Rio Mapuera (moyen “Prombetas), campina située au nord-est du 
rapide du T'aboleirinho, coll. A. Ducke 12-12-1907 n. 9.124 (type de la dia- 
gnose): campos de "Ariramba n. 11.343, campinas de "Achipicá (nu- 
mero 10.940) et de VItapecurú (n. 12.090) dans le bas “T'rombetas, cam- 
pos du Mariapixy n. 11.943, campos à Vest de Faro n. 8.434, n. 10.477, 
campina de VInfiry (n. 10.686) au nord du lac de Taro, campina de la 
Ponta Negra prês de Manãos n. 11.197: coll. A. Ducke. “Manãos in 


arenosis”, Ule Herb. Brasil n. 5.175 sous le nom de Mandeinilla crassi- 
foha. 


Dipladenia tenuifolia (Mix.) K. Scnum. 


Était jusqu'ici seulement connu du Brésil central et méridional; habite, 
dans Vétat de Pará, les hauts campos pierreux de I'Ariramba à Pest du 
moyen Trombetas (ns. 8.006, 11.297, 11.907) et la montagne dTtauajury 
pres de Montealegre (n. 16.075). 


CONVOLVULACEAE 


” Maripa reticulata Ducki n. sp. 


Frutex parum alte scandens, ramis parum angulosis sat robustis, pilis 
fasciculatis ochraceis in junioribus sat dense indutis. Folia 1 ad 2 cm. pe- 
tiolata, 10 ad 20 cm. longa et 4 ad 12 em. lata, formã valde variabilia elli- 
ptica vel obovata vel elliptico-vel obovato-oblonga, basi obtusa vel rotun- 
data vel leviter cordata, apice breviter acuminata vel obtusa vel rotundata 
nonnunquam retusa, sat tenuiter coriacea, dissite penninervia et venis den- 
sissime rugoso-reticulatis praesertim supra elevatis asperula, utrinque pilis 
fasciculatis ochraceis dissite punctata, subtus tomento microscopico disco- 
lora. Racemi axillares et terminales, singuli vel pluriores, basi interdum 
pauciramosi his ramis bifloris, usque ad 7 cm. longi, sat dense fasciculato- 
pilosi; flores suboppositi pedicellis 6 ad 8 mm. longis. Sepala suborbiculata 


(79) Selon la description. 


— 249 — 


glabra rarius pilis fasciculatis paucis adspersa, apice breviter ciliata, inter- 
na exterioribus vix longiora; corolla alba profunde 5-loba campanulato-in- 
fundibuliformis ad 1 5 mm. longa, extus plus minus dense sericeo-tomen- 
tosa. Fructus globosus vel breviter ellipticus, adultus diametro 1 1/2 


Ea o AM 


Habitat ad marginem silvae circa plantationem Diamantino propre 
Santarém, 1. A. Ducke 31-1-1917 florif. n,:16.719; im campis non inun- 
datis loco Jutuba insulae Marajó, 1. J. Huber 1-7-1902 fructif., n. 2.691; 
in campis prope Vizeu 29-1-Ig10 florif. n. 10.778; im silvulis secundariis 
loco Anil prope São Luiz do Maranhão 4-6-1907 fructif., Herb. Gener. 
Mus. Goeldi n. 559 1. A. Ducke. . 


Cette espece est caractérisée par les feuilles assez finement coriaces, 
surtout du côté supérieur três densement réticulées de veines élevées, et 
par le revêtement de petites touffes de poils fasciculés três courts. 


/ Maripa tenuis Duck: n. sp.: 


Frutex alte scandens, ramis vetustioribus teretibus glabris, novellis 
compressis vix conspicue tomentellis. Folia 1 ad 2 cm. petiolata, circa 8 
ad 17 cm. longa et 3 ad 7 cm. lata, oblonga basi acuta apice sat breviter 
acuminata, tenuiter coriacea, glabra (sub microscopio pilis squamiformibus 
sparsa), subtiliter nervosa et venulosa. Panicula terminalis folio multo bre- 
vior saepe subcorymbosa, cum lateralibus (ad folia superiora interdum 
delapsa) parvis paucifloris nonnunquam in | pseudo-racemum inter- 
ruptum elongatum composita, ramis alternis 3-ad 5-floris; sepala sub- 
orbicularia, interna exterioribus vix longiora adpresse sericeovillosa, ex- 
terna praeter marginem ciliato-villosum glabra; corolla alba campanulata 
circa 16 mm. longa extus dense sericeovillosa, profunde s-fida. Fructus 
adultus longe subconico-ellipticus, circa 2 cm. longus, circa 1 cm. latus. 


Habitat im silvis primariis a fluminibus non inundatis at locis palu- 
dosis, circa Belém do Pará 1. A. Ducke n. 2.596 (fructif.) et n. 15.355 
(florif.); ad Santa Izabel viae ferreae inter Belém et Bragança n. 9.421 
et n. 10.147; prope Bragança n. 9.814. Mensibus decembre, januario, ju- 
nio et julio florifera. 


Cette espece qui se distingue par ses formes plus grêles, parmi les 
especes qui habitent VÉtat de Pará, semble caractéristique de la région 
orientale de cet État. Elle aura peut être de la ressemblence avec le M. axvil- 
liflora (de " Amazonie supérieure), mais déjá la forme des inflorescences 
suffit à ne pas confondre les deux espeéces. 


do 0 


” Dicranostyles villosus DuckE n. sp. 


Frutex magnus erectus longiramosus ramis strictis, novissimis pilosis, 
mox glabratis. Stipulae lanceolatae pilosae caducissimae. Folia petiolo us- 
que ad 1 cm. longo sat gracili breviter setaceo-piloso, 6 ad 10 cm. longa 
et 2 1/2 ad 3 1/2 cm. lata, oblonga vel obovato-oblonga, basi inaequalia 
(saepe complicata) rotundata saepissime leviter cordata, apice vulgo bre- 
viter obtuse acuminata et saepe brevissime retusa, subcoriacea, utrinque 
subglabra subtus pallidiora, nervis dissitis supra impressis subtus elevatis, 
venis vix conspicuis. Racemi (vel paniculae solum basi ramosae) axilla- 
res fasciculati numerosi, usque ad 3 em. longi, rhachide et bracteis dense ca- 
novillosis, his usque ad 2 mm. longis lanceolatis, pedicellis ultra 3 mm. 
longis glabris, bracteolis vix ultra 1/2 mm. longis squamatis glabris mar- 
gine ciliatulis. Calix pedicello brevior vulgo 2 mm. longus, campanulatus, 
glaber, lobis apice rotundatis et ciliatulis. Corolla alba circa 3 1/2 mm. 
longa lobis extus villoso-pubescentibus. Fructus ignotus. 


Habitat prope Obidos in marginibus argillosis periodice inundatis flu- 
minis Rio Branco dicti ad locum Castanhal Grande, 16-7-1918 1. A. Ducke 
RiKIZ TÁ: 


Foliis basi cordatis et praesertim villositate rhachidum, bractearam et 
corollae insignis et inconfundibilis. 


Grand arbrisseau non grimpant mais à longs rameaux qui se dressent 
obliquement parmi la végétation serrée des rives argileuses souvent inon- 
dées du petit Rio Branco, dans un endroit situé à une trentaine de kilomé- 
tres au Nord-Est de Obidos. 


SOLANACEAE 


Ectozoma Ulei Damm. 


Belém do Pará n. 15.746, sur un nid de Camponotus femoratus. L'ha- 
bitat de cette espece s'étend donc de la limite occidentale de I“hylaea” à 
PAtlantique. 


Marckea camponoti Dvucxr. 


Particulierement fréquente à Gurupá (commencement de Vestuaire 
de 1'Amazone), ici comme ailleurs uniquement sur les nids de la fourmi 
“tracuá” (Camponotus femoratus). Vue, en égales conditions, dans la ré- 
gion du moyen Tapajoz, aux rapides du Mangabal. — Les fleurs sont par- 
fois d'un tiers plus grandes que celles que j'ai décrites. 


Sur la planche 19 du vol. I de ces “Archivos” 


F 


— 251 — 


3 


; la figure 


représente une fleur de M. camponoti dont la corolle a été coupée 
en long, jusqu'a la base des étamines; 


G une corolle, coupée en long, de M. sessiliflora; 


H une corolle, coupée en long, de M.coccinea. 


Dans PExplication des Planches, ces espéces ont par erreur été dést- 
gnées par les lettres respectives de G, Het F. 

Les especes brésiliennes (80), de Marckea forment trois sections três 
naturelles : 


I 


Corolle blanchátre ou verdátre pale, souvent marbrée de pourpre 
brunãtre; son limbe peu plus large que le tube, avec lobes plus ou 
moins dressés. Étamines à peine plus longues que la moitié du tube 
de la corolle. Arbustes épiphytes sur les nids des fourmis Campo- 
notus femoratus (F.) et Azteca sp.; racines souvent tubériferes; 
tiges plus ou moins dressés; inflorescences au sommet de rameaux 
courts et épais. Habitent [“hylaea”. M. sessiliflora Ducke, M. 
formicarum Damm. et M. camponoti Ducke. 


II Corolle écarlate; son limbe large et plan. Étamines de la longueur 


du tube. Arbuste épiphyte, três souvent sur les nids des espéces 
déja mentionnées de fourmis; racines non tubériferes, tiges plus 
ou moins grimpantes, inflorescences laxes, pendantes, avec pé- 
doncules souvent três longs, filiformes. Habite P“hylaea”. M. 
coccinea Rich. 


III Corolle vert vif; lobes du limbe, chez la fleur pleinement épanouie, 


recourbés et enroulés. Étamines longuement exsertes du tube. 
Grand arbrisseau semiépiphyte (a la maniêre de beaucoup d'es- 
peces de Ficus) sur des troncs d'arbres ou rochers oú il se fixe 
au moyen de racines aériennes mais en développant au même temps 
des racines qui descendent dans le sol. Habite les environs de Rio 
de Janeiro et Santos. M. viridiflora (Sims) Ducke n. comb. (81) 
(= M. Peckoltiorum Gilg). 


(80) Les autres ne me sont pas connues, elles habitent les Andes tropicaux, 
PAmérique centrale et la Trinité. 


|. (81) Marckea Peckoltiorum Gilg, 1910, tombe dans la synonymie de Solandra 
vindiflora Sims 1818 = Dyssochroma viridiflorum Miers 1849, comme j'ai pu 
vérifier en comparant la planche en couleurs du travail de Sims avec Vindividy type 


Es 


Marckea coccinea 


Marcke 
Marckes camponoti o sessiliflora 


Marckea viridiflora 


BIGNONIACEAE 


Tanaecium nocturnum (DBarp. Ropr.) Bur. ET SCHUM. 


Le fruit est celui d'un vrai Tanaccium, une grosse capsule ligneuse 
dont la superficie est divisée par 4 lignes longitudinales en 4 faces con- 
vexes. La plante est glabre; le calice des deux cótés et la corolle du cóté 
intérieur sont densement glanduleux -—— ponctués. Cette liane ne développe 


de Iespece de Gilg que mr. Gustavo Peckolt a eu lamabilité de me montrer. La 
fleur du dessin de Gilg n'est pas encore pleinement épanouie tandis que celle de Sims 
est déja mure, avec les lobes du limbe enroulés. Cette plante n'est pas trop rare 
aux environs de Rio de Janeiro oú récemment mr. Geraldo Kuhlmann l'a rencontrée 
dans plusieurs endroits; mr. A. Loefgren Ia fréquemment observée dans les “res- 
tingas” de Santos. Les troncs plus robustes peuvent atteindre la grosseur de prês 
d'1 dm., néanmoin je ne crois pas qu'ils arrivent à étrangler les arbres comme le 
font les Ficus (appelés “matapão” à Rio, “apuhy” au Pará) dont ils imitent la 
maniêre de croitre. Gilg, sil n'a pas reconnu Jespéce déja décrite, lui a cependant 
assigné, par létude détaillée de matériel frais et abondant. sa place dans le genre 
Marckea; ceci est confirmé par "embryon droit que mr. Kuhlmann a observé dans la 
graine de cette espéce. Quant au genre Dyssochroma Miers, sa conservation, pour les 
autres especes, dépend de Iétude- détaillée de celles-ci; aucune d'elles m'est connue; 
le spécimen de Glaziou, Plantes du Brésil central n. 12.108 a, étiqueté Solandra 
longipes Sendt., ne correspond nullement à la description de l'espece mais ressemble 
à un Solandra de Vaffinité de grandiflora. Du même, le spécimen étiqueté 5. viridi- 
ftora (n. 12.100) n'appartient pas à celle-ci mais à une espéce probablement nouvelle 
(dont*je ne peux pas déterminer le genre) à limbe três large chez la fleur épanouie. 


— 253 — 


qu'a la cime des arbres ses grandes fleurs blanches qui apparaissent à la 
fin de Pété et au commencement de la saison des pluies (décembre et jan- 
vier) et, tombées sur le sol, attirent Pattention ; elle habite la grande forêt 
de terre ferme. Nos échantillons sont du Rio Capim (n. 800), Villa Braga 
au Tapajoz (n. 8.144) et Rio Branco de Obidos (n. 15.125). On con- 
nait cette plante, dont toutes les parties exhalent une odeur agréable d'aman- 
des améres, sous le nom de “cipó corimbó6”:; on la cultive parfois (Gu- 


rupá, n. 16.693). 
ACANTHACEAE 


Trichanthera gigantea H B. K, 


Une des rares acanthacées arborescentes, qui est répandue depuis 
PAmérique centrale jusqu'au Pérou et jusqu'a la partie nord-est de P“hy- 
laea”. Elle n'était pas encore connue du Brésil, mais elle est fréquente 
dans certains endroits de Vestuaire amazonien, par exemple dans Pile Me- 
xiana (n. 2.294), dans la riviére Anauerapucú entre Macapá et Mazagão 
(n. 1.992) et à Gurupá, aux embouchures des ruisseaux affluents du grand 
fleuve. En dehors de Pestuaire de " Amazone, je ai seulement encore ob- 
servée pres de quelques ruisseaux d'eau saumãtre qui existent dans les 
terres à Pest du lac Salgado (région du “Trombetas). 


RUBIACEAE 


Parachimarrhis Duckr n. g. 


Calix usque ad basin 5-partitus laciniis subulato-lanceolatis, eglan- 
dulosus, in capsulã juniore persistens. Corolia parva, tubuloso-campanu- 
lata, apice breviter 5-loba lobis aestivatione valvatis anthesi erectis vel ra- 
rissime reflexis, tubo intus villosa, caeterum glabra. Stamina sat longe ex- 
serta corollae basi adnata, filamentis (basi et apice exceptis) villosis apice 
tenuibus, antheris infra medium dorsifixis oblongis basi breviter bilobis 
apice obtusis, rimis longitudinalibus dehiscentibus. Discus crassus carno- 
sus. Ovarium biloculare rarissime tri — vel quadriloculare, ovulis im loculo 
modice numerosis, placentã subcylindricã dissepimento adnatã; stylus sat 
profunde bifidus ramis clavatis. Capsula lignosa parva late subglobosa 
sulco profundo biconvexa, vix costata, ab apice loculicide bifide dehiscens ; 
semina vulgo 5 vel 6 subelliptica, non vel parum angulosa, saepe flexuosa, 
reticulata, latere basali crassiora et marginata, apice saepe subfalcato- 
subalato-attenuata, dorso saepe carinata. 


cm DA e 


Arbor submagna partibus vegetativis fere undique glabra, stipulis in- 
terpetiolaribus parvis caducis, foliis oppositis penninerviis, floribus parvis 
in paniculam terminalem e cymis compositam dispositis. 

Generi Chimarrhis affimis, differt praesertim calice profunde laci- 
niato, corolla brevissime lobatã, seminibus paucis. 


“ Parachimarrhis breviloba Duckr n. sp. 


Arbor circa 15 ad 20 m., ligno brunnescenti-luteo ut videtur bono. 
Ramuli sat validi teretes glabri cinnamomei saepe albido-lenticellosi. Sti- 
pulae parvae acuminatae. Folia petiolo 1/2 ad 1 cm. longo superne cana- 
liculato, vulgo 10 ad 18 em. longa et 5 ad 9 cm. lata, oblonga vel elliptico- 
oblonga, basi saepe obtusa medio semper in petiolum acutata, apice vulgo 
breviter acuminata, subcoriacea tenuia, supra glaberrima, subtus punctis 
minutissimis pallidis densiuscule conspersa et ad nervorum axillas barbel- 
lata, nervis (utrinque circa 15 ad 20) in utraque paginã tenuiter prominen- 
tibus. venulis tenuissime reticulatis. Panicula breviter pedunculata vel ses- 
silis, foliis brevior vel parum longior, ter vel quater trichotoma in cymas 
parvas densifloras desinens, rhachidibus canoferrugineo-tomentosis, bra- 
cteis (ad trichotomias) 2 ad 3 mm. longis subnlatis brunneis praeter mar- 
gines glabris, bracteolis (ad flores) parvis ovatis. Flores sessiles; ovarium 
1 1/2 ad 2 mm. longum glabrum:; calix ad 1 mm. longus, solum ad apices 
laciniarum ciliolatus; corolla alba siccitate rubescens, circa 3 mm. longa, 
lobis vix ultra 1/2 mm. longis. Capsula circa 3 1/2 mm. longa et 4 mm. 
lata, seminibus circa 2 mm. longis 1 1/2 mm. latis. 

Habitat in silvis rarius inundatis prope fluvii Tapajoz cursum medium, 
1 A. Ducke prope cataractam Maranhãosinho 6-12-r1g19 florif., Herb. 
Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 15.687, et circa locum Francez 19-12-1919 
fructif., Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 15.400. 

Cet arbre qui représente un genre nouveau parfaitement caractérisé 
des rubiacées cinchonées semble être fréquent dans la forêt riveraine du 
moyen Tapajoz, aux endroits seulement inondés pendant le maximum de 
la crue annuelle. Tl n'est pas facile à reconnaitre, parmi les especes três 
variées d'arbres qui composent cette forêt, à moins que [on ne rencontre 
en état florifere. 


Warszewiczia elata Duckt n. sp. 


A W. Schwackei differt (e descriptione) foliis glabris, inflorescentiã 
foliis saepe breviore, bracteis basalibus parvis subulatis, disco magno post 
corollam delapsam e calice conspicue exserto. Arbor parva vel media trunco 


— 255 — 


profundissime longitudinaliter sulcato, floribus albidoviridibus, calicis ap- 
pendicibus foliaceis albis, raris. 

Habitat in collibus Mangabal fluvii Tapajoz medii, in silvã prima- 
riã humida sat frequens, 1. A. Ducke 11-2-I917 n. 16.756. 

Encore une espece d'arbre à tronc profondement lamellé tel que "on 
trouve chez plusieurs arbres amazoniens appartenants à familles botaniques 
diverses: Pseudochimarrhis turbinata (rubiacées), n. g.? (borraginées), 4s- 
pidosperma excelsum et Geissospermum sericeum (apocynacées), Oncoba 
latifolia (flacourtiacées), Cenostigma tocantinum, LeCointea amagonica, 
Sawartzia acuminata et Sw. platygyne (leg. caesalpiniées) et Minquartia 
guianensis (olacacées). 


Remijia amazonica Scwum. 


Petit arbrisseau à suc rouge brun três amer, non rare aux environs de 
Manãos et encore observé pres de Villa Braga au pied de la derniêre cata- 
racte du Tapajoz (n. 16.899); habite la “capoeira” en terrain sablonneux 
et humeux. Les pétioles, en général três courts, deviennent parfois assez 
longs. 

Var. paraensis Ducxk n. v.: a typo differt ramis subhispido-villosis. 
Prope Belém do Pará 1-6-918 1. A. Ducke n. 17.037. 


Pseudochimarrhis turbinata (DC.) DucxE n.g. (82) ( = Chimarrhis 
turbinata DC.). 


Je crois avoir retrouvé, aux environs de la capitale du Pará, cette es- 
pece décrite d'aprês des spécimens fructiféres provenant de Guyane et res- 
tée douteuse jusqu'ici. C'est un grand arbre, haut d'environ 25 à 35 metres, 
au tronc profondement creusé et lamellé (comme chez plusieurs autres ar- 
bres amazoniens, par exemple Swartzia acuminata, LeCointea amazonica 
et surtout Aspidosperma excelsum), à écorce grisatre et bois blanchatre. 
Feuilles (souvent jaunes aprês dessiccation) mésurant parfois jusqu'à 20 
cm. de long sur 10 cm. de large, glabres ou avec quelques poils três petits 
sur la face inférieure. Inflorescences opposées dans les axilles supérieures, 
toutes entiéres revêtues de fine pubescence, seule la corolle du côté exté- 
rieur glabre; bractées et bractéoles três petites; pédoncules plus courts que 
les feuilles. Fleurs plus ou moins courtement pédicellées; calice beaucoup 


(82) Les photographies et les dessins indispensables seront publiés prochai- 
nement. 


e ea 


plus court que Vovaire, faiblement denté; corolle d'environ 1/2 cm. de 
longueur, glabre, mais longuement barbue à [insertion des étamines, 4- 
a 6-fide jusqu'a 2/3 de sa longueur, ses lacinies étroites presque linéaires ; 
étamines glabres, antheres oblongues; pistil couvert de poils grisátres. 
Capsule turbinée, duveteuse, excédant peu 1/2 cm. en longueur, ligneuse, 
septicide, bivalvulaire s'ouvrant au sommet, placenta oblongo-obové, longi- 
tudinalement connée avec le septum depuis libre, graines verticalement pel- 
tées, nombreuses, três petites, un peu anguleuses, ceintes d'une aile mém- 
braneuse circulaire à marge dilacérée. 

Differe des vrais Chumarrhis par les fleurs étroites et allongées dans 
toutes leurs parties et surtout par la position verticale des graines qui lui 
assigne sa place parmi les vraies Cinchonées. 

Habite la forêt primaire humide en terrain non inondé, aux environs 
de Belém (ns. 15.457 et 15.480); d'autres spécimens ont été collectionnés à 
Santa Izabel, sur le chemin de fer de Belém à Bragança (ns. 9.425 et 9.713) 
ou Jarbre est appelé “pão de remo” (bois de rame) parcequ'on emploie 
les lamelles du tronc pour confectionner des rames. Je Iai vue encore à 
Gurupá, et au Xingú entre Victoria et Altamira. Fleurit en juin. 

Chez cette espece on observe parfois, par anomalie, une des dents du 
calice allongée en feuille comme chez le genre Pogonopus, mais de couleur 
verte et toujours beaucoup plus petite que dans ce dernier. 


* Alseis longifolia Duck: n. sp. 


Arbor 10 ad 15 metralis, ramulis glabris, non nodosis, plus minusve 
angulosis. Folia herbacea, margine subintegra, glabra, subtus ad axillas 
nervorum barbellata, ad 1 rarius 2 cm. petiolata, 15 ad 33 cm. longa, 
5 ad 8 cm. lata (suprema in ramulis floriferis saepe parva), elongato-lan- 
ceolata basi longe attenuata apice breviter et acute acuminata. Stipulae 
caducae, lanceolatae, sat magnae. Spicae terminales et im axillis superiori- 
bus, ad 40 cm. longae, basi ramosae, apice curvatae, ferrugineo-tomento- 
sae, floribus sessilibus, odoratis, bracteis ovario multum brevioribus subu- 
latis apice setaceo-acuminatis; ovarium cylindricum vel anguste turbina- 
tum, adpresse ferruginescenti-pilosum, circa 3 mm. longum; calix vix 
1 mm. longus glaber dentibus 6 triangularibus acutis; corolla alba circa 
3 ad 4 mm. longa extus parce adpresse ferruginescenti-pilosa intus longe 
villosa lobis 6 brevibus triangularibus obtusis; staminum filamenta corollam 
plus minus duplo excedentia, dimidio basali villosa, apicali glabra; discus 
elevatus crassus niger, sulcatus; stylus corollã subduplo longior, solum 
minutissime sparsimque puberulus; stigmata apice involuta. Capsula 4 ad 
6 mm. longa. 


2. TS WD ma 


e AA 


Habitat in collibus prope Rio Branco de Obidos civitatis paraensis, 
l. A. Ducke 28-2-1918 n. 17.004, fructibus vetustis 1-11-1919 Herb. Jard. 
- Bot. Rion. 10.522. A specie 4. floribunda differt praesertim foliis inflores- 
centiisque longissimis, disco nigro elevato et stylo glabro. 


“ Capirona Huberiana Ducke n. sp. (= C. Duckei Hub., Bol. Mus. 
Goeldi VII p. 185 et 190, nomen). 

Arbor magna cortice laevi in laminas magnas dehiscente (ut im genero 
Calycophyllum); ramuli nigrescentes lenticellis concoloribus, canescenti- 
strigosopilost. Stipulae cum foliorum petiolo connatae, magnae (usque ad 4 
cm. lóongae, ad 1 1/2 cm. latae), oblongae, acutae vel acuminatae, pilosae, 
plurinerviae, basi intus ferrugineobarbatã subconnatae. Foliorum pétiolus 1 
ad 2 cm. longus sat crassus, supra profunde canaliculatus; lamina vulgo Io 
ad 30 cm. longa, 7 ad 20 cm. lata, subcoriacea, transverse venosa et reti- 
culata, supra glabra subtus ad venas sparsim pilosa, ovali-oblonga basin 
versus angustata saepissime anguste truncata vel cordata, apice obtusa. In- 
florescentia foliis longior terminalis parce longiuscule pilosa, bracteis infimis 
foliaceis (foliis similibus at multo brevioribus), superioribus stipulaceis gra- 
duatim minoribus, bracteolis circa 1/2 cm. longis ovatis acutis. Pedun- 
culi elongati, pedicelli florum lateralium breves, terminalium ad 1 cm. longi. 
Ovarium (cum pedicello) densius pilosum quam inflorescentiae partes reli- 
quae, ad anthesin turbinatum pluricostatum circa 4 mm. longum; calix sub 
anthesi ovario aequilongus apice fere 1 cm. latus extus fere glaber, intus 
ferrugineo-vel ochraceo-villosus, apice truncatus breviter et irregulariter 
fissus. Corolla brunnescenti-purpurea, glabra solum intus ad staminum in- 
sertionem fulvovillosa, tubo obliquo fere 3 cm. longo, striato, laciniis tor- 
tis magnitudine inaequalibus (maximis interdum ad 1 cm. longis), plus 
minusve orbiculatis vel apice obtusiusculis. Stamina subaequilonga glabra 
basi in membranam fulvovillosam connati. Stylus glaber. Capsula matura 
elongato-turbinata, striata, glabra, circa 2 cm. longa, calice cupuliformi 
circa 1/2 cm. longo apice ampliato circa 1 cm. lato coronata. Semina 
ignota. 

Habitat in collibus inter flumina Cuminá-mirim et Ariramba silvã pri- 
mariã vestitis, 1. A. Ducke florifera cum capsulis novellis et vetustis, 
29-6-1912, n. 11.865; in collibus ad Rio Branco de Obidos, sterile, nume- 
“TO 17.126; prope Bella Vista fluvii Tapajoz, fructibus vetustis, Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 10.468. 

* Arbre de la forêt des hautes terres; ressemble, par son tronc lisse dont 
Pécorce se détache en grandes lames, au “pão mulato” (Calycophyllum 
Spruceamim), mais Pécorcé de notré espece est de couleur verdatre et non 


Jardim Botanico I7 


EO E 


ferrugineuse comme chez celui-ci. Il représente la seconde espece d'un 
genre jusqu'ici monotypique. Le calice coupé net et la concrescence des 
stipules avec le pétiole sont des caracteres plus que suffisants pour ne pas 
confondre lespece amazonienne avec Tautre (Capirona decorticans) qui 
habite les régions orientales du Pérou (Tarapoto) et de Colombie (Rio 


Meta). 


Ferdinandusa elliptica Schum. var. belemnensis Duck: n. var. 


Typo mihi solum e descriptione noto differt foliis longe (1 1/2 ad 
2 em.) petiolatis, disco calice multum breviore. Folia ut in typo vel dimídio 
angustiora. Arbor media floribus viridialbis odoratis. In silvã non inundatã 
prope Belém do Pará arborem unicam vidi, florif. 9-7-1914 n. 15.361, fru- 


ctif. Ó-10-I914 n. 15.497. 


/ Ferdinandusa cordata DuckE n. sp. 


Ad sect. II Gomphusia. Arbor parva vel frutex, F. nitidae affinis 
quã differt stipulis magnis lanceolatis longe acuminatis subpersistentibus, 
foliis late cordatis durius coriaceis ad 15 cm. longis et ad 14 cm. latis, ova- 
rio calicisque apice distinctissime pubescentibus, dentibus calicis longio- 
ribus, corollã vix 2 em. longá, disco calice subaequilongo, capsulã breviore 
(3 cm.). Variat foliis subtus sat dense breviter pilosis, tomento inflo- 
rescentiae crebriore. Flores viridialbi. 

In cacumine montis Araguay regionis Jutahy inter Almeirim et Prai- 
nha, in silvã humili, siccã, 30-8-1918 1. A. Ducke, n. 17.273 typus, n. 17.272 
varietas. Folia minus dura quam in F. elliptica sed duriora quam in F. ni- 
tida, formã genus Ladenbergia rememorantia. 

Cette espece a été rencontrée en plusieurs individus dans la petite fo- 
ret qui couvre le sommet de la Serra Araguay (environ 300 metres) qui 
fait partie des petites montagnes du Jutahy, au nord du bas Amazone à 
Vouest du Rio Parú. 


Ferdinandusa nitida Duck: n. sp. 


Ad sect. II, Gomphusia Schum. — Arbor parva. Ramuli teretes striati, 
novelli minime puberuli. Folia longiuscule (1 ad 2 cm.) petiolata, inferiora 
ovato-oblonga vel oblonga, basi acuta, apice plus minusve longiuscule acumi- 
nata, tenuiter coriacea, glaberrima, praesertim supra nitida, subtus pallidio- 
ora, tenuiter prominenti-penninervia et marginata, usque ultra 2 dm. longa 
et 1 dm. lata, summa semper minora et basi rotundata. Inflorescentia de- 
cussato-paniculata usque 1 dm. longa inflorescentiis specialibas pedun- 


— 259 — 


culatis congestifloris, basi foliosa, tenuiter canotomentosa, rhachide su- 
perne complanatàã, bracteis glabris acute ovatis vel tricuspidatis, pedicel- 
lis tomentosis saepius brevibus. Ovarium turbinatum, glabrum ut calix, hic 
apice 4-dentatus; corolla viridi-alba circa 2 cm. longa tubo cylindrico ro- 
busto, glabra, apice ad circa 1/5 in lacinias 4 irregulariter ellipticas recurvas 
divisa; stamina exserta connectivo vix incrassato; discus calice distincte 
brevior; stigma late bilobum. Capsula matura circa 4 cm. longa, 3/4 em. 
lata, modice compressa, glabra. 

In silvulã monte Itauajury prope Montealegre 28-7-1918 1. A. Ducke, 
n. 17.146. Foliis coriaceis sed non duris inter species clhiptica et paraen- 
sis intermedia, disco calice breviore et corollã sat parvã ultimae affinior qua 
foliis coriaceis et floribus 4-meris aliquanto maioribus et congestis differt. 

Cette espece a été découverte sur la Serra Itauajury au nord de Mon- 
tealegre, à environ 300 metres d'altitude, dans la galerie de foret qui accom- 
pagne un petit ruisseau au milieu du campo. 


/ Ferdinandusa paraensis Duckr n. sp. 


Ad sectionem II, Gomphusia Schum. — Arbor mediocris vel sat ma- 
gna. Folia rigide herbacea saepius 8 ad 18 cm. longa, 4 ad 8 cm. lata, 
- oblonga vel ovata vel obovato-oblonga rarius magis elliptica, basi saepe et 
apice constanter plus minusve acuminata, supra glaberrima, subtus saepe 
ad nervos pilosula. Inflorescentia saepius ampla basi foliosa decussato-pani- 
culata, pedunculis et pedicellis longis gracilibus plus minusve tomentellis 
vel pilosis, bracteis summis glabris squamosis triangularibus apice subula- 
tis. Flores odorati; ovarium glabrum; calix dentibus 5 acuminatis; corolla 
viridialba 1 3/4 cm. non excedens, glabra, breviter divisa in lacinias 5 ova- 
tas, tubo sat robusto; stamina longiuscule exserta connectivo vix incrassa- 
to; discus elevatus calice brevior. Capsula oblonga. 

Habitat in silvis primariis non inundatis locis arenosis humosis. Be- 
lém do Pará 22-7-1903 1. R. Siqueira, n. 3.671; Gurupá, frequens, “acaúia” 
vel “acaú” appellata, 27-9-1916 1. A. Ducke n. 16.550; Victoria prope 
flumen Xingú, 7-8-1918 1. A. Ducke n. 17.177. 

Var. palustris Ducxk n. v. a typo differt foliis angustius oblongis, 
longius acuminatis, maximis 12 cm. longitudinis et 4 cm. latitudinis non 
excedentibus, glaberrimis, paniculis brevioribus minime tomentosis, bra- 
cteis apice breviter acutis. 

Ad Santa Isabel viae ferreae bragantinae (Pará) 6-9-IgI0O n. 10.865, in 
silvã inundatã (“igapó”). 


— 260 — 


“Ferdinandusa scandens Ducke n. sp. 


Speciei F. rudgeoides primo intuito similis at ramulis novellis dense 
canotomentosis, foliis longius acuminatis, pedunculo pedicellisque bene evo- 
lutis, corollã 2 cm. vix excedente, tubo robustiore, disco calice breviore. 
Frutex scandens floribus albidis odoratissimis. 


Habitat in silvã humili ad marginem campinae prope Igarapé do Bu- 
raco, in regione Campos do Ariramba dictã (ad orientem fluminis Trom- 
betas), 1. A. Ducke 4-7-1912 n. 11.894. 


Cette nouvelle espéce appartient à Taffinité du F. rudgeoides (et 
quelques doubles ont été distribués sous ce dernier nom) mais les caractê- 
res énumérés la distinguent nettement de celui-ci. J'ai comparé des spé- 
cimens du dernier, collectionnés par E. Ule à S. Joaquim du Rio Negro. 


Cassupa scarlatina K. Scúvum. 


Le spécimen (cotype) conservé au musée de Pará (E. Ule, Herb. Bra- 
sil. n. 5.846) n'est autre chose que Pespece bien connue Isertia coccinea 
Vahl var. hvpoleuca K. Schum. dont Povaire 6-loculaire ne permet aucune 
confusion avec les Cassupa. La description que Schumann donne de son 
espéce convient tres bien à NIsertia coccinea, il est donc três probable que le 
Cassupa scarlatina rentrera réellement dans la synonymie du dernier. 


* Isertia viscosa DuckxE n. sp. 


Arbor parva vel arbuscula. Ramuli modice crassi, subteretes at lineis 
longitudinalibus elevatis notati, juniores breviter ac dense cano-villoso-to- 
mentosi. Gemmae viscositate brunneã abundante indutae. Stipulae 4, parvae, 
caducae, in speciminibus nostris non bene conservatae. Foliorum petiolus 
1/2 ad 4 cm. longus, crassior vel gracilior, basi parum incrassatus, superne 
canaliculatus, pilis canis densis cum visco mixtis indutus; lamina 13 ad 27 
cm. longa, 5 ad 13 cm. lata, plus minus oblonga vel ovato-oblonga, basi 
saepissime cuneato-attenuata, apice vulgo acute acuminata, junior subher- 
bacea plana, vetusta coriacea et leviter bullata, nervis venulisque supra im- 
mersis subtus elevatis, venulis obliquis in folio vetusto supra profundissime 
immersis, utrinque subscaberula, supra pilis minutis conspersa solum in 
nervis saepe cano-tomentosa, subtus undique subtomentosa. Inflorescentia 
erecta stricta longe pedunculata vulgo foliis non multum brevior, rhachide 
dense cano-villosotomentosá, bracteis viscosis, infimis foliaceis vel longe 
linearibus, summis ut bracteolae subulato-lanceolatis, cymis parcius minu- 
tiusque griseo-pilosulis pedunculis angulosis et complanatis. Ovarium vix 
2 1/2 mm. longum campanulatum s5-vel rarius 4-loculare; calix circa 


do 


1 mm. longus, extus ut ovarium minute papillosus et puberulus, intus dense 
glandulosus, apice breviter 4-dentatus. Corolla 4 ad 4 1/2 cm. longa, basi 
obscurius apice laetius coccinea, basi vix ultra 1 mm. lata, inde longe cy- 
lindrica, apice tubi ad circa 5 mm. dilatata, apice 5-vel 6-dentata dentibus 
vix 3 mm. longis ovato-tringularibus, extus parce puberula et saepe vis- 
cosa, intus fauce et dentium basi longe ac dense flavidovillosis caeterum 
glabra. Antherae vix apicem tubi attinentes, circa 3 mm. longae; filamenta 
antheris circa aequilonga. Stylus corollam subaequans apice 5-rarius 4-ra- 
mosus. Bacca (ut videtur adulta) 4 mm. longa et 5 mm. lata. 

Habitat in silvã mediocri sub collis Velha Pobre radicibus saxosis ad 
Amazonum fluvii ripam (circa Almeirim civitatis paraensis), 1. A. Ducke 
1-7-1919, Herb. Jard. Bot. Rio n. 15.520. 

Indumento, viscositate, floribus vulgo 5-meris et corollã brevissime 
dentatã notabilis et inconfundibilis. 

Cette espece remarquable est fréquente dans la forêt petite ou médio- 
cre du pied de la “Velha Pobre“, haute colline située au nord du bas 
Amazone ou ses flancs presque verticaux et souvent presque dépourvtus de 
végétation (“barreiras”) se dressent directement du fleuve. Elle n'a pas 
encore été observée dans d'autres localités. 


Schradera brasiliensis Mart. et Sch. polycephala DC. ne font quune 
seule espece, à inflorescences solitaires ou ombellées souvent chez le même 
individu. Épiphyte fréquente dans la région voisine de Vestuaire amazonten: 
Belém do Pará (n. 15.359. n. 15.510), Santa Izabel sur le chemin de fer 
de Bragança (n. 9.722), Gurupá (n. 15.907). 


y Alibertia sorbilis (Hupz., nomen: solum) Ducke n. sp. 


Arbor parva ramis crassis glabris vel subglabris, saepius ferrugineis et 
decorticantibus. Folia in ramis fertilibus circa 25 ad 45 cm. longa et circa 
I5 ad 20 cm. lata (in ramis sterilibus saepe maiora), terminalia ad in- 
ilorescentiam sita minora, petiolo 2 ad 3 1/2 cm. longo subtereti crasso, 
ample oblonga vel ovato-oblonga, adulta coriacea (vetustiora dura, bullata) 
utrinque glabra, basi cordata vel obtusa et saepissime medio in petiolum 
oblique attenuata, apice plus minusve breviter acuminata, nervis primariis 
supra impressis subtus valde elevatis. Stipulae subpersistentes, ferrugineae, 
striatae, glabrae, basi intus glandulosae, oblongae, apice saepius acutae; 
circa 2 ad 3 cm. longae et 1 cm. latae. Inflorescentia masculina terminalis 
-multiflora, inter folia minora, floribus breviter pedicellatis; calix vix 3 
mm. longus campanulatus, apice truncatus, extus glaber intus albidose- 
riceus; corolla 2 1/2 ad 3 mm. longa vix ad 1/3 ab apice in lacinias 5 di- 


— 262 — 


visa, extus tenuiter canosericea, tubo subcylindrico vel apicem versus am- 
pliato, intus fauce et lineis inter stamina dense flavidosericeis. Stamina 
vix 1/2 cm. super basin inserta, inclusa, antheris circa 11 ad 12 mm. 
longis linearibus compressis appendiculo oblique apiculatis basi obsolete 
emarginatis. Stylus circa 13 mm. longus tenuis filiformis apice compresso- 
clavatus, stigmatibus duobus minutis acutis mucroniformibus parallelis. Flos 
femineus ignotus. IWructus magnus terminalis solitarius globosus calice co- 
ronatus, glaber, dense rugosus, polpã eduli. 

Habitat in regione fluminis Purús civitatis Amazonas: Ponto Alegre 
in silvis non inundatis 1. J. Huber florif. 15-4-1904 n. 4.489; Cachoeira, 
culta, 1. A. Goeldi florif. 12-6-1903 n. 3.893; Bom Logar, sterile, n. 4.233; 
ad flumen Mapuera (Trombetas) civitatis Pará 1. A. Ducke, fruct. im- 
mat., 11-12-1907, n. 9.103. “Puruhy grande” appellatur. — Foliis ma- 
ximis (vetustioribus duris et bullatis) basi saepe cordatis notabilis, stipulis 
magnis et florum characteribus nonnullis speciei 4. claviflora Schum. af- 
finis sed alabastris vix clavatis et styli indole valde diversa. 

Les fruits de cette espece, grands et globuleux, fournissent une masse 
semblable à celle du tamarin, utilisée comme celle-ci pour la préparation 
de marmelades et de limonades. I/espece ressemble fortement au Duroia 
macrophylla Hub., plus fréquent dans Tétat de Pará et que Ion désigne par 
le même nom indigene, mais qui a (en dehors des différences génériques) 
les feuilles plus fines et à base aigué, le calice beaucoup plus grand et le 
fruit soyeux. 


Koutchubaea insignis Fiscmnrn. 


Arbre de taille moyenne, fréquent dans la grand forêt non inondée 
des environs de Belém (máãle n. 15.331, femelle n. 15.332) et d'autres par- 
ties de la région voisine de Pestuaire (chemin de fer de Bragança; Gurupá). 
Les fleurs três odorantes, dont le parfum rappelle celui des gardenias, sont 
d'abord blanches mais deviennent jaunes avant de tomber. Les fleurs fe- 
melles qui, jusqu'a présent, n'étaient pas connues, sont un peu plus pe- 
tites que les fleurs mãles, la corolle n'a que 7 ou 8 lobes, Povaire, presqu'aus- 
si long que le calice, est cependant plus étroit que celui-ci. Le fruit qui 
mésure jusqu'a 8 cm. de long sur 6 cm. de large, est couronné par le ca- 
lice long d'environ 1 1/2 cm.; il est comestible et a la couleur, la consis- 
tance et le goút du fruit de "Alibertia edulis (“puruy”). 


MORACEAE (appendice) 


A Androstylanthus DucxE n. g. 


/ 
/ 


Flores monoici. Receptacula androgyna globosa, bracteis basalibus 
paucis et parvis, bracteolis minimis fere solum e pilis compositis hinc illinc 
conspersa. Flores masculi in receptaculi aequatore 4 ad 8 (saepius 6) ses- 
siles, erecti, liberi solum basi adnati, perianthio membranaceo tubuloso 
apice breviter 3-lobo, staminibus 3 filamentis subrectis, basi cum stili basi 
connatis, antheris breviter ovatis cum perianthii lobis alterne breviter ex- 
sertis, stilo longissime filiformi sat longe super basin biramoso, subglabro, 
basi cum filamentorum basi concreto. Flos femineus in receptaculi ver- 
tice solitarius perianthio et ovario cum ipso concretis et non distinguendis 
at bracteolis 6 circa stili exsertionem pseudoperianthium formantibus, ovulo 
in receptaculo profunde immerso libero pendulo, stilo longisstmo fere us- 
que ad basin biramoso ramis apice excepto villis papillosis densissime ves- 
titis. Receptaculum fructiferum maturum globosum, succoso-carnosum, 
pericarpio toto cum receptaculo concreto, semine (non bene conservato) 
testã crassius membranaceã. 

Arbor parva lactescens stipulis parvis semiamplectentibus caducissi- 
mis, foliis alternis integris subtus pulchre nervosis et reticulatis, rece- 
ptaculis brevissime pedunculatis im axillis solitariis (rarissime binis), fru- 
ctiferis maturitate pallide flavis sapore dulci. 

Genus inflorescentiarum et florum characteribus insigne in sys- 
temate prope Brosimum collocandum est; stili rudimento longissimo flo- 
rum masculorum genus Helkanthostylis et affinia rememorat quibus autem 

,floribus monoicis et characteribus aliquis longe distat. 


Ke) / Androstylanthus paraensis DuckE n. sp. 


Ramuli graciles, angulosi et compressi, cinerei, novelli saepe flaves- 
centes et griseopubescentes. Gemmae conicae apice acuminatae, vix ultra 
1/2 em. longae, cinnamomeae, tenuiter albidosericeae. Folia petiolo valido 
vulgo 1/2 ad 1 cm. longo-plus minus pubescente, vulgo 8 ad 20 cm. longa 
et 4 ad 7 cm. lata, oblonga vel ovatooblonga, basi vulgo cuneato-acutata, 
apice abrupte acuminata acumine ipso obtuso, margine vix undulata, te- 


o ma 


nuiter coriacea elastica, glabra, supra nitidula glaucescentia costã immersá 
nervis et venulis tenuissime prominulis, subtus pallida subopaca costã valde 
elevatã crassã, nervis (in utroque latere 6 ad 8 maioribus) valde elevatis 
ante marginem arcuato-conjunctis, venulis insigniter elevato-reticulatis dis- 
tantibus. Receptaculum sub anthesi circa 3 mm. diametro, cum pedunculo 
dense brevissime brunneovelutinum bracteis et bracteolis flavidopilosis ; 
flores masculi 2 1/3 mm. longi perianthio glabro apice ciliolato; stili im 
utroque sexo circa 2 em. longi. Receptaculum fructiferum maturum dia- 
metro ad 2 cm., dense et brevissime rufovelutinum, florum rudimentis et 
bracteolis pallidius pilosis valde dispersis notatum. 

Habitat in silvis primariis non inundatis circa cataractas inferiores 
fluvii Tapajoz sat frequens, 1. A. Ducke prope cataractam Maranhãosinho 
florif. fructibusque novellis et maturis, 24-12-1919, Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 13.078. 


ROSACEAE (appendice) 


“ Hirtella lancifolia DucxE n. sp. 


Arbor parva. Ramuli validi, densissime at parum longe canoferrugi- 
neo-villosohispidi. Stipulae filiformi-subulatae circa 1 cm. longae. Folia 
1 dm. usque ad ultra 2 dm. longa, 3 1/2 ad 5 1/2 cm. lata, ovato-vel elon- 
gatooblongo-lanceolata, breviter valde crasse petiolata, basi rotundata ob- 
tusa vel subacuta, apice acuta vel breviter acuminata, dure coriacea, plus 
minus bullata nervis venisque supra profunde immersis at subtus fortiter 
elevatis, supra nitidissima praeter costae basin glabrata, subtus parum 
nítida et nervis venisque hirtella. Racemi simplicissimi, in axillis solitani, 
m ramulo numerosi, patentes, folium subaequantes vel eo parum breviores, 
stricti, densi, multiflori, pedunculo brevissimo (infra 1 cm.), partibus om- 
mibus ferrugineo-villosohispidi; bracteae anguste subulatae circa 4 mm. 
longae, pilosae, caducae ; pedicelli breves (1 ad 2 mm.) ; bracteolae filifor- 
mes fere 2 mm. longae, pilosae, glandulã unicã sat magnã concavã coro- 
natae; calicis tubus campanulato-turbinatus, lobi oblongi saepius sat acuti, 
intus minime albidopilosuli vel glabrati; petala calicis lobis longiora circa 
3 mm. longa, oblonga, glabra; stamina ultra 1 cm. longa, glabra, rosea, 
in floribus examinatis 5; ovarium hirsutum, stilus inferne pilosus. Fructus 
ignotus. 

Habitat in silvis non inundatis prope Alcobaça fluvii Tocantins 1. A. 
Ducke 6-1-1915 n. 15.646; loco Fabrica fluminis Mojú inferioris 1. A. 
Goeldi 11-I913 n. 15.086. 


ES 


“Cette especé se rapproche un peu de certaines formes de Iespece poly- 
morphe 1/7. americana, mais les feuilles três dures, la forme des inflores- 
cences, les pédicelles courts et les bractéoles sont des caractéres plus que 
suffisants pour distinguer notre espece nouvelle. Sa pilosité est beaucop 
plus courte mais plus dense que chez les espéces Sprucei Benth., purusara 
Hub., myrmecophila Pilg., Duckei Hub. et cauliflora Hub. dont je dis- 
pose de matériaux; une pilosité presqu'a peu semblable se trouve cepen- 
dant chez certaines formes de PH. americana. 


4 Hirtella glandulistipula DucxE n. sp. 


Arbor submedia. Ramuli graciles, patenter pilosi, pilis parum densis 
modice longis. Stipulae lanceolatae, parvae at persistentes, praesertim mat- 
ginibus glandulas stipitatas plurimas ferentes. Folia 3 ad 6 cm. longa, 
1 1/2ad21/2cm. lata, brevissime et sat tenuiter petiolata, oblongoovata, 
basi subcordato-rotundata apice obtusa vel subacuta et mucronulata, te- 
nuiter coriacea: parum nitidula, parcissime pilosa (costã densius), mar- 
gine longiuscule ciliata, nervis et venulis in utraque paginá tenuiter pro- 
minulis. Racemi in axillis superioribus solitari, simplices, folio breviores 
vel subaequilongi, breviter pedunculati, toti hirtelli rachide parum dense 
patenter pilosã; pedicelli sat longi (4 ad 5 mm.); bracteae: bracteolaeque 
plus minus triangulares, margine glandulis capitatis parvis tenuiter stipi- 
tatis plurimis ornatae; calicis tubus campanulato-turbinatus uno latere plus 
minus gibbus, lobi intus sericei, ut petala (alba) oblongi et his parum mi- 
nores; stamina in floribus examinatis 4, ad 1 1/2 cm. longa, rosea; stilus 
inferne sparsim longe albidopilosus. Fructus ignotus. 

Habitat in silvis primariis, terris altis ad orientem lacus Salgado (in 
regione fluminis T'rombetas inferioris) sitis, |. A, Ducke 22-10-1919, Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 15.057. 

“Cette espece a de la ressemblence avec PH. brachystachya figuré dans 

la Flora Brasiliensis, mais ce dernier a les feuilles plus grandes et est dé- 
pourvu de poils et de glandes ; celles-ci rappellent quelques unes des especes à 
fleurs paniculées. Elle est tres notable par ses stipules ornées de glan- 
des stipitées. L'arbre fleurit richement et est d'un bel effet. 


4 


se Hirtella glandulosa SprENc. 


Cette espece est tellement variable qu'on croirait avoir confondu plu- 
sieurs espéces si on ne trouvait les transitions les plus évidentes entre ses 
formes extremes dont plusieurs ont été décrites comme espéces indépenden- 


q DOR pe 


tes (83). La forme et la couleur des feuilles varient extrêmement, parfois 
chez le même individu, et même la forme du calice est assez variable. Nos 
nombreux matériaux provenant des états de Maranhão, Piauhy, Ceará 
et Bahia semblent confirmer le point de vue de Hooker (dans la Flora 
Yrasiliensis): HM. Hookeri Pilg. et H. velutina Pilg. ne semblent done 
ctre que de faibles variétés de Vespece mentionée. H. rotundata Pilg. pour- 
rait représenter une forme à feuilles réduites de la même espece: elle vient 
des “restingas” du littoral du Ceará, vieilles dunes à végétation três xé- 
rophile oú beaucoup de plantes apparaissent dans des formes à feuilles plus 
petites et plus dures que dans d'autres localités (chez un spécimen du Ma- 
ranhão il y a des feuilles normales du glandulosa et d'autres qui corres- 
pondent assez bien à la description de celles du rotundata). — L'ovaire, 
chez nos matériaux de glandulosa, est glabre, faiblement pileux ou den- 
sement hirsuté; les feuilles vieilles deviennent, chez les spécimens d'her- 
bier, parfois couleur de plomb. — Dans VÉtat de Pará je n'ai rencontré 
cette espece que dans les campos sablonneux du Cupijó pres de Cametá 
(bas Tocantins, n. 16.291), dans une forme qui semble tenir le milieu en- 
tre la forme commune de [espece et la plante guyanaise décrite sous le 
nom de velutina Pilg. Les spécimens cités par le docteur J. Huber comme 
aff. glandulosa et que j'ai collectionês dans les campos sablonneux et hu- 
meux de la région de Faro, appartiennent évidemment à Vespece HH. Ulei 
Pilg. dont le type vient des “campinas” des environs de Manãos oú moi 
aussi ai rencontré prês de la Ponta Negra. La plante de Faro (Herb. 
Amaz. n. 8.490) que j'ai encore trouvée dans les campos sablonneux de 
Mariapixy à Touest du bas Trombetas (n. 11.939) et au “campo grande” 
de Parintins (n. 11.630) réprésente une variété de "H. Ulei dont le dense 
duvet des jeunes rameaux et du rachis des inflorescences est roux ferru- 
gineux (comme chez HH. glandulosa) au lieu de brun ou noirátre, mais les 
feuilles correspondent parfaitement à celles de VUlei, les glandes des bra- 
ctéoles sont courtement et robustement stipités ou presque sessiles, les éta- 
mines sont en général nombreux (5 à 9, le plus souvent 6 à 7). 


* Hirtella tocantina Ducxr n. sp. 


Arbor submedia. Ramuli sat graciles, pilis parcis adspersi. Stipulae 
lineares arcuatae vel oblongo-falcatae, circa 5 mm. longae. Folia vulgo 
10 ad 15 cm. longa, 3 ad 5 em. lata, oblonga, basi saepe cuneata et in pe- 


' (83) Quelques doubles de lherbier du musée du Pará ont été envoyés au Bri- 
tish Museum sous le nom de H. tenuiglandulosa qui n'a pas été publié. 


— 267 — 


tiolum (vix usque ad 1/2 cm. longum) acutata ibique saepissime subauri- 
culato-dilatata, apice sensim breviter acuminata, tenuiter coriacea elas- 
tica, glabra, vix nitidula, nervis supra tenuiter subtus fortius prominen- 
tibus, venis utrinque tenuissime elevatis. Paniculae subcylindricae primo 
adspectu subracemiformes, in axillis superioribus solitariae terminalibus 
interdum binis, folio parum breviores, parce pilosulae, multiflorae at parum 
densae, pedunculo mediocri vel sat longo saepe bracteis nonnullis fulto, 
ramulis 1 ad 2 em. longis erecto-patentibus, paucifloris vel saepe uni- 
floris; bracteae subpersistentes, lanceolatae, in pedunculo et rachide circa 
3 mm. longae, im paniculae ramulis breviores et margine minute glandulo- 
sae (his glandulis capitatis sessilibus); pedicelli saepe 1 cm. longi, infra 
medium distincte articulati ibique annulo pilorum instructi, sub flore non 
bracteolati; calicis tubus campanulatus, lobi obtusi intus modice albidose- 
ricei; petala his distincte longiora, oblonga, in vivo alba; stamina ut vi- 
detur constanter 3, glabra, rosea, circa 1 1/2 cm. longa; ovarium longe et 
dense flavidohirsutum, stilus basi longe pilosus. Fructus ignotus. 

Habitat sat frequens in silvis primariis propre Alcobaça fluvii To- 
cantins paraensis, |. A. Ducke 17-7-1916 n. 16.274. 

De Paffinité éloignée de triandra et bracteata, remarquable par les 
feuilles três souvent un peu auriculé-dilatées à la base, les ramifications 
souvent uniflores de la panicule, les bractées munies de petites glandes, 
les pédicelles non bractéolés mais munis d'une articulation portant un an- 
neau de petits poils. 


“ Hirtella obidensis Ducxk n. sp. 


Arbor submagna (circa 15 ad 20 m.) Ramuli robusti, densissime ca- 
norufescenti-subvilloso-tomentosi. Stipulae lanceolatae parvae. Folia vulgo 
Io ad 15 cm. longa et 4 ad 6 cm. lata, petiolo brevissimo crasso tomen- 
toso, oblonga vel obovatooblonga, basi obtusa vel anguste rotundata, apice 
saepius breviter acuminata, coriacea, supra vix nitidula et paesertim costã 
pilosa, subtus opaca tomentoso-hirta nervis longius hirsutis, nervis et ve- 
nulis supra impressis subtus elevatis, venulis dissite reticulatis. Paniculae 
terminales sat amplae ramosae, dense rufo-velutinotomentosae, mediocri- 
ter vel sat longe crasse pedunculatae, parte floriferã ad 6 cm. longã ramis 
ad 2 em. longis validis patentibus; bracteae bracteolaeque breves (usque ad 
1 1/2 mm.), triangulari-lanceolatae dense tomentosae; pedicelli vix ultra 
3 mm. longi, crassi; calicis extus fulvotomentosi tubus brevissimus, tur- 
binatus, lobi cirea 4 mm. longi intus albidosericei, petala subaequantes ; 
stamina in floribus examinatis 6, rosea, circa 2 cm. longa, hinc illinc pilis 


a A 


longiusculis adspersa; ovarium fulvido-hirsutissimum, stilus usque ultra 
medium pilis pallidis longissimis ornatus. Fructus ignotus. 

Habitat in silvis primariis, terris altis inter rivulos Ubim et Cedro 
prope Obidos, 1. A. Ducke 15-7-1918 n. IZ.113. 

Cette espêce a évidemment de Vaffinité avec le commun H. eriandra 
Benth., mais le duvet velouté beaucoup plus développé des petites branches 
et des panicules, les feuilles plus grandes et plus dures et surtout Pinflo- 
rescence beaucoup plus courte et large lui donnent un aspect três diffé- 
rent qui rappelle celui de Iespece H. hebeclada Moric. du Brésil méridio- 
nal. Cette derniere a cependant des inflorescences racimeuses avec étami- 


nes glabres. 


+ Hirtella punctillata Duck: n. sp. 


Frutex elatior. Ramuli validi, dense lenticellosi et parce adpresse pu- 
bescentes. Stipulae subulatae parvae caducissimae. Folia subimbricata, 
vulgo 2 ad 5 cm. longa, 1 1/2 ad 2 1/2 cm. lata, petiolo brevissimo, elli- 
ptica vel obovata, basi obtusa vel rotundata, apice obtusa rarius rotundata 
vel retusa, coriacea sat rigida, subglabra, subtus pallidiora, utrinque opaca 
vel supra parum nitidula, subtus punctis (glandulis?) pallidis minutis at 
sub lente valde conspicuis dense conspersa, nervis et venulis utrinque te- 
nuiter prominulis vel venis subobsoletis; folia novissima utrinque strato 
sublanoso detergibili alba. Paniculae terminales et in axillis superioribus, 
breves (folio parum longiores), ramosae, subcorymbiformes, mediocriter 
pedunculatae, undique breviter adpresse pubescentes; bracteae parvae (vix 
1 1/2 mm. longae) lanceolatae ; pedicelli usque ad 8 mm. longi, supra ba- 
sm articulati annuloque pilorum brevium instructi, sub flore non bracteo- 
lati; calicis tubus oblique campanulato-turbinatus vel breviter subcylindrico- 
campanulatus, lobi plus minus oblongi intus dense canosericei 3 ad 4 mm. 
longi; petala lobis calicis subbreviora; stamina in floribus examinatis 7, 
glabra, rosea, circa 3/4 cm. longa; ovarium fulvido-hirsutum, stilus basi 
pilosus. Fructus (unicus) obovatus, 12 mm. longus 8 mm. latus, nigrovio- 
laceus, minime ac disperse adpresse puberulus. 

Abundat in fruticetis marginalibus campi humoso-arenosi Campo 
Grande prope Porto de Moz fluvii Xingú inferioris, 1. A. Ducke 25-12-1916, 
n. 16.663. 

Cette espéce est de la parenté de VH. scabra Benth. mais ses feuilles 
plus ou moins imbriquées, obtuses et à face inférieure três distinctement 
pointillée (de petites glandes?) en la distinguent dês la premiêre vue. Je 
ne Vai encore observée qu'a la lisiere de la foret environnante le “Campo 


ao apo 


Grande” de Porto de Moz, remarquable par sa végétation fort variée ot 
abonde la belle et rare orchidée Sobralia hlhiastrum. 


Hirtella bicornis MART. ET Zucc. var. pubescens DúucxE n. var. 


A typo differt staturã elevatã (arbor circa I5-metralis), ramulis ju- 
nioribus inflorescentiisque sat dense canoferrugineo-pubescentibus, foliis 
magis oblongis: (aliquanto angustioribus), subtus substrigoso-puberulis, mi- 
nus nitidis. Fructus 12 mm. longus 7 mm. latus, obovatus compressus, 
apice utrinque breviter cornutus medio late emarginatus, nigroviolaceus, 
glabratus. 

Habitat in silvis primariis radicibus montis Curumú propre fluminis 
Trombetas faúces, 1. A. Ducke 4-1-I9I4, n. 15.299. 

Cette variété qui est un arbre assez grand de la forêt vierge, et non 
pas un petit arbre ou arbrisseau des plages sablonneuses et lisiêres de 
campo comme le type de [espece, ressemble à celui-ci dans tous les ca- 
racteres excepté la forme des feuilles et le revetement. 


Pará et Rio de Janeiro, 1915/1921. 


ApoLPHO DUCKE. 


APPENDICE 


Poids spécihques de quelques bois de Vétat de 
Pará, détermimés sur des échantillons secs 
par mr. Paul Le Conte. 


Ces échantillons proviennent du coeur d'individus adultes (1) et 
dont j'ai vérifié Vespêce botanique sur Varbre vivant (2). 


Moraceae 

* * Brosimum guianense ( Aubl.) Hub. muirapinima Trombetas 1,324 

» LeCointei Ducke aitá Obidos 1,358 

Olacaceae 

* * Minquartia guianensis Aubl. acariuba Obidos 0,95 
Leguminosae 
mimosoideae 
Pithecolobium racemiflorum Ducke angelim rajado  Trombetas 1,045 
Enterolobium maximum Ducke tamboriuva Tapajoz 0,64 
Cedrelinga catenaeformis Ducke cedrorana Trombetas 0,65 
Dinizia excelsa Ducke angelim Gurupá 1,15 


L. caesalpinioideae 


Dimorphandra paraensis Ducke . pracuuba branca Gurupá 0,99 
» » var. rufa Ducke  » vermelha » 0,858 
Copaifera reticulata Ducke copaiba Tocantins et 
Xingú 0,72 
+ * » Martii Hayne copaiba-jutahy Obidos I.I4 
* * Hymenaea courbaril L. jutahy grande >» 1,26 
* » palustris Ducke jutahy Gurupá 1,09 


(1) Chez les espêces dont le nom scientifique est précédé d'un asterisque, ces échantillons 
ont été extraits de la partie extérieure du coeur de gros trones qu'il n'a pas été possible abattre. 


(2)' A TVexception de quelques espêces des plus connues dans les pays, dont les noms 
scientifiques sont marqués de deux asterisques. 


* 


* 


Peltogyne paniculata Benth. 
> densiflora Benth. 
>» LeCointei Ducke 

Apuleia molaris Benth. 

Cassia apoucouita Aubl. 

» adiantifolia Benth. 


Martiusia elata Ducke 


Caesalpinia floribunda Tul. aff. 


Cenostigma tocantinum Ducke 
* Vouacapoua americana Aubl 
* » » ) 


* Campsiandra laurifolia Benth. 


Swartzia melanoxylon Ducke 


* TLeCointea amazonica Ducke 
* Zollernia paraensis Hub. 


L. papilionatae 


Sweetia nitens Benth. 

* Bowdichia racemosa Hoehne | 
Ormosia excelsa Benth. 
Alexa grandiflora Ducke 
Dalbergia Spruceana Benth. 
(Machaerium acutifolium Vog. 

* Tipuana erythrocarpa Ducke 
Vatairea guianensis Aubl. 


* Platymiscium nigrum Ducke 


>» Ulei Harms. 


* Hymenolobium complicatum Ducke 


* » 


* Coumarouna odorata Aubl. 
Humiriaceae 


Saccoglottis verrucosa Ducke 


Meliaceae 


Trichilia LeCointei Ducke 


) 
, 
» n.sp.?, stipulifera Harms aff. 


pulcherrimum Ducke 


— 21 — 


coataquiçaua Obidos 
pão Toxo >» 
» » daterra 

firme >» 
muiratauá Trombetas 
memby Gurupá 
muirapaxiuba » 

Eus Tapajoz 
muirapixuna Montealegre 
acariquara Tocantins 
acapú Belém 

“> Trombetas 
acapurana Obidos 
arapary da terra 
firme > 

— Tapajoz 
pracuuba Obidos 
pão santo Belém-Bragança 
itaubarana Santarem 
sapupira Gurupá 
tento amarello Santarem 

=— Gurupá 
jacarandá Obidos 

> Montealegre 

Eine Tapajoz 
faveira Gurupá 

— Obidos (Cicatan- 

duba) 
macacauba Obidos (Cacaoal 
Imperial) 

— Tapajoz 
angelim Xingú 
cumarú Obidos 
uchy-curía Obidos 


pracuuba da terra 


firme 


Obidos 


122 


>= 


1,12 


+» 


* 


* 


* 


* 


Vochysiaceae 


Vochysia obscura Warm. 
> paraensis Ducke 
» eximia Ducke 

Qualea glaberrima Ducke 


— 272 — 


Erisma calcaratum (Link) Warm. 


Celastraceae 


Góupia glabra Aubl. 


Sapotaceae 


Lucuma caimito R. et P. 
» —Duckei Hub. 


Glycoxylon pedicellatum Ducke 


Mimusops amazonica Hub. 


» Huberi Ducke 


Apocynaceae 
Aspidosperma Duckei Hub. 


Rubiaceae 


Calycophyllum Spruceanum Benth. pão mulato 


! 
' 


/ 
' 


l 
f 


quaruba Faro 
» Gurupá 
— Faro 
mandioqueira Gurupá 
jaboty » 
cupiuba Belém 
abiu Obidos 
abiurana grande » 
ajaray (da cam- - 
pina) Gurupá 
massaranduba ou 
maparajuba Obidos 
massaranduba » 
muirajussara ou 
bucheira Obidos 
Obidos 


0,90 


ERRATA ET CORRIGENDA 


1 — ligne 30 : supprimez Macoubea. 


26 — 
34 — 


» 35: supprimez mais pas encore bien connu. 


» 3het 35: supprimez hujus generis ei generis Perebea 


speciebus: 


36 — ligne 8: aulieu de (femelle = lisez (femelle) = 


51 — 
68 — 


» 49: auleu de folia lisez foliola. 


» 34: lenom Pithecolobium racemiflorum Ducke 1915 
(non Donnel Smith 1913) doit être remplacé par 


P. racemosum Ducke n. n. 


89 — ligne 27: au lieu de n. 16610 lisez (n. 16610. 


94 — 
96 — 
123 — 


200 — 


- 201 — 


205 — 
209 — 
249 — 
234 — 
235 — 
235 — 


244 — 


242 — ligne 5: au lieu de Parahancornea lisez Parahancornia. 
» 44: remplacez le nom Pithecolobium racemiflorum par 


270 — 


» 30: aulieu de si Ion trouve lisez si Von se trouve. 


» . 4: au leu de crie lisez cire. 


» 28: au lieu de «jacarandá» do campo coberto 


«jacarandá do campo coberto». 


- 124 —ligne 27: au lieu de Swartzia bracteosa lisez Sopro 


bracteata. 


- 196 — ligne 4: au lieu de inautes lisez hautes. 
» 3d3et 34: supprimez Terminalia lucida (determination 
faite par J. Huber sans avoir vu les fleurs; 
en réalité il s'agit d'une espéce nouvelle du 


genre Buchenavia ). 
» 20: au lieu de été lisez étai. 
» 22: au leu de celle-ci lisez celles-ci. 
» 27: au lieu de S. Luiz lisez Cururupú. 
» SA : au lieu de I9g20 lisez IgIg. 
» 22: au lieu de mediae lisez magnae. 
» 32: au leu de crasse at lisez crasse (at. 


» 33: au lieu de longitudinaliter rugoso lisez longitudi- 


naliler) rugoso. 


- 237 — ligne 14: au lieu de horizonials lisez horizontauz. 
» 48: au lieu de Forma robustior lisez Formam robus- 


tiorem. 


Pithecolobium racemosum. 


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Table alphabétique pour les deux 


ebihy SAM. dd. DAN 
abiu-rana grande . 
Acacia altiscandens.. 
» articulata .. 
> paraensis ..... 
> polyphyla ... 
Acanthaceae 


..... 


EUCUO Medove Mto o O coatora) 
acapú-rana 
acariquara 
acariuba 
acary 


enc ns v uu 
envase... 
esco... 
escores no... 


acaúa 
acentua Ss Ah. ses 
achuá-rana 
açoitacavallo 
Adiscanthus ......... 
>» fusciflo- 

rus .. 
Agonandra brasilien- 
US e ÃO o ao gota 4% 
Agonandra Duckei... 
> silvatica.. 
ELLA BR ho o o nerecvrare à 
Tay se do sor esarerara o 
Alexa grandiflora.. 
Alibertia sorbilis.... 
Alseis longijolia..... 
Alstroemeria amazo- 
nica 
amapá 


onerar oo nn ve 0. 


cores sa 


ve cera. 


vce cre. 


cercou. . 


amapá-rana ......... 
Amaryllidaceae ..... 
Ambelania grandijflora 
Amphiodon effusus... 


Anacardiaceae ....... 
Anacardium brasilien- 
SONO 

> gigante- 

MM DES 

> microcar- 

pum .... 


II 


II 


II 


121 


178, 179 
208 
186 


, 180 


187 


12, II 21 
240 

34 

201 

202 

201 


202 


Anacardium occiden- 


> tale cs. 
>» Sprucéa- 
> NUM .c.s. 


Andira amazonum... 
andiroba” ss 

CENSUS SA SAS o RE 
angelica do igapó.... 
angelim **..'... 1502 
angelim pedra ...... 
angelim rajado ...... 
Anonacege 


cesasa sa ss 


ves. as. 


> amazoni- 

CUST MS. 

Antonia ovata ...... 
Apeiba albijlora ..... 
Apocynaceae 
apolo” . mio mam 
Apuleia molaris...... 
Araliacene Ns ddgas 
arapary da terra firme 
araracanga 
aroeira, Wa Ar. ra iam 
Aspidosperma 
manthum ..cccccs 
Aspidosperma Duckei 
Aspidosperma excel- 
SUMA No Db, o EP 
Aspidosperma inunda- 
BRENO ars A pe a 
Aspidosperma nitidum 
Asterolepidion ....... 
>» elatum 
Astronium fraxinifoli- 
UMAS MA Roi rd o ES 
Astronium LeCointei. 
pacurubas aaa 
Baiesia floribunda... 


“ecos casa 


Bauhinia acreana... 
> bombaciflora 
>» coronata . 
>» TERA ARO RCE 
Bs Kunthiana.. 


parties () 


II 


II 
HR 
II 


202 


202 
35, II 154 
191 


263 

240 

39, II 77 
37 

69 

42 

38 


39 

54 

209 

239 

206 

27, II 110 
228 


JUL 


107 
104 
109 
109 
108 


(+)! Les separata de la premiére partie (Archivos vol. 1) ont reçcu une numération 


inférieure de 4 à celle du volume complet. 


Jardim Botanico 


18 


Bauhinia longipedicel- 


Po ps PP E 
» macrosta- 
ChYG umm=i o 
» platycalyr.. 
platypetala.. 
>» pterocalyz 
> rubiginosa.. 
>» rutilans..... 
>» Siqueiraei... 
» speciosa 
> viridiflora.. 
Bignoniaceae ........ 
bois de lettre........ 
Bomarea edulis..... 
Bombacaceae ........ 
Bombax longipedicel- 
TOtum aco. ceratmos 


Bonyunia antoniaefo- 
ta AE EE.» 
Bowdichia brasiliensis 


» Freirei 
» Martiusi .. 
» nitida .... 
>» racemosa . 
» virgilioides 
» synopse 
des especes 
Brosimopsis ......... 
» acutifolia . 
» oblongifo- 
o RD 
Brosimph 43.. usas 
» acutifolium 
» angustifo- 
HUM... 
» discolor... 
» glaucifoli- 
UM cs unit 
>» guianense. 
» lanciferum 
» LeCointei. 
» ovatifoli- 
RE ss upánss 
» paraense. . 
» parinarioi- 
des Marim 
>» potabile... 
» rigidum... 
pues E RE dseõ, ço 
masi Os -Lo... css 
Byrsonima melanocar- 
DO cd gta dos 
cabeça de preguiça... 
cachaceiro 1.........:. 


cachimbo de jaboty... 
Caesalpinia bonducel- 
Ukinas áreas & 

>» floribunda 


245 
135, 136 


180 
209 
183 
198 


28 
118 


— 274 — 


Ch dd DARE ei 
Calliandra jfatlcifera.. 
» Kuhlmannii 
» tergemina . 
» tocantina 
Calycophyllum — Spru- 
toques. L.isida..f 
Campnosperma gum- 
MATERUM scams atepntrá 
Camptosema nobile.. 
» Sanctae- 
Barbarae 
Canavalia albiflora.. 
» obidensis.. 
Capirona Duckei..... 
» Huberiana.. 
capote DLL... Bb 
Caraipa ampla....... 
» MECABA ass» 
>» foveolata 
» glabrata ... 
» GRVTOT. ossadas 
» myrcioides ... 
» palustris 
» paraensis .... 
» psidiifolia 
» punctulata ... 
>» reticulata .... 
» clef des especes 


“Carapa macrocarpa.. 


carapanauba 
Cassia adiantifolia... 
»  amazonica 
» apoucouita .... 


uu. 


> bdacillimis.,.. isa: 
»  chrysocarpa .. 
>» curpifolia ..co. 
>»  DEMUGUTA., sem 
» nha suo DK 
»  hispidula ...s- 
> Voa cu. aeain 
» moschata . 

> LIDAMENSIS, casas 
» quinquanguiata. 
so srubrifiora ..... 


»  Sagotiana 
» scleroxylon .... 


»  s6BeCENS prOS VA: 
»  Spruceana 

> SMDIEA casas 
>  uniflora -goilzm 
DU AMRRONO is sie 


» vinguensis 
Cassupa secarlatina... 
castanha de arara.... 
CastillamdUtei. ..... 
COUCE rs = e nara 
cauchoTana qe smp mr 


|O eRMBUI ctia oia iodo nE 


201, 202 


28, II 116 


28. 1 111 


Cedrela Huberi 
>»  macrocarpa 
» odorata 


...... 


cedro. Su dd. mA 
cedro-rana .......... 
Celastraceae ......... 
Cenostigma Gardne- 
rianum . 
>» macro- 
phyllum 
> tocanti- 
num ... 
Centrosema latissi- 

—-mum 
>» Lisboae .. 
>» platycar- 
pum .t... 
Cephalostemon | cype- 
raceoi- 

des 

» gracile. 
Chaunochiton | brevi- 
» florum . 
» Kappleri 
Chimarrhis turbinata. 
Chrysophyllum ino- 
phydlum' o. cespe a 


cipó corimbó .... 
Clarisia racemosa ... 
Clathrotropis flava... 
Clitoria amazonum... 
>» obidensis 
> vacemosa 
>» Snethlageae 
»  stipularis 
coataquiçaua 
condurú de sangue.. 
Convolvulaceae 
copaiba jutahy 
copaiba marimary . 
Copaifera Martii.... 
> multijuga 
> reticulata 
copuda 
coração de negro..... 
COLIMDO je iqire o ais 
Costus pulchriflorus. 
Couepia bracteosa.... 
> chrysocalyx 
> rufa 
Couma guianensis .. 
»  macrocarpa ... 
»  pentaphylla ... 
RUE LAS à res e SO 
Coumarouna odorata. 
>» polyphyla 


ecos va... 


II 


II 


— 275 — 


189 

189 

190 

70 

188 

17. VILTO, 193, 
O (194, 205 

205 

120 n. 

120 n. 

29, II 120 


166 
167% 


166 


10, II 21 
11, His2d 


253 


Coumarouna speciosa . II 162 
> tetraphyl- 
Tas ni sisue II 163 
>» , Synopse 
des espe- 
CeS . sbul II 163 
Cratylia floribunda.. II 168 
Crudia aequalis...... IH 91 

> obliqua ...... T 22 

» parivoa ...... T 22, II 90 

>» spicata ...... I 23 
cumarú hs ss. I 41 
cumarú-rana ........ II 142 
eumatê 4434: .04: 208E II 224 
cumbeira, :.::. listue II 123 
cupiubagiIiTisssss. =. II 205 
Cusparia trombetensis II 183 
cutimandioca ....... II 47 
CUEL and Dessas II 234 
cutitiriba, é ssgteta: II 234 
cutitiribá-grande II 234 
cutitiribá-rana ...... II 233 
CGucadacege ! ssa I 9, II 19 
Cyclolobium amazoni- 

CUM o Ao SPO Pia II 146 
Cynometra Spruceana T22 
Dalbergia atropurpu- 

Vig elo À DE CNERERE 11 II 145 

>» pachycarpa II 145 

>» TIDETÃO . acer I 34 

> Spruceana . TI 34 

» subcymosa . II 144 

» tomentosa . II 144 
Dicorynia paraensis. I 28, II 117 

Dicranostyles villosus II 250 

Dilkea Johannesii.... II 222 

» UI. ssaoas II 222 

> Wallis: II 223 
Dimorphandra ma- 

crostachya ........ I 20, II 84 
Dimorphandra mega- 

carpa [NEC ta IE 79 
Dimorphandra multi- 

SILAS LO A a ds E RR II 85 
Dimorphandra | para- 

EM STS | PD a ftp 
Dimorphandra penni- 

Men MPS NT No e A TI 84 
Dimorphandra veluti- 

MUDE TA ND A ca ABA I 20, II 85 
Dimorphandra verni- 

COSG! MM A o do I 20 
Dimorphandra, clef 

des especes ....... II 86 
Dinizia excelsa ...... TI 76 
Dioclea bicolor ...... I 42 

» densiflora ... I 41, II 169 

>» GUBD ID isto ltd I 42 

>» Eruberi Soto II 172 


Dioclea macrocarpa .. 
>» malacocarpa 
» sclerocarpa 
>» violacea 
Dipladenia calycina.. 
» tenuifolia . 
Diplotropis 
>» brasilien- 
sis 
» Martiusii . 
Dipteryx 
» odorata 
» oppositifolia . 
» tetraphylla .. 
Discolobium | tocanti- 
num 
Drepanocarpus 
Drepanocarpus aristu- 
latus 
Drepanocarpus crista- 
castrensis 


eco. o o e. 


....... 


eco o s o 0 


..... 


uu. ... 


una. no 0. 


Drepanocarpus  fron- 
ADEUS ah disso 
Drepanocarpus macro- 
DhyILUS E. del eraticasess. 


Duguetia cadaverica.. 
» flagellaris . 


>» rhizantha .. 
Dyssochroma  viridi- 
tTlorum *E Asuca cd 


Echyrospermum  Bal- 

thazarii 

Ectozoma Ulei 

Elizabetha paraensis. 

» , Synopse des 
especes 


Englerella 
Enterolobium max i- 
MMA: ancas crnga nt A 
Enterolobium Schom- 
burgkii 
Enterolobium timbou- 
DO mario a o aloe te PET UA 
Clivirelra sa .EEis. sora 
envireira do campo.. 
BTICAGEd E O . quimstafsegiei 
Eriosema rufum .... 
Erisma calcaratum... 
>» uncinatum 
Erythrina xinguensis. 
Erythrochiton brasili- 
ENSC ni st» Ee Sia pe ipi 
eSPoOnJelra. «ccsapador 
Etaballia guianensis.. 
Euphorbiaceae ...... 
Buxylophora paraen- 
RES Ds Jess RO 
fava de empigem..... 
faveira 


e esa su. 


uu... .... 


DESIRE. 


2b1 n. 


79 
55, II 250 
102 


103 
230 


13, II 62 


13 


52, II 229 
174 
50, II 198 
51, II 198 
167 


“41, II 164 


198 


183 
154 
154 


— 2716 — 


| 
| 


Ferdinandusa cordata 
» elliptica. 
» nitida .. 
» paraen- 
BS dei 


» scandens 
fruta de anambé ... 
frutão 
Gaylussacia amazonica 
Geanthemum ........ 
Geissospermum | seri- 
COUM cuco cs stEda 
Gilibertia palustris... 
Glycoxylon ..cc ce mt. 
» Huberi 
» inophyllum 
» pedicella- 
tum 
Glycydendron amazo- 
nicumbBk: Nhso siso Gaio 
gonçaloalves ........ 
Goupia glabra ....... 
> paraensis 
guajará 
guariuba 
Guttijeraeh daN: 
Haemodoraceae ..... 
Hancornia amapá . 
» speciosa 
Hebepetalum hum i- 
riaefolinim: +. . een 
Heisteria Klappleri ... 
Hirtella bicornis ... 
» glandulistipu- 
REA ras ms p 
» glandulosa .. 
» tancifolia 
>» obidensis 


ne nn. 


» punctillata .. 

» tocantina .. 
Hortia IDilekel sm 

» CORBIS: art cho 


>» longifolia 
» — megaphylla 


Humiria floribunda.. 
Humiriaceae ........ 
| Humirianthera Duckei 
Hymenaea courbaril.. 
» intermedia . 
» microcarpa. 
>» microphylla 
» oblongifolia 
» palustris 
» parvifolia . 
» pororoca . 
» , Syncpse 


des especes amazo- 
niennes 


258 
258 
258 


259 
260 

201 

232 

53, II 229 
42, 43 


246 
228 
234 
235 
234 


235 


24, II 93. 
23 
23 


93 


Hymenolobium - com- 
plicatum 
Hymenolobium elatum 
Hymenolobium excel- 
sum 
Hymenolobium mo- 
destum 
Hymenolobium petrae- 
um 
Hymenolobium pul- 
“* cherrimum ........ 
Hymenolobium, syno- 
pse des especes.... 
Icacinaceae 
Inga acreana 
» auristellae 
» Bourgoni 
» brachystachya .. 
>» bullatorugosa 
>» calophylla 
>» cayennensis .. 
» cecropietorum ... 
» cordatoalata . 
» Duckei 
» edulis 
» fagifolia 
» Ffalcistipula 
>» glomerijlora 
» gracilifolia ... 
» grandiflora 
» Huberi 
“ » inundata 
» lateriflora 
» longiflora 
» longipedunculata 
» macrophylla 
» microcalyzx . 
» nitida 
» oObidensis 
» peltadenia 
» vpolyantha 
» quadrangularis . 
» Sanctae-annae 
» scabriuscula 
» setifera 
» speciosa ....... 
» subsericantha 
» superba 
» tenuistipula 
» Thibaudiana 
» Xinguensis 
Leia do P 
Isertia coccinea...... 
»  viscosa 
itaúba-rana 
jacamim 
Jacarandá 


Decos nos 0 04 


cocos oro sa ne 0a 


sa... 


“2.0 04. 


casa sas 


car. 


e vcs sas. 


e. css. 


cvs... 


cena... 


e. o na 


cerca... 


cercas a. 


secs ca o san aa 


ever ara va 


eva ro 


— 271 — 


12, II 58 
58 

55 

57 

51 

57 

48 

66, 69 

260 

260 

31, II 137 
246 

34, II 122, 123, 147 
118 


Jacqueshuberia .quin- 
quangulata 
jejuira 
Joannesia heveoides.. 
jurema branca ...... 
Koutchubaea insignis. 
Lanessania 
LeCointea 
>» .— amazonica. 
Lecostemon amhzoni- 
cum 
» crassipes . 
» macro- 
phyllum 
Leguminosae 
Leucaena Ulei 
Leucothoe Duckei ... 
Licania capinensis... 
»  parinarioides . 
Linaceae 
Linostoma albifolium. 
Loganiaceae 
Lonchocarpus discolor 
> floribun- 
dus 
> nicou 
> nitidulus 
> panicula- 
BUS ==. 
» Spruce a- 
MUS acl 
calophyl- 
loides . 
> Dinizii . 
> ovatum . 
Lucuma acreana..... 
> dissepala. 
» Duckei 
> lateriflora 
» macrocarpa 
>» pariry 
>» parviflora ... 
>»  rivicoa 
> “speciosa 
Luhea cymulosa ..... 
» paniculata 
>» parvifolia 
» rosea 
» speciosa 
macacauba 
Macairea 
>» viscosa 
Machaerium | acutifo- 
Tium 
> castan ei- 
florum 
>» caudatum 
> decorti- 
cans 


occur na ca 


ecos cs ns 024 


..... 


Lophostoma 


0.0 vs. 


ec css. 


se cuca sn aa 


cuca ses. 


II 47 
II 74 


IL. da 


Machaerium frondosum 
> Teiophyl- 
lum 
» lilacinum 
» longifo- 
» lium 
» macro car- 
pum ... 
» paraense . 
Macoubea 
» quianensis . 
Macrolobium arena- 
rium 
» campestre 
>» Huberia- 
num: .... 
» puncta- 
tum 
» Rondo- 
nianum . 


mairá 
Malpighiaceae 
mamma de cachorro.. 
mandiocassú 
mandioqueira 
mangabeira 
maparajuba 
maparaná, Ste 
mapuxiquy? .:f.. ces.» 
Marckea camponoti .. 

> cocecinea 

» formicarum 

> Peckoltiorum. 

» sessiliflora 

» viridiflora 

» , synopse des 

especes brési- 
liennes 

Maripa reticulata 

» tenuis 
Martiusia elata ..... 
massaranduba ....... 
Matisia bicolor ...... 
Melastomaceae 
Meliaceae 
memby 
mercurio vegetal .... 
Meriania paraensis .. 
Microlicia paraensis.. 
Mimosa cataractae ... 

> ertensissima 

> S c hom burgkii 

> schrankioides . 

» terminalis .... 


...... 


Mimusops amazonica. 
>» excelsa 
» Huberi 
» maparajuba 
» paraensis 


151 


151 
147 


146 
152 
149 
239 
240 


101 
26, II 101 


26 


236, 237, 238 


246 
65 


55, II 250, 251 


55, II 251 
55, II 251 
251 
56, II 251 
251 


251 
248 
249 
116 


236, 237, 238 


210 


| Ormosia 


| pajurá 


— 278 — 


ice» : - ! 
Minquartia guianensis 


MmiTIndADAS SP. Dicas 
molongó “S.i...vsuims 
Moquilea rufa ....... 
Moraceae 
Moronobea pulchra . 
Mostuea brasiliensis . 
Mouriria brachyanthe- 


na. 


RO rs e dra 
>» cearensis ... 
» Hubert .cc su. 
» trunciflora 


Mucuna altissima ... 
mucunan 
muirajuba 
IQUiITaJUSSADA, *;. esses 
muirapaxiuba 
muirapinima 
muirapiranga 
muirapixuda....4oaa 
muirapixy 
muiraquatiara 
muiraruira 
muiratauá 
DIVALADIDEA Sm ersporevero 
muiratinga da terra 

TAVELE? MM q sduiers ratorstedoio 


....... 


RD OM al 


MULULCA ON 2 cs ato pote 
mururé-rana os ci 
IUCN SVe a 
NQUOCLCONSLS E sen E 
> caloneura . 
» UEGUIASS sa 


Nealchornea japuren- 
SÃB cio Sape RATO ob ADO 
Neptunia plena 
Noyera mollis 
oiteira 
oity-coró 
Olacacede PES e ta una 
Olmedia caloneura .. 
» erythrorhiza . 
» grandifolia .. 

» maxima 
» mollis 
» obliqua 
Olmedioperebea 
Olmedioperebea 
rophylla 
Oncodeia 


..... 
a Veda) MGM O Ford 676 Té a 


scle- 


» amazonica 

> Coutinhoi ... 
» excelsa 
» macrophylla . 
> macrocalyz . 

» MODUS - mu. 
» trifoliolata .. 


Datenaa Pois o 0. vio a 


40 

200 
240, 241 
43, 46 
22, 263 
213 

53 


227 

227 

227 

226 

168 

172 n. 
27, II 110 
244, 245 
116 

28 

24 

115, 118 
201, 233 
203 

110 

110 

33 


34, 37 
30 

21 

155, 165 
38 

38 

38 


291 
15, EI 76 
36 
79 
46 
40 
38 
40 
36 
32 
37 
31 
33 


34 

38 

135 

139 

136 

137 

138 

137 

138 

33, II 138 
44, 46, 231 


palissandre 
Palovea brasiliensis. . 
pão amarello ........ 
pão de candeia 
pão de cubiu ........ 
pão de remo ........ 
pão dôce 
pão marfim ......... 
pão MOCÔ -.-.- mando 
pão mulato ......... 
páo mulato da terra 
BETE: SM ds sais vas 
DaBI preto fo 4... do: 
não roxolt Li... pias 
pão roxo da terra fir- 
ne ss Ss inaÉpis 
pão santo 
Parachimarrhis 
> brevi- 


eso nana. 


rca n 


evcntana. 


paracutaca 
Parahancornia amapá. 
Patanary0s de. ase ss 
MARCAM +. ADS aa E 
paricá grande da var- 

ed SS SL capnises 


acne, 


Parinarium bdarbatum 
> brach ysta- 
chyum 
> laxiflorum 
> montanum 
>» Rodolphi . 
PaABInarya:. 44..... spy 
PRRREENA Sar. do... cu 


Parkia, clef des espe- 
ces  brésilien- 
DES Forte setarero 
»  discolor ...... 
>» gigantocarpa.. 
>» multijuga 
>  oppositifolia 
>»  paraensis 
>»  pectinata ..... 
>»  platycephala 


Passifloraceae ....... 
Passiflora longirace- 
TITS Ae de E RR 


Peltogyne campestris. 
» confer tiflora 


>» densiflora . 
> floribunda . 
> LeCointei 
> maranhen- 
SOS a cebytfo cid 
> paniculata . 
> paradoxa 
» > paraensis 
> +  "synopse 


des especes 


1 
I 


IH 
I 


— 279 — 


147 

27, II 102 
183 

18, II 79 
207 

256 

234, 235 
42 

133 

50 n. 


50 
123 


25, II 97n. 


97 
130 
253 


45 


18, II 79 
19 
79 
19, II 80 


221 
24, 1 96 


25 n., II 97 n. 


25, 11,970. 
97 
96 


I 25 n. 


24, II 94 
95 
25 


98 


Pentaclethra jfilamen- 
tosa 
Perebea FR: sta! 
> guianensis 
» LeCointei ... 
>» mollis 
> paraensis 
Phaseolus firmulus .. 


usas nao na 0 


>» longirostra- 
CUL s Signo ME 
Piptadenia amazonica 
>» catenaefor- 
MIS sssua: 
» foliolosa 
» minutifio- 
FD NOTA 
> peregrina . 
>» p silo st a- 
(67 /M) [0/1 Dee oça 
>» suaveolens 
Piratinera ada starts da e 
> guianensis . 
Pitaica estos sai nos 
pitaíca da terra firme 
Pithecolobium | acaci- 
oides ... 
>» amplum. 
>» brevispi- 
catum 
> cochlea- 
CUM 5 Saia o 
>» Dinizii . 
>» Duckei . 
> elegans . 
> jurua- 
num 
» longiflo- 
rum 
>» Tongir a- 
mosum . 
>. macroca- 
lya 
>» multijfio- 
rum 
» niopoi- 
des 
> paraua- 
quarae 
>» par vifo- 
lium 
>» pedicel- 
lare 
> racem i- 
florum 
>» Spruceda- 
num 
Plathymenia foliolosa 
>» reticulata 


II 174 
117, II 65 


PL TE RITO 
I 16, II 78 


131, II 127 
II 127 


II 69 
II 68 


II 68 


I 13, I1 63 


114, 11 65 
II 67 
II 64 
1 14, 11 65 
II 65 
II 63 
II 69 
I 13, 1163 
114, II 68 
I 14, 11.65 


I 18 
I 18, 1179 


Platymiscium Duckei. 


> filipes 

> nigrum. 
» paraense 
» Ulei 


Pleragine rufa 
Potalia amara ....... 
Poupartia amazonica. 
pracuuba ..sescmabhs 
pracuuba cheirosa . 
pracuuba da terra fir- 
MO. ora crs» rADIBE 
pracuuba dôce ....... 
Pseudochimarrhis tur- 
DINGTO. «oasis inda toid 
Pseudolmedia obliqua. 
Pterocarpus Kuhlman- 
NOV careta da 
» ormosioi- 
des 
puruhy grande 
Qualea amoena ..... 
» — arirambae .... 
» Caerulca 'Lc-n 
» — cassiquiarensis 
Sd IDEIA om 
» glaberrima 
»  grandiflora 
8 dg Ta fd (OR Sra 
»  paraensis 
» retusa 
5 MESDeCiosA -S21,% 
»  Wittrockii 
uaruba CMS. 
quina-rana 
RADATEACEGE aaa td 
Raputia paraensis ... 
» sigmatanthus 
Rauwolfia pentaphylla 
Remijia amazonica .. 
Rhabdodendron ama- 
SOMCUNL sua o ANNA 
Rhabdodendron 
FAMADRO d. suá us A 
Rhabdodendron 
lummnare .... HUM, 
Rhabdodendron 
SIDES» ao rá mus 
Rhabdodendron 
ckei 


Us, wo 


COLE qc mpi o a E 
Rhabdodendron 
crophyllum 
Rhabdodendron 

culatum 
Rosaceae 
Rubiaceae 
Rutaceae 


1 


8! 


IH 


II 
II 


— (DD — 


156 
156 
157 
36 
36, 
46 
54 
204 
21, 


130 


II 157 


II 86, 129 


192 
235 


255 
31 


155 


154 
262 
197 
47, II 195 
50, II 196 
47, II 195 
49 
46, II 195 
50 
196 
48, II 197 
46 
49, II 197 
195 


43, 50, 51, II 193 


246 
10, II 21 
184 
185 
244 
255 
181 
181 
181 
181 
181 
181 
181 


181 
43, 264 


Saccoglottis amazoni- 


nica «int 
» cuspidata 
» excelsa 
» guianen- 
NRO: acaso 
5) uchi . 


» verrucosa 
Salvertia convallario- 
dora ENG abs ma 
Sapotaceae 
Sapupica Vo. siso ssniirerato 
sapupira da varzea... 
Schefflera paraensis.. 
Schieckia orinocensis 
Schizolobium | amazo- 

nicum 
» excel- 

sum 

Schradera brasiliensis 
» polycephala 


mjadeio E a E O 


Sclerolobium  chryso- 
DRUM Soo a orerototeto 
Sclerolobium myrme- 
cophilum «...:181.4 
Seclerolobium panicu- 
tatum 6H. dd. WIM 
Sclerolobium  paraen- 
SC dios A Roda e ddr, TR 
Sclerolobium | physo- 
DROLUNVE . ds o IRIS 


Soaresia nitida ..... 
Sohnreyia excelsa.... 
Solanaceae 
Solanacées épiphytes 
sur les nids des 
LourmiB? adP.. sstssass 
Solandra paraensis .. 
» viridiflora . 
sorva 
sorva grande 
sorva pequena 
Spathanthus 
NOVAS si ERA aaa 15 à co MONO 
Sterculia elata 
» pilosa 
» pruriens 
» speciosa 
Sterculiaceae ....... 
Stryphnodendron flo- 
ribundum 
Stryphnodendron 
guianense 


mata a w Sula dm O SUP a 
Rivio & 6,00 


...... 


unilate- 


..... a... 


Stryphnodendron po- 
lyphylum ..scco.. 
Stryphnodendron pur- 
DUTCUNT E soa 000 ARA 


Swartzia acuminata.. 
» aptera 


-— 


II 
II 


IH 


179 
178 
178 


178 
177 
177 


42 
230 


31, 32, II 131 


33, II 131 
228 
21 


28, II 117 


28 
261 
261 


30 
30, II 91 
30 
30, II 121 


30 

40 

188 

54, II 250 


57 

54 
251 n. 
243 
243 
243 


21 

211 
212 
213 
213 
211 


16 
16 
16 
16, II 76 


31, II 127 
126 


Swartzia auriculata 
> bracteata 
» corrugata .. 
» cuspidata 
> grandifolia . 
> melanocardia 
» melanoxylon 


» platygyne .. 

> polycarpa 
» psilonema .. 
» racemulosa . 
>» recurva .... 
> Snethlageae. 

» stipulifera 

> tomentosa 
>» triphylla ... 
Sweetia nitens ...... 
tacacazeiro 
Tachigalia alba 
>» macrosta- 
chya 
> myrmeco- 
phila 
> paniculata . 
tachizeiro 
tachy branco 
tachy preto 

tamaquaré 
tamboril 
tamboriuvia 
Tanaecium nocturnum 
tapaiuna 
taperebá-cedro 

Taralea nudipes 
> oppositijolia . 


nc... 
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cr cnc aa. 
cerco s ssa 
secos as 0 0» 
sos sc nos 44 


Thevetia amazonica .. 
Thibaudia cupatensis. 
Thurnia sphaeroce- 
phala 
Thurniaceae 
Thymelaeaceae 
Tiliaceae 
BURIDO sedes ei letatoale aro 
timbó-rana .......... 
Tipuana amazonica .. 
> auriculata 
>» erythrocarpa. 
» macrocarpa.. 
Trichanthera gigantea 
Trichilia LeCointei .. 
> Sigueiraei 


coca s o ns 40 4 


coca... . 


eso ses 


— 281 — 


126 


31, II 135, 137, 139 
247 
53 


20 
20 
51 
208 
162 
17, II 78 
35, II 153 
133 
152 
153 
253 
Tod 
192 


Trymatococcus ama- 
SONUCUSO sein 
Trymatococceus para- 
Em SAS Nag RR 
Trymatococcus turbi- 
natus 
uacima 
UChy Bins A a ui 
uchy-curúa 
uchy-pucú 
uchy-rana 


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co css sn os 
“200 00» a 0 au 


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des 
EDTA RS Ss a aresta 
umiry-rana 
Vasivaea 

MES as Reta a 
Vantanea cupularis . 


alchorneoi- 


> guianensis 
Natrine Ri a 

> guianensis .. 
Merten 

» micranthera 
vinhatico ........... 
violete 


Vitellaria dissepala 
Vochysia costata . 
> eximia 
> ferruginea 
> floribunda 
» glaberrima . 
» grandis 


» inundata ... 

>» mapuerae 

» obidensis 

> obscura 

> paraensis 

>» vismiaefolia. 
Vochysiaceae ........ 


Vouacapoua america- 
(004 MRE EEE CA DE PAR 

Warszewiczia elata .. 

Zamia cupatiensis .. 
»  LeCointei .... 


»  obidensis 
>» Uleus ad 
Zingiberaceae ....... 


Zollernia paraensis . 
Zornia marajoara ... 

»  tenuifolia ... 
Zschokkea aculeata .. 


23 
22 


23 

209 

177 

177 

177 

179, 180 


141 
176 
46, II 196 


210 
179 


154 


10, II 20 
22 

130 

143 

143 

240 


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-EXPLICATION DES PLANCHES 


— Zamia cupatiensis, femelle. 
a bc — Costus pulchriflorus, fleur. 
d — Brosimum lanciferum, rameau florifere. 
— Olmedia maxima, femelle, rameau florifere. 
— Dinizia excelsa, rameau fructifêre. 
— Bauhinia bombaciflora, fleur épanouie et boutons (!% de grandeur 
naturelle). 
— Cedrelinga catenaeformis, rameau fructifere. 
— Jacqueshuberia quinquangulata, rameau florifere et valve de la 
gousse. 
— LeCointea amazonica, rameau florifere. 
— Ormosia Coutinhoi, gousse (grandeur naturelle). 
— » » » et graine (grandeur naturelle). 
— Saccoglottis verrucosa, endocarpe, coupe transversale. 
— Tipuana erythrocarpa, ) 
— Tipuana amazonica, - gousses (grandeur naturelle). 
— Pterocarpus ormosioides, 


oa Tr» 


— Pterocarpus ormosioides, rameau florifere. 
— Centrosema latissimum, gousse adulte et graine (grandeur na- 
turelle). 
— Lucuma speciosa, rameau florifeére. 
— Lucuma pariry, rameau florifere. 
a — Glycoxylon inophyiorm, ) elle, 
— Glycoxylon Huberi, , 
c — Thevetia amazonica, fruit et partie du mésocarpe (grandeur na- 
turelle). 
— Macoubea guianensis, rameau florifére. 
— Macoubea guianensis, fruit adulte, coupe longitudinale. 
— Gousses des espêces de Peltogyne (grandeur naturelle). 
— Apeiba albiflora, fruit entier et coupe longitudinale. 
E a ) fruit ('/: de grandeur naturelle). 
— Joannesia heveoides, / 
— Joannesia heveoides, valve de Pendocarpe. 
— Cedrela Huberi, 
— Cedrela macrocarpa, . fruit, grandeur naturelle. 
— Cedrela odorata, 


[= 


— Passiflora longiracemosa, inflorescence. 
— Parkia gigantocarpa, capitule (grandeur naturelle). 


Ro | RN HOA ATA esa norTAoL Isa É 


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UMA OCTOMERIA NOVA 


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UMA OCTOMERIA NOVA 


POR 


P. CAMPOS PORTO 


Em excursão que fiz em Setembro de r918 no Morro dos Tres Picos, 
na Serra do Itatiaya, encontrei uma pequena Orchidacea, sem flores, que 
pelo aspecto geral parecia ser do genero Octomeria. Cultivada, floresceu em 
I919, no Jardim Botanico, verificando então que não errara na supposição. 

Estudando-a, não consegui determinal-a, pois não estava descripta na 
“Flora de Martius”, nem em publicações posteriores. 

Parece-me portanto uma especie nova, e que descrevo adiante, de col- 
laboração com o meu presado collega Dr. João Cornelio Peixoto, sob o 
nome de Octomeria fimbriata, alludindo ás interessantes fimbrias do la- 
bello. 

Esta especie pertence à Secção II “Teretifoliae”, divisão B, “Scir- 
poideae”, grupo 1 e tem affinidade com a O. lichenicola B. Rodr., da qual . 
differe, principalmente, na fórma das petalas e no labello. 

As sepalas são de côr amarello ouro e as petalas vinosas com o apice 
amarelado ; o labello, vinoso, tem as fimbrias amarelladas. 

No Jardim Botanico já floresceu diversas vezes, nos mezes de Agosto 
e Setembro. 


Jardim Botanico, Outubro, I9IQO. 


P. Campos PortTO. 


rs MA ae 


OCTOMERIA — R. BV. 


Octomeria fimbriata C. Porto et PEIXOTO nov. spec. 


Pusilla, caespitosa; caulibus secundariis gracillimis, superne incrassa- 
tis, teretiusculis, uniarticulatis, folio multo brevioribus, junioribus vagina 
unica tubulosa apice acuta vestitis, vetustioribus denudatis; folio minuto, 
carnosissimo, sessili, lineari-lanceolato, subsemicylindraceo, apice acuto, 
basi paulo attenuato, fronte profunde canaliculato; floribus mediocribus, 
solitariis, patulis, brevissime pedicellatis; sepalis membranaceis, ovato-lan- 
ceolatis, acutissime longeque acuminatis, trinerviis, dorso rotundatis, us- 
que ad basin liberis, basi non gibbosis; petalis lineari-lanceolatis, longe 
subulato-acuminatis trinerviis, labello carnosulo, petalis multo breviore, bre- 
vissime et angustissime unguiculato, trinervio, utrinque glaberrimo, ambitu 
oblongo-triangulari, distincte trilobato, lobis lateralibus parvis, erectis, ir- 
regulariter rotundatis, margine integerrimis, lobo terminali multo majore, 
anguste oblongo, basi non constricto, apice subacuto, margine minute fim- 
briato, disco inferne usque ad medium distincte bilamellato, lamellis an- 
gustis, inaequaliter trilobatis, lobis lateralibus continuis; columna brevi, 
claviformi, incurva, clinandro postice unidentato, rostello amplo convexo. 


Tabula XXV. 


Radices paulo numerosae, fasciculatae, breves, filiformes, leviter fle- 
xuosae. Caules secundarii adscendentes, paulo flexuosi, 5-8 mm. longi, in- 
ferrie 1/2 mm. apice fere 1 1/2 mm. crassi. Folium erectum, vix incurvum, 
rigidum basi cum caule articulatum, 2-3 cm. longum, 3-3 1/2 mm. latum 
et crassum. Pedicelli arcuati, 2-3 mm. longi. Sepala erecto-patula, superne 
valde recurva, 8-10 mm. longa, 1 14 mm. lata, flavescentia. Petala tenuiter 
membranacea, erecto-patula, superne valde recurva, 8-9 mm. longa, mar- 
gine denticulata, vinosa, apice flavescentia. Labellum satis concavum apice 
recurvum, fere 2 4 mm. longum, 1-1 14 mm. latum, vinosum, margine 
fimbriisque flavescens. Columna erecta, incurva, 1 1/2-2 mm. longa, vinosa, 
anthera flavescens. Capsula ignota. Habitat in arboribus supra lichenes ad 
Serra do Itatiaya, prope Tres Picos, 1.600 m. alt.; Campos Porto, n. 764 
(Herb. Jard. Bot.). Floret augusto-septembre. 


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NEUE ORCHIDACEEN BRASILIENS 


DR. R. SCHLECHTER 


GANNHBATA CANDATTHOSO HAY 


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UEBER EINIGE INTERESSANTE, MNEUE ORCHIDACEEN 
BRASILIENS 


von 
Dr. R. Schlechter 


(Berlin-Schoeneberg) 


Der Liebenswuerdigkeit des Herrn P. Campos Porto verdanke ich 
Miaterial von einigen besonders interessanten Orchidaceen, deren Beschrei- 
bung ich hier folgen lassen moechte. Zwei von diesen Neuheiten stammen 
von der Serra do Itatiaya, an der Grenze von Minas Geraes und Rio de 
Janeiro, die dritte ist ein Gewaechs das in der Umgebung von Rio de Ja- 
neiro schon verschiedentlich gesammelt und von Barbosa Rodrigues auch 
bereits beschrieben worden ist, sich aber nun, da das vortreffliche Ma- 
terial eine genaue Untersuchung zuliess, als Vertreter einer eigenen, neuen 
Gattung erweist. 


Diese Arten geben uns wieder den besten Beweis dafuer, dass wir 
inbezug auf seine Orchideen von Brasilien noch manche Ueberraschungen 
rwarten koennen. Selbst der Staat Rio de Janeiro bietet in seinen Wael- 
dern, besonders auf den Gebirgen, sicher noch eine stattliche Zahl unbe- 
kannter Orchidaceen, ganz besonders aber wird die Artenzahl dieser Fa- 
milie vermehrt werden, wenn erst die noerdlicheren Staaten und die Ge- 
biete weiter im Innern botanisch mehr durchforscht werden. Welche Fuelle 
von Arten muessen allein die grossen Waelder von Matto Grosso, die 
botanisch bisher doch nur sehr wenig bekannt sind, bieten, welche grosse 
Menge von vollstaendig neuen Typen werden uns die Waelder von Ama- 
zonas und der Grenzgebiete am Fusse der Kordilleren noch hefern. Ich 
bin selbst fest davon ueberzeugt, dass die Orchidaceen an Artenzahl m 
Brasilien alle anderen Familien weit uebertreffen werden. 
Wenn die brasilianischen Botaniker mit dem gleichen Eifer, den sie 
waehrend der letzten Jahre gezeigt haben, die Erforschung der Flora 
Jhres Landes fortsetzen, so ist zu erwarten, dass sehr bald ein umtan- 


Jardim Botanico ; 19 


900 == 


greicher Ergaenzungsband fuer die Orchidaceen der “Flora Brasiliensis” 
noetig sein wird, falls die Uebersicht ueber die Arten fuer das Land 
aufrecht erhalten werden soll. 


Stelis Itatiayae ScyrTR. n. sp. 


Epiphytica, erecta, c. 20-23 cm. alta, rhizomate valde abbreviato;. 
radicibus filiformibus, flexuosis, glabris; caulibus erectis, substrictis vel 
leviter flexuosis, unifoliatis, teretibus, vaginis 2-3 arcte et alte amplecten- 
tibus omnino obtectis, 5-6 cm. longis, 1,25 mm. diam. metientibus; folio 
suberecto, oblongo-ligulato, obtusiusculo, basin versus subpetiolato-angus- 
tato, c. 9 em. longo, medio fere 1,8 cm. lato; inflorescentia singula, gra- 
cili, folium subduplo excedente, pedunculo gracillimo vaginulis paucis, 
arcte amplectentibus obsesso, 7-8 em. longo, racemo ipso sublaxe c. 20 
floro, secundo, subflexuoso; bracteis ovato-cucullatis, breviter acumina- 
tis, pedicellum subaequantibus, tenuibus; floribus in genere inter majores, 
c. 9 mm. diametro; sepalis late ovatis, obtusis, 5 nerviis, margines versus 
intus minute papillosis, 5-ta parte basilari connatis, intermedio 5 mm. 
longo, lateralibus paulo obliquis, c. 4 mm. longis; petalis quam sepala 
multo minoribus, vix 1 mm. longis, oblique et transverse ovalibus, apice 
truncato-obtusissimo incrassato sparsim verruculosis, obscure 5 mnerviis; 
labello carnoso, semiovali-quadrato, obtusissimo, basi truncato superne mar- 
gines versus leviter concavulo, basi foveola angusta obtusa, usque ad me- 
dium decurrente ornato, petalis vix majore; columna pro genere medio- 
cri, e basi contracta apicem versus sensim paulo dilatata, petalis subaequi- 
longa, clinandrii lobis lateralibus truncatissimis, brevibus, dorsali' multo 
majore semiduadrato, obtuse spiculato; rostello erecto, mediocri; ovario 
cum pedicello aequicrasso c. 4 mm. longo, glabro. 


Minas Geraes: In arboribus, Serra do Itatiaya, 9oo — 1.000 m.s.m. 
— P. Campos Porto n. 652, flor. Decembri. 


In der Bluetengroesse und in der Struktur der Blueten erinnert die 
Art an S. megantha Rodr., doch ist hier die Gestalt der 5-nervigen Se- 
palen eine andere und ausserdem finden sich nach dem Rande zu auf der 
Oberseite der Sepalen kleine Papillen, welche die Pflanze eigentlich nach 
der Cogniaux schen Einteilung in eine andre Verwandtschaft verweisen 
wuerden. Die Art gehoert sicher zu den groesstbluetigen in der Gattung 
m Brasilien. Leider fehlen bis jetzt Angaben ueber die Bluetenfarbe. Nach 
meinen bisherigen Erfahrungen mit der Gattung, muss Brasilien noch 
eme sehr grosse Zahl unbenannter Arten von ihr besitzen. | 


— 291 — 


Octomeria Campos-Portoi ScrmrTER. n. sp. 


Epiphytica, erecta, parvula, 9-11 cm. alta; rhizomate valde abbreviato; 
radicibus filiformibus, flexuosis, glabris; caulibus erectis, gracilibus, ri- 
gidulis, unifoliatis, vaginis c. 3 arctissime et alte amplectentibus primum 
omnino obtectis, 4-5.5 cm. longis, vix I mm. crassitudine excedentibus ; 
folio erecto, crassius subulato, facie anguste canaliculato, subacuto, basin 
versus paululo attenuato, 5-6 cm. longo, medio fere ad 5 mm. diame- 
tro; inflorescentiis more generis abbreviatis, unifloris, in apice caulis pau- 
cis fasciculatis, pedunculo perbrevi, bractea ovata, ovario pedicellato multo 
breviore; flore in genere mediocri, tenui, flavescente, sepalis vinoso-tris- 
triatis, petalis lineis 2 et macula vinosa basi pictis, labello striis 2 vinosis 
ornato, glabro, subnutante; sepalis oblongis, subacutis, 3-nerviis, c. 1 
em. longis, lateralibus obliquis, intermedio paulo latioribus; petalis quam 
sepala lateralia valde similibus, tamen paululo brevioribus et angusticri- 
bus, 3-nerviis; labello in apice columnae pedis mobili more Bulbophyllorum, 
circuitu obovato, antice subflabellato-dilatato, obtusissimo, breviter ex- 
ciso, 4,5 mm. longo, in tertia parte apicali 3,25 mm. lato, indíviso, basi 
incrassata in carinas 2 parallelas usque ad medium fere decurrentes pro- 
ducta; columna pro genere satis gracili, 3 mm. longa, pede brevi, apice 
incurvulo; anthera rotundato-cucullata; pollinia generis; ovario pedicellato 
glabro, 5-6 mm. longo. 

Minas Geraes: Epiphytica in truncis Araucariae brasiliensis, m Serra 
“do Itatiaya. — P. Campos Porto n. gr4, flor. Januario. 

Diese Art beansprucht besonderes Interesse, da sie durch die Struk- 
tur und Beweglichkeit der Lippe von allen anderen Arten derartig ab- 
weicht, dass ich sie zum Typus einer eigenen Untergattung, Kanetoglossum, 
erheben muss. Habituell besitzt sie grosse Aehnlichkeit mit O. chamae- 
leptotes Rchb. f., doch hat diese das gewoehnliche, wenig bewegliche La- 
bellum der Gattung, und deutlich ausgebildete Seitenlappen. 


Leaoa Scwrrr. et Campos Porto. 


Die hier zu besprechende Pflanze ist bereits seit dem Jahre 1877 be- 
kannt, als sie von dem verdienstvollen, brasilianischen Orchideologen, 
J. Barbosa Rodrigues, als Heradesmia — Art beschrieben wurde. Ich 
erhielt die Pflanze von Herrn Campos Porto mit dem Bemerken zuges- 
chickt, dass sie nicht zu identifizieren sei, da sie sich von Hexadesmia 
durch das Vorhandensein von nur 4 Pollinien unterscheide. Es war mir 
deicht, in dem Material die Hexadesmia monophylla Rodr. festzustellen, 


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denn ich hatte von Professor Coguiaux Material dieser Spezies erhalten, 
das vollkommen mit dem neuen Material uebereinstimmte. Die Nachprue- 
fung des mitgeschickten Alkohol-Materials zeigte, dass sich die Ansicht 
des Herrn Campos Porto bestaetigte und dass wir hier eine neue Gattung 
vor uns haben, die ich hiermit charakterisieren moechte. 


Leaoa Scmrr. et CamPros Porto n. gen. 


Flores monoclint. Sepala inaequalia conniventia, intermedium con- 
cavum, ovale, subapiculatum, lateralia oblique ovata, basi margine ante- 
riore paulo dilatata cum pede columnae mentum obtusum breve forman- 
tia. Petala oblique et late rhombea, obtusa, basi cuneata, sepalis aequilonga. 
Labellum articulatum curvato-porrectum e basi late cuneata oblongo-qua- 
dratum antice profunde bifidum, medio levissime constrictum, laeve, quam 
petala et sepala bene longius, lobis oblique oblongo-quadratis, obtusis. Co- 
lumna brevis, e basi angustiore conspicue dilatata, clinandrio excavato, 
dorso leviter elato, pede quam columna ipsa aequilonga. Anthera reniformi- 
cucullata, antice leviter retusa. Follinia 4 compressa, postice in caudiculam 
aequilongam producta. Stigma satis magnum reniforme, excavatum. Ova- 
rium graciliter pedicellatum, glabrum, 

Sufírutex epiphyticus, erectus, pedalis et ultra; rhizomate valde ab- 
breviato; radicibus filiformibus, flexuosis, glabris; caulibus vel pseudo- 


bulbis et basi stipitato-attenuata gracilius fusiformibus, vaginis pluribus 


arcte amplectentibus primum omnino obtectis, mox longitudinaliter sul- 
catis, infra apicem unifoliatis; folio anguste lineari, coriaceo, satis longo ; 
inflorescentiis in apice aphyllo breviter vaginulato 1-2-nis natis, gracil- 
limis, laxe paucifloris, pedunculo et rhachi setiformi-gracillimis, plus mi- 
nusve flexuosis; bracteis parvulis; floribus parvulis, glabris. 
Species singula adhuc nota brasiliensis. 

Von Hexadesmia, der die Gattung im Habitus am meisten aehnelt, 
unterscheidet sie sich durch das Vorhandensein von nur 4 Pollinien. Sie 
wird dadurch neben Scaphyglottis verwiesen, von der sie aber durch die 


Frucht, die traubige Inflorescenz, die Form der Blueten, die kurze Saeule 


mit dem langen Fuss und die Form und Anordnung der Pollinien aus- 
gezeichnet ist. 


Wir erlauben uns, das neue Genus dem Nachfolger J. Barbosa Ro- 
drigues, Herr Dr. Pacheco Leão, Direktor des Botanischen Gartens in 
Rio de Janeiro, zu widmen. 


dis 


— 205 —. 


Leaoa monophylia (Rodr.) Scwrr. et Campos Porto n. comb. 


Hexadesmia monophylla Ropr. Gen. & Spec. Orch. Nov. I. (1877) 
pag. 80. 

Rio de Janeiro: Epiphytica in arboribus, Serra de Jacarépaguá — 
J. Barbosa Rodrigues flor. Octobri; in arboribus, in monte Corcovado — 
H. Schenck n. 1.827, flor. Decembri; in arboribus rupibusque, in Districto 
Federal — P. Campos Porto n. 982, flor. Septembri. 

In der Umgebung von Rio de Janeiro soll die Pflanze nicht selten 
sein. Ihre Blueten sind nach den Angaben des Herrn Campos Porto blass- 
gruen mit braeunlich-violetten Spitzen der Sepalen und Petalen. 


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TAB: 26 


I— OcromEeria CAMPos-PoRTOI 


I — Flos 

2 — Sepalum intermedium 
3 — Sepalum laterale 

4 — Petalum 

5 — Labellum 

6 — Columna a latere visa 


II — SrEeLIS ITATIAYAE 


I — Flos 

2 — Petalum . 
3 — Labellum 
4 — Columna 


TRAD. 27 


LEAOA MONOPHYLLA 


I — Flos 

2 — Sepalum intermedium 
3 — Sepalum laterale 

4 — Petalum 

5 — Labellum 

6 — Columna 

7 — Anthera 

8 — Pollinia 


9 — Pollinium a latere visum 


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QUADRO N. 2 


Temperatura 


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Março ......... 98.6 | 82.2) 12) 17.8) 8] 2.0] 32.3) 18] 19.5 e 6 
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— 302 — 


QUADRO N. 3 


Oscillações da temperatura 


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Setembro QUER. sao o froa o for ga o pag pda = RI ce 20.8 | 16.3 4.5 
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QUADRO N. 4 
Humidade relativa 
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SELO CS Ec Sel A DOS O POD PR a A Da o RE CIR E E E ARO A PE E 104.3 51.9 
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QUADRO JN. 6 


Thermometros do solo 


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Setembro. .......... 21.0 /22.5/19.1| 3.4 |21.0/22.5/19.5| 3.0 |22.7/23.7/21.6] 2.1 
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Dezembro .......... 25.5/27.9/23.4| 4.5 |25.4/27.1/23.6| 3.5 | 26.7 |28.1/25.7] 2.4 

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— 307 — 


QUADRO N. 3 


Oscillações da temperatura 


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QUADRO N. 4 


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QUADRO N. 5 


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QUADRO N. 6 


Numero de dias de chuva 


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QUADRO JN. 7 


Chuvas no posto das mangueiras 


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5 PA 129.7 108.4] 83.6) 15 13 | 157.4) 148.6] 91.0) 16 13 
RG 312.3] 178.1] 57.0) 14 | 10 | 276.8] 245.4) 88.6] 9 7 
do... 81.8| 65.6) 80.2] 10 752.2) 39.7] 73.2] 5 3 
nao 2.0... 186.4) 143.8/ 77.1] 12 H | 281.1! 209.5) 74.5] 8 6 
ABOSLO sau 116.5) 00.94.3/..80,9| 0 Dooo| o Boo) 113.9) 80.41.0706), 11 9 
Setembro ..... 128.0| 110.7] 86.5) 8 | 7 | 321.5] 277,0] 86.1) 13 13 
Outubro ...... 292.5) 242.7] 82.9] 21 18 | 284.1 236.6) 83.3) 22, 2 
Novembro ..... 185.2] 192.9) 79.5] 41 0 328.5, 276.6] S4.2] 10 | 10 
Dezembro ..... 63.7) 47.4) T4.4 13 | 9 | 180.1) 98.5 71.9 18 | o 
“Amno. ....- 1861.4| 1412.2| 77 j 157 | 126 2848.8 1954,7 s2 8 134 | 18 

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QUADRO N. 8 


Evaporação no posto das mangueiras 


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— NE | 40.5 41.0 —S 0.5 47.8 46.4 + 1.4 
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ER PAR | 34.4 34.4 | “Ba 483.4 | — 48 
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QUADRO N.9 
Médias das temperaturas mensaes e annuaes 
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— 313 — 


QUADRO N. 10 


Temperatura — Maximas absolutas 


MEZES 1914 1915 1916 191% 1918 MEDIAS 
Teen (o SR RR 35.0 37.4 36.0 37.2 33.4 35.8 
Fevereiro. ......c.cc. 33.8 34.0 55.6 36.4 34.0 34.7 
sora Ls PR 36.0 7.3 3424 | 32.2 38.8 34.7 
A e PR 34.5 33.0 31.2 31.2 32.92 52.4 
Mo o SM o. 29.4 36.0 81.0 97.8 STA SA 
Moo sustos 32.9 31.2 31.6 29.0 38.0 31.4 
ici ee dO A 31.2 32.9 30.6 28.4 30.2 30.7 
ERRO noi. 34.0 31.8 31.4 30.4 31.2 31.8 
Setembro so RE 32.6 34.8 358.9 32.0 94.8 35). 2 
(Devioro Es Me 32,4 32.6 | 30.4 33.8 32.6 32.4 
NERO is ad 34,92 E Ma PN 1) 33.0 35.4 34.3 
BE DrO 0 soe 32.8 35.4 [SG 32.4 35.4 34.3 
TA PRE 38.4 34.92 32.4 2.0 33.1 33.9 
PRB o ls si dos 36.0 37.4 |"-38.9 97.2 35.4 -— 

| 


— 34 — 


QUADRO N. 11 


Temperatura — Minimas absolutas 


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VEZES I914 | 1915 | 1916 | 1917 | 1918 | MEDIAS 
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NEVGREILO é x ssa ss ra) 19.9 | 16.8 | 18.2 18.4 18.2 
EN PR | 19.5 19.00 [0 17.30) 17.8 18.6 18.4 
BRR sis eso 15.1 16.6. | ARS To ua 16.4 15.9 
TE 12.2 16.6 14.8 13.2 14.4 14,2 
RT EE ESA 13.0 12:2 a A E 1.0 121 
DR cha Ds to Sao 14.0 IS, | o 11.0 8.2 11.3 
ACORDO. =. b.. PERA osso x) lã.5 14.5 12.7 14.7 10.0 4a] 
SPLOFDDEO .» Eos = speed e] 14.2 Hs e: 14.2 | 11.2 12.4 13.1 
DO ar - aaa é... 13.6 13-bb Ros) | 1818 15.6 14.1 
Novembro ....ceni.co.. lo sa7.8 15.2) |: 403.8) | v4.6 16.6 15.5 
Derembro:.b cogisg sic as 16.6 14.9 16.0 to NO 16.5 
MR sho esc d tee tos 15.6 14.9 | 14.4 14.8 15.0 
ADO noch. colos 11.5 12.92 11.2 | 1.0 8.2 =— 
QUADRO JN. 12 
Temperatura — Oscillações mensaes e annuaes 
MEZES I914 | 1915 1916 | 1917 1918 | MEDIAS 
| | 
| | | 
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ANE a Pe E SE 16.4 | 18.5 :8.1 18.8 14.0 | CIgRE 
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DT RA Es E 17.9 19.4 16.2 14.6 17.0 | HM 
O so teres 7 dios 19.2 19.0 18.2 18.0 92.0 | 08 
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REITOR A vanÃo pero Pe” RN caro RE 12.5 17.3 18.7 18.7 21.2 17% 
Setomo. 20.2 42 2» mes) 21.4 | 21.5 24.7 20.8 22.4 22.2 
OBGDRO E Sua ara rd PAS: e DA) PARA o 20.0 17.0 18.5 
NOVEIRO a aire arde apta 18.9 4 450. | BA 18.4 18.8 18.8 
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— 315 — 


QUADRO N. 13 


Médias mensaes e annuaes da humidade absoluta 


| | 
| 
MEZES 1914 1915 | 1916 191% IDIS | MEDIAS 
| | 
ERREI DE = os 19.1 19.70 | 18.56 18.91 19.42 19.14 
Fevereiro. ............. 19.23 18.18. | 18.40 18.71 18,70 | 18.6£ 
Espe SR 18.89 18.77 | 18.60 18.17 18.80 | 18.65 
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Maio: É li. 4, MMDE S 13.83 16.35 |U> 15.35 2.81 16.21 15.0 
RD o o ls 14.78 14.70 14.64 12.13 14.29 14.1 
Lire AREA 13.43 13.64 13.63 132.18 13.40 13.45 
NEGO ooo 12.87 14.65 14.4] 12:84 | 512.15 13.28 
sister oi Aga O 15.51 14.62 | 16.02 14,00 | 13.54 14.74 
Daliiiro MPa 15.66 14.68 | 15.31 15.63 | 16.16 15.50 
Novembro. ... ice. 18.89 5.13 | «16.59 15.32 16.68 | 16.52 
Dezembro; ue +. pese o o 17.84 7.55! fe alt: 4d 17.15 17.58 Ig! 
Rg ra APR 16.61 16.33 | 16.34 15.48 16.22 16.20 


QUADRO N. 14 


Médias mensaes e annuaes da humidade relativa 


MEZES 1914 1915 1916 191% 1918 MEDIAS 
VAGÃO cola ce 81.2 78.0 81.8 80.5 83.4 81.0 
Heyereiro cc. esse 88.3 76.6 82.3 80.4 81.0 81.7 
PO RR MA Es im 81.0 81.2 84.8 84.1 85.8 83.0 
MENERA SRS o Eno ca raio ds 87.1 81.4 86.2 8.8 85.4 85.2 
NUQUO Vo Bio BLA SNS DA 84.3 Te 83.2 82.6 84.5 82.5 
dreads da PR 79.6 84.7 80.6 82.2 84.9 S2.4 
E Todi o Dre RA 78.8 82.3 80.7 84. 4 86.0 82.4 
ENO SUOR pd 79.5 81.0 84.1 79.2 79.2 80.6 
E TEMBRO. Motors do 79.9 79.7 81.7 82.9 81.1 Su 
(Dxnaitarro A os RR RP 81.3 79.9 83.83 88.6 84.5 83.5 
Novembro ...cccsniseno 83.2 75.5 78.8 81.5 83.1 80.4 
Wezembro : senso! 83.1 81.7 80.9 80.6 83.1 81.9 
DORA e a ais 82.3 80.0 82.3 82.7 83.3 82.1 


— 316 — 


QUADRO N. 15 


| EVAPORAÇÃO AO SOL EVAPORAÇÃO A SOMBRA 

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Fevereiro .... | 86.8| 107.1| 66.3 | 82.3 | 63.9 | 46.0 | 58.9 | 35.7 | 48.7 | 47.8 
PR oo 95.3] 82.4] 64.8 | 68.3 | 65.7 | 57.6 | 25.8 | 37.4 | 58.6 | 4214 
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E o A 56.8! 92.4) 70.1 |58.1|53.1|37.2|66.2 | 40.7 | 37.4 | 36.9 
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RMT sas 88.7| 60.1) 74.5 | 52.3 | 49.7 | 35.4 | 38.1 | 24.5 | 30.3 | 34.6 
RR au A 82.6! 86.8] 64.2 | 76.0 | 78.5 | 52.6 | 46.0 | 233.7 | 46.6 | 50.5 
Setembro .... | 92.5] 86.5! 82.7 [61.8 179.3 | 59.9 | 48.4 | 43.9 | 37.6 | 43.6 
Outubro ....i | 77.5] 88.7] 61.0 | 36.6 | 51.6 87.7 [49.5 |35.3 | 04.4 | 32.4 
Novembro... 69.5/98.7).83.3.] 64,9. 1.63.6.)26.0).58,1..).50,3.0)4)700e BB 
Dezembro .... | 7%3.0| 78.3] 86.3 1 76.9 | 61.1 / 46.1 1 45.6 | 27.4 | 481 | 81 
inno ........ | 980.2 /1015.4/849.4 |777.8 |760.9 |571.0 [577.4 | 448,7 [469.2 | 480.7 


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QUADRO N. 16 


Chuvas 

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MEZES | I914 1915 1916 I9IT I9IS 
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Fevereiro o erro TO A 71.4 0.3 188.4 10.7 79.9 
RARE (SUA a ei A ode NEN 54.6 130.2 379.5 97.9 104.2 
AMRS si ta | I94.8 34.7 189.8 108.7 137.0 
rio ab no A ruir 148.0 148.1 181.8 236.9 
EEN Ro us 6:1 980.3 286.7 67 8 45.2 
Ito ot rp 11.4 169.5 148.2 149.1 202.7 
RED Cp O na pi 19.9 98.1 85.7 110.8 87.7 
SINO o TO NR 59.8 53.5 42.8 104.3 219.7 
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RR DS RR sea MR mo os o ss on 1 ágio 
DEZ DRO RA o = ARRAES Palas | 207.5 | 238.6 | 345 3 59.3 89.4 
PN O ol ED AR AR | 918.0 | 1.394.7 | 2. 181.2 | 1.480.1 | 1.831.8 


QUADRO N. 17 


Numero de dias de chuva 


MEZES 1914 1915 
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18 14 13 
17 15 17 

8 14 13 
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PESSOAL EFFECTIVO DO JARDIM BOTANICO 


MDIRECEOr o ja pr As RA TAM O ARA da OA LU A Ao Dr. PacHmEco LjãÃo. 


SECÇÃO DE BOTANICA E PHYSIOLOGIA VEGETAL 


AELESEE EO Daiane RAD a LA aii LAS SD AporrHo DUCKE. 
Ajudante (licenciado) .............. UEMA AAA Dr. ACHILLES LISBÔA. 
Ajudante (interino) EEE Re a ER ALII ANDAS J. Gerardo KUHLMANN. 
Rena Lista -atetlar (Rs A ua P. Campos Porto. 


Preparador-desenhista e conservador de herbario. HENRIQUE DELFORGE. 


HORTO FLORESTAL 


Chefe (interino) ato CPA vALia AAA a Dr. BENJAMIN Vaz. 
Epieante. (imterino) ss ss Mac ade quan sol Dr. FERNANDO R. DA SIL- 
| VEIRA, 

Miaciesnde culturas sia a dass Sao tale HumBerro G. DE ALMEIDA. 
Arade e ERRA ARCANO PBLA CRER bo UP ED J. J. FERNANDES Dias. 


PESSOAL ADDIDO 


Chefe do Laboratorio de Chimica (em serviço 


EESÍie (OO Lob ss CREIO RR UERR RL LA DO AO AO ORA LO L. E MELLO MARQUES. 
Ajudante (servindo no Horto Florestal) ....... Octavio GALVÃO. 
Preparador (servindo na Secção de Botanica).. M. A. Lopes D'ÔLIVEIRA. 


Conservador (encarregado do Almoxarifado)... AUGUSTO JANNES. 
Naturalista-viajante (em disponibilidade) ....... M. Pro Corrêa. 


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10 DE JANEIRO PRN 


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RIO DE JANEIRO 


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COMMISSÃO DE REDACÇÃO 


Dr. A. Pacheco Leão. 
Adolpho Ducke. 
João Geraldo Kuhlmann. 


SUMMARIO | 


Plantes nouvelles ou peu connues de la région 

amazonienne (IIIe Partie)................. ADOLPHO DUCKE........ I 
As leguminosas do Estado do Pará....... E aR ADOLPHO DUCKE........ 211 
Contribuição para o conhecimento de algumas 


plantas novas, contendo tambem um traba- 


lho de critica e novas combinações. ....... J. G. KUHLMANN........ 347 b 

Contribuição para uma nova especie de « Hilia » y 

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Nora. — Toda a correspondencia deve ser dirigida ao Director do Jardim 


Botanico : — DR. PACHECO LEÃo. 


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JARDIM BOTANICO DO RIO DE JANEIRO 


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JARDIM BOTÂNICO 
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Ofticinas Typographicas do Serviço de Informações do Ministerio da Agricultura 


1925 


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SUMMARIO 


Plantes nouvelles ou peu connues de la région 
amazonienne (IIIe Partie) SEA ada a Poa E pe cbr ate a é 
As leguminosas do Estado do Pará....... ... 
Contribuição para o conhecimento de algumas 
plantas novas, contendo tambem um traba- 
lho de critica e novas combinações........ 
Contribuição para uma nova especie de « Hilia - 


ribiacea. .s.. DE TRI POTES PRE E RSS SO ER 
Contribuição para melhor conhecimento de uma 
especie Velloziana do genero « Aspidosper- 


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Observações meteorologicas.......... ES RI E : 


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369 


375 
385 


LIBRARY 

NEW YORK 

BOTANICA! 
GARDEN 


Plantes nouvelles ou peu connues de la 
région amazonienne 


(III PAR TIE) 


bar A. DUCKE 


MORACEAE 


Trymatococcus turbinatus ( Baill.) DUCKE. 


Des spécimens floriféres et fructiféres récoltés par notre collégue 
mr. Kuhlmann prês de Manáos (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.263) 
viennent de confirmer Pinclusion de Zanessania Baill. dans le genre 
Trymatococcus et la place de ce dernier dans le systême, à côté de 
Brostmum (voir « Archivos» III p. 23). Les réceptacles longuement 
turbinés à Pétat florifére deviennent parfaitement globeux vers la 
maturité, atteignant un diamétre de 2 1/2 à 3 cm.; ils ressemblent 
alors à ceux du 7. amazonicus mais sont plus grands et leur revê- 
tement est duveteux, non hispide comme chez celui-ci — J'ai com- 
paré un double du n. 1.825 de Spruce. 


Brosimum velutinum (Blake) DUCKE n. comb. (= Piratinera 
velutina Blake.) 

Differe du B. LeCointei Ducke seulement par les feuilles beau- 
coup (enviren deux fois) plus grandes et un peu plus fortement 
revêtues du côté inférieur; n'est peut-être qu'une variété de celui-ci? 
Haut Mapuera (Trombetas, partie Nord de PÉtat du Pará), Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 9.072 (spécimen énumeré dans les « Archivos » III 
sous B. LeComnter); Guyane, 


= Le 


Brosimum LeCointei DUCKE. 


Jai examiné encore un certain nombre d'individus lesquels con- 
firment tout ce que j'ai dit dans mon travail antérieur sur les rela- 
tions entre cette espéce et le B. guianense (Aubl.) Hub. Les feuilles 
du B LeCointer, quoique un peu variables, sont toujours un peu 
plus grandes (surtout plus longues) et beaucoup moins dures que 
celles du B. guianense, et le coeur du bois du B. LeComntei — 
quand il est développé — correspond toujours à I'«aitá» de Obidos 
et non pas au «muirapinima » (bois de lettres). 


Brosimum angustifolium DUCKE. 


Larbre n'est pas trop rare dans la forêt à sol humeux, três 
humide mais non inondable, de Gurupá ( Herb. Jard. Bot. Rio n.18.275) 
et de certains points (Macujubimzinho, Aramá) des iles de Breves 
dans Pestuaire amazonien (ns. 18.276 et 18.277). Le coeur du bois 
fournit un «muirapiranga » inférieur à celui du B. paraense, de grain 
moins fin et de couleur beaucoup moins jolie (brun rouge jaunátre 
clair ). 


Brosimum glaucifolium DUCKE. 


Réceptacles (les deux qui ont été examinés) avec une seule 
fleur femelle; les fleurs mâles avec un périanthe d'une seule feuille 
et avec une seule étamine. 


Brosimum ovatifolium DUCKE. 


Encore dans la forêt (non inondable) prês du Rio Jaburuzinho, 
iles de Breves ( Herb. Jard. Bot. Riu n. 18.280). 


Helianthostylis Sprucei Baill. (avec réceptacles máles et récep. 
femelles à Pétat fructifêre) = Androstylanthes paraensis DUCKE (avec 
réceptacles monoiques ). 


Ce genre est andromonoique (1l existent des individus monoiques 
et des individus exclusivement máles) comme le sont les genres 
Castilloa et Olmedioperedea, et les fleurs mãles des individus mo- 
noiques sont ( comme chez ces derniers genres) d'une structure diffé- 
rente de celle des fleurs des individus purement masculins; mais 
tandis que, chez les genres mentionnés, les fleurs de chaque réce- 
ptacle appartiennent toutes au même sexe, chez elianthostyhis la 
fleur femelle est terminale dans un réceptacle entouré, dans son 
équateur, de fleurs mâles. Les lobes du périanthe et les étamines 


aa 


sont 3 chez la fleur mãle du réceptacle monoique, mais 4 ou 5 chez 
celle de Pindividu mãle. Le style de la fleur femelle est três long à. 
Pépoque de la floraison; plus tard, le réceptacle fructifére n'en con- 
serve que quelques morceaux plus ou moins courts qui ont donné 
leu à des descriptions erronées du réceptacle femelle. — Tarbre, 
petit ou rarement de taille presque moyenne, est assez fréquent dans 
la fôret non inondable du cours moyen et des environs des cataractes 
inférieures du Tapajoz (arbre monoique: Herb. Jard. Bot. Rio n.13.078); 
arbres máles: H.:J. B: R. ns. 18.283 et 18.284 et Herb. Amaz. Mus. 
Pará n. 16.412.) 


Brosimopsis oblongifolia DucKE, juillet 1922 (= B. diandra 
BLAKE, octobre 1922.) 

Jai comparé un double des spécimens décrits par mr. Blake (du 
bassin du Grongogy affluent du Rio das Contas, État de Bahia, coll. 
H. M. Curran) lequel ne se distingue en rien des arbres amazoniens. 
Lespéce a donc une vaste distribution géographique qui comprend 
les deux principales régions de forêt pluviale existentes au Brésil. 


Brosimopsis acutifolia ( Hub.) DUCKE. 
Jaíi rencontré, sous un arbre du Rio Branco de Obidos, des 


vieux - réceptacles mãles lesquels confirment que le « mururé >» du 
' Pará doit être placé dans ce genre. 


df Brosimopsis amplifolia DUCKE n. sp. 

Arbor sat magna latice aqueo virescente fluens, ramulis brunneis 
pallidius lenticellosis. glabris solum partibus novissimis parce pilo- 
sulis. Stipulae 1-1 1/2 cm. longae, lanceolatae et acuminatae, paral-. 
lele nervoso-striatae, ferrugineze, parce tomentellse. Folia petiolo 7 — 
13 mm. longo parce albopilosulo superne late canalículato, lamina 
10-28 cm. longa et s-12 cm. lata, plus minus ovato-oblonga, 
integra, basi vix vel parum inaquali vulgo subcordata, apice bre- 
viter vel mediocriter acuminata, elastice papyracea, utrinque nitidula, 
supra glaberrima, subtus in nervis et venulis minime pilosula, costis 
secundariis in utroque latere vulgo 12-18 angulo 60-75º e costa 
mediana exeuntibus ante marginem arcuato-conjunctis supra vix 
subtus valde prominentibus, venulis utrinque tenuiter reticulatis at 
subtus multum magis prominulis. Receptacula feminea (sola nota) 
in axillis bina vel rarius solitaria, pedunculo ad bracteam stipuli- 
formem caducam inserto 6-8 mm, longo robusto tenuissime tomen- 


RR” oo 5 


tello, globosa, albido-tomentella et puberula, basi bracteis paucis par- 
vis orbicularibus et triangularibus fulta, bracteolis peltatis numerosis, 
floribus paucis, stigmatibus duobus filiformibus longis tenuissimis 
flexuosis. 

Habitat in silva non inundata loco Montanhinha prope medium 
flumen Tapajoz civitatis Pará, 1. A. Ducke, 6-ro-1922, Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 18.260. 

Cette espêce a évidemment des affinités au B. acutifolium mais 
se distingue aussitôt par les dimensions et le revêtement des feuilles 
et des stipules. J'en ai rencontré un seul individu dansle « seringal » 
Montanhinha à POuest du moyen Tapajoz, dans un endroit ou abon- 
dent les palmiers « uauassú » (Orbignya speciosa ). 


Olmedia maxima DUCKE. 


Cette espéce souvent gigantesque, la vraie «muiratinga » de 
"Amazone, a les réceptacles máles globcux avec bractées basilaires 
petites, tandis que les réceptacles mâáles de Tespéce type du genre 
(O. aspera R. et Pav.) sont aplatis et entourés de bractées dont 
celles de la série intéricure sont assez longues (1). Notre espêce 
peut facilement être confondue (les échantillons d'herbier mais non 
les arbres !) avec le Pseudolmedia oblíqua ( Hub.) Ducke, mais la 
fleur femelle a Povaire libre dans le périanthe (et non pas concres- 
cent avec celui-ci comme chez les Pseudolmedia) et les réceptacles 
máãles possedent un périanthe et sont dépourvus de bractéoles. 


Pseudolmedia obliqua (Hub.) DUCKE. 


Petit arbre ou arbrisseau, fréquent dans certaines localités du 
bas Amazone (municipe d'Almeirim) dans la petite forêt maréca- 
geuse environnante les campos périodiquement inondés et parfois 
dans le «mirityzal” (marais couvert de palmiers «mirity » — Mau- 
rtia fexuosa); les réceptacles des deux sexes ressemblent à ceux de 
POlmedia maxima mais les réceptacles femelles en peuvent facilement 
être distingués par Povaire infére et concrescent avec le périanthe, les 
mãâles par "absence du périanthe et la présence de nombreuses bra- 
ctéoles à sommet pelté; les réceptacles máles ressemblent encore 
beaucoup plus à ceux du genre Brosimopsis dont ils ne different que 


(1) J'ai comparé un échantillon de Tarapoto ( Pérou oriental), coll. E. Ule 
n. 6.412, 


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par Pabsence du périanthe. — Le spécimen fructifére de Bella Vista 
du Rio Tapajoz (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.485), cité dans les 
«Archivos» III p. 32, n'appartient pas au ?. obligua mais à une 
autre espece du même genre laquelle a les feuilles plus membra- 
neuses et les réceptacles mâles concaves et avec bractéoles spatulées 
(cette derniére forme du réceptacle mâle est beaucoup plus fréquente 
que la forme globeuse, dans ce genre renfermant plusieurs espêces 
nouvelles ou mal connues de "Amazonie et dont une espéce a été 
récemment découverte par mr. Kuhlmann aúx environs de Rio de 
Janeiro). 


Perebea laurifolia T'réc. 


Cette espece a un facies três différent de celui du P guianensis 
Aubl., mais les caractéres principaux des inflorescences sont les 
mêmes. Le réceptacle mâle n'a pas encore été décrit; 1l est beaucoup 
moins aplati que chez le ?. gmwianensis, avec q à 13 mm. de diamê- 
tre majeur, de couleur vert jaune, et les lobes du périanthe et les 
étamines sont au nombre de 3 à 4; les bractées sont presqu'ã peu 
comme chez PP. guianensis. — Arbre moyen de la forêt non inondable. 
Belem do Pará, arbre femelle, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 6.096; Bra- 
gança (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.287), Serra de Santarem (H. J. B, 
R. n. 18.288) et région des cataractes inférieures du Tapajoz prês 
de Furnas (H. J. B. R. n. 13.074), arbres mãles. 


Perebea guianensis Aubl. (voir Archivos II p. 36). 


Encore dans la région du Rio Anajaz (partie occidentale de 
Pile de Marajó, estuaire amazonien), Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.273 
arbre toujours petit qui se distingue du précédent par son facies 
rappelant le «caucho» ( Castilloa Ulei), par la grandeur, la forme 
et le revêtement de toutes les parties végétatives, et par les récepta. 
cles (surtout les féminins) plus plats et moins denses. 


Naucleopsis Ulei (Warb.) DUCKE. 


J'aíi rencontré cette espéce prês de Iquitos, Pérou oriental (arbre 
femelle, H. J. B. R. n. 18.290) et jai comparé des spécimens mãles 
Et lemelles de Ule, de cette même localité et du Juruá-miry. — Les 
spécimens fructiféres du Tapajoz qui ont été distribués sous ce nom 
et cités dans les « Archivos» III appartiennent cependant à une es- 
pece tres différente, nouvelle, à laquelle je donnerai le nom de: 


+ 6 


“ Naucleopsis amara DUCKE n. sp. 


Speciei N. Uler affinis, foliis et receptaculis diversa. Arbor parva 
vel submedia latice aqueo virescente amarissimo fluens, stipulis ut 
in specie citata magnis praesertim in ramulis sterilibus persisten- 
tibus. Folia vulgo 2— 3 dm. longa et 5s— 10 cm. lata, iis speciei 
citatae similia at magis oblonga et costis secundariis in utroque la. 
tere solum 15 — 18. Receptaculum femineum globosum, maturum 
(cum aculeis) 5 — 8 cm. diametro, bracteis extus canotomentosis, ex- 
ternis brevibus et latis, interioribus lanceolato-triansularibus in rece” 
ptaculo maturo circa 2 cm. longis, bracteolis in receptaculo novello 
quam stigmata brevioribus, in receptaculo maturo longissimis (3 — 
cm.) aculeiformibus saepe revolutis, dense pilosulis. Receptaculum 
maturum intus pulpa dulci repletum. Receptaculum | masculum 
ignotum. 

Habitat in silvis humosis non inundatis prope medium flumen 
Tapajoz civitatis Pará, 1 A. Ducke super cataractam Flechal (rece- 
ptaculis novellis, Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.291) et in collibus ad 
cataractam Mangabal (fructibus maturis, H. J. B. R. n. 13.629 et 
Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.757, specimina nonnulla sub nomine 
N. vel Acanthosphaera Uler distributa ). 

Cet arbre n'est pas rare dans la forêt non inondable du moyen 
Tapajoz; il ressemble à premiêre vue au N. Uler (du haut Ama- 
zone) mais se distingue de celui-ci, en dehors d'autres caractéres, 
par les bractéoles épineuses du réceptacle un peu moins denses mais 
beaucoup plus longues. 


Clef des genres brésiliens des OLMEDIEAE. 


A — Réceptacles mâles et femelles d'aspect semblable, globeux, avec 
bractées petites et bractéoles à sommet pelté; fleurs máâles três 
nombréuses, avec périanthe; fleurs femelles peu nombreuses, 
Sans périanthe, réduites à des ovaires profondément enfoncés 
dans le réceptacle d'oú sortent les stigmates filiformes. Arbres 
dioiques. Brosimopsis Sp. Moore. 


5B — Réceptacles d'aspect fort différent chez les deux sexes. 
a — Réceptacles femelles 1 — flores (rarement 2 — 3 — flores 


mais dans ce cas les fleurs non concrescentes); stigma- 
tes filiformes. Bractées du réceptacle femelle toujours 


EE Nisa 


petites, celles du mãle également petites ou les inté- 
rieures allongées. Arbres dioíques. 


I—Ovaire infêre, concrescent avec le périan- 
the. Réceptacle mále couvert de nombreuses 
étamines entremelées de bractéoles spatulées 
ou à semmet pelté (pas de périanthe). 
Pseudolmedia Tréc. 


II—Ovaire supére, bre dans le périanthe. Ré- 
ceptacle mãle dépouryu de bractéoles, cou- 
vert de nombreuses fleurs avec périanthe 
normal. Olmedia R. et Pay. 


b — Réceptacles femelles 2 — (1 — 4 ) — flores, les fleurs 
concrescentes; ovaires inféres; stigmates courts et épais. 
Réceptacles mâãles multiflores, avec périanthes três co- 
urts. Bractées chez les deux sexes petites; bractéoles 
absentes. Arbre andromonoique .Olmedioperebea Ducke. 


c— Réceptacles femelles et mâles multiflores, avec périan- 
thes distincts (3 — 4 fides chez les máãles):; bractéoles 
absentes ou rudimentaires. Arbres dioíques. 


I — Bractées (chez les deux sexes) petites, les 
intérieures seulement un peu plus allon- 
gées que les extérieures. Périanthes femelles 
4 — dentés; ovaires semi-inféres; style três 
court, bidenté. Perebea Aubl. 


II — Bractées petites. Périanthes 4—fides; ovaires 
supéres; stigmates assez longs, tordus 
(hélicoides). Helicostylis Tréc. 


HI — Bractées de la série intérieure longues, excé- 
dant les périanthes, ceux-ci chez la fleur fe- 
melle perforés au sommet; ovaire semi-infeére: 
stigmates filiformes. Noyera Tréc. 


d — Réceptacles femelles multifliores, avec périanthes 4 — 


a es 


lobés: ovaires semi-inféres, stigmates filiformes. Ré- 
ceptacle mále dépourvu de périanthes, couvert de nom- 
breuses étamines entremelées d'écailles (bractéoles?) 
diversiformes. Bractées petites chez les deux sexes, 
Arbres andromonoiques. Castilloa Cervant. 


e — Réceptacles chez les deux sexes sans périanthes, avec. 
nombreux pistils ou étamines entourés de bractéoles 
(toujours courtes cliez les mâáles mais qui chez les 
femelles forment un pseudopérianthe ou deviennent 
des dents ou des épines). Ovaires profondément enfoncés 
dans le réceptacle, les stigmates filiformes. Bractées 
petites ou de grandeur moyenne, celles de la série 
intériecure de forme allongée. Arbres dioiques. Nau- 
cleopsis Mig. 


Sorocea Klotzschiana Baill. (=castaneifolia Hub.) 


Petit arbre ou arbuste fréquent dans la fôret non inondable 
primaire ou secondaire, de la region amazonienne excepté Vestuaire 
et ses environs. Les types de Pespece de Huber ne se distinguent 
en rien d'un échantillon de celle de Baillon (Rio Negro, coll. Spruce) 
dont jai vu un double (du British Museum ). 


OLACACEAE 


J . . .,. 
Heisteria sessilis DUCKE n. sp. 


Speciei 77. densifrons Engl. (secundum descriptionem et icones) 
affinis, differt foliis vulgo maioribus at minus longe acuminatis, adul- 
tis subcoriaceis, floribus fructibusque arcte sessilibus, petalis fere 


duplo longioribus.. — Arbor parva partibus vegetativis glaberrimis. 
Folia petiolo 1/2 — 1 1/2 (vulgo circa 1) cm. longo, lamina 4 — 22 
(sepius 8 — 18) cm. longa et 2 — 7 (4 — 6) cm. lata, oblonga vel 
rarius lanceolato — vel ovato — oblonga basi acuta apice acumine 


1/2 — 1 1/2 cm. longo. Flores plures inter bracteas minimas squa- 
mosas glomerati; calix viridis dentibus 5 brevissimis, glaber, sub 
anthesi circa 1 mm. longus et 2 mm. latus demum accrescens; petala 
alba anthesi 5s— 6 mm. longa et super basin fere 2 mm. lata, ad 
1/3 vel fere 1/2 cohaerentia, lanceolata, extus glabra intus albopilosa: 
stamina 10; ovarium globosum supra depressum, glabrum, 3 — (raro 
2 — vel 4 —) loculare. Calix fructifer cyathiformis drupae basi arcte 


E ger 


accumbens, circa 3 mm. longus et 6 — 7 mm. latus; drupa pallide 
flavida obovata 10— 14 mm. longa et 6 — 8 mm. lata, apice stylo 
brevissimo coronata. * 

Habitat in silvis humidis umbrosis non inundatis prope Belem 
do Pará ( Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.151 et 18.152), in insulis altio- 
ribus prope fumen Macujubim regione Breves aestuarii amazonici 
(H. J. B. R. n. 10.656) et prope Bella Vista fluminis Tapajoz (H. J. 
B. R.n. 10.655), 1 A. Ducke; in regione Rio Branco de Obidos 
visa. Floret decembre, fructus maturi vulgo februario. 

Petit arbre fréquent du sousbois de la forêt primaire non inon- 
dable mais três humide, surtout aux environs de la capitale du Pará 
et dans les íles non inondables de Pestuaire amazonien. Remarquable 
par les fleurs et les fruits parfaitement sessiles. 


vV Heisteria scandens DUCKE n. sp. 


Frutex robustus in arbores altas scandens, glaberrimus. Folia 
disticha sat remota (2 — 3 cm.), petiolo 7 — 13 mm. longo flexuoso 
gracili supra angustisssme canaliculato, lamina vulgo 6 — 10 cem. 
longa et 3 — 5 cm. lata ovata oblonga vel lanceolato-ovata, basi 
obtusa rotundata vel rarius acuta, apice distincte acuminata, rigidius 
membranacea, supra nítida subtus subopaca, in foliis latioribus basi 
triplinervia, caeterum utrinque nervis maioribus vulgo 3 vel 4 dis- 
site pinnata (nervis maioribus ante marginem tenuiter arcuato-con- 
junctis), inter nervos maiores nervis minoribus transversalibus et 
venulis reticulatis notata, nervis venulisque in utraque pagina pro- 
minulis at subtus magis conspicuis. Flores virides; pedicelli in axillis 
inter bracteas persistentes minimas squamosas numerosi (usque ad 
so), dense umbellato-fasciculati, 6— 8 mm. longi, tenues, filiformes; 
calix anthesi minimus dentibus 5 breviter acuminatis apice glandu- 
lam fuscam minimam ferentibus; petala vix 2 mm. longa ovato-lan- 
ceolata acuta fere ad basin soluta; stamina Io; ovarium conspicue 
10 — sulcatum. Pedicelli fructiferi circa 1 1/2 cm. longi at parum 
incrassati; calix fructifer viridis herbaceus diametro 12— 14 mm, 
lobis 5 brevibus latis apice subglanduloso-cucullato-reflexis; drupa 
matura pulchre rubra, plus minus globosa diametro o— 12 mm, 
apice breviter abrupte acuminata et stylo brevissimo coronata, sicci- 
tate crasse longitudinaliter elevato-striata. 

Habitat in silvis humidis non inundatis prope Belem do Pará, 
florif. 1-1-1023, Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.154, et prope Gurupá (fre- 
quens), fructif. 24-2-1923, H. J. B. R. n. 18.155; | A. Ducke. 


Cette espéce a un facies tellement différent de celui de ses con- 
génecres que j'ai d'abord cru qu'il pouvait s'agir d'un genre noveau; 
les caractêres essentiels de la fleur et du fruit sont cependant ceux 
des Jleisteria. Les tiges grimpantes, les feuilles souvent triplinerves 
et les fleurs três nombreuses dans des fascicules ombelliformes m'ont 
rien d'anologue chez les autres espéces de ce genre et donnent à 
notre plante "aspect de certains .Smilax; la drupe d'un beau rouge 
sur un calice vert et la forme des pointes des lobes de celui-ci sont 
également des caractêres três remarquables de cette plante. 


ANONACEAE 


Guatteria scandens DUCKE. 


Frutex robustus alte scandens, aromaticus, partibus vegetativis 
omnibus glaberrimis. Folia 16 — 28 cm. longa et. 5s— 10 cm. lata, 
petiolo 1—1 1/2 em. longo crasso fusco apice supra leviter canal- 
iculato, elliptico-vel ovato-oblonga rarius sublanceolato-vel subobo- 
vato-oblonga, basi saepissime rotundata et medio brevissime in pe- 
tiolum acutata, apice subabrupte et saepius sat longe cuspidato- 
acuminata, tenuius coriacea, parum nitida, concoloria, costa superne 
impressa subtus crasse prominente, nervis lateralibus supra incons- 
picuis vel tenuiter impressis subtus tenuiter prominentibus, dissitis, 
ante marginem arcuato-anastomosantibus, venulis utrinque inconspi- 
cuis. Pedunculi e ligni veteris nodis, 1— 10 fasciculati, floriferi circa 
2 cm. fructiferi saepe 3 cm. longi, validi, paullulum supra basim 
biarticulati et brevissime vel obsolete bracteolati, apicem versus incras- 
sati et tuberculis parvis conspersi, floriferi parce fulvescenti-cano- 
sericei. Flores virides; calicis lobi s— 6 mm. longi, sat late ovato- 
triangulares, acutiusculi, utrinque granuloso-rugulosi, extus fulvido- 
cano-sericei, intus praeter margines et apicem glabri; petala adulta 
12— 13 mm. longa et 8— 9 mm. lata, plus minus ovato-elliptica 
obtusa (interna externis vulgo parum latiora), extus basi dense, 
apicem versus parcius canescenti-fulvo-sericea, intus praeter apicem 
praesertim in externis fulvidosericeum tenuissime cinereo-sericea, in 
internis fere glabra; anthere apice tenuissime albosericeze; ovaria 
dense albosericeohirta: stigmata ovariis sublongiora conglutinata 
apice fulvidopapillosa. Baccse maturae violascenti-nigrae, circa 1 1/2 
cm. longe et 2/3 cm. crassa, stipite valido 3/4 — 1 cm. longo, 
oblongo-ellipticae, apice obtusae vix apiculate sed hoc loco minute 


Preço ao 0 


pilosulae, caeterum glabratae; semen rufofuscum nitidum longitu- 
“dinaliter plurisulcatum et undique areolato-tuberculatum... 

- Habitat -in silvis primariis humosis non inundatis prope Belem 
do Pará ( Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.874), et im insulis Breves (aes- 
“tuarii amazonici) loco Mácujubimzinho (H. J. B. R. n. 11.379), 1 A. 
Ducke; florifera mense maio, fructus maturi januario. « Cipó-íra » vel 
«cipó-uíra » appellatur. 

Cette espéce se caractérise surtout par ses tiges grimpantes, la 
glabreté des parties végétatives, les feuilles larges, les stigmates 
longs et concrescents en masse épaisse; cest une des rares lianes 
que Pon rencontre dans la famille des anonacées. Les tiges aroma- 
tiques sont vendues dans la capitale du Pará ou elles sont parfois 
employées, dans la médicine populaire. 


»  MACGNOLIACEAE 


vV Talauma amazonica DUCKE n. sp. 


Arbor aromatica circa 15 — 20 metralis, glabra, stipulis novellis 
et foliorum juvenilium petiolo et costa in pagina inferiore flavidopi- 
Tosis mox glabratis, gynophoro canotomentoso. Folia vulgo 15 — 30 em. 
longa (petiolo usque ad 4 cm.), oblonga vel ellipticooblonga basi in 
: petiolum acutata, apice saepissime acuta, tenuiter coriacea, utrinque 
nitida, reticulato-venulosa. Bracteolae jam in alabastro delapsae. Ala- 
bastra adulta obovoidea. minute subapiculata. Flores solum nocte 
* expansi, odoratissimi; sepala tria 6 — 7 cm. longa et 3 1/2 — 4 cm. 
- lata obovato-elliptica, in vivo extus viridialba intus alba, parallele 
* nervosa et subtilissime transerverse reticulata, ad anthesin caduca; 
| petala ,6, candidissima, cuneato-obovata, tria externa. 6—7 em. longa 
Ret 3, 1/2—4 cm. lata, tria interna circa 5 1/2 cm. longa et 3 cm. lata; 
antherae et carpidia vix. distincte acuminata. Fructus. forma magni- 
tudine et dehiscentia ut in 7. ovata at stylis ut in speciebus asiati- 
- cis induratis recurvis et epicarpio maturitate soluto multum minus 

crasso ; semina testa extus carnosa rubra. 
Habitat ad ripas paludosas rivuli silvestris loco: Francez 1n re- 
gione medii fluminis Capajoz, LA. Dúcke-T = 10 1922; oritetam 
(Herb. Jard. Bot. Rio n. 12.487), fructus 1—8 — 1923. Arbores vidi duas. 

Speciei 7. dubia mihi solum e descriptione notae affinis videtur, 
forma foliorum et petalorum ab hac, sepalis caducissimis ab omnibus 
vicinis, stylis in fructu persistentibus ab omnibus speciebus america- 
nis distinguitur. 


«ERES 


Cette espêce est la seule magnoliacée jusqu'ici observée dans la 
plaine amazonienne, chaude et humide. Ses fleurs d'un blanc três 
pur et três odorantes ne s'ouvrent que pendant la nuit. — Les mé- 
sures indiquées pour les sépales et les pétales ont été prises chez 
des fleurs conservées dans Palcool; desséchées, ces parties deviennent 
beaucoup plus petites et leurs dimensions varient selon le procédé 
employé dans la préparation du spécimen d'herbier. 


LEGUMINOSAE 


Inga quaternata Poepp. et Endl. 


Gousse assez épaisse, à marges un peu dilatées, couverte de 
duvet ferrugineux. — Espêce du -haut Amazone mais répandue 
jusquau cours moyen du Tapajoz (H. J. B. R. 16.705). 


v Inga paraensis DUCKE n. sp. 


E sectione 1, Leptinga, speciei 7. lallensis Benth. (a me non visae) 
affinis. Arbor parva vel ultra 20 m. alta, glaberrima. Ramuli dense 
lenticellosi. Stipulae parvae angustae caducae. Folia petiolis rhachi- 
dibusque nudis, his supra sulcatis, glandulis sat magnis scutellatis 
elevato-marginatis; foliola 3 —juga rarius 4 —juga, tenuiter coriacea 
nitida venis supra obsoletis subtus conspicuis, vulgo oblonga, termina- 
lia usque ad 11 rarius 14 cm. Jonga, ad 5 (rarius 7) cm. lata, basi saepis- 
sime acuta breviter (3 — 4 mm.) petiolulata, apice longius vel bre 
vius acuminata. Pedunculi in axillis superioribus bini vel in ramulis 
brevibus racemose conferti, tenues vel subrobusti, stricti, 3 — 8 em. 
longi; bracteae parvae; pedicelll 5 — 7 mm. longi, tenues; calix 
2 — 4 1/2 mm. longus, circa 1 mm. latus, breviter dentatus; corolla 
7 — q mm. longa apice parum dilatata; staminum tubus saepissime 
breviter exsertus. Legumen adultum planum, 10 — 22 cm. longum, 
2 — 2 2/3 em. latum, stipite basali circa 1 cm. longo. 

Habitat in silvis non inundatis: prope Belem do Pará 1. J. Huber 
20 — 7 — 1901 flor. (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 2132) et A. Ducke 
23 — 6 — 1923 flor. 4 — 10 fructif. (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.698); 
prope Villa Braga fluminis Tapajoz 1. A. Ducke flor. 24 — 5 — 1923 
(H. J. B. R. n. 16696) et 24 — 8 — 1923 (H. J. B. R. n. 16.697). 

Cette espêce se rapproche de 17. Zallensis du Pérou oriental; elle 
differe de la description de celui-ci par la grandeur des glandes du 
rachis, les folioles luisantes, ét les pédicelles presqu'aussi longs que 
les corolles. 


Ta Re 


Inga flagelliformis (Vell.) Mart. 


Espece méridionale répandue jusquaux cours moyens du Xingú 
(H. J. B. R. n. 10010) et du Tapajoz (H. J. B. R. n. 10.021). 


* Inga tapajozensis DUCKE. n. sp. 


E sectione III, Bourgonia. Arbor mediocris innovationibus exce- 
ptis glabra. Stipulae parvae caducae. Petiolus cum rhachide anguste et 
interrupte alatus glandulis scutellatis elevato-marginatis mediocribus; 
foliola 3 — vel saepius 4 —juga brevissime petiolulata lanceolato- 
oblonga basi obliqua apice acumirata, vulgo 6 (basalia) ad 14: cem. 
( terminalia) longa, 2 1/2 — 4 cm. lata, tenuiter coriacea, nitidula, 
venis obsoletis, subtus parum pallidiora. Spicae in ramulis aphyllis 
confertae et in axillis foliorum superiorum saepe delapsorum vulgo 
binae vel trinae, pedunculo 2— 4 cm. longo, tenui atstricto, puberulo, 
2— 2 1/2 cm. longae densiflorae; bracteae minimae. Flores brevissime 
pedicellati, calice sparsim puberulo circa 1 1/2 mm longo 3/4 mm. 
lato, corolla 4 — 5 mm. longa tenui tubulosa superne subcampanulata, 
minime pilosula, staminum tubo vix vel breviter exserto. Legumen 
7 — 12 cm. longum 2 1/2— 3 cm. latum, planum non crassum, 
suturis parum elevatis. 

Habitat in silva riparia periodice inundata fluvii Tapajoz inter 
Itaituba et Villa Braga, 1 A. Ducke 26-5-1923 (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 16.708). 

Cette espece est surtout voisine des espéces 7. subsericantha 
Ducke et 7. Bourgonr ( Aubl.) DC. dont elle se distingue facilement 
par ses folioles lancéolées et le calice beaucoup plus grand; de la 
premiere espêce encore par sa gousse non épaisse; de la seconde 
espece par les pédoncules plus longs et la pubescence. Par la forme 
des folioles et des fleurs, elle ressemble encore plus à PZ. Ducker 
Hub., mais celle-ci a les rachis foliaires nus, les folioles plus nom- 
breuses, les inflorescences beaucoup plus courtes et la gousse beaucoup 
plus large. 


Inga subsericantha DUCKE. 


Rachis foliaires largement ailés chez les spécimens du Tapajoz, 
étroitement ailés ou presque nus chez ceux de Pestuaire amazonien; 
elandes toujours beaucoup plus grandes que chez les espêces vol- 
* sines; corolles presque complétement glabres ou un peu soyeuses au 
bout. La gousse adulte est beaucoup plus épaisse que celles des 
- espéces voisines, droite ou en arc, à marges assez élevées, glabre, 


E: | 


longue de 8 à 15 cm. sur 3 à 4 cm. de large; elle ne ressemble pas 
à celle de "7. Bourgoni mais plutôt. à celle de PZ. calophytla. 

Arbre moyen de la forêt humide non inondable; décrit du moyen - 
Tapajoz, récemment rencontré aux environs de Gurupá (H. J. B. R, 
n. 16.711) et de Belem do Pará ( H. J. B. R. n. 16.709 .et 16.710). 

Inga Bourgoni ( AvpL.) DC. k. 

Cette espêce est encore commune sur les rives vaseuses des canaux - - 
de Breves (Tajapurú, Macujubim, etc.) dans Pestuaire amazonien. Sa | 
gousse ressemble à celle du vulgaire 7. margínata mais est géné- | 
ralement plus large. | | 

| 


Inga calophylla HarMs. pt 
Encore dans la région du Tapajoz prês de Villa Braga (H. J.. 
B. R. n. 16.719). Gousse longue de 14 à 18 em, large de 3 à 3,5 em.. 
rectiligne ou courbée, plate mais assez épaisse à lâge adulte, den- 


sement couverte de stries élevées transversales parallêles. 


V Inga cyclocarpa DUCKE n. sp. | 
E sectione Bowrgoniu speciei 7. calophylla affinis. Arbor parva 
partibus novellis densiuscule ferrugineotomentosis, ramulis densissime 
albidolenticellosis. Stipulae comosae parvae oblongae apice obtusae vel 
acutiusculce, hinc illinc subpersistentes. Folia magna, rhachide usque 
ad 30 cm. longã sub jugis angustissime alatã apice in setam caducam 
terminatâã, glandulis sat magnis sessilibus elevato-marginatis, petíolo, - 
rhachide, petiolulis et foliolorum costa dense ferrugineotomentosis; . 
foliola 4 — s — juga breviter petiolulata oblonga vel obovato-oblongá, 
elastice coriacea supra. nitida glauca costã exceptã glabra, subtus . 
opaca discoloria et pilosula, nervis venulisque utrinque conspícuis 
supra tenuissimis subtus elevatis, basi saepius anguste cordata rarius | 
in petiolulum attenuata, apice breviter attenuata, maiora ultra 2 dm. . 
longa et ad 8 cm. lata. Spica infrafoliares vel in axillis inferioribus . 
fasciculatce, breves densiflore breviter vel ad 3 cm. pedunculata, 
bracteis parvis tomentosis subpersistentibus; flores solum in frag- 
mentis vetustis visi, ut videtur iis Zugac calophyllae similes at densius 
pubescentes. Legumen valde arcuatum saepe fere circinatum, sat 
crassum, glabrum, densissime transverse elevato-striatum, marginibus 
modice incrassatis, ad 1 dm. longum, 3— 3 1/2 em. latum. “a 
Habitat in silvis inundatis ad canalem Macujubimzinho (insulis 
Breves aestuarii amazonici) 28-9-rgrg (H. B. J. R.n. 10.031) et ad 


ade To E 


rivulum Furnas regionis cataractarum inferiorum fluminis Tapajoz 
(H. J. B. R. n. 10.030); specimina fructifera inflorescentiis novissimis 
et forum vetustorum fragmentis 1. A. Ducke. 


Inga cordatoalata DUCKE. 


Encore aux environs de Belem do Pará, arbre moyen de la forêt 
inondée prês d'un ruisseau (H. J. B. R. n. 16.718). Gousse longue 
jusquiã 18 cm. sur 1 2/3 cm. de largeur, un peu courbée en arc, 
quant au reste comme chez P7. marginata. 


Inga microcalyx BENTH. 

Voisin de PZ. fagifolia; doit être placé dans la section Bourgonia 
et non pas chez les Pseudingae Glabriflorae avec lequels notre espéce 
n'a aucune affinité. Gousse à peu prês comme chez DZ. marginata, 
“assez courte. 


Inga capitata DESV. 

Arbre largement répandu dans PÉtat du Pará: fleurs blanches ou 
avec Vextremité des filaments et les anthêres rouges. Gousse épaisse 
mais a marges peu élevées, rectiligne ou un peu courbée, glabre 
mais densement couverte de lenticelles, longue de 10 à 12 cm, large 
de 3 à 3 1/2 cm, non stipitée. 


Inga dumosa Benth. 


Cette espéce est excessivement commune dans la «varzea» du 
bas Amazone, sur les rives argileuses périodiquement inondées du 
grand fleuve et ses «paranás». Elle existe aussi dans les parties 
occidentales de Pile de Marajó. Les rachis foliaires sont souvent un 
peu ailés ce qui m'a fait confondre Pespeéce présente avec DZ. steno- 
ptera Benth. (pas encore rencontré dans PEtat du Pará), et cest 
sous ce dernier nom que j'ai distribué, il y a quelques années, les 
doubles de ? 7. dumosa de Pherbier amazonien du Museu Paraense. 


Inga splendens Willd. 


La forme typique de cette espéece a, d'aprês Bentham, des calices 
longs de 8— 10 mm.; je ne Pai pas vue. — Var. Hostmannii Ducke 
(=7 Hostmannir Pittier), décrite de Surinam, a été récemment re- 
coltée dans P Etat du Pará prês de Arumateua, Rio Tocantins (J. G. 
Kuhlmann, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.504); ses calices mésurent 
7—8 mm. chez les spécimens de Pittier, 4 — 6 mm. chez les nôtres; 


=: Ae 


les pédoncules, chez les derniers, mésurent de 1 1/2 à 3 cm. — Var.' 
superba Ducke (=/. superda Ducke 1922), du Rio Jamundá, se dis- 
tingue de la var. Hostmannir uniquement par les pédoncules longs 
de 4 à 6 cm, de la Zorme typigue seulement par les fleurs plus peti- 
tes, — différences qui ne signifient pas beaucoup dans un genre ou 
nous connaissons plusieurs espéces três variables dans ces mêmes 
caracteres. 

Le fruit de 17. splendens est parmi les plus grands que je con- 
naisse chez les Pseudingae; 1l est fortement arqué, long jusqu'ã 
15 em. (pas encore adulte), large jusqua 3 1/2 cm. et três épais 
(pour ce sousgenre), avec les deux sutures assez fortement dilatées. 
J'ai rencontré un arbre en état fructifére sur les rives du bas Mojú 
prês de la localité Fabrica (H. J. B. R. n. 16.733). 


Inga nitida Willd. 


Cette espéce à fleurs jaunes répandue dans tout P Etat du Pará 
differe de DZ. setifera DC. par ses dimensions beaucoup moindres et 
par sa glabreté; je ne sais pas comment elle se pourra distinguer de 
PZ. pelosiuscula Desv. de Guyane, le seul caractêre mentionné par 
les auteurs étant une différence presq' insignifiante dans la longueur 
des fleurs. La gousse de PZ. mitida est longue de 8 à 14 cm, large 
de 2 à 3 cem. plate avec les marges moyennement dilatées, entiere- | 
ment glabre. 


“Inga santaremnensis DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Pseudingae Pilostusculae. Arbor parva. Ramuli 
juniores dense ferrugineotomentosi. Stipulae parvae subulatolanceolatae 
caducissimae. Folia petiolo rhachideque late vel rarius anguste alatis, 
glandulis parvis elevatomarginatis; foliola 3 — vel rarissime 4 — 
juga, membranacea vel subcoriacea, oblonga, basi parum obliqua bre- 
vissime petiolulata, apice acuminata et distincte mucronulata, supra 
mox glabrata solum costa dense tomentosa, subtus plus minus pi- 
losa, maiora (apicalia) usque ad 15 cm. longa et ad 6 cm. lata, 
utrinque vix nitidula subtus parum pallidiora quam supra, nervis 
supra impressis subtus tenuiter et distinctissime elevatis, venis supra 
obsoletis subtus bene conspicuis. Pedunculi in axillis foliorum ut vi- 
detur semper solitari, 3 — q (saepius 5 — 6) cm. longi, sat tenues 
sed rigidi, dense ferrugineopubescentes; rhachis florifera 4 — 5 em, 
longa floribus sat laxis; bracteae parvaé caducae. Flores sessiles; 
calix 2 12 — 3 mm, longus tubulosus dense pubescens; corolla 


ER pi 
II — 14 mm. longa tenuiter tubulosa dense sericea; stamina parum 
numerosa, tubo non vel brevissime exserto. Legumen (unicum visum) 
planum, non stipitatum, suturis parum elevatis, breviter densissime 
ferrugineohispidum, 6 em. longum, 2 em. latum. 

Habitat in silvis secundariis loci Ipanema propre Santarem, 1. 
A. Ducke 5 — o — 1923 (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.738) et 18— 8 
— 1916 (Herb. Amazon. Mus. Pará n. 16.351). 

Cette espece ne ressemble à aucune autre de celles que je con- 
nais; elle est remarquable par ses pédoncules solitaires et três 
longs. 


Inga disticha Benth. 


Três fréquente sur les rives inondées des riviêres et de quelques 
lacs à eaux claires, partout dans PEtat du Pará (Rio Capim, Xingú, 
Parú, Maecurú, Trombetas, Tapajoz; lac Jeretepáua pres d'Obidos ). 
Bractées presqu'aussi grandes que le calice ou un tiers plus petites, 
persistantes ou subpersistantes. Gousse plate à marges à peine épais- 
sies, longue de 6 à II cm. sur environ 2 cm. de large, villeuse. 


f Inga speciosa Benth. var. bracteifera DUCKE n. var. 


7. sp. var. lomatophylla Benth. vicina, at bracteis: subpersistenti- 
bus (cálice brevioribus vel longioribus) ovatis saepe concavis, tomen- 
tosis, apice acutis vel breviter acuminatis. Legumen ut in forma 
typica. 

Habitat in silvis non inundatis regíionis fluvii Tapajoz medii: 
Morro da Cachoeira da Montanha (Herb. Jard. Bot. Rio n. I10.104), 
Bella Vista (forma petiolo nudo) H. J. B. R. mn, 16.745: in silva 
partim secundaria propre Obidos (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 17.107): 
Omnia ab A. Ducke lecta. | 

IV espece /. specrosa est três variable et forme plusieurs variétés 
locales. Les individus que jai observés aux environs de Santarem 
appartiennent à la forme typique, moyennement robuste; plus à 
PEst, dans la région du Xingú et à Gurupá, Pespece est représentée 
par la var. membranacea Ducke, tandis que dans les régions plus 
occidentales se rencontrent des formes plus robustes: var. /omatophylla 
et var. bracteifera. Mr. Pittier, dans son travail excellent sur ce genre 
(Preliminary Revision of the genus Inga) considere Jomatophylla 
comme une « bonne» espéce, mais je crois qu'il ne disposait que de 
fort peu de matériel de cette plante qui n'est pas fréquemment repré- 
sentée dans les herbiers. : 


JARD, 2 


RM | e 


/ Inga calantha DUCKE n. sp. 

E sectione Pseudingae Longilorae. Arbor parva. Ramuli juniores 
dense rufovelutini. Stipulae caducae. Folia iis Awingarum similia, 
petiolo et rhachide late alatis; glandulae parvae elevatomarginatae ; 
foliola 3 — vel saepius 4 — juga, subsessilia, basalia parva, termina- 
lia saepe ultra 2 dm. longa et 1 dm. lata, vulgo ovata vel ovato- 
oblonga basi late vel anguste rotundata vel cordata, apice acuminata 
et in setam pilosam usque ad 8 mm. longam demum caducam ter- 
minata, membranacea vel subcoriacea, plus minusve opaca, nervis 
venisque tenuibus, costa dense tomentosa, caeterum pilis patentibus 
supra paucis subtus densioribus asperula, margine breviter ciliata. 
Pedunculi in axillis superioribus saepe racemosi, parum robusti vulgo 
4 — 6 em. longi pilis ferrugineis tomentost; spicae rhachis pedunculo 
brevior laxiflora; bracteae caducae minimae. Flores sessiles; calix tu- 
bulosus, 2 — 3 em. longus, vulgo 4 mm. Jlatus, tenuiter striatus 
dense ferrugineotomentosus, dentibus longiuscule acuminatis in ala- 
bastro setaceis; corolla 4 — 6 em. longa densissime albosericea apicem 
versus parum dilatata; stamina numerosa, tubo incluso vel breviter 
exserto. Legumen planum, crassum, densissime rufohispidum, fere 
rectum, marginibus parum incrassatum, specimine nostro 15 em. 
longum et 3 cm. latum. 

Habitat in silvis secundariis non inundatis regionis fluvii Tapa- 
joz medii, 1. A. Ducke: loco Francez 1 — 8 — 1923 florif. 20 — 12 — 
1919 fructif. (Herb. Jard. Bot. Rio n. 10.001); prope cataractas 
inferiores loco Santa Cruz 1 — 6 — 1923 florif. (H. J. B. R- 
H TOA). 

Une des espéces les plus belles du genre: fleurs abondantes, 
d'un blanc três éclatant. I/espéce a quelque affinité à DZ velutina; 
les fleurs sont cependant beaucoup plus longues, les calices moins 
longuement dentés, et les feuilles ressemblent plutôt à celles de la 
section Lunga. 


Inga grandiflora DvucktE. 

Bractées parfois présentes au commencement de la floraison, 
petites ou assez grandes (3 —g mm.), dans le dernier cas lancéolées 
et acuminées. Gousse longue jusqu'ã 3 dm. sur 3 — 3 1/2 cm. de 
large, plate, assez épaisse, avec marges peu élevées, três densement 
revêtue de poils hispides ferrugineux. 

Encore prês de Belem do Pará, florifére 27 — 6 — 1923, fructi- 
fere 272 — o (H. J. BR. n. 16.744). | 


EEE o 
ESPÉCES D'INGA DE L'ETAT DU PARÁ 


Section LEPTINGA 


I — Pédicelles beaucoup plus longs que le calice, leur longueur 
étant au moins égale à celle de la corolle. Fleurs au moins de 
grandeur moyenne. 


1 — Fleurs densement revêtues de duvet villeux. Feuilles 
avec rachis nu, folioles 3 — 4 — juguées. I. quaternata 
Poepp. et Endl. 


2 — Fleurs légerement duveteuses. Feuílles avec rachis 
ailé et folioles 2 — (ou 1 —) juguées. 


A — Feuilles adultes grossierement bullato-rugueu- 
ses. Pédoncules courts. I. bullatorugosa Ducke. 


B — Feuilles non bullées. Pédoncules longs. IL. my- 
riantha Poepp. et Endl. 


3 — Fleurs glabres. Pétiole et rachis des feuilles non ailés 
ou avec aíles étroites et courtes. 


A — Folioles 1— ou 2 — juguées. 


a — Folioles petites, étroites, fines. Plante 
parfaitement glabre. I heterophylla 
Willd. 


4 — Folioles un peu plus larges, mais leurs 
nerfs dans la face supérieure duveteux:; 
les jeunes rameaux fortement duveteux. 
I. xinguensis Ducke. 


c — Folíioles au moins en partie amples, 
dures. Plante glabre ou les rameaux 


légerement duveteux. I. sertulifera DC. 


pt Noliglesta oral Mquonces Plante olabre, 


E, | al 


« — Stipules petites, étroites, caduques. 
I. paraensis Ducke. 


b — Stipules grandes, larges, persistantes. 
I. flagelliformis (VErr1.) Mart. 


II — Pédicelles courts; dans le cas oú ils sont plus longs que le 
calice, celui-ci est três petit. Folioles 2 — ou 3 — ( exceptio- 
nellement 1 —) juguées. Fleurs de grandeur moyenne ou petites. 


1 — Pédoncules assez longs. Pétioles et rachis nus. 
4 — Glabre; veines bien visibles; pédicelles extrê- 


mement courts, plus courts que le calice, 
Appartient, par sa gousse, au genre Pitheco- 
fobiwm. Pithecolobium inundatum Ducke. 


5B — Duveteuse (rameaux etc.) veines éteintes; 
pédicelles plus longs que le calice. E Huberi 

Ducke. 
2 — Pédoncules courts, nombreux, densement groupés sur 


les parties vieilles des rameaux. 


1 — Rachis des feuilles largement ailé. Au moins 
les nerfs primaires des folioles, en dessus, du- 
veteux. I. obidensis Ducke. 


bB — Rachis des feuilles avec marge ou aile três 
étroite. Plante glabre. Fleurs três petites. Fo- 
lioles chez la forme tybique petites, étroites 
(par exception jusquiã 4 — juguées), chez la 
var. latior Ducke plus grandes et surtout plus 
larges. I. lateriflora Miq. 


3 — Pédoncules courts, fasciculés sur les parties vieilles des 
rameaux, ces fascicules séparés par d'assez longues dis- 
tances (comme chez certains /r/hecolobrum de la section 
Caulanthon ). Rachis foliaires nus. Feuilles et feurs gla- 
bres. Pédicelles três courts. La forme de linflorescence 
rappelle la section /adema, I. glomeriflora Ducke, 


= | e 
Section DIADEMA 


I — Rachis foliaires entitrement nus, sans aile ni marge dilatée. 
Fleurs glabres ou presque glabres. 


1 — Stipules petites. Folioles pédicellées, glabres. Capitules 
presque ombelliformes, avec fleurs três courtement pé- 
dicellées. 


A — Folioles 2— (rarement 1 —) juguées. Pé- 
doncules longs (2 — 4 cm.). Pithecolobium 
inundatum Ducke. 


B — Folioles 3 — juguées. Pédoncules courts (1/2 
— 1 em.). I. glomeriflora Ducke. 


2 — Stipules petites. Folioles 4 ou — 5 — juguées, pileuses. 
Capitules elliptiques. denses. Mieux à placer dans la 
section Bourgonia. |. Duckei Hub. 


q — Stipules grandes, persistantes. Folioles 3 — juguées, 
elabres. Capitules globeux, três denses; fleurs três par- 
fumées. Gousse plate mais épaisse, large et souvent lon- 
gue. Rameaux fistuleux, chez les arbres spontanés 
presque toujours habités par des fourmis « tachy » 
( Pseudomyrma ). I. cinnamomea Benth. 


IX — Rachis foliaires avec marges étroites et paralleles, au centre 
distinctement canaliculés. Folioles 5 — ou6 — Jjuguées, petites: 
Stipules petites et caduques. Capitules laxiflores. Gousse fine, 
longue et étroite. I. gracilifolia Ducke. 


HI — Rachis foliaire distinctement ailé sous chaque paire de folioles, 
feuilles longues, folioles 3 — às —- juguées. Voir dans la seetion 
Bourgonia. 1. calophylla et I. cyclocarpa. 


Section BOURGONIA 


ê, . . . PAR 
I — Epis axillaires et dans des courts rameaux spéciaux, courts, 
densiflores, avec pédoncule long; calice beaucoup moins court 


PR cd 


que chez les espéces suivantes de cette section. Folioles lan- 


céolées. 
1 — Rachis foliaire nu; folioles 4—s — Jjuguées. Inflores- 
cence parfois presque globeuse. Gousse courte et large. 
I. Duckei Hub. 
2 — Rachis foliaire étroitement ailé; folioles 3 — 4 — juguées. 
Inflorescence en épi. Gousse allongée. I. tapajozensis 
Ducke. 
IH — Epis axillaires et en panicule terminale, courts, densiflores, avec 


pédoncule long. Rachis foliaire presque nu ou plus ou moins 
largement ailé; folioles 3 — 4 — juguées, amples. Gousse épaisse 
et large. I. subsericantha Ducke. 


WI — Épis pour la plupart inférieurs aux feuilles, assez nombreux 
denses, de longueur moyenne ou assez courts, avec pédoncule 
assez court. Folioles 2— 3 — ( rarement 4 — ) juguées; rachis 
presque nu. Gousse peu épaisse. I Bourgoni (Aubl.) DC. 


IV — Épis sur la partie inféricure des rameausx, peu nombreux, três 
courts, avec pédoncule court. Feuilles longues, leur rachis avec 
aile interrompue et terminé par une soie; folioles 3— 5 — ju- 
guées, coriaces et luisantes. Fleurs distinctement pubescentes. 
Gousse épaisse et large, striée transversalement. 


1 — Folioles 3 — juguées, les adultes glabres. Gousse recti- 
ligne ou courbé en arc. I. calophylla Harms. 


2 — Folioles 4 — 5 — juguées, pubescentes en dessous; pu- 
bescence des fleurs plus dense. Gousse le plus souvent 
presque circulaire. I. cyclocarpa Ducke. 


V — Epis pour la plupart inférieurs aux feuilles, nombreux, courts, 
avec pédoncule court. 


1 — Folioles 1 — ou 2 — juguées: rachis foliaire au moins 


étroitement ailé Epis laxiflores. I brachystachya 
Ducke. 


VE to fe aq 


2 — Folioles 4 — 5 — juguées; rachis nu ou três étroitement 
ailé. Epis assez densiflores. I. alba ( Sw.) Willd. 


VI— Épis axillaires, peu nombreux, assez denses et assez courts, 
avec pédoncule assez court. Rachis foliaire ailé; folioles 2— 4 — 
juguées. Bractées de la longueur du calice, plus longues que 
chez les espéces voisines. I auristellae Harms. 


VII — Epis axillaires, peu nombreux, laxiflores, avec pédoncule plus 
court. 


1 — Folioles unijuguées; aile du pétiole large, souvent cor-' 
diforme. I. cordatoalata Ducke. 


2 — Folioles plurijuguées; pétiole et rachis nus ou avec aile 
médiocre. 


A — Folioles 2—ou (rarement) 3 —juguées. Ra- 
chis avec aile variable ou seulement avec 
marges étroites, rarement nu. 


a — Foliíoles coriaces, luisantes, obtuses au 
sommet. Gousse généralement courte 
et peu épaisse I. fagifolia (IL,) Willd. 


à — Folioles membraneuses, mates, pres- 
que toujours assez longuement acumi- 
nées. Gousse généralement assez longue 
et fine. I. marginata Willd. 


B-—Folioles 3—ou (moins fréquemment) 4 —ju- 
cuées, exceptionellement 2 — juguées, membra- 
neuses, mates, acuminées, en général plus 
petites que chez la derniére espéce. Petiole 
et rachis complétement nus. I cylindrica 
Benth. 


VHI — Épis axillaires, peu nombreux, laxiflores, courts, avec pédon- 
cule long. Pétiole et rachis nus. Folioles 2—ou 3 — juguées. 
Gousse courte ou peu allongée, plate, peu épaisse. 


cos SA pes 
t — Fleurs pédicellées. I. fagifolia var. belemnensis Ducke. 


2 — Fleurs sessiles, três parfumées. Étamines fortement dé- 
veloppées comme chez la plupart des espéces apparte- 
nantes à la section Pseudinga oú on Paurait à placer 
chez les Glabriflorac. I. microcalyx Benth. 


Section PSEUDINGA 
Pseudingae Glabriflorae. 


I — Calice três petit. Stipules petites et três caduques. Folioles 2 — 
ot 3 —juguées. Fleurs três parfumées. Gousse courte ou allon- 
gée, peu épaisse. Mieux à placer dans la section Bourgonta, à 
cause de son affinité evidente avec DZ. Jfagifolia. I. microcalyx 
Benth. 


II—Calice grand, strié. 


1 — Fleurs épaisses; étamines três longues et três nombreu- 
ses, fréquemment plus ou moins roses vers le sommet, 
anthéres souvent pourprées. Folioles 2 — juguées, assez 
épaisses et rigides. Stipules falciformes. Gousse assez 
longue et large, épaisse. I. capitata Desv. 


2 — Fleurs beaucoup plus minces, étamines beaucoup moins 
longues et moins nombreuses, toujours blanches. Fo- 
lioles 2— ou 3 — Jjuguées. Gousse longue, étroite et fine. 


A —Stipules larges, persistantes. Folioles adultes 
coriaces. I. stipularis DC. 


B-—Stipules étroites, falciformes, assez caduques, 
Folioles adultes presque membraneuses. I. fal- 
cistipula Ducke. 


Pseudingae Gymnopodae. 


I — Calice glabre; corolle nº excédant pas la double longueur de ce 
dernier. Folioles 2 —juguées; rachis foliaire sous la derniére 


paire de folioles parfois avec une aile étroite. Epis longs et la- 
xiflores comme chez quelques espéces de la section Bourgonia, 
mais avec pédoncule três long. I. longipedunculata Ducke. 


II— Calice pubescent. 
1 — Folíoles 2 — juguées. 


A — Folioles três courtement pétiolulées, les adul- 
tes clabres. I dumosa Benth. 


B-—Folioles distinctement pétiolulées, les adultes 
avec de nombreux poils minuscules, adhérents. 
I. strigillosa Benth. 


2 — Folioles 3— ou 4 —Jjuguées, avec nervures saillantes et 
veines réticulées três distinctes sur les deux faces. Co- 
rolle de la longueur double ou triple du calice. I. nobi- 


lis Willd. 


3 — Folíioles 3— ou 4 —juguées comme chez Pespéce pré- 
cédente mais avec veines réticulées éteintes. Corolle plus 
ou moins de la double longueur du calice. Pubescence 
des parties végétatives três insignifiante, celle du calice 
peu abondante. I. acreana Harms. 


4 — Folioles 4 — ou 5 — (rarement jusquã 7—) juguées. 
Corólle beaucoup (3 à 5 fois) plus longue que le ca- 
lice. É Thibaudiana DC. — La var. latifolia Hub. se 
distingue du type par le revêtement plus dense, les fo- 
lioles plus grandes, les fleurs plus épaisses, leur calice 
souvent plus court. 


Pseudingae Pilosiusculae. 


I — Folioles 1— ou 2 — juguées, amples, coriaces. Épis en corymbe. 
Pédoncules de 3/4 à 1 pouce, calice de 4 à 5 lignes, corolle de 
3/4 à 1 pouce, tube des étamines inclus. (D'aprês Bentham). 
I. splendens Willd. —La var. Hostmannii (Pittier) Ducke a des 
calices longs seulement de 4 à 8 mm,, la corolle de 15 à 17 


mm.: la var. superba Ducke a les pédoncules de 4 à 6 cm, le 
calice de 4 à 5 mm, la corolle de 15 à 20 mm, le tube des 
étamines exserte. 


[[— Folioles 2 —juguées. Corolles d'environ 12 mm. Epis axillaires 
ou latéraux, avec pédoncules assez longs. Etamines jaunes. E ni- 


tida Willd. 


[II — Folioles 3 — ou rarement 4 — juguées. Epis assez laxiflores, lon- 
cuement pédonculés, axillaires. Corolle longue de 11 à 14 mm. 
I. santaremnensis Ducke. 


[IV —Folioles 4—ou s—juguées. Epis densiflores, courtement pédon- 
culés, presque corymbeux. Corolle de 6 à 7 lignes. (D'aprés 
Bentham.) I. Salzmanniana Benth. 


V—Folioles 3—ou 4 —Jjuguées. Fleurs, en contraste avec toutes les 
autres espéces de ce groupe, à peine três légêrement pubescen- 
tes: épis axillaires et en panicule terminale; calice três petit. 
Sera mieux placé dans la section Bowrgonia. I. subsericantha 
Ducke. 


Pseudingae Leptanthae. 


Pétiole et rachis largement ailés; folioles 3 —à 5 — juguées; 
fleurs distiches, assez grandes, villevses; bractées en général pres- 
quaussi longues que le calice. I. disticha Benth. 


Pseudingae Longiflorae 
I — Folioles 2— ou 3 — juguées. 
1 — Fleurs sessiles, plus ou moins robustes. Calice soyeux. 


A —Calice n'atteignant pas 1 cm. ses dents cour- 
tes. Tube des étamines três long. E speciosa 
Benth. Zorme typique avec folioles coriaces, 
marginées, et pilosité plus couchée. Var. mem- 
branacea Ducke avec folioles membraneuses, 
sans nerf marginal distinct, et pilosité plus 


ado o 


dressée. Var. bracteifera Ducke. três robuste, 
folioles coriaces marginées, bractées plus ou 
moins persistantes. 


B-— Calice long, ses dents longues. Tube des éta- 
mines court. Bractées três caduques. I. velutina 
( Poir.) Willd. 


2 — Pédicelles longs. Corolle et tube des étamimes excessi- 
vement longs et minces. Calice presque glabre ou avec 
quelques poils dressés. Bractées assez persistantes. Pilo- 
sité de la plante hispide. I. longiflora Benth. 


IH — Folioles 3— ou 4 —juguées. Bractées caduques. Fleurs sessiles, 
três longues, calice densement revêtu, tube des étamines court, 
exserte ou inclus. 


1 — Fleurs relativement minces; dents du calice sétacées 
couronnant le bouton; corolle longue de 4 à 6 em. 
I. calantha Ducke. 


2 — Fleurs três épaisses; dents du calice courtes et larges, 
celui-ci obtus dans le bouton; corolle longue de 5 à 
6 1/2 cm. I .grandiflora Ducke. 


Pseudingae Calocephalae. 


Pétiole et rachis ailés, folioles 2 — à 4 — juguées acuminées, 
bractées ovato-lancéolées, plus courtes que le calice. Fleurs et gousse 
três grandes. I macrophylla H. B. K. 


Pseudingae Dysanthae. 


Folioles 4 — à 6— (rarement 7) juguées. Fleurs avec pédicelles 
longs ou presque sessiles (f. sessiliflora Ducke). I. cayennensis 
- Benth. 


Section EUINGA 


I — Gousse adulte trés épaisse, tetragone, prismatique. Rachis fo- 
liaire avec aile plus ou moins étroite, parfois nu. Folioles 3— ou 


= cce 


4 — juguées. Fleurs sessiles, grandes; calice tubuleux, sa pilosité 
clairsemée:; corolle três longue. I. quadrangularis Ducke. 


IH —Gousse plane avec marges médiocrement dilatées, parcourues 
par plusieurs sillons. Rachis fohaire largement ailé. Fleurs ses- 
siles, calice tubuleux. 


1 — Folioles 3 — ou 4 —juguées. Calice avec pilosité clairse- 
mée, long de q à 11 mm. corolle de 22 à 24 mm. E 
polyantha Ducke. 


2 — Folioles 3— à 5 —juguées. Calice revêtu d'un dense du- 
vet; fleurs généralement plus petites. I. scabriuscula 
Benth. 


HI—Gousse cvlindrique multi-sillonnée. Rachis foliaire largement 
ailé. Calice duveteux. Corolle de longueur double de celle du 
calice. 


r — Fleurs sessiles. Folioles 4 — à 6 — juguées. Calice tubu- 
leux. Três souvent cultivé dans une forme à fruits três 
longs, sous le nom de «ingá-cipó». I. edulis Mart. 


2 — Fleurs distinctement pédicellées ; calice campanulé. Fo- 
lioles 3 — à 5 — juguées. I. ingoides (Rich.) Willd. 


Pithecolobium parauaquarae DUCKE. 


Gousse courbée en arc, longue d'environ 5 em. sur 1 2/3 cm. de 
large, aprês la déhiscence tordue, à Vintérieur rouge. — Cette espéce 
semble caractérisque des petites montagnes de la partie Nord du 
bas Amazone (entre les villages d'Almeirim et Prainha); je Pai re- 


trouvée dans la petite forêt qui couvre le sommet du mont Araguay 


(300 m. 2) appartenant au groupe des «Serras do Jutahy >» (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 16.759). 


Pithecolobium inundatum DvckKE. = Juga mundata DUCKE, 
Archivos III. 

J'ai vérifié avec surprise que cette espéce à feuilles simplement 
pennées doit être placée parmi les Pythecolobium, à cause de sa 
gousse déhiscente et ses graines à testa dépourvue de la partie exté- 


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rieure fibro-pulpeuse si caractéristique du genre Zuga (on connait 
“ailleurs déjá deux Prthecolobrum centro-américains à feuilles simple- 
ment pennées, 2 tubuliferum ( Benth.) Pittier et 2. vufescens ( Benth.) 
Pittier — voir H. Pittier, Revision of the genus Zuza, Contrib. U.S. 
National Herbarium vol. 18 part. 5 page 181). La gousse adulte de 
notre espéece mésure de 10 à 16 cm. de long sur 4 à 5 cm. de large, 
elle est coriaceo-spongieuse et assez molle, déhiscente aprês matu- 
rité, avec graines molles verdâtres à testa membraneuse três fine; 
gousse et graine ressemblent à celles de certaines espéces de la 
section Cawlanthon (excepté les dimensions) mais beaucoup plus 
aux espéces fougiflorum et Spruccanum appartenantes à la section 
Samaneae Coriaceae. — Pai rencontré des individus floriféres et fru- 
ctiféres sur les parties basses de la plage du Rio Pará prês de Mos- 
queiro (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.760). 


“ Pithecolobium scandens DUCKE n. sp. 


E sectionis Samanea serie Coraceae. Frutex magnus, scandens, 
glaber, petioles inflorescentiisque plus vel minus ferrugineopuberulis. 


Petiolus glandula basali scutellata magna; pinnae 3 — 4 — jugae; 
foliola; 7— 13 — Jjuga, subsessilia, falcato-rhombea, costa diagonali, 


apice mucronulato saepius acuta vel (terminalia) breviter acuminata, 
coriacea, supra nitida, 2 — 3 1/2 cm. longa, 1 — fere 2 cm. lata. Pedun- 
culi axillares vel in ramulis aphyllis conferti, vulgo 3 — 4 em. longi; 
flores sessiles; calix 4 — 5 mm. longus apice campanulatus; corolla 
12 — 16 mm. longa tubulosa apice dilatata; stamina alba tubo tenui 
longe exserto. Legumen ignotum. 

Speciei ?. Ducker Hub. valde affine, differt numero pinnarum 
foliolorumque maiore, foliolisque apice vulgo acutis, staminum tubo 
longe exserto; a specie ?. Imndsacifolium Benth. foliolis acutis et 
floribus multo minoribus diversum. 

Habitat in ripis inundatis fwuminis Tapajoz medi infra locum 
Quataquara, 12—8-—-1923 ( H. J. B R. n. 16.775); prope ipsius 
fluminis cursum inferiorem circa Itaituba in paludibus, 20 — 10 — 1922 
ERR BoOR nº 16.774); | A, Ducke. 


“* Pithecolobium Huberi DUCKE n. sp. 

E sectione Cawlanthon, speciei vulgar 2. cauliflorum primo 
adspectu sat simile, at stipulis (parvis, striatis) subpersistentibus, 
foliolis ovato — vel oblongo — lanceolatis vulgo minoribus (maxima 
quee vidi, q cem, longa et 3 em. lata) et saepe acutius acuminatis, 


inflorescentiis (breviter pedunculatis vel subsessilibus) saepe breviter 
at distincte spicatis rhachide ultra 1 cm. longa (novellis et minori- 
bus subcapitatis). Frutex humilior vel elatior, glaber, floribus roseis, 
legumine subrecto vel arcuato, adulto 7 — 10 cm. longo et 3 —3 1/2 
cm. lato, ut in speciebus vicinis post maturitatem dehiscente, semi- 
nibus mollibus virescentibus testa tenuiter membranacea. 

Habitat prope Belem do Pará 1. J. Huber ( Herb. Amazon. Mus. Pará 
n. 2.085, specimina sub nomine 2. g/omeratum distributa ); prope Mos- 
queiro in fluvii Pará ripis inundatis (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.776); 
ad fumen Oyapoc ( Herb. Amaz. Mus. Pará n. 4.753. specimina sub 
nomine 2? cauliflorum distributa). Specimen primum a J. Huber, 
reliqua ab A. Ducke lecta, forebant mensibus V ad IX. 

Les inflorescences bien développées sont en épis, mais souvent 
les spécimens n'ont que de petites inflorescences en capitule; ces 
spécimens ont été confondus. jusqu'ici, avec les espêces caultflorum 
et glomeratum. les stipules subpersistantes rappellent le 2. stapu- 
lare mais la forme des folioles et des inflorescences ne permet pas 
de confondre ce dernier avec notre espece nouvelle. 


“ Pithecolobium trunciflorum DUCKE n. sp. 


E sectione Caulanthon, speciei P. brevespicatum Ducke affine, 
at arbor elatior (6 — rom.) floribus omnibus in trunci nodis, -ra- 
mulis et foliis glaberrimis, his in pinnã 3 ad 5 rarius 6, nitidis, 
basi parum inaequalibus in petiolulum 3 — 5 mm. longum acutatis, 
calice elongato — tubuloso 3 — 4 mm. longo, corolla circa 1 em. 
longa, staminibus ut in specie citata roseopurpureis at multo lon- 
cioribus (circa 3 em. ). 

Habitat in regione Auminis Tapajoz medii in silvis collinis prope 
cataractas Mangabal, 1. A. Ducke 18 —8— 1923 (H.J. B. R.n. 16.786). 


Pithecolobium racemosum DvckE, Archivos III (1922), Cor- 
rigenda, = 2. racemiflorum Ducke 1915 ( non Donnel Smith 1913). 

Cette espece qui fournit au Pará le bois três estimé connu sous 
le nom de « angelim rajado, » existe encore dans la Guyane fran- 
çaise ou son bois est appelé « bois serpent » ( A. Bertin, Les Bois 
de la Guyane française et du Brésil, Mission dÉtudes Forestiêres 
V, Paris 1920 ). 


Calliandra stipulacea BENTH. 


Récolté par notre collêgue Mr. J. G. Kuhlmann en territoire 


brésilien, pres d'un lac au pied de la Serra da Lua (environs de Bôa 
Vista, haut Rio Branco, Etat d'Amazonas), Herb. Jard. Bot. Rio 


11,0 9:227. 


Acacia altiscandens DUcKE, À. paraensis Ducke, A. articulata 
Ducke, A. alemquerensis:Hub. et A. paniculata Willd. appartiennent 
au nombre assez considérable d'espéeces à anthéres couronnées d'une 
glande, analogue à celle de la plupart des Piptadenia et genres voi- 
sins; de toutes ces espéces Mr. Spegazzini (qui 2 découvert ce cara- 
ctére sans doute três utile pour distinguer les espéces) a composé 
son nouveau genre Manganaroa (Bol. Ac. Ciencias Córdoba XXVI, 
1923). Je ne crois cependant pas pouvoir accepter ce genre, car des 
espéces de Taffinité la plus étroite ( Acacia paniculata et A. multi 
pinnata, par exemple ) viendraient alors à être placées chacune dans 
un genre différent; de plus, par analogãie, s1 Pon voulait reconnaitre 
le caractêre mentionné comme suffisant pour y fonder un genre, il 
simposerait le démembrement du gente Parkia (remarquablement 
naturel!) en Z7ois genres, car ce genre contient des espéces à an- 
thêres dépourvues de glandes, d'autres espéces ayant une glande 
rudimentaire et d'autres enfin une glande três développée; 11 simpo- 
serait encore Pélimination, du genre Prptadenia, des espéces à an- 
théres sans glande, de sorte que Pon aurait à placer dans deux gen- 
res différents les especes Prht. peregrina et P. macrocarta, telement 
rapprochées, par la ressemblance des arbres dans toutes leurs parties 
et Pidentité de leurs produits utilisables, qu'on les désigne par le 
même nom vulgaire de « angico » Les Adenanthereac de Bentham 
mont d'ailleurs été établies que faute d'un caractêre meilleur pour 
classer les genres de cette vaste sousfamille: c'est un 77om et rien de 
plus, dérivé d'un caractére que Pon rencontre três souvent mais pas 
toujours chez les espêces appartenantes à ce groupe de genres d'aff- 
nité naturelle plus ou moins évidente. 


Acacia multipinnata DUCKE n. sp. 

A specie affinissima 4. pamiculata Willd. differt pinnis saepe 
usque ultra 30 — jugis, antheris ante anthesin glandula omnino desti- 
tutis. Frutex altissime scandens, foliorum rhachidibus et pedunculis 
ochraceo-tomentosis, foribus subglabris albis, legumine subindehiscente 
circa 13 cm. longo 2— 2 1/2 cm. lato breviter stipitato marginibus 
nerviformibus elevatis, valvis rigide chartaceis non pilosis sed glan- 
dulis atris dense conspersis. 


co Aa 


Frequens in regionis amazonicae silvis primariis rarius secun- 
dariis non inundatis: specimina ab A. Ducke lecta in regione Ari- 
ramba Aluminis Trombetas (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 11.411) et prope 
Altamira Auminis Xingú (Herb. Jard. Bot. Rio n. 10.457); 1. Spruce 
(n. 494) prope Obidos (sub nomine A. pamculata distributa ); 1. J. 
G. Kulhmann ad fumen Abunan in territorio Acre ( Herb. Jard. Bot 
Rio n. 17.487). 

Cette espéce a jusquici été confundue avec PA. paniculata: 
moi-même jen ai distribué plusieurs spécimens sous ce dernier nom. 
Le vrai caca paniculata a cependant les feuilles moins longues et 
les anthéres ( dans les boutons) couronnées d'une glande de couleur 
foncée; jen ai vu des specimens d'Amazonie ( Bôa Vista, haut Rio 
Branco, État d'Amazonas, J. G. Kuhlmann, Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 3.233) et des États de Minas Geraes et Ceará. 


Acacia riparia H. B. K. var. multijuga DUCKE n. var. 

A typo differt pinnis 15 — 20 — jugis. Frutex robustus alte scan- 
dens minime tomentellus, floribus albis. 

Habitat in ripa inundata Auminis Tapajoz loco Miritituba prope 
Itaituba, 1. A. Ducke 28-5 — 1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.807. 

Je ne trouve pas d'autres caracteres, en dehors du nombre plus 
grand des pennules, pour distinguer cette plante de la forme typique 
de Pespéce dont j'ai vu des spécimens du Ceará et du nord de PAr- 
centine (Salta); il me semble donc indiqué de la considérer comme 
variété locale de cette espéce largement répandue en Amérique tro- 
picale. 


“ Mimosa xinguensis DUCKE n. sp. 

Speciei mihi ignotae 77. ammularis Benth. similis videtur, at 
aculeis mumerosis, pinnis bijugis, foliolis 2 — 3 — jugis at sat magnis 
certe diversa ( fructu non viso ). — Frutex scandens, ramulis petiolisque 
rufescenti-cano-tomentosis. aculeis numerosis ad angulos et in petiolis, 
recurvis, parvis. Stipulae setaceae. Glandula verruciformis crassa in 
petíolo, parvae sub foliolorum jugo ultimo adsunt. Foliola in pinnis 
inferioribus bijuga, in pinnis superioribus trijuga, ultima usque ad 
6 cm. longa et ad 3 1/2 cm. lata valde falcata, basalia saepe vix 
1 1/2 cm. longa subrhombea, omnia modice inaequilatera, basi extus 
late rotundata, apice subobtusa vel acuta, distincte mucronulata, uni- 
costata, penninervia et reticulata, utrinque submolliter pilosa (su- 
pra brevissime) vel glabra solum costa et margine subtus pilosis 


Panicula ampla capitulis parvis ut in speciebus vicinis mrcracantha, 
rufescens et Spruceana; flores glabri, albi. Legumen ignotum. 

Habitat inter vegetationem secundariam ad ripas fluminis Xingú 
medii prope Altamira, Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.818 (foliolis tenuio- 
ribus supra glabris subtus costa et margine pilosis) et n. 10.497 (fo- 
liolis crassioribns utrinque pilosis), et prope locum Victoria fuminis 
Xingú affluentis Tucuruhy, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.651 (fo- 
liolis crassioribus utrinque pilosis); decembre florens ab A. Ducke 
lecta. 

Cette espece se distingue de ses voisines surtout par les tiges 
densement aculées et par les folioles extrêmement inégales en gran- 
deur; elle n'est pás rare dans la région àu Xingú ou elle semble 
remplacer le 7. Spruccana des parties occidentales de PÉtat du Pará 
(quelques doubles du n. 16.651 ont été distribués sous ce dernier 
nom ). 


a é : 
Piptadenia tocantina DUCKE n. sp. 


Arbor circa 30 m. alta, inermis. Ramuli novelli ferrugineoto- 
mentosi. Petiolus cum rhachide (brunneotomentosi, mox glabrati ) 
12-28 (vulgo 15 — 20) cem, infra pinnas inferiores s — 8 em. lon- 
cus, glandulã magnã elevatã convexã nigrá infra pinnas inferiores, 
elandulis minoribus saepe ad paria reliqua nonnulla vel omnia; pinnae 
3—4— jugae rhachide 6 — 15 cm. longa: foliola 36 (vulgo 4—) 
— juga, petiolulata, 4 — 10 cm. longa, 3— ultra 4 cm. lata, oblonga 
vel ovata, saepissime abrupte acuminata acumine ipso apice obtuso, 
parum obliqua, subcoriacea, nitidula, subtus pallidiora, tenuiter pen- 
ninervia et reticulata, elabra costã supra pubescente. Spicae in 
panicula terminali foliis breviore ferrugineotomentosa, 4 — 6 em. 
longae, densiflorae, breviter pedunculatae, bracteolis parvis stipitatis 
dense pubescentibus; flores virides antheris violascentibus, vix ad 2 
mm. longi, petalis calicis longitudine triplã, staminibus breviter 
exsertis antherarum glandula distincta; ovarium ignotum ( fores 
omnes masculi). Legumen ignotum. 

Habitat in silva primaria non inundata infra stationem Aruma- 
teua viae ferreae Alcobacensis in regione fluminis Tocantins civitate 
Pará, 1. A-Ducke 14-7-1916, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.252. Ar- 
bores vidi duas. | 

Cette espêce nouvelle appartient à la parenté du 2. Poechpagu 
Benth. (de "Amazonie supérieure ); elle semble bien caractérisée par 
ses grandes feuilles à folioles abruptement acuminéss. 


JARD, 


1) 


My + a 


“ Piptadenia recurva DUCKE n. sp. 

Speciei P. psilostachya (D C.) Benth. floribus et fructibus si- 
milis, differt glandula petioli minus elongata elliptica, foliolis in 
pinna numerosioribus (vulgo 30-35), dimidio longioribus, recur- 
vo-falcatis, basi fortiter dentato-auriculatis, costa centrali (robus- 
tiore) costaque submarginali (tenuiore) solis distinctis. Arbor magna 
vei maxima. 

Habitat in silvis non inundatis prope Belém do Pará, 1. A. 
Ducke, 30-7- 1914 florif. et leguminibus vetutis (sub arbore), Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 15.441. Arbores juveniles in horto botanico 
Rio de Janeiro cultae. 

Species P. psilostachya a specie praesente dignoscitur glandula 
petiolari elongata, foliolis in pinna infra 30, dimidio brevioribus, 
subincurvo-falcatis, basi obtuse auriculatis, trinerviis vel quinque- 
nerviis; species P,. susveo!ens Mig. foliolis formã ut im psilostachya 
at numerosioribus, minoribus et uninerviis, legumine quam in psi- 
lostachya et recurva angustiore. 


Parkia Ulei (Harms) Kuhlmann (= Leucacna Ulei Harms.) 

Cette espéce qui avait dejá été placée dans le genre Parkia par 
le docteur Jacques Huber, a été étudiée récemment par notre collégue 
mr. Kuhlmann qui a vérihé une préfloraison nettement imbriquée du 
calice; ce caractêre ainsi que la forme de la gousse, les graines exal- 
bumineuses et le Zrcirs général de Parbre ne permettent aucun doute 
quant au genre. Notre espêéce se distingue des autres Parkia surtout 
par ses capitules beaucoup plus petits dont Paspect rappelle, à pre- 
miére vue, ceux de certains .Lcacia. 


Parkia velutina R. BEN. 


Arbre magnifique de la forêt un peu marécageuse mais non 
inondée, de la région occidentale de Tile de Marajó (environs du Rio 
Anajaz, Herb. Jard Bot Rio n. 16.865) et petites iles de Vestuaire 
voisines (Aramá), ainsi que des environs de Bragança ( Herb. Amaz. 
Mus. Pará n. 9.789 et Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.864). Feuilles sou- 
vent três grandes, penrules jusqu'ã 37-juguées, folioles jusqu'ã plus 
de 100 -juguées. Fleurit en octobre et novembre. 


Parkia ingens DUCKE n. sp. 


Speciei P. oppositijolia Benth. similis, differt foliolis vulgo 
dimidio maioribus, basi rhachidi late appressis, pagina inferiore 


o qa 


indumento albo destitutis, staminodiis flavis, cortice interiore sine 
odore specifico. Arbor magna vel maxima. 

Habitat in silvis primariis non inundatis, terris argillosis fer- 
tilibus: prope Bragança (Herb. J. B. Rio n. 16.860), in insulis 
Breves prope flumen Jaburuzinho (H. J. B. R.n. 16.861), in regione 
occidentali insulae Marajó prope flumen Anajaz (H. J. B. R. nu- 
mero 16.862), in regione fluminis Xingú inter Victoria et Altamira 
(Her. Amaz. Mus. Paraensis n. 16.644), et loco Francez prope 
edi tlumen Tapagoz (H./J) B: R: n. 10.220); leg. A. Ducke; 
ho Met VI 

La troisiéme espéce à feuilles opposées, arbre souvent énorme 
à cime três large: feuilles (sauf une petite différence dans la forme 
et la grandeur des folioles), inflorescence et gousses presquã peu 
prês comme chez le commun ?. oppositifolia, mais les premiéres sans 
aucune trace de la substance cireuse, Pécorce de larbre sans Podeur 
de salicylate de methyle, et les fleurs entierement jaunes. 

— La clef des espéces brésiliennes de Parkia publiée dans le vol. 
III de ces « Archivos » doit être encore modifiée, d'aprês les résultats - 
de Pétude des matériaux abondants récemment récoltés dans PÉtat 
du Pará: 


A — Toutes les feurs hermaphrodites, mais celles de la moitié ba- 
) silaire du capitule avec étamines plus longues et anthêres três 
caduques. Capitules sphéroidaux, larges de 4 à 5 cm. suspendus 
à des pédoncules filiformes três longs; leurs rachis courts, obovés 
presque globeux à base stipitée, déprimés au sommet; fleurs rouge 
foncé. Gousses non ligneuses, glabres. Arbres à cime três large 

et plate en forme d'ombrelle. 


a — Pédoncules n'excédant 1/3 m. mais généralement au 
sommet de branches allongées. Gousse un peu charnue 
à surface tornleuse, indéhiscente; grandeur comme chez 
P pendula; graines en deux séries distinctes. Arbre moyen 
ou petit. P. platycephala Benth. 


4 — Pédoncules le plus souvent longs de 1 à 2 m. le plus 
souvent latéraux sur les rameaux. Capitules fétides. Gousse 
coriace, plate, déhiscente, avec sécrétion abondante d'une 
substance qui semble analogue à la gomme arabique, 


(Grands arbres, 
1 


Res 


aa — Pennules 7-10-juguées, folioles 40 à 50 - ju- 
guées, longues de 6 à gmm., larges de 1 à 2 mm, 
Gousses longues d'environ 18 à 20 em. sur 3 à 
4 em. de large, graines en 2 séries parfaites. 
P. paraensis Ducke. 


bb — Pennules 10-22-juguées, folioles 50 à 7o0-ju- 
cuées, longues de 3 à 4 mm, larges de 1/2 à 
3/4 mm. Gousses mesurant environ la moitié 
de celles du précédent, graines dans une 
seule série, seulement dans la partie centrale 
parfois plus ou moins bisériées. P. pendula 
Benth. 


B— Fleurs de la partie basilaire du capitule mãles, celui-ci globeux. 
Feuilles alternes, folioles mon enduites de substance blanche, 
Inflorescences en panicule ou grappe plus ou moins dressée, pé- 
doncules relativement courts; capitules globeux. leur rachis fusi- 
forme; toutes les fleurs de la même grandeur. Grands arbres à 
cime convexe. 


AA —Feuilles de la grandeur commune chez ce genre. 
Fleurs blanches, capitules larges á peine jusquã 1 1/2 
cm., en panicule terminale três ramifiée. Gousse coriace, 
dure, longue jusqua 3 dm, large de 3 1/2 à 4 1/2 em, 
comprimée, veloutée de brun rouge, à dehiscence re- 
tardée et incomplete; graines 1-sériées. P. Ulei ( Harms) 
Kuhlmann. 


BB — Feuilles três grandes, les pennules et surtout les fo- 
lioles três nombreuses. Capitules à la floraison larges 
denviron 4 à 5 em. 


a — Revêtement faible. Fleurs blanches, capitules en 
panicule terminale peu ramifiée (parfois en 
erappe). Gousse glabre, parfaitement ligneuse, 
indéhiscente, comprimée mais épaisse, longue 
de 2 à 3 dm, large de 7 à q cm. épaisse de 
r 1/2 à 3 cm; graines 1-sériées. P. multijuga 
Benth. (planche 1 ). 


Reudio im aaa 


4 — Revêtement velouté, roux. Fleurs rouge foncé, 
capitules en grappes latérales semi-dressées qui 
prennent naissance immédiatement au dessous 
des feuilles, lesquelles sont réunies en bouquet 
au bout des rameaux três épais. Gousse comme 
chez ?. Ulei mais atteignant 4 dm. de lougueur 
et 6 cm. de largeur. P. velutina R. Ben. 


C— Fleurs de la partie basilaire du capitule stériles (possédant 
senlement des staminodes ), dans le bouton plus courtes mais à 
la floraison (à cause des longs staminodes) beaucoup plus lon- 
oues que celles (hermaphrodites) de la partie terminale. Rachis 
du capitule allongé, fusiforme. Gousse glabre, au moins à Páge 
adulte. 


AA — Feuilles opposées. Fleurs blanches ou jaunes. Gousses 
coriaces dures presque ligneuses, indéhiscentes, com- 
primées; graines dans une seule série. 


à — Folioles à face inférieure enduite une substance 
blanche détergible. 
, 

aa — Feuilles et surtout folioles três gran- 
des (relativement ). Capitules três longs, 
(ro-23 cm.), fétides, suspendus à des 
pédoncules assez longs et épais au 
bout de longues branches spéciales; 

en bouton hérissés de longues bractées 
dressées brunes; à la floraison blanes 

( inclusivê anthéres ) avec staminodes 
jaune pâle. La partie basilaire avec les 
staminodes large jusqua 1 dm.; au 
dessus de celle-ci une courte partie 
resserrée cylindrique avec fleurs seule- 
ment à anthêres petites, large à peine 
jusquia 2 1/2) em. la longúe” partie 
obovoide supérieure (fertile) atteint 
jusquáà 8 em. de largeur. Gousse longue 

de 1/2 à 2/3 m, large de 5 à 6 cm. Três 
erand arbre. P. gigantocarpa Ducke. 


a 


bb — Toutes les parties beaucoup moins 
grandes. Capitules au bout de branches 
spéciales obliquement dressées, longs 
d'environ 5 cm,, bractées peu saillantes 
dans le bouton; à la floraison biglobeux. 
Fleurs et staminodes blancs, ceux-ci 
relativement três longs, anthéres jaunes. 
Gousses n'excédant que rarement 25 
em. Grand arbre; écorce intérieure avec 
une odeur três forte de salicylate de 
méthyle. P. oppositifolia Benth. 


b — Folioles dépourvues de substance blanche dé- 
tergible. Quant au plus, semblable au 2. 040s1- 
ifotia (em dehors de quelques caractéres des 
folioles ) mais staminodes jaunes comme les | 
antheéres: écorce sans odeur spéciale. P. ingens | 
Ducke n. sp. 


BB — Feuilles alternes, folioles sans la substance blanche 
mentionnée. Inflorescences et fleurs du type de celles 
du P oppositifolia et P. imgens. 


a — Folioles linéaires, étroites, 1 -nervées. 


aa — Pennules 9g- à 15 - juguées, base des 
folioles du côté inféricur três distinc- 
tement auriculée. Fleurs, y comprisles 
staminodes (três longs), rouge pour- 
pre; anthêres des fleurs fertiles plus 
ou moins jaunes. Gousse assez sem- 
blable à celle du 2. oppositifolia. P. pe- 
ctinata (H. B. K.) Benth. 


bb — Pennules 8 - à 10 -juguées, base des fo- 
lioles du côté inférieur arrondie. Cou- 


leur des fleurs et cousses inconnue, 
P. filicina ( Willd.) Benth. 


b — Folioles oblongo-linéaires, 2- ou 3 - nervées. 


Gousse relativement petite, courte mais large, 
un peu charnue, indéhiscente, avec graines 
I - sériées. Arbres de petite taille, fleurs rouge 
pourpre. 


aa — Pennules 3-ou 4-juguées. Branches 
floriféres três allongées, horizontales. 
Fleurs plus petites, staminodes et an- 
theres beaucoup plus courtes que chez 
"Pespece suivante. P. discolor Benth. 


db — Pennules 5 -à 8 - juguées. Branches 
floriféres plus courtes et plus dressées, 
fleurs plus grandes, staminodes et an- 
théres beaucoup plus longs que chez 
la précédente. P. auriculata Benth. 


Genre Dimorphandra ScHorr (planche 2). 


A genere vicino Mora Schomb (generis praesentis subgenere, 
secundum auctores posteriores) praesertim seminibus crasse albu- 
minosis sat longe distans, aliisque characteribus variis optime di- 
versum. — Arbores magnae vel parvae, foliis bipinnatis (interdum 
pinnulis unifoliolatis folia simpliciter pinnata imitantibus), folio. 
lis saepius parvis et numerosis. Flores in spicis vel racemis parum 
vel valde numerosis, brevibus vel longis, albi, aurantiaci vel rubnmi, 
staminodiis breviter clavatis vel capitatis vel in laminam petalo1- 
deam dilatatis. Legumen planum, lineare vel late falcatum, carnoso- 
coriaceum vel lignosum, indehiscens vel elastice bivalve; semina 
embryone albumini crasso semitranslucido incluso, parva, cylin- 
drica vel plana ovalia, testa dura. — Species 14 hylaeam (partibus 
occidentalibus exceptis) et Brasiliam centralem et meridionalem 
tropicam inhabitant, a Guiana britannica usque ad civitatem 5. 
Paulo et occidentem versus usque ad Rio Negro et Matto Grosso 
centralem dispersae. 


Dimorphandra macrostachya BENTH. (planche 2). 

Cette espece appartient à un petit groupe d'espeéces qui diver- 
cent des autres espéces du sousgenre Pocillum par les fleurs en épis, 
ainsi que par les staminodes persistants jusquá pleine floraison, 
libres et dont la lame pétaloide obovée est couronnée d'une anthere 


= ta 


rudimentaire; ces caractêres indiquent une transition des vrais Pocil- 
tum vers le sousgenre Zudimorphandra. — D. macrostachya est un bel 
arbre qui peut atteindre 40 m.; folioles 10 — à 26 — juguées, en dessous 
plus pâles et presque glabres, fleurs sessiles ou subsessiles, rouges 
(couleur de feu) en épis longs (25 à 35 em.) ct grêles (diamêtre de 
Pépi avec les fleurs ouvertes, à peine d'r cm.), calice distinctement 
pubescent, 5 étamines fertiles et 5 staminodes de la forme décrite 
plus haut, gousse come chez les autres espéces du même sousgenre 
(atteignant jusqu'i 2 dm. de longueur sur 9 cm. de large), graines 
longues de 14 à 18 mm. larges de 8 à 10 mm., fortement compri- 
mées et plates, plus ou moins obovées avec testa brune, luisante, 
dure, embryon enveloppé par un épais albumen semi-translucide. Ha- 
bite la forêt primaire en terrain sablonneux melangé d'humus noir 
(surtout dans les endroits oú prennent naissance les petits ruisseaux 
à eau «noire») de la région littorale de IÉtat du Pará, Vestuaire 
amazonien et la partie la plus orientale du Bas Amazone proprement 
dit ou je Pai rencontré jusqu'au pied du mont Parauaquara en aval 
de Prainha; décrit, pour la premiére fois, de la Guvyane britannique. 
Três fréquent dans les forêts au long du Rio Pará au Nord Est de 
Belem, surtout prês de Mosqueiro. 


“ Dimorphandra campinarum DUCKE n. sp. 


Speciei D. macrostachya Benth. valde affinis, differt dimensio- 
mbus omnibus minoribus, foliolis usque ad 33-jugis subtus (in 
junioribus) intense rufis costa subaureo-puberulis margine albo- 
cihiolatis, spica breviore (usque ad 2 1/2 dm. longa) et crassiore 
(diametro sub anthesi 1 1/2 cm.), floribus dilute aurantiacis, calice 
subglabro nigrescente. Stamina ut in specie praecedente 5 fertilia, 
staminodia 5 apice petaloideo-dilatato obovato antherã sterili sat 
magná coronata; legumen quam in praecedente dimidio minus; 
semina perfecta non visa. Arbor humilis. 

Habitat in «campinis» arenosis siccis prope lacum Faro: loco 
Infiry (Herb. Amaz. Mus. Pará, n. 10.693) et inter montes Dedal 
et Igaçaba (H. A. M. P.n. 8.615); in «campina» prope cataractam 
Taboleirinho fluminis Mapuera (affl. fluminis Trombetas) 12-12- 
1907 florifera (H. A. M. P. n. 9.128). Specimina omnia ab A. 
Ducke lecta, nonnulla sub nomina D. macrostachya distributa. 

Jai considéré longtemps cette espêce comme une variété du 2). 
macrostachya, mais dans un três grand nombre d'individus de celui-ci, 
observés récemment, je n'ai pas trouvé le moindre indice d'une tran- 


PRIRE ) Pap 


sition entre les deux, lesquels sont certainement mieux à séparer que 
par exemple les espéces /). mollis et D. Gardneriana. 


Dimorphandra pennigera Tur. 


Grand arbre du haut Rio Negro et régions voisines; feuilles 
- três semblables à celles du 7). macrostachya; fleurs (d'aprês Ule jau- 
nâtres) distinctement pédicellées, avec staminodes adhérents en forme 
de capuchon et sans anthére rudimentaire. 


Dimorphandra vernicosa BENTII. 


Graines comme chez 7). macrostachva, seulement un pleu plus 
petites (longueur 15 mm., largeur 7 mm.); embryon comme chez 
Pespéce citée enveloppé par un épais albumen semi-translucide. 


VA 
Dimorphandra caudata DUCKE. n. sp. 


Arbor 40 metralis vel altior. Folia maxima (in ramulis sten- 
lhbus usque ad 9go cm. longa), petiolo rhachidibusque tomento 
minuto densissimo obscure rufis; pinnae dissite 6 —7 —-jugae; 
foliola in pinnã 7 — 19, valde alterna, petiolulata, oblongo — 
(rarius ovato —) lanceolata, basi rotundata vel obtusa, apice longe 
caudato - acuminata, distincte penninervia sed vix venulosa, mem- 
branacea, supra glabra nitida, subtus tomento minuto densissimo 
jaete subaureo - rufa, 4 —o cm. longa et 1 1/2--2 1/2 cm. lata. 
Flores ignoti; panicula fructifera ramis lignosis crassis paucis; 
legumen erectum, circa 30 cm. longum, circa 6 cm. latum et circa 
3/4 em. crassum, compressum, planum, rigide coriaceum, indehis- 
cens, glaberrimum, laeviusculum, maturum fuscum; semina 22 — 24 
mm. longa 7-8 mm. lata 3-4 mm. crassa, testa dura rufa, embryone 
albumini crasso semitranslucido incluso. 

Habitat in silva primaria collibus prope cataractas Mangabal flu- 
minis Tapajoz medi, 1 A. Ducke 18-8-923, Herb. J. Bot. Rio n. 
16.866; arborem speciosam vidi unicam. 

Cette espêce magnifique a beaucoup d'affinité au 7. cxaltata 
Schott de Rio de Janeiro; les dimensions beaucoup plus grandes de 
toutes ses parties et la forme et couleur des folioles de notre espeéce 
nouvelle ne permettent cependant aucune confusion avec ce dernier. 


Clef des espêces de DIMORPHANDRA. 


A — Fleurs pédicellées ou sessiles, en inflorescences longues, solitai- 


RÃ ca 


res ou peu nombreuses; staminodes dilatés en lame pétaloide; 
ovaire soveux ou villeux. Gousse largement falciforme, plate, 
ligneuse, à valves élastiquement déhiscentes : ecraines ( connues 
chez D. macrostachyva et D. vernicosa) ovales et plates. Sous- 
cenre Pocillum "Tul. 


“1.1 — Staminodes sans anthére rudimentaire, adhérents au 
sommet, formant dans le bouton une espéece de ca- 
puchon caduque à Pépanouissement des fleurs; celles-ci 
distinctement pédicellées. 


a — Pennules 13 à 21—juguées, folioles 21 à 48— 
juguées. Grappes longues souvent de 40 à 50 
cm.; fleurs odorantes, blanches devenant plus 
tard rougeâtres; gousse longue de 25 à 30 cem. 
sur environ 10 cm. de large. D. velutina 
Ducke. 


4 — Pennules 6 à 10 — juguées, folioles 20 à 30 — 
juguées. Grappes moins grandes, fleurs beau- 


. coup plus petites, jaunâtres. D. pennigera Tul. 
c— Pennules 1 à 2 — juguées, folioles 4 à 8— 


juguées. Grappes et gousses moins grandes que 
chez la premiére espéce mais fleurs encore plus 
crandes, blanchâtres. D. vernicosa Benth. 


BB — Staminodes libres, la lame pétaloide couronnée d'une 
petite anthére rudimentaire. Fleurs en épis. 


a— 10 étamines fertiles. Pennules 3 ou 4 — juguées 
folioles 10 à 12 — juguées. D. polyandra R. Ben, 


b — 5 étamines fertiles. Pennules 4 — 10 — juguées, 
folioles 10 à 33 — juguées. 


au — Folioles presque glabres, épis três 
longs et grêles, fleurs d'un rouge ar- 
dent, le calice distinctement pubescent. 
D. macrostachya Benth. (planche 2). 


PRE (o PRC ms 


bb — Folioles en dessous rousses, ciliolées, 
épis moins longs et plus épais, fleurs 
orangées, le calice presque glabre. D. 
campinarum Ducke n. sp. 


B — Fleurs sessiles, petites, blanches, en épis courts, réunis en dense 
panicule corymbeuse. Staminodes au sommet courtement clavés 
ou capités. Gousse (connue chez les espéces Gardneriana, par- 
viflora, exaltata, caudata) indéhiscente, épaisse, coriace, recti- 
ligne ou peu courbée; graines presque cylindriques. Sousgenre 
Eudimorphandra. 


AA — Folioles petites, larges, obtuses ou rétuses. Ovaire 
elabre (chez pariuflora inconnu). 


a— Pennules 5 à 8-—juguées; folioles 10 à 20 — 
juguées, seulement en dessous assez fortement 
pubescentes. D. Gardneriana Tul. 


b» — Pennules 6 à 19 —juguées; folioles 12 à 22 — 
juguées, assez densement pubescentes sur les 
deux faces. D. mollis Benth. 


c — Pennules et folioles 8 à 12 — juguées, celles-ci 
en dessus glabres, en dessous três faiblement 
duveteuses. D. parviflora Benth. (planche 2). 


BB — Folioles de grandeur moyenne, aígúes. Pennules 4 à 
s — juguées. 


a— Ovaire hirsuté. Folioles 5 à 8 — juguées. D. 
multiflora Ducke. 


b— Ovaire glabre. Folioles 5 à 14 —juguées. D. 
exaltata Schott. 


CC — Folioles assez grandes, longuement caudato-acuminées, 
alternes, au nombre de 7 à 19. Pennules 6 — 7 —ju- 
cuées. D. caudata Ducke. 


do AE Eu 


/)/) — Folioles grandes, au nombre de 5 à 9; pennules so- 
litaires ou 1 — à 2 — juguées. Feuilles avant souvent 
Papparence de feuilles ssmplement pennées. 


a — Ovaire villeux. D. latifolia Tul.= Mora conju- 
gata Sphtge. (selon les auteurs). 


b — Ovaire elabre. D. unijuga Benth. ( d'aprês la 
« Flora Brasil. »). 


Genre Mora ScHomB., = /imorphandra, soúsgenre ou section 
Mora, des autres auteurs (planche 2). 


Generi Dimorphandra Schott affine at seminibus exalbumi- 
nosis aliisque notis evidentissime diversum. Arbores vulgo maximae, 
foliis simpliciter pinnatis, foliolis magnis paucis. Flores in spicis 
parum vel modice numerosis sat longis, albi, staminodiis apice 
ellipticis clavatis liberis. Legumen maximum, crassissimum, mol- 
lius coriaceum, dehiscens non elasticum, seminibus 1-6 maximis, 
reniformibus vel subglobosis, mollibus, testa membranacea, exal- 
buminosis. Species cognitae 3 quarum una Guianam, altera aes- 
tuarium amazonicum, tertia Colombiae et Panamá silvam litto- 
ream occidentalem habitat. 

Cest à tort que ce genre a été supprimé (ou réduit au rang de 
sousgenre), 11] se distingue de /ymorphandra non seulement par les 
feuilles simplement pennées et quelques caractéres peu importants 
des fleurs, mais surtout par ses graimes três volumineuses, réniformes, 
“molles, à 4csta membraneuse, dépourvues d'albumen, tandis que chez 
le genre Dimorphandra les graines sont petites. presque cylindriques 
ou ovales et plates, três dures, à Zesta corince, ayant Pembryon enve- 
loppé dans un épais albumen semi-transparent. Bentham qui con- 
naissait seulement les graines de ora et Baillon qui connaissait 
seulement celles de Drmorphandra ont réuni, sur la seule base de la 
ressemblance des fleurs, ces deux genres dont Paffinité naturelle est 
certainement moins grande que celle qui existe, dans cette même 
sous-famille des césalpinioidées, entre les genres TZachigalia et Scle- 
rolobium ou Peltogyne et Ilymenaca (sans parler de genres de parenté 
três étroite mais reconnus tels par la plupart des auteurs, comme 
Bates et Vouacapoua, ou Caesalpinia et Cenostigma, ou encore Bro- 
wnca, Eliabetha, IHeterostemon et Palovea ). Il est encore à remarquer 
que les arbres du genre Mora ont leur facies propre lequel ne res- 


semble aucunement à celuíi des Dimorphandra et que les premiers 
fournissent des bois de valeur ou au moins três solides, tandis que 
le bois des derniers est plus ou moins mou et sans valeur. 

Les trois especes connues peuvent être distinguées de la maniere 
suivante: 


“À — Folioles obtuses ou rétuses. Gousse 1 - seminée ( d'aprês Bentham ). 
M. guianensis Schomb. (= Dimorbhandra excelsa Benth. 7). 
mora Benth. et Hook., 7). guzanensis Baill, Mora excelsa Benth.) 


5 — Folioles acuminées ou acutées. 


a — Folioles s-(4-) juguées. Gousse 2 à 6- seminée, un peu 
étranglée entre les graines (planche 2). M. paraensis 
Ducke. 


b — Folioles 2 - juguées. Gousse 1 - seminée( daprês S. Record). 
M. oleifera ( Triana) Ducke n. comb. 


Mora paraensis DuckKE (== Dimorphandra parácnsis (DUCKE). 

La forme que J'aíi décrite comme var. 72/a semble être constituée 
par de vieux et três grands arbres de cette espéce, sans que Pon 
puisse distinguer une race; J'ai fait récemment, à Gurupá, des obser- 
vations sur ce sujet, avant pu examiner un grand nombre d'arbres 
du <pracuúba branca » comme du « pracuúba vermelha ». 


Cynometra bauhiniaefolia BES'TH. 


Les feuilles excedent souvent du double les dimensions indiquées 
par Bentham. Le fruit mir est indéhiscent, subréniforme, fortement 
comprimé, três grossiérement rugueux, revêtu de duvet brun rousx, 
long d'environ 2 1/2 cm. sur 1 1/2 cm. de large, profondément sil- 
lonné aux deux sutures, à péricarpe pen épais et assez fragile; 
eraines 1 ou plus rarement 2, à esta membraneuse soudée au péri- 
carpe, dépourvues d'albumen. — Varbre est fréquent dans la foret 
des rives argileuses et périodianement inondées du bas -Amazone; 
son bois est blanchátre et assez mou. 


Copaifera reticulata DUCKFE. 


Cette espéce est étroitement limitée à la forêt «pluviale» non 
inondable, primaire, ou je Vai rencontrée dans toutes les parties prin- 


ci E que 


cipales de PÉtat du Pará; cest elle qui fournit la presque totalité 
du baume de copahu exporté par cet État et probablement encore 
par celui de "Amazonas, car à lui appartiennent les «copaibeiras » 
du Rio Purús introduites dans le Jardin Botanique du Pará. A la 
même espéce appartiennent encore les arbres de la région du che- 
min de fer de Bragança attribués à tort, par J. Huber et moi- 
même, a Paffinité de €C. guramenses. Le baume du € reticulata est 
un liquide épais brun jaune d'odeur résineuse forte. L'arbre qui 
atteint des dimensions três grandes se distingue facilement des autres 
especes amazoniennes, mais dans les forêts de Rio de Janeiro il existe 
une «variété» (2) du €. Langsdorfir qui lui ressemble beaucoup, avant 
- seulement les folioles plus courtes et Parille qui enveloppe une partie 
des graimes rouge foncé et non pas jaune comme chez le reticulata. 


Copaifera guianensis BENTH. 

Espece appartenante à la partie Nord de Phyléa; limitée, au 
Brésil, au Rio Negro oú elle'semble habiter les rives inondées. Les 
spécimens cités par Huber et par moi pour PÉtat du Pará apparti- 
ennent en réalité au €C. veticulata. 


Copaifera multijuga HavNE 

Cette espéce remarquable par son bois odorant est fréquente 
dans les forêts non inondables du moyen Tapajoz, surtout aux envi- 
rons des pittoresques collines de Quataquara (État du Pará, tout 
pres des limites de PÉtat de "Amazonas et non loin de celles de 
Matto Grosso) ou son baume est brulé par les «seringueiros» (ex- 
tracteurs de caoutchouc d'//evea) au lieu du pétrole dans leurs pe- 
tites lampes de fer blanc; ce baume est beaucoup plus liquide que 
celui du €. reticulata, três clair, avec odeur beaucoup plus faible et 
plus agréable; 1l est abondant dans les arbres mais n'est que rare- 
mene exporté. 


Copaifera officinalis LI. 


Cette espêce pénetre dans la partie Nord de Phyléa ou mr. 
Kuhlmann Pa rencontrée en territoire brésillien dans PÉtat de PAma- 
zonas, région du haut Rio Branco, aux environs de São Marcos 
(Herb. J. Bot. Rio n. 3.247). 


Copaifera Martii HAavNE. 


Cette espéce, parfois arbustive, m'atteint pas souvent les dimen- 


Aá 


stons d'un arbre assez grand pour pouvoir fowurnir des quantités non 
negligeables de son baume qui ressemble beaucoup plus au produit 
du €C multiuga qua celui du €C vreticulata et n'est que rarement 
exporté. L'arbre est plus connu par son bois à coeur dur rouge 
brun, três différent du bois mou et blanchâátre des deux autres espe- 
ces qui habitent PÉtat du Pará: il habite les régions à saison seche 
accentuée de cet État (et probablement encore les parties orientales 
de PÉtat Amazonas) et le littoral des États du Maranhão et Pi- 
auhy jusqu'ã Parnahyba oú je Pai rencontré en compagnie du €. ví 
sida Benth. qui semble se distinguer de Pespéce présente seule- 
ment par ses folioles três dures. Celles-ci sont, du reste, chez le 
même €. Marti toujours plus épaisses et plus dures chez les arbres 
des terrains ouverts que chez ceux de la fóret; les jeunes folioles 
des derniers montrent parfois même quelques points transparents 
qui peuvent donner lieu à des confusions avec d'autres espéces. 


Hymenaea courbaril L,. var. obtusifolia DUCKE. n. var. 


Speciei formae typicae -omnino similis, recedit foliolis apice 
obtusis, vix acuminatis. Arbor in horto botanico paraensi culta a 
J. Huber ex insula Marajó introducta, specimina florifera et fructus 
in herb. Jard. Bot Rio n. 16.906. 

Je ne peux pas encore affirmer sil sagit une variété indivi- 
duelle ou régionale; il est toujours remarquable que je mate pas 
vu un second arbre appartenant à cette forme. parmi les centaines 
d'arbres (appartenantes aux formes Zypica et subsessilis) observées 
dans toutes les parties de Phyléa, tandis que dans les matériaux 
dherbier provenant des parties seches de PÉtat de Bahia cette va- 
riété s'observe plus fréquemment que la forme typique. C'est peu- 
être à la presente variété que se refêre P//. splendida Vog. dont la 
var. longifolia Benth. (de laquelle nous possédons un double du spé- 
cimen original) serait une transition vers le courbaril typique. Ma- 
lheureusement, les échantillons des //ymenaca de PÉtat de Bahia con- 
servés dans notre herbier ne sont pas accompagnés des fruits sans 
lesquels on ne pourra jamais arriver à une classification définitive 
des espéces. 


Lespéce suivante n'appartient pas à la flore amazonienne; je la 
décris ici pour contribuer à la connaissancec des especes brésiliennes 
de ce genre, assez imparfaite jusque maintenant; 


cama AE O 


“ Hymenaea velutina DUCKE. n. sp. 

Speciei HM. eriogyne Benth. similis, at faciliter distinguitur 
foliolis glaberrimis basi extus valde rotundato - protractis costis 
secundariis tenuibus saepe obsoletis, venulis obsoletissimis sub lente 
creberrime reticulatis at oculo nudo saepissime inconspicuis, flo- 
ribus circa 1/3 minoribus, ovario glaberrimo. Cymae quam in 
speciei citatae specimine a me viso minus longe pedunculatae, 
densius rufovelutinae; flores extus fusco — vel aureofusco — velu- 
tini; legumen- secundum Zehntner magnitudine minus quam spe- 
cierum courbaril et Martiana, modice compressum, vulgo sat la- 
tum, faciebus lateralibus costã subdiagonali parum elevatã a basi 
usque ante apicem leguminis plus minusve conspicuã notatum, 
Arbor dicitur parva floribus albis. 

Habitat in civitatis Piauhy regionis Piracuruca campis Tabo- 
leiro Grande (2), flor, 7-10-1909 1. M. Arrojado Lisbôa sub 
nomine «jatobá de casca fina» (Herb. Gener. Mus. Pará n. 2.398); 
mm civitatis Bahia parte interiore septentrionali 1. Zehntner octo- 
bre 1912 florif. sub nomine. «jatobazinho» vel «jatobá da catinga» 
prope Santa Rita et ad Boqueirão Rio Grande (Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 6.309 et n. 6.313). 

Varietas hujus speciei dubia a typo differt ramulis crassis 
laete cinnamomeis, foliolis apice obtuse sabacuminatis, venulis supra 
magis conspicuis. An species nova? Fructus ignotus. 

Habitat in sabulosis maritimis prope Salinas Tutoya civitatis 
Maranhão, 1. A. Ducke (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.970) 

Cette espece nouvelle et parfaitement distincte habite le Nord 
Est du Bresil, dou Pai vu encore les espéces crogyne Benth. sttgo- 
nocarba Hayne, Martiana Hayne et courbaril 1, tandis que Pespéce 
stilbocarpa Hayne semble limitée au Brésil meridional tropical ou 
elle est jusqu'ici la seule connue de ce genre. La variété mentionnée 
reste douteuse, par la double raison de n'être pas connu le fruit et 
de sagir d'un individu rabougri des dunes de la cóte de PAtlantique, 
localité ou certaines espéces d'arbre apparaissent sous un aspect tel- 
lement modifé par les influences locales qu'il est impossible de les 
identifer sans des materiaux complets et abondants. 


2) Quelques doubles ont été distribués sous l2 nom d'//. splendida Vog. 


MESES To e ade 


“Peltogyne angustiflora DUCKE n. sp. 


Speciei P. confertiflora (Hayne) Benth. foliis fructibusque si- 
milis, differt inflorescentia multo angustiore saepe breviter pyra- 
midata, hujus ramulis multo tenuioribus, primariis glabris et ni- 
grescentibus, floribus multo minoribus praecipue angustioribus extus 
ferrugineo-sericeis, calicis tubo discifero angustissimo, stipite tenuis- 
simo, limbi segmentis intus solum basi et linea mediana tenuissime 
sericeis. Arbor media; petala alba. 

Habitat in silvis collinis prope urbem Rio de Janeiro, loco 
Silvestre a J. G. Kuhlmann et A. Ducke lecta, florifera 22-12-1922, 
fructifera 5-11-1921 (Herb. Jard. Bot. Rio n. 188). 

* Cette espece semble avoir été confundue, jusque maintenant, avec 
le ?P confertiflora du centre et Nord Est du Brésil; quoiquétrange à 
la flore amazonienne, je la décris ici pour pouvoir modifier la clef 
des especes publiée dans la partie antérieure de ce travil (Archivos 
HI p. 98). ce qui doit être fait de la maniére suivante: 


bb — Feuilles sans sécrétion cireuse. Inflorescence dense. 


— Inflorescence large (10—15 cm.), corymbeuse. Fleurs 
épaissement soyeuses de couleur gris brun clair 
à reflets dorés, três robustes, tube du calice long 
de 5 à 7 mm. Centre et Nord Est du Brésil et 
Guyane hollandaise. P. confertiflora ( Hayne) 
Benth. 


— Inflorescence le plus souvent courtement pyramidée, 
larguer 4—7 cm. Fleurs revêtues de fine soie cou- 
leur ferrugineuse. beaucoup plus petites, tube du 
calice long jusquã 3 1/2 mm. Rio de Janeiro. P. an- 
gustiflora Ducke. 


'*  Macrolobium montanum DUCKE n. sp. 


Ad sectionem II, Outea. Frutex 1 1/2 metralis, praeter flores 
omninc glaber. Foliorum petiolus cum rhachide 2 1/23 1/2 cm 
longus, supra applanatus; foliola 2 — 3 — juga, subsessilia, 2 — 3 1/2 
cm.longaet 1 1/2—2 1/2 cm. lata, oblongo-obovata basi parum inae- 
qualia apice saepissime distincte retusa, sat rigide coriacea, supra 
nitida subtus pallida, hic distincte crebre parallele lineato-penni- 


JARD, 4 


1 


nervia et margine nerviformi cincta. Racemi usque ad 8 cm. longi 
secundiflori modice densi; bracteae minimae (1 — 1 1/2 mm. longae), 
acutae, caducissimae. Flores usque ad 8 mm. pedicellati, glabri vel 
parcissime tomentelli; bracteolae 3 — 5 mm. longae concavae obtusae 
vel subacutae, intus parce pilosulae; calix tubo brevi, limbi segmen- 
fis membranaceis acutis quam bracteolae brevioribus; petali (albi) 
unguis ad 5 mm. longus, lamina (sicca) vulgo circa 3 mm. diametro; 
stamina purpurea ad 1 cm. longa filamentis basi pilosulis; ovarium 
stipitatum glabrum. Legumen sublignosum, stipite circa 1 cm. longo, 
usque ad 6 1/2 cm. longum, ante apicem ad 2 3/4 cm. latum, 
basin versus gradatim angustatum hic parum obliquum, suturis 
vix incrassatis, valvis elastice dehiscentibus; semen in specimini- 
bus nostris 1 evolutum. 

Habitat in fruticetis «campina-rana» dictis infra cacumen Serra 
Pontada (circa 300 m. altitudinis) regione montium Jutahy inter 
Almeirim et Prainha civitatis Pará, 1. A. Ducke 18-4-1923 florif., 
I2-9-1923 fructif. (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.947). 

Cette espêce se distingue par ses folioles 2 — 3 — juguées obovées 
et ne ressemble à aucune autre. Elle appartient à la flore des pe- 
tites montagnes qui se dressent au nord du bas Amazone en amont 
de la bouche du Rio Parú; je Pai observée dans un seul endroit, 
mais dans un nombre assez grand dindividus. 


v Macrolobium brevense DUCKE n. sp. 


Ad sectionem II, Outea. Arbor 20-30 m., cortice et ligno 
interiore rufis. Ramulis novelli canoferruginescenti - hirtelli. Stipulae 
setaceae vix 1 1/2 mm. longae caducae. Folia solum rhachide (dis- 
tinctissjme canaliculata) minime et parce ciliatula; foliola 15—27— 
juga, coriacea, glaberrima, supra nitida, subtus pallidiora et hic 
crebre et parallele lineato-penninervia, apice distincte retusa, ma- 
xima 10 — 15 mm. longa et usque ad 4 mm. lata, in jugis ultimis 
valde decrescentia terminalibus minimis, lineari-oblonga, basi valde 
inaequilatera. Racemos solum vidi novissimos breves, paucifloros, 
canosericeos; pedunculi fructiferi circa 1 1/2 cm. longi canopubes- 
centes. Legumen usque ad 8 mm. stipitatum, inclinatum, 10 — 15 cm. 
longum, parum ante apicem 4 —fere 5 cm. latum, basin versus 
gradatim angustatum, lignosum, elastice bivalve, glabrum, sutura 
inferiore recta, sutura superiore leviter arcuata et parum crassiore. 

Habitat in silva humosa proxima campinae arenosae prope 
Breves aestuarii amazonici, |. A. Ducke fructif. 4-12-1922, inflo- 


rescentiis novellis 14-7-1923 (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.946). 
— Speciebus M. Huberianum Ducke et M. gracile Benth. affine; 
a prima differt praesertim ramulis inflorescentiisque pilosis, a 
secunda foliolis magis linearibus glabris, ab utraque foliolis subtus 
distincte nervosis et legumine magno. 

Cette espece nouvelle appartient à un petit groupe d'espeéces 
qui se ressemblent beaucoup entre elles (surtout dans les spécimens 
d'herbier!) mais ne sont cependant pas difficilles à séparer: 
a — Arbuste oú três petit arbre à tronc três bas et longues 

branches três obliques et inclinées; glabre. Stipules lan- 

céolées, longues d'r cm. Folíoles 6 — 24 — juguées, nerva- 
tion peu distincte. Gousse longue jusquã 12 cm. sur 

3 em. de large. M. Huberianum Ducke. 


b — Arbre de 20 à 30 m.; rameaux et inflorescences pileux. 
Stipules sétacées três courtes (1/2 mm.). Folíoles 15 — 27 
—juguées, distinctement linéato-nervées (en dessous ). 
Gousse longue de 1 à 1 1/2 dm, courtement stipitée. 
M. brevense Ducke. 


c— Petit arbre («12 à 20 pieds >»); rameaux, feuilles et 
inflorescences pileux. Stipules «longues ». Folioles 15 — 20 
— juguées. leur nervation non visible. Gousse longue 
denviron 5 cm. sur 2 cm. de large, longuement stipitée. 
M. gracile Benth. 


Brownea ucayalina (Husp) DUCKE nov. comb. 


Je ne crois pas pouvoir conserver le genre Browncopsis Hub: 
qui se distinguerait, selon son auteur, par Pabsence des bractéoles et 
les pétales três petites, mais selon Pittier (le meilleur connaisseur de 
ce groupe) seulement par le nombre plus grand des étamines. T 
existe, d'aprês Pittier, des espéces qui établissent la transition entre 
celles à pétales normales et les presqu'apétales; le nombre des éta- 
mines ne semble cependant pas suffisant pour séparer les deux genres, 
dans ce groupe ou ce nombre différe d'une espéce à Pautre, par exem- 
ple chez le genre Blizabetha tout voisin de Brownea. — On trouve 
des conditions analogues chez le genre Swartzia, de la même sous- 
famille des légumineuses césalpiniacées. 

Les espêces de Byrownea habitent surtout le Vénézuela d'oú deux 


a ds 


atteignent Trinidad; plusieurs croissent au Panamá et en Colombie 
(non amazonienne); une seule est citée pour la Guvyane anglaise; 
deux espéces habitent Pextrême Nord-Ouest de la plane amazonienne 
dans le territoire colombien du Caquetá: B. megrensts Benth (qui, 
malgré son nom, n'existe pas au Rio Negro!) et £ longipedicellata 
Hub. qui croit sur les rives du Caquetá (moven Japurá) entre les 
deux cataractes inférieures, non loimm de la frontiére brésilienne; deux 
autres se rencontrent aux limites de Phyléa du côté Sud-Ouest, au 
Pérou: B. ucavatina et B. caultiflora Poepp. et Endl. Dans la région 
du Caquetá nous rencontrons déjá les genres Llrzabetha et Ileteros- 
temon appartenant à un groupe três naturel qui comprend encore 
Palovea, et dont les représentants se rencontrent dispersés dans 
les parties moyennes et septentrionales de Phyléa, du Juruá au Ta- 
pajoz et du Japurá au Trombetas et aux Guyanes; ces trois genres 
peu étudiés devront probablement être réunis dans un seul genre, 
dans Popinion de mr. Pittier confirmée par mes observations en Ama- 
zonie. 


Bauhinia holophylla (Bong.) Stend., var. paraensis DUCKE. 
n. var. 


A typo (mihi e descriptone et icone in Martii Flora Bra- 
siliensi noto) differt foliis constanter multo angustioribus 7 — 
nerviis, floribus minoribus (calicis tubo post anthesin vix 1 cm. 
longo), ovarii dense tomentosi stipite glabro. Habitat in vicinis 
Santarem: 1 Spruce n. 787 (vidi specimen fructiferum foliis sat 
rigide coriaceis breviter acuminatis) et A. Ducke (Herb. Amazon. 
Mus. Pará n. 16.347, specimen foliis tenuiter coriaceis longe acumi- 
natis), prope Villa Braga fluminis Tapajoz (1. A. Ducke florif. 
10-1-1918, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.909, specimina foliis 
tenuius coriaceis longe acuminatis) et regione fluminis Arinos in 
Matto Grosso septentrionali (1. F. C. Hoehne florif., Herb. Mus. 
Nacional Rio de Janeiro n. 2.626, sub nomine B. longicuspis 
(specimina foliis sat rigide coriaceis sat longe acuminatis). Frutex 
humilis floribus viridibus, in silvahs humilibus locis arenosis. 

Cette forme semble assez différente de la forme typique (décrite 
de Matto Grosso et Minas Geraes) pour être désignée par un 
nom spécial, au moins comme variété géographique; elle ressemble 
surtout au 3. vrridrtlora dont elle ne se distingue que par son revê- 
tement beaucoup plus développé et par ses boutons floraux nom 
apiculés. 


Ros NE 


a 
Bauhinia aureopunctata DUCKE n. sp. 


Speciei B. holophylla formae typicae descriptioni et iconi in 
Martii Flora Brasiliensi similis, at folia magis herbacea quam 
coriacea, basi vulgo late obtusa vel truncata rarissime subcor- 
data, subtus tomento tenuissimo canoglaucescentia (novella saepe 
rufescentia) et punctis numerosis valde distinctis aureonitentibus 
e pilis resinosis formatis adspersa. Arbor 6 — 8 m. ligno interiore 
duros et pulchre rufo, floribus intus viridibus petalis staminibusque 
aibis. 

Habitat in silvis primariis et secundariis terris argillosis non 
inundatis fluminis Tapajoz medii loco Francez (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. II.119), in ejusdem fluminis.cataractae infimae regione prope 
Bella Vista (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 15.823) et prope Villa 
Braga (Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.959): specimina omnia ab A. 
Ducke lecta, mense Maio florifera. 

Cette espêce semble se distinguer, surtout par la consistance et 
forme des feuilles, du 5. holophylila; quelques doubles de Pherbier du 
Museu Paraense ont cependant été distribués sous ce dernier nom: 
Les petits points dorés du côté inférieur des feuilles existent encore 
chez d'autres espéces, mais beaucoup moins fréquents et plus diffici- 
lement visibles que chez notre espéce nouvelle. Je donnerai mainte- 
nant de courtes diagnoses des espeéces appartenant a ce groupe três 
difficile, élaborées selon les matériaux de notre herbier: 

j 1: Arbuste de moins de 2 m. glabre à Pexception de quelques 
parties des fleurs. Feuilles coriaces assez épaisses ou fines 
mais toujours élastiques, 5 —7 nervées, à base souvent cordée 
rarement tronquée, courtement ou longuement acuminées au 
sommet, longues de 6 à 14 cm. sur 4 à 7 em. de large. 
Boutons floraux adultes longs de 5 à 9 cm, três peu duve- 
teux, à sommet três courtement 5 — apiculé. Tube du calice 
aprês la floraison long denviron 1 cm. Ovaire avec duvet 
peu épais, devenant plus tard glabre. Gousse glabre. Breu 
Branco sur le chemin de fer d'Alcobaça, Rio Tocantins 
(Herb. Amaz. Mus. Pará n. 15.597), Bragança (Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 16.958), São Luiz do Maranhão (Herb. Gener. 
Mus. Pará n. 540). B. viridiflora Ducke. 


2: Arbuste de petite taille; jeunes rameaux pubescents. Feuilles 
coriaces assez épaisses ou fines mais toujours élastiques, 7 — 
nervées, à base le plus souvent plus ou moins cordée, cour- 


PRN, qa 


tement ou longuement acuminées au sommet, longues de 
6 à 20 cm. sur 4 à 8 em. de large, pubescentes du côté in- 
férieur. Boutons floraux adultes longs de 4 à 6 em. minces, 
revêtus de duvet peu dense, à sommet non apiculé. Tube 
du calice aprês la floraison long d'environ 1 cm. Ovaire 
couvert d'épais duvet ferrugineux, mais son stipe glabre. 
Gousse múre conservant quelque pubescence. Santarem et 
Rio Tapajoz. B. holophylla var. paraensis Ducke. 


3: Arbre avec le coeur du bois dur, brun rouge; jeunes rameaux, 
boutons floraux, ovaire et stipe de celui-ci densement cou- 
verts de duvet roux. Feuilles herbacées non élastiques, 9 ou 
plus rarement 7 — nervées, le plus souvent largement ovato- 
lancéolées (les supérieures parfois três étroites), leur “base 
rarement un peu cordée, le sommet aigu ou courtement 
acuminé, longues jusqu'à 24 cm. avec jusquã 12 cm. de lar- 
geur, en dessous couvertes de três fin duvet pále'ou rou- 
geâtre et pointillées de poils résineux dorés. Boutons floraux 
adultes longs jusquáã 1o cm. épais, à sommet non apiculé. 
Tube du calice aprês la floraison long de 2 à presque 3 em. 
Gousse múre conservant de la pubescence. Moyen Tapajoz. 
D. aureopunctata Ducke. 


4: Arbuste; rameaux glabres. Feuilles membraneuses, 7— 9— 
nervées, largement ovato-lancéolées, à base plus ou moins 
cordée et sommet courtement ou longuement acuminé, lon- 
gues de 13 à 20 cm. sur 7 à q cm. de large, en dessous 
faiblement pubescentes. Tube du calice aprês la floraison 
long de 1 1/2 à 2 cm.; ovaire avec duvet peu épais. Go- 
usse adulte conservant un peu de duvet. Rio Negro: notre 
spécimen de Barcellos (Herb. Amaz. Mus. Pará 7.109), B. 
longicuspis Benth. 


Bauhinia Siqueiraei DUCKE. 

Encore du Rio Xingú, région de la route d'Altamira à Pouest 
de la Volta Grande entre Ponta Nova et Bôa Vista, 19-8-1919, flo- 
rifére (Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.104). Feuilles bilobées jusqu'a un 
tiers du sommet ou jusqu'à la moitié, souvent longues jusqu'a 8 cm, 
le duvet roux de la face infériceure des jeunes feuilles devient plus 
tard grisâtre et disparait pour la plus grande partie. Grappes dres- 


Me 


sées, parfois allongées jusqu'ã 30 cm.; pétales assez inégales, longues 
jusqu'ã 3 cm., . leur villosité blanche devient roussâtre chez les 
échantillons desséchés; étamines à la pleine floraison exsertes, un 
peu plus longues que les pétales; stigmate capité. 

Cette espéce relie évidemment les espéces de la section .Schneila 
(dans le sens de Bentham) aux deux espéces (pterocalyx et alata) 
à calice ailé et pétales trés grandes qui forment un petit groupe 
isolé dans la section Tylotea du même auteur, réunie par Taubert 
'(Engler, Natúrliche Pilanzenfamilien) avec la premiêre. Malheureu- 
sement, je ne. connais pas encore la gousse du B. Siqueiraer; les 
gousses des .Schnrella Benth. sont indéhiscentes et plus ou moins 
membraneuses, celles des 7ylotea élastiquement bivalves, coriaces ou 
presque ligneuses. 


“ Bauhinia alata DUCKE n. sp. 

E sectione Tylotea Vog. ubi cum specie B. pterocarpa Ducke 
calicc alato et petalis jam in alabastro ante anthesin exsertis ab 
omnibus reliquis longe recedit. Frutex robustissimus in arbores 
altissimas scandens, cirrhifer, partibus vegetativis omnibus gla- 
bris. Stipulae caducissimae non visae. Folia integra orbicularia 
rarius ovali-elliptica basi profunde cordata apice rotundata vel 
acuta et brevissime acuminata, tenuiter coriacea nitida subtus pal- 
lidiora, 7 — 9 — nervia, vulgo 6 -— 11 cm. longa ac lata, petiolo 3 — 5 
em. longo. Racemi terminales erecti stricti usque ad 60 cm. 
elongati, rhachide crassa in parte recentiore successive florifera 
canotomentosa; bracteae ad 1 cm. longae subulatae pubescen- 
tes, caducissimae; pedicelli 2 — 3 cm. longi erecti stricti 5 -— costati 
canotomentosi medio articulata et bracteolas caducas 6-—8 mm. 
longas subulatas pubescentes ferentes. Alabastra a basi usque ad 
apicem alis longitudinalibus 5 valde elevatis munita, novissima 
apice dentibus setaceis mox caducis coronata, petalis jam ante 
anthesin longe exsertis. Calix herbaceus alis submembranaceis, 
tenuiter canosericeus, ad anthesin basi turbinatus apice late den- 
tatus et lateraliter fissus, 18 — 22 mm. longus et 12 — 18 mm. latus. 
Petala inaequalia, laminã obovatã longe in unguiculum attenuatã 
basi utrinque fortiter auriculatà, pulchre rosea (rarius alba) maculã. 
saturate flavã ornata, juniores extus allbosericea, adulta subgla- 
brata, maxima 5 — 6 cm. longa et circa 2 1/2 cm. lata, summum 
complicatum demum explanatum. Stamina petalis multo breviora, 
inaequalia, glabra antheris ciliolatis. Ovarium stipitatum, pulchre 


nie RR 


roseosericeo - nitens, stylo glabro, stigmate parvo obliquo. Legumen 
rigide coriaceum usque ad 17 cm. longum et ad 5 cm. latum, a 
basi ad apicem gradatim parum vel tertio apicali fortius dilatatum, 
elastice bivalve, maturum rugulosum nitidum parce pubescens su- 
turis nerviformi-elevatis; semina vulgo 4. 

Habitat in regione cataractarum inferiorum fluminis Tapajoz 
civitatis Pará, frequens in silvis primariis non inundatis, 1. A. 
Ducke florif. 24-5-1923, fruct. 24-8-1923 (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 16.972); in regione fluminis Xingú inter Victoria et Altamira 
1 J. G. -Kuhlmann florif 21-4-1924 (Herb. J. B. R. n. 172.724) 

Une des plus belles espêces du genre; de Paffinité du B. ptero- 
calyx Ducke (du haut Purús, partie Sud-Quest de PÉtat d'Amazonas ) 
mais avec feuilles non lobées, inflorescences trés longues, calice 
adulte dépourvu d'appendices terminaux, pétales três grandes. 


* Bauhinia cupreonitens DUCKE n. sp. 

Speciei vulgari et variabili B. rubiginosa Bong. affinis, differt 
foliis rigidioribus subintegris vel apice usque ad 1/10 rarissime 
usque ad 1/5 triangulariter excisis, 7 — (rarissime q — )nerviis, 
margine plus minus revolutis, bracteis bracteolisque calice multum 

revioribus his saepe breviter obovatis, alabastrorum lobis suborbi- 

cularibus brevissimis vix 1 1/2 mm. diametro attinentibus, floribus 
aliquanto maioribus calice ad anthesin 8 mm. longo. — Frutex 
cirrhifer scandens caule sinuoso et applanato, ramulis junioribus 
inflorescentiisque (floribus extus) plus vel minus rufotomentosis, 
foliis supra glabris nitidis subtus vulgo densissime ac pulcherrime 
rufotomentosis cupreonitentibus vulgo 5 — 13 cm. longis ac latis basi 
cordatis, petalis albis. 

Habitat in silva terris compacte argillosis non inundatis prope 
ripas fluminis Mojú inferioris (aestuarii amazonico-tocantini afflu- 
entis meridionalis) loco Seringal, 1. A. Ducke 3-11-1923 (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 16.973). 

Du groupe três difficile de 2. rubigimosa qui comprend encore 
les espéces (ou variétés?) coronata Benth. et speciosa Vog. et, 
semble-t-il, des formes non encore décrites. Les lobes du calice sont 
blancs comme chez rubrgimosa mais beaucoup plus petits; ce cara- 
ctêre et la petitesse des bractées et bractéoles permettent encore de 
distinguer notre espéce nouvelle du B. zutilans qui se rencontre par- 
fois dans une forme à feuilles bilobées. 


nidid ud cnito cade Cd. 


é 


BRA qn 


Bauhinia platycalyx BentH. var Huberi Ducke. (B Huber 
DUCKE 1922). 

Différe du type seulement par les feuilles três courtement (1/5 
ou 1/6) bilobées, parfois presqu'entieres; n'est pas une variété géo- 
graphique mais se rencontre dans les mêmes localités comme celui-ci 
et beaucoup plus fréquente. L/espêce est commune aux environs de 
Bragança (pres du littoral oriental de PÉtat du Pará) et non rare 
dans la forêt littorale (endroits non inondables) du Rio Pará, ou 
Spruce la découverte à Caripi (prês de la bouche du Furo Arrozal 
dans la partie Sud-Ouest de la Bahia de Marajó) et moi-même Vai 
rencontrée à Mosqueiro au Nord-Est de Belem, ayant encore vu des 
spécimens de Soure dans Pile de Marajó. 

Lá variabilité des feuilles dans cette section de Bauhinia, au 
point de se rencontrer des feuilles entiéres et bilobées chez la 
même espece et souvent chez le même individu, n'a pas encore 
été mentionnée par les auteurs qui se sont occupés de ce genre dif- 
ficile; 1l faut donc se garder de décrire des espéces nouvelles ba- 
sées sur ce caractere! 


Dialium divaricatum VAHL. 


Un arbre de Porto de Moz, bas Xingú (Harb. Jard. Bot. Rio 
n. 17.107) a, dans toutes les inflorescences, plusieurs avec 2 ovaires; 
c'est la seule fois que jai rencontré ce caractêre (exceptiouel pour 
une légumineuse) chez Pespêce présente, tandis que la présence de 
plus d'un carpelle est la rêgle chez Swartza dicarpa, Sw. polycarda 
et chez le genre artificiel de 4%onsea lequel en réalité ne représente 
que quelques espêces pluriovariées du genre naturel Znga. 


y Cassia tapajozensis DUCKE n. sp. 

Speciei C. angulata valde affinis at pubescentia minima, fo- 
liolis vulgo dimidio vel duplo maioribus, bracteis caducissimis, 
sepalis extus tomento minutissimo brunneis. — Frutex scandens ra- 
mulis junioribus parum dense et brevissime canopuberulis. Foliola 
minute puberula vel supra subglabra, subtus pallidiora,jugi supe- 
rioris vulgo 5 —9g cm. longa, 2 1/2—5 cm. lata, jugi inferioris 
non multum minora at magis obliqua et basi extus ample rotun- 
dato-protacta. Bracteae ovatae vulgo 3 — 4 mm. longae, longe ante 
anthesin caducae. Legumen ut in C. angulata, usque ad 2 dm. 
longum. Stipulae, glandulae foliorum, forma inflorescentiae et flo- 
res ut in C. angulata sed robustiores. 


Habitat in regione fluminis Tapajoz medii loco Repartição 
(Herb. Jard. Bot. Rio n. 16.990) et ad ejusdem flumen infra 
cataractas infimas prope Itaituba (H. J. B. R. J. n. 16.989), 
silvulis secundariis non inundatis, 1. A. Ducke, florifera maio et junio. 

Cette espêce nouvelle, fréquente dans la région du moyen 'Ta- 
pajoz, se distingue facilement du C. angulata (des environs de Rio 
de Janeiro mais qui a été collectionné par Spruce pres de Manáos) 
par les caracteres énumérés dans la diagnose. Je n'ai pas encore vu 
des spécimens amazoniens de la dernitre espece, mais 1l est probable 
qu'ils ne différent en rien d'essentiel des individus du Brésil méri- 
dional, autrement Bentham en aurait fait mention. 


“Dicorynia ingens DUCKE n. sp. 

Speciei D. paraensis var. (?) jloribunda Benth. affinis, differt 
foliolis 5 — 13 (vulgo 11) magnitudine variabilibus, staminis minoris 
filamento multum breviore quam anthera. Arbor saepissime magna 
vel maxima trunco crasso cylindrico, ligno albo, interiore vix 1/5 
diametri trunci metiente fusco, foliolis nunc parvis ut in varietate 
citata nunc magnis ut in D. paraensis typica, breviter petiolulatis 
supra dense reticulato-venosis subtus albidopilosulis et praeser- 
tim ad nervos pilis glandulosis fuscopurpureis vel nigrescentibus 
conspersis, inflorescentia tota brunneovelutina, floribus vulgo lon- 
giuscule sat crasse pedicellatis petalis albis, legumine ut in D. 
paraensis typica. 

Habitat in silvis non inundatis prope Gurupá (Herb. Amazon. 
Mus Pará n. 16.696); inter Almeirim et Prainha loco Bom Lo- 
gar, frequens, arbor «tapaiuna» appellata ( Herb. Jard. Bot. Rio n. 
11.014) in rivis fluminis Trombetas prope Oriximiná (Herb. Ama. 
Muz. Pará n. 15.707 et 16.022). Florebat II et III; fructifera IV-VII. 

Bentham n'admet que deux espéces de ce genre. Taubert quatre; 
moi-même n'ai pas encore pu résondre cette question, ne connaissant 
pas ces espéces en nature mais seulement par les échantillons secs 
récoltés par Spruce. La forme qui habite PÉtat du Pará et que je viens 
de décrire comme /). ingens (le vrai /). paracensis, malgré son nom, 
n'est connu que du Rio Negro est de la Guyane) et assez différente 
de toutes ces formes déjã décrites. Il est encore à remarquer que 
le bois du 7. irgens n'a qu'un coeur brun três mínce, tandis que 
celui-ci est volumineux chez le 2. páracnsis de la Guyane (voir 
A. Bertin, Les Bois de la Guyvane Française et du Brésil. Mission 
Forestiêre Coloniale tome V). 


Sen is Op 


h e * . 
* Caesalpinia paraensis DUCKE n. sp. 


Speciei €. Horibunda Tul. (mihi ignotac) e Matto Grosso et 
campis Chiquitos Boliviae affinissima, a cujus descriptionibus (Tu- 
lasne et Bentham) differt praesertim bracteis angustis longe subula- 
tis, staminibus petala subexcedentibus solúm basi lanosotomentosis 
dimidio apical (ut stylus) glabris hinc illinc brevissime glandulo- 
sopilosis. Arbor parva, mediocris vel submagna lignum grisco-brun- 
neum imputrescibile praebens, ramulis et foliíis foetidis, horum pin- 
nulis 11 vel 13, foliolis in pinna 16 — 22 basi. perfecte rhombeis apice 
late truncatis rotundatis vel obtusis, ovario sub anthesi appresse 
piloso demum cito glabrato, legumine jam novello glaberrimo, ma- 
turo crasse coriaceo bivalvi, 13 — 15 cm. longo, ante apicem 2 3/4 — 
3 em. lato inde ad basin parum angustato, apice uncinato, suturis 
distincte incrassatis. Characteres omnes reliqui €. Hforibundae, dimen- 
siones saepe aliquantum maiores. 

Habitat im regione argillosa fertili circa Montealegre civitatis 
paraensis, silva primaria et secundaria, locis humidis vel plus minus 
paludosis, |. A. Ducke (Herb. Amazon. Mus. Pará n. 16.053 et Herb, 
Jard. Bot. Rio n. 17.020), florebat II — IV. Arbor « muirapixuna » vel 
«catingueira» apellatur, 

Espéce qui, comme un certain nombre d'autres, semble limitée 
à la région de Montealegre, remarquable par son climat à saison 
seche três accentuée auquel correspond la présence de beaucoup d'es- 
péces du Nord Est sec du Brésil, inconnues ailleurs dans Phyléa:; 
seule à représenter dans celle-ci (en dehors du cosmopolite € Com- 
ducella) un genre qui joue un rôle important dans la physiognomie 
botanique de beaucoup de régions situées plus au Sud ou plus au 
Nord. Habite la forêt médiocre ou secondaire des endroits bas et hu- 
mides dans les terres rouges argileuses et pierreuses autour des mon- 
tagnes dItauajury et d'Kreré: fournit le bois «muirapixuna » de 
Montealegre (celui du Xingú et du Tapajoz vient dautres légumi- 
neuses — voir « Archivos” III). 


Swartzia brachyrhachis HARMS. 


Petit arbre de la forêt secondaire non inondable; rarement dans 
la forêt primaire. Fleurs blanches; gousse du type de celle du Sz. 
conferta, orangée. Assez fréquent dans les parties centrales et orien- 
tales de "Amazonie, dans deux formes géographiques: A, Forme ty- 
pique (occidentale): folioles le plus souvent 3, fréquemment 5, rare- 
ment 1. Moyen Tapajoz, Obidos, bas Trombetas, Manáos. B, Var. 


—! Snethlageae n. v. (=.Sw. Suethlagear Ducke 1922, comme espéce): 
feuilles chez certains arbres constamment 1 — foliolées, chez d'autres 
arbres 1— ou 3 — foliolées. Anthéres des étamines majeures (chez 
nos spécimens) plus courtes que chez la forme typique, presque de 
la même forme de celles des étamines mineures. Estuaire amazonien 
et littoral oriental du Pará: Gurupá, Belem, Bragança et localités 1n- 
termédiaires. 


Swartzia triphylla WILD. 

Sw. rariflora Hoehne, Commiss. L. Telegraph. Matto Grosso, 
Botanica XII p. 16 t. 188, est un individu réduit dans les dimen- 
sions de toutes ses parties, ayant les feuilles le plus souvent 1 — 
foliolées (mais 3 —foliolées sur un des rameaux de notre spécimen!). 
Dans plusieurs localités des États du Pará et Amazonas on rencon- 
tre, au contraire, souvent des individus à feuilles en partie 5 — fo- 
liolées et parfois assez grandes. 


Swartzia fugax BENTH. 


Sw. melanoxylon Ducke n'est qu'un synonyme de cette espéce 
dont j'ai récemment pu coimparer un double de Poriginal, reçu du 
British Museum. I'arbre est fréquent dans le campo et la petite 
forêt secs de Santarem, lesquels dans plusieurs endroits s'étendent 
jusqu'aux rives sablonneuses ou pierreuses du Tapajoz, tandis que 
"Amazone est toujours accompagné de larges «varzeas» argilleuses 
et périodiquement inondées oú notre espêce est remplacée par le .S7e. 
leptopetala Benth. à bois blanchâtre. 


Luetzelburgia pterocarpoides HarMs VI — 1922, = Bowdichia 
(2?) Fretire DUCKE VII — 1922. — = Tipuana auriculata Fr. Alem. 
1862 (parte) ] 

Cette espéce encore peu connue a été décrite sous trois noms 
différents, mais il n'y a pas de doute que cest le nom donné par 
Harms qui lui doit être conservé, ayant la priorité d'un mois sur le 
mien; celui de Fr. Allemão se refére à un mélange de spécimens 
floriféres de Zietzelburgia et spécimens fructiféres de Tipuana ma- 
crocarpa et doit être supprimé. Je m'avais placé que provisoirement 
cette espéce dans le genre Bowdichia, parce que je ne connaissais 
pas son fruit; Pétablissement, par Harms. du nouveau genre, a été 
sans doute justifié. 


Ormosiopsis DUcKE n. g. (planche 25 a b). 

Generibus Ormosia et Clathrotropis affinis, ab utroque differt ca- 
lice sub anthesi herbaceo demum indurato in fructiferis coriaceo per- 
sistente, petalis flavis, staminibus omnibus subaequilongis, seminibus 
globosis vel subglobosis nigerrimis hilo albonotatis; a primo etiam 
stigmate terminali, a secundo legumine dehiscente valvis demum 
tortis, semine in funicolo pendulo testa durissima. 


O. flava DUCKE (= Clathrotropas (2) Fava DUCKE 1922). 

Assez éloigné du Clathrotropis mitida ( Benth.) Harms dont jai 
obtenu récemment des échantillons floriféres et fructiféres; beaucoup 
plus proche du genre Ormosia dont notre espéce ne se distingue que 
par quelques caractêres de la feur et par la forme et couleur des 
graines. L'arbre est en général rare mais largement répandu dans 
IÉtat du Pará oú je Pai encore rencontré sur les rives du Rio Anajaz 
dans la partie occidentale de Pile de Marajó (Herb. Jard. Bot. Rio de 
Janeiro n. 17.111), ayant encore reçu des échantillons de Benevides 
sur le chemin de fer de Bragança ( Herb. Amaz. Mus. Pará n. 11.834); 
11 semble: plus fréquent au moyen Tapajoz ou j'ai récemment de nou- 
veau récolté des spécimens florifêres et fructiféres (Herb. Jard. Bot. 
Rlo ns. 17.080 et 17.081). Voir planche 25: gousse et graines de 
Ormostopsis, Clathrotropis ct Bowdichia. 


Ormosia excelsa BENTH. 


A cette espéce appartient un échantillon fructifere de Manáos 
(«Barra»), coll. Spruce IV — 1851. distribué sous le nom de .Sc/ero- 
lobwem polyphylhem. — Iyes folioles varient beaucoup dans la forme 
et le revêtement. 


ea sia holerythra DUCKE n. sp. 


Ad sectionem III / Brcolores ). Frutex elatus ramulis (sat graci- 
libus) striatis nigrescentibus subglabris. Stipulas non vidi. Folia ve- 
tustiora partibus omnibus glaberrima (novella non vidi), foliolis 5 
ad o, breviter petiolulatis, sat rigide coriaceis, concoloribus, nitidis, 
s—o em. longis et 2 1/2-—s cm. latis, ovatis vel oblongis, basi 
saepissime cordatã vulgo fortiter inaequilateris, apice saepius breviter 
“acuminatis, nervis lateralibus tenuíibus subtus prominulis, venis 
utrinque inconspicuis. Panicula in speciminibus nostris purva solum 
fructifera visa, tenuiter canotomentosa, bracteis bracteolisque hinc 
illinc persistentibus parvis. Legumen 1 — 2 — seminatum valvis ru- 


a 


bescentibus, disperse rugosis, glabratis pubescentia ferruginea hinc 
illinc persistente, maturum 2 1/2 cm. latum semine 12 mm. longo, 
coccineo unicolore (semper?), fortiter compresso. 

Habitat in arenosis siccis Campinas do Achipicá dictis propre 
flumen Trombetas infer., | A. Ducke 20-9-rgro, Herb. Amazon. 
Mus. Paraensis n. 10.944. 

Cette espeéce est surtout caractérisée par la glabreté des parties 
végétatives et par les nervures três faiblement développées, même 
sur la face inférieure des foliolés. Je ne sais pas si les graines sont 
toujours entiérement rouges comme le sont les 4 que j'ai examinées. 


* Ormosia paraensis DUCKE n. sp. 


Ad sectionem III (Brcolores). Arbor vulgo mediocris, rarius hu- 
milis vel magna (rarissime usque ad 40 m. alta). Ramuli non crassi, 
vix angulosi, novelli ut petioli tenuissime canotomentell. Stíipulas 
non vidi. Folia ramorum fertilium usque ad 3 dm. longa; foliola 
mediocriter petiolulata vulgo 9 rarius 7, 11 vel 13, glaberrima vel 
subtus minime tomentella, concolora vel subtus parum pallidiora, 
sat rigide coriacea, supra obsolete penninervia et sub lente dense 
foveolata vix venulosa, subtus costis secundariis tenuissime promi- 
nulis venis obsoletis, saepissime oblonga basi saepius acuta vel ob- 
tusa vulgo complicata, apice acuta, obtusa vel brevissime acuminata, 
longa 6— 313, lata 2 1/2—s5 1/2 cm. Panicula folio longior vel bre- 
vior, angulosa multiramosa floribunda, densius canoferrugineo-tomen- 
tosa; bracteae et bracteolae caducissimae parvae lanceolatae; pedi- 
cell 3—4 mm. longi; flores inter minores in genere, vix ad 9 mm. 
longi. calicis laciniis summis alte connatis obtusis, petalis nigroviola- 
ceis, vexillo late orbiculato 8 mm. lato basi distincte cordato et super 
unguis apicem distincte calloso, apice retuso, medio longitudinaliter 
albido-fasciato, ovario rufobrunneo-hirsuto. Legumen 1 — 3 — semina- 
tum, cito glabratum ad semina:z — 3 cm. latum, valvis sat crassis 
sublignosis extus fuscis, subelastice dehiscentibus bicoloribus vulgo 
r12— 13 mm. longis sat compressis. 

Habitat per civitatem Pará sat frequens, silvis non inundatis pri- 
mariis ut secundariis, terris arenosis ut argillosis; specimina ab A. 
Ducke lecta prope Bragança (florifera 7-2-1923, Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 17.107,) Belem do Pará (Herb. Araz. Mus. Pará n. 15.543 et 
16.575), Jutahy inter Prainha et Almeirim (Herb. Jard. Bot. Rio mn. 
17.109), Serra Itauajury prope Montealegre (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 17.108), Serra de Santarem (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.357); in 


np e 


regionibus Serra de Almeirim, Rio Branco de Obidos, fluminis Trom- 
betas inferioris et Faro a me visa. Specimina prope flumen Arinos 
(Matto-Grosso) lecta a J.G. Kunlmann (n. 383-387),a F.C. Hoehne 
“sub nomine O. dasycarpa citata, ab O. paraensi typica solum diffe- 
runt foliolis saepissime elliptico-oblongis basi apiceque late rotun- 
datis et floribus 9 — 11 mm. longis, at legumine ignoto aliquantum 
dubia manent. 

Cette espéce est la plus répandue et dans beaucoup de localités 
la plus fréquente des espêces d'Orymosia et sans doute Parbre de 
« tento » le plus connu de PÉtat du Pará. Les arbres ne fleurissent 
que rarement; les gousses sémi-ouvertes restent plusieurs années sur 
Parbre. — Semble se rapprocher,: parmi les espêces décrites dans lá 
« Flora Brasiliensis », de PO. coccinea Jacks., mais les folioles en différent 
en forme, couleur et nervation et les fleurs sont beaucoup plus petites. 


Ormosia nobilis Tur. 


Três caractéristique de la région de Iestuaire et littorale de 
PÉtat du Pará oú je Pai observé de Belem jusqu'ià Bragança et à 
travers les ilés de Breves jusqu'ã Gurupá. Les arbres du bas Amazone 
(Santarem et Faro) que jai cités en 1922 comme des variétés de 
VPespéce présente, sont certainement des espéces nouvelles; Pespêce cu 
Juruena (Matto Grosso) récoltée par Hoehne (ns. 5.084 et 5.216) et 
attribuée par lui-même avec doute à PO. nobilis, est en réalité O. ma- 
crophylla ou une espéce nouvelle. O. mobilis se distingue de toutes 
celles-ci par les rameaux fortement triangulaires et largement fistu- 
leux, les feuílles énormes qui atteignent souvent 7o cm. même aux 
rameaux floriféres, les veines transversales du côté inférieur des folioles 
três élevées, les bractéoles facilement reconnaissables quoique petites, 
-souvent persistantes aprês la chute de la fleur, le calice assez dis- 
tinctement bilabié et revêtu de duvet brun plus foncé mais ayant 
les lacinies bordées de cils blancs três courts, les fleurs pouvant atteindre 
2 cm. de longueur, leurs pétales plus larges, la lame de Pétendard 
large jusqu'ã 13 mm. et ornée d'une bande blanche plus étendue, 
enfin Podeur des fleurs agréable. 


y : : 
Ormosia santaremnensis DUCKE n. sp. 


Speciei O. nobilis Tul. affinissima, differt partibus omnibus 
minoribus, ramulis non vel vix fistulosis, plus minus angulosis at 
non acute triquetris, foliolorum venis transversalibus multum te- 
nuioribus solum sub lente bene conspicuis, panicula densiflora, 


des gl cas 


bracteolis rudimentariis, floribus minoribus odore sat malo, calice 
vix subbilabiato, petalis angustioribus, vexillo magis obovato. Arbor 
media; folia vix ultra 1/2m. longa; foliola iis O. nobilis forma 
consistentia et indumento similia at vix majora quam in O. faroen- 
siy flores ad 17 mm. longi pedicellis circa 4 mm. 

Habitat in silvis secundariis terris argillosis fertilibus loco 
Mahicá prope Santarem, 1. A. Ducke 31-1-1917, 16.718 Herb. Amaz. 
Mus. Pará (specimina plurima sub nomine O. mobilis var. distributa). 


v Ormosia faroensis DUCKE n. sp. 


Speciebus O. nobilis et O. santaremnensis affinis at partibus 
omnibus minor et gracilior, ramulis non fistulosis nec triquetris, 
foliolis in folio 9 vel 11 tenuioribus et magis elasticis, basi rotun- 
datis vel obtusis, apice breviter at acute acuminatis, costis secun- 
dariis supra tenuissime subtus tenuiter prominulis, venis transver- 
salibus subtus solum sub lente conspicuis, calice vix bilabiato, pe- 
talis angustioribus. Arbor parva; folia pleraque 35 ad 42 cm. longa; 
foliola (in ramis fertilibus) saepissime 10 — 15 cm. longa et4 — 6 cm. 
lata; flores circa 14 mm. longi pedicellis 6 — 7 mm. longis. Fructus 
et semen O. nobilis. 

Habitat in campis sabulosis ad orientem oppidi Faro civitatis 
Pará, ripa uliginosa rivuli, 1. A. Ducke 7-1-1916, n. 15.912 Herb. 
Amaz. Mus. Pará (specimina plurima sub nomine O. »obrlis var. distributa). 

Cette espêce est beaucoup plus différente de PO. nobilis que ne 
Pest PO. santaremnensis. La forme des folioles et les côtes secondaires 
rappellent beaucoup plus PO. arborea (Vell.) Harms, mais en dessus 
les veines réticulées sont presquimperceptibles; sur la page inférieure 
des folioles, les côtes secondaires sont moins élevées que chez Par- 
borea, les veines plus transversales et beaucoup moins nombreuses. Le 
revêtement rappelle celui de 10. mobilis mais est beaucoup plus faible. 


* Ormosia cuneata DUCKE n. sp. 


Ad sectionem III (Bicolores ). Arbor parva, ramulis (sat gracilibus) 
novellis, stipulis, petíolis. petiolulis inflorescentiaque tota densissime 
rufo-hispidovelutinis. Stipulae sat persistentes. lanceolatae, 3— 4 mm. 
longae. Foliola in folio s ad o, usque ad 11 cm. longa et ad 5 1/2 
cm. lata, vulgo obovalia basin versus cuneato-angustata basi ipsã 
anguste rotundata, apice brevissime acuminata vel apiculata (in jugis 
basalibus saepe minima, brevissima), coriacea, supra glabra nervis 
venisque impressis his sat obsoletis, subtus primum dense demum 


fa 1 


dissitius rufopilosa nervis fortiter venis tenuiter elevatis. Bracteae ca- 
ducissimae; bracteolae subpersistentes 2 mm. longae subulatae; flores 
brevissime pedicellati 10 ad 12. mm. longi, calicis laciniis superiori- 
bus alte connatis obtusis, petalis glabris atroviolaceis vexillo circa 
8 mm. longo ro mm. lato basi non cordato (vix utrinque sinuoso) 
apice parum profunde retuso, ovario densissime rufohirsuto. Legu- 
men (vetustum) dense ferrugineotomentosum valvis sat tenuiíbus, 
uniseminatum (semper?), semine coccineo nigromaculato 8 — 10 mm. 
longo. 

Habitat in silva riparia fumínis Mapuera superioris (fl. Trombe- 
tas affluentis)' super cataractam Caraná, 1 A. Ducke II-I2-1907 
Herb. Amaz. Mus. Paraensis n. 9.098. 

Cette espéce appartient à Paffinité de PO. stipularis n. sp. mais 
a les rameaux plus minces, les stipules beaucoup plus petites, les pé- 
tales noir violacé, la gousse beaucoup moins épaisse, les graines plus 
petites et plus fortement comprimées; toutes deux appartiennent à 
Paffinité de PO. Jastigiata Tul. que je ne connais que d'aprês les des- 
criptions. Huber (Bol. Museu Paraense v. p. 397) Ta citée avec doute 
comme O. dasycarpa Jacks. et quelques spécimens ont été distribués 
sous ce nom, lequel cependant appartient à une espéce des Antilles 
dont jJaí vu un spécimen fructifére et qui n'a aucune affinité ou res- 
semblance avec notre espece:nouvelle. 


“Ormosia stipularis DUCKE n. sp. 

Ad sectionem III ( Bicolores ); speciei O. jastigiata Tul. (secun- 
dum descriptionem ) affinissima videtur, at stipulis magnis subpersis- 
tentibus ab omnibus hujus generis speciebus adhuc cognitis differt. 
— Arbor media vel sat magna ramulis saepe crassis, sulcatis, juniori- 
bus cum stipulis, petíiolis, petiolulis, foliolorum pagina inferiore, pa- 
nicula, bracteis, bracteolis et calicibus extus rufoferrugineo-velutinis. 
Stipulae praesertim sub inflorescentia longae (1/2—1 1/2 cm.) subulato- 
lanceolatae, sat persistentes. Folia ramorum fertilium usque ad 3 
dm. longa, 7 — vel saepius o —toliolata; foliola usque ad 10 em. longa 
et ad 6 em. lata, plus minus obovata vel cuneato-oblonga bast obtusa 
vel rotundata, apice obtusa acuta vel late rotundata fere semper 
acumine brevissimo apiculata, coriacea. nervis et venis supra tenuiter 
impressis subtus fortiter prominentibus costà crassissimã. Panicula in 
speciminibus nostris 15 ad 25 cm. alta multiramosa multifiora; bracteae 
caducissimae, bracteplae subpersistentes setaceae 3 ad 5 mm. longae; 
flores circa 12 mm, longi, calicis laciniis 2 superioribus obtusis et altius 


JARD, 5 


— 66 — 


connatis, petalis glabris ut videtur lilacinis, vexilli lamina orbicular 
7 mm. diametro non callosa vix subcordata. Legumen etiam vetus- 
tum densissime rufo — subhispidovelutinum, vulgo 1 — rarius ad 3 — 
seminatum, fere 3 cm. latum et ad semina parum minus crassum, 
valvis crasse coriaceis dehiscentibus non elasticis, seminibus coccineis 
variabiliter nigromaculatis, crassis, 12 — 15 mm. longas. 

Habitat civitate Pará, 1. A. Ducke in aestuarii amazonici insulis 
Breves prope fumen Macujubimzinho silva primaria non inundata 
(fructif, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.101), et prope Bragança in silva 
secundaria (specimen sterile, H. J. B. Rio n. 17.100): civitate Mara- 
nhão 1. A. Ducke prope Caxias ad rivulum -(fructif, H. J. B. Rio 
n. 17.102); civitate Ceará in montibus Ibiapaba loco São Benedicto (flo- 
rif., 1. Fr. Allemão et M. Cysneiros n. 440, ex herb. Museu Nacional); 
civitate Matto Grosso 1. F. C. Hoehne (n. 713-714, sub nomine O, 
coccinea ) silvis prope flumen Jaurú sup. (sterilia, in herbario . Museu 
Nacional). 

Tétais d'abord incliné à prendre cette espêce pour TO. Jastigiata 
Tul.., mais les deux descriptions du dernier (de Tulasne et de Ben- 
tham) ne disent rien des stipules, lesquelles sont cependant plus ou 
moins bien conservées chez tous nos spécimens, et três remarquables 
sur les rameaux floriféres; de plus, la forme des folioles semble autre, 
Celles-ci rappellent plutôt Pespêce O. cuneata Ducke, mais chez 
cette derniére les rameaux sont plus grêles, les stipules petites, les 
bractéoles três courtes, les pétales atroviolacées, les gousses plus pe- 
tites, peu épaisses, fragiles. 


Espéces amazoniennes du genre Ormosia 


4 — Gousse parfaitement indéhiscente, 1 — séminée et orbiculaire, 
plus rarement 2 — séminée et biorbiculaire, large de 6 à 7 em.; 
graine brun rouge, demi-ceinte d'un lile noir, longue de 3 à 4 
cm. (Section Macrocarpae Ducke). Feuilles et folioles três gran- 
des, glabres. Pétales violet foncé; ovaire glabre. Estuaire amazo- 
nien et littoral oriental du Pará. O. Coutinhoi Ducke 


5 — Gousse ligneuse, ne souvrant quapres putréfaction des sutures 
des valves, 1 — 2|— séminée, forme semblable à celle de PO. swb- 
seumplex figurée dans la «Flora Brasiliensis», graines jaune orangé 
pále, longues d'environ 1 1/2 cm. (Section ZJavac Ducke). Feuilles 


et folioles de grandeur jusqu'ã moyenne; pétales lilas; ovaire pu- 
bescent. 


a — Feuilles 11 — 19 — foliolées, au moins pétiole et rachide 
densement pubescents; calice long de 8 à o mm.; éten- 
dard orbiculaire, non appendiculé. Xingú, Tapajoz, 
et du bas Trombetas jusqu'ã Manráos. O. excelsa 
Benth. 


6 — Fruit ignoré, mais facies de Pespéece assez semblable à 
celui de Pespece précédente. Feuilles q — foliolées, gla- 
bres; calice 12 à 15 mm.; étendard étroit, obové, for- 
tement biappendiculé à la base. Lac de Teffé. O. ma- 
crocalyx Ducke 


€C — Gousse courte et large ou longue et étroite, ligneuse ou coriace 
mais toujours déhiscente aprês pleime maturité; graines penden- 
tes, écarlates três souvent avec tache noire basilaire de gran- 
deur variable, longues de 8 à 15 mm. (Section Brcolores Ducke). 
Ovaire toujours pubescent. 


a — Feuilles de grandeur moyenne ou relativement petites. 
glabres ou les pétioles et le côté inférieur des folíoles 
revêtus d'un duvet três fin; veines réticulées des folioles 
absentes ou faíbles, dans le cas ou elles sont plus pro- 
noncées elles sont fines et jamais fortement élevées. 
Pétales noir violacé, étendard à base cordée. Gousse 
múre glabre, valves épaisses, plus ou moins ligneuses, 
non réticulées, non tordues aprês la déhiscence. Ra- 
meaux d'épaisseur ordinaire, non fistuleux; stipules non 
développées. 


I— Feuilles 3 — ou plus rarement 5 — foliolées, 
glabres, pétiole sous la premiére paíre de 
folioles extrêmement court; folíioles de gran- 
deur três variable, obtuses ou rétuses, três 
dures, côtes secondaires plus ou moins fines. 
Campinas du Rio Trombetas, de Faro et de 
Manáos. O. trifoliolata Hub, 


= 68 — 


[HI — Feuilles 5 — 13 — foliolées, pétiole long. 


L— 


Parties végétatives entitrement glabres. Fo- 
lioles s-— 9, grandeur à peine jusqu'ã movy- 
enne, souvent courtement acuminées, ner- 
vures três faibles même du côté inférieur, 
veines invisibles. Fleurs ignorées. Campi- 
nas du bas Trombetas. O. holerythra Du- 
cke.n. Sp. 


Parties végétatives, au moins les jeunes ra- 
meaux et les pétioles et rachides des feuil- 
les, revêtues de duvet dont plus tard au 
moins les pétioles garderont des traces. 


+ — Côtes secondaires en dessous três 
épaisses et fortement élevées, les vei- 
nes faibles ou bien distinctes. Folioles 
7 — 11, larges. de forme variable mais 

toujours non ou courtement acuminées, 

três dures, en dehors des côtes pres 

que glabres. Longueur des fleurs à 

peine d' 1 cm. Estuaire amazonien, 

nord du bas Amazone. Rio Negro. O. 

subsimplex Benth. 


+ + — Diffeére du précédent. dapres Ben- 
tham, par les folioles plus étroites, 
páles et três finement duveteuses en 
dessous, et par les fleurs plus grandes 
(6 —7 lignes). Rio Negro, Guyanes. 
O. coccinea Jacks. 


+ + + — Cóôtes secondaires en dessous 
distinctement élevées mais non épais- 
ses: veines fines mais visibles des deux 
côtés. Folíioles 5; — o, le plus souvent 
longues, oblongues, lancéolato-acumi- 
nées, en dessous revêtues d'une fine 
couche de duvet jaunâtre. Longueur des 


== O = 


fleurs 8 — 10 mm. Rio Negro (de Ma- 
náos au Vénézuela) et Rio Branco. O. 
discolor Benth. 


+ + + + — Côtes três finement élevées 
en dessous et parfois encore en dessus, 
veines même en dessous seulement 
visibles sous la loupe. Duvet des par- 
ties végétatives três faible. Folioles 7 
— 13, entiêérement glabres ou ayant 
en dessous des Taíbles traces de duvet, 
en général oblongues, souvent acutées 
mais rarement un peu acuminées. Lon- 
cueur des feurs 7—9 mm. Estuaire 
amazonien, littoral oriental du Pará, 
bas Amazone. O. paraensis Ducke n.sp. 


b — Feuilles grandes ou três grandes, revêtement des pé- 
“tíioles et de la face inférieure des folioles toujours dis- 
tinct mais non velouté. Pétales noir violacé, étendard 
non cordé à la base. Gousse múre plus ou moins gla- 
bre, valves réticulées de rugosités clairsemées, tor- 
dues aprês déhiscence. Stipules non développées. 


I— Folioles (7 ou 9) subcoriaces, en dessus avec 
veines fortement enfoncées, souvent d'apparence 
presque bullato-rugueuse, en dessous densement 
couvertes d'épais duvet grisferrugineux avec 
côtes épaisses et veines transversales nombreu- 
ses, robustes et fort élevées. Fleurs ignorées. 
Valves des gousses presque ligneuses. Rameaux 
épais. Forêt irondable du bas Amazone. O.. 
amazonica Ducke 


II — Folioles en dessous revêtues d'une mince 
couche de duvet plus ou moins soyeux. Val- 
ves de la gousse coriaces. 


1 — Rameaux largement fistuleux, três forte- 
ment triquétres, épais. Feuilles des rameaux 


fertiles atteignant souvent 7o cm. Folioles 
(7 — 9) subcoriaces, en dessous soyeuses 
jaunâtres à reflets dorés, les veines trans- 
versales espacées mais fort éleveés. Estu- 


aire amazonien et littoral oriental du Pará. 
O. nobilis Tul. 


2 — Rameaux non fistuleux, peu ou moyerne- 
ment anguleux. Feuilles jusquã so em, 
celles des rameaux fertiles plus courtes; 
folioles avec veines beaucoup moins éle- 
vées. 


+ — Folioles (7) coriaces rigides, larges, 
tronquées à la base, au sommet obtuses, 
duvet de la face inférieure assez abon- 
dant et presque ferrugineux, veines 
transversales nombreuses. Campines du 
haut Japurá et prês du lac de Faro. 
O. macrophylla Benth. 


+ + — Folioles (7 — 9) de la même forme 
que celles du précédent mais subco- 
riaces comme chez P O. nobilis, em 
dessous finement soyeuses gris jauná- 
tre, veines transversales plus clairse- 
mées mais plus réguliéres que chez 
macrophylla. Santarem (bas Amazone). 
O. santaremnensis Ducke n. sp. 


+ + + — Folioles (g — 11) finement co- 
riaces élastiques, couleur comme chez 
le précédent, nervures plus fines, base 
souvent obtuse, sommet courtement 
acuminé. Faro (région de campo). O. 
faroensis Ducke n. sp. 


c — Feuilles (moyennes ou assez grandes) comme les jeunes 
rameaux, les inflorescences et les gousses (même vieil- 
les) densement veloutées de roux (seulement le dessus 


dd [apra 


des folioles et les pétales sont glabres). Folioles souvent 
obovées. Stipules bien développées et persistantes. Éten. 
dard non cordé à la base. Valves de la gousse non tor- 
dues aprês déhiscence, non réticulées. 


I — Rameaux d'épaisseur commune. Stipules longues 
de 3 à 4 mm. Pétales noir violacé. Haut Trom- 
betas. O. cuneata Ducke n. sp. 


Il — Rameaux épais. Stipules longues de 5 à 15 mm. 
Pétales Jlilas. Estuaire amazonien et littoral 
oriental du Pará; Matto Grosso; Maranhão; 
Ceará. O. stipularis Ducke n. sp. 


Dussia micranthera (DuckKE) HARMS, = Vexillfera micranthera 
DUCKE 

Le genre Vexilhifera que yai décrit de PÉtat du Pará est syno- 
nyme du genre Dussia Krug et Urban, décrit de la Martinique et 
supposé monotype!; Harms en a récemment décrit encore 3 es- 
péces nouvelles. Sa distribution géographique s'étend donc des par- 
ties méridionales de Phyléa et des Andes tropicaux voisins jusqu'au 
Mexique tropical et aux Antilles. 


“Taralea cordata DUCKE n. sp. 


Frutex vel arbuscula vix ad 3 m. Folia alterna; foliola 4 —6, 
maxima a me visa 10 cm. longa et 5 cm. lata, basi saepissime late 
cordata et inaequilatera, apice obtusa retusa vel rarissime aliquanto 
acuminata, saepe plus minus falcata, sat rigide coriacea, nervatione 
ut in 7. opposttifolia typica sed venulis fortius prominulis. Flores 
novell parce canotomentell, adulti subglabri; calix basi extrema 
excepta totus petaloideus, laciniis alaeformibus distincte obovatis. Le- 
gumen utin 7. oppositifolia elastice dehiscens sed vix dimidio mag- 
nitudiínis. 

Habitat in arenosis apertis siccis civitatis Pará regionum occi- 
dentalium: Campos do Tigre ad orientem oppidi Faro 17-I1-I9gIO 
fructif., 8-10-T9Is florif. (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 10.469 et 15.787); 
Campina do Perdido prope Bella Vista fluminis Tapajoz (florif.) 
12-9-1916 (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.481) et 24-09-1922 (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 12.181). Specimina omnia ab A. Ducke lecta. 

Differe du 7. oppositifolia Aubl. surtout par les feuilles alternes 


E WO dao 


et le calice enticrement pétaloide à lacinies majeures obovées, pres- 
que glabre à Pâge adulte; du 7º mudipes (Tul.) Ducke par les 
nervures et les veines réticulées três distinctes; de tous deux par 
les folioles larges, plus ou moins falciformes, à base oblique et cor- 
dée, à sommet généralement obtus. — Semble être une «bonne» es- 
pêce, mais dans le cas oú Pon dút la considérer seulement comme 
race du 7. oppositifolia, 11 faudrait réduire à la même catégorie le 7 
nudrpes. 


Á 


N. Leal 
Taralea oppositifolia, cousses et graine (gr. nat.) 


Les doubles de "Herbier Amazonien du Musée du Pará, appar- 
tenantes au 7. cordata, ont été distribués sous le nom de 7. mudipes. 
Ce dernier a été décrit de la «province du Pará» mais celle-ci com- 


ER o 


prenait alors encore Pactuel Etat d'Amazonas; récemment, il n'a été 
observé que dans la région du Rio Negro. 


Dalbergia variabilis Voc. 

Cette espéce largement répandue dans PAmérique tropicale sem- 
ble absente de la plaine amazonienne mais a été rencontrée aux li- 
mites de Phyléa, en Guyane britennique et au Pérou oriental (Tara- 
poto) d' ou jjai vu des spécimens qui ne different en rien de ceux 
des environs de Rio de Janeiro. Cest un arbuste grimpant qui seu- 
lement dans des cas exceptionnels pourra prendre la forme dun 
petit arbre; les échantillons d'herbier de cette espêce ressemblent 
cependant beaucoup à ceux d'une espêce arboréenne, bien connue 
dans le pays à cause de son bois mais qui semble ne pas encore 
avoir été décrite: 


“Dalbergia cearensis DUCKE n. sp. 

E sectione 1 ( Triptolemea); a specie vicina 7. varabrilis distin- 
euitur forma arborea, foliolorum nervis venulisque tenuissimis, bra- 
cteis bracteolisque minutissimis caducissimis. Arbor parva omnino 
elaberrima, solum cymarum pedunculis et rachidibus tenuiter cano- 
tomentellis calicisque laciniis apice parce pilosulis. Foliola saepissime 
7, vulgo ovata basi rotundata; cymae parvae pedunculis tenuibus; ca- 
lícis lacinia inferior tenuis et sat acuta. Legumen utin D. variabdal. 

Habitat civitate Ceará regionibus modice siceis: 1. Freire Alle- 
mão et Cysneiros prope Lavras (florif., n. 414) et prope Missão Velha 
(fructif, n. 411); | A. Ducke fructif. prope Baturité (Herb. Gener. 
Mus. Pará n. 1952), in Serra de Baturité parte inferiore (Herb. Jard. 
Bot Rio n. 17.158) et intér Campos Bellos et Cruz (H. J. B.-R. n. 
17.159). Arbor lignum obscurum praebens «violete » appellatur. 

Cette espéece fournit le bois «violete», espéce de palissandre 
(jacarandá) de PÉtat du Ceará. aspect de Parbre et surtout la forme 
des folioles rappellent le 2. Spruceana qui fournit le jacarandá du 
bas Amazone, mais les inflorescences et les gousses sont du type 
de celles du D. variabilis. Ce dernier existe aussi dans PÉtat du 
Weara mais est ume lane. 


V Dalbergia revoluta DUCKE n. sp. 
Speciei 7). atropurpurea Ducke proxima, differt foliolis rigide co- 
riaceis margine revolutis, calice breviore et multum brevius dentato, 
petalis laete víolaceis. — Frutex (scandens?) innovationibus et inflo- 


E Rs 


rescentiis subaureo-tomentosis, ramulis folisque adultis glabris, fo- 
liolis 6 — 8, oblongis vel obovato-oblongis, vulgo 3— 4 cem. rarius ad 
s em. longis et1r 12—2 1/2 em. latis, apice obtusis vel retusis, dis- 
coloribus, nervis supra conspicuis (crebris, parallelis) vel inconspi- 
cuis, subtus semper inconspicuis. Inflorescentia et flores praeter cha- 
racteres supra citatos ils specierum 2). atropurpurea et D. mundata 
similes. Fructus ignotus. 

Habitat civitate Amazonas: in ripis Rio Negro prope Barcellos, 
13-6- 1905 1. A. Ducke (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.143); propre Bôa 
Vista ad Rio Branco, VII— 1913 1. J. G. Kuhlmann (H. J. BR. 


1: 3:294): 


Dalbergia subcymosa DUCKE 

Cette espece se distingue du commun D. monetaria par les sti- 
pules (longues de 12 —1 cm.) souvent persistantes jusquã la flo- 
raison, les feuilles 5 — g — foliolées, les bractées et les bractéoles assez 
crandes et persistantes, et par la pubescence en général beaucoup 
plus développée. Les inflorescences, chez les individus de la « capo- 
eira» (brousse), ne sont guére différentes de celles du qmonetaria; 
les folioles, chez ces mêmes indiívidus, sont plus petites et de forme 
plus ovée que celles des individus de la grande forêt humide. 

Cette espece habite la forêt primaire et plus fréquemment la 
forêt secondaire en terrain argileux non inondable; en dehors des 
localités déjá citées, je Pai encore récoltée au bas Mojú, affluent 
du Rio Pará (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.150) et dans la région 
du moyen Tapajoz (H. J. B. R. mn. 17.147 et 17.149). 7. monetaria, 
au contraire de Pespéce présente, ne croit que dans les terres inondées. 


Dalbergia enneandra HoOEHNE 1919 (florifére) — 7). pachycarpa 
Ducke 1922 (fructifeére). 

Des spécimens floriferes avec quelques gousses três jeunes (“Tu- 
curuhy, Rio Xingú, coll. J. G. Kuhlmann, Herb. Jard. Bot. Rio n. 
18.194) permettent de reconnaitre que les deux supposées espéces ne 
font quune seule, caractérisée par les 5 à g folioles, les 9 étamines 
três souvent triadelphes, la gousse três épaisse et veloutée. 


* Dalbergia nephrocarpa DUCKE n. sp. 
Speciei /). hecastophvllum affinis, differt praesertim legumine 
maiore et distincte reniformi-curvato. Frutex scandens ramulis etiam 
novellis glabris, demum dense lenticellosis; folia constanter unifo- | 


E sa 


liolata, foliolo vulgo 8-— 15 cem. longo et 4— 7 em. lato, ovato vel ellip- 
tico-ovato, breviter acuminato, subtus pallido et tenuiter griseopube- 
rulo; racemi brevissimi; flores ignoti; legumen (ut videtur adultum ) 
vulgo 4— 6 cm. longum et 2 -—fere 3 em. latum (rarissime bisemi- 
natum, 8 em. longum), reniformi-curvatum, basi acutum vel rotun- 
datum, apice obtusum, dure coriaceum, subobsolete rugosum, pilis bre- 
vibus plus minus appressis ferrugineis vel griseis tenuiter tomentosum. 

Habitat in silvula humili inundata ad lacum Mamaurú prope 
Obidos civitatis Pará, | A. Ducke (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.971); 
in palude silvestri prope fumen Paca Nova affluentem fluminis Ouro 
Preto (affluentis fl. Mamoré) civitate Matto Grosso, 1. J. G. Kuhl- 
mann (Herb. Jard. Bot. Rio n. 4.566). 

Differe du DD. hecastophyllum par la glabreté des jeunes rameaux 
et surtout par la forme et la grandeur de la gousse; du 7). momneta- 
ria £ hygrophila par les feuilles constamment 1 — foliolées et par la 
cousse plus grande et beaucoup plus courbée. 


“ Machaerium altiscandens DUCKE n. sp. 


Ad paragr. 2 (Oblonga Benth.). Frutex scandens (interdum im 
arbores altissimas), ramulis novells minute ferrugineotomentosis 
cito glabratis. Stipulae saepe persistentes spinescenti-induratae breves 
recurvae. Folia hovissima ferrugineotomentosa, adulta glabra solum 
rhachide et foliolorum costa subtus canopuberulis; foliola vulgo 30 
— 40, brevissime at distincte petiolulata, 1—3 cm. longa et 3 — IO 
mm. lata, lineari-oblonga, basi oblique subcordata, apice rotundata 
vel subretusa, elastice coriacea, supra nitida, subtus opaca et palli- 
diora, costa subtus crassa, nervis supra obsoletis subtus tenuiter ele- 
vatis ante marginem reticulato-anastomosantibus, margine subtus 
nerviformi. Paniculae ad apices ramulorum saepe longe racemosae 
vel ample paniculatae, aphyllae, ramis minute brunneotomentosis, 
ramulis floriferis brevibus solitariis vel binis rarius trinis, bracteis ad 
dichotomias ovatolanceolatis, ad insertiones pedicellorum minutis den- 
tiformibus; flores breviter pedicellati bracteolis calice appressis parvis 
suborbiculatis brunneotomentosis, calice circa 4 mm. longo nigres- 
cente eglabro apice rufobrunneotomentoso, petalis violaceis, vexillo 
extus dense brunnescenti-sericeo, carinis vexillo alisque distincte 
brevioribus, staminibus (in floribus examinatis) diadelphis, ovario bre- 
viter stipitato dense ferrugineo-sericeo. Legumen cito glabratum pur- 
pureum, usque ad 5 cm. longum alã ad 1 1/3 cm. latã, ad semen 
fortiter curvatum et intrusum. — Spegea M. myrianthum Benth, 


a PA = 


affine, at elabrius, stipulis saepe spinescentibus, foliolis petiolulatis 
et saepe maioribus, floribus maioribus, calice (apice excepto) glabro, 
vexillo dense sericeo. 

Habitat in silvis non invndatis prope Belem do Pará (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 5.061). prope Mosqueiro ad Rio Pará (H. J. B. R. 
n. 5.078), et propre Villa Braga fluminis Tapajoz (H. J. B. R. 5.079); 
specimina omnia ab A. Ducke lecta, florifera mensibus decembre, 
januario et julio. 

Cette espece n'est pas rare dans certaines régions du Pará (les 
environs de la capitale, par exemple), dans la forêt secondaire, mais 
elle ne fleurit en général que dans la forêt primaire, aux cimes des 


orands arbres. 


“ Machaerium compressicaule DUCKE n. sp. 


Ad par. 4 (Reticulata Benth.). Frutex alte scandens trunco ut 
in generis Bauhinia speciebus scandentibus valde compresso sed vix 
Aexuoso. Ramuli cinerei, novissimi (cum petiolis et rachidibus folio- 
rum novellorum) minute ferrugineotomentelh cito glabrati. Stipulae 
hinc lanceolatae caducissimae, hinc breviter indurato-spinescentes 
persistentes. Foliola 5 (rarissime 7 ), alterna vel opposita usque ad 
6 mm. petiolulata, vulgo 5 — 10 cm. longa et 2 1/2— s em. lata, 
plus minus oblonga vel ovata, basi vulgo acuta vel obtusa, apice 
breviter et saepius abrupte acuminata, tenuiter coriacea, supra glabra 
nitida. subtus tomento subtilissimo pallida, nervis supra obsoletis vel 
conspicuis, subtus tenuissime prominulis ante marginem anastomos- 
antibus, venulis reticulatis. Paniculae terminales et in axillis supe- 
rioribus, parvae vel mediocres, brunneotomentosae ; bracteas bracteo- 
lasque non vidi. Flores ignoti; calix in fructiferis persistens parvus 
(2 mm. longus) sessilis brunneotomentosus. Legumen breviter sti- 
pitatum, 4 — 6 cm. longum ala circa 1 1/2 cm. lata pallide strami- 
nea, ad semen parum curvatum. 

Habitat in silvis primariis et secundariis non vel rarius inun- 
datis civitatis Pará: prope Bragança ( Herb. Jard. Bot. Rio mn. 17.171), 
loco Victoria prope faucem fluminis Tucuruhy fluminis Xingú affluen- 
tis (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.598 ), infra cataractas Mangabal 
Auminis Tapajoz medii (H. A. Mus. Pará mn. 16.767 et H. Jard. Bot. 
Rio n. 11.736), prope Obidos (H. A. Mus. Pará n. 16.930) et prope 
Faro (H. ]J. B. R. n. 11.737); specimina omnia ab A. Ducke lecta, 

Cette espeéce est remarquable par ses troncs egrimpants forte- 
ment comprimés qui peuvent atteindre 2 dm. de largeur; ce caractere 


pars TAB 


et Paspect des folioles rappellent le 77. awretflorum n. sp. mais Pes- 
pece présente a les folioles beaucoup moins nombreuses et les fleurs 
(à en juger par le calice, les pétales étant inconnues) beaucoup plus 
petites. 


( e . 
Machaerium aureiflorum DUCKE n. sp. 


Inter par. 1 (Luncata) et 4 (Reticulata) intermedium. Frutex alte 
scandens trunco late complanato vix flexuoso, ramulis verruculosis, 
novellis dense ferrugineotomentosis cito glabratis. Stipulae lanceolatae 
vulgo caducissimae at hinc illinc persistentes spinescenti-induratae 
recurvae. Foliola 11 — 17, alterna vel opposita, vix ultra 3 mm. petio- 
lulata, vulgo usque ad 8 cm. longa et usque ad 4 cm. lata, oblonga 
vel rarius ovatooblonga, basi obtusa vel rotundata, apice breviter 
acuminata, tenuiter coriacea, supra glabra nítida, subtus appresse pilo- 
sula et pallidiora, nervis a costa divergentibus crebris parallelis par- 
tim usque ad marginem (subtus distincte nerviformem ) conspicuis 
partim reticulato-anastomosantibus, utrinque tenuissime prominulis. 
Racemi et paniculae saepe in paniculam ad apices ramulorum am- 
plam compositi, rufotomentosi, bracteis caducis, ad insertiones pedi- 
cellorum minimis at subpersistentibus. Flores pedicellis tenuíbus 
circa 3 mm. longis, bracteolis sub calice persistentibus parvis orbi- 
culatis; calix ad 3 1/2 mm. longus, cum pedicello et bracteolis ruto- 
tomentosus, dentibus acutioribus quam in speciebus reliquis mihi 
notis; petala laete aurea, vexillo 10— 11 mm. longo extus sericeo 
alis et cariniso — 10 mm. longis; stamina aequaliter diadelpha; ova- 
rium longe stipitatum, valde curvatum, longissime ferrugincohirsutum, 
1 — ovulatum. Legumen ignotum. 

Habitat silva humosa humidissima at non inundata prope 
oppidum Breves in aestuario amazonico, 1 A. Ducke I4-7 1923, 
lero jarda: Bot. Rio nm. 17.172. 

Cette espece est des plus remarquables dans ce genre botanique, 
par ses fleurs jaune dor et son tronc comprimé, large et aplati 
comme chez les espéces grimpantes de Barhrnia mais non échelonné 
comme chez celles-ci. Un tronc pareil se trouve encore chez les vieux 
individus du MZ. compressicaule n. sp. dont les fleurs ne sont pas en- 
core connues. 


Machaerium floribundum BENSTH. 


M. decorticans Ducke est synonyme de cette espece, d'apres les 
cotypes de Bentham que )ai pu maintenant comparer. La longueur 


me) UND 


du stipe de la gousse est certainement variable; Pétendard est glabre 
ou três peu soveux. Cette espéce est largement répandue dans Phyléa 


mais limitée aux terrains d'argile compacte ou elle croit surtout dans - 


les endroits marécageux. 


“ Machaerium (Drepanocarpus) trifoliolatum DUCKE n. sp. 


Fructibus sectionis repanocarpus, aliquantum ad Machaeria 
genuina transiens; foliolorum nervatione ad paragr. 4 ( Reticulata ) 
spectat. Frutex scandens ramis vetustioribus compressis et ver- 
ruculosis. partibus vegetativis omnibus glaberrimis. Stipulae vulgo 
caducissimae, rarius persistentes brevisssme indurato-spinescentes. 
Folia siccitate nigrescentia, longe petiolata, trifoliolata; foliola lon- 
gijuscule petiolulata, 6— 18 cm. longa et 3—8 cem. lata, ovato- 
oblonga vel ovata, basi saepe subcordata, apice brevius vel longius 
acuminata, vix discoloria, nitida, nervis lateralibus dissitis et longe 
ante marginem anastomosantibus, venulis reticulatis, nervis venulis- 
que utrinque distincte prominulis. Racemi laterales, saepe ramosi 
et fasciculati, fuscopubescentes, bracteis parvis crassis caducis; flores 
sessiles bracteolis orbiculatis subparvis, calice 3 mm. longo fuscoto- 
mentoso, petalis albis vexillo 8-—9g mm. longo brunneomaculato 
extus sericeo, staminibus monadelphis vexillari distante et a base li- 
bero, ovario stipitato glabro solum ad suturam vexillarem piloso. Le- 
gumen eo 17. crestacastrensts forma simile sed parte seminifera cras- 
store et apice in alam submembranaceam brevem acutiusculam pro- 
ductum, glabrum, 5 —6 cem. longum et circa 3 em. latum. 

Habitat in silvis ripariis inundatis fuminis Mojú loco Fabrica 
(frequens), 2-11-1923 floriferum (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.188), et 
mm ripis inundatis Igarapé da Bella Vista infra cataractam infimam 
fluminis Tapajoz, 23-2-1917 fructiferum (H. J. B. R. n. 17.187); 1. À. 
Ducke. 

Espeéce três remarquable, la seule du genre qui ait des feuilles 
trifoliolées. Semble se rapprocher du M. (D.) imundatum, mais la 
gousse peu courbée et terminée dans une petite aile indique nette- 
ment une transition vers les Machacrium proprement dits. 


; Tipuana fusca DUCKE n. sp. 


Arbor circa 30 metralis ligno interiore luteo dense fusco-striato, 
ramulis et inflorescentiis atrofusco-tomentosis. Foliorum rhachis dis- 
tincte canaliculata et marginata; foliola 13 — 17, breviter petiolulata, 
lateralia lineari-oblonga vel lineari-obovata basi rotundata, 3— 7 em, 


| 
: 
À 


onga et 2—2 1/2 cm. lata, foliolum terminale obovatum basi 
acutum, usque ad 3 cem. latum; foliola omnia apice vulgo fortiter re- 
tusa, supra glabra nitida, subtus minutissime albidotomentella et pi- 
losula, utrinque/sat crebre parallele penninervia et reticulata. Stipu- 
lae et stipellae non visae. Racemi terminales erecti, pyramidati, 
saepe ultra 3 dm. longi, ramis dissite oppositis vel ternis, interdum 
ramulos secundarios emittentibus. Flores pedícellis s — 6 mm. longas, 
bracteis bracteolisque parvis subulatis ante anthesin caducis; calix 
circa 7 mm. longus, atrotomentosus, dentibus brevibus at distinctis 
apice acutis; petala laete víiolacea, glabra, longitudine parum inaequa- 
lia, vexillo late orbiculato, alis et carinis anguste arcuato-obovatis; 
stamina monadelpha; ovarium breviter stipitatum cano-sericeohirtum. 
Legumen solum vidi novellum, sordide viride, eo 7. amazonicae si- 
mile at brevius stipitatum. 

Habitat in silva primaria non inundata regionis cataractarum 
inferiorum fluminis Tapajoz inter locos Poção et Pimental (arbor 
unica), 1 Ducke floriferam 28-7-1923, fructibus novellis 21-8-1923 
(Elerb. Jard. Bot. Rio n. 17.191). 


v Tipuana sericea DUCKE n. sp. 


Arbor 25 — 40 metralis ligno ut in specie praecedente, ramulis 
et petíiolis novellis et inflorescentiis subaureo-canotomentosis. Stipulae 
minimae. Foliorum rhachis teres; foliola vulgo 3 — 7 (saepissime 5) 
rarissime o, breviter vel mediocriter petiolulata, usque ad 7 (raris- 
sime 8) cm. longa et ad 4 (5) cm. lata, late oblonga vel ovata, basi 
subcordata apice parum retusa, utrinque nítida, glabra, dissite arcuato- 
penninervia et sat dense reticulata. Panicula vel racemi terminales 
ampli; bracteae bracteolaeque caducissimae non visae; pedicell 5 — 
6 mm. longi; calix 8— 9 mm. Jongus dense subaureo-sericeus dentibus 
acutis vel breviter acuminatis; petala laete roseo-violacea, fere aequa- 
liter longa, vexillo orbiculato, petalis reliquis obovatis: stamina 
monadelpha ; ovarium dense sericeo-hirtum, stipitatum. Legumen eo 
7. amazonisae simile' at majus (nondum maturum jam ad 14 em. 
longum et ala ad 4 1/2 cm. lata), supra semen fortiter intrusum, 
sordide rufum saepe virescenti-maculatum. 

Habitat non rara in regione fluminis T'apajoz inferioris et medii, 
terris altis, silvis primariis: Serra de Santarem, florifera 3-9-1923 (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 17.192); collibus prope cataractas Mangabal 7-8-1923 
for. et fruct. (H. J. B. R. n. 17.193): collibus Quataquara 13-8-1923 
tructif.(H. J. B. R. nm. 17.194). Specimina ab A. Ducke lecta. 


o 


Tipuana amazonica DUCKI 


Les spécimens du bas Amazone (« campina-rana » des environs 
du mont Parauaquara à PEst de Prainha, Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 11.485) ont le revêtement des inflorescences faible et les calices 
presque glabres; ceux du Tocantins ( campina de Breu Branco, Herb. 
Amaz. Mus. Pará 15.575) ont le duvet de Pinflorescence plus déve- 
loppé et les calices revêtus d'un fin duvet argenté, ce qui indique 
une transition vers la forme de Cuvabá (Matto Grosso) à inflores- 
cences et côté inférieur des feuilles densement pubescents, décrite par 
Bentham sous le nom de 7. macrocarpa var. cinerascens et dont j'ai 
vu des spécimens récoltés par Hoehne. Les fleurs de cette derniére 
plante sont violettes comme celles des plantes amazoniennes, mais la 
partie séminifere de la gousse est plus lisse. Toutes ces plantes sont 
probablement des formes du 7. macrocarpa Benth. de PÉtat du Ceará 
(= 7 auriculata Fr. Alim, les feuilles en partie et les fruits; mais 
non les fleurs qui appartiennent au Zewetzelburgia pterocarpodes Harms); 
jignore cependant si le 7º macrocarpa Benth. du « Brésil méridional » 
(coll. Saint Hilaire) est bien la même espéce, et à laquelle de ces 
plantes Bentham a attribué des « fleurs jaunes ». 


Espêces connues du genre TIPUANA 


“1 —Les arbres (ou branches) fleurissent aprês la chute totale du 
feuillage et se conservent dépouillés jusque vers la maturation 
des fruits ou aprês. Bois, au moins chez les espéces amazoniennes, 
brun jaune; fleurs violettes (excepté 7 macrocarpa ?) 


a— Partie séminifére de la gousse avec arête. três élevée, 
obliquement longitudinale et courbée. Pétales inconnues. 
Arbre assez grand de la forêt primaire; folioles 7 — II, 
ovées ou plus ou moins oblongues, acutées ou courte- 
ment acuminées, leur bord faiblement denté: panicule 
avec revêtement dense, brun ferrugineux; gousse dum 
beau rouge. Moven Tapajoz. T. erythrocarpa Ducke 


b — Partie séminifere de la gousse sans cette arête dont la 
place est souvent indiquée par une ligne lisse ou en- 
foncée. Ailes et carênes étroites, peu différentes em 


erandeur, 


SLi pd e 


I— Folíioles 11 — 15, ovées ou oblongues, plus ou 
moins acutées ou un peu acuminées, leur bord 
faiblement denté. Revêtement de Pinflorescence 
assez dense, brun. Grand arbre de la forêt pri- 

é f maire. Rio de Janeiro. T. heteroptera (Fr. 
Allem.) Benth. 


II — Folíioles 13 — 17, obovato-linéaires, rétuses, à 
bord entier. Revêtement de Pinflorescence dense, 
brun noir. Grand arbre de la forêt primaire. 
Moyen Tapajoz. T. fusca Ducke 


II — Folíoles js o, largement oblongues ou ovées, 
plus ou moins rétuses, à bord entier. 


1— Dents du calice três distinctes, cour- 
tement acuminées. Revêtement de 
Pinflorescence (y compris le calice ) 
assez dense, gris jaunâtre avec reflets 
dorés. Grand arbre de la forêt pri- 
maire. Bas et moyen Tapajoz. T. seri- 
cea Ducke 


2 — Dents du calice peu distinctes. Revê- 
“tement de linflorescence peu dense, 
gris ou argenté, calice presque glabre, 
noirâtre. Petit arbre du campo et de 
la forêt de petite taille des environs 
de celui-ci. Bas Amazone et Tocantins 
(Pará), et Cuyabá ( Matto Grosso ). 
T. amazonica Ducke 


3 — Se distinguerait de la derniêre espece 
par les pétales jaunes (?). Ceará et Bré- 
sil méridional. T. macrocarpa Benth. 


B— Fleurs aprês le plein développement des feuilles, en panicules 
courtes et faiblement duveteuses; pétales jaunes, étendard et ailes 
três larges, celles-ci beaucoup plus grandes que les carênes. Partie 
séminifére de la gousse avec des nervures élevées obliquement 

JARD, 6 


RE: 2 


longitudinales. Arbre petit ou à peine moyen; bois blanchâtre; 
folioles 11 — 25. Nord de "Argentine et Bolivie; cultivé au Brésil 
(Varbre le plus commun des avenues dans la ville de Rio de 
Janeiro). T. speciosa Benth. 


Vatairea guianensis AvBi. (= Andira amazonum BENTH.), 
planche 3. 

Ce genre est étroitement allié au genre Zipwana (surtout aux 
espêéces amazoniennes) dont il pourrait être consideré comme simple 
sousgenre: 1l s'agit évidemment d'une espéce adaptée à la dissémi- 
nation par Peau avec gousse subéreuse dont Paile est réduite à un 
rudiment. Le facies des arbres avec les puissants contreforts à la 
base des trones, le coeur du bois brun jaune avec des stries plus 
claires et plus foncées, três caractéristique, impossible de ses -con- 
fondre avec n'importe quel bois d'autre genre botanique ( au moins 
en Amazonie), les feuilles réunies vers le sommet des rameaux et qui 
tombent au commencement de la floraison pour ne naitre de nou- 
veau qua la maturité des fruits, la forme de Pinflorescence, les cara- 
ctêres principaux de toutes les parties de la fleur. tout ça appartient 
en commun au V. guanmens:s et aux espéces amazoniennes de 77- 
puana; la différence énorme des fruits n'est quwapparente, la gousse 
du Vatarrea guianensts ayant au sommet un rudiment d'aile latérale 
dont la position correspond à celle de Paile des 7ipuana, de maniére 
que Pon peut définir la gousse du NV. gmianenstis comme une gousse 
de Tipuana avec la partie séminifére três dilatée mais sans le pro- 
longement du style porteur de Paile latérale. 


Pterocarpus Rohrii VaH1, 


Cette espéce avec qui a été confondue, par tous les auteurs 
antérieurs à J. Huber, le 7£ amaázonicus, se distingue de celui-ci seu- 
lement par les bractées courtes et par la gousse coriace, peu épaisse, 
entourée d'une aile circulaire três large, adaptée au transport par 
Pair; cest un arbre de moyenne taille à bois blanc assez mou qui 
croit dans la forêt secondaire non inondable et qui m'est connu, 
avec sureté, seulement de PÉtat du Pará ( Belem, Montealegre, Obi- 
dos). Les spécimens cités par Hoehne pour la fore de Matto Grosso 
(S. Luiz de Caceres) appartiennent au PL Michetir Britton (3). 


(3) J'ai comparé un spécimen florifére du Paraguay ( Malme 936 ) conservé 
dans Pherbier du Museu Nacional, Cette espêce serait, d'aprês certains auteurs, une 


E 


Pterocarpus amazonicus Hs. 


Beaucoup plus fréquent que le précédent; se distingue de celui- 
ci par les bractées beaucoup plus longues et par la gousse subéreuse, 
três épaisse, avec aile rudimentaire, adaptée au transport par Teau; 
arbre petit ou moyen des forêts inondées, à bois blanc três mou, 
base du fit avec des contreforts três grands. Cest à cette espeéce 
que reviennent les spécimens floriféres de Spruce: bouche du Soli- 
mões n. I9II, Rio Acará IX — 1849 et Pará ( Belem) VII — VII — 
1849 dont j'aíi vu des doubles du British Museum, ainsi que celuíi de 
Tresling (n. 472) de la Guyane hollandaise et la plante collectionnée 
par Kuhlmann (n. 452) au nord du Matto Grosso et déterminée par 
Hoehne — tous cités et distribués sous le nom de 7£. Rohrai. 


Pterocarpus Ulei HarMms 


Se distingue du 7f. amazonicus par le nombre ordinairement 
plus grand de folioles et par les fleurs plus grandes; tous deux se 
rencontrent dans des formes à folioles assez larges et avec folíoles 
longues et étroites. Pí. Ulei est un petit arbre qui a, chez tous les 
spécimens que jaíi vus, les pédoncules et rachides des inflorescences 
creux et habités par des fourmies du genre Pseudomyrma lesquelles 
habitent aussi les rameaux creux du Traplaris surinamensis et de 
Pinga cinnamomea des mêmes endroits: les bords inondables des 
riviéres de "Amazonie supérieure et les rives du bas Amazone. Le 
Zita ancylocalyx var. angustifolia Benth. duquel j'ai examiné un spé- 
cimen de Santarem (double de Poriginal) appartient à Vespeéce pré- 
sente, mais la forme typique de Pespéce de Bentham (laquelle serait 
identique avec le Ancylocalyx acuminata 'Tul.) pourrait être un 
«mixtum compositum »; il est donc certainement préférable de dé- 
Elenice lespece par le nom de Zé Uler, — Le Pé, Rohrii var. beta 
Benth. sera três probablement un spécimen du Pt Uler avec un 
nombre plus petit de folíoles comme on en rencontre parfois. 


simple variété du Pt. Rohrii, mais la gousse ( que je n'ai pas vue) doit être três 
différente, elle semble (d'aprês la description ) plutôt destinée au transport par Yeau. 
Elle n'était pas encore citée pour la flore du Brésil. — Le Zterocarpus paraguayensis 
Barb. Rodr. qui habite la méme région n'appartient pas à ce genre, mais (d'aprês 
la description et les dessins de la foliole, de la fleur et de la gousse) au genre 
Discolobiwm, 


ce a 
Clef des espéces brésiliennes de PTEROCARPUS 


4 — Base du calice obtuse. Pétales violet foncé: Folioles 3 — 5. gla- 
bres. Gousse avec aile terminale membraneuse falciforme assez 
longue. Moven Tapaioz. Pt. ormosioides DUCKE 


B — Base du calice aigúe. Pétales jaunes, Pétendard souvent avec 
une tache violette. 


a — Folioles au moins en dessous pileuses. Gousse entourée 
d'une aile, sa base plus ou moins cordée. 


I — Folioles s. Bractées courtes, sétacées. Aile de 
la gousse circulaire, membraneuse. Etats de 
Bahia et Piauhy. Pt. villosus Benth. 


II — Folioles s — 7. Bractées três grandes, lancéolées. 
Aile de la gousse elliptique (un peu plus 
longue que large). coriace. États de Bahia et 
Ceará. Pt. Zehntneri Harms 


NI — Folioles 7 — 11. Bractées médiocrement lon- 
gues, subulées. Aile de la gousse membraneuse, 
plus ou moins elliptique ou presque circulaire. 
Pérou oriental subandin (Tarapoto). Pt. rufes- 
cens Benth. 


b — Folioles glabres. 


I — Inflorescence ( y compris le calice) presque gla- 
bre. Gousse assez épaisse, subéreuse, oblique- 
ment courbée, du côté extérieur ceinte d'une aile 
coriace. Folioles 7 — 11. Estuaire amazonien: 
Guvane, Amerique centrale, Antilles. Pt. draco I.. 


IH — Inflorescence (y compris le calice ) densement 
revêtue de pubescence ferrugineuse ou grisâtre. 


1 — Bractées beaucoup plus courtes que les 
boutons des fleurs. Folioles 5 — o. 


Ee de 


+ — Gousse (d'aprês Britton) «gla- 
brous, rugose, narrowly win- 
ged on one side, 3—4 cem. 
long and nearly as wide, about 
E ema thscko »  Fleurs lon- 
oties | del r2-a 20 mai Bara- 
cuay et partie sud de Matto 
Grosso (S. Luiz de Caceres). 
Pt. Micheli Britton. 


+ + — Gousses plates, non épais- 
sites, largement ailées. Fleurs 
plus petites (longueur' 10 — 
I5 mim. ). 


O— Gousse plus ou moins 
obovée à base aigúe 
ou obtuse; aile co- 
riace, souvent irrégu- 
liêre. Brésil méridio- 
nal tropical. Pt. vio- 
laceus Vog. 


00 — Gousse à base un 
peu cordée, son aile 
membraneuse, plus 
ou moins circulaire. 
État du Pará. Pt. 
Rohrii Vahl 


2 — Bractées excédant les boutons des fleurs 
dans les jeunes inflorescences et plus 
persistantes. 


-+ — Folioles 5 — 9. Fleurs plus 
petites (longueur du calice 
6 — 8 mm. ). Gousse três 
épaisse, subéreuse, presque 
sphéroidique ou elliptique, 
son aile plus ou moins rudi- 


do E 


mentaire ou presque absente. 
Hyléa. Pt. amazonicus Hub. 


+ + — Folioles q — 11. Fleurs 
plus grandes ( longueur du 
calice 8 — 10 mm.). Rachi- 
des des inflorescences (chez 
les spécimens que jai vus) 
renflés et creux, habités par 
des fourmies. Gousse oblon- 
cue? ( insuffisamment con- 
nue ). Amazonie. Pt. Ulei 
Harms 


Paramachaerium Schomburgkii (BEnrH.) DUCKE n. gen. 
n. comb. 

Pterocarpus Kuhlmannir Ducke (1922) tombe dans la synony- 
mic de Machaerimum Schomburgkir” Benth. mais représente certaine- 
ment un genre nouveau qui a beaucoup plus d'aff- 
nité au premier qu'au second des deux genres aux- 
quels Vespéce a été attribuée, se distinguant de tous 
deux par ses folioles subopposées comme chez Andira 
etc. Remarquables sont les bractées et bractéoles 
assez grandes et persistantes. les fleurs sessiles avec 
calice à base obtuse et pétales atroviolacées, et la 


P. Schomburgkii, oousse (três jeune) épaissie, avec un commencement 
gousse 


d'aile au sommet. TI faudra connaitre la gousse adulte 
pour déterminer la place définitive de ce genre dans le systême. 

Jai comparé un fragment de la plante de Schomburgk mn. 385 
que mr. le professeur Harms a eu Pamabilité de m'envoyer. 


Platymiscium Duckei Hvr. 


La forme typique est un arbre de taille petite, moyenne ou 
grande; stipules lancéolées, inférieures à 1 cm. en longueur; folioles 
presque toujours s, à sommet obtus ou à peine três courtement et 
obtusement acuminé; fleurs avant ou avec le développement des 
jeunes feuilles sur Parbre dépouillé du vieux feuillage, pédicelles 
longs jusquã 6 mm. (dans des cas exceptionnels les fleurs sont pres- 
que sessiles), bractées caduques, bractéoles petites, subpersistantes, 
inflorescence (y compris les bractéoles et le calice) densement revêtue 


TC E ON 


de pubescence brun jaunâtre; calice long denviron 5 mm, étror 
tement campanulé ou en entonnoir, étendard avec lame orbiculaire. 
Coeur du bois brun rouge faiblement veiné de brun, moyennement 
dense et dur. — Forêt primaire et secondaire des hautes terres d'ar- 
gile fertile prês du couvent de Boca do Teffé ( Rio Solimões, État de 
PAmazonas), Herb. Amaz. Mus. Pará n. 6.727; cultivé au Jardin Bo- 
tanique du Pará ( Herb. Amaz. Mus. Pará n. 11.852, et Herb. Jard. 
Bot Rio n: 5.583). 


Var. durum Ducken. var. a typo differt foliolis 5 —7 raris- 
sime 9, saepe acuminatis, ligno multum duriore et densiore rufo 
plus minus nigrofasciato. — In stvis primariis, terris argillosis non 
inundatis: ad Rio Branco de Obidos (foliolis ut im forme tvpica 
Mas acuminatis), Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.556; prope Lago 
Salgado regionis fluminis Trombetas inferioris, H. J. B. R.n.11.558 
et 17.214; prope medium flumen Tapajoz loco Francez (calicibus 
parcius tomentosis ad var. nigrum transiens), H. J. B. R. n. 17.205: 
prope Bragança, Herb. Amazon. Mus. Pará n. 9.183. Octobre 
ad decembrem florens; specimina omnia, ultimo excepto, ab A. 


Ducke lecta. 


Var. nigrum Ducke n. var.(=— P migrum Ducke 1922 )a var. durum 
differt partibus omnibus saepe minoribus, foliolis saepissime” 5 
(rarius 3, rarissime 7), calice glabro vel subglabro, ligno obscuriore. 
Arbor parva vel mediocris silvae secundariae coloniae Itauajury 
prope Montealegre (Herb. Amaz. Mus. Pará n. IÓ.100 et 16.499), 
prope Obidos (Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.562) et prope Faro (H. 
RE Rão nº 11.563 et EH. Amaz: Mus. Pará n. 15.914), et ad mar- 
ginem campi Cicatanduba infra Obidos (H. Amaz. Mus. Pará 
n. 12.073 et 15.926): septembre ad novembrem rarius usque janua- 
rum florens:; specimina omnia ab A. Ducke lecta. 

Cette espece est tellement variable que, sans les formes de tran- 
sition entre toutes ses variétés, on croirait à Pexistence de plusieurs 
espéces distinctes. Les trois races principales que jai pu distinguer 
présentent seulement des différences assez insignifiantes et instables 
dans les feuilles mais different considérablement dans le coeur du 
bois; ce caractêre est cependant encore soumis à de fortes variations 
qui semblent en relation avec le climat et le sol des localités. Les 
jeunes plantes de la forme typigue, transportées (en 1904) de Pargile 
fertile de Teffé au jardin botanique du Pará oú le sol est assez sa- 


blonneux et stérile, étaient malgré ça devenues, en 1922, d'assez 
beaux arbres qui fleurissaient et fructifiaient normalement; le coeur 
du bois était cependant mou et couleur roussâtre sãle três claire, 
tout à fait différent du bois excellent et intensement roux des arbres 
de leur localité d'origine. Chez la var. migra, le bois des individus 
qui croissent dans la forêt secondaire de Obidos et de Faro est 
brun rouge avec des veines noirátres, mais les petits arbres du 
campo du Cicatanduba ont le bois beaucoup plus foncé, noirâtre 
veiné de roux, ressemblant au «jacarandá» ou pallissandre de cer- 
tains Dalbergia et Machacerium; ça trouve son analogie chez le bois 
de P'«aroeira» (Astronium fraximifolium) dans la région de Monte- 
alegre, lequel est d'un beau rouge brun chez les arbres bien déve- 
loppés de la forêt, mais beaucoup plus foncé et veiné de noirâtre 
chez les petits arbres rabougris du campo. E 

P Duckei Hub. doit être três proche du 2 frimitatis Benth, (de 
Trinidad); jignore quelles sont les différences. 


Lonchocarpus paniculatus DUCKE 


Cette espéce est três voisine du Z. Kynesti Harms (E. Ule, 
Herb. Brasiliense n. 8.167, haut Rio Branco, État d'Amazonas) ou 
peut-être une simple variété de ce dernier, mais, chez le ganiculatus, 
les folioles sont plus aigúes, à côtes secondaires plus nombreuses, et 
du côte supérieur beaucoup moins fortement pileuses que du côté 


inférieur, et les fleurs ont une fois et demie la grandeur de celles 
de PArnestr. 


Lonchocarpus nicou (Aubl.) BENTH. 


Ad sectionem Fasciculati Benth. Frutex robustus alte scan- 
dens. Foliola 7 vel rarius 5, ample oblongo — vel obovato — 
elliptica (usque ad 15 cm. longa et ad 8 cm. lata), breviter acumi- 
nata, adulta sat rigide coriacea, supra glabra subtus rufosericea. 
Racemi folio saepius non multum longiores rarius subbreviores, 
undique (etiam calice) dense laete rufvferrugineo-sericeotomentosi, 
florum fasciculis valde approximatis; flores circa 12 mm. longi 
petalis rubroviolaceis, vexillo extus tenuiter albidosericeo supra 
unguem leviter bicalloso lamina orbiculari, alis et carinis vix in- 
curvis, ovulis (in floribus examinatis) 3-—4. Legumen 1 —vel 
rarius 2 -— vel 3— seminatum, ad semen incrassatum et reticula- 
tum, suturis tenuibus, 4—og cm. longum, fere 3 cm. latum. 


ao 


Cultus in aestuarii amazonici insulis non inundatis (Macujubim 


== (je 


etc.) et prope Gurupá ubi legi specimina florifera (septembre r9ró. 
Herb. Amaz. Mus. Pará n. 16.561) et fructifera (novembre 1923, 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.708). Radices quae odorem acrem fortis- 
simam repandunt ad pisces venenandos inservientur. 

Cette espece est facilement reconnaissable, parmi celles qui ha- 
bitent PAmazonie, par le revêtement roux ferrugineux três vif des 
inflorescences; elle se distingue du Z. rufescens Benth. par le nom- 
bre plus petit des folioles, quelques caractéres des pétales, et Povaire 
3—4 — ovulé. Je n'hésite plus d'identifier notre plante avec le Ao- 
dinda micou Aubl., ayant dernigrement-rencontré encore le fruit, lequel 
correspond assez bien à la gousse figurée par Aublet: la diadel- 
phie des étamines chez le dessin de cet auteur est probable- 
ment accidentelle, Pune des étamines étant souvent peu solidement 
unie aux autres et se détachant facilement dans les prépara- 
tions. — Z. micou est cultivé à Gurupá, sous le nom de « timbó 
urucú» (timbó rouge — pour le distinguer des autres «timbós » 
comme Tephrosia toxicaria ete.); 1l est, selon les informations, 
beaucoup plus actif que les autres plantes employées pour enivrer 
ou tuer le poisson. 


Lonchocarpus rariflorus BENTH. 


Tous les spécimens que j'ai récoltés dans PÉtat du Pará (moyen 
Tapajoz, bas Trombetas, Faro) se distinguent de ceux de Manáos 
par les folioles plus petites, souvent au nombre de 7. — La gousse 
adulte de cette espêce a la suture vexillaire un peu dilatée (comme 
chez le £. Horibundas ). 


““Lonchocarpus angulatus DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Fasciculati Benth. Frutex robustus alte scandens. 
Folia in speciminibus nostris 9 ovalioblonga obtusa vel brevis- 
sime et obtuse acuminata, usque ad 11 cm. longa et ad 5 cm. 
lata, tenuiter coriacea, supra glaberrima, subtus pallidiora sub- 
glabra. Racemi elongati sat tenues, cum calice tenuiter et parum 
dense rufescenti-tomentosa, florum fasciculis dissitis; flores circa 
12 mm. longi petalis pallidius violaceis, vexillo orbiculari extus 
parte apicali parce sericeo supra unguem bicalloso et piloso, alis 
valde arcuatis lamina sat lata, carinis ungue et laminae dimidio 
basali subrectis (lamina sat lata oblique falcato-obovata subtri- 
angulari latere dorsali post medium abrupte anguloso-arcuata), 
parte apicali oblique truncata per longum tractum adhaerentibus 


a NES 


apice obtusis; ovula in floribus examinatis 3, 4 vel 5. Legumen 
ignotum. 

Habitat in vicinis cataractae infimae fluminis Tapajoz silva 
periodice inundata super locum Bella Vista, 23-7-1923 1. à. 
Ducke (Herb. Jard. Bot. Rio n. 5.057), et ad medium flumen 
lriry (fluminis Xingú affluens) VIII — 1914, 1. E. Snethlage (Herb. 
Amazon. Mus. Pará n. 15.734). 

Cette espece ressemble au Z. glabrescens Benth. et surtout au 
L. negrensis Benth. mais differe de ces deux par la glabreté pres- 
que complete des feuilles, la forme des pétales et le nombre des 
ovules:; de toutes les especes de la section, par la forme presque 
triangulaire de la lame de la carêne. 


Erythrina Ulei Harms 

Arbre aculé de taille souvent élevée mais à fút relativement 
mince, non rare dans la forêt des hautes terres du moyen Tapajoz, 
primaire ou secondaire, dans la premiere surtout dans les formations 
moins serrées ou prédominent les palmiers «uauassú» ( Orbignya spe- 
crosa); échantillons floriféres récoltés aux environs de la localité 
« Francez » (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.253). Ressemble au type de 
Vurimaguas, Pérou oriental (E. Ule n. 6.300), les fleurs sont seule- 
ment plus glabres et de couleur orangée avec caréne rouge; se dis- 
tingue de PA. xmguensis Ducke par les folioles à base plus ou 
moins acutée, le stipe du calice un peu plus long, Pétendard moins 
erand, les ailes encore beaucoup plus petites. — Ces deux espeéces 
(E. Ulei et E ximguensts), tellement rapprochées que 'on pourrait 
éventuellement les considérer comme de simples races locales. sont 
três intéressantes pour la géographie botanique: la premiêre est ré- 
pandue depuis le versant oriental des Andes jusqu'au moyen Tapajoz 
(limite orientale de beaucoup d'espéces du haut Amazone), étant à 
PEst de ce bassin fluvial remplacée par une autre espéce, três étroi- 
tement apparentée. 


“Mucuna Huberi DUCKE n. sp. 


Speciei M. rostrata Benth. indumento, foliis et calice similis, 
differt inflorescentia petalorumque dimensionibus et colore: flores 
ir. pedunculo crasso erecto 3 — 8 cm. longo umbellati (pauci); brac-. 
teae non visae; pedicell 1-2 cm, longi, robusti; calix ut in 
M. rostrata, dentibus parum minus longis; petala flava, vexilli 
lamina 4—5 1/2 cm. longa, alis carinae adhaerentibus 7 1/2—9 


SEO, ig 


em. longis falcatis basi et apice angustatis basi super unguem 
canovillosis lamina basi utrinque longe auriculato-appendiculata, 
carina 8--91/2 cm. longa apice sat acute rostrata; antherae ut 
M. rostratae videntur; ovarium sessile, hirsutum. Legumen ignotum. 
Frutex alte volubilis. 

In horto botanico paraensi a J. Huber e regione fluminis 
Prrús (civitate Amazonas) introducta, florebat decembre ad mar- 
tium; specimina in Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.264. 

Cette espéce remarquable par ses fleurs três grandes est la cin- 
quiéme de ce genre rencontrée jusqwici au Brésil (4). Elle est de 
la parenté du M. rostrata mais ressemble, par la forme de inflores- 
cence et la couleur des pétales, beaucoup plus au M. wrens dont 
elle se distingue. cependant à premiére vue par les tleurgs beaucoup 
plus grandes et par la forme três différente du calice. 


* Dioclea leiophylla DuckxE n. sp. (planche 5). 


Speciei D. sclerocarpa similis, differt foliis (com petiolo et 
petiolulo). glaberrimis, pedicellis longioribus, ovario (in floribus 
duobus examinatis) 11 — ovulato, legumine post maturitatem dehis- 
cente (non elastice), sat arcuato, suturis non incrassatis sed pro- 
funde sulcatis, seminibus 8 — q. — Frutex robustus alte volubilis 
partibus vegetativis glaberrimis. Stipulae minimae caducissimae in 
speciminibus nostris infra non productae; stipellae ut in D. scle- 
rocarpa setaceae distinctae. Racemi ut in specie citata elongati 
robustissimi, subglabri (vel glabrati) nodis floriferis longiuscule 
pedunculatis; pedicelli longiores (12 -— 14 mm.). Flores ut in D. 
sclerocarpa magni, laete violacei. Legumen novellum ut in specie 
citata tenuissime aureotomentosum, cito glabratum, adultum gla- 
berrimum longitudinaliter reticulato-rugosum, ad 23 cm. longum 
circa 4 1/2 cm. latum fere 3 cm. crassum; semina ut in specie 
citata at minora. 

Habitat in fluminis Tapajoz medii silvis locis humidis: spe- 
cimina florifera cum legumine novello loco Furnas (l A. Ducke 
BS 1923, Elerb. Jard. Bot. Rio n. 17.269); legumine. adulta 
loco Francez- lecta. 

Un spécimen de PÉtat du Piauhy (Rio Parahim, Ph. Luetzelburg 
n. 1.606) se rapproche beaucoup de notre espéce nouvelle, surtout 


“ 


(4)— Mucuna mattogrossensis Barb. Rodr. doit rentrer dans le genre Canavalia, 
Mucuna eriopila Barb. Rodr. dans celui de Dioclea. | 


caia: O 


quant aux feuilles et à la gousse, mais Pinflorescence semble plus 
pubescente et les pédicelles sont beaucoup plus courts, 


Dioclea reflexa Hook. f. (planche 3). 

Cette espéce qui se reconnait facilement par ses bractées n'avait 
pas encore été rencontrée auBrésil (les deux « variétés» citées dans la 
«Flora Brasiliensis» sont probablement des espéces nouvelles); elle 
existe cependant dans PÉtat du Pará, dou jai vu des échantillons 
Aorifeéres de Cametã (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 3.782) et de la ré- 
gion située immédiatement en aval des cataractes inférieures du Ta- 
pajoz (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 8.117 florifére; Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 17.270 fructifére). La gousse peut atteindre des dimensions 
plus grandes que celles données dans la description de Bentham 
et peut avoir jusqu'ã 4 graines. : = 


" Dioclea flexuosa DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Platylobium vel Pachylobium, quod fructu ignoto 
dubium manet; stipulis absentibus primae, habitu secundae simi- 
lis Frutex modice robustus altius volubilis, ramis junioribus pe- 
tiolisque dense ferrugineopilosis. Stipulae absunt; stipellae rudi- 
mentares e pilis compositae. Foliola usque ad 17 cm. longa ad 11 
cm. lata, basi late rotundata vel cordata apice breviter acuminata, 
tenuiter coriacea, supra parce subtus dense pilosa, discoloria. 
Racemi usque ad 25 cm. longi infra medium | floriferi, parum 
robusti, saepe flexuosi, rufopubescentes, nodis floriferis sat densis 
breviter pedunculatis, bracteis minimis pilosis caducissimis; pedi- 
celh sub anthesi 4 — 5 mm. longi ; bracteolae parvae suborbijcula- 
tae parum pubescentes diametro parum ultra 2 mm. Alabastra 
apice modice curvata. Flores quam in D. malacocarpa parum 
minores, calice extus dense breviter appresse rufopubescente, lacinia 
infima minus longa; petala rubescenti-violacea, vexillo ut in specie 
citata fortiter bicalloso et biauriculato; antherae 5 fertiles, 5 mino- 
res steriles. Ovarium hirsutum, jin exemplare examinato 6 — ovu- 
latum. Legumen ignotum. 

Habitat in regione Rio Branco de Obidos (civitate Pará) 
loco Castanhal Grande prope rivulum silvestrem, 1 A. Ducke 
27-12 1913 (Herb. Jard.; Bot. pRso da 172): 

Cette espece se rapproche, dans le facies, du 7. malacocarpa, 
et, plus encore, du /). rufescens du Brésil méridional, mais se distin- 
gue de ceux-ci aussitôt par Pabsence des stipules et par Pextréme 


RR 


RES o og 


petitesse et caducité des stipelles et des bractées. Ces caracteres 
semblent la rapprocher des espêces de la section Platyvlobiwm, mais 
celles-ci ont un facies três différent et un nombre plus petit d'ovules. 


“Dioclea ferruginea DUCKE n. sp. (planche 7). 


Ad sectionem Platylobium pertinere videtur at antheris in 
floribus visis ab insectis destructis. Frutex alte volubilis. Rami 
novelli, petioli et racemi pilis brevibus densissimis ferrugineis 
velutini. Stipulae lanceolatae ad 5 mm. longae, non productae: 
stipellae non visae. Foliola ad 20 cm. longa et ad 10 cm. lata, 
ovalioblonga basi rotundata apice longiuscule abrupte acuminata et 
setifera, subcoriacea tenuia, praesertim subtus pilosa, nervis et 
venulis supra impressis subtus fortiter prominentibus. Racemus (adest 
unicus) 52 cm. longus, infra medium florifer, robustus, strictus, 
nodis floriferis pedunculatis sat densis, bracteis non visis; pedi- 
celli sub anthesi 4 — 5 mm. longi; bracteolae ovatae acutae 7 —S 
mm. longae coriaceae utrinque tenuiter pubescentes. Alabastra apice 
conspicue curvata. Calix ut im malacocarpa at densius rufotomen- 
tosus et parum minor; petala et antherae ab insectis corrosa, 
carina valde arcuata. Ovarium hirsutum, ovulis ut videtur 4. 
Legumen adultum 27 — 34 cm. longum, a basi ad tertium apicale 
dilatatum ibi circa 7 cm. latum, plane compressum, apice unci- 
natum, valvis maturitate elastice dehiscentibus demum contortis, 
transverse reticulato-venosum et pilis brevibus subvelutino-hispidis 
laete ferrugineis densissime vestitum, seminibus 2 —3 in parte la- 
tiore leguminis sitis. 

Habitat in silvulis secundartis loco Quataquara prope medium 
flumen Tapajoz, 1 A. Ducke 15-8-1923, Herb. Jard. Bot. Rio 
numero 17.266. 


Espêces du genre DIOCLEA observées dans PÉtat du Pará. 


A — Anthéres uniformes, toutes fertiles. Stipules petites, non prolon- 
gées au dessous de Vinsertion. ( Ludroclea ). 


a—Gousse (pour le genre) petite, indéhiscente, plus ou 
moins hirsutée jusqu'a la maturité; graines nombreuses, 
petites, plates, demi-ceintes d'nn hile. Bractées ovées, 
petites, caduques. Bractéoles membraneuses, longues (au 
moins moitié de la longueur du calice) et larges, 


co pu Re 


[ — Fleurs longues au moins de 4 cm. Gousse lon- 
gue de 10— 14 cm, large d'environ 2 em. 

1 —Carêne au bord supérieur avec quel- 
ques dents irrégulitres. Fololes assez 
faiblement pubescentes. D. macrantha 
Hub. 


2 — Caréne à bord supérieur três distincte- 
ment frangée. Folioles veloutées des 
deux côtés. D. fimbriata Hub. 


IH — Fleurs longues seulemeut jusquã 2. 1/2. em. 
Gousse longue de g— 12 cm. large d'environ 
2 cm. Caréne peu frangée. Folioles pubescentes 
ou (plus rarement) presque veloutées. D. la- 
siocarpa Benth. 
b — Gousse grande, déhiscente, à Váge mir peu pileuse; 
graines 3— 5, avec hile court. Bractéoles petites, co- 
riaces. Ovaire s — ovulé chez les fleurs examinées. 


I — Plante, excepté Povaire, entitrement glabre. Brac- 
tées três petites et extrêmement caduques. 
Gousse oblongue, souvent irrégulitrement res- 
serrée entre les graines, avec rugosités grossiê- 
res obliquement transversales, épaissie autour 
des graines, longueur 18 — 30 cm, largeur 5 — 
6 cm. D. macrocarpa Hub. (planche 6). 


II — Folioles en. dessous argentées. Bractées séta- 
cées assez persistantes. (Gousse linéali-oblongue, 
longue de 15 — 20 cm. sur environ 5 cm. de 
large, plate, valves três élastiques transversa- 
lement aciculées. D. Huberi Ducke (pl. 7). 


5 —s5 anthéres fertiles, 5 plus petites et stériles. Bractéoles coriaces. 


a — Gousse déhiscente, plate, s'elargissant depuis la base 
jusqu'au deuxiême tiers de sa longueur; graines 2 à 3, 


Pe VA O 7 


situées dans la partie plus large de la gonsse, avec hile 
court. Stipules petites, non prolongées en bas, caduques. 
( Platylobiwam ). 


I— Bractéoles presque de la longueur du calice. 
Parties végétatives fortement pileuses; inflores- 
cence densement pubescente. Gousse três grande 
(long. 272 — 34 cm. larg. 7 cm.) réticulée, den- 
sement revêtue de court poil ferrugineux vif. 
D. ferruginea Ducke (planche 7). 


II — Bractéoles três petites. 


1 — Inflorescence peu dense, faiblement du- 
veteuse. Ovaire 2 — 3 ovulé. 


+ — Folíioles et gousse adulte 
clabres. Fleurs blanches ou 
lilas. Gousse longue de 8 — 16 
em. large de 3--4 1/2 em. 
D. glabra Benth. 


—+ —+ — Folioles en dessous et 
cousse adulte plus ou moins 
pubescentes. Inflorescences 
“três longues. Gousse longue 
de 170 — 20 em, large de 3 — 
6 cm. D. bicolor Benth. 


2 — (Gousse inconnue). Inflorescences den- 
ses, peu robustes, souvent tordues ou 
flexueuses, densement pubescentes. 
Ovaire 6 — ovulé. Parties végétatives 
abondamment pileuses. D. flexuosa 
Ducke 


b — Gousse indéhiscente ou à déhiscence retardée et non 
élastique (les sutures souvrent chez certaines espéces 
par putréfaction, peu de temps aprês la chúte du fruit 
clos), plus ou moins oblongue et comprimée ou pres- 


que cvlindrique mais toujours épaisse; graines épaisses, 
demi-ceintes d'un hile. Bractéoles três petites. / Pachy- 
lobrum ). 


I — Stipules et bractées assez grandes, les premiêres 
prolongées sous Pinsertion et plus ou moins 
persistantes. Noeux floriféres denses, courtement 
pédonculés. 


1 — (Gousse inconnue). Bractées dressées, 
longues, subulées. longuement ciliées. 
Parties végétatives avec pilosité longue 
et abondante; inflorescences avec pubes- 
cence brun ferrugineux. Boutons flo 
raux courbés; ovaire chez les fleurs exa- 
minées 4 — ovulé. D. densiflora Hub. 


2 — Bractées subulées ou lancéolées, avec 
pubescence couchée, non ciliées. 


+ — Bractées subulées, dressées, 
três caduques. Parties végé- 
tatives jeunes et inflorescences 
pubescentes, celles-ci brun fer- 
rugineux. Boutons floraux 
courbés; ovaire chez les fleurs 
examinées 5 — ovulé. Gousse 
presque cylindrique densement 
hirsutés jusqu'ã la maturité; 
valves molles s'ouvrant vite 
par la putréfaction des sutu- 
res (non dilatées ), dimensions 
10— 15 X4—41/2X 31/2— 
4 em.; graines 2 —s, presque 
cubiques, avec testa spon- 
gieuse. D. malacocarpa Ducke 
(planche 7). 


+ + — Bractées lancéolées, reflé- 
chies, longues et robustes. Par- 


ties végétatives assez faiíble- 
ment pubescentes, inflorescen- 
ce densement revêtue de 
pubescence roux ferrugineux. 
Boutons floraux droits; ovaire 
3—4— ovulé. Gousse com- 
primée, à la maturité presque 
glabre, valves parfaitement 1n- 
déhiscentes, coriaces assez du- 
res, avec les deux sutures dila- 
tées, biailées et courbées (la 
supérieure peu plus fortement 
que Pinférieure), dimensions 12 
—19X6+7X1II/2—2cm.: 
graines 2—4, épaisses mais 
comprimées, avec testa três 
dure et assez lisse. D. refle- 
xa Hook. f. (planche 4). 


—+ + + — Bractées lancéolato-liné- 
aires, dressées. Parties végé- 
tatives avec | pilosité | rare 
quoique souvent longue, brun 
foncé ou gris brun; inflores- 
cence avec pubescence roux 
brun ou presque noirâtre. 
Boutons floraux droits; ovaire 
3— 4 — ovulé. Gousse et 
graines comme chez veflexa 
mais la premiére en gé- 
néral moins grande (g — 13 
DOG mv 2 em). 
moins dure, avec suture su- 
périeure rectiligne, dilatée et 
biailée et suture inférieure 
fortement courbée et non dis- 
tinctement dilatée. D. violacea 
Benth. (planche 4). 


- W— Stipules et bractées petites et três caduques; 
JARD, 7 


di 


stipelles sétacées. Noeux floriféres assez dis- 
tants, avec pédoncules assez longs. Inflorescen- 
ces longues et robustes, faiblement duveteuses 
ou presque glabres: boutons floraux droits, 
Gousses glabrées longtemps avant la maturité, 
longues de 18 à 23 cm, larges de 4—s 1/2 
cm. épaisses de 2 1/2—3 cm. longitudinale- 
ment rugueuses; graines peu comprimées, avec 
testa dure, mate. 


1 — Parties végétatives (surtout les péti- 
oles) pubescentes, folioles souvent un 
peu veloutées. Ovaire, chez les fleurs 

, examinées, s— q — ovulé. Gousse par- 
faitement indéhiscente, droite ou três 
peu courbée, avec les deux sutures 
faiblement dilatées; graines 5 ou 6, 
rarement 7. D. sclerocarpa Ducke 
(planche 5). 


2 — Parties végétatives parfaitement gla- 
bres. Ovaire (chez les fleurs exami- 
nées) 11 —ovulé. Gousse déhiscente 
aprês la maturité (valves non élasti- 
ques), assez fortement courbée, avec 
les deux sutures enfoncées; graines 
8 — 9. D. leiophylla Ducke (planche 5). 


HI — (Gousse inconnuc). Stipules absentes; stipel- 
les et bractées rudimentaires en forme de pin- 
ceaux et extrêmement caduques. Parties vé- 
gétatives abondamment pileuses. Inflorescen- 
ces denses, peu robustes, souvent tordues ou 
flexueuses, densement pubescentes de brun 
ferrugineux. Boutons floraux un peu courbés; 
ovaire 6 — ovulé. D. flexuosa Ducke 


Phaseolus reptans DUCKE n. sp. 


E sectione Euphaseolus. Herba tenuis, praesertim caule sub- 
volubili prostrato ad nodos radicante a specie -affini Ph. peduncula- 


ris H. B. K. differt. Foliola ut in hujus speciei formis latifoliolatis; 
pedunculi graciliores et minus stricti, vetustiores apice interrupte 
floriferi; flores parum minores, sordide flavescentes vel violascentes 
vel albidi. 

Habitat in terris cultis argiliosis fertilibus : regione Rio Branco 
de Obidos (Herb. Amazon. Mus. Pará n. 17.125) et regione cata- 
ractum inferiorum fluminis Tapajoz loco Morro do Poção (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 17.291), specimina flórifera et fructiíera mense 
julio ab A: Ducke lecta.; loco Cacaoal Imperial infra Obidos 1. J. 
E Kuhlmann augusto 1923, H. 1. B; R: nº 76:216: 

Cette espéce est surtout caractérisée par ses tiges rampantes qui 
s'enracinent et produisent des nouveaux individus floriféres, couvrant 
de cette maniére, entremelée de graminées plus clairsemées, quelques 
meêtres carrés du sol dans les deux endroits ou je Pai rencontrée. 


é Phaseolus productus DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Strophostyles at legumine sat divergens; specici 
Ph. ovatus Benth. individuis parvifolis primo adspectu similis, 
differt praesertim stipulis longe infra insertionem productis, calicis 
dentibus parum inaequalibus brevivus, et legumine plano compresso 
vix convexiusculo. — Herba tenuis volubilis, parum dense cano — 
vel rufo — pilosa; foliola parce pilosa, minus tenuiter membranacea, 
ovatolanceolata rarius ovata, usque ad 8 cm. longa et ad 2 cm. 
lata; pedunculi folio subaequales; bracteae et bracteolas calice lon- 
giores subulatae patenter pilosae caducae; flores vix ultra 1 cm. 
longi, lutei, calicis parce pilosi dentibus aimeçualihos tubo mul- 
tum brevioribus, lacinia supériore emarginata, vexillo explanato 
circa 12 mm. lato, alarum unguiculis mediocriter longis; legumen 
25 — 35 mm. lóngum 7 —8 mm. latum, longe modice dense fulvo- 
pilosum, subplanum suturis subincrassatis. 

“Habitat in campis insulae Mexiana, 1. M. Guedes 4-II-ICOI 
Wslerh: Jard. Bot. Rio n. 11.876); in campis inundatis Jutahy 
inter Almeirim et Prainha inter frutices ad ripam fluminis 1. A. 
Wiieae 76-4-1923 (H. )J.' B. R. n. 17.295). 


HUMIRIACEAE 


«/ Vantanea paraensis DUCKE n. sp. 


Arbor alta ultra 32 m., trunco crasso cortice rufo obtecto. 
Ramuli angulosi et striati, obscuri, pallido - lenticellati, glaberrimi, 


— 480 — 


Folia remote alterna disticha, glaberrima, petiolo circa 2 cm. 
lengo sat gracili basi leviter incrassato supra canaliculato, laminá 
vulgo 8 — 13 cm. longa et 5—7 1/2 cm. lata, obovato- - elliptica 
basi in petiolum acutata apice obtusa vel rotundata et saepissime 
parum retusa, margine integra, coriacea, parum nitida, costa supra 
impressa subtus basi crassa, costulis secundariis subtus tenuiter pro- 
minulis, venulis laxe reticulatis tenuissimis. Inflorescentiae termi- 
nales et in axillis superioribus, in corymbam 1 —fere 2 dm. lon- 
gam amplam compositae, parce canopuberulae; pedunculi vulgo 
ter vel quater dichotomi; bracteae et bracteolae caducissimae non 
visae; pedicelli 2-— 3 mm. longi; alabastra ovoideo - cylindrica su- 
bacuta; calix anthesi circa 1 mm. longus 2— 2 1/2 mm. latus, mi- 
nime puberulus, usque ad medium 5 — lobatus, lobis late ovatis 
obtusis, glandula impressa in medio sepalorum obsoleta; petala 
alba circa 8 mm. longa vix ad 2 mm. lata, utrinque glabra; stamina 
basi concrescentia, inaequilonga, antheris parvis a connectivo duplo 
vel triplo superatis; cupula hypogyna ovario triplo brevior, glabra, 
obsolete denticulata; ovarium breviter albidopilosum stylo glabro 
vix duplo superato. Fructus ignotus. 

Habitat in silvis humosis prope Bella Vista fluminis Tapajoz, 
24-9-1922 1. A. Ducke, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.782. 

Semble se rapprocher du IV. obovata (des montagnes de Minas 
Geraes) mais a les pédicelles três courts, la glande enfoncée des sé- 
pales três peu distincte, le calice moins profondement lobé, les pé- 
tales glabres, Povaire revêtu d'un poil três court, etc. — L'arbre res- 
semble au V. cupularis Hub. (de la région de Pestuaire et littorale 
et des parties Nord de PÉtat du Pará) mais les feuilles, les in- 
florescences et les fleurs en différent dans plusieurs caractéres. 

Les espéces d'humiriacées constatées dans PÉtat du Pará attei- 
gnent, avec la présente espéce nouvelle, le nombre de 11. 


RUTACEAE 


“Cusparia tapajozensis DUCKE n. sp. 

Arbor parva vel frutex elatior, ramulis foliisque omnino ut in 
specie C. trombetensis Ducke, solum nervis venulisque supra dis- 
tincte prominulis. Pedunculi communes 1—4 cm. longi, striati, 
pilosuli, ramulis et cicinnis ut in specie citata; pedicelli vix ad 2 
mm. longi, calices 2 — 2 1/2 mm. longi ac lati dentibus minus bre- 
vibus et acutioribus; corolla parum minus longa (ad 13 mm.) sed 


= [= 


multum angustior et parum conspicue glandulosa, laciniis linearibus 
apice longe attenuatis; caeterum omnes hae partes ut in C. trom- 
betensi, solum indumento densiore. Corollae albae laciniae 5, demum 
revolutae; staminodia 3, stamina fertiliã 2, antheris sub anthesi 
exsertis; discus ovario altior; ovarium supra umbilicatum; stylus 
unus, ovario quintuplo vel sextuplo longior stigmate oblongo. Sta- 
mina et pistillum in alabastro parce pilosula. Cocci ut in C. trom- 
betensi. - 

Habitat in terris altis saxosis ad occidentem medii fluminis Ta- 
pajoz (civitatis Pará) loco Montanhinha, frequens in silva primaria 
ubi abundant palmae «uauassá» (Orbignya speciosa), 6-10-1922 
ERAS Ducke, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.738. 

Cette espéece ressemble un peu au C€. trombetensis qui vit dans 
des conditions presqã peu identiques dans une localité de Pautre 
côté de "'Amazone; notre espéce nouvelle a cependant les inflores- 
cences beaucoup plus courtement pédonculées, les fleurs plus petites 
et deux seules étamines fertiles. 


Ticorea longiflora DC. 


Arbuste ou petit arbre jusqu'ã 3 m.; odeur des parties végéta- 
tives forte et désagréable, mais les fleurs (blanches) parfumées. Décrit 
de la Guyane française, rencontré par moi dans PÉtat du Pará aux 
environs de Gurupá prês du cours inférieur de ruisseaux affluents 
de "Amazone, en terrain argileux souvent inondé (Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 17.740; Herb. Amaz. Mus. Pará n. 15.098). 


“Ravenia polygalaecalyx DUCKE n. sp. 


Arbor parva vel frutex elatus, dichotome ramosus, ramulis 
junioribus rufis striatis parce adpresse pilosis demum glabratis, 
m axillis petiolorum intus densissime flavidobarbatis. Folia cru- 
clatim opposita, simplicia, petiolo supra praesertim basi profunde 
foveato - canaliculato, crasso, vix ad 1/2 cm. longo, lamina oblon- 
ga vel obovato - vel lanceolato -oblonga basi acuta apice plus 
minus breviter acuminata, membranacea, glaberrima, parum nitida, 
subconcoloria, distincte translucidopunctata, supra saepius obsolete 
subtus distincte dissito - penninervia et reticulata, 8 — 18 cm. longa 
et 4-7 cm. lata. Inflorescentia terminalis erecta longe (13 — 18 
cm.) pedunculata, parte florifera 4 — 12 cm. longa albidopilosa, 
in novellis vulgo secundiflora, bracteis parvis subulatis pilosis 
caducis. Flores dissite glandulosi; pedicelli validi 2— 4 mm. longi; 


— OZ — 


sepala 4 vel 5, coriacea marginibus late scariosis, in alabastro 
valde imbricata, anthesi patentia extimo demum 1 — fere 1 1/2 
cm. longo obovato -oblongo cucullato -concavo extus tomentoso 
dorso carinato, reliquis magnitudine inter se parum inaequalibus 
(circa 3 — 5 mm. longis) plus minus ovatis et obtusis dorso parce 
pilosulis; corolla viridis obliqua 1 1/2-—fere 2 cm. longa fere 
usque ad 2/3 in tubum amplum leviter curvatum connata, infra 
faucem brunnescenti-villosa, lobis ovatis obtusis inaequalibus, supe- 
rioribus duobus quam tres reliqui longioribus; staminodia 3; stamina 
fertilia 2, filamentis medio corollae adnatis et ibi villosis, antheris 
sub anthesi plena corollae lobos longiores attinentibus; discus 
4 — 6 — crenatus ovario brevior glandulis nonnuliis concavis muni- 
tus; carpidia 4 — 6 glabra solum stylo (unico) unita, hoc faucem 
corollae attinente glabro superne glanduloso, stigmate oblique. ca- 
pitato obsolete lobato. Cocci solum juniores visi, vulgo 1—2 
evoluti, conchiformes, lateraliter compressi, apice late rotundati, 
glabri, transverse rimosi. 

Habitat Serra Pontada montium regionis Jutahy (inter Al- 
meirim et Prainha civitatis paraensis), silva humosa, 1. A. Ducke 
I1I-9-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.739. 

Cette espêce est três remarquable par les pinceaux dans les axil- 
les au dessus de Pinsertion des pétioles, par les longues inflorescences 
terminales et par le calice imitant celui de certaines polygalacées; 
je Pai découverte en plusieurs individus dans le sousbois d'un ravin 
humeux de la partie inférieure de la Serra Pontada, Pune des petites 
montagnes côté Nord du bas Amazone. I/odeur de la plante rappelle 
celui du Zicorea longiflora mais est cependant beaucoup plus faible. 


Hortia excelsa DUCKE 1922. 


Arbor usque ad 32 m. alta, trunci cortice crasso crasse rugoso, 
ligno albidoflavo. Folia maxima, ramis fertilibus vulgo 1/2—1 m. 
longa, 15 ad 22 cm. lata, forma iis speciei H. longifol'a sat similia 
at tenuiora subcoriacea, subtus brevissime pilosula, costis secun- 
darii: utrinque circa 80 parellelis nervoque marginali (arcuato) 
supra impressis subtus distinctissime prominentibus, rete venu- 
larum praesertim subtus sat conspicua. Panicula forma magni- 
tudineque eae H. longifoliae similis at ramulis crassioribus, 
glabra hinc illinc minute pilosula; bracteae breves latae, 
superiores parvae dentiformes. Flores vidi ante anthesin; pedi- 


EUROS) 


celli variabiles at semper crassi et flore breviores (fructiferi ad 1 1/2 
cm. elongati et ad 1/2 — 2/3 cm. incrassati); alabastra plus minus 
elobosa rarius subovata; calix coriaceus cupuliformis circa 5 mm. 
altus, labis imbricatis late rotundatis vel obtusis margine translu- 
cidis et minime ciliatulis; petala carnosula. Pedicelli, calix et petala 
dense .pallidius verruculoso - glandulosi; pedicelli et calices rubri, 
petala rosea. Drupa ad 3 cm. longa ad 2 cm. crassa, nondum 
matura. 

Habitat in silvis primariis prope Gurupá (civitate Pará), 1. A. 
Ducke 12-81918 fructif. (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 17.193), flo- 
rifera 27-2-1923 (Herb. Jard. Bot. Rio n. IO.518). 

Cette espêce magnifique (une des rutacées de taille plus grande 
et peut-être celle qui ait les feuilles les plus longues) n'est connue 
que dans quelques pieds existants à environ une douzaine de kilo- 
meêtres au Sud de Gurupá entre les cours supérieurs des ruisseaux 
Jacopy et Taperera, dans une forêt superbe au sol humeux et à 
atsmosphére extrêmement humide. Le bois frais dégage une odeur 
qui rappelle un peu celle de Peau de vie de canne à sucre («cachaça») 
d'oú vient le nom de «cachaceiro » que les habitants de la région 
donnent parfois à cet arbre (ainsi quau ARhabdodendron amazonicum 
( Benth.) Hub. qui a la même odeur); on Pappelle encore de « pão 
amarello » (bois jaune), nom qui cependant, dans le commerce du 
Pará, revient a une autre rutacée, Phuxylophora paraensis Hub. 


Raputia sigmatanthus DucKE et Adiscanthus fusciflorus DUCKE 
(planche 8). q 


Pour les descriptions voir « Archivos » III p. 185 et 186. 
MALPIGHIACEAE 


“ Lophanthera lactescens DUCKE n. sp. 


Arbor usque ad 15 m. alta, partibus junioribus lacte albo 
amaro fluens. Ramuli adulti glabri. Folia vulgo 20— 30 cm. longa 
et 8 -— 14 cm. lata, petiolo 2— 2 1/2 cm. longo mediocriter valido 
supra applanato -canaliculato parce piloso demum glabro, obo- 
vata, basi cuneato - attenuata apice obtusa vel subrotundatá, plá- 
na, membranacea, utrinque glabra et nitida. Stipulae connatae 
in unam intrapetiolarem, 1 — 1 1/2 cm. longam, basi robuste trian- 
gularem, apice subulatam rarius brevissime bifidam, appresse pilo- 
sae margine villosae, mox glabratae. Racemi saepe ad 50 cm: 


— 104 — 


longi, rufopubescentes, cicinnis densis numerosissimis vulgo bifloris 
cum floribus (aureis) usque ad 3 vel 4 cm. longis, bracteis bracteo- 
lisque ovatolanceolatis ad 1 1/2 mm. longis, bracteolis sterilibus 
in glandulam sat magnam longe stipitatam terminatis. Capsula 
circa 5 mm. longa, carpophoro destituta. 

Habitat in regione fluminis Tapajoz medii, civitate Pará, terris 
nor inundatis, silva secundaria vetustiore; 1. A. Ducke prope Bella 
Vista (Herb. Jard. Bot. n. 17.698) et loco Repartição (H. J. B. 
Rio n. 17.699); florifera mense maio. 

Três remarquable par la présence d'un latex (5) três blanc, 
amer; facile'ã reconnaitre par les grappes denses et três longues et 
par Pabsence du carpophore. L'aspect de Parbre fleuri est magnifique. 


Coleostachys genipifolia Juss. 


Arbrisseau non ramifié de 1—1 1/2 m. rappelant le genre Cla- 
vija (theophrastacées), avec feuilles três grandes réunies dans la 
partie supérieure, et fleurs blanches. — Rencontré en plusieurs grou- 
pes d'individus dans le sousbois de la vieille forêt secondaire du bas 
Mojú (Pará), Herb. Jard. Bot. Rio n. 228; était connu de la Guyane 
française. 


MELIACEAE 


Carapa guianensis AVBL. 


Carapa macrocarpa Ducke 1922 doit être supprimé; Parbre décrit 
sous ce nom n'est rien qu'un vulgaire C. guianensis (dont les fleurs 
sont un peu variables) et les graines proviennent d'une liane grim- 
pante sur ce même arbre! Ces graines ressemblent (excepté les 
dimensions) aux graines du Carapa guzanensts au point d'être désignées 
par le nom de « andiroba grande »; Phuile qu'on en extrait n'est 
cependant pas ameére. 


VOCHYSIACEAE 


Le nombre des espéces connues de PÉtat du Pará s'élêve au- 
jourdhui à 25, dont 1 Salvertia, 10 Vochysia, 11 Qualea, et 3 Erisma. 


(5) Le latex existe, dans la famille des malpighiacées, encore chez Galphimia 
brasiliensis. 


e O 

Vochysia obscura WARM, V. vismiaefolia WarM. et V. pa- 
raenis « Hub.» DUCKE sont des espêces fréquentes dans les forêts 
non inondables de la partie occidentale de Pile de Marajó, les deux 
premiéres prês de Breves, la derniêre aux environs de Anajaz. 


Vochysia inundata DUCKE 


Arbre moyen ou assez grand de P«igapó» (forêt marécageuse) 
au long de ruisseaux prês de Bragança (Herb. Jard. Bot. Rion. 17.743); 
feuílles longues jusqu'ã 21 cm. sur 9 cm. de large; inflorescence 
parfois excédant 40 cm. 


Vochysia ferruginea MART. 


Encore du chemin de fer du Madeira et Mamoré dans Pextrême 
Nord-Quest de Matto Grosso, coll. J. G. Kuhlmann, Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 17.768. 


Qualea paraensis DUCKE 


Fréquent au long -du chemin de fer mentionné; coll. J. G. 
Runlmann, BD. J. B R.ºn.º77.767. 


Qualea caerulea AvpL. 


Fréquent dans les forêts non trop profondement inondables en 
terrain d'argile compacte prês de la riviére Anajaz (partie occiden- 
Riale de Pile de Marajó); "un des arbres les plus hauts de la région, 
“connu sous le nom de « páo de mastro» (arbre à mãts). Je n'ai 
récolté que des échantillons stériles mais parfaitement semblables aux 
spécimens floriféres du rio Tapajoz, lesquels à leur tour corres- 
pondent aux descriptions de Parbre de la Guyane française. 


Qualea cassiquiarensis WARM. 


La pilosité de Iinflorescence et la longueur du pétiole varient 
un peu; on trouve prês de Belem do Pará des arbres (H. J. B. R. 
n. 17.742 ) qui sousces points ressemblent au type du Cassiquiare. 
La var. belemnensis sera donc individuelle et non pas géographique. 


y Erisma fuscum DUCKE n. sp. 


Arbor circa 25 m. alta, trunco crasso, ramulis plus minus com- 
presso - quadrangulis, junioribus circa foliorum insertiones densius- 
cule ferrugineotomentosis. Stipulae usque ad 1 cm. longae lan- 
ceolatae saepe falcatae, ferrugineotomentosae, sat caducae.. Folia 


106 — 


opposita, 10-20 cm. longa et 7-12 cm. lata, petiolo vix ultra 1/2 
cm. longo valido supra plano, vulgo ample obovata basin versus saepe 
cuncata (rarius oblongoobovata), basi anguste subcordata et com- 
plicata, apice late rotundata vel obtusa et medio vulgo brevissime 
acuminata et mucronulata, coriacea, nitida, glabra solum in cos- 
tis minime pilosula (solum adulta visa), costa centrali supra: pro- 
funde impressa subtus crassa prominente, costis secundariis utrin- 
que 9 — 12 remotis supra immersis subtus prominentibus, paullulum 
ante marginem arcuato - subconjunctis, rete venularum utrinque pro- 
minula at supra parum conspicua. Panicula terminalis ampla mul- 
tifiora, rhachidibus compressis parce canopuberulis, bracteis (par- 
vis caducis) et calicibus dense fuscotomentosis; pedicelli brevissimi; 
calix laciniis minoribus 4 ad anthesin 2—3 mm. longis ovatis, 
lacinia maiore (demum caduca) 5 mm. longa supra emarginata 
calcare 4 — 6 mm. longo, crasso, uncinato - incurvo; petalum viola- 
ceum 8 mm. longum 9 mm. latum ungue brevissimo, apice medio 
emarginatum et utrinque albidovillosum; stamen glabrum; ovarium 
fulvescenti - villosum stylo glabro. Fructus ut in E. japura at 
tertio minor (forsan nondum adultus) et fortius subcarinato - cos- 
tatus; alae longitudine sat variabiles. 

Habitat in silva ad marginem paludis circa locum Antonio 
Lemos (prope flumen Tajapurú aestuarii amazonici); 1. A. Ducke, 
floriferam 18-11-1922, fructus nondum maturos 19-3-1923 (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 17.745). Arborem vidi unicam. 

Cette espéce remarquable est facile à reconnaitre par ses grandes 
feuilles obovées, oppusées, três courtement pétiolées, les inflorescences 
avec fleurs tres nombreuses et petites, les bractées petites et cadu- 
ques, les calices densement revêtus de duvet brun, la forme de 
Péperon. la pétale pileuse vers le sommet des deux côtés de 7 échan- 
crure. 


Erisma uncinatum IWARM. 


Le fruit (que jai vu seulement três jeune, provenant d'un arbre 
des environs de Belem do Pará) appartient au type des fruits de 
PE. japura Warm. et E. fuscum n. sp. destinés á la dissémination 
par le vent. — Cest probablement à la présente espéce qu'appartient 
le fruit attribué par Baillon (Histoire des Plantes V fig. 137) par 
erreur à PA. wolaceum Mart. (=calcaratum ); la fleur (fig. 135.et 
136) est cependant bien de ce dernier. SELO 


cd UT a 


Erisma calcaratum (Link) WARM. (planche 13). 


Le fruit, chez cette espéce, est três différent de celui des pré- 
cédentes: il est adapté au transport par Peau, en relation évidente 
avec le milieu aquatiqué habité par Parbre. Ce fruit mesure de 4 à 
6 cm. en longueur et 2 à 3 cm. en épaisseur; il est légerement cour- 
bé en arc, ligneux, glabre, de couleur grise; le réceptacle, parcouru 
par plusieurs côtes longitudinales abondamment munies de verrues 
ou tubercules, fortement accru et concrescent avec le fruit propre- 
ment dit, Pentoure dans toute son extension, excepté la partie termi- 
nale oi Pon voit le sommet libre et le style surmonté par le sommet 
oblique du réceptacle; celui-ci conserve souvent les restes peu au- 
gmentés des sépales et est toujours fendu verticalement à la face 
interne de la moitié supérieure. Il contient une seule graine, longue 
de 3—s5 cm. sur environ 1 1/2—2 cm. de large, légeêrement arquée, 
avec testa membraneuse brune; cette graine três riche en huile in- 
dustrielle est exportée sous le nom de «jaboty ». 


EUPHORBIACEAE 


Glycydendron amazonicum DuUcKE 1922 (planche To). 

L'arbre est dioique, ce qui a été oublié d'être mentionné dans la 
diagnose. — Rencontré récemment encore sur la petite montagne 
d'Arumanduba (à PEst de Almeirim, dans la partie la plus orientale 
du bas Amazone ). ; 


Nealchornea japurensis Huz. (planche 10). 


A cette espéce appartient le n. 6.292 E. Ule Herb. Brasil. de 
Vurimaguas (Pérou), dont jai vu un spécimen mãle dans Pherbier 
du Museu Paraense. L/arbre est donc répandu des deux côtés du 
haut Amazone (Japurá, Huallaga), et, côté Sud, jusquau moyen 'Ta- 
pajoz. Dans cette derniére région j'ai observé récemment un arbre 
couvert de fleurs mâáles mais ou j'aíi rencontré une inflorescence fé- 
minine (collines du Quataquara, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.702); 
Pespece est donc dioique ou monoique. 


y Mabea eximia DUCKE n. sp. 


E sectione Umbellulijormes Pax et Hoffm. Frutex robustis- 
simus altissime scandens. Ramuli vetustiores (novellos non vidi) 
subangulosi, graciles, glabri, lenticellosi, brunneo-rufescentes. Folia 
usque ad 12 cm. longa et ad 5 1/2 cm. lata, petiolo circa 1 cm. 


-— 108 — 


longo, elliptica vel oblonga, basi rotundata vel rarius obtusa sae- 
pissime complicata, apice abrupte cuspidato - acuminata, margine 
leviter revoluto - subcrenulata, tenuiter coriacea, glabra, nitida, sub- 
tus parum pallidiora, supra subtusque penninervia et tenuiter reti- 
culata costis secundariis utrinque 10-14. Paniculae in ramulis pen- 
dulae, 24 — 25 cm. longae, 8 — 9 cm. latae, plus minus rufotomen- 
tellae; pedunculus (rhachis) communis (in speciminibus 4 visis) 
usque ad 3-—7 cm. super basin solum cicatricibus notatus, inde 
usque ad 11 cm. super basin floribus femineis (et interdum rarissi- 
mis masculis) laxe munitus; pedunculi masculi numerosi densi um- 
bellatim triflori et longius super basin glandulis magnis nigris 
muniti (in paniculae parte terminali breviores gracillimi eglan- 
dulosi uniflori), cum pedicellis et floribus 1 —41/2 cm. longi; 
pedunculi feminei crassiores et fortius compressi, cum pedicello et 
flore 5 cm. et ultra longi; bracteae femineae 1 — 2 1/2 cm. longae 
lanceolato - subulatae longe setaceo - acuminatae dense rufotomen- 
tosae, 2 — 3 — partitae; bracteae masculinae 1 — 5 mm. longae sim- 
pliciter lanceolatae. Calix femineus 4 — 4 1/2 mm. longus sepalis 
ovatis acutis eglandulosis, dense rufotomentosus; columna stylaris 
ultra 11/2 cm. longa, stylorum parte libera revoluta fere 1 cm. 
longa. Flores masculi lutei, diametro 2-— 4 mm., sepalis parvis 
triangularibus acutis canotomentellis, staminibus 100 — 120 et ultra. 

Habitat in silva a rivulo Botica inundata prope cataractas 
Mangabal fluminis Tapajoz, civitate Pará; 1. A. Ducke 3-9- 1916, 
Herb. Jard. Bot. Kió nm. .17.7T5 

Cette espece magnifique est parfaitement caractérisée par ses 
tiges grimpantes, ses três grandes inflorescences longuement pédon- 
culées et pendentes, et par le nombre extraordinaire des étamines 
Elle aura sa place, dans le systême, prês des espéces M. speciosa et 
surtout 77. pulcherrima. 


Genre Hevea AvUBL. 


Ce genre a besoin d'une révision d'aprês les arbres dans leur ha- 
beitat naturel, et non seulement d'aprês des échantillons d'herbier 
comme on a fait jusqu'ici; "importance industrielle de ces arbres, 
représentés cependant par des matériaux souvent incomplets ou pro- 
venants d'un seul individu, a dans certains cas induit les botanistes 
à créer des espêces basées sur des caractêres qui dans un autre genre 
mauraient été jugés suffisants pour distinguer des simples variétés. 
— La plupart des especes habite PÉtat de "Amazonas ot je n'ai fait 


= lts 


que quelques collections d'herbier au service du docteur Huber; Je 
crois, cependant, assez bien connaitre les «seringueiras» de PÉtat du 
Pará, pour n'y distinguer que 4 espéces (en donnant à ce terme la 
latitude plus ou moins habituelle dans cette famille botanique): 

1. H. brasiliensis Mull. Arg. la vraie «seringueira branca», à 
laquelle le professeur Pax a, avec raison, réuni PZ. Randiana Hub. 
comme variété. — Toute la partie de Phyléa située au Sud du grand 
fleuve, seulement dans Pestuaire répandue aussi au Nord. 

2. H. Benthamiana Mull. Arg. (= AH. Duckei Hub.) 

3. H. guianensis Aubl. avec une faible variété collimna ( Hub.) 
Ducke. 

4. H. Spruceana Mull. Arg. avec deux petites variétés dans 
PÉtat de PAmazonas, var. discolor (Mull. Arg.) Ducke et var. simalis 
(Hemsley) Ducke. 


Hevea Benthamiana MULL. ARG. 


Cette espéce habite le Nord Quest de PÉtat du Pará (haut 
Trombetas, Jamundá) et une grande partie de VÉtat de "Amazonas 
(Rio Negro et Rio Branco, bas Japurá, bouche du Juruá prês du So- 
limões). Arbre rarement au dessus de taille moyenne, habitant la 
forêt périodiquement inondée des alluvions récents; nom vulgaire 
incertain et três variable souvent dans la même localité, «seringueira 
branca», «s. roxa», «s. bôa», etc.; fournit le meilleur latex aprês 
celui de PH. brasiliensis et est sárement le producteur principal du 
caoutchouc du Rio Negro (d'aprês Huber, Labroy, Cramer) et du 
bas Rio Branco (spécimens floriféres de 4 arbres de «bonne qualité » 
coll. J. G. Kuhlmann, Herb. Jard. Bot. Rio ns. 2.791, 2.945, 2.947 
2.048). Linformation de E. Ule qui attribue le bon caoutchouc du 
Rio Negro à P/. discolor est certainement erronée; /7. discolor 
(que jai observé dans beaucoup de localités de VÉtat d'Amazonas) 
n'est quune variété de PZ/. Spruceana et ne fournit pas de latex 
utilisable, étant désigné partout par le nom de «seringueira barri- 
guda» qui revient aussi au .Sfpruceana typique, mais que jamais un 
«seringueiro» (extracteur de latex) donnerait à une espêce de bonne 
qualité. La ressemblance des feuilles de Benthamiana et de Sfru- 
ceana var. discolor explique la possibilité de confondre les deux es- 
péces, au moins en état stérile. — Les boutons des fleurs mãles de 
PZ Benthamiana sont fortement ou plus faiblement acuminés, chez 
des arbres d'une seule localité du Rio Branco et qui ne présentent 
pas d'autres différençes; les spécimens avec boutons moins forte- 


= O e 


ment acuminés ne se distinguent en rien d'essentiel de PZZ. Ducker 
Hub. qui doit être consideré comme synonyme de P/ZZ. Benthamiana. 
La couleur des feuilles citée pour P/ZZ. Ducker se rencontre fréquem- 
ment aussi chez la forme de Benthamiana avec boutons plus longs. 


Hevea guianensis AUBL. 


Répandu de la Guyane française à la partie Nord Quest de 
PÉtat du Maranhão, et de PAtlantique à Manáos, habite la forêt ma- 
récageuse au long des petites riviéres et des ruisseaux des régions 
non inondables par la crue des fleuves, surtout dans les terrains 
humeux; peut atteindre 30 à 40 m. avec relativement peu de diamê- 
tre du tronc. Nom vulgaire, au bas Amazone, «seringueira itaúba » 
ou «seringueira vermelha »; dans Pestuaire amazonien, selon Huber, 
«s. mangue» ou «seringarana»; latex de qualité inférieure, actuelle- 
ment à peine exploité à cause du bas prix de la «borracha fraca» 
qu'il fournit. Les arbres des environs de Belem do Pará et de Ma- 
nãos qui selon Huber pourraient constituer des espéces nouvelles, 
appartiennent à cette même espéce, selon les arbres que J'ai vus prês 
de Belem et à Santa Izabel sur le chemin de fer de Bragança, et 
selon les spécimens floriféres recoltés par mr. Kuhlmann au Tarumá- 
assú prês de Manáos. — 77. colina Hub, de la forêt en terrain hu- 
meux des parties supérieures de la Serra de Parintins (limite des 
États du Pará et Amazonas), n'est, à mon opinion, qu'une petite va- 
rieté locale ou individuelle de 177. guianensis avec revêtement plus 
faible des inflorescences et avec boutons máâles plus aigus; la diffé- 
rence dans la forme de ces boutons n'excede pas celle que j'ai 
constatée chez des spécimens de //. Benthamiana provenants d'une 
seule localité. Cela est encore confirmé par une « seringueira itaúba » 
de P«igapó» du ruisseau d'Ipanema prês de Santarem (H. J. B. R- 
n. 17.706) ayant le revêtement normal des guianensis de Breves, 
Faro et Manáos, mais les boutons mâles plus aíigus, de forme inter- 
médiaire entre le guianensis typique et la var. colina. 


Hevea Spruceana MULL. ARG. 


Cette espece connue, partout oú elle existe, sous le nom de «se- 
ringueira barriguda », ne fournit pas de caoutchouc utilisable. Elle 
habite surtout les «igapós » toujours inondés prês de lacs et riviéres 
à eaux stagnantes et les rives de ceux-ci, dans la partie occidentale 
comme dans la partie orientale de la plaine amazonienne, mais n'a 
pas encore été observée dans les íles de Vestuaire et les terres au Sud 


AMA — 


et à PEst de celui-ci, accompagnant seulement la rive Nord du grand 
fleuve jusqu'ã Mazagão. Cest un arbre de moyenne taille, au tronc 
souvent renflé dans sa partie inférieure, aux fleurs en partie brun 
pourpre violacé (jaune blanc chez les trois autres especes du Pará) 
et à capsules et graines beaucoup plus grandes que chez celles-ci; 
ces capsules ne s'ouvrent pas brusquement et avec bruit, jetant les 
valves et les graines à une distance considérable (comme cest le 
cas chez les espeéces citées), leur déhiscence est lente, laissant les 
graines simplement tomber dans Peau, tandis que les valves de la 
capsule restent encore quelque temps, ouvertes et desséchées, sur les 
pédoncules, jusqu'ã la putréfaction des articulations. — Z7. dascolor 
Mull. Arg. et 77. similis Hemsley, tous deux de PÉtat de "Amazonas, 
ont 'aspect, le latex de mauvaise qualité et le nom vulgaire de PZ7. 
Spruceana et ne se distinguent de celui-ci que par quelques caracte- 
res peu importants des feuilles et des fleurs; je suis convaincu qu'il 
sagit simplement de variétés, ayant en plus constaté, même chez 
les arbres du Spruceana de Obidos, une forte variabilité dans la 
grandeur des fleurs. Cétait, du reste, déjã Popinion du docteur Huber, 
dans son travail <A FHevea Benthamiana etc.» (Boletim do Museu 
Goeldi vol. V, p. 248). 


+ Hevea camporum DUCKE n. sp. 


Arbuscula humilis vel frutex. Ramuli graciles, apice non squa- 
mati, glabri. Foliola adulta (sola visa) 5— 12 cm. longa et 2—4 
cm lata (incluso petiolulo 2 — 4 mm. longo subeglanduloso), lan- 
ceolata, lanceolato - vel obovatolanceclato - oblonga, basi acuta, apice 
acuta vel sensim breviter acute acuminata, subcoriacea, glabra, 
nervis venulisque utrinque distincte prominulis, siccitate supra 
obscura violascentia subtus cana. Capsulae endocarpii coccum( unum 
solum cum semine in specimine adest) fere ut in H. brasiliensi con- 
structum at multum minus, 17 mm. longum, 9 mm. latum, 8 mm. 
crassum, pariete vix ad 1 1/2 mm. crassa; semen 11 mm. longum, 
7 mm. latum, 6 mm. crassum, griseum, maculis majoribus et 
minoribus nigris irregulariter at copiose conspersum. 

Habitat in campis fruticetis copertis inter cursus superiores flu- 
minum Manicoré et Marmellos (fluminis Madeira inferioris aftluen- 
tes orientales), ubi anno 1914 1. R. Monteiro da Costa (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 17.708). 

Cette espece est tellement remarquable par la petitesse de son 
fruit que je n'hésite pas à la décrire comme nouvelle, quoique je ne 


+ 112 — 


dispose que de materiel três incomplet. Cest la seule espéce du 
genre adaptée à la vie dans le campo. 


Elaeophora  DuckE n. g. (planche 9). 

Flores dioici?; masculi ignoti. Flores feminei apetali; calix 
laciniis 4 praefloratione imbricatis, receptaculo ad anthesin oblon- 
go-turbinato lacinias aequante, demum his pluries longiore et magis 
cylindrico; ovarium Plukenetiae; stylorum columna 4 — (rarius 3—) 
costata apice in ramos 4 vel 3 patentes divisa. Fructus perfecte 
indehiscens, magnus, 4 — (rarius 3 —) lobatus, carnosus, semi- 
nibus numero loborum magnis oblique ovatis caruncula et arillo 
destitutis, testa lignosa, albumine carnoso et abundanter oleoso, 
cotyledonibus latis. — Frutex alte scandens foliis alternis sat longe 
petiolatis integris margine vix crenatis 5 —vel7 —nervis basi glandu- 
losis, floribus viridibus in racemis axillaribus brevibus paucifloris. 

Ex affinitate generis Piukenetia videtur, semina autem valde 
diversa et iis generis Omphalea similhiora. 


“ E. abutaefolia DUCKE n. sp. 


Frutex praeter inflorescentias et calices minutissime pilosulos 
undique glaberrimus, ramulis teretibus striatis. Stipulae minimae 
et caducae. Folia petiolo 2-4 cm. longo gracili supra anguste 
canaliculato, lamina usque ad 13 (saepius 10) cm. longa et ad 7 
(5) cm. lata, ovatoelliptica vel ellipticoovata, basi rotundata vel 
obtusa medio brevissime in petiolum contracta, apice abrupte et 
sat longe cuspidato -acuminata, adulta tenuiter coriacea, subtus 
parum pallidiora, utrinque nitida, nervis et venulis (transverse 
reticulatis) subtus fortius prominentibus, basi inter margines et 
nervos exteriores glandulis duabus oblongis et parum supra basin 
inter costam centralem et nervos exteriores glandulis duabus pun- 
ctiformibus saepe obsoletis notata. Racemi vulgo 1 —3 cm. raris- 
sime ad 7 cm. longi, rhachide angulosa tenui, bracteis bracteolis- 
que parvis oratis acutis; flores virides; pedicell 2-— 3 mm. longi, 
super medium bibracteolati; calicis laciniae circa 2/3 mm. longae 
triangulares acutae; columna stylorum 3—4 mm. longa, ramis 
2—21/2 mm. longis, stigmatibus parvis capitatis. Fructus maturus 
ai 10 cm. longus et 11 cm. latus, viridis, glaberrimus, nitidus, lobis 
carinatis; semina ad 51/2X 4 X 3 1/2 cm. metientes, oblique subpy- 
ramidato - ovata dorso convexa latere ventrali bifacialia apice obtusa, 
testa lignosa granulosa opaca griseobrunnea. 


E) (6 Mi 


In silvis humidis in arbores scandens, prope Belém do Pará 
1 A. Ducke (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.892), et ad viam publicam 
inter Victoria et Altamira ad occidentem regionis Volta Grande 
fluminis Xingú 1. J. G. Kuhlmann (H. J. B. R. n. 17.895); ad ripas 
inundatas fluminis Tajapurú in aestuario amazonico 1. A. Ducke 
(H. J. B. R. n. 17.893). «Compadre do azeite» appellatur. 

Cette espêce appartient à un genre certainement nouveau mais 
dont je ne peux pas encore préciser la position dans le systême, 
faute de connaissance des fleurs mâles. Les feuilles, les inflorescences 
et la forme du fruit rappellent le genre Plukenetia; le port de la 
plante et les graines ressemblent à ceux de POmphalea diandra, la 
liane três connue dans la région de Pestuaire sous le nom de « co- 
madre do azeite» ( comêre de Phuile). Cest évidemment pour cette 
ressemblence qu'on a donné le nom de « compadre do azeite » (com- 
pere de T"huile) à notre plante nouvelle, dont les graines oléagineu- 
ses n'ont fait que tout récemment leur apparition dans le commerce 
du Pará. — La plante stérile peut facilement être confondue avec 
certaines menispermacées, surtout du genre Abuta. 


* Senefeldera macrophylla DUCKE n. sp. 


E sectione Inclinatae Pax. Arbor parva vel submedia ramulis 
junioribus adpresse dibrachiato - puberulis mox glabris, rufis vel 
fuscis, albidolenticellosis, apice foliiferis. Stipulae caducissimae. 
Folia petiolo 5 — 14 cm. longo subvalido basi et apice incrassato, 
lamina vulgo 15—30 cm. longa et 7— 12 cm. lata, obovato — 
vel sublanceolato - oblonga, basi acuta vel anguste subcordata, apice 
vulgo breviter cuspidato - acuminata, membranacea, glabra, superne 
squamulis minutissimis punctiformibus parum conspicuis conspersa, 
parum nitida, subtus pallidiora, costis secundariis utrinque 12—15 cum 
minoribus alternantibus subtus fortiter prominentibus, venulis subtus 
tenuiter prominentibus reticulatis. Inflorescentiae in apicibus ramu- 
lorum paniculatae, novellae (solae visae) pulchre purpureae; calix 
masculus irregulariter sinuatus, valde inclinatus. Capsula matura 
circa 1 1/2 cm. longa et 2 cm. lata, tridyma, nigrofusca, glabra, 
nitida; semina subglobosa 10— 11 mm. longa et 9-— 10 mm. lata, 
brunnea, parum nitida, dense punctato-striolata, minime apiculata. 

Habitat in silva primaria terris altis prope cataractas inferio- 
res fluminis Tapajoz (civitate Pará), 1. A. Ducke loco Poção 12-10- 
1922 floribus novellis (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.002) et prope 
Villa Braga 7-1-1918 fructibus maturis (H. J. B. R. n. 18.001). 


JARD, 8 


— 14 — 


De la parenté de .S. imclmnata et .S. Karsteniana; se distingue 
de toutes les espéces connues par les feuilles plus grandes et 
beaucoup plus longuement pétiolées. 


Pausandra macrostachya DUCKE n. sp. 


Arbuscula ramulis petiolisque novellis pilis adpressis dibra- 
chiatis fulvidocanis dense puberulis demum glabratis nigrofuscis 
fortiter striatis; internodiis quam in P. Morisiana longioribus. 
Stipulae 1 cm. longae lanceolatae longe acuminatae, caducae. Folia 
petiolo valido 6 — 7 cm. longo apice parum depresso, lamina 33 —— 
50 cm. longa et 12 — 16 cm. lata, caeterum ut in specie praecedente 
at nervis numerosioribus et (ut venulae) subtus fortiter prominenti- 
bus, parum elastica, pilis simplicibus et dibrachiatis praesertim 
subtus conspersa. Spicae masculae 20 —ultra 40 cm. longae, .soli- 
tariae vel binae super axillas, simplices, tenues, glomerulis minus 
dissitis plurifloris, bracteis minimis; flores expansi circa 4 1/2 mm. 
longi et 4 mm. lati; calix 21/2 mm. longus, extus dense sericeus, 
lobis 5 brevibus obtusis saepe glandula obscura notatis; corolla 
albida gamopetala, laciniis 5 vix ultra 1/4 ab apice divisis, extus 
glabra intus fauce villosa; stamina 3 —7, glabra, anthesi brevis- 
sime exserta; discus apice brevissime crenatus. Flos femineus 
ignotus. « 

Habitat in silvis primariis terris altis circa locum Francez 
(prope medium flumen Tapajoz, civitate Pará), 1 A. Ducke 8- 
to- 1922, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.897. 

Cette espéce semble voisine du 2 megalophyila Mull. Arg. (que 
je n'ai pas vu) mais differe de la description de ce dernier par les 
épis três longs et souvent géminés, les pétales villeuses à Pintérieur, 
le disque três courtement crénulé et la pilosité distincte (quoique 
três clairsemée) des feuilles. 


Pausandra macropetala DUCKE n. sp. 


Arbuscula monoica circa 4 m. alta, ramulis et petiolis novel- 
lis pilis dibrachiatis adpressis canofulvescenti - puberulis mox gla- 
bratis demum fusconigris striatis, internodiis quam in P. Mori- 
siana parum brevioribus. Stipulae in gemmis adsunt, 4 mim. lon- 
gae, caducissimae. Folia petiolo 1 — 1 1/2 cm. longo valido apice 
plus minus incrassato, lamina 17 — 30 cm. longa et*t6 — 9 cm. lata 
oblanceolata saepe obliqua et subfalcata basi cuneata apice acute 
acuminata margine serratodentata, basi glandulis duabus elevátis, 


= [ii 


tenuiter et elastice coriacea, subtus distincte nitida et pallidiora, 
utrinque glabra, costis secundariis utrinque circa 20 in utroque latere 
prominulis, venulis obsoletis. Spicae masculae arcte super axillas 
solitariae simplices foliis vulgo multum breviores rarius aequilon- 
gae, tenues, fulvidocano - puberulae, glomerulis dissitis paucifloris; 
bracteae 1 mm. longae triangulares; flores expansi 4— 41/2mm. 
longi et circa aequaliter lati; calix circa 3 mm. longus extus dense 
sericeopilosus, lobis vulgo 3 ovatis acutis; corolla viridis gamope- 
tala laciniis 5 imbricatis ad 1/3 ab apice divisis reflexis rotunda- 
tis, calicem dimidio superans, extus glabra intus fauce pilosa; 
stamina 6 (semper?), glabra, antheris sub anthesi vix ultra dimi- 
dium apicalem exsertis; discus m lobos usque ad basin divisus. 
Inflorescentia feminea adest unica, 5 cm. longa, masculis similis 
at parum robustior, floribus in loco glomeruli solitariis, longitudine 
masculorum at conspicue latioribus, disco ut in masculis, ovario 
dense sericeo, stylis 3 brevibus crassiusculis patulis bipartitis. Fru- 
ctus ignotus. 

Habitat in silvis collinis, loco humoso et humido, prope cata. 
ractam Montanha fluminis Tapajoz (civitate Pará), 1 A. Ducke 
5-8-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.896. 

Différe de toutes les espéces connues par son disque à lobes 
séparés jusqu'ã la base; ressemble, quant au reste, assez au ?P Mo- 
resiana des environs de Rio de Janeiro, mais se distingue encore de 
celui-ci par le calice trilobé, les pétales non ciliées, les étamines 
plus courtes. — La fleur femelle est remarquable par ses larges pé- 
tales qui lui donnent un aspect non commun chez les euphorbiacées. 


ANACARDIACEAE 


Astronium LeCointei DUCKE 


Cette espece se distingue des voisins 4. fraxinifolium et A. 
gracile avec sureté par les pédicelles articulés peu au dessus de la 
base (fl. mâle) ou un peu au dessous du milieu (fl. femelle), et par 
les pédicelles fructiféres longs de 12 à 15 mm. 


Astronium fraxinifolium ScHOTTI 

Pédicelles articulés un peu au dessous du sommet, les fructife- 
res longs de o à 11 mm. Chez Pespéce voisine 4. gracile Engl. (de 
Rio de Janeiro etc.) Particulation se trouve tout prês du sommet du 


—: 16 — 


pédicelle, et les pédicelles fructiféres sont plus épais et plus courts 
(3—4 mm.). 


Poupartia amazonica DUCKE (planche 11). 


Description dans ces « Archivos » III p. 204. 


ICACINACEA E 


Clavapetalum elatum DvuUckKE nov. comb. (= Asterolepidium 
elatum DUCKE 1922). 

J'ai maintenant vérifé que cette espéece appartient à un genre 
décrit déjá en 1912 de la Guyane hollandaise et que Pon croyait 


monotype mais dont Parbre du Pará semble constituer une seconde 


espêce. Celle-ci différe de la description de Pespêce guyanaise (je 
n'ai pas vu la plante) dans les points suivants: Feuilles longues de 
8 à 15 cm. obovato-oblongues. Inflorescences longues seulement 
jusquã 3 1/2 cm, três rarement jusquã 5 cm. Calice assez profon- 
dement lacinié. Bord des pétales et leurs appendices avec une espéce 
de cils glutineux três minuscules. Anthêres courtes. Style três court 
mais visible. 


Poraqueiba paraensis DUCKE n. sp. 


A specie P. guianensis Aubl. differt foliis saepe ovato - or- 
biculatis (formá, colore et nervis saepe iis Emmoti orbiculati simi- 
limis at tenuioribus, glaberrimis, supra vix nitidis, venulis utrin- 
que tenuiter prominulis), glabritie maxima, floribus parum majo- 
ribus et fructu majore et eduli. Arbor parva vel usque 20— 25 m. 
alta, glaberrima solum innovationibus vegetativis tenuissime et fu- 
gaciter albosericeis et inflorescentiis tenuiter et sat parce puberulis; 
foliorum lamina vulgo 10-—20 cm. longa et 6— 15 cm. lata, basi 
in minoribus obtusa, in majoribus late rotundata vel subtrun- 
cata medio semper in petiolum acutata, apice breviter vel brevis- 
sime acuminata. Petala ad anthesin 3— 4 mm. longa, extus pilis 
sericeis minimis et paucis. Drupa vulgo circa 7 cm. longa et 31/2 
—41/2 cm. crassa, ovato-oblonga, parum obliqua, parum com- 
pressa, uno latere distinctius quam altero longitudinali-subcarinata, 
glaberrima, nitida, matura flavescens vel rarius rufescens et for- 
titer odorans mesocarpio tenui oleoso-carnoso luteo eduli, seminis 
albumine magno amylaceo eduli. 

Habitat in aestuario amazon'-o-tocantino frequentissime culta 


E 


== Uh == 


et in silvis secundariis humosis et humidis saepe subspontanea vel 
spontanea; specimina nostra arbore culta loco Macujubim prope 
Breves (Herb. Jard. Bot. Rio n. 11.368) et arbore magna subspon- 
tanea vel spontanea silvae prope Belem (H. J. B. R. n. 17.850) 
proveniunt. Fructus e Manáos civitatis Amazonum arboribus cultis 
provenientes (1. J. G. Kuhlmann) ad hanc speciem pertinere viden- 
tur. «Umary» vel rarius «mary» vel «mary gordo» appellatur. (6) 

Cette espéce à laquelle appartient le «umary> commun de la 
capitale du Pará, attribué par Huber au ?. sericea Tul. differe de 
celui-ci par sa glabreté, par les feuilles tres peu acuminées et beau- 
coup moins coriaces et par le fruit plus oblong et moins oblique. 


Poraqueiba sericea TUL. 


x 


Cette espéce facile à reconnaitre par ses feuilles larges, acumi- 
nées, pileuses, beaucoup plus coriaces que chez les deux autres, est 
cultivée surtout dans PÉtat d'Amazonas ou elle fournit un fruit co- 
mestible qui a les mêmes applications et les mêmes noms que celui 
du P pdaraensis; les fruits de notre collection mesurent 6— 7 cm. 
en longueur sur environ 5 cm. de large et sont beaucoup plus 
ovales, plus obliques et plus distinctement carénés que ceux de la 
derniére espêce. P sericea est souvent cité pour le Pará mais je ne 
Yy ai pas encore rencontré, au moins aux environs de la capitale de 
cet Etat (Pespéce citée sous ce nom par Huber est en réalité P. pa- 
raensis): nos échantillons d'herbier viennent de Manáos (florifére, 
H. J. B R.n. 10.875), Tonantins (fructifére. H. J. B. R. n. 17.857) 
et Teffé (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 7.399), les deux premiers colle- 
ctionnés par mr. Kuhlmann. 


Poraqueiba guianensis AUBL. 


Arbre petit ou assez grand de la forêt non inondable au sol hu- 
meux, fréquent aux environs de Belem (Herb. Amaz. Mus. Pará n, 
1.288), Santa Izabel sur le chemin de fer de Bragança (H. A. M. P. 
n. 0.586 et H. Jard.'Bot. Rio n. 17.852) et Breves (H. J. B. R. n. 
17.851); n'est pas cultivé (au contraire, souvent désigné par le nom 


(6) —Le «mary » du Nord-Est du Brésil est le Geoffroya superba H. B. K. 
(légumineuses papilionacées); le «mary-rana » amazonien : Cowepia subcordata 
Benth, (rosacées); le «marimary »: Cassia leiandra Benth. (légumineuses césalpi- 
niées); le « marimary-rana », «m. grande» ou «m. sarro»: Cassia grandis L. f. 


ires 


de «umary bravo» — u. sauvage), le fruit étant selon Huber «petit, 
vert, non comestible » (Bol. Mus. Pará IV p. 396). 


Humirianthera Duckei Hvr. 


Des spécimens cités en 1922, les numéros 7.953 et 14.843 (du 
Trombetas), 8.638 (Faro), 11.605 (Parintins) et 12.479 (Itacoatiara) 
appartiennent à cette espece, mais le 9.969 (de Montealegre) auquel 
appartient le fruit décrit à la même occasion, représente une espêce 
nouvelle: Z7. rupestris. Les plantes de Santarem et Obidos appartiennent 
probablement à la premiêre espéce mais je n'en dispose pas, en ce mo- 
ment, de matériaux d'herbier. — 77. Ducker est un arbuste d'assez grandes 
dimensions et plus ou moins grimpant qu'on rencontre dans la forêt 
primaire et surtout dans la forêt secondaire, non inondables mais 
dans des endroits humides. Cest à cette espêce que se refêrent les 
noms indigênes de «mairá» (Obidos) et «apoló> (Faro). 


Humirianthera rupestris DUCKE n. sp. 


A praecedente differt ramulis dense ferruginotomentosis, pe- 
tiolo brevi (3— 4 mm.) crasso dense tomentoso, foliis junioribus 
utrinque in nervis tomentosis (pilis saepe fasciculatis), inflorescentia 
tota cum floribus dense, ferrugineotomentosa, floribus aliquanto 
maioribus (apertis 6 — 7 mm. diametro), calices dentibus latioribus et 
ovatis, petalis ovatis intus ut extus tomentosis (tomento intus magis 
cano), ovario densissime flavescenti-hirto. Antherae ut in specie 
prima. Drupa late ovalis vel globosa, brunnescenti-velutina, peri- 
carpio tenui, mesocarpio sat crasso carnoso, endocarpio tenui lignoso, 
semine albumine albo amylaceo maximo; vidi drupas nondum ma- 
turas diametro ad 5 cm. metientes. Frutex subscandens; rhizoma 
dicitur crassissimum tuberosum amylaceum. 

Habitat in rupibus et saxosis montium Ereré, Aroxy et Pai- 
tuna prope Montealegre civitatis Pará ubi specimina 1. A. Ducke 
florifera 15-12-1908 (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 9.969), fructi- 
bus mense aprili lectis nondum maturis. «Mandiocassú» appellatur 
(nomen interdum etiam leguminosae Dioclea sclerocarpa appli- 
catum). 

Cette espece qui différe de PZ. Duckei par son revêtement et 
par plusieurs caractêres des fleurs a cependant été jusqu'ici confon- 
due ave la derniére, et plusieurs doubles de 'herbier du Musée du 
Pará ont été distribués sous ce nom. 


== (4) == 
Leretia parviflora DUCKE n. sp. 


Frutex scandens ramulis angulatis vel subteretibus, novellis 
dense canotomentosis demum glabratis, lenticellis albidis parce con- 
spersis. Folia vulgo 10— 16 cm. longa et 5-— 6 cm. lata, petiolo 
circa 1 cm. longo valido dense fulvido-subvilloso-tomentoso, ellipti- 
co-lanceolata vel lanceolato-oblonga, basi leviter cordata, apice 
breviter acute acuminata, subcoriacea, supra glabra subnitida, 
subtus tomento stellato glaucescenti-cano induta et in nervis canopu- 
bescentia, arcuato-penninervia, supra nervis impressis et venulis 
tenuissimis, subtus nervis et venulis distincte prominentibus, mar- 
gine integro tenuissime reflexo. Racemi axillares 3—9 cm. longi 
pauciramosi ramis gracilibus, subappresse canopubescentes; bra- 
cteae minimae; pedicelli 2-— 3 mm. longi, graciles; calix dentibus 
triangularibus acutis, circa 1 mm. latus, intus glaber; petala albida 
vix 21/2 mm. longa et 2/3 mm. lata, lineari-oblonga vel oblanceo- 
lata, apice minime introflexa, extus et marginibus sericeopubes- 
centia, intus glabra; stamina flavida, petalis aequilonga, glabra, 
antheris oblongis flexuosis obtusis; ovarium flavidohirsutum stylo 
glabro, uno. Fructus ignotus. 

“Habitat loco Mosqueiro prope fluvium Pará in silvis non 
inundatis parte secundariis, 1. A. Ducke, 21-1-1923, Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 17.856. 

Differe des autres espéces décrites par la forme et le revêtement 
des feuilles, les inflorescences peu ramifiées, les fleurs três petites, 
les pétales glabres du côté intérieur, etc. LVespêce doit être rare, je 
men aí rencontré qu'un seul indívidu. 


TILIACEAR, 


Apeiba petoumou AVUBL. 


Arbre décrit de la Guyane et que jjai rencontré dans la partie 
Nord de PÉtat du Pará, sur les rives du haut Mapuera, affluent du 
Trombetas (Herb. Jard. Bot. Rio 18.072). Feuilles en dessous dense- 
ment et uniformement revêtues de duvet blanchãtre, seules les axilles 
des nerfs primaires (dans la base de la feuille) portent une barbe 
três remarquable de poils roux-ferrugineux; les axilles des nerfs su- 
périeurs n'ont aucun vestige de barbe. Bractées et bractéoles assez 
persistantes. Fruit densément hérissé d'épines ligneuses, longues d'en- 
viron 4 — 4 1/2 mm.. plus ou moins courbées. 


= Do 


Apeiba macropetala DUCKE n. sp. 


Speciei 4. petoumou Aubl. affinis, differt foliis subtus tomento 
albido tenuissimo cum pilis stellatis rufis sat crebris sub lente 
bene conspicuis intermixto, nervorum tomento rufo, nervis in folii 
basi non barbatis sed nervorum superiorum axillis tenuiter barbel- 
latis, bracteis bracteolisque ante anthesin caducis. Arbor vulgo 
media interdum fere 30 m. alta ramulis novellis dense rufotomen- 
tosis; folia indumento excepto Apeibae petoumou; flores quos vidi 
5 —meri, petalis luteo-citrinis 12— 15 mm. longis et circa II — 
14 mm. latis, connectivo supra loculos externos producto, his quam 
interni multum longioribus; fructus ut in specie citata usque ad 
7 cm. latus et ad 21/2 cm. altus, niger, aculeis lignosis 4 — 4 1/2 
mm longis basi pyramidalibus et pilosis apice curvis acuminatis 
et glabris crebre armatus. : 

Habitat in silvis non inundatis, 1. A. Ducke circa Belem do Pará 
(Herb. Jard. Bot. Rion. 18.080) etin regione cataractarum inferiorum 
fluminis Tapajoz locis Villa Braga (H. J. B. R. n. 17.079) et 
Periquito (H. J. B. R. n. 14.467); prope Bragança visa. 

Cette espêce remplace la précédente dans la plus grande par- 
tie de PÉtat du Pará oú elle n'est pas rare Elle est caractéristi- 
que de la grande forêt non inondable et atteint des dimensions 
plus grandes qu'aucune autre espêce de ce genre. 


Apeiba membranacea BENTH. 


Arbre moyen fréquent dans la moitié occidentale de "Amazonie; 
échantillons avec fleurs et fruits du bas Japurá (Herb. Amázon. Mus. 
Pará, ns. 6.795 et 12.222) et du territoire de PAcre (Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 18.075). Ces spécimens correspondent à la description de la 
« Flora Brasil. » dans les caractêres principaux: feuilles en dessous 
brun gris ou brun roussâtre, nerfs barbus dans les axilles; bractées 
et bractéoles três caduques; pétales plus petites que chez les deux 
précédents; fruit couvert de courtes épines três robustes droites py- 
ramidales (plus denses chez le fruit encore jeune, devenant clairse- 
mées avec la croissance de celui-ci). Le connectif des anthéres ex- 


cede chez nos spécimens les locules extérieurs; la description et la: 


clef des espêces dans la « Flora Brasil.» divergent quant à ce point 
etil y a évidemment de la confusion. 


Apeiba Burchellii SPRAGUE 


Nos spécimens correspondent exactement à la description, seu- 


E E a e 


a A 


lement ils ont les axilles des nerfs em dessous três distinctement 
barbues ce qui n'a pas été mentionné par Pauteur. Les fleurs sont 
4 — mêres ou 5 — mêres souvent sur le même rameau, ce n'est donc 
pas ce caractêre qui pourra servir à distinguer cette espéce et VA. 
glabra comme voudrait Pauteur cité; ce qui semble justifier cette sé- 
paration, c'est le fruit. — Arbre à peine moyen de la forêt non inon- 
dable, assez tréquent dans la région de Pestuaire et littorale du 
Pará: échantillons avec fleurs et fruits de Belem (H. J. B. R. n. 
11.267) et de Bragança (H. J. B. R,n, 18.073). Pétoles plus petites 
que chez tous les précédents; fruit densement couvert de soies 
(presquã peu comme chez le vulgaire 4. tibowurbou mais beaucoup 
plus courtes et glabres), et non avec des tubercules ou épines ligneu- 
ses comme chez les trois précédents. Le fruit de PA. glabra (= laevis) 
aurait, d'aprês les auteurs, des soies beaucoup plus courtes. 


BOMBACACEAE, 


Les espêces jusqu'ici observées dans PÉtat du Pará sont au nom- 
bre de 17, à savoir: 1. Cemda pentandra Gaertn., «sumaúma», arbre 
géant des alluvions inondables mais qui se rencontre encore dans 
les sols argileux fertiles de points élevés du Tocantins, Xingú et 
Tapajoz, ainsi que sur les petites montagnes de Montealegre (Itaua- 
jury) et d'Almeirim dans des altitudes non inférieures à 200 m.; 
2. Bombax longipedicellatum Ducke, petit arbre de la forêt non inon- 
dable prês de Belem, une seule fois rencontré; 3. B. glodosum Aubl, 
parfois appelé «sumaúma da terra firme», arbre petit ou rarement 
moyen, surtout dansle sol siliceux et dans la forêt basse environ- 
nante certains campos et campinas; 4. B. munguba Mart. et Zucc, 
«monguba», grand arbre des alluvions argileuses inondées ou inon- 
dables, commun surtout au long du bas Amazone; 5. B. faroense 
Ducke n. sp.; 6. B. paraense Ducke n. sp.; 7. B. tocantinum Ducke n. 
sp.; 8. B. macrocalyx Ducke n. sp.; 9. B. obtusum Schum.; 10. B. rigidifo- 
lium Ducke n. sp.; 11. B. aquaticum (Aubl.) Schum.; 12. B. Spruccanum 
(Decsne.) Ducke n. comb.; 13. Matisia bicolor Ducke, arbre assez 
grand de la forêt des terres argileuses non inondables (três fertiles) 
du moyen Xingú; 14 M. paraensis Hub. «cupú-rana»>» ou «cupuas- 
sú-rana», petit arbre la forêt inondée de Pestuaire amazonien de 
Belem à Gurupá; 15. M. ochrocalyx Schum., «inajá-rana», petit arbre 
de la forêt non inondable, de Gurupá au haut Amazone, nord et 
sud du grand flenve; 16. M. lasvocalyx Schum. petit arbre de la 


122 — 


forêt prês de la rivitre Oyapoc; 17. Quararbea guianensis Aubl, 
petit arbre des rives inondées dans Pestuaire amazonien (commun), 
de "Ovyapoc et des affluents nord et sud du bas Amazone; 18. Qu, 
Duckei Hub. petit arbre du sousbois de la grande forêt non inon- 
dable (surtout les « castanhaes») du bas Trombetas et Rio Brauco 
de Obidos. 


Ochroma lagopus Sw. 


Cette espeéce ne semble pas encore mentionnée pour le Brésil, 
elle est cependant commune dans la moitié occidentale de VEtat 
d'Amazonas; nom vulgaire « pão de balsa». 


Bombax faroense DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Pachiropsis Schum. Arbor magna trunco cortice 
longitudinaliter striato (ut in B. munguba Mart.), ramulis glabris 
striatis. Petiolus 1/2--1 1/2 cm. longus validus basi apiceque pa- 
rum incrassatus, glaber; foliola 3 (interdum 1), articulata, bre- 
viter et valde crasse petiolulata, 5 — 16 cm. longa et 21/2 — 6 cm. 
lata, obovata vel oblongoobovata hasi in petiolulum acutata apice 
rotundata retusa vel obtusa, rigidius papyracea (novella non visa), 
supra nitida glabra punctis fuscis impressis conspersa, subtus opaca 
ferruginea dense pallidius lepidota, nervis venulisque utrinque te- 
nuiter prominentibus, margine leviter revoluto. Flores pedunculo 
11/2—3 cm. longo, sat valido, anguloso et striato, glabro; calix 
fuscus, anthesi 6— 8 mm. longus et latus, turbinato-campanula- 
tus limbo subtruncatus, basi non glandulosus, extus glaber apice 
brevissime ferrugineociliolatus, intus albidosericeus; petala alba 10 
— I4 cm. longa et 1/2— 2/3 cm. lata, linearia, apice obtusa vel 
subacuta, praeter basin extremam utrinque cinereotomentella; sta- 
mina alba filamentorum apice et antheris purpureis, petalis parum 
breviora, tubo 11/2-—fere 2 cm. longo tenuiter albosericeo, fila- 
mentis in phalangibus 10, basi plus minus connatis, glabris, anthe- 
ris paullulum curvatis; ovarium bas! rufotomentellum, apice et 
stvlo (purpureo) canopuberulis. Capsula matura circa 5 em. longa, 
ante apicem 4 cm. lata, obovata, extus rufescenti-brunnea tenuiter 
pallido-lepidota, intus lana fulvobrunnea farcta, seminibus lar. 
mm. longis rotundato-trigonis castaneis microscopice tomentellis. 

Habitat in silvulis uliginosis regione Campos do Tigre ad 
orientem oppidi Faro (civitate Pará), 7-10-1915 florifera, januario 


nes) 14) ams 


1916 fructibus maturis, 1 A. Ducke, Herb. Amaz. Mus. Pará 
TIS, 15.79. 

Cette espêce a sans doute beaucoup d'affinité au B. Porssomianum 
Schum. du Rio Negro, mais différe de la description de ce dernier 
par le pétiole três court, la forme des folioles, le pistil revêtu de 
duvet, etc. 


'Bombax tocantinum DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Pachiropsis Schum. vel Pachira (Aubl.) Schum. 
(fructus ignotus). Arbor media ramulis glabris saepe verruculosis. 
Petiolus 3— 6 cm. longus, gracilis basi et apice parum crassior, 
glaber; foliola 5 —7, articulata, 4— I0 cm. longa et 11/2-—31/2 
cm. lata, oblongo-obovata basi longe in petiolulum brevissimum 
cuneata, apice late retusa rarius rotundata, tenuiter papyracea su- 
pra glabra nitida saepe minute foveolata, subtus opaca ferrugines- 
centia dense et minute pallidius lepidota, nervis venulisque utrinque 
tenuiter prominentibus. Flores pedunculo brevissimo vel usque ad 
7 mm. longo crasso crasse rugoso glabro; calix vulgo cinnamomeus, 
anthesi 11/2-—fere 2 cm. longus, superne ad 12 mm. latus, tubu- 
loso-campanulatus limbo truncato vel obsoletius dentato, glandulis 
basalibus minus conspicuis vel obsoletis, extus rugosus glaber, 
intus dense flavidosericeus; petala 23 — 25 cm. longa et 6-—-9gmm. 
lata, linearia, apice obtusa, praeter basin extremam extus tomento 
distincte stellato ferruginea, intus tenuiter cinereo-tomentella; sta- 
mina albida petalis parum breviora, tubo 10 — II cm. longo, te- 
nuiter canotomentello, tertio superiore glabro, filamentis in pha- 
langes 10 dispositis basi connatis glabris, antheris paullulum cur- 
vatis; ovarium fulvidosericeum cum stylo canopubescente fortiter 
quinquangulatum. Fructus ignotus. 

Habitat loco olim culto viculi Alcobaça prope fluvium To- 
cantins (civitate Pará), 1. A. Ducke, 19-7-1916, Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 18.092. 

Semble voisin du B. Jenmani Ohiv., mais a les folioles longue- 
ment amíncies vers la base et en dessous densement pointillées 
d'ecailles páles três petites, et les pédicelles et pédoncules três courts; 
toutes les autres espéces voisines (comme le B. paraensis n. sp.) 
ont les feurs beaucoup plus courtes. Le B. longifiorum Schum. (de 
Minas et S. Paulo) s'éloigne déjã par son tube staminal glabre et 
autres caractéres. B. (Pachira ) obtusum Schum. a les folioles oblon- 


144 = 


gues, en dessous avec des points écailleux bruns relativement clair- 
semés sur fond grisâátre, etc. 


Bombax paraense DUCKE n. sp. 


Speciei B. tocantinum n. sp. valde affine, differt: petiolis apice 
fortiter dilatatis, pedicellis pedunculis calicibusque vulgo longiori- 
bus, petalis solum 12— 15 cm. longis, tubo staminali 3—5 cm. 
longo usque parum infra apicem tomentello. Arbor media vel sub- 
magna; ramuli vix verruculosi; petioli usque ad 10 cm. longi; foliola 
magnitudine variabilia interdum usque 18 cm. longa et 7 cm. lata; 
flores odorati petalis extus brunnescentibus intus rubescentibus, 
staminibus purpureis, his apice viridialbis; pedunculi saepius 1 1/2 — 

21/2 cm. longi raro brevissimi, modice crassi, striati; calix anthesi 
1 1/2 — 2 cm. longus vulgo nigrescens tenuiter rugosus glaber 
apice saepius tomentellus, basi eglandulosus. Caeterum ut in specie 
citata. Fructus adest novellus 4 cm. longus subobovato-oblongus, 
extus ferrugineotomentosus, intus lana deficiente (vel nondém evo- 
luta?) 

Habitat civitate Pará in silvis non inundatis at locis humidis, 
regione fluminis Tapajoz prope Itaituba (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 18.094) et infra cataractam ultimam insulã Goyana (Herb. Amaz. 
Mus. Pará n. 17.056), et circa Obidos prope flumen Curuçambá 
(H. J. B. R. n. 18.093); specimina florifera mensibus junio ad 
augustum ab A. Ducke lecta. 

Evidemment de la parenté du 2. tocantinum.' Une capsule três 
jeune (du n. 18093) n'a pas de laine autour des graines (encore 
três petites), mais il est possible que celle-ci ne se développe 
qu'aprês un certaine âge. 


Bombax macrocalyx DUCKE n. sp. 


E sectione Pachira vel Pachiropsis (fructus ignotus); calice 
longissime spathaceo-tubuloso petalorum longitudinis dimidium at-' 
tingente apice longe dentato inter omnes hujus generis species 
maxime insigne. — Arbor parva ramulis glabris. Petiolus 5 —9 cm. 
longus gracilis basi apiceque vix crassior, striatus, glaber; foliola 
5, articulata, sessilia, 5 — 15 cm. longa et 2— 6 cm. lata, obovata 
vel oblongo-obovata basin versus cuneato-angustata basi ipsa an- 
guste obtusa, apice breviter vel brevissime acuminata, subchartacea 
elastica, supra glaberrima nitida subtus ferruginescentia pallida 
opaca sub microscopio dense lepidota, nervis venulisque utrinque 


pj 


tenuiter prominulis, margine subtus tenuiter elevato et saepe subre- 
voluto. Alabastra obovoideo-oblonga; flores adulti pedunculo crasso 
brevi (1/2 — 2/3 cm. longo) ferrugineo-tomentello; calix sub anthesi 
7—S8 cm. longus spathaceo-tubulosus subrectus vel curvatus a 
basi ad tubi apicem (circa 1 2/3 cm. latum) sensim dilatatus, limbo 
in dentes 3— 5 inaequales 11/2-—21/2 cm. longos triangulares 
acuminatos fisso, extus densissime ferrugineo-tomentosus, intus den- 
se flavidosericeus, basi extus glandulis 5 glabris fuscis ornatus; 
petala spatulato-linearia calicis longitudine dupla, ante apicem àd 
1 1/3 cm. lata, apice acuta, extus dense flavidoferrugineo-sericea, 
intus tenuissime canoferrugineo-tomentella, basi extrema utrinque 
glabra; stamina petalis vulgo 1 1/2 cm. breviora rubescentia, tubo 
calicis tubum subaequante tenuiter canotomentello basi extrema 
et apice glabro, filamentis glabris in phalanges 10 dispositis basi 
concretis, antheris paullulum curvatis; ovarium densissime fulvo- 
hispidum stylo breviter canoferrugineo-villoso. Fructus ignotus. 

Habitat in ripis fluminis Tucuruhy superioris (fluvii Xingú 
affluentis, civitate Pará), 1. A. Ducke 24-8-1919, Herb. Jard. Bot. | 
Rio q. TI-417. 

Cette espêce est três remarquable par son calice; les pétales et 
les étamines ressemblent à celles de plusieurs espéces de la section 
Pachiropsis Schum., mais le fruit étant inconnu on ne peut pas pré- 
ciser la position de Pespéce dans le systême. Tl est curieux que le 
Pithecolobium macrocalyx Ducke qui a un calice semblable habite la 
même région que Vespece présente. 


Bombax obtusum ScHum. (= Pachira obtusa SCHUM.) 


Jattribue à cette espéce (dont jJ'ai comparé des spécimens flori- 
féres, doubles du type) un arbre petit ou à peine moyen, fréquent 
dans la galerie de forêt marécageuse du ruisseau Cauhy à PEst de 
la petite ville de Faro, État du Pará (Herb. Jard. Bot. Rio n. LIA IA, 
spécimens fructiféres); chez notre arbre les feuilles sont pour la 
plupart beaucoup plus grandes (pétiole long jusqu'ã 6 cm. et parfois 
8 em., folioles longues jusquà 16 cm. sur 6 em. de large) et ont le 
sommet plus ou moins acuminé, mais certaines feuílles ressemblent 
entiérement à celles du type du Rio Negro (Spruce n- 2150) en 
erandeur, forme, consistence et revêtement. La capsule (presque 
adulte ?) mesure 8 — 9 cm. de long sur 3 — 4 cm. de large et est 
oblongo-obovoide, brun rouge, pointillée (sous la loupe) de petits 
poils écailleux blançhãtres, intérieurement revêtue de courts poils 


= Ve 


soyeux blanchátres qui ne se détachent pas des parois; elle s'ouvre 
en 5 valves caduques avec persistance de la colonne centrale avec 
les septums; les graines sont longues d'environ q mm. trigones, 
glabres. 

Cette espéce relie d'une façon évidente la section Pachira aux 
Bombax typiques: le revêtement intérieur de la capsule correspond 
à la premiêre, mais les graines sont celles des derniers. 


Bombax Spruceanum (Dcsne.) DuckE n. comb. (= Pachira 
Spruceana Desn., Pachira macrantha Spruce s. descr.; = Pachira in- 
signis Schum. et Bombax insigne Schum., ex parte; non Pachira in- 
signis (Sw.) Sav.= Bombax spectabile Ulbrich ). 

Cette espéce magnifique est un arbre de moyenne taille ou assez 
élevé (20 m.) des rives inondées du bas Amaaone (oú je Pai rencon- 
tré fréquemment jusqu'ã Gurupá, commencement de Pestuaire) et du 
cours inférieur de ses affluents, par exemple du “Trombetas; Spruce 
Pa recoltée à "Uaupés affluent du Rio Negro; mr. Kuhlmann dans 
la région du Rio Abunan, territoire de PAcre (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 18.097). On la connait, au bas Amazone, sous le nom de «mamo- 
rana grande<. Les feuilles ont le plus souvent 7 plus rarement 8 
ou 9 folioles à sommet toujours arrondi ou échancré; les fleurs énor- 
mes, longues de 30 à 40 cm,, ont les pétales surtout sur la face in- 
terne et les étamines pourpre foncé, excepté la partie terminale des 
derniéres qui est blanche; la face externe des pétales est d'un brun 
rouge incertain, le calice brun foncé velouté; le fruit (que j'ai aperçu 
de loin, sur Parbre) a la forme ovoide de celui du vulgaire B. aqua- 
ticum mais est plus grand et de couleur plus foncée et semble 
plus allongé. —Le vrai P iusigmis Sav. qui devra être désigné par le 
nom de Bombax spectabile Ulbrich a, selon les belles photographies 
publiées par mr. Pittier (7) les pétales beaucoup moins longues mais 
plus larges et le fruit tres différent, déprimé presque globeux, et 
selon Ulbrich les étamines entitrement rouges; plus qu'à ce dernier, 
nôtre espéce ressemble au B. macrocarpum (Walp.) Schum. (1 c 
planches 68 et 69), sauf dans la forme des folioles et des fascícules 
des filaments. — Carolinea affinis Mart. et Zucc,, de Pestuaire amazo- 
nien, mis par Schumann dans la synonymie de Pespéce présente, ne 


(7) H. Pittier, dans Contrib. Un. States National Herbarium vol. 18 part 4 
planches 72 et 73. 


= LL — 


peut pas appartenir à celle-ci, vu la longueur de son pédoncule et 
la couleur de ses fleurs. 


Bombax aquaticum (AuBL.) ScHUM. 

Arbre toujours d'assez petite taille et qui préfére les rives de 
ruisseaux, petites riviêres et lacs à celles du grand fleuve, commun 
surtout dans la région de Pestuaire et littorale du Pará, répandu 
dans toute Phyléa (Amazonie, haute Orénoque et Guyanes); folioles 
communement 5 mais non rarement 7, généralement plus ou moins 
acuminées mais assez souvent (et sur le même arbre) à sommet 
obtus ou même arrondi; les fleurs des innombrables arbres que j'ai 
vus étatent de couleur invariable: pétales entre le brun rougeâtre 
clair et le verdâtre sale, étamines blanches avec la partie terminale 
pourprée; revêtement du fruit ferrugineux. Cette espêce est três fré- 
quemment cultivée dans les pares et avenues des villes du Nord-Est 
du Brésil et à Rio de Janeiro; dans cette derniére ville on la con- 
nait sous le nom de « paineira (8) de Cuba» ce qui semble indiquer 
que Parbre a été importé des Antilles oú il est en effet depuis três 
longtemps cultivé. Au Nord Est du Brésil on Pappelle parfois de 
«monguba», nom d'emprunt qui appartient en réalité au Bombax 
munguba de PAmazonie. Le nom amazonien du B. aquaticum est 
«mamorana ». 


Bombax rigidifolium DUCKE n. sp. 


Speciei B. aquaticum (Aubl.) Schum. primo adspectu sat simile, 
differt: ramulis et petiolis strato cerae tenui glaucescente indutis; 
petiolis petiolulisque multum crassioribus; foliolis ellipticis basi 
rotundatis subcordatis vel obtusis non vel vix in petiolulum angus- 
tatis, apice rotundatis obtusis vel retusis saepe complicatis, rigide 
coriaceis supra glaberrimis fortius nitidis nervis tenuissimis venulis 
obsoletis, subtus opacis ferruginescentibus dense microscopice pal- 
lidolepidotis et punctis fuscis tenuissimis at sub lente sat bene 
conspicuis parum dense conspersis, pedunculo crassissimo, calice 
rugoso tomento intensius ferrugineo induto glandulis basalibus dis- 
tinctissimis glabris nigris, petalis staminibusque brevioribus, tubo sta- 


(8) Nom donné, dans le Brésil central et méridional, aux bombacacées qui 
fournissent la «paina» ou laine végétale plus ou moins analogue au kapok du 
commerce africain. 


— 128 — 


mineo densius et usque ad apicem tomentello. — Petioli 8 — 11 cm. 
longi circa 4 mm. in medio crassi; petioluli 1 1/2 cm. longi 2— 
2 1/2 mm. lati; foliola (5 — 7) usque ad 20 cm. longa et ad 81/2 cm. 
lata; pedunculus 2 cm. longus et 6—7 mm. crassus; petala 22 cm,, 
stamina 20 cm. longa tubo 3 cm. longo. Flos adultus adest unicus, 
colore non indicato; fructus ignotus. 

Belém do Pará, loco Utinga, 30-10-1902 1. R. Siqueira, Herb. 
Jard Bot. Rio n. 18.087. 

Cette espêce doit être rare parce que je ne lai pas rencontrée 
dans mes nombreuses excursions aux environs de la capitale du Pará. 
Elle appartient três probablement à la section Pachira (le fruit est 
cependant inconnu) oú elle est facile à connaitre par les formes 
três robustes des pétioles etc. et par les folioles três coriaces avec un 
revêtement (du côté inférieur) rappelant celui du B. obtusum. 


STERCULIACEAE 


Sterculia stipulifera DUCKE n. sp. 


Arbor magna ramulis crassis glabris apice congeste foliiferis. 
Stipulae subpersistentes usque ad 2 cm. longae triangulares coria- 
ceae, tenuiter striatae, extus tenuiter canotomentellae, intus glabrae 
nitidae fuscae. Folia petiolo usque ad 13 cm. longo apice valde 
incrassato, striato, glabro, ferrugineo apice fusco; lamina usque 
26 cm. longa et ad 16 cm. lata, oblonga vel oblongoelliptica basi 
obtusa vel subcordata apice saepe latiuscule subtruncato-rotundata 
et medio breviter abrupte acuminata, integra margine undulato et 
revoluto, supra plus minus rugosa glabra nitida nervis venulis- 
que immersis, subtus leviter ferruginescentia opaca tenuissime to- 
mentella nervis venulisque fortiter prominentibus. Inflorescentiae 
subterminales laxe paniculatae rhachidibus et bracteis extus canoto- 
mentellis; bracteae sat persistentes, inferiores saepe ultra 1 cm. 
longae lanceolatae, superiores gradatim breviores subulatae; pe- 
dicelli articulati graciles 1/2 —ultra 1 cm. longi; flores feminei 
ignoti; flores masculi in alabastro albi, sob anthesi albi laciniis 
purpureis, 1 1/2 cm. et ultra longi, laciniis ad 1/4 vel 1/3 super basin 
divisis lanceolatis acuminatis, extus et ab apice usque ad appendi- 
culam etiam intus parce puberuli, intus deinde glandulosi, gynan- 
drophoro filiformi curvato glabro basi incrassato, tubo staminifero 
breviter urceolato vulgo nutante. Carpidia vetusta at forsan*non 


= [== 


adulta (clausa) sub arbore lecta 10 — 12 cm. longa, 7 cm. lata, 4 — 
41/2 cm. crassa, breviter ferrugineotomentosa. 

Habitat prope cataractas inferiores fluminis Tapajoz (civitate 
Pará) loco Pimental, silva riparia periodice inundata, florifera 28 - 
-7-1923 ab A. Ducke lecta (Herb. Jard. Bot. Rio n. 14.723). 

Cette espéce a des affinités évidentes au SE sgeciosa Schum. 
mais se distingue de celui-ci facilement par le développement des 
stipules et des bractées et par les fleurs plus glabres. Les feuilles 
des rameaux stériles m'ont pas la tendence à la forme plus ou moins 
trilobée que Pon rencontre souvent chez speciosa. Les fleurs sont 
remarquablement belles, blanc pur et rouge saturé, tandis que les 
fleurs de toutes les autres espéces brésiliennes que je connais ont 
des couleurs plus ou moins sales. 


o enlia albidiflora DUCKE n. sp. 


Speciei mihi ignotae St. frondosa affinis videtur; speciei .Sz. 
pruriens varietati parvijlora n. var. primo adspectu sat similis, 
differt: foliis apice obtusis rotundatis vel retusis (nunquam acumi- 
natis), etiam supra opacis, costis secundariis utrinque solum 6 —8, 
basalibus a reliquis valde remotis, calicibus laciniis fere usque ad 
basin solutis, omnino albidis, intus ut extus a basi ad apicem albi- 
dotomentosis, appendicula ad tertium basale sita, gynandrophoro 
masculo ut femineo brevi recto erecto basi vix crassiore praeter 
hanc vix tomentello, ovario dense canotomentoso stylo deflexo 
tomentello, tubo staminifero floris masculi urceolato glabro. Fructus 
ignotus. — Arbor magna; petioli usque ad 5 cm. longi, lamina 
usque ad 16 cm. longa et ad 71/2 cm. lata subtus glaucescens 
tenuissime tomentella; panicula laxa, bracteae subulatae, tomen- 
tosae; flores monoeci, calix 6—8 mm. longus. 

Habitat in silva primaria collium ad cataractam Montanha 
fluminis Tapajoz (civitate Pará), 4-8-1923 florifera ab A. Ducke 
lecta (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18:105). 

Cette espêce doit être de la parenté du .S£ frondosa Rich. (de la 
Guyane française) que je n'aí pas vu; il sen distinguera cependant 
facilement par ses inflorescences laxes, les fleurs moins petites, 
Pappendicule des lacinies beaucoup plus rapproché de la base du ca- 
lice. Elle est, parmi les espêces que je connais, la seule qui a les 
fleurs blanchâtres, à peine avec une légêre nuance jaunâtre. 


JARD, 9 


— 130 -- 


Sterculia pruriens (AvuBL.) SCHUM. var. grandiflora DUCKE n. 
var. (an species nova?). 

Foliis in ramulorum apicibus densioribus quam in forma typica; 
petiolis omnibus 1 — 4 cm. longis; calicibus masculis 11 — 14mm. 
longis; caeterum ut in typo. Flores feminei et fructus ignoti. 
Arbor: media floribus sordide flavo — et rubido — variegatis. 

Habitat in silvis inundatis prope flumen Jaburuzinho regione 
Breves aestuarii amazonici, 1. A. Ducke, 12-7-1923, Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 18.102. 

Il faudra connaitre le fruit pour savoir sil sagit d'une variété 
du commun .S£. gruriens ou d'une espece inédite. 


Sterculia pruriens (AvBL.) ScHuUM. var. parviflora DUCKE n. 
var. (an species nova?). 

À forma typica differt petiolis solum usque ad 7 cm. longis, 
tomento foliorum subtus etiam in novellis parco cano-glauces- 
cente (non ferrugineo), panicula ampliore floribus numerosissimis, 
calicibus masculis adults 6—S mm. longis. Flores feminei et 
fructus ignoti. Arbor submagna floribus sordide flavo — et rubido 
— variegatis. 

Habitat in silvis non inundatis prope Bella Vista ad cataractam 
infimam fluminis Tapajoz, 1. A. Ducke 31-5-1923, H. J. B. R. 
n. 18.104. 

Encore une variété douteuse, faute de connaissance du fruit, 
lequel a, chez .SZ. pruriens, une forme caractéristique. La longueur 
des pétioles, chez le pruricns typique, varie beaucoup sur le même 
rameau ou 1l y a ordinairement quelques pétioles três longs et 
d'autres de longueur moyenne ou même três courts. 


Genre Theobroma L,. 


7 espêces sont indigênes dans PÉtat du Pará: 

1. Th. cacao L. — Indubitablement spontané dans le cours su- 
périeur du petit Rio Branco au Nord Est de Obidos, et à Tintérieur 
de la localité Francez au moyen Tapajoz; dans les deux régions ex- 
clusivement dans le sousbois d'une forêt três riche en palmiers 
«uauassú > ( Orbignya specrosa ( Mart.) Barb. Rodr.), en terrain hu- 
mide ou un peu marécageux. Les fruits de ces cacaoyers sauvages 
ont la forme et la couleur (jaune) des arbres cultivés et subspon- 
tanés partout en Amazonie. 

2. Th. speciosum Spreng. — Espece fréquente dans la forêt non 


= El = 


inondable et non trop humide de la plus grande partie de PÉtat du 
Pará et jusqu'au Nord de PÉtat du Maranhão (Cururupú, Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 4.728), répandue dans toute Phyléa, connue sous les noms 
de «cacao-y » ou «cacao-u». Port plus élevé que chez les autres es- 
pêces, feurs en bouquets compacts sur le tronc, d'un rouge três 
foncé, avec odeur d'écorce de citron; lorsque ces bouquets sont 
grands et nombreux, Parbre devient d'une beauté remarquable. Le 
fruit est beaucoup plus petit que chez le 7h. cacao (mesurant envi- 
ron 8— 10X6 —S cm.), elliptico-globeux, avec 5 côtés longitudi- 
nales peu saillantes. duveteux, jaune à la maturité, sa pulpe douce 
mais non parfumée. 

3. Th. Spruceanum Bern. — Espéce bien caractérisée quoique 
jJusqu'ici confondue par presque tous les auteurs avec le 7h. sgecio- 
sum (comme variété). Arbre toujours petit; fleurs sur les rameaux, fasci- 
culées mais peu nombreuses, beaucoup plus petites que chez Pespéce 
précédente, d'un brun rougeâtre três clair passant au rose, compléte- 
ment inodores; fruit comme chez le 7h. speciosum mais vert bleuâtre 
à la maturité d'oú lui vient le nom de «cacao azul» en usage à 
Obidos. Fréquent dans la. forêt non trop humide, primaire et secon- 
daire, des environs de Obidos et Faro et du bas T'rombetas, mais 
non encore rencontré dans les autres parties de PÉtat. 

4. Th. microcarpum Mart. — Petit arbre fréquent dans le haut 
Amazone (Solimões, bas Japurá, Purús et Acre); dans PÉtat du Pará 
seulement rencontré au moyen Tapajoz ou il n'est pas rare dans le 
sousbois des terres non trop profondement inondables ou un peu 
marécageuses, par exemple aux environs des cataractes du Mangabal 
(Herb. Amaz, Mus. Pará n. 16.466). Feuilles et fleurs plus petites 
que chez toutes les autres espeéces, fruit petit mesurant jusqu'á 
6 X 5 1/2 cm, presque globeux, parcouru par 5 côtes longitudina- 
les fort saillantes et entre les mêmes avec 5 côtes plus faíbles et 
transversalement réticulé. La pulpe est douce mais non parfumée. 

s. Th. grandiflorum (Spreng.) Schum. — Cette espéce, le «cupu- 
assú» du Pará et de la moitié orientale de PÉtat de PAmazonas (le 
«cupuassú> des parties occidentales de ce dernier État correspond 
au Th. bicolor), três frégquemment cultivé et parfois subspontané, 
existe a Pétat indubitablement spontané dans la forêt non inondable 
de la moitié Sud de PÉtat du Pará oú je Pai observé au moyen Ta- 
pajoz (collines du Mangabal, Herb. Amazon. Mus. Pará n. 16.458), 
Xingú (route d'Altamira) et Tocantins (chemin de fer d'Alcobaça) 
etou il a été vu par Huber aux environs du Guamá supérieur. Les 


ad TEA ue 


fruits (ellipsoides, veloutés de brun foncé, les plus grands du genre) 
des arbres spontanés ressemblent à ceux des cultivés; je ne sais ce- 
pendant s'ils ont le même parfum fort et caractéristique, ceux que 
jai vus étant déjà vidés par les singes. 

6. Th. subincanum Mart. — Cette espêce a le nom de «cupuhy» 
ou «cupuahy» parce que le fruit ressemble à celui du précédent 
mais étant beaucoup plus petit (environ 10 X 6 cm.), doux (non 
acide comme chez le dernier) et sans parfum. L/'arbre qui atteint 
une quinzaine de mêtres est fréquent dans la forêt humide non inon- 
dable mais au sol humeux ou marécageux de la plus grande partie 
de PÉtat du Pará et répandu dans toute Phyléa. 

7. Th. (Herrania) atrorubens Hub. — Arbrisseau non ramifié, 
couronné par les feuilles; fleurs sur le tronc, brun rouge foncé; fruit 
petit (mesurant environ 8— 10X 3 —4 cm.), oblong, acuminé, à E 
côtes longitudinales fortement saillantes et entre les mêmes encore 
s autres peu élevées. Fréquent dans le sousbois de la forêt inonda- 
ble ou seulement humide dans la partie occidentale de PÉtat du 
Pará et dans IÉtat de "Amazonas; connu sous les noms de «cacão 
quadrado », « cacao-y » ou « cacao-rana». — Dans la région de Pestuaire 
amazonien existe une forme (ou une autre espêce?) à pétales rose 
brun avec appendices blanchátres. 


Theobroma bicolor H. B. K. 


Cette espêce n'a pas encore été observée à Pétat indubitablement 
spontané en territoire brésilien; elle est cependant fréquemment cul- 
tivée et parfois subspontanée dans PÉtat de "Amazonas (Solimões, 
Rio Negro), rarement cultivée dans celui du Pará; le nom vulgaire 
est «cacão do Perú» ou, dans la partie occidentale de PÉtat de 
"Amazonas, « cupuassú », sans doute à cause du fruit dont la forme 
et souvent presqu'aussi la grandeur imitent le fruit du vrai « cupu- 
assú> (Th. grandiflorum) mais qui est grossiérement reticulé, non 
velouté, et dont la pulpe comestible dégage une odeur rappe 
celle du fruit du jaquier (Artocarpus integrifolia). 


Theobroma obovatum BERN. (= 7h. silvestre MART. = Cacao 
silvestris AUBL.?) 


Espêéce du haute Amazone, en aval observée jusqu'ã Teffé; con- 
fondue, dans la « Flora Brasiliensis », avec le 7h. subincanum, mais 
três différente dans le fruit qui est avec celui du Th. amuicrocarpum 
le plus petit du genre, obovoide, grossierement chagriné, à coque 


e Su 


plus mince et plus fragile que chez aucune autre espéce. Nom vul- 
gaire à Teffé: «cabeça de urubú» (tête de «urubú >»). 


CARVOCARACEAE 


Caryocar glabrum (AvBL.) PERS. 

Grand arbre de la forêt non inondable, fréquent dans toutes les 
parties de PÉtat du Pará et probablement dans toute Phyléa, connu 
sous le nom de «piquiá-rana da terra firme» (faux «piquiá» des 
terrains non inondables):; atteint fréquemment 25 — 35 et parfois 
jusquã so m. de hauteur. Bois brun jaune, plus grossier et bezaucoup 
moins estimé que celui du vrai «piquiá» (C. villosum); pétales 
jaunes, étamines rouges, ces couleurs saturées et belles. Le fruit est 
figuré dans la «Flora Brasiliensis» XII, I, pl. 60, £ 12 (endocarpe) 
et pl, 7o (celui avec deux noyaux; Pautre, avec quatre, appartient 
“peut-être à une autre espéce); ses dimensions sont s— 6 cm. pour 
la longueur, s —8 cm. pour la largeur et 4 cm. pour Pépaisseur (les 
fruits examinés ont 1 ou 2 noyaux); il est mat, revêtu d'une fine 
couche d'une substance détergible roux ferrugineux; le péricarpe 
carnoso-coriace se détache facilement du noyau lequel est formé par 
Pendocarpe enveloppé par le mésocarpe; celui-ci est une pâte grasse 
jaunâtre de peu d'épaisseur et couvrant à peine les pointes des 
épines de Pendocarpe; ce dernier consiste en une masse dure renfer- 
mant Pamande et est densement hérissé, à Pextérieur, de longues et 
robustes épines qui penetrent dans le mésocarpe graisseux; dimens 
sions de Pendocarpe (y compris les épines) 3 1/2 X 4 1/2—5 X 4 
cm. Le mésocarpe peu abondant de ce fruit n'est pas utilisé, mais 
on mange parfois "amande qui est savoureuse. 


Caryocar microcarpum DUCKE n. sp. (= C. glabrum var. edule 
WiITTM. ex parte, non CAsAR.), planche 13. 


A specie C. glabrum differt: statura parva vel mediocri, stipellis 
constanter valde conspicuis, florum coloribus vulgo dilutioribus 
(petalis viridialbis, roseis vel flavis, staminibus viridialbis, ro- 
seis vel rubris), staminibus minus numerosis, fructu (1 — 4 — cocco) 
adulto 2--31/2 cm. longo 21/2—3 cm. lato et 11/2—3 cm. 
crasso viridi (siccitate nigrescente) glaberrimo nitido, pericarpio 
cum - mesocarpio (tenui, albo, subfarinaceo) maturitate irregula- 
riter fisso et a putamine soluto, hoc valde reniformi dorso et ventre 
carinato, dimensionibus 2 — 2 1/2X 1 1/2X1 1/3 cm, aculeis vali- 


— 134 — 


dis maioribus et minoribus saepe fasciculatis e tuberculis irregu- 
lariter sparsis sat dissite armato. 

Habitat in ripis inundatis lacuum fluminum et rivorum, civitate 
Pará frequens (specimina examinavi e locis Belem, Pinheiro, Mos- 
queiro, Rio Capim, Espozende prope Almeirim, Rio Xingú, Rio 
Branco de Obidos, Obidos (oppidum), Rio Erepecurú et Rio Ma- 
puera affluentes fl. Trombetas, et Faro; specimina etiam vidi e 
civitate Amazonas, loco Bôa Vista prope Rio Branco superius. 
Specimina florifera cum fructibus: Belém, Herb. Amaz. Mus. Pará 
n. 15.500 et H. Jard. Bot. Rio n. 17.835; Mosqueiro ad fluvium 
Pará, H. J. B. R. n. 17.843; Rio Xingú inferius, Tucuruhy, H. J. 
B. R. n. 17.886; Obidos, H. J. B. R. n. 17.844; Faro, Herb. Amaz. 
Mus. Pará n. 10.518. — « Piquiá-rana da varzea» appellatur. A 

Cette espéce a été jusqu'ici confondue avec le €. glabrum, duquel 
elle se distingue facilement par son fruit tout à fait particulier mais 
qui était resté ignoré des botanistes. L'aspect des arbres est aussi 
três différent, notre espéêce nouvelle étant un des arbres souvent ra- 
bougris qui abondent dans les terrains noyés, tandis que Pautre est 
un bel arbre de la forêt vierge non inondable. Je ne peux pas 
savoir si le C. glabrum var. edule des parties Nord de PAmérique 
tropicale dont je n'ai pas vu des matériaux, appartiendra au C. ma- 
crocarpum; ce qui semble assuré, cest que le €. edule Casar. du 
littoral sablonneux de Rio de Janeiro est une autre espéce, car 1l 
est autant difficile de rencontrer un arbre de I'«igapo » amazonien 
dans les sables maritimes du Brésil méridional, comme de justifier 
le nom de edule pour une des rares espéces du genre dont les fruits 
n'ont rien de comestible. | : 

C. microcarpum ne fournit pas de bois utilisable ni des fruits 
comestibles; on m'a cependant informé, dans plusieurs localités, que 
les feuilles produisent, par battage dans Peau, une écume et peuvent 
être emplovées an lieu du savon. 


Caryocar gracile WrrrTM. 


Espéce parfaitement distincte du €. glabrum, en dehórs des di- 
mensions moindres de toutes ces parties, par les inflorescences, ayant 
la partie florifére longue jusqu'à 15 cm. avec pédicelles três espacés, et 
par les fleurs roses três parfumées, évidemment entomophiles! (celles 
du C. glabrum sont parfaitement inodores, ornithophiles). Arbre moyen 
de la forêt non inondable aux environs de la deuxiéême cataracte du 
Japurá (région de Cupaty, territoire colombien du Caquetá), Herb. 


e | 5) = 


Amazon. Mus. Pará n. 12.253; ces spécimens sont parfaitement sem- 
blables à ceux de Spruce (n. 2.550), recoltés dans la voisine région 
de PUaupés. — Le n. 1.872 de Spruce, provenant de Manáãos, n'appar- 
tient pas à cette espece, son inflorescence est plutôt celle du €. mi 
crocarpum duquel il possede encore les stipelles bien développées et 
ne différe que par les fleurs plus petites. 


Caryocar villosum ( AuzL.) PERS. (planche 13). 


x 


Cet arbre fournit le «piquiá » du Pará, fruit à mésocarpe três 
gras, comestible; 1] semble répandu dans toute lPhyléa, des Guyanes 
à la partie Nord de PÉtat du Maranhão et de PAtlantique au haut 
Amazone, mais non partout et toujours moins fréquent que le €. 
glabrum; 1l est encore estimé pour son bois gris blanc jaunâtre, de 
grain três fin et qui peut être obtenu dans des piéces três grandes, 
vu Pénorme épaisseur du tronc lequel peut atteindre, à sa base, un 
diamêtre de plus de 5 m. (d'aprêés P. Le Cointe) tandis que la hau- 
teur de Parbre ne semble pas dépasser une quarantaine de metres. 
Les fleurs sont jaune clair. 

Le fruit mésure de 6 1/2 — 8 cm. pour la longueur, 6 — 8 cm. 
pour lá largeur et 5 1/2 — 6 cm. pour Vépaisseur, il est générale- 
ment 1 — 2 — seminé, desement couvert de lenticelles gris brun 
clair, mat; le péricarpe charnu, plus épais que chez C. glabrum, se 
détache comme chez celui-ci facilement du noyau (formé par Ten- 
docarpe enveloppé par le mésocarpe) dont Paspect et la grandeur 
sont plus ou moins comme chez Pespéce citée, mais avec compres- 
sion latérale plus forte (diamétre mineur à peine 3 cm.); Vépaisseur 
de la couche extérieure du mésocarpe graisseux est beaucoup plus 
grande que chez le C. glabrum; la couche intérieure du mésocarpe 
est reduite à un peu de cette masse qui soude les aiguillons de 
Pendocarpe, lesquels sont extrêmement nombreux, plus courts et 
beaucoup plus fins que chez le C. glabrum mais durs et três péné- 
trants. On mange le fruit cru ou, plus souvent, cuit (les noyaux); la 
partie comestible généralement utilisée est la couche extérieure du 
mésocarpe, jaune, douçatre ou amêre, à odeur forte de beurre non 
trop frais. L'amande est savoureuse mais rarement mangée, 


Caryocar nuciferum L. 

Cette espéce jusqu'ici connue des Guyanes existe en territoire 
brésilien dans la région du haut Rio Branco (État d'Amazonas) 
dou mr. J. G. Kuhlmann a récemment rapporté un noyau, 


= 186 — 


GUTTIFERAE 


Clusia grandiflora SPLITG. 


Cette espéce, probablement la plus belle du genre et qui 
n'était connue que des Guyanes, n'est pas trop rare aux environs 
de Belem do Pará (H. J. B. R. d. 18.064). Grand arbuste épiphyti- 
que et grimpant sur des grands arbres de la forêt non inondable; 
fleurs roses avec pétales blanches, odorantes surtout aprês être des- 
séchées. 


Tovomita speciosa DUCKE n. sp. 


Arbor parva vel vix mediocriter alta trunci basi radicibus 
adventivis fulta, partibus omnibus glaberrima; ramuli crassi striati 
apice foliiferi, internodiis brevissimis longitudine latioribus. Folia 
petiolo crasso semiterete striato et apice supra canaliculato 3 
— 4 cm. longo, lamina 26 — 42 cm. longa et 9 — 17 cm. lata, vulgo 
oblongo-obovata vel elliptico-obovata, basin versus longe cuneato- 
attenuata, apice obtusa rotundata vel retusa, coriacea, párum niti- 
dula, subtus punctis nigris conspersa, costa mediana crassa et subtus 
valde prominente, costis secundariis utrinque 16— 22 supra im- 
pressis subtus prominentibus angulo 60 — 70º a costa abeuntibus 
marginem versus leviter arcuatis parum ante marginem anastomo- 
santibus, venulis in utraque pagina laxis tenuissime prominulis 
saepe subobsoletis. Inflorescentia 5 —7 cm. longa, pauciramosa 
(saepe e basi), pauciflora, ramis crassis saepe reflexis, bracteis 
caducis (basalibus: lanceolato-linearibus 21/2 cm. longis; in ra- 
morum axillis: ovatotriangularibus ad 1 cm. longis; ad insertionem 
pedicelli: ovatis parum ultra 1/2 cm. longis); pedicelli validi, ad 
anthesin 1 — 1 1/2 cm. longi; alabastra sphaeroidea usque ultra 
t cm. lata. Sepala 4 late orbiculata, interna ad anthesin circa 1 
cm. longa et ultra 1 cm. lata, externa his conspicue minora praeser- 
tim angustiora; petala 6 anthesi 11/2—2 cm. longa, obovato- 
elliptica, alba; stamina ignota; staminodia petalorum dimidium 
vix excedentia crassa applanata ananthera; ovarium subovoideum 
supra cylindrico-elongatum, stylis 6 crassis sulcatis stigmata brevia 
et parum crassiora ferentibus. Fructus adultus 3 cm. longus 21/2 
cm. latus, piriformis, apice rostratus et stylis persistentibus coro- 
natus. 


Habitat in silvis humosis regione collium Quataquara prope 


E q 


medium flumen Tapajoz (civitate Pará), 1 A. Ducke 15-81923, 
ER BR. mn. 18.069. 

Cette espéce tres belle s'éloigne des autres par ses internodes 
três courts et ses sépales intérieures plus grandes que les extérieu- 
res; les ovules solitaires et les graines dépourvues d'arille ne per- 
mettent cependant pas de la placer dans un autre genre. Le fit de 
Parbre seléve sur un cône de racines adventives, comme chez les 
autres Zovomita amazoniens et chez le vulgaire Symphonia globulr- 
fera. — Elle aura peut être quelques affinités assez éloignées avec les 
espéces 7. obovata (de la Guyane anglaise) et 7º macrophylla (Rio 
Negro et Solimões) que je n'ai pas vues. 


Genre Caraipa AUBL. 


Vétude des matériaux abondants acquis récemment par notre 
herbier vient de confirmer la classification des espéces adoptée dans 
mon travail de 1922; 1l m'est cependant arrivé de trouver des 
points transparents chez quelques feuilles d'espéces qui en sont le 
plus souvent dépourvues (chez C. minor et surtout chez C. excelsa). 


Caraipa psidiifolia DUCKE 


La forme et la grandeur des feuilles varient bcaucoup, celle-ci 
etant de 5 à 25 em. pour la longueur et de 3 à 10 cm. pour la lar- 
geur; les points transparents sont toujours três visibles. La capsule a 
le sommet rostré ou simplement acuminé, plus rarement obtus. J'ai 
récemment examiné du matériel abondant, provenant de la forêt des 
rives du Rio Pará prês de Mosqueiro (H. J. B. R. n. 18030) et de 
Gurupá (H. J. B. R. n. 18.029). 


Caraipa Lacerdaei BARB. RODR. 


Les feuilles, chez cette espéce, varient encore plus fortement en 
forme et en grandeur que chez la précédente; les plus grandes que 
Jai vues mesurent 35 cm. de longueur sur 12 cm. dê large; elles sont 
en dessous pointillées de poils rameux en étoile, souvent abondants, 
rarement clairsemés, toujours bien distincts. La capsule jeune est 
densement revêtue de duvet roux ferrugineux et peu rugueuse; ce 
duvet devient plus faíble avec Pâge, tandis que les rugosités devi- 
ennent plus fortes. 

Cette espéce semble limitée à la région de Pestuaire amazonien 
ou elle est la plus commune du genre; dans les districts moyens de. 
PAmazonie elle est remplacée par C. galustrais. 


Dai 


Caraipa palustris BARB. RODR. 


Nous avous maintenant du matériel assez abondant (récolté par 
mr. J. G. Kuhlmann au bas Rio Negro, H. J. B. R. n. 18046 et 
18.037) de cette espéce qui remplace la précédente dans les parties 
moyennes d'Amazonie et en pourrait être considérée éventuellement 
comme race géographique. Les feuilles varient, comme chez la der- 
niére, en forme et en grandeur mais sont plus souvent franchement 
lancéolées et les plus grandes n'ont que 21 cm. de longueur sur 
6 1/2 cm. de large; en dessous leur couleur est généralement plus vive 
(ferrugineuse ou roux ferrugineux) et on n'y volt pas, sous la 
loupe, les points blanchâtres formés par les poils étoilés de Tespéce 
précédente, mais il y a seulement de ces poils três petits (visibles au 
micruscope) et souvent três rares. La capsule est un peu plus petite 
que chez C. Lacerdaer, acuminée comme chez celui-ci ou obtuse,;'avec 
le duvet et les rugosités variables comme chez Zacerdaer selon Pâge. 
— Cette espéce est fréquente dans les forêts marécageuses du bas 
Rio Negro et semble encore répandue au Tapajoz, car le n. 16.447 
mentionné dans les « Archivos » vol. III p. 216 (et que javais consi- 
déré comme douteux, pouvant éventuellement représenter une forme 
plus glabre du Lacerdaer) ressemble à certains échantillons du Za- 
lustris de la collection de mr. Kuhlmann du Rio Negro. 


Caraipa minor Hvus. 


Récemment encore récolté prês de Breves dans Pestuaire amazo- 
nien (H. J. B. R.n. 18.031), oú Parbre se rencontre dans les mêmes 
conditions que le Lacerdaer, mais beaucoup plus rare. Chez quelques 
feuilles existent des points trapsparents três petits. 


Caraipa punctulata DUCKE 


Encore de la petite riviêre Jaburuzinho prês de Breves (H. J. 
B. R. n. 18.033, forme avec feuilles un peu acuminées), et de la forêt 
marécageuse aux environs du ruisseau Pirapitinga affluent du Jutahy 
entre Almeirim et Prainha (H. J. B. R. n. 18032), région ou plu- 
steurs arbres caractéristiques de Pestuaire semblent atteindre leur li- 
mite occidentale (par ex. Mora paraensis, Qualea speciosa etc.). 


Caraipa reticulata DUCKE 


Le matériel abondant que j'ai récolté à Bragança (H. J. B. R.n. 
18.034) vient de confirmer les différences qui existent entre cette es- 
peéce et la voisine C. gunctulata, énumerées dans mon travail de 1922. 


EN CI a 


Caraipa myrcioides DUCKE 


Des spécimens floriféres provenant de la forêt médiocre des col- 
lines du Quataquara, moyen Tapajoz (H. J. B. R. n. 18.035) se dis- 
tinguent du type seulement par les feuilles un peu plus grandes 
(jusquã 17 X6 1/2 cm.) et plus oblongues. Cette espéce habite donc 
les hautes terres côté Sud et côté Nord de "Amazone. 


Caraipa excelsa DUCKE 


Les feuílles ont parfois des points transparents distincts quoique 
três petits; parfois il y a sur le même rameau des feuilles avec ces 
points et d'autres qui n'en ont aucun vestige. L/arbre n'est pas rare 
dans la forêt des rives du Tapajoz (dars des endroits rarement at- 
teints par la crue) oú je ai observé encore en aval des cataractes 
prês de Itaituba (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.040); mr. J. G. Kuhlmann 
Pa trouvé au Nord Quest de Matto Grosso prês du Rio Ouro Preto 
affuent du Paca Nova, H. J. B. R. n. 18038 et (dans une forme 
réduite à arbrisseau ) dans les Campos Novos de la Serra do Norte 
NERRR BR: nº 10.741). 


QUIINACEAE 


14 


Lacunaria DUCKE n. g. (planche 12). 

Flores dioici (semper?); masculi ignoti; feminei ut generis 
Touroulia (secundum descriptionem in Engler: Natiúrl. Pflanzen- 
familien) at maiores, petalis distincte hypogynis, ovario 10 — 13 
— (vulgo 12-—) loculari ovulis in loculo 3 (2?) — 4. Fructus 
pericarpio carnoso lacunis numerosis regulariter uniseriatis lacte 
albido repletis, vulgo 12 —loculare seminibus numero ovulorum, 
septis maturitate evanidis, pulpa succosa, seminibus valde com- 
pressis testa tenui villis densissimis et longis fulvis, cotyledonibus 
tenuibus planis, albumine crasso oleoso. Arbores parvae vel mediae 
silvae non inundatae amazonicae, foliis verticillatis saepius qua- 
ternis, mediocribus vel magnis, glabris, penninerviis, simplicibus 
margine saepe undulato, floribus (albis) et fructibus pro familia 
magnis vel maximis. 

Ce nouveau genre se distingue des deux genres déja connus 
dans cette famille surtout par la présence de loges (contenant du 
latex) dans le péricarpe, par les cotylédones plats et fins et par la 
présence d'un endosperme, beaucoup plus épais que ceux-ci. Ces ca- 
ractéres indiquent la parenté étroite de la famille des guttiféres, de 


140 


laquelle se rapproche encore Paspect des inflorescences et des fleurs. 
Les stipules bien dévoloppés, les feuilles verticillées, la forme de 
toutes les parties de la fleur et beaucoup de caractêres du fruit (comme 
les graines villeuses, etc.) sont bien ceux des vraies quiinacées. 


Lacunaria grandiflora DUCKE n. sp. (planche 12). 


Arbor vix media, praeter innovationes et inflorescentias rufo- 
tomentosas glabra, ramulis vix angulosis, verruculosis, novellis 
striatis. Stipulae subulato - lanceolatae 5 — 10 mm. longae. Folia 
verticillata quaterna rarius terna, rarissime opposita, petiolo 1 — 4 
cm. longo basi incrassato, lamina vulgo 15—30 em. longa et 
4— 10 cm. lata, integra margine saepe undulata rarissime remote 
dentata, plus minus obovato -oblonga vel obovato - lanceolata basin 
versus longe cuneato - attenuata, basi acuta, apice breviter acumi- 
nata vel obtusa, coriacea, nitida, costis secundariis utrinque 15 — 
25 supra vix prominulis vel immersis subtus valde prominentibus, 
subtus inter costas densissime et subtilissime undulato - striolata. 
Flores masculi ignoti; inflorescen:iae femineae ex axillis foliorum 
vulgo delapsorum racemosae usque ad 12 cm. (vulgo 5 —8 cm.) 
longae vulgo pauciflorae, saepe deflexae, rhachide et pedicellis 
(11/2—21/2 cm. longis strictis validis super basin articulatis 
apicem versus sensim incrassatis) densissime rufotomentosis, bracteis 
brevibus triangularibus acutis; flores foetidi; sepala 4, extus cano- 
tomentosa, externa circa 6 mm. longa elliptica, interna 10 mm. 
longa late orbicularia; petala 4, hypogyna, alba, 8— 10 mm 
longa et 7—g mm. lata, obovalia, glabra, anthesi reflexo - pa- 
tentia; ovarium album, 6—7 mm. longum, striatum, glabrum, 
m exemplaribus (4) examinatis 10— 12 —loculare loculis 3 — 


4 —ovulatis, stylis 10— 12 brevibus applanatis vulgo contortis, 


stigmatibus oblique peltatis concavis. Fructus ellipticus vel obovato- 
subglobosus saepe ad 12 cm. longus et ad 9 cm. latus, lenticelloso- 
squamulosus griseus vel albido-cinnamomeus, longitudinaliter sul- 
catus et striatus; pericarpium crasse carnosum lacunis numerosis 
lacte albido repletis munitum; pulpa dulcacida, sapore grato; se- 
mina in juniore vulgo 3 per loculum, matura (in fructu demum 
uniloculari) circa 11/2cm. longa villis fulvis densissime vestita, 
cotyledonibus tenuibus planis albumini crasso oleoso inclusis: 
Habitat in silva non inundata circa cataractas inferiores flu- 
minis Tapajoz: 1. A. Ducke loco Flechal (Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 94) et loco Furnas (H. J. B. R. n. 18,112) ubi florebat 


ng 


junio et augusto, fructibus maturis maio; 1. J. G. Kuhlmann 
inter São Luiz et Pimental, fructibus nondum maturis, H. J. B. 
Rio n. 18.115. | 

Cette espéce est remarquable par les dimensions des fleurs et des 
fruits, beaucoup plus grandes que chez toutes les autres quiinacées 
jusquici connues. Les fruits ont, à premiére vue, Paspect d'un fruit 
de Throbroma (sans cependant ressembler à celui d'une espéce dé- 
terminée de ce genre); leur péricarpe renferme des loges contenant 
du latex blanchâtre, abondant; la pulpe est probablement comestíble, 
de gott et odeur agréables (presque tous les fruits adultes que J'ai 
vus étaient vidés par les singes). 

Des spécimens fructifêres d'un arbre de Bragança ressemblent 
beaucoup à ceux du Z. grandiflora mais toutes les parties sont moins 
grandes, les feuilles sont plus exactement lancéolées, le fruit est plus 
globeux; les fleurs étant inconnues, il n'est pas possible de vérifier 
sil ne s'agit d'une autre espéce. 


í Lacunaria minor DUCKE n. sp. 


A praecedente differt: stipulis lineari - lanceolatis 3/4 — 2 cm. 
longis apice saepe obtusis, nervo mediano distincto percursis, foliis 
“multum minoribus (petiolo vix ultra 1 cm. longo, lamina 7— 13 
cm. longa et 4— 6 cm. lata) obovatis vel obovato - oblongis apice 
saepe acumine brevi abrupto vulgo obtuso, subcoriaceis, costis 
secundariis utrinque 8 -— 10 subtus sat tenuiter prominentibus, fru- 
ctibus in diametro circa 4 cm. metientibus, seminibus circa ê8mm. 
longis. Arbor parva innovationibus et pedunculis rufotomentosis et 
raris pilis foliorum exceptis glabra, foliis margine vix undulatis, 
fructu ut in praecedente albido et jactescente (sed obsolete striato), 
“stylorum vestigiis 12-13, pulpa dulcacida. Flores ignoti. 

Habitat prope Almeirim civitatis Pará, sub montis Sacaçacá 
radicibus, silva humida, 1 A. Ducke 23-4-1923, Herb. Jard. 
Bot. Rio'n. 18.245. 

LVespeéce suivante appartient avec toute probabilité à ce nouveau 
genre, mais le fruit est inconnu est Povaire ne renferme que deux 
ovules dans chacune de ses douze loges: fi 


1 


Partibus vegetativis inter species Z. grandijlora et L. minor; 
dignoscitur : stipulis lineari -subulatis acuminatis vel apice setaceis 


acunaria (?) acreana DUCKE n. sp. 


e PURO e 


(1/2—11/2cm. longis), foliis petiolo sat gracili (1 1/2— ultra 
2 cm. longo), lamina 1 — 2 dm. longa et 4 — 6 cm. lata oblonga rarius 
obovato-oblonga basi longe sensim acuminato-angustata, apice plus 
minus breviter acuminata vel obtusa, subcoriacea, margine vix 
undulata, nervis utrinque 9 — 12 subtus sat tenuiter prominentibus. 
Inflorescentiae masculae ignotae; femineae terminales racemosae 
rufotomentosae rhachide crassa 1 1/2 — 2 cm. longa, bracteis parvis 
ovatis acutis, pedicellis demum saepe deflexis usque ad 2 cm. longis 
super basin vel fere in medio articulatis, apice non incrassatis; 
sepala 4, externa 4 — smm. longa late orbiculata extus tenuiter 
ferrugineo-tomentosa, interna 7 mm. longa magis elliptica solum 
basi tomentosa; petala 4 —s albida glabra obovato-orbicularia 6 
mm. longa; ovarium 31/2 — 4 mm. longum fortissime striatum 
loculis 12 biovulatis, stylis 12 crassis. Fructus ignotus. Arbor 
5— 6 m. altus. 

Habitat in territorio Acre inter locos Nova Olinda et São 
Luiz, silva non inundata, 1.7. G. Kuhlmann 26-10-1923, Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 18.116. 

Cette espêce se rapproche, par le facies et la plupart des cara- 
ctêres, tellement des deux espéces précédentes que je n'hésite pas à 
la placer au moins provisoirement dans le même genre, quoique je 
n'en connaisse pas le fruit. Ses fleurs ressemblent cependant encore 
plus aux fleurs (femelles) du Zowroulia decastyla Radlk. (du Brésil 
central), espéce que je serais tenté d'attribuer, au gente Lacunaria, 
si les graines (selon Schwacke cité par Radlkofer) métaient seule- | 
ment 2 à 4, revêtues de duvet brun foncé et avec cotylédons grands 
et épais (Vauteur ne dit rien de la présence d'un endosperme ni des 
loges du péricarpe contenant du latex, c'est à dire des caractêres 
principaux de Zacunaria). Il est vrai que les 2 à 4 graines attri- 
buées à un fruit issu d'un ovaire 20 — ovulé (dans cette famille bo-. 
tanique ou le nombre des graines n'est normalement pas inférieur à 
celui des ovules) laissent soupçonner que des erreurs puissent s'être 
glissées dans la description de ce fruit qui ne semble représenté dans 
aucune collection (9). 


(9) — J'ai vu, au Museu Nacional, des échantillons florifêres provenant de la 
localité typique (S. José de Chopotó prês de Rio Novo, 7oo m., État de Mina 


ENS 


Genre Touroulia AUBL. 


T. guianensis Aubl, le type du genre, a (selon la description et 
le dessin) les fleurs petites du genre Qurina mais un fruit ayant 
(au moins extéricurement) aspect des fruits de Lacunaria et est la 
seule quiinacée connue avec feuilles pennées chez la plante adulte. 
— T. pteridophylla Radlk.. décrit d'aprês des échantillons stériles, 
est três probablement la jeune plante d'un Quina de Paffinté de 
acutangula n. sp. qui a des feuilles pennées chez la jeune plante mais 
simples chez Parbre adulte — T. decastyla Radlk. a (comme 7ai 
déjá dit) Paspect d'un Zacunaria mais la description du frut ne 
correspond pas au fruit de ce dernier genre. 


Quiina acutangula DUCKE n. sp. 


Arbor parva ramulis junioribus acute quinquangulatis rarius 
quadrangulis et cicatricibus magnis foliorum delapsorum notatis, 
solum novissimis ferruginescenti - puberulis, mox glabratis demum 
cinereis et verruculosis, internodiis valde inaequalibus longiusculis 
et brevissimis mixtis. Stipulae foliaceae nervo mediano prominente, 
parvae lineares vel ad 2 cm. longae oblongae, apice acuminatae. 
Folia in ramulorum apicibus congesta verticillata vulgo quina 
rarius quaterna, magnitudine in ipso ramulo valde inaequalia, in 
ramulis floriferis suberecta, petiolo ad 1 1/2 rarius 2 cm. longo sat 
gracili, lamina vulgo 413 (rarius 18) cm. longa et 11/2—4(6) 
em. lata, oblonga vel obovato-oblonga, basin versus longe angus- 
tata apice acuta obtusa vel anguste retusa, margine minute et sat 
remote serrulata, coriacea, nitida, costis secundariis utrinque 14 
— 18 tenuiter prominulis et praesertim in vetustioribus in venulas 
pinnatas tenuissimas anastomosantibus, inter costas densissime et 
subtilissime undulato-striolata. Racemi in axillis foliorum praeser- 
tim delapsorum solitarii, simplices, graciles, ad 4 (rarius 5) cm. 
longi, tenuiter canopuberuli, bracteis subulatis subparvis, pedicellis 
sat remote verticillatis circa 1/2cm. longis non articulatis apice 
parum incrassatis et angulosis. Flores in speciminibus nostris omnes 
hermaphroditi, ochroleuci; sepala 5 inaequalia parum ultra 2 mm. 
longa ovata obtusiuscula, extus canopuberula; petala 5 tenuia obo- 
vato-oblonga circa 3 mm. longa apice minime ciliolata; stamina 
(in floribus apertis; alabastra non adsunt!) 12 — 14, inter se libera, 
filamentis saepius petalorum basi adnatis, antherarum connectivo 
angusto; ovarium tenuiter striatum tenuissime canotomentellum 
stylis duobus glabris. Fructus (adultus videtur at non maturus) 


ms (4d 


obovato-oblongus 1 1/2 — 1 2/3 cm. longus et circa 1 cm. latus, dense 
tenuiter striatus, seminibus duobus uno latere compressis, breviter 
subaureo-villosis, exalbuminosis, cotyledonibus crassis. — Plantula 
novissima foliis pinnatopartitis segmentis utrinque 6— 8, demum 
foliis 3-— 5 —lobatis in arboris adultae folia simplicia transiens. 

Habitat in silvula humili at densa cacuminibus montium vel 
collium ad septentrionem Amazonum fluviis inferioris: Serra Pon- 
tada (circa 300 m. altitudinis) in regione montium Jutahy inter 
Almeirim et Prainha (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.134) ubi etiam 
in vicino monte Araguay frequenter visa; Serra do Curumá (150m.) 
prope Obidos, H. J. B. R. n. 18.133. Specimina ab A. Ducke lecta, 
florifera septembre. 

Espéce d'un facies particulier, avec la plus grande partte des 
feuilles densement groupées au sommet des rameaux, en vertícilles 
le plus souvent de 5, séparés par internodes três courts. 'Remarqua- 
ble est encore le nombre réduit des étamines; 1l est cependant possible 
que celui-ci n'etait plus compléte dans les fleurs (toutes pleinement 
épanouies) de nos spécimens. Larbre est un des élements caracté- 
ristiques et três fréqnents de la petite forêt qui couvre les sommets 
de beaucoup des petites montagnes dréssées au Nord du bas Amazone. 


VIOLACEAE 


Rinoreocarpus DUckE n. g. (planche 13). 


Calix sepalis 5 liberis subaequalibus imbricatis. Petala 5 1i- 
bera subaequalia valde imbricata, subsessilia. Stamina 5 libera 
aequalia antheris introrsis ovatis dorso exappendiculatis sed appen- 
diculo terminali parvo oblongo coronatis. Ovarium globoso-ovatum 
triloculare stylo subfusiformi. Capsula nuda (sepalis petalis sta- 
minibusque deciduis), elastice trivalvis, endocarpio cartilaginoso 
ab epicarpio corticoso demum soluto, seminibus in valva 2—3 
obovatis testa crustacea albumine copioso cotyledonibus tenuibus. 
— Arbor parva stipulis subparvis lanceolatis caducissimis, foliis 
alternis mediocribus, floribus in cymis vel fasciculis parvis axilla- 
nibus, salmoneis. Amazoniae partes medias et occidentales habitans. 


Rinoreocarpus salmoneus DUCKE n. sp. 


Arbor usque ad circiter 12 m. alta, ramulis novellis canopubes- 
centibus mox glabratis, demum rufescentibus vel canescentibus, 
saepe lenticellosis. Folia petiolo 2/3 —1 cm. longo canaliculato 


E 


vulgo sat pubescente, lamina 7 — 20 cm. longa et 3-—8cm. lata, . 
obovato-oblonga vel rarius obovata, basi longius vel brevius acuta, 
apice breviter acuminata, margine irregulariter et saepe obsolete 
repando-serrata, chartaceo-membranacea, praeter costam basi pube- 
rulam glabra, parum nitida, subtus paullulum discoloria, siccitate 
saepissime nigricantia, arcuato-penninervia nervis et venulis subtus 
tenuiter at distincte prominentibus. Inflorescentiae axillares cano- 
puberulae, floribus paucis fasciculatis vel numerosioribus in cymis 
ad 2 cm. longis breviter pedunculatis; bracteae parvae lanceolatae 
caducae; glandulae nigrae in axillis ramulorum inflorescentiae saepe 
adsunt. Flores subsessiles vel breviter pedicellati; calix sepalis circa 
11/2mm. longis triangulari-ovatis obtusiusculis densius puberulis; 
petala flavidorubra circa 5 mm. longa oblongo-spatulata extus 
et intus minime pilosula, ad anthesin usque ad 4/5 vel 5/6 imbricata 
vel subimbricata apice plus minus patula vel parum reflexa; sta- 
mina ovario subaequilonga glabra filamentis antherae subaequi- 
longis; ovarium glabrum. Capsula 2— 3 cm. longa maturitate ni- 
gricans, subobsolete transverso-reticulato-rugosa, seminibus circa 
6 mm. longis et 4 mm. latis glaberrimis nitidissimis sordide fla- 
vidis punctis impressis minutis nigrescentibus conspersis. 

Habitat in silvis primariis et secundariis terris argilosis non 
inundatis: civitate Pará 1. A. Ducke loco Colonia Poço Branco 
prope Santarem (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.024), prope catar 
ractas inferiores fluminis Tapajoz locis Villa Braga (H. J. B. R. 
pt 22) | Poção (HJ. BR. n. 5.632) et Uruá (Herb. Amaz. 
Mus. Pará n. 16.878), et in regione fluminis Trombetas ad orien- 
tem lacus Salgado (H. A. P. n. 9.161); civitate Matto Grosso 1. J. 
G. Kuhlmann prope stationem Presidente Marques vias ferreae 
Madeira-Mamoré (Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.025); in Peruvia aus- 
tro-orientali prope flumen Acre superius loco Seringal Auristella, 
E. Ule Herb. Bras. n. 9.622, specimen floriferum in Museo Paraensi. 
— Floret per totum annum. 

Ce nouveau genre est surtout voisin de Ainorea dont il a la 
capsule, ainsi que les pétales et étamines libres; les feuilles, les três 
jeunes inflorescences et les anthéres rappellent cependant plutôt 
Gloeospermum (les spécimens floriféres de Ule ont été distribués sous 
le nom de G. Sprucer). On le distingue tout de suite, de Rmorea, 
par les inflorescences cymeuses, les anthêres dépourvues de Pécaille 
dorsale mais munies d'un petit appendice apical, ainsi que par le 
facies général et la couleur de la corolle; de Gloecospermum, par les 

JARD, IQ 


— 146 — 


. 
inflorescences cymeuses, la couleur des pétales, celles-ci et les éta- 
mines libres, "appendice terminal des anthéres três petit, et surtout 
par le fruit tout à fait différent. 


PASSIFLORACEAE 


Passiflora candida (PocPpr.) Masrt. (=? Guwedesit HUB.) 


Les spécimens de la région de Pestuaire amazonien (Macujubim, 
Herb. Amaz. Mus. Pará n. 2.245) que Huber a décrits sous le nom 
de P. Guedes, different des spécimens du haut Amazone (Tefé, H. 
A. M. P. n. 12.213) seulement par les feuilles plus allongées; les spé- 
cimens de la partie occidentale de PÉtat du Pará (H. A. M.P. 
n. 8.367) sont presqu'à peu intermédiaires entre les deux. La forme 
de la couronne membraneuse ne présente pas de différences notables. 


Passiflora inundata DUCKE n. sp. 


Ad sect. Astrophea, speciei P. costata Mast. (mihi solum des- 
criptione notae) affinis, primo adspectu speciei P. candida sat si- 
milis. Frutex robustus cirrhifer scandens. Ramuli foliaque glabra; 
petiolus 21/2-—31/2cm. longus eglandulosus; foliorum limbus in 
ramis fertilibus usque ad 15 cm. longus, ad 9 cm. latus, plus minus 
ovalis vel obovato-ovalis vel obovato-oblongus, basi anguste cor- 
datus apice parum retusus, nec marginatus nec denticulatus nec 
glandulosus, tenuiter coriaceus nervis venulisque subtus prominen- 
tibus. Pedunculi 2 — 4 cm. longi axiliares, solitarii, glabri, bracteis mi- 
nimis infra pedunculi articulationem dispersis. Flores 4—5 cm.longi, 
expansi diametro 6 — 8 1/2 cm.; tubus campanulatus sepalis multum 
brevior, vix minime puberulus; corona faucialis triseriata, seriei 
supremae filis externis petala subaequantibus apice valde attenuatis 
flexuosis fortiter papillosis, serici mediae filis subbrevibus capitel- 
latis, seriei infimae filis brevibus et tenuibus infra gradatim de- 
crescentibus; corona membranacea parum supra tubi basim sita 
deflexa brevis simplex; gynandrophorum glabrum plurisulcatum 
basi obconicum processu subcyathiformi magno notatum; ovarium 
profunde sulcatum vix fugacissime tomentellum stylis brevibus 
crassis superatum. Flores odoratissimi candidi sepalis extus vires- 
centibus, corona fauciali aurantiaca medio rufa. Fructum vidi non- 
dum maturum ovale viride glabrum. 

Habitat in ripis profunde inundatis fluminis Tapajoz prope 
Itaituba, 1. A. Ducke 28-35-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 14.647; 


= 147 — 


ad ejusdem' fluminis cursum medium praesertim insulis inundatis 
frequenter visa. 

Cette espéce nouvelle à fleurs belles et parfumées semble se rap- 
procher du 2. costata Mast. mais les pétioles dépourvus de glandes, 
les feuilles non marginées, les filets minces et papilleux de la série 
suprêéme de lã couronne sont certainement das caractéres suffisants 
pour ne pas la confondre avec ce dernier. 


) 


COMBRETACEAE 


Terminalia tanibouca SMITH 


Arbre de taille moyenne ou assez grand de la forêt inondée ou 
inondable en terrain d'alluvion argileux, répandu dans toute Phyléa 
et la région voisine de transition du Maranhão jusquau Rio Parna- 
hyba; fruits adaptés au transport par Peau; bois grisâtre assez bon 
et souvent emplové au Pará oú Parbre est connu sous les noms de 
«cinzeiro» (Belem, Breves), «cuia-rana >» (Marajó) et «tanibouca » 
(bas Amazone). — 7. Iucida Hffsge. n'est, peut-être, que cette même 
espece dont les feuilles comme les fleurs sont assez variables; Parbre 
qui a été cité sous ce nom par Huber et d'aprês lui par moi-même 
est cependant une espéce três différente: Buchenavia grandis n. sp. 


Terminalia obovata (Ruiz Er Pav.) Porr. 


Je crois pouvoir attribuer à cette espêéce insuffisamment connue 
(fleurs non décrites) un des arbres les plus élevés des forêts non 
inondables du Pará, rencontré en état florifére avec des fruits jeunes 
prês de Santa Izabel sur le chemin de fer de Bragança (Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 17.678), et avec fruits mírs au bas Rio Mojá (H. J. B. 
R. n. 17.683). Arbre à écorce ridée et bois brun jaune três solide 
qui dépasse les so mêtres; fleurs plus petites que chez le 7. brasr- 
tensis, avec étamines beaucoup plus courtes. 


/ Terminalia obidensis DUCKE n. sp. 


E sectione Chuncoa. Arbor mediocris vel magna, innovatio- 
mbus et spicis canotomentellis exceptis glabra. Folia non congesta, 
vulgo 5 — 10 cm. longa et 3— 7 cm. lata, petiolo 1/2 — 1 cm. longo, 
elliptico -oblonga vel obovato -oblonga basi brevius acutata vel 
longius cuneata, apice brevissime obtuse acuminata acumine saepe 
emarginato, membranacea vel subcoriacea, eglandulosa, supra gra- 
nulosa. distincte pellucido-punctata, parum nitida, subtus pallidiora, 


1) 


148 — 


utrinque remote arcuato-penninervia et praesertim supra distincte 
reticulata. Flores ignoti. Spicae fructiferae 3—7 cm. longae re- 
curvae et flexuosae breviter pedunculatae; samarae confertae 1 — 2 
cm. longae et 2—3cm. latae, transverse oblongae, chartaceae 
striatae subaureo-nitidae glaberrimae, corpore lanceolato, alis sca- 
riosis, binis lateralibus triangulari-subovatis vel suboblongis obtusis, 
dorsalibus o — 2 parvis vulgo solum in samarae tertio rarius dimidio 
apicali evolutis, ventralibus non evolutis. 

Habitat in silvis periodice inundatis regionis obidensis ci- 
vitatis Pará, terris compacte argillosis, 1. A. Ducke loco Cacaoal 
Imperial (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.676) et ad rivum Tucandeira 
affl. Rio Branco de Obidos (H. J. B. R. n. 17.675). 

Cette espece nouvelle a probablement des affinités avec le 7 
oblonga Poir. du Pérou oriental. E 


4 Buchenavia grandis DUCKE n. sp. 


Arbor in regione amazonica vulgo 30'ad 45 metralis et inter- 
dum altior, in regionibus siccioribus (Maranhão) humilior (20m.), 
coma amplá, vulgo trichotome ramosa. Ramuli teretes, cito gla- 
brati, vetustiores cortice cinnamomeo-cinereo saepe subsoluto. Folia 
ad apices ramulorum congesta, cum petiolo (1/2 ad 2 cm. longo) 
vulgo 8 ad 13 cm. longa 3 ad 5 cm. lata, obovato-oblonga, im- 
punctata, eglandulosa, basi longe cuneato-attenuata, apice obtusa 
vel brevissime obtuse vel acutiuscule acuminata, novissima tan- 
tum rufotomentosa, adulta supra glabra subtus plus minusve pilo- 
sula et saepe in axillis nervorum barbellata, supra vix vel dis- 
tincte nitida, nervis primariis subtus. elevatis paucis longe ante 
marginem arcuato-conjunctis, venis subtus vel in utraque paginá 
conspicuis. Spicae cum foliis novellis in ramulorum apicibus fasci- 
culatae, 6 ad 10 cm. longae, parte basali non floriferã (pedun- 
culo) 1 ad 2 cm. longá, pedunculo et rhachide et saepe ovariis plus 
minus dense rufotomentosis, bracteis rubescentibus subulatis saepe 
alabastra excedentibus ante anthesin caducis. Flores expansi circa 
2 ad 21/2mm. diametro, ovario supra distincte in collum attenuato, 
calice extus siccitate nigrescente glabro, staminibus calicem di- 
midio superantibus. Drupa glabra, basi brevissime stipitata, junior 
obovata (sicca in herbariis angulosa vel carinata), matura magni- 
tudine formã et colore olivam varvam rememorans, circa 2 1/2 
cm. longa 1 3/4 cm. lata, plus minus elliptica, mesocarpio succor 
so-carnoso abundante sapore adst-ingente et nauseoso, endocarpia 


— 149 — 


osseo, compresso, 20 ad 22 mm. longo 12 ad 13 mm. lato 8 ad 
Io mm. crasso, basi et apice acutato, faciebus medio longitudina- 
liter carinatis. 

Habitat in silvis non inundatis civitatis Pará: prope Obidos 
(Herb. Amazon. Mus. Pará n. 10.235); in regione fluminis Trom- 
betas inferioris prope Oriximiná (H. A. M. P. n. 16.976) et 
inter montem et lacum Curumá (Herb. Jard. Bot. Rio nu- 
mero 17.682); prope medium flumen Tapajoz in collibus Quata- 
quara (H. J. B. R. n. 17.687) et circa ejusdem fluminis cataractas 
imrimas loco Bella Vista. (H.-]. B.)R. n: 17.688); im Serra de 
Santarem visa. Civitate Maranhão: regione fluminis Itapecurú pro- 
pe Codó (Herb. Gener. Mus. Pará n. 658) et prope Mirador (H. 
G. M. P. n. 2.351). Specimina omnia ab A. Ducke lecta excepto 
ultimo a M. Arrojado Lisbôa lecto. Arbor lignum luteo-brunneum 
(bonum, frequenter usitatum) praebens in utraque civitate vulgo 
«mirindiba», in Santarem «cuia-rana» appellatur (10). Flores au- 
gusto ad octobrem; fructus maturi martio ad julium. — Inflorescen- 
tiae in speciminibus regionis Tapajoz minus dense, in speciminibus 
e regione Obidos et Trombetas mediocriter dense, in speciminibus e 
civitate Maranhão densissime pubescentes, ovario in primis glabro, 
in secundis modice pubescente apice glabriusculo, in ultimis toto 
densissime vestito. 

“Cet arbre qui n'est pas rare dans les États du Pará et Maranhão 
a été attribué, par J. Huber, à Tespéce botanique Terminala lucida 
Híisgg. et quelques spécimens ont été distribués sous ce dernier 
nom; les fleurs comme le fruit sont cependant ceux du genre Buche- 
navia auquel correspond aussi la forme de Ja ramification de Parbre. 
Celui-ci se distingue, parmi les especes décrites de ce genre, par sa 
taille souvent três grande; ses feuilles, d'ailleurs assez variables, res- 
semblent en forme, grandeur et nervation à celles du B. oxycarpa 
Eichl. (petit arbre des rives inondées de lacs etc.) mais sont plus 
coriaces et jamais parfaitement glabres; les feuilles três jeunes et sur- 
tout les rachis des inflorescences sont revêtus d'un duvet parfois 


(10) — A” Obidos on désigne sous le nom ds «mirindiba» fréquemment en- 
core une euphorbiacée, le Glycydendron amazonicum Ducke, le plus souvent appelé 
«mirindiba dôce» à cause de ses fruits doux. — Le nom de «cuia-rana» est appli- 
qué, dans la région littorale, à une autre combretacée, le Termimalia tambouca Smith 
(plus souvent appelé «cinzeiro» ou «tanibouca»); dans les municipes de Obidos et 
de Faro, à une lecythidacée ( Eschweilera sp.). 


rd US 


dense et plus ou moins roux ferrugineux. Les fruits de notre arbre, 
de saveur adstringente et três désagréable à Phomme, sont cependant 
recherchés par le gibier. 


'Buchenavia corrugata DUCKE n. sp. 


Arbor circa 30 —metralis, ligno interiore luteo-fusco bono. 
Ramuli validi nodosi, novelli rufotomentosi, vetustiores glabrati cor- 
tice rimoso cinereo. Folia ad ramulorum apices crebra, in ramis 
floriferis comosa erecta, 9— 13 cm. longa et 5—7 cm. lata, 
petiolo valido vix usque ad 1 cm. longo, obovata, basi cuneata 
apice rotundata et breviter mucronato-apiculata, margine revoluta, 
basi eglandulosa, epunctata, novella utrinque molliter cano — (ner- 
vis densius rubiginoso —) pubescentia, vetusta rigide coriacea su- 
pra glabrata nervis venulisque impressis corrugata subtus pulchre 
rubiginoso-velutina nervis crasse prominentibus venulis parum ele- 
vatis. Spicae cum foliis novellis, vulgo 8 — 12, patulae, 4 — 6 cm. 
longae, usque infra medium vel ad tertium basale floriferae, rha- 
chide crassa cum ovariis dense rubiginoso-velutina, floribus vix 
ad 2 mm. latis calice extus glabro siccitate fusco staminibus calicem 
dimidio superantibus. Drupa ignota. 

Habitat in silva partis inferioris Serra Pontada regione mon- 
tium Jutahy inter Almeirim et Prainha civitatis Pará, 1. A. Ducke 
11-9-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.677. 

Cette espéce remarquable par son revêtement d'un beau rouge 
a certainement de Paffinité avec les espéces 2. tomentosa Eichl. (du 
Brésil central) et B. reticulata Eichl. (de la région du Cassiquiare) 
que je mai pas vues; elle difftre cependant de celles-ci dans plusi- 
eurs caracteres, surtout des feuilles. Le seul arbre que j'en ai rencon- 
tré se trouvait dans la forêt d'un ravin sur les flancs de la Serra 
Pontada, "une des petites montagnes du Jutahy situées au nord de 
la partie orientale du bas Amazone. 


* Buchenavia parvifolia DUCKE n. sp. 


Arbor media vel submagna dichotome vel trichotome ramosa, 
ramulis novellis gemmisque rufopubescentibus, ligno luteobruneo 
bono. Folia apice ramulorum vulgo 3 — 6 congesta, in ramis fer- 
tilibus 2 —3cm. longa et 1 —11/2cm. lata, obovata, basi in pe- 
tiolum vix ad 5 mm. longum cuneato-attenuata, apice rotundata 
vel obtuse vel brevissime obtuse subacuminata, membranacea, epun- 
ctata eglandulosa, parum nitida, subtus parum pallidiora, utrinque 


TT olho pias 


tenuiter at distinctissime penninervia et reticulata, juniora costa 
utrinque ferrugineotomentosa subtus nervis margineque pilosa et 
nervorum axills juxta costam hinc illinc barbatis, vetustiora 
praesertim supra glabrata. Spicae arcte infra folia vulgo 2—4, 
reflexo-patentia, pedunculo rhachideque tenuissime filiformibus vix 
mirute pilosulis, 11/3—13/4cm. longae, solum tertio vel quarto 
apicali floriferae; ovarium ad anthesin collo tenui at rectiusculo, 
glabrum, vix ad 2 mm. longum (perfectum vidi unicum); calix 
circa 1 mm. longus et 3 mm. latus, siccitate nigrescens, extus 
glaber intus villosus, apice vix dentatus; stamina calicem dimidio 
superantia. Drupa 1 —fere 2 cm. longa, 2/3-— 1 1/3cm. lata, obo- 
vata basi acuta apice plus minus obtusa, glabra, matura sordide 
viridis mesocarpio sapore adstringente, endocarpio osseo parum 
compresso faciebus obsolete longitudinaliter sulcatis. 

Habitat in silvis primariis non inundatis civitatis Pará, 1. A. 
Ducke prope Villa Braga fluminis Tapajoz (Herb. Jard. Bot. Rio 
n 17.686) et inter flumina Cuminá-mirim et Ariramba affl. Rio 
Trombetas (H. J. B. R. n. 13.584); arbores steriles prope Belem, 
Breves et Faro observatae. 

Arbre d'aspect três caractéristique qui n'est pas rare dans plu- 
sieurs parties de PÉtat du Pará mais ne fleurit que três rarement. 
Le calice et le fruit sont ceux des vrais Buchenavia, seulement le 
cou de Povaire est plus droit; les pédoncules sont três minces et ré- 
guliérement courbés en arc comme je ne connais rien de semblable 
chez les Buchenavia et Terminalia que ai vus. La ramification et 
les feuilles de notre espéce rappellent le Zerminalia mucrophylla 
Eichl. (de Rio de Janeiro) dont je n'ai pas encore vu les fleurs, les- 
quelles cependant, d'aprês Pauteur cité, ressemblent à celles de 7. ta- 
nibouca et 7. australis, étant donc três différentes des fleurs de notre 
espece nouvelle. 


LECYTHIDACEAE 


Lecythis paraensis Hus. (planche 14). 


Cette espéce qui fournit les noix de «sapucáia» du commerce 
du bas Amazone est fréquemment cultivée dans les terrains dallu- 
vion rarement atteints par les inondations périodiques, au bord du 
grand fleuve et ses «paranás»; échantillons floriféres de Obidos. 
(Herb. Amaz. Mus. Pará n. 12.079), de Montealegre (H. A. M. P. 
n. 2.859) et d'un arbre du jardin botanique du Pará (H. A. M. P, 


152 — 


n. 3.660 — quelques spécimens ont été distribués sous le nom de Z. 
usitata ). Le pyxide dessiné vient du dernier arbre. 


Holopyxidium DucKE n. g, (planche 15). 


Flores ut in genere Eschweilera subg. Chytroma. Pyxidium 
magnitudine pyxidii Bertholletiae vel Couroupitae sed perfecte 
clausum et indehiscens, operculo (solum sutura indicato) cum zona 
supracalicari firme connato, crasse coriaceum fragile; semina (in 
pyxidiis examinatis) 4 ad 10, exarillata (vel arillo minimo?), com- 
pressione plus minus angulosa, testa crustacea obsolete et dissite 
areolata, in pyxidio cito putredine destructo germinantia. Arbores 
magnae cortice (longitudinaliter rimoso) et ligno interiore (rufo- 
bruneo, bono) genus Lecythis, foliis potius genus Couroupita reme- 
morantes, regionis amazonicae silvas primarias inhabitant; «ja- 
rána» appellantur. 

Ce genre nouveau est parfaitement caractérisé par ses fruits vo- 
lumineux, absolument indéhiscents mais tellement fragiles qu'ils se 
rompent le plus souvent dans leur chúte sur le sol; ces fruits, au 
contraire de ceux des genres voisins, sont rapidement détruits par 
la putréfaction. Il fournit un bois de construction três connu dans le 
pays. Le nom indigéêne de «jarána » est spécial de ce genre botani- 
que, comme celui de «sapucaia » aux ZLecythis. 


H. retusum («Spruce” BERG) DUCKE nov. comb. (= Eschwei- 
tera retusa NDZ., Chytroma retusum MIERS, Lecythis retusa BERG) 


Grand arbre de la forêt des hautes terres; écorce ridée comme 
chez Lecythis, Bertholletia et Cariniana; fleurs blanches avec du 
rose; pyxide jusquà 14 cm. de haut sur 17 cm. de large, mais sou- 
vent,. chez le même arbre, n'atteignant que moitié de ces dimen- 
sions; graines de 3 à 7 cm. de dinmêtre majeur. 

Région de Santarem: Serra de Santarem, Piquiatuba, coll. A. 
Ducke IX - 1923, arbres floriféres avec des vieux fruits en putréfaction 
sur le sol (Herb. Jard. Bot. Rio n. 10.890); Boim, pyxides en bon 
état de conservation, coll. J. G. Kuhlmann. Manáos, coll. Spruce, 
type de Pespece (j'ai comparé un double du British Museum ). Four- 
mit le bois «jarána » de la région de Santarem. 


H. jarana (HuBER, nomen) DUCKE ( = Chytroma jarana 
HUBER, nomen ). 


à specie praecedente differt foliis oblongis vel ovatooblon- 


e 0) (3/6 Mm 


gis apice longiuscule acute acuminatis margine distincte serratis, 
nervis secundariis rarioribus, venulis utrinque conspicue reticulatis. 
Fructus non vidi; secundum Huber magni seminibus globosis 
maximis. Arbor magna habitu praecedentis. 

Habitat in silvis regionis viae ferreae inter Belem et Bragança, 
specimina florifera in colonia Santa Rosa 30-9-1908 lecta (Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 9.692). 

Cette espéce fournit le bois «jarána » du chemin de fer de Bra- 
gança; jai vu des arbres prês de la derniêre petite ville mais sans 
en pouvoir obtenir les fruits. 


Cariniana decandra DUCKE-n. sp. (planche 16). 


Arbor 30— 40 metralis cortice ut in speciebus meridionalibus 
longitudinaliter rimoso, glabra, ramulis gracilibus saepe lenticella- 
tis. Folia 9—I4cm. longa et 3— 6cm. lata, subintegra, oblonga 
vel ovata basi abrupte angustata et in petiolum sat longum appla- 
natum longiuscule decurrentia, apice saepius breviter acuminata, 
tenuiter coriacea, superne nitida, nervis utrinque distinctissime pro- 
minentibus, venulis transversis crebris sed parum conspicuis, mar- 
gine lineiformi cincta. Racemi in speciminibus nostris pauci subter- 
minales, tenuissime pruinosi; flores pro genere minimi, sessiles; 
calicis (apice vix ultra 21/2mm. lati) lobi 5 breviter triangulares; 
petala 5 carnosa viridialba, imbricata; androphorum apice laciniis 
5 angustis inflexis antheriferis, in facie interiore sub medio antheras 
reliquas 5 cum laciniis alternantes ferens; ovarium 3 — loculare 
ovulis plurimis; stylus brevissimus. Pyxidium eo speciei C. uau- 
pensis (secundum iconem) simile at plus minus distincte 10 — cos- 
tatum, crasse et durissime lignosum, 9— 14cm. longum et21/2 
— fere 4 cm. latum, rectum vel parum arcuatum, vitta interzonali 
variabili at semper sat alta (altiore quam in specie citata), 3 — 
loculare; semina imbricata, 11/2-—-2cm. longa et 6—gmm.lata, 
uno latere plana altero convexa et longitudinaliter rugoso-costata, 
ala membranacea 3— 5 cm. longa et ad 1 1/2 cm. lata. Arbor 
floret foliis plene adultis; folia cum fructibus maturis caduca. 

Habitat in silvis rarius inundatis prope medium flumen Tapa- 
joz: prope Bella Vista 7-12-1915 florifera, pyxidiis vetustis julio 
1923 inventis (Herb. Jard. Bot. Rio n. 324), et super cataractam 
Elechal 1-6-1923 fructibus maturis (H. J. B. R. n. 17.295); | A. 
Ducke. 


Cette espéce, Pespéce suivante et probablement encore le €. wau- 


ma 7 


pensis (Berg) Migrs (que je mai pas vu) forment un groupe du 
genre Carintana ayant le facies du genre Al/antoma mais parfaitement 
distinct de ce dernier par la longue aile membraneuse des graines et 
probablement encore par Povaire triloculé (celui-ci est 4 — ou 5 — 
loculé chez la seule espêce suffisamment connue de Alantoma). V'es- 
pêce présente est caractérisée par les feuilles relativement petites à 
bord presque entier, par les 10 anthêres (chez les trois fleurs exami- 
nées) et par le pyxide épais, à 10 côtes longitudinales bien marquées 
et à zone supracaliculaire assez haute. 


“Cariniana Kublmannii DUCKE n. sp. (planche 16). 


Speciei C. decandra maxime affinis, differt foliis parum maiori- 
bus apice longius abruptius et zaepe acutius acuminatis, margine 
distincte crenatis, androphoro lacmiis antheriferis 6 vel 7, antheris 
reliquis (faciei interiori insertis) 7 vel 8, pyxidio tenuiore, obsole- 
tius costato, zona supracalicari subnulla. Arbor 10-15 m., floribus 
ochroleucis. 

Habitat in rupibus loco Cataqui-iamain (Campos dos Urupás) 
civitatis Matto Grosso parte boreali-occidentali, 1. J. G. Kuhl- 
mann n. 2.206, januario I9I9. 

Cette espêce semble intermédiaire entre €. decandra et C. uau- 
pensts mais beaucoup plus proche du premier. Les matériaux d'her- 
bier sont conservés au Museu Nacional et au Jardin Botanique de 
Rio de Janeiro; ils ont été recoltés par mr. Kuhlmann, au service bo- 
tanique de la commission des lignes telegraphiques de Matto Grosso 
à PÉtat d'Amazonas. 


Genre Allantoma MIERS (== Goeldimia HUus.) 


Ce genre est surtout caractérisé par ses graines dépourvues 
Vaile, évidemment destinées au transport par Veau, tandis que chez 
le voisin genre Carimiana les graines sont munies d'une longue aile 
membraneuúse et adaptées à la dissémination par le vent. Les fleurs 
présenteront peut être des formes assez variées (en analogie avec 
Carimana ), au moins quant à Pandrophore et le nombre des anthé- 
res, mais, jusqu'ici, la seule espêce dont on connaisse les fleurs et les 
fruits est PAllantoma lineata. Miers a décrit les fleurs de 4. multa 
Hora et 4. subracemosa qui différent beaucoup de celles de PA. 
neata, 1] n'est cependant pas certain si ces deux espêces appartien- 
nent à ce genre dont le caractêre principal est fourni par les 
graines. 


= 9 


A. lineata (BERG) MIERS (= 4. cylindrea MIBRS.=? A. au- 
locarpa MIERS.==? 4. macrocarba (BERG) MIERS,=? 4. Burchel- 
kana MIERS, = Goeldinia riparia Hus,= G. ovatifolia HÚB.) — 
planche 16. 


Arbor mediocris rarius parva vel sat magna, glabra. Folia 
in ramulis fertilibus usque ad 29 cm. (vulgo 12 — 20 cm.) longa, 
ad 10cm. (vulgo 5 —8cm.) lata, petiolo applanato canaliculato 
robusto 1 —2 cm. longo, variabiliter oblonga vel ovata vel rarius 
lanceolata, basi rotundata vel acuta et medio in petiolum con- 
tracta, apice abrupte et vulgo sat longe et acutissime caudato-acumi- 
nata, coriacea, nervis subtus fortiter prominentibus supra impressas, 
venulis transversis crebris subtilissimis, margine subintegra et subre- 
voluta. Racemi singuli vel pauci in paniculam compositi, axillares vel 
in ramulis vetustioribus, usque ad IC rarius 15 cm. longi, bracteis. 
bracteolisque ovatis (his parvis) plus minus caducis. Flores subses- 
siles vel vix ultra 1 mm. (11) pedicellati, alabastro adulto circa 
12 mm. longo plus minus ovato et obtuso; calix breviter trian- 
gulariter 5 —lobatus, anthesi apice ad 7 mm. latus; petala 5, 
carnosula, albida; androphorum dimidio vel tertio apicali in laci- 
nias 8 — 12 angustas inflexas apice antheriferas divisum, in facie 
interiore antheras reliquas 15 — 28 irregulariter triseriatas ferens; 
ovarium 4 — vel rarius 5 — loculare ovulis plurimis; stylus brevis- 
simus. Pyxidium magnitudine et forma valde varians, usque ad 18 
cm. longum et ad 6 cm. latum, tubulare, rectum vel curvatum, 
“eylindricum vel basi contractum, lignosum, 4— vel 5 —loculare, 
cortice in novellis lenticellato in vetustis rimoso, lineis longitudinali- 
bus impressis nonnullis saepe sulcatum, parte supracalicari angusta 
vel angustissima recta vel intus vel extus curvata; semina matura 
5— 6cm. longa ad 3 mm. lata, compresse prismatica, novella 
post exsiccationem torulosa. Arbor floret et fructificat per totum 
annum; folia vetusta vulgo mense junio caduca, novella pulchre 
fuscopurpureoviolacea. 

Habitat regione aestuarii amazonici frequentissima ad ripas 
inundatas fluminum prasertim minorum et in paludibus silvaticis 
«igapó» dictis, «cerú», cherú» vel «churú» appellata (Herb. Amazon. 
Mus. Parán. 15.506 Belém;n.1.662 et n. 10.126 Castanhal et Santa 
Izabel viae ferreae inter Belem et Bragança; n. 1.850 et n. 2.223 


(11) — In descriptione Huberiana errore typographico 12 mm. indicantur, 


150" => 


Aramá et Macujubim in insulis Breves, sub nominibus Goeldinia 
ovatifolia et G. riparia; Herb. Jard. Bot. Rio: n. 17.300 Belem, 
n. 15.899 Macujubim; in insulis Mosqueiro et Collares fluvii 
Pará et prope Gurupá frequenter visa); ad ripas fluminis Mapuera 
fl. Trombetas superioris affluentis legi specimina florifera (Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 9.036). 

Cette espéce est vulgaire dans les «<igapós» des environs de la 
capitale du Pará et on Paperçoit fréquemment du bateau en voyage- 
ant dans les canaux de Breves au mois de juin, lorsque ces arbres 
se détachent dans la forêt des rives par le brun violet pourpre 
foncé de leur nouveau feuillage; cependant, les fleurs sont restées 
ignorées jusqu'aux temps du docteur Jacques Huber qui les croy- 
ait appertenantes à un nouveau genre dont les graines auraient 
une aile comme chez le genre Cariniana (Huber ne connaissait que 
des graines non encore múres, déssechées, devenues três minces dans 
la partie inférieure laquelle a pris Paspect d'une aile coriace). 


MELASTOMACEÃE 


Microlicia paraensis DUCKE 1922, M. nsigmis var. cearensis 
HoEHNE, Annexos Memor. Instit. Butantan 1 p. 19 (1922). 


Mr. F. C. Hoehne qui a vu un petit rameau isolé de cette 
plante, a réuni celle-ci comme variété ccarensis (erreur typographi- 
que au lieu de paraensis!) à Pespeéce M. imsignris Cham. des parties 
centrales de Matto Grosso et Goyaz; il me semble cependant plus 
probable qu'il s'agit d'une espéce différente. Notre espéce a la forme 
d'un minuscule arbrisseau haut de 2 à 4 dm., três densement rami- 
fé formant une cime ombelliforme large de 4— 5 dm.; rameaux dé- 
pourvus de feuilles dans la partie basilaire; calice entitrement dé- 
pourvu des poils de la base des segments (caractéristiques de la 
section II, Pseudomicrolicia, à laquelle appartient Vespéce M. zn- 
signis), ayant au contraire tout "aspect du calice de certaines espé- 
ces de la section II ( Eumuacrolicia ). 


Meliandra DuckxE n. g. (planche 11). 


Generi Mouriria Aubl. habitu et characteribus plurimis similis, 
cdiffert staminum filamentis et connectivis in tubum cylindricum 
apice breviter octolobatum concretis, thecis in connectivorum parte 
in tubum concretã introrsis linearibus. Ovarium 4 —loculare (ra- 
rissime 3 — loculare); placentae in loculi angulo infero — inte- 


— [51 = 


riore erectae liberae; ovula circa placentam verticillata 12 (sem- 
per?) Arbor magna glaberrima foliis patulis mediocribus co- 
riaceis uninerviis, floribus tetrameris' mediocribus corolla atro- 
violacea; fructus ignoti. Species unica aestuarii amazonici silvarum 
- incola. 


à Meliandra monadelpha DUCKE n. sp. 


Arbor circa 30 —metralis glaber ramulis subteretibus cine- 
reis, junioribus subtetragonis cinnamomeis. Foliorum petiolus vali- 
dus 8-—-12 mm. longus; lamina 8-— 12 cm. longa et 4—7 cm. 
lata, elliptica vel elliptico-oblonga vel obovato-elliptica, basi vulgo 
in petiolum acutata, apice latiús vel angustius rotundata et in 
medio abrupte breviter et anguste acuminata, rigide coriacea, costã 
subtus crassáã, nervis secundariis venulisque non distinctis, supra 
nitida siccitate fuscescentia, subtus subopaca pallida. Cymae infra 
folia e ramulis vetustioribus usque ad 5 fasciculatae, 1 —3 (raris- 
sime 4) —florae, pedunculis vulgo 1 —2cm. longis; pedicell in 
vivo pallide violascenti — virides, vulgo 11/2-—2cm. longi non 
bracteolati; calix viridis siccitate fuscus, sub anthesi 1 cm. longus 
ac latus (ante anthesin latitudine longior), campanulatus, glaber, 
leviter granulosus, basi acutiusculus, medio non vel levissime res- 
trictus, apice 4 — lobatus lobis late et sat breviter triangularibus 
apice medio brevissime acuminatis; petala 4 extus atroviolacea 
intus purpurea, anthesi caduca, ante anthesin in alabastro acute co- 
nica, adulta 13 — 16mm. longa et 7— 8mm. lata, obovato-oblonga, 
basi longiuscule et robuste unguiculata, apice medio breviter acumi- 
nata, marginibus et apicem versus tenuissime albidofurfuracea. 
Stamina 8 in tubum cylindricum connata flava, 7 — 8mm. longa; 
filamenta brevissima (2 mm.), connectiva 5 — 6mm. longa vix ultra 
2mm. ab apice libera parte libera subtriangulari — lanceolato — 
oblonga, ante apicem (obtusum) intus glandulã oblongã applanatà 
nitidã munita; thecae in connectivi partibus basali et media (in 
tubum concretis) introrsae elongatae lineares basi et apice subre- 
tuso — truncatae. 

Habitat prope flumen Mojú (aestuarii paraensis affluens) in- 
ferius loco Limoeiro (circa Fabrica) in silvis aliquantum paludo- 
sis, 1 A. Ducke 1-11-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.494. 

Ce nouveau genre monotype a le facies de certains Mouriria à 
feuilles uninervées et boutons floraux coniques aigus, mais se distin- 
gue de ceux-ci par les étamines concrescentes en tube cylindrique 


a 


comme on en trouve souvent dans la famille des meliacées. En de- 
hors de ce caractére vraiement extraordinaire pour une melastomacée, 
le seul caractêre morphologique qui semble encore distinguer notre 
nouveau genre est Pinsertion des placentas dans Pangle intérieur de 
la base du locule (chez Mowriria Pinsertion des placentas semble tou- 
jours au dessus de la base du locule, dans le septum); la couleur três 
foncée des pétales semble aussi ne pas se rencontrer chez Mowriria. 
— ai observé deux arbres dans les forêts du bas Mojú (affluent du 
Rio Pará à Pouest de la capitale de PÉtat), en terrain d'alluvion ar- 
gileux bas et marécageux mais non inondable; ils appartiennent, avec 
certaines espéces de Mowriria, aux rares arbres de grande taille que 
Pon puisse rencontrer dans cette famille botaníque. 


SAPOTACEAE 


Syzygiopsis DUCKE n. g. (planche 17). 

Generi Sideroxylon affinis, differt foliis oppositis distichis, 
remotius penninerviis. Arbor mediocris vel sat magna, latice albo, 
floribus axillaribus fasciculatis, calicis corollaeque lobis staminodiis 
staminibus et ovarii loculis 5, corolla tubulosa parva, stylo non exser- 
to. Fructus maturus succoso-pulposus, semine vulgo 1 evoluto libero 
embryone albumini crasso incluso. — Species unica silvam prima- 
riam prope capitalem: paraensem habitat. 


“ S. oppositifolia DUCKE n. sp. 


Ramul tenues, internodiis sat longis. Partes vegetativae gla- 
brae, * solum gemmis parce rufossriceis. Folia vulgo 8 — 18 cm. 
longa et 2-- 4 cm. lata, lanceolata, basi in petiolum canaliculatum 
usque ad 1 cm. longum longe angzustata, apice vulgo longe cauda- 
toacuminata, tenuiter coriacea elastica, costulis secundariis in utro- 
que latere vix ad 25, subtus tenuiter clevatis, venulis transversalibus 
tenuissimis saepe vix conspicuis, ntrinque nitidula, subtus pallidiora. 
Pedunculi ad 3 mm. longi, ut calix (vix 1 1/2 mm. longus, phyllis 
solum basi concretis) canoferrugineo-sericei, hujus lobi lati obtusi 
praefloratione imbricati, 2 exteriores; corolla viridis, circa 2mm. 
longa, extus parce sericea, vix ad 1/3 ab apice in lobos rotundatos 
vel obtusos divisa; staminodia basi lata apice angusta truncata, 
corollã breviora, antheras parum superantia. Ovarium rufohirsu- * 
tum. Fructus maturus glabratus, pallide flavus, dulcis, 2-— 2 1/2 cm. 
longus et circa 1 cm. crassus, obovato-ellipticus vel oblongo el- 


EaD O 


lipticus, basi vulgo acutus apice obtusus et apiculatus, semine 
brunneo, lucido, area angusta opaca pallida. 

Habitat in silvis primariis non inundatis prope urbem Belem 
do Pará, 1. A. Ducke florif. 6-9-1922, fructibus maturis 29-12-1922 
(Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.608); arbores vidi duas. 

Ce nouveau genre est remarquable par ses feuilles dont la forme 
comme Pinsertion rappellent les myrtacées, surtout certaines espéces 
Eucalyptus et de Syzygium. Les fleurs et les fruits sont cependant 
ceux d'une vraie sapotacée, ainsi que le latex. 


* Sideroxylon acutangulum DUCKE n. sp. 


Arbor mediocris, solum in ramulis novissimis parcissime lactes- 
cens, innovationibus rufosericeis mox glabratis. Folia 1— 1 1/2cm. 
petiolata, vulgo 8 — I5 cm. longa et 21/2-— 51/2cm. lata, oblonga 
vel lanceolato-oblonga basi acuta apice acuminata acumine ipso 
obtuso, tenuiter coriacea, utrinque nitida, densissime striolato-nervia 
et supra parum subtus crebrius reticulata. Flores axillares et latera- 
les, fasciculati, pedunculis in speciminibus floriferis nostris non- 
dum adultis sat brevibus demum in fructiferis ad 11/2cm. longas, 
ut calix extus ferrugineosericeis, hic phyllis 4 apice obtusis; corolla 
glabra subtubulosa, parva, usque ad medium in lobos 4 obtusos 
partita; staminodia 'ovato-elliptica maiuscula petaloidea; antherae 
parvae (nondum evolutae?); ovarium rufohirsutum 4 — loculare; 
stylus jam in alabastro exsertus. Fructus maturus pallide flavidus 
sapore dulci, edulis, acute subalate quadrangulus, basi obtusus vel 
modice acutatus, apice in stylum persistentem acuminatus, vulgo 
4— 5 em. longus et circa 2—2 1/2cm. crassus, mesocarpio subs- 
pongioso parum succoso albo, semine vulgo 1, compresso, brunneo, 
transverse ruguloso modice nitido, area angusta opaca albida. 

Habitat in silvis primariis non inundatis aestuarii et litoralis 
paraensis, 1. A. Ducke prope Bragança 14-10-1923 florif., 8-2-1923 
fruct. (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.609) et prope Gurupá 24-2-1923 
fruct. (H. J. B. R. ní 17610); circa Belem do Pará visum. 

Cette espéce adans Yétat stérile ou florifére, le facies général 
des espéces de la section Eirchferosideroxylon assez vulgaires en Ama- 
zonie, mais elle se distingue de celles-ci par la rareté du latex (que 
Pon aperçoit presquuniquement dans les parties les plus jeunes de 
la plante) et par les fleurs 4 — mêéres dans toutes leurs parties. Le 
fruit est tout à fait différent des fruits des autres espéces connues, 
il a une forme et une couleur qui rappellent un fruit de Azerrhoa 


— 160 — 


carambola fort reduit en grandeur; son mésocarpe est une masse 
blanche un peu spongieuse imbibée de três peu de suc doux, mais 
la graine est celle des autres espéces du genre. 


Chromolucuma DUCKE n. g. (planche 18). 


Calicis phylla usque ad basin distincta, externa 2, interna 3. 
Corolla calicem vix vel brevissime superans, tubo brevi cylindrico, 
lobis 5 brevibus erectis. Staminodia 5 parva; stamina fertilia 5 
brevia antheris extrorsis ovatis majusculis. Ovarium (in floribus 
sat numerosis examinatis) 3 —loculare; stylus non exsertus in 
stigmata 3 distincta brevia obtusa divisus. Fructus ignotus. — 
Arbor magna latice albo, stipulis magnis apice ramulorum comosis, 
foliis penninerviis magnis, floribus infra folia lateralibus e .nodis 
inter bracteas fasciculatis nume-ossimis longissime pedunculatis 
extus coccineis. 

Genus monotypicum eximium florum structura generi Lucuma 
vicinum habituque speciebus hujus generis nonnullis (floribus late-. 
ralibus longe pedunculatis) non dissimile, at stipulis magnis comosis 
(et magis quam in' genere Ecclinusa persistentibus!) et florum co- 
lore insigni inconfundibile. 


* Ch. rubriflora DUCKE n. sp. 


Arbor circa 30 metralis, trunco radicibus alte emersis com- 
pressis fulto. Ramuli sulcati striati et sparse lenticellosi, glabri. 
Stipulae foliaceae 3 — 4 cm. longae basi circa 1/2 cm. latae, lan- 
ceolatae et vulgo plus minus falcatae, apice longissime subsetaceo- 
acuminatae, parce minuteque pilosulae, costa valida et nervis lon- 
gitudinalibus plurioribus venulisque transversalibus paucis instru- 
ctae. Folia apice ramulorum congesta numerosa petiolo 2— 6 cm. 
longo valido basi dilatato, 30 — so cm. longa et6 — 13 cm. lata, obo- 
vato — vel lanceolato-oblonga basin versus longe cuneata basi ipsa 
acuta vel obtusa, apice acuta rarius obtusa vel breviter acuminata, 
subcoriacea, supra glabra subtus parce et minime pilosula, costa 
supra impressa subtus crasse prominente, costulis secundariis utrin- 
que 18 — 25 marginem versus arcuatis et anastomosantibus venu- 
lisque oblique reticulatis praesertim subtus prominulis. Flores infra 
folia in nodis numerosis inter bracteas parvas fasciculati; pedun- 
culi filiformes tenues saepe flexuosi 3— 5 cm. longi breviter pilo- 
suli aurantiaco-rubri; calix 5 mm. longus pilosulus coccineus phyllis 


3 


— 1601 = 


ovatis obtusis; corolla calicem vix superans minute tomentella 
alba, lobis minime crenulatis; ovarium canohirtum. 

Habitat in silva paludosa ad rivum Ipanema prope Santarem 
(florif. 5-o9-1923, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.618) et (frequens) 
ad flumen Curuçambá prope Obidos (sterilis, H. J. B. R. n. 17.619); 
specimina ab A. Ducke lecta. 

Cette espêce compte certainement parmi les plus remarquables 
de la famille des sapotacées (cependant si richement développée dans 
les forêts amazoniennes), par ses stipules foliacées, ses feuilles três 
grandes, ses pédoncules três longs et fins, et surtout par la couleur 
de ses fleurs lesquelles, vert jaune dans le bouton três jeune, passent 
peu é peu par Porangé jusquau rouge vif du calice adulte. En de- 
hors de cette espéce, je ne connais qu'une seule sapotacée avec fleurs 
de couleur autre que verte, blanche ou brun ferrugineuse: le Pradosia 
lactescens (Vell.) Radlk. des environs de Ric de Janeiro, aux fleurs 
brun rouge violacé. 

Barylucuma DUCKE n. g. (planche 19). 

Generi Lucuma affinis videtur (at fructibus ignotis!); foliis 
vulgo cruciatim oppositis ab omnibus sapotaceis differens, excepto 
genere Glycoxylon quo distinguitur staminodiis. Arbor parva vel 
mediocris lactescens, ligno interiore rufobrunneo valde denso et 
duro, floribus axillaribus fasciculatis viridibus, calice et corolla 
4— 5 —meris, illo ad basin diviso, hac tubo brevissimo sub anthesi 
erectã demum rotato-expansã cito caducá, staminodiis longis ligu- 
laeformibus, staminibus corolla brevioribus antheris extrorsis- fila- 
mentis praefloratione rectis, ovario 3 -—vel saepius 4 — loculari, 
stylo ante anthesin non exserto. Species unica in collibus regionis 
Almeirim ad septentrionem Amazonum fluvii inferioris sat frequens, 
ubi silvas sicciores et margines camporum inhabitat. 


* B. decussata DUCKE n. sp. 


Ramuli novelli petioli et foliorum costa subtus cano — vel 
cinnamomeo-sericei. Folia petiolo vix ad 5 mm. longo applanato, 
5-—ogcm. longa et 21/2-—51/2cm. lata, elliptico-oblonga vel ellipti- 
ca, basi obtusa vel subcordata, apice brevissime et obtusissime 
acuminata vel obtusa vel retusa, vetustiora rigide coriacea mar- 
gine saepe recurva, supra nitida subtus opaca et pallidiora, costulis 
in utroque latere 10—15 sat remotis subtus semper distinctis 
supra saepe obsoletis. Pedunculi 4—o mm. longi, ut calix et 


JARD, II 


— 162 — 


corolla exitus dense cano-subcinnamomeo-sericei; calix circa 3 mm. 
longus lobis ovatis apice acutis; corolla calicem parum vel ad 
dimidium superans, expansa 7 —9 mm. diametro; staminodia co- 
rollae lobis subaequilonga; stamina basi loborum inserta; ovarium 
dense rufohirtum. 

Habitat civitate Pará regione montium et collium inter Prainha 
et flumen Jary: Serra de Ubimtuba prope flumen Jutahy (Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 17.280); «campina-rana» saxosa inter flumen 
Jutahy et Serra Pontada (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.606); Serra 
da Tabatinga prope Arrayollos inter Almeirim et flumen Jary (H. 
J. B. R. n. 17.607). Specimina omnia ab A. Ducke mensibus aprili 
et septembre lecta. Arbor in regione Jutahy «preguiceira» appellatur. 

Cet arbre se rapproche, dans son facies général, de certains Mi- 
musops, et son bois três lourd et dur ressemble aussi à celui du dit 
genre; les feuilles et la forme de la corolle sont celles de Glycoxylon. 
mais la plupart des caractêres de la fleur rappellent Zuwcuma. Il semble 
limité à la région des petites montagnes du municipe de Almeirim, 
comme le 'semblent être plusieurs autres plantes, les unes largement 
répandues dans la région mentionnée (p. ex. Mimosa Duckei Hub. 
et Droclea macrantha Hub.), les autres limitées à quelques points éle- 
vés (p. ex. Prthecolobium parauaquarae Ducke, Macrolobium monta- 
num Ducke, Macairea viscosa Ducke, Ferdinandusa cordata Ducke). 


Glycoxylon Duck: 1922. 

Generi Pradosia characteribus plurimis affine, differt foliis 
saepissime et ramulis saepe cruciatim oppositis, floribus in: ramu- 
lis junioribus (nec in trunco ramisque vetustis), viridibus vel albis 
(nec corolla fusco-rubro-violacea). Arbores parvae, mediae, magnae 
vel maximae, latice albo, cortice dulci et adstringente, floribus 
infra folia lateralibus fasciculatis, calice fere usque ad basin 5 — 
sepalo, corolla calicem dimidio vel duplo superante tubo brevissimo 
lobis 5 (rarissime 6) limbo ad anthesin reflexo vel rotato-expanso, 
cito caduca, staminibus anthesi corollam conspicue excedentibus, 
filamentis praefloratione superne fortiter reflexis, staminodiis nullis, 
ovario 5 —loculari, stylo ante anthesin non exserto, fructu pro 
familia parvo vulgo ovato vel obovato mesocarpio succoso-pul- 
poso dulci eduli, seminibus 1 vel rarius 2 mesocarpio non adnatis, 
compressis, testa crustacea nitida area oblonga angusta opaca, 
exalbuminosis. — Species 4 Amazoniae partes centrales et orien- 
tales habitant, 


=  — 


Voisin, dans plusiteurs caractéres, du genre monotype Pradosia 
(de Rio de Janeiro), mais celui-ci représente certainement un type 
assez isolé comme on en connait peu dans cette famille si difficile à 
classer en genres naturels; les caractéêres principaux qui séparent ces 
deux genres, ont été énumérés ci-dessus. Notre genre se distingue 
encore: par absence des staminodes, de Lucuma, Sideroxylon et des 
nouveaux genres Barylucuma et Syzygiopsis; par les graines exal- 
bumineuses, de Chrysophyllum, Sideroxylon et Syzygropsis; par les 
étamines longues à filaments refléchis dans la préfloration, de toutes 
les sapotacées brésiliennes que j'ai vues excepté Pyadosia. Chez toutes 
les espêces connues de G/ycoxylon, Pécorce intérieure a une saveur 
douce (et adstringente) tortement prononcée, d'oú leurs noms vul- 
gaires de «páo dôce» (bois doux), «casca dôce» (écorce douce) etc.; 
cette propriété et ces noms ne sont cependant pas exclusifs de ce 
genre, ils se retrouvent chez Ziucuma mn. sp.? de Pestuaire amazonien. 
ainsi que chez le Chrysophyllum glycyphloeum Casar. (= Lucuma gly- 
cypliloea «Mart» Mig.) de Rio de Janeiro (12). Le facies des espéces 
G. inophylhem et surtout G. pedicellatum raippelle d'une maniêre 
étonnante celui de certaines guttiféres (p. ex. Calophyllum brasihen- 
se), ce qui a été déjá remarqué par Spruce, lequel, dans ses notes de 
voyage, s'est réferé à une plante dans ces conditions, recoltée aux 
environs de Manáos (évidemment le G. mophyllum). aspect du 
G. praealtum est cependant plutôt celui du genre Lucuma: Pinsertion 
décussato-opposée des feuílles est souvent difficile à constater chez 
cette espéce qui a les internodes souvent três irréguliers et la per- 
sistence des feuilles três variable. 


G. inophyllum («Mart» Mia.) DucKE, = Clywysophylhum ino- 


bhylhum «Mart.» Mig. (planche 20). 


Arbor humilis vel frutex, partibus vegetativis glabris, solum 
ramulis novissimis parce rufosericeis cito glabratis. Folia 1/2 — 
Icm. petiolata, 5-—14cm. longa et 3-—8cm. lata, elliptica vel 
oblongo — vel obovato — elliptica, basi obtusa vel acuta, apice obtu- 
sa vel retusa, firme coriacea, praesertim supra nitida, costulis se- 
cundariis numerosissimis densis parallelis praesertim subtus cons- 


(12) — Souvent confondu avec le Lradosia lactescens ( Vell.) Radlk. (= Po- 
metia lactescens Vell. ), dont I'écorce n'est pas douce. Les fleurs du Chrysophyllum 
(2) glycyphloeum, le vrai « pão dôce» de Rio de Janeiro, sont encore inconnues- 
(Information de mr. J. G. Kublmann ). 


= (4 5 


picuis, in venulas distincte reticulatas anastomosantibus. Pedunculi 
1/2 — 2mm. longi, ut calix (vix ad 1 mm. longus) parce rufosericei; 
corolla expansa vix 4 mm. diametro, viridis, glabra vel apice tenui- 
ter puberula; stamina basi loborum inserta; ovarium rufohirtum. 
Fructus obovoideus vel subglobosus apice obtusus et stylo api- 
culatus, adultus vulgo circa 11/2cm. longus, plus minus glabra- 
tus, viridiflavus, dulcis, edulis, 1 — vel 2 — seminatus. 

Habitat in arenosis «campinas» dictis: prope Manáos (Spruce 
n. 1.393; Ducke, Herb. Amaz. Mus. Pará, n. 11.201, «abihyr 
dictum), prope Faro (Herb. Amaz. Mus. Pará, n. 10.454, Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 8.583, «páo dôce» appellatum) et prope cataractam 
Taboleirinho fluminis Mapuera affl. fluminis Trombetas (H. A. 
M. P. n. 9.121); florebat XI — T, fructificabat 1 — III. Y 


G. pedicellatum Ducke 1922 (planche 20). 


Arbor parva vel saepius mediocris, rarius sat magna, ramulis 
glaberrimis solum innovationibus parcissime rufosericeis. Folia 1/2 
— I cm. petiolata, 5-—13cm. longa et 3-—6cm. lata, elliptico — 
vel obovato-oblonga vel obovato-elliptica, basi obtusa vel acuta, 
apice obtusa vel retusa, firme coriacea, glaberrima, nitida, costulis 
secundariis numerosissimis densis parallelis et venulis reticulatis 
tenuissimis supra saepe inconspicuis. Pedunculi 7 — 1omm. longi, ut 
flores (ovario excepto) glabri; calix circa 1 1/2 mm. longus; corolla 
viridialba, expansa 4 — 5 mm. diametro; stamina apice tubi inserta; 
ovarium rufosericeum. Fructus solum junior visus, jam maior quam 
in specie inophyllum, obovatus, basi longius acutatus, apice obtusus 
vel acutiusculus. 

Habitat prope Gurupá in campina arenosa (Herb. Amazon. 
Pará n. 15.961 et 16.676), ibidem in silvis humosis (Herb. Jard. 
Bot. Rio n. 17.592); prope Porto de Moz loco Campo Grande (Herb. 
J. B. Rio n. 17.593); prope Belem do Pará (H. J. B. R. n. 17.594) 
et prope Mosqueiro (H. J. B. R. n. 17.595) in silvis, locis arenosis 
et humosis. Fructus edulis. Arbor cum pluribus aliis sapotaceis 
ad Gurupá et Porto de Moz «ajarahy» appellatur; floret praeser- 
tim tempore pluvioso (XII — V). 


G. Huberi DucKE 1922 (planche 20). 


Arbor magna saepe ad 32 rarius 42 m. alta, trunco cortice 
albidocinereo obtecto basi radicibus emersis compressis suffulto. 
Ramuli glabri innovationibus fugacissime canosericeis. Folia pe- 


== | (i)5) = 


tiolo 1/2— 1 1/2cm. longo late depresso et marginato, vulgo 5 
— 15cm. longa et 21/2— 6cm. lata, oblonga vel oblongo-elliptica 
basi saepissime acuta apice obtusa retusa vel acuta, tenuius coriacea, 
adulta glaberrima, nitida, costulis in utroque latere vulgo 10 — 16 
imaequalibus remotis in utraque pagina distinctis. Pedunculi ad 
anthesin 1 — 4 mm. longi, ut flores extus densius cano — vel' rufose- 
ricei; calix 2—21/4mm. longus; corolla alba 7 — 8 mm. diame- 
tro, glabra; stamina basi loborum inserta; ovarium canosericeum. 
Fructus solum vidi juniores, ovatos vel subglobosos, fructibus 
adultis G. praealti aequilongos at latiores et apice depresso-obtusos. 

Frequens in silvis insularum Breves aestuarii amazonici, inun- 
datis vel humosis et paludosis: ad flumen Aramá 1. J. Huber (Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 1.874); ad tlumen Macujubim 1. A. Ducke 
(Herb. Jard. Bot. Rio n. 3.782); prope oppidum Breves 1. Ducke 
GE J. B. R. nm. 17.591). Floret mensibus siccioribus (VII = XI). 
«Pão dôce», «pracuúba dôce» vel «pracuúba de leite» appellatur. 


“G. praealtum DUCKE n. sp. (planche 20). 


Arbor magna vel maxima ultra som. alta, trunco cortice 
albidocinereo tecto basi radicibus vulgo 3 —4 altissime emersis 
compressis suffulto. Ramuli novissimi et folia novella vel juniora 
saepe pilis appressis detergibilibus rufosericeca. Folia (interdum 
tria verticillata) petiolo 1/2 — 1 1/2cm. longo, 7 — 11 cm. longa et 
2 — 4 cm. lata, oblongo-obovata basi plus minus longe cuneata, apice 
obtusa vel retusa vel brevissime obtusissime acuminata, tenuius 
coriacea, parum nitidula, costulis secundariis remotis in utroque la- 
tere vix ultra 10, supra subtusque tenuibus, venulis supra obsoletis 
subtus tenuissime reticulatis. Pedunculi breves (1 — 4mm.), ut ca- 
lices (11/2—13/4mm. longi) extus parce vel densius rufo-seri- 
cei; corolla viridis, expansa 4 — 6 mm. diametro, extus ad laci- 
niarum medium parce vel densius sericea; stamina basi lobo- 
rum inserta; ovarium dense rufohirtum. Fructus maturus 21/2cm. 
longus et 11/3cm. latus, plus minus glabratus, oblongo-ovatus 
basi obtusus apice breviter acuminatus, semine 1 evoluto modice 
compresso brunneo laevi lucido area angusta nigra opaca, ut 
videtur exalbuminoso (intus ab insecto roso). 

Habitat in silvis primariis humosis non inundatis prope Belem 
do Pará, 1. A. Ducke, florif. 21-1-1915 (Herb. Amazon. Mus. Pará 
n. 15.662), 29-12-1922 (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.588) et I-1-1923 
FER BB. Romidr7 são), fructif. vo-5-5923 (H. J.:B. R$ n. FAsgoy, 


166 - - 


Ressemble, dans la forme des feuilles, à certains Zucuma; de 
plus, Pinsertion opposée des feuilles n'est pas toujours facile à voir, 
les internodes étant parfois três irréguliers et souvent raccourcis et 
les rameaux les plus souvent dépouillés d'un certain nombre de feu- 
illes. A cette espéce appartiennent les plus grands arbres que j'ai 
rencontrés parmi les sapotacées (excédant même les plus grands des 
Mimusops) et qui doivent être comptés entre les tres grands arbres 
de la région amazonienne; le tronc cylindrique et três droit est sou- 
tenu par quelques puissants contreforts, racines tabulaires («sapopem- 
bas» au Brésil. «arcabas» en Guyane française) hautes de plusieurs 
mêtres. 


APOCYNACEAE 


Zschokkea densifoliata DUCKE n. sp. 


Speciei Z. microcarpa Mull. Arg. (non visae) affinis, at 
foliis differre videtur. Frutex elatus, glaber; ramuli multum den- 
sius foliosi quam in specie Z. arborescens (in Amazonia sat vul- 
gari), ob internodia breviora quam foliorum latitudo. Folia saepius 
suberecta, breviter (circa 4mm.) petiolata, 6—gcm. longa et 4 
— sem. lata, basi rotundata vel subcordata medio brevissime in 
petiolum producta, apice rotundata rarius rotundato-obtusa vel bre- 
viter retusa, sat rigide coriacea utrinque nitida subtus pallidiora, 
nervis in utroque latere 10 — 12 tenuissimis rectis apicem versus 
obsoletis, costa subtus crassa, subtus margine nerviformi cincta, 
avenia, supra sublaevia, subtus dense reticulato-rugosa. Inflores- 
centiae subsessiles densiflorae bracteis triangulari-ovatis breviter 
acuminatis, corolla alba circa 18 mm. longa saepissime ante api- 
cem fortiter curvata; flores caeterum ut in Z. arborescens. Fructus 
ignotus. 

Habitat in regione Campos do Cupijó prope Cametá (civitate 
Pará), ad marginem silvulae paludosae, 1. A. Ducke 22-7-1916, 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.455. 

Cette espece doit être voisine du Z. mucrocarpa (du haut Rio 
Negro), mais Pauteur de la derniére espéce ne dit rien des feuilles 
denses et souvent plus ou moins dressées qui donnent à notre es- 
péce nouvelle un aspect caractéristique. Le seul individu que j'ai 
rencontré se trouvait sur la lisiére d'un ilot boisé dans une partie 
tourbeuse du campo. 


ce POE 


Zschokkea arborescens MULL. ARG. 


Petit arbre ou arbuste de la forêt secondaire ou dans les ré- 
cions de campo, mais qui peut croitre jusqu'ã une quinzaine de metres 
dans la forêt primaire oú on le rencontre seulement en terrain 
élevé et sec; fréquent dans le moyen et le bas Amazone et leurs 
affluents (Rio Negro, Madeira, Trombetas, Tapajoz), en aval jusquau 
commencement de Vestuaire (Gurupá; Serra de Arumanduba à PEst 
de Almeirim). Inerme; bois blanc et mou; latex abondant, un peu 
doux, tres eluant, employé à Obidos pour prendre des petits oiseaux; 
feuilles três luisantes en dessus ou mates des deux côtés (avec 
toutes les transitions entre ces deux extrêmes), à base aigúe ou 
obtuse: fleurs vertes; fruits jaune clair, doux, comestibles. Appelé, 
à Gurupá et Almeirim, «molongó » (nom que Pon y donne encore 
au Z. aculcata, à PAmbelania grandiflora et au Macoubea guianensas) 
ou «pão de colher» (bois à cuillére) parce que le bois sert 
quelque fois à faire des cuilléres, ou encore «cumahy >» (diminutif 
de «cumá», le nom indigéêne du «sorva», le fruit comestible 
des espêces du genre Couma ); à Obidos et Faro le nom indigéêne 
de Parbre est <tucujá >. 

Z. monosperma Mull. Arg. mest certainement quune variété in- 
signifiante de Pespêce présente; je ne l'ai cependant pas vu. 


Rauwolfia paraensis DUCKI: n. sp. 


Arbor parva vel submedia abundanter lactifera. cortice trunci 
non suberoso, vulgo trichotome ramosa, omnino glabra. Folia 
apice ramulorum saepissime 5 verticillata magnitudine valde inae- 
qualia, minoribus duobus (paullulum infra maiora insertis) vulgo 
5-— dem. longis' (incluso petiolo 1 —-2zcm. longo) et 2-—-4cm. 
Jatis, maioribus tribus 13 — 18 cm. longis (incluso petiolo 2-—3 
cm. longo) et 4 — 7 em. latis, variabiliter oblonga vel ovato-oblonga 
basi medio breviter in petiolum (depressum, planum) producta, 
apice acuta vel breviter acuminata, membranacea, utrinque ni- 
tida, nervis primariis dissitis in utroque latere 6— 10 parum ar- 
cuatis. Inflorescentiae inter folia terminales geminae; flores usque 
ad 5 mm. pedicellati, calice parvo lobis breviter ovatis acutiuscuhis, 
corolla 20 —2z6mm. longa albida dense purpureo — vel roseo — 
lineolata et punctata, vix ad. 1/3 ab apice 5 — laciniata. Fructus 
maturus viridiflavus, succoso-carnosus, subgloboso-ellipticus 3 — 4 
“em. longus, sapore dulci at malo, seminibus 1 vel 2 evolutis, ad 
-3-em. longis. 


5168 — 


Habitat in silvis primariis humosis non inundatis civitatis Pará: 
prope Belem (Herb. Jard. Bot. Rio n. 43), prope stationem Santa 
Izabel viae ferreae inter Belem et Bragança (H. J. B. R. nu- 
mero 917), in insulis altioribus aestuarii regione Breves loco Ma-. 
cujubim (H. J. B. R. n. 11.395), et prope Bella Vista infra cata- 
ractam infimam fluminis Tapajoz (H. J. B. R. n. 11.391). Speci- 
mina ab A. Ducke lecta, florifera mensibus septembre ad janua- 
rium, fructibus maturis maio. 

Species a vicinis foliis multum dissitius penninerviis faci- 
liter distinguitur. 

Cette espêce ressemble au AR. pentaphylila Ducke, mais Parbre 
n'atteint pas des dimensions si grandes, son écorce est assez fine et 
non pas subéreuse, les feuilles ont une nervation três différente, les 
fruits ont três souvent les deux graines évoluées, et toutes les par- 
ties de la plante sont moins robustes. Elle habite la forêt três hu- 
mide à sol humeux, tandis que Tautre semble caractéristique des 
forêts assez sêches de la région faiblement pluvieuse du bas Amazone. 


Mandevilla crassifolia ScHUM. = Drplademia calycina HUB, 
(daprês Markgraf dans: Fedde, Repertorium XX p. 19). 


Cette espéce três caractéristique des «campinas» sablonneuses 
et humeuses des parties centrales et du moyen Sud de "Amazonie 
a été plusieurs fois citée dans mes travaux antérieurs. sous le nom 
donné par Huber. 


Macoubea guianensis AupL. (planche 22). 


Description dans ces «Archivos» III p. 239, avec les planches 
17 et 18 (rameau florifére et fruit). 


Parahancornia amapá (Hvsp.) DUCKE (planche 21). 
Décrit dans les « Archivos» vol. III pag. 242. 


CONVOLVULACEAE 


Dicranostyles scandens BENTH. 


Chez la plante typique, décrite de Camanow, Guyane anglaise 
(coll. Schomburgk), le style est bifide seulement dans sa partie ter- 
minale (Bentham: Hook. Lond. Jour. V. p. 355; Meissner: Flora 


E OO = 


Brasil. VII p. 327 pl. 118); la plante de S. Gabriel du Rio Negro 
(Spruce n. 2.306) dont j'aíi vu un spécimen, a les styles séparés 
jusquã la base. Jágnore sil sagit d'une variété du 7. scandens ou 
d'une espéce nouvelle. Cest cette derniêre forme qui est citée comme 
D. scandens par Peter dans Engler, Natiirl. Pflanzentam. IV 3º p. 18 
(«Griffel bis fast zum Grunde gespalten>) et qui a servi pour la 
diagnose du genre par Hallier dans Bot. Jahrbicher XVI p. 574. 


Dicranostyles villosa DUCKE 1322. 


Le style est courtement bifide, comme chez le 2). scandens du 
dessin mentionné de la «Flora Brasil. ». 


Dicranostyles holostyla DUCKE n. sp. 


Speciminibus D. scandens (?) 2 Spruce sub numero 2.306 dis- 
“tributis similis, differt foliis aliquanto angustioribus magis lan- 
ceolatis apice mucronulatis, tenuioribus, subtus pilis adpressis albi- 
dis dissite conspersis, costis secundariis magis numerosis (utrin- 
que 15 — 20) et cum minoribus alternantibus, subtus multum dis- 
tinctius prominentibus, panicularum rhachidibus et praesertim pe- 
dicellis aliquanto longioribus, his multum gracilioribus, pubescen- 
tia magis cinerea, calice parce pubescente vel subglabro apice 
albociliato, corolla non infra medium laciniata laciniis extus den- 
sissime albosericeis et stylo uno stigmatibus in unum connatis. 
— Frutex robustissimus in arbores altissimas scandens, floribus 
albis. 

Habitat prope oppidum Breves in aestuario amazonico, silva 
primaria humosa humidissima at non inundata, 1. A. Ducke 21-11- 
1922, Herb. Jard. Bot. Rio de Janeiro n. 18.003. 

Cette espéce est remarquable par ses styles entierement concres- 
cents mais appartient sans aucun doute à la parenté étroite du 2. 
scandens (ou dês deux espêces confondues sous ce nom). Il est donc 
évident que chez le genre naturel Dicranostyles le degré de la con- 
crescence des styles varie selon les espêces et que ceux-ci peuvent 
être libres depuis la base ou seulement au sommet, ou entitrement 
concrescents. 


Maripa scandens AvUBL. 


Grande liane de la forêt marécageuse, fréquente dans la région 
de Pestuaire et littorale du Pará, par exemple aux environs de Belem 
et de Bragança, dans les iles de Breves et à Porto de Moz (bouche 


TO — 


du Xingú). Forme des feuilles variable souvent sur le même rameau, 
à base arrondie on obtuse, plus rarement un peu acutée ou sub- 
cordée; pilosité de Pinflorescence, v compris la corolle, gris jaune 
brunâtre; corolle rose. 

Var. albicans DUCKE n. var. 

A typo aiffert pilis inflorescentiae albido — vel flavido — cine- 
reis, iis corollae subargenteis, corolla tertio minore (18 — 20mm. 
longa) alba vix levissime roseomicante. Fructus ignotus. 

Habitat in ripis inundatis et silvis paludosis prope locum 
Fabrica fluminis Mojú (civitate Pará), 1. A. Ducke 11-11-1923, 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.013. 

Grande liane non trop rare dans la région du bas Mojú, afflucnt 
méridional de Pestuaire du Pará; differe du M. scandens. typique 
dans les dimensions de la corolle et la couleur de celle-ci et du re 
vêtement. Il peut s'agir eventuellement d'une «bonne> espêce Le 
fruit est inconnu. 


BORRAGINACEAE 


Lepidocordia Duck: n. g. (planche 22). 


Calix parvus subtubuloso-campanulatus, lobis 5 acuminatis ere- 
ctis profunde solutis aestivatione imbricatis. Corolla brevis, lobis 
5 obtusis erectis tubo aequilongis imbricatis. Stamina 5 corollae 
tubo vix longiora, antheris ovatis. Ovarium 2 —loculare; stigma 
sessile, brevissime bilobatum. Drupa parva oblonga, exocarpio 
tenui succoso, endocarpiis duobus bilocularibus at semine in uno 
loculo evoluto; semina albumine abundante, cotyledonibus non 
plicatis. — Arbor foliis alternis vel suboppositis apice ramulorum 
congestis, integris, supra punctis albis (e pilis minutis squamosis 
compositis) conspersis, floribus parvis in cymis terminalibus plu- 
ries dichotomis et trichotomis multifloris et densifloris. 

Genus ad Fhretioideas collocandum, characteribus nonnullis 
ab iis ad genus Tournejortia vergere videtur, quo autem annulo 
stigmatis deficiente et habito valde recedit; habitus potius Cordiae. 
Inter omnes borraginaceas (et vicinas verbenaceas) mihi cogni- 
tas punctis foliorum e pilis regulariter dispositis squamosis no- 
tabilis. 


e (ua 


L. punctata DUCKE n. sp. 


Arbor 15 — 25 m. alta, trunco irregulariter et profunde lamel- 
lato-sulcato et excavato, cortice fusco, ligno sat duro luteo-griseo. 
Ramuli plurisulcati, obscuri, pallidolenticellosi, novelli appresse 
canopilosi, vetustiores glabri, infra folia cicatricibus foliorum de- 
lapsorum notati. Folia petiolo 1 — 2 cm. longo canopiloso depresso 
vel canaliculato, vulgo I1o-—2zo0cm. longo et 21/2-—7cm. lata, 
oblongo-lanceolata rarius lanceolato-ovata, basi saepius acuta ra- 
rius obtusa, apice vulgo longe sensim acuminata, membranacea 
vel subcoriacea, plus minus nitida, siccitate nigricantia, subtus in 
nervis parcissime pilosa, supra cito glabrata at punctis albis magni- 
tudine variabilibus e pilis minimis squamosis compositis praeser- 
tim in vetustioribus valde conspicuis abundanter ornata, dissite 
arcuato-penninervia nervis subtus tenuissime prominulis, venulis 
subtus laxe transverso-reticulatis. Cymae terminales foliis dimidio 
vel pluries breviores, pedunculo (usque ad 3 cm. longo) et rha- 
chidibus compressis sulcatis appresse canopilosis; calix brevissime 
pedicellatus, circa 1 1/2mm. longus, extus et intus dense canopu- 
bescens; corolla alba, 2-— 2 1/2mm. longa et vix minus lata, tur- 
binato-infundibuliformis, utrinque glabra; stamina tubo inserta, 
eslabra; discus minimus; ovarium glabrum. Drupa matura 5 —7 
mm. longa et circa 3 mm. crassa, glabra, coccinea, nitida, calice 
fructifero non augmentato (solum daistinctius pedicellato). 

Habitat in silvis primariis, terris altis argillosis obscure rufis 
fertlissimis, in regione Rio Branco de Obidos (civitate Pará), 
RR Ducke, Herb. Amaz: Mus. Pará n. 15.152 et 16.958 et Herb. 
Jard. Bot Rio n. 11.406, florifera novembre ad januarium, hoc 
mense etiam fructibus maturis. 

Ce genre nouveau doit certainement rentrer dans les Zhretror- 
deae, jusquici représentées au Brésil seulement par le genre Rhabdria; 
il est surtout caractérisé par son ovaire simplement couronné d'un 
stigmate courtement bilobé. Les inflorescences rappellent certains 
Cordia; le fruit a extérieurement Paspect de celui de Rhabdia; le ca- 
lice se rapproche de celui de quelques Zowrnefortia. Les feuilles sont 
densement parsemées, du côté supérieur, de points blancs qui se dé- 
tachent nettement sur le fond brun foncé, chez les échantillons secs; 
ces points sont formés par de três petits poils écailleux disposés en 
forme de rosace. Le fút de Parbre est irréguliêrement lamellé et creux, 
comme chez un certain nombre d'autres arbres amazoniens apparte- 
nant aux familles botaniques les plus variées. 


sa (1 
VERBENACEAE 


Vitex brevilabiata DUCKE n. sp. 


Speciebus orinocensis H. B. K. et praesertim Duckei Hub. 
affinis, sei characteribus nonnullis ad speciei triflora Vahl affim- 
tatem vergere videtur; ab illis calice subtubuloso latitudine sua 
conspicue longiore apice distinctius lobato et corolla brevius labiata, 
ab ultima calicis lobis brevibus optime dignoscitur. Arbor parva vel 
media (usque ad 15 m. alta), ramulis petiolisque junioribus et 
cymis tenuiter ferrugineopubescentibus, foliis longe (usque 4— 6 
cm.) petiolatis, 5 — (rarissime 3) foliolatis, foliolis usque ad 11 cm. 
longis et ad 5 cm. latis, magnitudine modice inaequalibus obovato- 
oblongis vel--ellipticis basi in petiolulum longiusculum vel sub- 
brevem angustatis apice breviter abrupte acuminatis, integerrimis 
subcoriaceis glabris tenuiter reticulato — venulosis, supra opacis 
infra pallidioribus nitidulis et minime puberulis; cymae axillares 
usque ad 7 cm. rarius 3 cm. longae, pedunculo usque ad 2 vel 3 
cm. longo, bis vel ter dichotomae pauciflorae, pedicellis calice 
distincte brevioribus saepe brevissimis, bracteolis minimis, calice 
sub anthesi 3 — 4mm. longo et 2mm. lato campanulato-tubuloso 
lobis circa 1/2mm. longis plus minus obtusis, in fructu novello 
1 mm. longis, corollae tubo 10—12mm. longo, labio inferiore 
tubo breviore et basi breviter barbato. Fructus ignotus. 

Habitat in silvis non inundatis regione cataractarum inferiorum 
fluminis Tapajoz (civitate Pará), 1. A. Ducke, locis Poção 7-12- 
1919 Herb. Jard. Bot. Rio n. 311 et Villa Braga 23-9-1922 H. |. 
Bu Rj nsISiOSA. 

Cette espêce nouvelle est la septitme connue de PÉtat du Pará 
(voir J. Huber, As especies amazonicas do genero Vitex, Bol. Mus. 
Paraense V. p. 209); elle differe du V. Ducker par sa taille, son re- 
vêtement uu peu plus fort, les feuilles presque constamment 5 — 
foliolées, les folioles étroites vers un pétiolule souvent assez long. 
le calice presque tubuleux et toujours plus long que son pédicelle, et. 
la lévre inférieure de la corolle plus courte que le tube de cette 


derniêre. 

Les autres espéces de PÉtat du Pará sont: V. triflora Vahl, la. 
plus commune partout dans cet État, arbrisseau ou petit arbre de 
la forêt secondaire en terrain non inondable, sec ou marécageux. V. 
orinocensts H. B. K. arbre qui dans la forêt peut atteindre une vin- 
gtaine de mêtres, espece limitée aux sols argileux fertiles de quel- 


= MS — 


ques points de la forêt et du campo non ou rarement inondables 
( Marajó, Gurupy, moyen Tocantins et Tapajoz, Rio Branco de Obidos ). 
V. Duckei Hub. petit arbrisseau ou arbuscule des campinas sablon- 
neuses et humeuses, sêches ou légerement marécageuses (région du 
Prombetas, de Faro et du Tapajoz). V. cymosa Bert, petit arbre des 
rives inondées de lacs et riviêres (Amazonas, Tapajoz, Trombetas etc.), 
la seule espéce amazonienne qui fleurit dépouillée du feuillage. 
odorata Hub. petit arbre du campo sec de Marajó aux environs de 
Chaves, une seule fois observé. V. favens H. B. K, arbre petit ou 
presque moyen du haut campo amazonien (Marajó, Macapá, Almei- 
rim, Montealegre, Santarem), três caractéristique de celui-ci oú 1l 
remplace le 7. polygama des hauts campos du Brésil central dont 1l 
ne représente peut-être qune variété géographique. 


Aegiphila macrantha DUCKE n. sp. 


Ad sect. I (Cymosae). Frutex robustus altissime scandens, 
praeter flores (praesertim calicem juniorem) minime puberulos omni- 
no glaberrimus, ramulis subteretibus pallide cinnamomeis, novel- 
lis olivaceis vulgo pallidomaculatis. Folia (ramulorum floriferorum) 
pedicello circa 1 cm. longo tenui, lamina 8 — 14 cm. longa et 6—8 
cm. lata obovali-elliptica, basi acuta vel obtusa rarius rotundata, 
apice breviter acuminata vel rarius obtusa vel retusa, integra, 
membranacea. costa centrali subtus crasse prominente, costis se- 
cundariis utrinque tenuiter prominulis, venulis tenuissimis. Cymae 
(masculae) in axillis solitariae 4 — 8 cm. longae, pedunculo 3 — 6 cm. 
longo stricto apice incrassato, ramulis bracteis fultis quarum inferio- 
res sunt foliaceae usque ad 2 cm. longas brevissime petiolatae oblon- 
go—vel lanceolato—ellipticae apice acutae; calix 8—o9 mm. longus apice 
6—7 mm. latus, turbinatus, basi in pedicellum brevissimum acumi- 
natus, apice dentibus vel lobis 4 brevibus et latis instructus; corolla 
alba, 21 — 28 mm. longa, tubo laciniis parum breviore 3— 3 1/2mm. 
lato, his obovato-oblongis obtusis 11 — 15 mm. longis et 6--8 mm. 
latis; stamina corollã parum longiora. Flos femineus et fructus 
“ignoti. 

Habitat in silvae primariae loco humido, coloniã Benjamim 
Constant prope Bragança civitatis Pará, 1 A. Ducke 12-1-1923, 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.949. 

-Cette espéce est des plus remarquables, par ses grandes corolles 
blanches à tube et lacinies beaucoup plus larges que chez aucune 
autre espéce connue; ses bractées foliaces sont du type des celles de 


e (q 


PÃe. Huminensis Vell. L'espece doit être rare parce que je Pai ren- 
contrée une seule fois. 


SOLANACEAE 


Solandra grandiflora Sw. =. paracnsis (Huber s. d.) 
DuUcKE (r9rs). 

Des échantillons du S. paracnsis ont été identifiés par les pro- 
fesseurs Bitter et Markgraf (du Musée botanique de Berlim-Dahlem ) 
comme appartenant au .S. grandiftora, espece largement répandue en 
Amérique tropicale quoique rare au Brésil d'oú elle a d'ailleurs déjã 
été citée par Velloso pour les environs de Rio de Janeiro. 


BIGNONIACEAE 


Schlegelia paraensis DUCKE n. sp. 


Speciei antillanae a me non visae Sch. parasitica Miers affinis 
videtur (e descriptione), differt praesertim calice. Frutex epiphy- 
ticus radicibus alte scandens, robustus, glaber. Folia petiolo 1 — 
1 1/2cm. longo crasso supra canaliculato, vulgo 10— 17 cm. longa 
et 5-—8cm. lata, rigide coriacea, oblonga vel elliptica basi et apice - 
acuta rarius obtusa, margine plana vel parum revoluta, nervis et 
venulis dissitis sed utrinque distincte prominentibus. Flores late- 
rales, fasciculati vel brevissime racemosi; bracteae subulatae circa 
2mm. longae; pedicell 6 -- 1omm. longi, infra medium bracteolis 
duabus parvis subulatis; calix tubuloso-campanulatus circa 1 cm. 
longus (incluso stipite), basi abrupte in stipitem angustatus, apice 
ir alabastro truncatus ad anthesin irregulariter subdentato-fissus 
circa 5 mm. latus; corolla albida limbo purpureoviolaceo, ultra 3 1/2 
cm. longa et apice circa 1 1/2 cm. lata, tubo parum obliquo 
ultra 3cm. longo quinto basali vix ad 3mm. crasso inde usque 
ad 2/3 dilatato tertio apicali fere cylindrico vel sursum parum 
ampliato 7-—gmm. lato, limbo lobis 5 orbicularibus vel ovatis. 
Fructus ignotus. 

Habitat in paludibus silvestribus fluminis Jaburá prope Breves 
aestuarii amazonici, 1. A. Ducke 13-7-1923, Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 17.700. 

Cette espece nouvelle représente"un genre! d'épiphytes ligneuses 
de grandes dimensions et fleurs fort jolies qui jusquici n'avait 
pas encore été rencontré dans PÉtat du Pará. Je Pai vue plusieurs 


== E 
fois aux environs de la petite ville de Breves (située sur Pextrême 
pointe Sud Quest de Pile de Marajó dans Pestuaire amazonien), dans 
la forêt des marécages à eaux noirátres, remarquable par sa flore 
dépiphytes peut-être plus belle et plus riche en especes que dans 
une autre partie quelconque de la plaine amazonienne. (13). 


Tecoma albiflora DUCKE n. sp. 


Arbuscula vel frutex ramulis validis cinereis striatis et verru- 
culosis, novellis tenuiter rufescenti-tomentosis, junioribus plus mi- 
nus quadrangulatis. Folia opposita vel ternata; petiolus 5 — 12 cm. 
longus validus subteres striatus, cito glabratus; foliola 5, petiolu- 
lis in basalibus vulgo 1/2 -— 1 cm., in terminali 21/2— 4 cm. longis, 
lamina in basalibus vulgo 5 — 10 cm. longa et 3-— 7 cm. lata, in ter- 
minali 1oc-—18cm. longa et 5 —10em. lata, integerrima, ovata 
vel oblongo — vel elliptico — vel lanceolato -ovatã, basi saepissime 
late rotundata et plicata, apice plus minus breviter acuminata, ri- 
gide coriacea, supra nitida et saepe siccitate fusca, subtus subopaca 
et pallida, adulta subtus minute lepidota caeterum glabra, costis 
secundariis utrinque 6 — 9 dissitis, arcuatis, ante marginem anas- 
tomosantibus, supra saepius immersis subtus prominentibus, venulis 
supra vulgo tenuissime reticulatis subtus saepius inconspicuis. Pa- 
nicula terminalis in ramis plene foliatis, rhachide crassá, brevis- 
simã vel ad 5 cm. longa, cum bracteis (subulatis, caducis) canoto- 
mentosà cicatricibus magnis numerosis notatã, pedunculis e rha- 
chide paniculae vel in racemis decussatis gracilibus interdum ad 
6 cm. longis dissite floriferis, sparsim lepidotis, pedicelhs 1 — 
2 em. longis vulgo in medio articulatis et bibracteolatis api- 
Em versus incrassatis; calix 2 -—- 2 1/2 em. longus et 2/3 cm. 
latus, spathaceo-tubulosus obliquus, anthesi saepissime latere bre- 
viore ad medium fissus, lobo supremo reliquis longiore falcato- 
incurvo saepe acuminato, reliquis quattuor brevissimis acutis vel 
truncatis, coriaceus, parum dense cano-lepidotus; corolla alba, 7 — 
gem. longa, tubo circa 5 -—6cm. longo, limbo diametro usque 
ultra 5 cm., glabra intus prope stanina pilosa; staminodium 1, breve; 
Ho cupularis 11/2-—21/2mm. altus, crassus; ovarium 6-8 mm. 
“longum lineare quadrangulatum canotomentellum stylo ultra 2 cm. 


(13) — Exception faite, súrement, pour les orchidées, beaucoup mieux répré- 
sentées et plus belles dans le moven Nord de Phyléa, du Rio Negro au Jamundá. 


IT6 — 


longo glabro. Capsula ad 12 cm. longa et circa 1 cm. lata, linearis, 
basi acuta, apice acuminata vel rarius obtusa, nigra parum dense 
canolepidota, valvis nervo mediano percursis; semina oblongoel- 
liptica utrinque emarginata, nitida, alis corpori aequilongis hyalinis 
tenuissimis. 

Habitat in ripis uliginosis rivuli inter palmas Mauritia flexuosa, 
regione Campos do Tigre ad orientem oppidi Faro (civitate Pará), 
l. A. Ducke, flor, maio, fruct. januario, Herb. Jard. Bot. Rio 
Do ESTA, 

Cette espece peut être confondue avec le Couratia Auviatilis 
(Aubl.) Splitg. auquel elle ressemble dans Pinflorescence, la forme 
et le revêtement du calice et la couleur de la corolle; elle a cepen- 
dant les folioles beaucoup plus dures et à base large, et ses graines 
sont celles d'un légitime Zecoma. 


RUBIACEAE 


Ladenbergia paraensis DUCKE n. sp. 


Ad sectionem Euladenbergia. Arbor parva partibus vegeta- 
tivis omnibus glaberrimis, cortice succo obscure rubro fluente ama- 
rissimo. Ramuli cinerei, novelli rufi complanati. Stipulae ad 3cm. 
longae membranaceae, ovatae acutae caducae. Folia vulgo ad 20 
(rarius ad 30) cm. longa et ad to (16) cm. lata, petiolo depresso 
ad 3 (5) cm. longo, variabiliter ovata rarius oblonga rarissime 
obovata, basi rotundata vel obtusa medio semper in petiolum 
acutata, apice acuta vel brevissime acuminata, crassius herbacea vel 
subcoriaced, utrinque nitida et penninervia, subtus pallidiora et 
tenuissime reticulata. Inflorescentia terminalis decussato-paniculata 
folio multum brevior, pedunculo rhachidibusque complanatis his 
supra appresse ferrugineopilosulis, bracteis parvis lanceolatis, pedi- 
cellis brevissimis, bracteolis vix conspicuis. Flores odorati; ovarium 
cylindrico-turbinatum vix 3 mm. longum dense ferrugineosericeum; 
calix cupularis subglaber rufofuscus, solum dimidio apicali irregula- 
riter dentatus; corolla alba ad 6 cm. longa, quarto vel fere tertio 
apicali in lacinias 6 anthesi reflexas angustas lineares subobtusas 
divisa, tubo basi tenui sursum robustiore ante apicem praesertim 
in alabastro adulto distincte inflato, extus breviter ferrugineo-subse- 
riceo-pilosa, intus glabra. Stamina parum infra apicem tubi inserta. 
Discus distinctus annularis. Capsula adulta 6 — 12 cm. longa, calice 
coronata, striata, compresse subcylindrica bisulcata, apice parum 


— 177 — 
e: breviter, basin versus longe attenuata, a basi versus apicem 
dehiscens. 

Habitat prope oppidum Gurupá civitatis paraensis, silva palu- 
dosa circa cursum superiorem rivuli Jacopy, 1. A. Ducke 25-6-1919 
fructibus adultis, 16-3-1923 floriferam cum capsulis vetustis (Herb. 
Jard:. Bot. Rio n: 15.572). 

Cette espêce semble se rapprocher, plus quaucune autre de ce 
genre, des Cirnchona dont elle a la déhiscence caractéristique de la 
capsule; les feurs sont cependant celles des vrais Ladenbdergia, et 
Pexamen de Pécorce (par mr. P. Le Cointe, directeur du Musée Com- 
mercial du Pará) n'a pas revelé la présence d'alcaloides. Elle a cer- 
tainememt beaucoup d'affinité avec Z. Lambertiana ( Mart.) KI. de la 
partie nord de Phyléa, mais en différe par ses feuilles souvent beau- 
coup plus grandes, plus herbacées et par la forme caractéristique de 
la capsule. — Encore une plante curieuse jusqu'ici connue seulement des 
environs de Gurupá, notables par leur flore merveilleuse; habite la 
forêt marécageuse parcourue par le ruisseau Jacopy aux eaux noirá- 
tres, voisine de la «campina» ou croit la remarquable légumineuse 
Jacqueshuberia quinguangulata et de la grande forêt ou j'ai découvert 
PHortia excelsa, rutacée três belle à feuílles longues jusqu'ã 1 metre. 


Pseudochimarrhis DUCKE 1922 (planche 23). 


Flores vulgo pentameri. Calix ovario multum brevior, vix vel 
brevissime dentatus, in capsula matura persistens. Corolla parva, 
tenuis, tubulosa, tubo intus fauce barbata caeterum glabra, laci- 
niis 4 — 6 aestivatione valvatis angustis sublinearibus anthesi plus 
minus reflexis. Stamina distincte exserta glabra, antheris infra 
medium dorsifixis oblongis basi brevissime bilobis apice obtusis, 
rimis longitudinaliter dehiscentibus. Discus parum altus sed latis- 
simus. Ovarium biloculare vel triloculare ovulis in loculo numerosis, 
placenta oblongo-obovata septo longitudinaliter adnata; stylus apice 
breviter bilobus jam in alabastro e corolla exsertus. Capsula lignosa 
parva turbinata, septicide bivalvis ab apice dehiscens valvis saepe 
bifidis; semina verticaliter peltata numerosa minima parum angu- 
losa alã membranaceã circulari vel ellipticã margine lacerã cincta. 

Arbores mediocres vel magnae partibus vegetativis glabrae 
vel subglabrae, ramulis superne angulosis, stipulis coriaceis inter- 
petiolaribus subparvis vel mediocribus, foliis decussatis integris 
penninerviis, floribus in cymis sat longe pedunculatis oppositis ex 


axillic superioribus, breviter pedicellatis, odoratis, corolla alba. 
JARD, I2 


— 118 — 


Generi Chimarrhis primo intuito non dissimilis sed corollae 
seminumque indole Cinchoneis genuinis includenda ubi generi Caly- 
cophyllum DC. affinior videtur. 


Ps. turbinata DUCKE 1922 "(= Chimarrhis turbinata DC.?) 


Arbor usque ad 42 m. alta, trunco profundissime longitudi- 
naliter sulcato et lamellato, cortice griseo amaro, ligno albido. 
Ramuli novelli parce puberuli subcinnamomei, vetustiores cortice 
griseo in laminas parvas soluto. Stipulae subpersistentes mediocres 
lanceolatae acuminatae. Folia petiolo 1/2 — 1 1/2 cm. longo depresso, 
usque ad 20 cm. longa et ad 12 cm. lata, plus minus obovato-elliptica 
basi obtusa vel rarius in petiolum acutata, apice obtusa vel bre- 
vissime obtuse acuminata, subcoriacea vel crassius membranacçea, 
siccitate vulgo sordide lutescentia, utrinque glabra vel subtus mi- 
nime pilosula, utrinque nitida valide penninervia et tenuiter reti- 
culata. Cymae undique tenuiter pubescentes solum corolla extus 
glabra, pedunculis folio normali brevioribus, bracteis bracteolisque 
minimis; calix subtruncatus rarissime lamina parva foliacea viridi 
appendiculatus; corolla circa 5 mm. longa tertio apicali in lacinias 
divisa, barba fauciali modice longa; discus et stylus dense griseo- 
pilosi. Capsula vix ultra 5 mm. longa, tomentosa. 

Habitat in silvis primariis non inundatis prope Belem do 
Pará (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.356, Herb. Amaz. Mus. Pará 
n. 15.457 et 15.480), Santa Izabel viae ferreac inter Belem et 
Bragança (H. A. M. Pará n. 9.425 et 9.713), Serra de Santarem 
(H. J. B. R. n. 17.355); specimina mense junio florifera, augusto 
ad octobrem fructifera, localitatis secondae exceptae ab A. Ducke 
lecta; prope Gurupá et in regione fluminis Xingú inter Victoria 
et Altamira visa. 

Cette espêce fournit les arbres les plus grands que jai vus 
parmi les rubiacées amazoniennes, excédant les dimensions des in- 
dividus les plus développés du Calycophyllum Spruceanum. Elle ré- 
présente d'une maniére typique les arbres à fát profondement lamellé 
appartenents à des familles botaniques diverses mais jusqu'ici 
(semble-t-il) observés seulement dans Phyléa. 


Ps. barbata DUCKE n. sp. 


Arbor mediocris vel sat magna, partibus vegetativis glabris. 
Stipulae breviter ovatae acutae, caducae. Folia quam in specie 
praecedente magis coriacea et vulgo minora, basi fere semper 


| 
l 


— 179 — 


in petiolum acutata. Cymae minime puberulae; calix brevissime 
dentatus; corolla vix 4 mm. longa ultra medium fissa fauce lon- 
gissime et densissime barbata; discus et stylus pilis minimis vestiti. 
Capsula glabra, adulta usque ad 9 mm. longa, ut videtur saepe ab 
insectis vel fungis deformata. Caeterum ut in Ps. turbinata. 

Habitat in silvis primariis non inundatis regione fluminis Tapa- 
joz: 1. J. G. Kuhlmann inter Boim et Serra de Humaytá 8-4-1924 
florif. (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.384) et prope Itaituba ad 
Parana do Tauary fruetits (E. [.B; Rn: 17.357); | A Ducke 
prope Villa Braga fructif. (H. J. B. R. n. 17.359). 

Cette espêce ressemble au Ps. turbinata surtout dans les spécir 
mens d'herbier (quoique facile à distinguer par la pubescence três 
faíble, la corolle plus profondément fendue, etc.); Parbre, dans la na- 
ture, ne ressemble guére à la dernieére espéce, ayant le tronc d'as- 
pect normal, plus ou moins cylindrique et non pas longitudinalement 
creusé et lamellé comme chez celle-ci. 


Isertia glabra DUCKE n. sp. 


Arbor parva vel arbuscula, ramulis subteretibus striatis glabris 
vel minime puberulis. Stipulae 4, lanceolatae, usque ad 1 I/2cm. 
longae, caducae. Folia petiolo ad 11/2cm. longo supra fortiter 
canaliculato, vulgo usque ad 20 cm. longa et ad 7 cm. lata, oblongo- 
vél ovato-—rarissime obovato-lanceolata, basi vulgo acuta apice sat 
longe acuminata, coriacea, utrinque nitida subtus parum palli- 
“diora, supra glaberrima subtus ad nervos parce puberula et in 
nervorum axillis barbellata, nervis supra immersis subtus prominen- 
tibus, venulis supra in vetustioribus immersis in junioribus obsoletis, 
subtus semper prominulis. Inflorescentia erecta stricta longe pe- 
dunculata densiflora, glabra, bracteis ovatis vel lanceolatis ad 
margines minute pilosulis, pedunculis secundariis complanatis angu- 
losis, bracteolis ovatis basi connaíis. Ovarium circa 2 mm. longum 
campanulatum, 6-—loculare, cum calice (1 —2 mm. longo apice 
distincte 4 —dentato intus eglanduloso) extus vix parcissime pu- 
berulum. Corolla pallide rosea, 11 — 13 mm. longa extus glabra, 
quarto apicali in lacinias 6 oblongas obtusas plus minus retflexas 
divisa, tubo basi breviter cylindírico inde incrassato subturbinato- 
cylindrico intus a staminum insertione ad apicem dense sericeo, 
fauce et laciniarum basi longius barbatis. Stamina tubo inclusa 
antheris linearibus; stylus tubo brevior. Baccam vidi nondum adul- 
tam globosam 6 — locularem, 


— 180 — 


Habitat prope Montealgre civitatis Pará silvis humilioribus 
vel secundariis terris argillosis fertilibus locis plus minus palu- 
dosis, 1. A. Ducke ad vicum Airy 7-5-1916 florif. et fructif. (Herb. 
Amaz. Mus. Pará n. 16.148), et in colonia Itauajury 6-3-1923 
florif. (Herb. Jard Bot. Rio  n. 77,373) 

Cette espéce se rapproche de PZ parviflora des parties nord de 
Phyléa, mais elle est presque complêtement glabre et les feuilles ont 
une forme assez différente. 


Isertia viscosa DUCKE 


Ressemble un peu à P/ buwllata Schum. mais ce dernier (que 
Jai rencontré prês de S. Luiz do Maranhão et, récemment, à Bra- 
gança dans la région littorale orientale du Pará) a les feuilles lar- 
gement ovées ou obovées et Povaire 6 —loculaire. 7. viscosa est 
seulement connu de la colline de Velha Pobre entre Almeirim et 
Prainha, ou je Pai retrouvé, en 1923, sur la listére du haut campo 
dans la forêt basse et seche; les corolles, chez ces spécimens (Herb. 
Jard. Bot. Rio n. 17.388), sont souvent fendues jusqu'iã 4 mm. du 
sommet. 


Tocoyena longiflora AvpL. 


Cette espêce magnifique mais peu connue, décrite de la Guyane 
française, a été redécouverte dans des endroits lmarécageux de la 
forêt prês de Santa Izabel sur le chemin de fer de Belem do Pará 
à Bragança (Herb. Jard. Bot. Rio n. 1.075). Elle se distingue du 7 
guianensis Schum. par les dents plus longuement acuminées du ca- 
lice, les boutons floraux obtusément clavés, les lacinies de la corolle 
de la longueur de seulement 1 1/2 cm. et par la glabreté des ra- 
meaux et des feuilles. Aublet qui décrit ces derniêres comme 
«molles » se refére évidemment à leur consistance herbacée et non 
pas à un revêtement pileux comme le supposait Schumann. 


Basanacantha inermis DUCKE n. sp. 


Arbor parva, inermis, ramulis mediocriter crassis non fistulosis, 
subteretibus apice internodiorum parum compressis, striatis, lenti- 
cellosis, glabris, foliis 4 vel 6 ad apicem congestis. Stipulae trian- 
gulari-lanceolatae, striatae, intus basi appresse pilosae. Folia pe- 
tiolo 11/2— 3 cm. longo supra canaliculato, 10— 26 cm. longa et 
6— 14cm. lata, ovato-vel obovato elliptica basi in petiolum acumi- 
nata apice plus minus breviter vulzo acute acuminata et mucronu- 


gp dicas 


lata, ante apicem saepe irregulariter obtuse subdentata, tenuiter 
herbacea, supra saepissime minute papillosa, subtus glabra hinc 
llinc pilifera, nec marginata nec ciliata. Flores masculi (fragran- 
tissimi) apice ramulorum in cymis saepe tribus usque ad 4 —floris 
brevibus subglabris vel ciliato-pilosulis; bracteae bracteolaegue fili- 
formes tenuissimae; pedicelli usque ad 1 cm. longi post anthesin 
reflexi apicem versus anguste subturbinati; ovarii rudimentum 
breve latissime turbinatum; calix praeter cilios glaber, dentibus 
5—9 mm. longis subulatis; corolla alba, 7—Scm. longa, ab 
apice ad 1/3 vel ultra in lacinias 5 oblongas obliquas longe subula- 
to-acuminatas divisa, tubo striato extus glabro intus fauce spar- 
sius piloso, laciniis distincte nervosis, minutissime puberulis; an- 
therae lineares breviter apiculatae; stylus glaber tubo parum bre- 
vior complanatus. Flos femineus et fructus ignoti. 

Habitat civitate Pará in silva primaria non inundata prope 
ripam fluminis Tapajoz inter S. Luiz et cataractam Maranhãozinho, 
l A. Ducke 4-12-1919, Herb. Jard. Bot. Rio n. 15.688. 

Cette espéce est certuinement três voisine de Pespêce méridionale 
B. Annae Schum. (que je mai cependant pas vue), mais se distin- 
guera aisément de cette derniére par les rameaux plus fins et non fis 
tuleux, les feuilles non pileuses. Pinflorescence cymeuse, les bractées 
filiformes, le calice court mais avec dents três longues, les lacinies 
de la corolle longuement subulato-acuminées. — Les fleurs ressem- 
blent à certaines formes de Randia formosa, leur odeur est encore 
plus forte que chez celles-ci. 


Durcia longiflora DUCKE n. sp. 


Arbor media. Ramuli tenues apice incrassati et foliiferi, no- 
velli compressi striati rufi, glaberrimi. Stipulae extus sericcae in- 
tus glabrae, caducae, in ramulis sterilibus oblongae, ad inflores- 
centiam latae. Folia ut in specie D. petiolaris at saepius quaterna, 
petiolo minus longo (1 1/2-—2cm.) et robustiore, parum rigidiora, 
glaberrima, utrinque nitidula, 15 — 30 cm. longa et 5— ro cm. lata. 
Inflorescentia mascula terminalis, absque floribus 2 — 3 cm. longa, 
pedunculis plurimis, 1 — 3 — floris, ut pedicelli plus minus elongatis 
obsolete strigosis caeterum glabris, bracteis (lanceolatis acumi- 
natis) et bracteolis (parvis subulatis) glabris; calix membranaceus 
campanulatus circa 3mm. longus, basi acutus et (intus et extus) 
densius sericeus, apice subglaber truncatus demum breviter irre- 
gulariter fissus; corolla alba 31/2 — 4 cm. longa, ab apice fere ad 


— 182 -- 


medium in lacinias 6 demum reflexas vulgo oblique lineares apice 
acutas partita, extus tota intus solum laciniis canosericea, tubo 
cylindrico ante anthesin laciniis tenuiore; antherae lineares 10 
— 11 mm. longae. Inflorescentia feminca et fructus ignota. 

Habitat in silvis primariis humosis non inundatis prope oppi- 
dum Breves aestuario amazonico, civitate Pará; 1. A. Ducke 21- 
11-1922, Herb. Jard. Bot. Rio, n. 17.148. 

Cette espéce dont les feuilles ressemblent beaucoup à celles du 
D. petiolaris Hook. f. différe de toutes les espéces connues par les 
fleurs à tube relativement long et longuement pédicellées. 


Duroia paraensis DUCKE n. sp. 


Arbor parva. Ramuli tenues plus minus triquetri apice incras- 
sati et foliiferi, novelli rufi, glaberrimi, insertione stipularum an- 
nulo densissime hirsuto cincti. Stipulae extus sericeae intus gla- 
brae minute glandulosae, in ramulis fertilibus latiores. Folia ver- 
ticillata terna rarius quaterna breviter (vix ultra 1 cm.) et robuste 
petiolata, obovata vel oblongo-obovata basi longiuscule in pe- 
tiolum cuneata apice obtusa vel rotundata vel brevissime obtusissime 
acuminata, 5— 14 cm. longa et usque ad 5 cm. lãta, coriacea, 
glaberrima exceptis petiolo laminaeque basi (setis longiusculis raris 
adspersis), supra nitida subtus subopaca in utraque pagina tenuiter 
penninervia (nervis in utroque latere 8 — 10) et supra distincte ve- 
nulosa, plana, margine nerviformi tenuissimo. Inflorescentia mas- 
cula terminalis, absque floribus usque ad 5 cm. longa, e cymis 3 
rarius 4 longe (cyma media usque ad 4 cm.) pedunculatis vulgo 3 — 
vel6 — floris composita, sparse setifera, pedicellis usque ad 7 mm. 
longis profunde striatis et cum calicis basi strigoso-setosis, bracteis 
bracteolisque non visis; calix circa 5 mm. longus membranaceus 
subcupulari-tubulosus, basi obtusus, apice truncatus et demurn saepe 
breviter fissus, extus basi excepta glaber, intus totus sericeus; co- 
rolla alba 11/2cm. longa, ab apice vix usque ad medium in laci- 
nias 6 oblongolanceolatas acutas divisa, tubo extus densissime re- 
trorsum villoso-sericeo basi extrema glabro, intus praeter lineolas 
6 pilosulas glabro, laciniis extus densius intus tenuissime cinereose- 
riceis, in alabastro tubo medio inflato multum angustioribus; an- 
therae lineares circa 6 mm. longae. Inflorescentia feminea et fru- 
ctus ignoti. 


Habitat in silva ad ripas sabulosas fluvii Pará prope Mos- 


TREO e 


Emeiro, AS Ducke) 21/1/1923, lerb. Jard: Bot. Rio mn. I7:47; 
arborem simillimam vidi prope Gurupá. 

Cette espéce se rapproche certainement du 2. genipoides des 
cataractes de POrénoque (que je n'aíi pas vu et dont on ne connait 
que Parbre femelle fructifére) mais difere de la description du 
dernier par les feuilles non recourbées, avec un nombre plus grand 


de nerfs, et par les pétioles pileux. Les fleurs ressemblent à celles 
du D. petrolaras. 


Duroia triflora DUCKE n. sp. 


Arbor parva vel submedia. Ramuli ut in specie paraensis at 
robustiores, apice incrassato saepissime cavo et perfurato. Stipu- 
lae ut in praecedente at maiores. Folia terna verticillata, forma 
HE praecedentis at maiora (10 — 20 em. longa et 3 —, Io em. 
lata) et saepe crassiora, margine saepe undulata, supra densius sed 
obsoletius reticulato-venulosa, petiolo et nervis appresse pilosis. 
Inflorescentia mascula terminalis e cymis 3 vel rarius 4 trichotomis 
composita, ad 3 cm. longa, subappresse pilosa, pedicellis vulgo 
brevibus, bracteis non visis, bracteolis minutissimis; calix ut in 
praecedente at parum longior (6 mm.) extus et intus margine 
apicali excepto totus sericeus; corolla ut speciei praecedentis at 
aliquanto robustior. Flores feminei terminales vulgo trini (rarius 
bini vel solitarii) breviter pedunculati; ovarium biloculare, 10 — 
12mm. longum 5 — 6 mm. latum, oblongum basi acutum, totum 
densissime subaureo-sericeovillosum; calix 4 — 5mm. longus basi 
excepta ut in flore masculo; corolla ut in flore masculo at brevior, 
ovarium vix dimidio superans; stylus apice bifidus corollae tubum 
subaequans. Bacca (ut videtur junior) subglobosa 21/2cm. diame- 
tro, parum dense ochraceo-hirsuta, pluricostata (siccitate?), calice 
coronata. 

Habitat in silva riparia periodice inundata fluminis Tapajoz 
medii frequens, 1. A. Ducke ad cataractam Acará (Herb. Jard. Bot. 
Rio n. 17.421), ad cataractam Maranhãozinho prope São Luiz 
(H. J. R.n. 15.561) et infra hanc cataractam in insula Goyana (H. 
WEB R. n. 17.420), florifera VIII — XII. 

Cette espêce est certainement três voisme du 2. genaipoides 
Hook. f. (que je n'ai pas vu) mais en différe par les feuilles plus 
grandes, le calice soyeux, les fruits globeux et courtement pédicel- 
lés; elle se distingue du D. paraensis n. sp. par les formes plus ro- 
bustes, les inflorescences plus courtes, le calice densement soyeux; 


AM 


du /. petrolaris Hook. f. par les feuilles coriaces et plus courtement 
pétiolées; du D. Duckei Hub. par les rameaux beaucoup plus épais 
dans dans leur partie apicale foliifére que dans le long internode 
basilaire, glabres, et par le calice soyeux. Son ovaire (inconnu chez 
les 4 espéces voisines que je viens de citer) biloculaire et la présence 
de 3 fleurs femelles indiquent évidemment une transition du genre 
Duroia vers le genre Amajowa qui serait caractérisé par les fleurs 
femelles nombreuses et Povaire biloculaire. 


Thieleodoxa sorbilis DUCKE nov. comb. (= Alibertia sorbalis 
« Hub.» DUCKE 1922, mas); planche 24. 


Arbor parva ramulis crassis subteretibus glabris saepe striatis, 
decorticantibus et demum ferrugineis. Stipulae plus minus persis- 
tentes 2—6cm. longae et 1—3cm. latae, interpetiolares, basi 
connatae, oblongae vel ovatae, apice vulgo acuminatae, rufae vel fer- 
rugineae, superiores submembranaceae, nervoso-striatae, glabrae, 
basi intus glandulosae. Folia decussata circa 25 — 45 cm. longa et 
circa 15 — 20mm. lata (in ramis sterilibus saepe majora) petiolo 
11/2—31/2cm. longo crasso supra canaliculato, ample oblonga 
“vel ovato-oblonga plus minus obliqua saepe subfalcata, basi cor- 
data vel obtusa et saepissime medio breviter in petiolum acutata, 
apice plus minusve breviter acuminata, coriacea (vetustiora dura, 
bullata), utrinque glabra et vulgo nitida, nervis primariis supra 
prominulis vel immersis subtus fortiter elevatis, venulis plus minus 
conspicuis. Flores masculini terminales inter stipulas breviter pedi- 
cellati plurimi; calix vix 3 mm. longus campanulatus, apice trun- 
catus, extus glaber intus tenuiter albidosericeus; corolla 21/2— 
'3cm. longa vix ad 1/3 ab apice in lacinias oblongas 5 divisa, 
extus tenuiter cinereosericea, tubo 3 — 4 mm. crasso subcylindrico 
vel apicem versus parum ampliato intus fauce et lineis inter stamina 
dense flavidosericeis; stamina vix 5 mm. super basin inserta, in- 
clusa, antheris 11 — 12mm. longis linearibus compressis appen- 
diculo obliquo appendiculatis basi ohsolete emarginatis; discus bre- 
vissimus; stylus circa 13 mm. longus tenuis filiformis apice com- 
presso-clavatus, stigmatibus duobus minutis acutis mucroniformi- 
bus parallelis. Flos femineus terminalis solitarius, brevissime pe- 
dunculatus: stipulis magnis alte connatis corollam subaequantibus 
inclusus et ad basin bracteolis saepe calicem aequantibus munitus; 
ovarium 8 -—gmm. longum subglobosum, glabrum, placentis 8 e 
pariete stipitatis medio non cohaerentibus; calix 5 — 6mm. longus, 


V 


o e é aa 


extus glaber intus pilis minutissimis raris conspersus; discus calice 
pluries brevior; corolla 21/2cm. longa, ab apice ad ultra 1/3 in 
lacinias 6 ovatas acutas divisa, extus tota tenuissime sericea, intus 
laciniis et tubi lineis sex longitudinalibus densius sericeis, tubo 
subcylindrico circa 5 mm. lato, in alabastro clavata; antherae 6 
lineares tubo inclusae; stylus 8 —-fidus corollae tubum superans. 
Bacca teste Muber magna, pulpa eduli. 

Habitat civitate Amazonas: in regione fluminis Purús loco 
Ponto Alegre silvis non inundatis (1. J. Huber, Herb. Amaz. Mus. 
Pará n. 4.489, specimina masculina florifera), loco Cachoeira culta 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.435, specimina feminina florifera). 
loco Bom Logar (H. A. M. P. n. 4.233, sterilia); in regione fluvii 
Solimões prope São Paulo de Olivença culta (1. J. G. Kuhlmann; 
Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.435, specimina feminina florifera). 
Florebat XII — VI; «puruhy grande» appellatur. — Specimen fru- 
ctiferum a me 1922 sub eodem nomine citatum in regione fluminis 
Mapuera (Trombetas) lectum (Herb. Amaz. Mus. Pará n. 9.103), 
dubium rimanet. 

Cette espéce doit rentrer dans le genre Threleodoxa, par ses 
fleurs hétéroméres dans les deux sexes et par son ovaire uniloculaire 
avec 8 placentes pariétaux. Elle est facilement reconnaissable par ses 
grandes feuilles souvent bullato-rugueuses, les supules três grandes 
et concrescentes et le style 8 — fide. 


Thieleodoxa (?) verticillata DucKE n. sp. (planche 24). 


Arbor parva, ramulis subteretibus crassiusculis glabris, decor- 
ticantibus et demum sordide flavidis. Stipulae 3, interpetiolares, 
persistentes, 10-— 15 mm. longae, subcoriaceae, rufescentes, stria- 
tae, dorso carinatae, in partes duas lanceolato-oblongas acutas pro- 
funde bipartitae, basi connatae. Folia terna verticillata 15 — 25 
cm. longa et 6— 10 cm. lata, petiolo 1 — 2 cm. longo supra cana- 
liculato, oblonga vel lanceolato-oblonga saepe subfalcata, basi acuta 
apice plus minus breviter acuminata, rigide herbacea, utrinque gla- 
bra etnitida, nervis primariis supra tenuiter prominulis vel impressis 
subtus robustius prominentibus, venulis tenuissimis. Inflorescentia 
mascula ignota. Flos femineus terminalis solitarius subsessilis, sti- 
pulis 3 bipartitis basi connatis ovarium subaequantibus et bracteolis 
3 brevibdus circumdatus; ovarium campanulatum 8 mm. longum 5 mm. 
latum, sulcis plurimis longitudinalibus saepe vix conspicuis notatum 
minute pilosulum, placentis 6 e pariete stipitatis centro non cohae 


1860 — 


rentibus; calix 5 — 6mm. longus denticulis apicalibus 6 acutissimis 
munitus, extus et intus minime pilosulus; discus calice pluries bre- 
vior, distincte crenatus; corolla 21/2cm. longa, ad medium in 
lacinias 6 lanceolato-ovatas acutas divisa, extus tota tenuiter cine- 
reosericea, intus laciniis et tubi lineis inter antheras densius sericeis, 
in alabastro clavata tubo 4mm. laciniis 6mm. latis; antherae 6 
lineares appendiculatae tubi apicem attingentes; stylus 6 — fidus e 
tubo brevissime exsertus. Bacca ut videtur junior 3 — 4 cm. longa, 
4— 5cm. lata, sphaeroidea basi apiceque depressa, basi stipulis 
persistentibus, apice calice coronata, glabra, brunnea, pulpa eduli. 

Habitat in civitatis Amazonas parte media loco Altamira prope 
cursum inferiorem fluvii Solimões culta, 1. J. G. Kuhlmann 18-1- 
1924, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.429; «puruhy» appellata. ho 

Les placentes de cette espêce sont semblables à ceux de Zhrele- 
odoxa lanceolata et Th. sorbilis mais seulement au nombre de 6 dans 
Povaire (au lieu de 8); malgré ça, la plante masculine étant inconnue, 
le genre botanique reste encore douteux. Les trois feuilles verticillées 
et les 3 stipules profondément bifides (avec Papparence de 6) sont 
des caractêres particuliêrement remarquables de cette plante et qui 
ne se recontrent chez aucune espéce des genres voisins. 

Cette espêce et Pespece précédente sont cultivées dans certaines 
régions de PÉtat d'Amazonas, sous le nom de « puruhy » ou « puruhy 
grande», à cause de leurs fruits comestibles dont le jus sert surtout 
pour des boissons réfrigerantes; le goút rappelle celui du tamarin. 
Dans PÉtat du Pará, le nom de «puruhy grande» est appliqué au 
Duroia macrophylla Hub., arbre assez fréquent de le forêt primaire 
des hautes terres, à fruits également comestibles. Le « puruhy » com- 
mun des forêts secordaires, lisiêéres de campos etc. à fruit beaucoup 
plus petit que chez les espéces citées et goút assez différent, appar- 
tient à Pespece Alibertia edulis. 


Koutchubaea insignis FiscH. (planche 24). 


Lovaire, chez la fleur femelle, est biloculé; le stigma courtement 
bilobé. 


Bothriospora corymbosa Hook. f. 


Petit arbre à écorce lisse et fleurs blanches odorantes qui res- 
semble à un <páo mulato» ( Calycophyllum Spruceanum Benth.) de 
dimensions réduites; connu, au bas Amazone, sous le nom de «sar- 
dinheira ». Le bois (blanchâtre) n'est nullement vénéneux, au con- 


== al) = 


traire de ce quaffirme Rob. Schomburgk («lignum ad substantias 
venenatissimas pertinere et carnem in veru ex ejus ligno factum im- 
positam homines necare » — cit. « Flora Brasiliensis »), lequel semble 
avoir reproduit une espéce de légende répandue parmi les habitants 
de race indigêne de Guyane et Amazonie et que moi-même j'ai sou- 
vent entendue dans Pintérieur de PÉtat du Pará sans cependant faire 
référence à lespéce de bois qui aurait déterminé un empoisonnement 
dans des pareilles conditions. 


Parachimarrhis breviloba Duck: (planche 2 


3 
Description dans les « Archivos » vol. III p. 253. 


LAURACEAE 


Dicypellium caryophyllatum NEES, «cravo do matto», «cravo 
do Maranhão ». 


La plus aromatique des lauracées amazoniennes et dont la saveur 
et Podeur rappellent le clou de girofle (mais moins pénetrantes, plus 
agréables). Petit arbre avec fleurs rose pourpre (couleur que Pon ne 
rencontre pas une seconde fois chez les lauracées amazoniennes!), 
largement répandu dans la forêt vierge humide des hautes terres de 
PAmazonie (excepté, semble-t-il, la zone littorale y compris Pestuaire 
du grand fleuve, et les parties les plus occidentales de la région) 
mais nulle part fréquent et maintenant três rare dans le voisinage 
des localités habitées; aux temps de Martius parfois cultivé pour 
son écorce qui était alors un important genre d'exportation, tandis 
quaujourd'hui cette écorce est à peine Pobject d'un insignifant com- 
merce local (parfois employée, comme les feuilles, pour en faire un 
thé des plus aromatisés qui sert comme stimulant). J'ai rencontré 
cet arbre au Rio T'rombetas et dans les cours moyens du Xingú et 
du Tapajoz; je ne crois pas qu'il existe dans PÉtat actuel du Mara- 
nhão, malgré le nom de «cravo do Maranhão» qu'on lui donne 
parfois mais-qui a son origine dans Pancienne division politique du 
pays oú le Maranhão comprenait, en dehors de Pactuel État de ce 
nom, "Amazonie brésilienne toute entiêre. 


Aniba canelilla (H. B. K.) MEz, «casca preciosa ». 

Arbre três aromatique qui atteint une hauteur de 20 à 25 m, 
avec le coeur du bois brun foncé, lourd, imputrescible; Iécorce, à 
saveur et odeur três agréables de canelle mais plus douces, se ren- 


188 — 


contre três souvent dans le petit commerce de Pintérieur amazonien oú 
elle est emplovée sous forme de poudre pour parfumer le linge et 
parfois pour faire un thé stimulant. Cette espéce est, aprês "Anda 
parvitlora, la moins rare des lauracées fortement aromatiques de 
PAmazonie; sa distribution est celle du «cravo», mais Parbre est 
beaucoup plus fréquent et habite les forêts moins humides des 
points les plus élevés des hautes terres. Je Pai rencontré sur la 
Serra de Santarem et dans les régions des riviêres Xingú, Tapajoz, 
Trombetas et Jamundá; nos échantillons floriféres viennent de la lo- 
calité Repartição, moyen Tapajoz (Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.533, 
florifére 2-10- 1922). Aux temps de Martius, Parbre était cultivé 
dans la capitale du Pará, mais aujourd'hui il ne Pest plus. 


Aniba parviflora (Meissn.) MEz, «páo rosa» ou «pão de 
rosa » (14) de Santarem, Faro, etc. souvent encore «louro rosa» (15). 
Petit arbre três aromatique, avec bois jaune verdâtre clair, em- 
ployé sous forme de poudre pour parfumer le linge (surtout à San- 
tarem); la plus répandue et plus fréquente des lauracées fortement 
aromatiques amazoniennes, habitant surtout les endroits humeux et 


un peu marécageux ou prennent naissance les petites ruisseaux de 


la forêt. Ressemble beaucoup au «macacaporanga » (A. fragrans n. 
sb.) mais la plante est plus glabre, les feuilles sont souvent plus 
grandes (jusqu'ã 23 X 8 cem. sur les rameaux fertiles) et à base plus 
obtuse (au moins chez celles de forme plus large), le pétiole est 
fortement épaissi, les fleurs sont souvent encore plus petites (lon- 
gueur 1—2 mm.) et à tube plus allongé, les filets des deux séries 
extérieures presquwaussi longs que les anthêres, le fruit atteint 2 1/2 
cm. de longueur et est densement revêtu de três petites écailles (?) 
jaunes, la cupule dépasse 1 1/2 cm. en largeur; Podeur de toutes les 
parties de Parbre est fort différent de celle du «macacaporanga », 


(14) — Le «pão de rosa» de "POyapoc qui est le «bois de rose femelle » (ex- 
ploité industriellement) de la Guyane française, appartient à une espêce non en- 
core déterminée, voisine du «macacaporanga» dans Paspect des feuilles et aussi 
à odeur assez semblable mais encore plus forte; celui de Vestuaire amazonien (Gu- 
rupá, Breves, Belem et premiére partie du chemin de fer de Bragança) appartient 
à deux espéces de lauracées (Aniba sp. et Ocotea subg. Mespilodaphae sp.) à odeur 
plus faible et Dbeaucoup moins agréable, persistante seulement dans le coeur 
du bois lequel n'est guêre employé dans la parfumerie mais fournit un bon 
bois de construction. 

(15) — Nom plus souvent donné à des espêces de lauracées à parfum 
faible et peu persistant. : di 


a LS 


Pécorce des rameaux secs a une saveur et une odeur qui rappellent 
la noix muscade, mais Podeur du bois est plutôt celle de rose. 


Aniba fragrans DUCKE n. sp. «macacaporanga ». 


Speciei 4. parvijlora arcte affinis, odore aromatico valde di- 
verso; differt etiam characteribus nonnullis morphologicis. Ramuli 
novelli, folia subtus et flores extus densius tomentella. Petioh 
vix incrassati; foliorum limbus (in ramis fertilibus) 8— 17 cm. 
longus et 3—61/2cm. latus, pasi semper valde acutus, apice 
vulgo minus breviter acuminatus. Flores sub anthesi 1 1/2— 2 mm. 
longi, perianthii tubo laciniis non multum longiore; filamenta se- 
rierum duarum exteriorum antheris parum longiora. Fructus ut 
videtur multum minor quam in specie citata, brunneus vel flavido- 
cinnamomeus, vix lepidotus. — Arbor parva ligno sordide flavi- 
do-grisescente, inflorescentiis ut in specie citata brevissimis pauci- 
floris. 

Habitat in silvis collinis Serra de Santarem (civitate Pará), 
Reerro2a 1 A. Ducke, Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.349. 

Ressemble beaucoup à PA. parviflora et n'en est pas toujours fa- 
cile à distinguer, au moins dans les spécimens d'herbier; le revêtement 
des parties jeunes est un peu plus fort, les feuilles m'atteignent que 
des dimensions moindres, les fleurs sont un peu moins petites, les 
fruits semblent être toujours moins grands, moins jaunes et plus 
glabres. Le bois est beaucoup moins jaune et dégage, comme toutes 
les parties de la plante, une odeur aromatique qui n'est pas três dif- 
férente de celle du «bois de rose femelle» de Guyane ou «pão de 
rosa» de "Oyapoc, exploité industriellement mais dont Tespéce bota- 
nique est toujours ignorée. — Le «macacaporanga » n'est connu que 
des environs de Santarem oú ses petits rameaux et feuilles dessé- 
chées fournissent le matériel principal pour les sachets à parfumer 
le linge et qui contiennent un mélange de plusieurs écorces et bois 
odorants. 


Miscantheca Duckei A. Sampaio, Commissão Linhas Telegra- 
phicas Matto Grosso Amazonas, Botanica X p. 15 pl. 12 et 13, Rio 
de Janeiro 1917. ; 

Cette espéce appartient à la parenté du Silva anacardiides 
( Benth.) Mez=-= Misantheca anacardioides Benth. et sera certainement 
mieux à placer dans le genre .Szlvza, à cause de son fruit et de son 
bois qui ressemblent à. ceux du commun .Silzna itauba; se distingue 


— 190 — 


du .S. amacardiordes facilement par ses pédicelles três courts, du .S 
crassiramea (Meissn.) Mez par ses feuilles pétiolées et par son an- 
drocée. Les inflorescences peuvent être plus longues ou plus courtes 
que les feuilles. Le fruit (noir bleuâátre) et sa cupule ressemblent à 
ceux du .S. zZawba, le fruit est seulement un peu plus grand et de 
forme plus obovale que chez celui-ci. Le bois brun jaune ressemble 
jà celui du .S. gtauba et on lui donne le même nom vulgaire, mais 
'arbre est assez rare et n'atteint que des dimensions modestes.—Ha- 
bite la forêt séche et médiocre voisine des campos; coll. A. Ducke: 
campos de Montealegre, lisiêre de la forêt, Herb. Amazon. Mus. 
Pará n. 16032 (type). campos du Jutahy entre Almeirim et Prainha, 
ilot de forêt, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.539,Santarem, forêt médiocre, 
H. J. B. R. n. 17.538; haut Rio Branco coll. J. G. Kuhlmann, H. J. 
B. R. ns. 3.377 et 3.378. et E. Ule n. 7.578. Les noms vulgaires sont 
«itaúba » (Rio Branco), «itaúba amarela» (Jutahy), «itaúba aba- 
cate » ( Santarem ). 


Silvia itauba ( MEISSN.) Mez 

Fournit la presque totalité de P «itaúba» ou «itaúba amarella », 
le plus utile des bois de construction (surtout navale) du bas Ama- 
zone, jaune sale devenant plus tard brun gris. imputrescible; atteint 
les dimensions les plus grandes parmi les lauracées de la région 
(hauteur jusqã 40 m.) mais se rencontre parfois sous forme de petit 
arbre dans la forêt de certains endroits pierreux ou sablonneux. Três 
fréquent aux environs de Obidos et au Tapajoz, répandu au nord jus- 
quaux Guyanes, an Sud jusqu'aux parties septentrionales de Matto 
Grosso, toujours dans les sols siliceux ou argilo-siliceux pauvres, non 
inondables; semble absent de toute la région de Vestuaire amazonien 
et littorale du Pará. 


Endlicheria bullata DUCKE n. sp. 


Ad subgenus Ampelodaphne. Ramuli teretes vel parum com- 
pressi, dense ferrugineo-subhispido-villosi, lineis a petiolorum inser- 
tione decurrentibus notati, cortice esipido. Folia sparsa petiolo 
4 — 8mm. longo non canaliculato densissime fulvovilloso, lamina 
to — 24 cm. longa et 2 — 41/2cm. lata, lineari-lanceolata, basi acuta, 
apice acuta vel sensim breviter acuminata, rigide coriacea, valde 
bullatorugosa, supra dissite subtus in nervis et margine crebrius 
canoferrugineo-hispida, supra nitida subtus subopaca, costa cen- 
trah costisque secundariis (utrinque 20 — 30 e costa centrali angula 


= 8 = 


60 — 85º exeuntibus) supra sulcato-immersis subtus fortiter elevatis, 
venulis supra immersis subtus inter costas prominenti-reticulatis, 
margine valde recurvo. Paniculae in axillis solitariae foliis breviores 
rarissime subaequilongae, erecto-patentes, parum flexuosae, pedun- 
culatae, laxiflorae, rufotomentosae, ramulis lateralibus vulgo bre- 
vibus, pedicellis vix ultra 2 mm. longis, bracteolis parvis subulatis 
tomentosis subpersistentibus. Flores masculi expansi 8 — gmm. dia- 
metro, extus rufopubescentes, perianthii tubo brevissimo, segmen- 
tis aequalibus obovato-oblongis obtusiusculis intus glabris anthesi 
patentibus. Stamina serierum duarum exteriorum fortiter incurva, 
filamentis dilatatis antheras subaequantibus, antheris introrsis apice 
truncatis; stamina seriei tertiae filamentis antherã multum lon- 
gioribus et latioribus, basi glandulis duabus magnis globosis 
sessilibus auctis, antheris extrorsis multum minoribus quam se- 
rierum exteriorum, apice crassiusculo applanato-truncatis; filamenta 
omnia glabra; antherae omnes bilocellatae, latitudine multum bre- 
viores. Ovarii rudimentum stipitiforme glabrum. Flores feminei 
et fructus ignoti. 

Habitat ad flumen Purús (civitate Amazonas) loco Bom Logar 
in silvis secundariis, 1. J. Huber 25-7-1903, Herb. Jard. Bot. Rio 
n. 18.359 (ex herbario Musei Paraensis, sine numero, sub nomine 
Ampelodaphne bullata Hub. sine descriptione. 

Cette espéce curieuse ne ressemble à aucune autre parmi les lau- 
racées que j'ai vues; elle semble toutefois avoir quelques affinités avec 
PE. villosa Mez (de la Jamaíque?). La forme, la consistance et le 
revêtement de ses feuilles rappellent d'une façon étonnante les folioles 
de certaíins Znga et Affonsea des montagnes du Brésil central et mé- 
ridional! 


Huberodaphne DUCKE n. gen. 


Affinis generi Endlicheria (floribus dioicis, antheris bilocellatis, 
staminodiisque nullis); differt filamentis omnibus eglandulosis et fructu 
basi perianthii lobis valde auctis (non cupulae) insidente. Species unica: 


H. longicaudata DUCKE n. sp. 


Arbuscula dioica, modice aromatica. Ramuli subteretes tenuiter 
striati, novelli parce puberuli. Folia sparsa, petiolo 2/3 —I 1/2 cm. 
longo subcanaliculato, lamina 12 — 24 cm. longa et 21/2— 6 (raris- 
sime 8) cm. lata, lanceolato-oblonga vel oblonga, basi in petiolum 
acutata, apice longe (2--secm.) recte vel arcuatim anguste et 


— 192 — 


abrupte caudatoacuminata, papyracea elastica, glabra, supra nitida 
subtus subopaca, costa centrali costis secundariis (utrinque 5 — O 
maioribus, e costa centrali angulo circa 50º exeuntibus, ante mar- 
ginem evidentissime arcuato-conjunctis) venulisque (laxiusculs trans- 
versaliter et oblique reticulatis) supra immersis subtus prominen- 
tibus (venulis multum minus quam costis), margine tenuissime 
recurvulo. Paniculae racemiformes tenues in axillis solitariae, folio 
multum breviores, erectae, pedunculo brevissimo, laxiflorae, gri- 
seopuberulae, pedicellis ad anthesin 2—4mm. longis tenuibus, 
bracteis ad dichotomias et bracteolis sat persistentibus subulatis 
parvis. Ilores masculi ochroleuci, expansi diametro 4 — 6mm,, 
extus basi parce puberuli, perianchii tubo brevi, segmentis subae- 
qualibus ovatis obtusiusculis. Androeceum seriebus 3 exterioribus 
fertilibus, quarta nulla; filamenta omnia eglandulosa, glabra; an- 
therae omnes bilocellatae, serierum 1 et 2 exteriorum introrsae 
longitudine latiores apice subtruncatae, filamento laminiformi-dila- 
tato multum breviores et subangustiores; stamina seriei 3 triquetra 
substipitiformia basin versus angustata, antherã brevi apice sub- 
applanato-truncato locellis laterali-terminalibus. Ovarii rudimentum 
in floribus examinatis non vidi. Flores feminei ignoti. Bacca adulta 
11/2—21/2cm. longa et ultra 1 cm. crassa, ellipsoidea, matura 
nigra, perianthii (sanguinei) lobis persistentibus valde auctis (dia- 
metro perianthii supra 1 — 1 1/2 cm.) insidens, stipite elongato (1 1/2 
—2cm.) a basi ad apicem sensim dilatato; cotyledones crassi pla-. 
noconvexi. 

Habitat in silvis humidis non inundatis prope Belem do Pará 
(1. Baker n. go, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 9.249) et ad viam 
ferream inter Belem et Bragança props stationem Peixeboi (1. E. 
Snethlage, H. A. M. P. n. 9411) et prope Santa Izabel (1. J. 
Huber, flor. junio 1908, H. A. M. P. n. 9.431). 

Arbrisseau du sousbois de la même région oú croissent les laura- 
cées qui fournissent les feuilles dorées et les feuilles argentées du 
Pará / Acrodichdium aureum Hub. et Ocotea argyrophylla n. sp.) 
mais plus fréquent. T'rês remarquable, en dehors des caractêres gé- 
nériques citées dans la diagnose, par les feuilles longuement et três 


abruptement acuminées et ayant les côtes secondaires três évidemment 
conjointes en arc. 


Ocotea rufovestita DUCKE n. sp. 


Ad subgenus Oreodaphne ubi speciei peruvianae O, cuprea 


A 


(Meissn.) Mez (secundum descriptionem) affinis videtur; differt 
praesertim foliis saepissime acuminatis et ovarii rudimento mi- 
nimo vel nullo. — Arbor parva, in vivo sat aromatica, cortice ra- 
mulorum sicco esipido. Ramuli parum compressi, novelli densis- 
sime rufo—, vetustiores cano-tomentosi. Folia sparsa, petiolo 1 — 2 
(vulgo 1 1/2) cm. longo non vel vix canaliculato, lamina 5 — ro cm. 
longa et 21/2-41/2cm. lata, lanceolato-oblonga saepissime basi 
acuta et apice subbreviter acuminata, adulta rigide coriacea, no- 
vella utrinque rufotomentosa, adulta subtus tomento crispulo den- 
sissimo persistente opaco rufo vestita supra glabrata et nitida, 
penninervia, costis supra immersis subtus prominentibus, secun- 
dariis sursum arcuatis, venulis supra obsoletis (sub lente tenuis- 
sime reticulatis et subfoveolatis) subtus distincte at tenuiter pro- 
minulo-reticulatis, margine obsolete recurvulo. Paniculae in axillis 
foliorum novellorum solitariae, folis adultis multum breviores, 
sat longe pedunculatae, pauciramosae, pauciflorae, undique den- 
sissime rufotomentosae, pedicellis vix ultra 1 mm. longis, bracteolis 
parvis caducis; flores masculi expansi 3 — 3 1/2 mm. lati, rufo- 
tomentosi, perianthii tubo subnullo, limbi segmentis subaequalibus 
ovatis acutis, intus medio subglabris; filamenta brevissima, pilosa, 
serlei tertiae basi glandulis binis globosis magnis sessilibus mu- 
nita; antherae apice subtruncatae; staminodia nulla; ovarii rudimen- 
tum nullum vel lineare glabrum minimum. Flores feminei et fructus 
ignoti. 

Frequens in montium Jutahy (inter Almeirim et Prainha civi- 
tatis Pará) partibus superioribus, silva sicciore humili, ubi in 
montis Araguay cacumine 1. A. Ducke floriferam 30-8-1918 (Herb. 
Rimaz: Mus. Pará no 17.271). 

Espéce três jolie à cause de son revêtement roux (couleur de 
“cuivre vieux ), dense, composé de poils courts et crépus; un des élements 
plus remarquables de la flore des petites montagnes du groupe du 
Jutahy, situé entre Almeirim et Prainha (côte nord du bas Amazone ). 


Ocotea argyrophylla Duck» n. sp. «folha prateada», «folha de 
prata >». 


E subgenere Oreodaphne. Arbor media ramulis validis fortiter 
angulatis et sulcatis, novellis cano-vel rubescenti — vel albido — 
sericeis, cortice esipido. Folia ramulorum fertilium sparsa, 9 — 
1ócm. longa (incluso petiolo 1 —1 1/2 cm. longo non canaliculato), 
3— 5cm. lata, ovato — vel oblongo — lanceolata basi acuta apice 

JARD, 13 


— 104 — 


saepe longe caudatoacuminata, coriacea sat fragilia, supra gla- 
berrima nitida, subtus albido — vel (vetusta) subaureo — vel (indi- 
viduorum juvenilium) pulchre argenteo-sericea et fortiter micantia, 
utrinque dissite penninervia (costis arcuatis, ante marginem anas- 
tomosantibus, subtus fortiter prominentibus) et laxiuscule reticulata 
(venulis subtus magis prominulis quam supra). Paniculae in axil- 
lis superioribus et subterminales, folio breviores vel subaequi- 
longae, modice floribundae, canoferrugineo-tomentosae, pedunculis 
brevibus, bracteolis parvis caducis. Flores solum feminei noti, 
11/2—21/2mm. longi, pedicellis vix usque ad 2 mm. longis, extus 
canosericei, perianthii tubo conspicuo, conico, apice non constri- 
cto, limbi segmentis aequalibus, ovatis, acutiusculis, anthesi paten- 
tibus. Filamenta omnia glabra; stamina seriei primae et secun- 
dae perianthio alte inserta, antheris filamento brevioribus apice 
subtruncatis et brevissime apiculatis loculis 4 rudimentariis obsolete 
indicatis; stamina seriei tertiae glandulis filamentorum maximis, 
anthera parva locellis obsoletis subintrorsis; staminodia non cons- 
picua. Ovarium glabrum, stylo brevi uno latere distincte griseopi- 
loso. Fructus ignotus. 

Habitat in silvis humosis non inundatis prope Belem do Pará 
(1. A. Ducke 20-5-1923, florifera, Herb. Jard. Bot. Rio n. 17.528) 
et per viam ferream versus Bragança frequens usque ad Igarapé- 
Assú (Il. R. Siqueira, Herb. Amaz. Mus. Pará n. 3.375). 

Les feuilles nouvelles surtout des três jeunes arbres, d'un beau 
blanc argenté sur la face inférieure, sont três connues dans la capi- 
tale du Pará ou on les emploie dans les mêmes travaux que les feuilles 
dorées de PAcrodichidium aureum Hub.; leur couleur excéde en be- 
auté celle des feuilles de POcotea guanensis Aubl., le «louro ta- 
manco ». Il est fort curieux que POcotea argyrophylla et PVAcrodich- 
dmum aureum se rencontrent uniquement dans une aire géographi- 
que três restreinte depuis les environs de Belem jusque vers la 
moitié du chemin de fer de Bragança oú ils croissent souvent en- 
semble dans la forêt primaire à sol silico-humeux, três humide mais 
non inondable. — Notre espéce nouvelle peut être reconnue, parmi 
les nombreuses espéces qui composent ce sousgenre, par la forme et 
la couleur des feuilles, les caractêres de Pandrocée et le pistil glabre 
mais orné, d'un côté du style, d'une barbe de poils gris, 


= MODs 
SIMARUBACEAE 


Simaba guianensis (AvpL.) Engl. 

Petit arbre ou arbuste commun en Amazonie, sur les rives de 
lacs et de riviêres à eaux claires ainsi que dans certains «campos de 
varzea» périodiquement inondés; fleurs blanc verdâtre, odorantes: 
fruits plus grands que chez Pespeéce suivante, plus ou moins compri- 
més, lisses, rouge foncé, fort acides, recherchés de certains poissons 
(surtout le «tambaqui»). Nom indigêne: «cajú-rana» (faux acajou, 
à cause du fruit). La forme des folioles varie dans la même localité. 
et les variétés décrites ne peuvent pas être considérées comme des 
races géographiques. 


Simaba cuspidata ENGL. 


Petit arbre ou arbuste fréquent dans les hautes terres de PAma- 
zonite; fleurs blanches, odorantes mais parfois avec mélange faíible ou 
assez fort d'une mauvaise odeur d'acide valérianique; fruit plus petit 
que chez le .S. guzanenses, comprimé, transversalement rugueux, aro- 
matique, d'abord douçãâtre mais aprês três amer. La forme genuine 
appartient à la forêt, elle est à son tour variable dars le nombre des 
folioles (parfois jusqu'i 7 ou même 9) et leur grandeur et forme; la 
var. migrescens (Engl) Ducke est limitée à la petite forêt seche de 
la lisiêre de campos et de plages sablonneuses. Les formes de tran- 
sition entre les deux sont fréquentes et três évidentes, on les trouve 
surtout dans la forêt secondaire en terrain sec, comme par ex. aux 
environs de Obidos. 


Simaba paraensis DUCKE n. sp. 


Ad sect. II (Floribundae). Arbor media vel sat magna ramulis 
novellis angulosis et tenuiter canotomentosis, vetustioribus teretibus 
elabratis fortiter striatis. Folia petiolo cum rhachide usque ad 20 
cm. longo, subtereti at sub jugis leviter depresso-anguloso-dila- 
tato, tenuiter canotomentoso, vulgo imparipinnata; foliola 3 — 6 — 
rarissime 7 — juga, subsessilia, usque ad 7 cm. rarius ad Io cm. 
longa (superiora inferioribus longiora) et usque ad 3 rarius 31/2 
cm. lata, obovato-oblonga vel (superiora saepe) oblonga, basi plus 
minus cuneato-attenuata apice obtusa vel retusa, tenuiter coriacea, 
plus minus nitida, glabra, subtus pallidiora et distincte etsi tenuiter 
penninervia et tenuissime reticuiata, costa utrinque tenuiter pro- 
minente. Flores in arbore maxima ex parte defoliata brunnescenti- 


— 196 — 


viridialbi, valde foetidi (acidum valerianicum redolentes); panicula 
vulgo terminalis ample composita 30 — 40 cm. longa tenuiter cano- 
tomentosa ramis erecto - patentibus, ramis infimis interdum bra- 
cteis foliaceis trijugis (raris vel caducissimis) fultis, ramis superio-' 
ribus bracteis simplicibus parvis linearioblongis instructis; pedi- 
cell in ramulorum tertiariorum apice plurimi brevissimi (usque 
ad 11/2mm.), dense tomentosi; alabastra ovata vel elliptica; calix 
usque ultra medium vel fere ad basin in lacinias vix ad 1 mm. 
longas acute triangulares partitus, dense ferrugineo-pubescens; pe- 
tala adulta 6-—-7mm. longa et basi circa 2mm. lata, oblonga, 
utrinque canotomentosa; stamina circa 5 1/2mm. longa, ligula vil- 
losa circa 4 mm. longa, antheris brevibus ovatooblongis; gynopho- 
rum 1 1/2 mm., ovarium vix ultra 1 mm. longum, ambo dense pi- 
losa; stylus dimidio superiore glaber. Fructus ignotus. 

In silvis primariis non inundatis civitate Pará: prope Obi- 
dos 1. A. Ducke 4-10-1915, Herb. Jard. Bot. Rio n. 18.947; prope 
stationem Peixeboi viae ferrea inter Belem et Bragança 1. R. Si- 
queira, 15-9-1908, Herb. Amaz. Mus. Pará, n. 9.654. 

Cette espéce rare (jusqu'ici rencontrée seulement deux fois ) semble 
avoir de Paffinité au .S. Moribunda St. Hil. (du Brésil central: Minas 
Geraes, Matto Grosso) que je ne connais que d'aprês la description, 
mais a les folioles de forme plus allongée sans bord recourbé et à 
côte faiblement saillante même en dessous, les pédicelles beaucoup 
plus courts, le calice moins profondement divisé et les pétales plus 
étroites. Le .S. foribunda semble être un arbuste tandis que .S. fa- 
raensis est un arbre au moins de moyenne taille.. Notre espêce nou- 
velle est encore remarquable par la mauvaise odeur de ses fleurs 
qui sentent três fortentent Pacide valérianique. 


Picrolemma pseudocoffea DuCKE n. sp. 


Planta feminea sola cognita a specie P. Sprucei Hook. dif- 
fert ramis non vel parum fistulosis, foliolis latioribus et minus 
longe acuminatis, bracteolis subclavatis, et staminodiis in flore 
ro. — Omnibus partibus glaberrima, cortice rufo amaro; foliola 5 — 
7 — juga, 10—-16cm. longa et 5—7cm. lata, petiolulo 5 — 8mm. 
longo, oblongo-elliptica vel ovato-elliptica basi saepius subacuta 
apice plicata et modice longe acuminata; panicula 1 — 2 dm. longa, 
bracteis basi ramulorum primariorum 1 cm. longis, secundariorum 
minoribus, linearibus apice subclavatis: pedicelli floriferi 1—2 
mm. longi sat validi, fructiferi asque ad 20 mm. longi et 2—3 


O 


mm. crassi, basi bracteolis persistentibus subclavatis vulgo fortiter 
recurvis muniti; staminodia 10, narva ovato-oblonga (5 maiora 5 
minora); gynophorum fructiferum in torum 5 mm. longum et 5 —7 
mm. latum ampliatum; drupa abortu solitaria im toro sessilis, ad 
25 mm. longa et ad 13 mm. crassa, oblongo-elliptica utrinque 
obtusa, rubra, pericarpio carnoso tenui, endocarpio tenui crusta- 
ceo, seminis testa membranacea, embryone exalbuminoso. Chara- 
cteres reliqui ut in P. Sprucei descriptione et icone (plantam 
ipsam non vidi). — «Café-rana» appellatur. 

Habitat prope Cunany in civitatis Pará parte littorali bor- 
eai, 1. J. Huber 18-10-1895, Herb. Amazon. Musei Pará n. L.IIÓ6. 

Cette espéce se distingue du P .Sprucei surtout par les ro sta- 
minodes de la fleur femelle (la seule connue) et semble ne pas être 
myrmécophile, ses tiges étant remplíies de moelle ou assez étroite- 
ment fistuleuses. Elle a été découverte par feu le docteur J. Huber, 
à Counani dans la partie Nord-Est de PÉtat du Pará (Pancien terri- 
toire contesté de la Guyane brésilienne) ou on lui donne le nom de 
«café-rana» (faux café). Ce nom est appliqué, dans PÉtat du Pará, 
surtout à des espeéces de simarubacées, três ameéres et réputées fébri- 
fuges en médecine populaire, comme j'ai pu encore constater dans le 
moyen Tapajoz oi on m'a montré, sous se même nom, des jeunes 
plantes appartenantes probablement au genre Prerammnia; les fruits 
de ce dernier genre sont, comme ceux de Prrolemma, rouges et res- 
semblent un peu à ceux du caféier. A Obidos on donne cependant 
ce même nom vulgaire à une rubiacée non amére du genre Faramea, 
évidemment à cause des fleurs blanches odorantes assez semblables à 
celles de Cofea. Tl est curieux que je n'aie jamais entendu référer ce 
nom de «café-rana » à la gentianacée três amére Zachia guianensis 
Aubl. à laquelle certains auteurs ont attribué les racines de < café- 
rana» du commerce de Rio de Janeiro, importées du Pará. Cette 
gentianacée est en général três rare et, dans la seule localité ou je 
Pai trouvée plus fréquente (à Gurupá), personne ne lui connait un 
“nom vulgaire; je dois donc supposer que les racines du commerce de 
Rio appartiendront à une des simarubacées mentionnées. 


Picrolemma Huberi DUCKE n. sp. 

Planta mascula sola cognita speciei P. Sprucei Hook. iconi 
m Marti Flora Brasiliensi floribus exceptis valde similis, at fo- 
liolis 9 — 10 — jugis maioribus (usque ad 15 cm. longis et ad 5 cm. 
latis) basi valde inaequilateris obtusis vel oblique subcordatis. 


— 108 — 


Paniculae adsunt 5 cm. longae pauciflorae (sed forsan parum evo- 
lutae?), caeterum eis iconis P. Sprucei simillimae; calix 1 mm. 
altus et 2—21/2mm. latus, margine subscarioso 5 — denticulato; 
petala (5) adulta ad 6 vel 7 mm. longa et parum ultra 1 mm. lata, 
oblonga; staminodia 5 linearia staminibus longiora; stamina 5 
epipetala, filamento brevissimo, anthera magna oblonga. «Frutex 
myrmecophilus floribus odoratissimis» (Huber in schedula). 

Habitat in silvis Quebrada Grande de Canchahuaya regione 
fluminis Ucayali Peruviae orientalis, 1. J. Huber 13-11-1898, Herb. 
Amaz. Musei Pará n. 1.471. 

Cette espece à tiges un peu renflées et largement fistuleuses, 
habitées par des fourmis, ressemble au 2. Sprwcer (seule espéce jus- 
quwici connue) mais se distingue aussitôt par les folioles multijuguées 
et três obliques, le calice avec 5 dents três courtes, les pétales plus 
longues, la présence de 5 staminodes bien développés, les étamines 
avec filet três court et anthére beaucoup plus longue. 


Pará et Rio de Janeiro, 1923 — 1925. 


+ 


ERRATA ET CORRIGENDA 


Pag. 6 ligne 18: au lieu de 13.629 lisez 13.029 

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182 » RR pi AS > 7.418 


MRS» mr: >» »)-» Herb. etc. jisqu” à la fim de cette. hgne; lisez: (1 
A. Goeldi, H. A. M. P. n. 3893, specimina masculina florifera), 


Pag. 29: Pithecolobium scandens Ducke n. sp. n'est évidemment qu'une variété (locale?) 
du Pithecolobium lindseaefolium Benth. dont j'ai récemment comparé un échan- 
tillon appartenant à la forme typique (Manáos, coll. Schwacke n. 191, Herb. 
Museu Nacional n. 5930). La forme du Tapajoz se distingue de cette derniére 
par les folioles moins obtuses ou même assez acutées et les fleurs plus petites; 
ces différences sont surtout accentuées chez les spécimens provenant du cours 
moyen de la riviere (n. 16775). 


aU Era ro SE O SPA NPRRENE O 164 
Acacia alemquerensis-... 00. .0...- am 
») altiscandens........... ERAS aa a 

» antiemulata- =. = cus epa oeiras EM 

BR mniltipinnata. so sujos 31 

» paniciilata . «4 Ra data alo sra 31 

» PaLACHSIS vs o «2 PARE crápeio Ea: 31 

RE Eipatia.. :.. BEST é o RA PR 32 
Adiscanthus fusciflorus............ 103 
Nectphia macrantha..- sucos. E) 
Exhtica ae en à te E 2 
EMERGE o e si nioro 2 o) = o crãrs PR oo ARNS 164 
Aipentciar sorDilS. -v-1=) =": else a rejavo fear 184 
Allantoma...... RELA Se prO E E 154 
» aulocaspa 20 els repataço é 155 

» pBurcheliana SB. 155 

» Exit rica ds prado ea 155 

» ie atas SIRANRES 155 

» IMACRO CARpa ln 155 
Anacardiaceae...... EE CA ES IIS 
Ameylocalyx acuminata...........: 83 
Aicdira amazonum...-. qo seda 82 
RARO O TAnde:. «+ same a mimo oia Io4 
Androstylanthus paraensis......... 2 
angelim rajado.......... pç 30 
Ennbancanelillas 22 eps epa ee manto 187 
RR Sans. So pagas scr I83 

DRM DAEUIHORa. tao ro tosa aos os 188 
LOTA SS RR ER E US BIS O IO 
Rpeiba Burchelhi.. cu. somo esmo E 120 
E inacropetala =: E de I20 

PR membranaçes Mn... I20 

PRE DELOUIMON! Cs pis eraro epson = e II9 
EPE ÇE ES. 0... Naima ee bio 166 
EPOIO. oo. E rABERA ZEN ci RR 118 
Asterolepidion elatum........... IIÓ 
Astronium fraxinifolium......... IIS 
» EeCointer a. 115 
Barylucuma decussata........... 161 
Basanacantha inermis........... 180 
Eenia alatas:.. css ss 55 
» aureopunctata......... 53:54 

> cupreonitenss........ 56 

» holophyilasise. 52,54 

» Ciberia ovas 57 

>» longicuspis........ Spegoro 54 


ALPHABETIQUE 


Bauhinia PP platycalga S/ 
» SAQUE en 54 

» viridirlo ra E ore 53 
Bignoniaceae ae a I74 
bois de rose: q A piadas PEDE, APR ENO 0)5 
Dois serpente fria) eretas esc ag é 30 
Bombacacese TR I21 
Bombax: Aquaticumi co asa -dsaçrano 127 
faro enSeR pit pao 122 

» INSIGHE poe sto aa 126 

») miacrocalges ua menos I24 

> obtustiaço Ss aa 125 

» paraenses. iso gangs 124 

) Tigiditolitumo sie matei pata 127 

» SPeUceatiuimpE 126 

) tocantins 123 
Borraginaceae........ SS OS BRO E 170 
Bothriospora corymbosa........... 186 
Bowdichia Freirei....... ERES Rg a 60 
Bros ODSIS: a sisiao e Vieira ro e no 6 
aeuatola Rr a 

) amplitoltas ds sto 3 
diandra MS des o 3 

» oblongifoha............ 3 
Brosimum angustifolium.......... 2 
> elaucito luta no 2 

» KeCoiritet. Ma 2 

Oya Lito lina SR a a 

erra I 

Brownea ucayalina....... e Seo 51 
Browneopsis........ Po id era pa 51 
Bulcherayvial corriigata- = nr I50 
» STAN dis to ge ESPARTA io) 

» parvitoliar a een I50 
cabecaide tube 133 
Cacdorazulia ms o See 31 
DURAÇÃO PET UE is qoes apto SE dede aguia as 
quadrado apo see pa dad 32 

pe sh ET DOR PARRA SR 132 

DO eae CTPS ED PAD PA E I31 
TESE (oa DS ERA DEE Ta ELSA 
CaChaCeIrO so e saio Si o espa 103 
Caesalpimia paraensis. ..-. 2... 59 
(GENERO e ES CS ENE E Ao e sita I97 
CaJusFAtia=. ee fee oo el topo prado ao a Ios 


Calhandra stipulacea ss 30 


e 202 — 
Caraipa excelsa.......cceceeeeeeos 139  Dialium divaricatum so a E as : 57 
ACARdREL = Fians ar saga nto 137 | Dicorynia ingens.............v». “> 58 
» ves RR E ç 138 | Dicranostyles holostyla............ 169 
» IMyICIOIÃOS ec cuasase cinco 139 » scandens: as deve 168 
palustris........ ceccesees 138 a Na villosa..... pé fiáico DRE E 
psidiifolia......ccecccees 137 - Dicypellium caryophbylatum....... 187 
punctulata......ccccceres 138 | Dimorphandra..... ceentereeecso - 3941 
» SOB Uita usas do dr TRA 138 campinarum...... Sta 40 
Carapa guianensis.......ccceceeoo 104 » caudata-.. ota aaa 41 
» macrocarpa.......ccecee o. 104 » excelSa! «cc ur ati sas 45 
Cariniana decandra........c...... 153 » guianensis...... AR 45 
» RUI asso me ca 154 » macrostachya........ 39 
Carolinea affinis ........cccecu oo. 126 » PLOTA « «ERRA ai à 45 
Caryocaraceae .......ccceccereees 133 ay oleifera - seres o dis 45 
Carvocar glabrum........ccree o. o 133 » paraensis».. »'e «mate cisia 45 
» ETAGUES «amar eobas AEE 134 » pennigera..........: 41 
» microcarpum............ 133 vernicosas, = 2» teto AD 41 
» ndelterumi::.=.. sessao 135 | Dioclea...... RR PERUS PRe 93 
> villosum .....cssrer eres 135 » > Meringinea «2280 BRR 0 
casca dÔce........ MEM do PESE AR >» "Fexuosa.. «cisdsascos SEDA 92 
» preciosa-........ Se dae RA Sa 187 » leiophylla........ SU SER a 91 
Cassia tapajozensis............-... 57 o) TEHesa, . o icatoiate sv'o ate SR 92 
Castilloa ..... RP TR A o 8 | Dipladenia calycina..... o 6 voto à a E 
pata RS A e do 59  Duroia longiflora........ RR 
Berá. cs»: PRE SA DR DO pio 155 * paraensis... = ndo» ias é 0.6m 
DECR TR a LR ES O ge 616 roi oie 155 » inha o fe A ate tofe vo eftato otavio 183 
CHNATTÕOS COCDINAEAS ea = 2,o me 2 atu to 178 |. Dussia micranthera........ Era Ea vz 
Chromolucuma rubriflora.......... 160 | Elaeophora abutaefolia. ....... RU 
Chrysophyvllum inophyllum-....... 163 | Endlicheria bullata....... Et Igo 
Cotia dA E DARE O o ee ata pio 155 | Erisma: calcaratum Sec eb XOM 
CENironta jaratia: esa ae stsia en ato > 152 » FSC = e a ESSE Ce Ios 
» PECILS TRAI CCE Rd e sito canoa 152 ? — uncinatum epa ; 106 
ancas é Er! 6 nd aU ERES RE A a A 147 » violaceum:.: DS 106 
BNDES Se ses dO pr sao! Sina ab om é II | Erythrina Ulei......... Qd go 
CADA Havai sopas rs cea= eso 61 | Eschweilera retusa....... se = nobr 152 
Clavapetalum elatum.............. 116 | Emphorbiacese....- «panos ER 197 
EA ERICO: soon pe no scg» 136 | folha deiprata.. =: 205 é eo ES ev 193 
Coleostachys genipifolia........... 104 » prateada......-> 5. ocooa ..+ “ROM 
CORDEL CACEES Do PAR o eres oro é I47 Glycoxylot:s « « - «2 so RR 4 a 162 
Convolvilavéde casos cerco ae 168 » Hubem 173 Sd ea 164 
Copaifera guianensis.............. 46 inophyllum:.-.... 2.00 RAR 
» Marti ..-.2-seoreermess 46 » pedicellatum........... 164 
DIRCLCAILUSia 5 1onm 2,275 02 mao faio 46 » praealturm: - -5ma ss Di sds 165 
» CADETES => > ama mio mbção 46 Glycydendron amazonicum........  Io7 
FENGUIALOs Ss Sa ms ereta 45 | Goeldinia ..>.22::25:20080 te 5/0 oo po 
cravo do Maranhão... x... .=.ss. 0. 187 » ovatifolia,. ERR ERR ie o 155 
> > matto................o DDR 274 » Eiparia: «pr a wo o 0 dio 
CATE qc at AA APR E a ART 47,149 ' Guatteria scandens...... à Vs E Io 
DO TES ERRA e ul t67 | Gutifemes. .s:.:; noso RR 2, 
EM ERREISRTS io o ear NE cade A 131,132 | Meisteria scandens......»..-.» he ; 9 
cupuhy..... ceseco CEDO RR 132 » gesstlis. ...20E BRSPERA DR 8 
Cusparia tapajozensis.............. 100 | Helianthostylis Sprucei...........- 2 
Cynometra bauhiniaefolia.......... 45 | Helicostylis......... 0,0 210 oito ve Do Po oo 7 
Dalberpia cearetisis.......s.c oco. 7a Hevea Benthamiana........... As Iog 
» enHeanmdra SS sn 74 » brasiliensis. .... Ego arstbia 109 
g nephrocarpa........... ' 74 » camporum . Sn : III 
pachycarpa-............ 74 + Peolfina-,... ico 109, 110 
TON O TELE Meo E Ne e se 7a > discolor. . -.=>.. e IO9,III 
subcymosa........ co e A >» Dúckei... 10 109,10 
WE LANTUISO SP aNO E 2 73 > Fitanensis;-. Dor IO9,IIO 


a je 


Hevea Randiana................. Iog | Lonchocarpus paniculatus......... 88 
» Simas... nro sa o FARRA cla. IO9,III | » CARLALORtis Er Gê 89 

» Spruceana............-.. IO9,IIO | Lophanthera lactescens.......... IO3 
Holopyxidium jarana........ .... 152 | louro rosa......... NERO REIS E 188 
» retusum. ce 152 | Imetzelburgia pterocarpoides .... 60 
Elortia iexcelsa. «5 ../. 2 2a celso ae oo E 102) | Mabea/eximia END EO 107 
Huberodaphne longicaudata....... To macicaporanga MME RAN 189 
Eiimiriaçede .... cc cesso sucata cos 99 | Machaerium altiscandens ........ 75 
Humirianthera Duckei......... E RREO: » aureifloruni......... 77 
» Tupestas:. 2200 s... 118 | » compressicaule...... 76 
Elyaneraea .conrbamil......20..... AG | » decorticans ....... gs 77 
» velutinass == co ssa e 48 | » floribundum ........ 77 
lcacinaceder ss ansioso a e rante II6 | >» Schomburgkii ...... 86 
EnEBis cio o Joe do sopas Ea e ovas de I9 | » teitoliola tmn o 75 
DR PE OLBESROR, à 4 0/5 serao afetada o 5, oia 14 | Macoubea guianensis............ 168 

Don calamtha! o Dia. I8 | Macrolobium brevense........... 50,51 
antcalopiyilas: Sl Sá » cracilerh penis. 51 

RR capitatas os o sratoenaato (oo I5 > Huberianum ....... 51 
Pcordatoalatal- ep sao o I5 » montanunl ......... 49 

DR eyclocarpa: » . » - wo Spafo eia) o aio 1 Maonalidceder PER É . II 

DAME us pleta o Em o o io TUA Rica Sb ge pe ASPELAÇA PA ENS Sto Rea o) 
DR CLLITATO Sl e fe (o vo o fo fo po o e ioa pe aa ava Se So Ja a NG Malpienidceae SM do Niva seat IO3 
DR a e litroniais,. «é. e no aaa o oa o [3 | mMamoramna,---... EEE NE a aeratode 127 

Do cameniloras . ss 0ia cimdelo Dto ooo I8 | » grande... RR IARA UR] DÃO) 
Po Frostmantail! 0/2 te tores I5 | Mandevilla crassifolia ........... 168 

> o aaa A E o ER 28. | mandiocassã ........... ad Ana 118 
» lomatophylla... cons... Em UNA a taroa Cro er pd 31 
PRaderocalyx: - «= 2 conto alado I5 | Maripa scandens...... MERE E Espe Daio 109 

Del ndEida. -. 0 o. PRRP CRIS O O CR ER gE IES ca e a ac AE A E 16 7d 

DON DELA CHSIS: . . = .06 onte DRE, 40 aà 12. Melastomaceae ............. aim I56 

PRN LeRHa ta «+ 6 sm id eba pa set ae a no ie lacede Cena es ARA Ce pl to! 

» isantaremnensis ....-. 00.005 06 iMelsandea: (esco a Ao I56 

ERR DEELOSA, sé sc eioo CrpimR a od I7 » miouadelpha os 157 
RRSplendens = s/. = /ajois ale orofese o o oo I5 | Microlicia paraensis............. I56 

DR Stbsericantha-. == nn uers 137 | Minosa xinguensist 32 

PES UDenbas s » = 1 ve 6 af paia o Re A NOS asnirmidadoas o e 149 

ER tapajozensis +... su csiniatt o 18 | Miscantheca, Duckeil nus. sa 189 
Renta lala, uns o bind, o do T79 | molongó. ...... SERRAS is 167 
» VISCOSA EA Eis PR UN ESO 1 MONGUHA Rem sie Diner mio o E SEA 127 
REAR sd IDO: | Mora. ceciseitenã Seria Ap A GE 44 
SÉ DO as A RR DIO CRE DIS 5 dia ppl No INTO TA CEE e sor BS RR I 
farana o. CR CRE NE RER ERREI 3 de WS 20 Mora! para ensts, e a 45 
Koutchubaea insignis.......... Eta T86) | IMúucuna eriopila. e, piada sra 91 
Lacunaria ....... o ATARI É 139 | >» Eluib en ao qRiAERA RETRO foTo) 
» ACRCANA jo teens oo I4I » mattogrossensis ........ g9I 

» grandiflora........... 140 | muirapiranga. Ml a sa 2 

» Sb gb bao» USB a aa a ai da I41 itita pisa) RR Ene 59 
Ladenbergia paraensis .......... JUTA SM fas CS O EEN tao (om E E CRE SD SU A 4 
ERES sania, ces ccosniimeio. LO CREDIT 5) 6720 so pr oras es E a A du a 
vaca vo O 1871] INamcleopsis, br en E Sa BOA ro s 
Eremtiidaceae.... ui tan vis I5I > anais AAA 6 
Eiecythis paraensis ....v..... dieta I54 » Ulead ae ao 5 
» retusa ........ eba E E 152 | Nealchornea japurensis.......... TO7 
BEMEmMinosae....-- cien: Bar ED ENO YET A os de en DOTE Presa aa o apa Si 7 
pia cordia ......scs sos io 70 O chrormalilago pis 122 
» punctata........... it Ocoteararsyrophyila tim 193 
enetia, parviflora .....c siso II9 pr RufoNestiba ms ao I92 
Eeucaena Ulei ...... MRS je Pia di 2401) MWlacacede (essere pereira aa do SRA 8 
Lonchocarpus angulatus......... 89 |" Olmedia, unir ENS Pr REP 


7 
> POVO ND ae o oleo PD 88 » aspera ......... ETR A 4 


204 — 


Olmedia maxima .....ccccrreereo 4 
Olmedieae.........ccescreesce so 6 
Olmedioperebea ......cccccccesos pi 
CHORA Coina passaros mera brisas 66 
CHNCACA Lab ma Pets ds sds 64 

CXCOBA us ppa ds» 61 

METGCU SE: ses aan ça 64 
holertthri atos sas 61 

BODE ses ns ço 63 
paraensis ....... cce... 62 
santaremnensis......... 3 
stipuiaris ssa lizena: ER 65 
Ormosiopsis flava ............... 61 
Pachira insignis ....... ........ 126 
Ma crateras ru ai 126 

GEO ca ariana emáriiao I25 

- Spruceana se scs. =er ss 126 
paineira de Cuba................ 127 
pão de balsa .................... 122 
COMB na nim 2 qua oo Ao - 167 

e DI TRES HDD O star a areas ncd a Ss puretra 5,4 IoS 
DA DOCES ce depara à cn T6B TOM 65 
RR GEO ss eo ui ec ato A gr a 188 
Parachimarrhis breviloba........ 187 
Parahancornia amapá ........... r68 
Paramachaerium Schomburgkii.. 86 
PRERESI o, o RO pira Pr 5 mai da 35 
» RURCRS Scio ams e eiotesis denis a o 34 
ERES PANE SS ra e imatpçart ao 34 
NCIA ip 0 0/6 O MEO SIE 34 
Passiflora: Candida... 2. same dios 146 
RS PLERLE RE Ea tl ain ie ro oa 146 

In udata ease s ==... 146 
RENENMOLAÇEÃ O), sue TD e veto 146 
Pausandra macropetala.......... [I4 
» giacrostachya.,. «=... LI4 
Peltogyne angustiflora .......... 49 
tonFertnELOLA. ss sms 49 

REF ODCL o sao SEUS PRA SSD, em 7 
CIRABEASID. espessas 5 
TICARO LIA 4a oo E creio a 5 
Phaseolus productus ......c..... 99 
» FEnianS o ad test 98 
Escrolemita HMuberi ..-Sase sos [97 
E pseudocoftea ........ 196 
Riptadetiia XECurva, =. adia tio tad 34 
TOCAR NA ao 5 ale ie 33 

PIQUIA . amem nani srta Disso Ed Peiy cio 135 
ERNGLICIEA A ape ça o Rea 133, 134 
Euratinera velutina.,...senscnno I 
Pithecolobium Huberi........... 29 
inundatum ....... 28 
parauaquarae..... 28 

racemiflorum ..... 30 

racemosum ....... 30 

scandensse ls sst.L 29 
trunciflorum...... 30 

Etatymiseina Ducketr, .. ses 86 
RICHIE Cm aro q cem 87 
Poraqueiba guianensis .......... LIZ 


poraqueiba paraensis ........... 
» sericeals02. SNC 
Poupartia amazonica............ ; 
pracuúba branca ..... eleja rs Tr ai y 
» de leite .isseas As . 


» vermelha...,..... dessp 
preguiceira.........cccco PR 
Pseudochimarrhis............. “1 

» barbata ........ 
turbinata.... =. 
Pseudolmedia..........corceceseo 
» obliqua.....ec cias 
Pterocarpus.... =... of» Siojero Perde ca. 
» aulazonicus........ , 
» ancylocalyx, - cui pm 
» Ruhimannii slsacaoe 
» Michelii'j ae» = india 

» paraguayensis...... NS 
» RohEi. ss sus mi 5 
» Ulei.. somas nn 
DILLLESÇ Es Sae) =. 2, ossada aptos» pte/o SR 

» grande e RR 1) 
Qualea, caerulea,...;..-crecPRRas 

» cassiquiarensis.......... 

» paraensis...... RR, 
Quiina, acutangula. ..' caiam a 
Ominaceae ... = cpa PRADO So 
Raputia sigmatanthus...... ciatefaça 
Rauwolfia paraensis..... PERTO 
Ravenia polygalaecalyx........ tê 
Rinoreocarpus salimoneus..... aba 
Rubiaceae; .. sara MEPRRRR E 
Rutaceae”.:..- so RE BERRO), 
Sapotaceae...... o oa o to o “TB R 
Sapicdiia,.... =. e 2 */0/0 4 SRA se 
sardinheita,..-.-.- é oleo ENE o ne baIE 
Schlegelia paraensis....... nana 
Sclerolobium polyphyllum..... Sao 
Senefeldera macrophylla......... 
seringileira,. ..e=- cp Pe . TO9, 
Sideroxylon acutangulum...... Ele 
Silvia itaúba. .. sp oe RR oe 
Simaba cuspidata.......... - np - 

» guianensis;. dc 

» paraensiss. ca rteRs sea 
Simarubaceae 
Solanaceae. ...... coibir RR 
Solandra grandiflora...... BO 

» paraensis.... -.mi/a OR - 
Sorocea castaneifolia..... ER sto 

» Klotzschiana-.; e REs 
Sterculia albidiflora...... ELE 

» pruriens eo RR er 

» stipulifera.....- aa 
stetrculiacede,..- SER SE See DRI. 
Swartzia brachyrhachis.......... 

> figa m... = RR ee 

» melanoxyloa 2... DOR 

rariflara,, eder 6 = cpa 


“» o ála wu o 006 nula dio 


e PP 


o ENE” E 


== AÍ) == 


Swartzia Snethlageae............ 6o 
>» triphyila ss. sato = ct e 60 
Syzygiopsis oppositifolia......... I58 
Talauma amazonica............. II 
PLADOLCAS o caio aeee nine lee Rio ai I47 
aralea cordata:. po: Eco UR TA E 
» opposttifolia 3. a. 72 


iliecoma albiflora. .... soneca 175 


iRermminalia licida:.. ss esa. I47 
> obidensis a ne I47 

>» obovata...... Ra Dor ara! aiene I47 

» CAD OtiCas RR. I47 
Theobroma atrorubens........... 132 
>» bicolor SER 132 

» Cacaso E ep I30 

» grandiflorum. ....... I31 

» MCEOCALPEINST: I3I 

» ODO VEL Sie gare 132 

» SUECA E 2 GEADA 132 

» speciostmisiam =. I30 

» SPpEuCe unit I31 

» SEDIA Canna ng? 
Tineleodoxa sorbilis........-.... IS4 
» verticiilata.-..... 185 
Ticorea longiflora...... CRER IOI 
ililiaceae... -. EE RR er o RE TIQ 
REIITOS jo 2 0ro +10 E RES BN o Sg 
npaana =. 22.0. a RCE AGTOIES 13 025 So 
DIA ZONICA Soo Ro ao So 
 aturicuilata - 60 


Tipuana fusca.... ... 


» 


sericea.. ===. 


cenas... 


Tocoyena lonpiflora Le 
IRON UNE mo au E are ce 
ovorniitaispeciosa rm. 
Trymatococcus turbinatus....... 
EUCLIDES 
LO DE A À CM AE ste UR 
Vantanea paraensis... 
Vatairea guianensis.. 
Verbenaceae........ e 
Vexillnfera micranthera a. 
No lacese a Era tado 
loleters PAR E ne 
Vitex brevilabiata.... 


» 


» 


CYIOSA: sia dead 
Diclcels. 2 spa 
Plavenss vd 
odorata-.. espe 
orinocensis..... 
triflora.. 


cocos os... .. 


Vochysia ferruginea....... BIA Si 
» damiidatas sn 
ODSCUEAR teve pra UE 

» Para ensiso apelo s 

» vista ctola 
MOChySiACeLCE bro iron Se 
Zschokkea arborescens........ DE 
» densitoltatas. Cs 


EXPLICATION DES PLANCHES 


1 a-g — Parkia multijuga: « fleur (hermaphrodite) de la moitié terminale du capitule, 
coupe longitudinale; & fleur (mãle) de la moitié basilaire du capitule, 
coupe longitudinale; c étamine jeune; d fruit; e partie d'une valve avec 
les graines; f graine vue d'un autre côté; g graine, coupe transversale. 

2 a-d — Dimorphandra macrostachya: a fleur sans les pétales; db fruit; c graine, 
dans une partie de la valve; d coupe transversale de la graine. 

e-g — Dimorphandra parviflora: « fruit; / graine dans une partie du fruit; q coupe 
transversale de la graine. 
hi — Mora paraensis: ) fruit; 7 graine. 

3 af — Vatairea guianensis: q fleur; b pétales; c étamines; d pistil dans le calice 
ouvert du côté antérieur; e fruit; f fruit ouvert du côté antérieur. 

4 ab — Dioclea violacea: q fruit; » les deux sutures du même, 


c-e — Dioclea reflexa: « fruit; d les deux sutures; c graine. 
5 a-c — Dioclea sclerocarpa: a fruit; 4 les deux sutures; c graine. 
d -— Dioclea leiophylla: 7 les deux sutures du fruit. 


6 ab — Dioclea macrocarpa: q fruit; » graine. 
cd — Dioclea Huberi: « Sruit; d graine. 

7 a-c — Dioclea malacocarpa: « fruit; b suture; « graine. 
d — Dioclea ferruginea: 4 fruit. ; : 

8 af — Raputia sigmatanthus: « bouton adulte: » fleur; c ovaire et disque (dans 
le calice sans la sépale antérieure); d fruit; c un des endocarpes aprés 
déhiscence; f graine. 

g-l — Adiscanthus fusciflorus: q bouton adulte; ) fleur sans pétales et sans éta- 
mines:; v étamine (deux vues); 7 fruit; » un des endocarpes (deux vues); 
! graine. 
9 a-c — Elaeophora abutaefolia: q fleur femelle; » fruit; « graime. 

10 ai — Glycydendron amazonicum: « bonton et fleur mâles; 4 bouton femelle;, 
c leur femelle fécondée; d la même, coupe longitudinale; e ovaire, coupe 
transversale; / endocarpe; q graine; ) la même, coupe transversale; 7 em- 
bryon avec la radicule. 

j-o — Nealchornea japurensis: ; fleur mãle; & étamine; / fleur femelle; 7» ovaire, 
coupe transversale; » fruit (semi-adulte?); o graine (deux vues). 

11 a-f — Poupartia amazonica: « fleur femelle (deux vues); » ovaire, coupe transver- 
sale; c fruit, coupe longitudinale; 4 endocarpe (deux vues); « un des oper- 
cules du même; / graine. 

g-i — Meliandra monadelpha: q bouton, coupe longitudinale; / étamines concres- 
centes en tube; 7 le tube ouvert, vue intérieure. 

12 a-c — Lacunaria grandiflora: « inflorescence; b fruit adulte; c fruit avant la matu- 
rité, coupe transversale. 

13 ab — Erisma calcaratum: q fruit; 2 graine, 


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c-f — Caryocar microcarpum: « « deux fruits; « endocarpe; / le même, coupe lon- 
gitudinale. 

g —Caryocar villosum: q fruit, coupe longitudinale, 

h-k — Rinoreocarpus salmoneus: / bouton; 7 fleur; 7 étamine; & fruit. 

14 a-d — Lecythis paraensis: « rameau florifêre; » feuille d'un rameau stérile; c fruit; 
d graine. 

15 a-c — Holopyxidium retusum: q fruit; 4 c deux graines. 

16 a-f — Cariniana decandra: q bouton; & fleur sans les pétales; c androcéz (ouvert); 
d fruit; e tampon du fruit; / graine. 

gh — Cariniana Kuhlmannii: q fleur sans les pétales; 4 androcée (ouvert). 
ij — Allantoma lineata: / fleur sans les pétales; 7 androcée (ouvert). 

17 a-d — Syzygiopsis oppositifolia: « rameau florifere; 4 corolle (ouverte); c fruit; 
d graine (deux vues). 

18 a-c — Chromolucuma rubriflora: « rameau florifêre; 4 fleur; c corolle (ouverte). 

19 a-d — Barylucuma decussata: « rameau florifere; » fleur au commencement de 
Vanthêse; « corolle à la fin de Vanthêse, vue de dessus; 4 corolle ouverte, 
vue latérale. k 

20 a-e — Glycoxylon praealtum: « rameau florifêre; 4 corolle; c fruit; d coupe longi- 
tudinale du fruit; e graine (deux vues). 

f-h — Glycoxylon pedicellatum: / bouton; q fleur; /4 corolle. 
1  — Glycoxylon inophyllum: ; corolle. 
J — Glycoxylon Huberi: ; corolle. 

2 lah — Parahancornia amapá: « feuille; » bouton; « fleur; d coupe longitudinale de 
la leur (sans les lacinies de la corolle): e autre type de stigmate; f fruit; 
g coupe longitudinale du fruit; ) graine. 

22 a-g — Macoubea guianensis: « bouton; 4 fleur; « une partie de la fleur, coupe lon- 
gitudinale; à anthêre; e pistil, avec coupe longitudinale de Povaire; fovai- ; 
re, coupe transversale; q graine (trois vues). 

h-n — Lepidocordia punctata: ) morceau de la feuille; 7 rosace de poils écailleux; 
; corolle; 4 corolle sans la partie antérieure; / pistil avec une partie du ca- 
lice; m ovaire, coupe transversale; » fruit. , 

23 a-g — Parachimarrhis breviloba: « bouton; 4 fleur (avec deux anthêres recourbées ! 
par dessus de la corolle); c étamines et pistil (ovaire coupé longitudina- 
lement); d ovaire, coupe transversale; « fruit; / moitié du même aprês Gé- 
hiscence; g graine. s 

h-n — Pseudochimarrhis turbinata: /) bouton; 7 fleur; ; pistil (ovaire coupé longitu- 
dinalement ); + ovaire normal, coupe transversale; Z ovaire triloculaire, 
coupe transversale; » fruit aprês maturité; » graine. 

24 a-e — Koutchubea insignis: « fleur mâle, coupe longitudinale du calice et de la 
corolle; » fleur femelle; c pistil de la même, dans le calice ouvert du côté 
antérieur ; d ovaire, coupe transversale ; e fruit. 

f Thieleodoxa sorbilis: / ovaire, coupe transversale. 
g Thieleodoxa verticillata: & ovaire, coupe transversale. 
25 a-b — Ormosiopsis flava: « fruit uniseminé aprês déhiscence; » fruit biseminé, 
c - Clathrotropis nitida: « valve du fruit avec les graines. 
de —Bowdichia Martiusii: (/ fruit; « valve avec la graine. 
fg —Bowdichia brasiliensis: / fruit; q graine dans une partie de la valve. 


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hã Bowdichia nitida: / fruit; 7 graine dans une partie de la valve, 


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LEGUMINOSAS DO ESTADO DO PARÁ. 


POR 


ADOLPHO DUCKE 


As leguminosas do Estado do Pará 


oi AMOUR RC DONDE 


Não ha no reino vegetal uma só familia 
que mais mereça ser estudada do que esta! 
Sua importancia é extraordinaria! Consta 
de plantas nutritivas em grande copia, 
de venenosos e industriaes. 

J. CAMINHOÁ, E/ementos de Botanica 
(Greral e Medica. 


A familia mais importante entre todas, 
na composição das mattas amazonicas e 
tambem sob o ponto de vista da utilidade 
das suas madeiras, é a das leguminosas. . 

J. HUBER, J/attas e Madeiras Amazonicas. 


Entre as varias familias importantes da flora amazonica (cujo 
estudo completo necessitaria da actividade de mais de um botanico!) 
dei sempre preferencia ás leguminosas desde que, ha mais de t5 annos, 
comecei a colheita methodica do material botanico das arvores para- 
enses; achava-me então ao serviço do meu chefe e mestre dr. Jacques 
Huber, o fundador da secção botanica do Museu Paraense e mais 
- tarde director desse instituto outrora mundialmente afamado. Das re- 
feridas colheitas, uma parte chegou a ser classificada pelo saudoso 
scientista e foi com outros materiaes aproveitada para a elaboração 
de « Mattas e madeiras amazonicas », publicadas no extincto « Bole- 
letim do Museu Paraense », volume VI, 


— 212 — 


Esse utilissimo trabalho que condensa n'um breve resumo os 
mais vastos conhecimentos que alguem já tenha reunido na totalidade 
dos assumptos relacionados com a botanica amazonica, embora con- 
siderado pela excessiva modestia de seu autor como publicação pro- 
visoria senão prematura, perpetuou parte d'esses conhecimentos 
subtrahindo-a ao anniquilamento; n'elle encontrei a orientação precisa 
para proseguir depois da morte do preclaro scientista (18 de feve- 
reiro de 1914) nas pesquizas sobre a flora arborea do Estado, diffi- 
ceis em virtude da altura enorme de certas arvores e em muitos ca- 
sos tambem pela raridade das florações. Contra o primeiro desses 
obstaculos usei com proveito o corte methodico de raminhos floriferos 
e fructiferos a bala de carabina (Winchester n. 44) e verifiquei por 
este meio, com surpresa, a existencia, ás portas da capital do Estado, 
de não poucas especies até então ignoradas dos botanicos; quanto ao 
segundo, venci-o em muitos casos pondo em observação, durante 
annos, certas arvores que maior interesse me pareciam merecer, como 
succedeu com um enorme «tachy preto» da matta do Utinga, en- 
contrado em estado esteril em 1914 e desde então observado, até que 
floresceu e fructificou em 1922. 

Limito o presente estudo ao Estado do Pará por ser impossivel 
intensificar trabalhos d'esta natureza, numa região demasiadameute 
vasta. Os limites politicos são aliás no presente caso até um certo 
ponto tambem naturaes, abrangendo o dito Estado um quarto, o 
mais oriental, da Amazonia; a unica parte do Estado cuja flora pa- 
rece ter um caracter prevalentemente extraamazonico é a do extre- 
mo suéste (Rio Araguaya) que permanece inexplorada quanto á ri- 
queza florística. 

O numero das especies de leguminosas que constam existir no 
Estado do Pará é de 553, das quaes consegui encontrar 538, sendo 
que. das restantes 15 especies citadas pelos autores, 7 provêm de col. 
lecções muito antigas em localidade não especificada e podem com 
bastante probabilidade ser attribuidas ao actual Estado do Amazonas. 

A nomenclatura que uso é a de Engler Prantl em « Natiirliche 
Pflanzenfamilien », á qual corresponde em geral a da «Flora Brasi. 
liensis> de Martius; de synonymos só cito alguns que não constem 
das ditas obras. — As descripções de todas as especies novas por mim 
classificadas assim como algumas alterações necessarias nas classifi- 
cações de autores anteriores podem ser conferidas nas tres séries até 
agora publicadas do meu trabalho « Plantes nouvelles ou peu connues 
de la région amazonienne », n'estes « Archivos» vol. 1, HI e TM 


do 


Enumeração das especies e principaes variedades de leguminosas 
paraenses, na ordem systematica. 


As especies marcadas com um asteristico não foram por mim 
observadas no Estado; as que estão assigraladas com dois asteristicos 
foram colhidas no «Pará» antigo que abrangia então o actual Estado 
do Amazonas, sem referencia a localidade. 


Inga quaternata Poepp. et Endl 
bullatorugosa Ducke 
myriantha Poepp. et Endl. 
heterophylla Willd. 
xinguensis Ducke 
sertulifera DC. 
paraensis Ducke 
flagelliformis (Vell.) Mart. 
Huberi Ducke 
obidensis Ducke 
lateriflora Mig. 

» var. latior Ducke 
eclomerifiora Ducke 
cinnamomea Benth. 

n. sp. ? (Tapajoz) 
gracilifolia Ducke 
Duckei Hub. 
tapajozensis Ducke 
subsericantha Ducke 
Bourgoni (Aubl.) DC. 
calophylla Harms 
cyclocarpa Ducke 
brachystachya Ducke 
alba (Sw.) Willd. 
auristellae Harms 
cylindrica Mart. 
marginata Willd. 
cordatoalata Ducke 
fagifolia (L.) Willd. 

» var. belemnensis Ducke 
microcalyx Benth. 
falcistipula Ducke 


Inga 


* 


E) 


stipularis DC. 
capitata Desv. 
longipedunculata Ducke 
dumosa Benth. 
strígillosa Benth. 
nobilis Willd. 
acreana Harms 
Thibaudiana DC. 
» var. latifolia Hub. 
splendens Willd. 
mitida Willd. 
santaremnensis Ducke 
Salzmanniana Benth. 
disticha Benth, 
n. sp. ? (Cunany) 
speciosa Benth. 
» var membranacea Ducke 
» » bracteifera Ducke 
velutina Willd. 
calantha Ducke 
erandiflora Ducke 
n. sp. ? (Mojú) 
longiflora Benth. 
macrophylla H. B. K. 
cayennensis Benth. 
quadrangularis Ducke 
polyantha Ducke 
scabriuscula Benth. 
edulis Mart. 
ingoides ( Rich.) Willd. 


Pithecolobium parauaquarae Ducke 


cochleatum (Willd.) Mart. 
campestre Benth. 
trapezifolium (Vahl) Benth. 
auriculatum Benth. 
marginatum Benth. 
panurense Benth. 
corymbosum ( Rich.) Benth. 
saman (Jacqu.) Benth. 

» var. acutifolium Benth. 


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Pithecolobium n. sp. ? (Obidos, Almeirim) 
elegans Ducke 
pedicellare (DC.) Benth. 
mnundatum Ducke 
Duckei Hub. 
lindseaefolium Benth. 
Spruceanum Benth. 
longiflorum Benth. 
macrocalyx Ducke 
multiflorum (H. B. K.) Benth. 
niopoides Benth. 
unifoliolatum Benth. 
elomeratum (DC.) Benth. 
divaricatum Benth. 
latifolium (L.) Benth. 
cauliflorum (Willd.) Benth. 
Huberi Ducke 
inaequale (H. B. K.) Benth. 
juruanum Harms 
longiramosum Ducke 
brevispicatum Ducke 
trunciflorum Ducke 
Dinizi Ducke 
racemosum Ducke 
* tortum Benth. 
acacioides Ducke 
Enterolobium timbouva Mart. 
maximum Ducke 
Schomburgkii Benth. 
Cedrelinga catenaeformis Ducke 
Calliandra trinervia Benth. 
portoricensis Benth. 
tergemina (L.) Benth. 
tenuifiora Benth. 
surinamensis Benth. 
Kuhlmannii Hoehne 
tocantina Ducke 
falcifera Ducke 
Acacia altiscandens Ducke 
paraensis Ducke 


210" — 


Acacia articulata Ducke 
alemquerensis Hub. 
riparia H. B. K. var. multjuga Ducke 
polyphylla DC. 
multipinnata Ducke 
Schranckia leptocarpa DC. 
Mimosa Velloziana Mart. 
» var. jiramenensis Karst. 
sensitiva L. 
debilis H. B. K. 
casta L. 
Sagotiana Benth. 
schranckioides Benth. 
polycarpa Kunth 
pudica L. 
polydactyla H. B. K. 
myriadena Benth. 
extensissima Ducke 
micracantha Benth. 
Duckei Hub. 
rufescens Benth. 
Spruceana Benth. 
xinguensis Ducke 
paniculata Benth. 
somnians H. B. K. 
dormiens H. B K. 
camporum Benth. 
invisa Mart. 
orthocarpa Benth. 
cataractae Ducke 
asperata L,. 
Neptunia oleracea Lour. 
plena (L.) Benth. 
Stryphnodendron purpureum Ducke 
guianense (Aubl.) Benth. 
microstachyum Poepp. et Endl. 
Dinizia excelsa Ducke 
Piptadenia minutiflora Ducke 
tocantina Ducke 
n. sp.? (E. F. de Bragança) 


— Mi — 


Piptadenia n. sp.? (E. F. de Bragança) 
suaveolens Mig. 
recurva Ducke 
psilostachya (DC.) Benth. 
peregrina (L.) Benth. 

Plathymenia reticulata Benth. 

Entada polystachya (L.) DC. 
polyphylla Benth. 

Parkia platycephala Benth. 

pendula Benth. 

paraensis Ducke 

Ulei (Harms) Kuhlmann 

multjuga Benth. 

velutina R. Benoist 

pectinata (H. B. K.) Benth 

filicina (Willd.) Benth. 
discolor Benth. 

ingens Ducke 

oppositifolia Benth. 

gigantocarpa Ducke 

Pentaclethra filamentosa Benth. 

Dimorpliandra velutina Ducke 
macrostachya Benth. 
campinarum Ducke 
parviflora Benth. 
multifora Ducke 
caudata Ducke 

Mora paraensis Ducke 

Cynometr> bauhiniaefolia Benth. 
Hostmanniana Tul. 
Spruceana Benth. 
marginata Benth 
longifolia Hub. 

* cuneata Tul. 

Copaifera Martii Hayne 
reticulata Ducke 
multijuga Hayne 

Gen. nov.? (Tapajoz) 

Crudia obliqua Griseb. 
aequalis Ducke 


de 


— 218 — 


Crudia parivoa DC. 
spicata (Aubl.) Benth. 
amazonica Benth. 
pubescens Benth. 

Hymenaea courbaril L. 

» var. subsessilis Ducke 
» » obtusifolia Ducke 
intermedia Ducke 
parvifolia Hub. 
oblongifolia Hub. 
palustris Ducke 

Peltogyne paniculata Benth. 
paradoxa Ducke 
LeCointei Ducke 
campestris « Hub. » Ducke 
densifora Benth. 

Tachigalia myrmecophila Ducke 
alba Ducke 
paniculata Aubl. 

» var. cavipes Benth. 
erandiflora Hub. 
macrostachva Hub. 

Eperua falcata Aubl. 
Schomburgkiana Benth. 
byjuga Benth. 

Macrolobium punctatum Benth. 
suaveolens Benth. var. parvifolium Hub. 
pendulum Willd. 
Rondonianum Hoehne 
chrysostachyum (Miq.) Benth. 
bifolium (Aubl.) Pers. 

* latifolium Vog. 
arenarium Ducke 
campestre Hub. 
montanum Ducke 
multjugum (DC.) Benth. 
acaciaefolium Benth. 
brevense Ducke 
Huberianum Ducke 

Palovea guianensis Aubl. 


Ea) (0 


Palovea brasiliensis Ducke 
Heterostemon mimosoides Dest. 
Elizabetha paraensis Ducke 
Bauhinia bombaciflora Ducke 
aureopunctata Ducke 
holophylla (Bong.) Steud. var. paraensis Ducke 
virnidiflora Ducke 
longipedicellata Ducke 
macrostachyva Benth. 


» var. obtusifolia Ducke 
> » tenuifolia Ducke 
» » parvifolia Ducke 


bicuspidata Benth. 
grandifolia (Bong.) Steud. 
corniculata Benth. 
acreana Harms 
platypetala Benth. 
Siqueiraes Ducke 
Poiteauana Vog. 
alata Ducke 
confertiflora Benth. 
rutilans Benth. 
Kunthiana Vog. 
cupreonitens Ducke 
rubiginosa Bong. 
platycalyx Benth. 
splendens H. B. K. 
cumanensis H. B. K. 
longipetala Walp. 
Dialium divaricatum Vahl 
Apuleia molaris Benth. 
Cassia Spruceana Benth. 
rubrifora Ducke 
estais: 1, 
leiandra Benth. 
fastuosa Willd. 
pacillaris: É, 
quinquangulata Rich. 
latifolia G. F. W. Mey. 
» var. falcistipula Ducke 


— 220 — 


Cassia chrysocarpa Desv. 
tapajozensis Ducke 
Hoffmanseggii Benth. 
bicapsularis L. 
amazonica Ducke 
occidentalis L. 
hirsuta L. 
paraensis Ducke 
tora L. 
spinescens Vog. 
multijuga Rich. 
racemosa Mill. 
alata L,. 
reticulata Willd. 
apoucouita Aubl. 
xinguensis Ducke 
scleroxylon Ducke 
adiantifolia Benth. 
hispidula Vahl 
viscosa H. B. K. 

» var. acuta Ducke 
diphylla L. 
Desvauxii Collad. 
> var. brevipes Benth. 
uniflora Spreng. 
curvifolia Vog. 
calycioides DC. 
supplex Benth. 
tenuisepala Benth. 
flexuosa J.. 
* patellaria DC. var. longifolia Benth. 
mimosoides L,. 
praetexta Vog. 

Dicorynia ingens Ducke 

Martiusia elata Ducke 

Krameria tomentosa St. Hil. 

Schizolobium amazonicum « Hub. > Ducke 

Caesalpinia bonducella (L.) Roxb. 
paraensis Ducke 

Jacqueshuberia quinquangulata Ducke 


= Lts 


Cenostigma tocantinum Ducke 
** Phylacanthus ferrugineus Tul. 
Batesia floribunda Benth. 
 Vouacapoua americana Aubl. 
Sclerolobium paniculatum Vog. 
tinctorium Benth. 

Goeldianum Hub. 

paraense Hub. 
Campsiandra laurifolia Benth. 
Swartzia racemosa Benth. 

n. sp.? (Breves) 

brachyrhachis Harms : 

» var. Snethlageae Ducke 
triphylla (Sw.) Willd. 
grandifolia Benth. 

n. sp.? (Bragança) 

psilonema Harms 

Benthamiana Mig. 

* * sericea Vog. 

bracteata Ducke 

fugax Benth. 

leptopetala Benth. 

corrugata Benth. 

stipulifera Harms 
melanocardia Ducke 

Duckei Hub. 

obscura Hub. 

tomentosa ( Willd.) DC. 

polycarpa Ducke 

aptera DC. 

» var. recurva ( Poepp.) Ducke 
cuspidata Benth. 
acuminata Willd. 
platygyne Ducke 
racemulosa Hub. 
msp. 2 ( Tapajoz) 

n. sp. ? (Tapajoz) 
LeCointea amazonica Ducke 
Zollernia paraensis Hub. 
Sweetia nitens (Vog.) Benth. 


— “222. — 


Bowdichia virgilioides H. B. K. 
mitida Benth. 
racemosa Hoehne 
brasiliensis ('Tul.) Ducke 
Martiusii ( Benth.) Ducke 
Clathrotropis nitida ( Benth.) Harms 
Ormosiopsis flava Ducke 
Ormosia Coutinhoi Ducke 
excelsa Benth. 
trifoliolata Hub. 
holervthra Ducke 
subsimplex Benth. 
paraensis Ducke 
amazonica Ducke 
nobilis Tul. 
santaremnensis Ducke 
faroensis Ducke 
macrophyvlla Benth. 
cuneata Ducke 
stipularis Ducke 
Dussia micranthera (Ducke) Harms 
Alexa grandiflora Ducke 
Uleanthus ervthrinoides Harms 
Crotalaria pterocaula Desv. 
stipularia Desv. 
retusa L,. 
velutina Benth. 
jncatia LI, 
anagyroides H. B. K. 
maypurensis H. B. K. 
Indigofera anil L. 
* * lespedezioides H. B. K. 
Tephrosia nitens Benth. 
brevipes Benth. 
toxicaria Pers. 
adunca Benth. 
leptostachya DC. 
Taralea oppositifolia Aubl. 
cordata Ducke 


=—  D$) = 


* * Taralea nudipes (Tul.) Ducke 
Amphiodon effusus Hub. 
Sesbania exasperata L,. f. 
Chaetocalyx brasiliensis (Vog.) Benth. 
Aeschynomene sensitiva Sw. 

hispida Willd. 

filosa Mart. 
fluminensis Vell. 
paniculata Willd. 
brasiliana ( Poir.) DC. 
hystrix Por. 

Soemmeringia semperflorens Mart. 

Discolobium tocantinum Ducke 

Stylosanthes viscosa Sw. 
guianensis Sw. 

» var. gracilis Vog. 
pelas EL BK 
angustifolia Vog. 

Zornia diphylla (L.) Pers. 
tenuifolia Moric. 

Desmedium barbatum (L.) Benth. 
adscendens (Sw.) Benth. 
incanum (Sw.) DC. 
axillare (Sw.) DC. 
asperum ( Poir.) Desv. 
spirale (Sw.) DC. 

Dalbergia riparia ( Mart.) Benth. 
Spruceana Benth. 
tomentosa ( Benth.) Taub. 
inundata Benth. 
atropurpurea Ducke 
hecastophyllum (L.) Taub. 
nephrocarpa Ducke 
monetaria L,. f. 
enneandra Hoehne 
subcymosa Ducke 

Machaerium longifolium Benth. 
angustifolium Benth. 
emplum Benth. 
lilacinum Ducke 


— 224 — 


Machaerium altiscandens Ducke 
acutifolium Vog. 
caudatum Ducke 
aureiflorum Ducke 
compressicaule Ducke 
castaneiflorum Ducke 
ferrugineum (Willd.) Pers. 
floribundum Benth. 
paraense Ducke 
leiophyllum (DC.) Benth. 
trifoliolatum Ducke 
macrophyllum ( Mart.) Benth. 
lunatum (L.) Ducke 
aristulatum ( Benth.) Ducke 
ferox ( Mart.) Ducke 
cristacastrense ( Mart.) Ducke 
frondosum ( Mart.) Ducke 
macrocarpum Ducke 
inundatum ( Mart.) Ducke 
** Centrolobium paraense Tul. 
Tipuana erythrocarpa Ducke 
sericea Ducke 
amazonica Ducke 
fusca Ducke 
Vatairea guianensis Aubl. 
Pterocarpus amazonicus Hub. 
Ulei Harms 
draco L. 
Rohrii Vahl 
ormosioides Ducke 
Platymiscium Ulei Harms 
n. sp. ? (Tapajoz) 
filipes Benth. 
Duckei Hub. 
» var. durum Ducke 
» » nigrum Ducke 
Hymenolobium complicatum Ducke 
petraeum Ducke 
elatum Ducke 
pulcherrimum Ducke 


22 — 


Hymenolobium modestum Ducke 
excelsum Ducke 

Lonchocarpus sericeus H. B. K. 
discolor Hub. 

** spiciflorus Mart. 
paniculatus Ducke 
denudatus Benth. 
rariflorus Mart. 
floribundus Benth. 
nicou ( Aubl.) Benth. 
negrensis Benth. 
angulatus Ducke 
Spruceanus Benth. 
glabrescens Benth. 

Muellera moniliformis L. £. 
Derris guianensis Benth. 
longifolia Benth. 
Andira retusa (Lam.) H. B. EK. 
mermis (Sw.) H. B. K. 
Coumaronna polyphylla ( Hub.) Ducke 
speciosa Ducke 
odorata Aubl. 

» var. tetraphylla ( Benth.) Ducke 
Etaballia guianensis Benth. 
Abrus tenuiflorus Benth. 

precatorius L. 

Clitoria glycinoídes DC. 
simplicifolia (H. B. K.) Benth. 
guianensis (Aubl.) Benth. 
cajanifolia ( Presl.) Benth. 
obidensis Hub. 
javitensis (H. B. K.) Benth. 
leptostachya Benth. 
Snethlageae Ducke 
amazonum ( Mart.) Benth. 
Hoffmansegegn Benth. 
racemosa Benth. 

Centrosema platycarpum Benth. 

latisssmum Ducke 

Plumieri (Juss.) Benth, 

JARD, | I5 


x 


— 226 — 


Centrosema vexillatum Benth. 
brasilianum (L.) Benth. 
angustifolium (H. B. K.) Benth. 
pubescens Benth. 
venosum Mart. 

Periandra dulcis Mart. 

Teramnus volubilis Sw. 

Ervthrina glauca Willd. 
xinguensis Ducke 
Ulei Harms 
corallodendron L,. 

Mucuna urens (L.) DC. 
pruriens (L.) DC. 
altissima (Jacqu.) DC. 
rostrata Benth. 


Calopogonium caeruleum ( Benth.) Hemsl. 


mucunoides Desv. 
Cymbosema roseum Benth. 
Galactia Jussiaeana H. B. K. 
Camptosema Sanctae-Barbarae Taub. 
nobile Lindm. 
Cratylia floribunda Benth. 
Dioclea densiflora Hub. 
violacea Mart. 
reflexa Hook. f. 
malacocarpa Ducke 
sclerocarpa Ducke 
leiophylla Ducke 
flexuosa Ducke 


elabra Benth. 
bicolor Benth. 


ferruginea Ducke 
macrocarpa Hub. 
Huberi Ducke 
lasiocarpa Benth. 
macrantha Hub. 
fAimbriata Hub. 
Cleobulia leiantha Benth. 
Canavalia albifiora Ducke 
obidensis Ducke 


= DA — 


Canavalia gladiata (L,.) DC. 

obtusifolia (Lam.) DC. 
Rhynchosia minima (L.) DC. 

phaseoloides (Sw.) DC. 
Eriosema crinitum (H. B. K.) E. Mey. 

violaceum ( Aubl.) E. Mey. 

simplicifolium (H. B. K.) Walp. 

rufum (H. B. K.) E. Mey. 
Phaseolus longirostratus Ducke 

membranaceus Benth. 

peduncularis H. B. K. 

reptans Ducke ; 

firmulus Benth. 

* lunatus L. 

truxillensis H. B. K. 

linearis KH. B. E. 

productus Ducke 

Schotti Benth. 

lasiocarpus Benth. 

semierectus L. 

longipedunculatus Benth. 
Vigna vexillata (L.) Benth. 

luteola (Jacqu.) Benth. 


MIMOSOIDEAE 


Inga Willd. — Mais de 200 especies descriptas até agora; ar- 
vores em geral pequenas (1) da America tropical inclusive a 
zona subtropical do sul, numerosas em todas as regiões de matta 
humida, especialmente na «hyléa», onde chegam a constituir o 
genero maior da familia das leguminosas. 

Os ingás constituem um elemento botanico dos mais cara- 
cteristicos da matta marginal dos rios amazonicos, como poderá 
verificar quem n'estes viajar, sobretudo no tempo da transição 
do inverno para o verão (maio a julho), época em que as alvas 
flores (só nas especies setijera e nitida amarellas, na especie capi- 


(1) As excepções serão mencionadas expressamehte, 


— 228 — 


tata em parte avermelhadas) d'estas arvores apparecem em maior 
abundancia. A matta secundaria («capoeirão») é ainda mais rica 
em especies senão em individuos; muito menos, sobretudo quanto 
aos ultimos, a mattta virgem da terra firme. Em contraste notavel, 
os campos e as campinas naturaes da região amazonica não pos- 
suem um só representante d'este genero botanico. 

Da madeira não consta applicação alguma no Brasil, a não 
ser como lenha de qualidade ordinaria; no emtanto, na Guyana 
hollandeza a de !. alba serve, segundo Pulle, em construcções. 
Na maioria das especies ella é branca ou avermelhada e molle, 
porém algumas das arvores maiores possuem um pequeno cerne 
duro. As sementes são envolvidas n'uma massa fibrosa (2) branca, 
dôce, comestivel, na maioria das especies escassa, copiosa só em 
algumas, sendo d'estas a especie Y. edulis (n'uma fórma já aper- 
feiçoada pela cultura) uma das arvores fructiferas mais communs 
da região amazonica. 

I quaternata Poepp. et Endl. —Em capoeiras velhas da 
terra firme do médio Tapajóz, em sólo argilloso. 

Amazonia superior; Colombia. 

I. bullatorugosa Ducke ;— Frequente na matta (e no capoei- 
rão) da terra firme da região das cachoeiras inferiores do Tapa- 
joz e mais em baixo nos arredores de Itaituba. 

I. myriantha Poepp et Endl. — Em capoeiras velhas de Bra- 
gança e Gurupá e no médio Tapajoz, em solo argilloso. 

Amazonas; Guyana, Perú oriental. 

I. heterophylla Willd., «ingá chichi» ou «ingá chichica», no- 
mes que são applicados a todas as especies que têm folhas pe- 
quenas e fructos pequenos com pouca polpa. — Frequente no ca- 
poeirão da terra firme, arenosa como argillosa, por todas as 
regiões do Estado do Pará (Belém, E. de Ferro de Bragança, 
Gurupá, Almeirim, Montealegre, Santarem, Obidos, rios Xingú, 
Tapajoz e Jamundá). 

Amazonia superior, Maranhão, Ceará (Serra Ibiapaba); 
Guyana, Bolivia, Perú, Colombia e Antilhas. 

Il. xinguensis Ducke — Uma só arvore na matta marginal da 
estrada de Altamira ao oeste da Volta do Xingú, em terras de 
argilla vermelha compacta. 


(2) Esta massa fibrosa reveste externamente a tenue testa membranosa da 
semente, 


RA om 


IL sertulifera DC. «ingá chichi» como outras especies. — 
Em beiras d'agua e capoeiras, ao que parece sempre em sólo 
argilloso. Belém, Rio Capim, Amapá (margem d'um lago), Bra- 
gança (mattinha nos campos) e Santarém (logar Diamantino). 

Amazonia superior, Maranhão: Guyana. 

I. paraensis Ducke — Matta e capoeirão da terra firme, cresce 
na primeira até 2zom. e mais. Belém e médio Tapajoz (Villa 
Braga). 

I. flagelliformis (Vell.) Mart. — Na matta em parte secun- 
daria das terras altas de argilla fertil, da região das estradas 
de Altamira (Rio Xingú) e dos arredores do logar Pimental no 
médio Rio Tapajoz. 

Rio de Janeiro e Minas Geraes. 

IL Huberi Ducke — Matta da terra firme de Belém; uma só 
vez encontrada. 

I. obidensis Ducke — Uma unica arvore na matta da terra 
firme de Obidos. 

Uma fórma pouco diversa (var. pilosa Ducke) no Estado 
do Amazonas (Rio Purús). 

I lateriflora Mig. — Não rara, ao que parece, por todo o 
Estado do Pará, na matta secundaria da terra firme; examinei 
amostras de Santarém e Obidos, do Xingú (estradas de Alta- 
tamira) e do Amapá. A variedade latior Ducke é da margem 
d'uma campina arenosa em Gurupá. 

Amazonas; Guyana hollandeza. 

I. glomeriflora Ducke — Matta da terra firme argillosa da 
região das estradas ao oeste da Volta do Xingá. 

I. cinnamomea Benth. «ingá-assú» — “Arvore alta até 30 
metros e muitas vezes com tronco grosso; raminhos Ôcos e fre- 
quentemente habitados por formigas «tachy» (Pseudomyrma); flo- 
res muito cheirosas; fructo grande, bastante apreciado. Frequente e 
indubitavelmente espontanea na varzea marginal do Rio Ama- 
zonas em Gurupá, Almeirim e na Velha Pobre; frequentemente 
cultivada nos «sitios» Em Belém, sómente cultivada. 

Amazonas. 

I n. sp. ? (sem flores). — Morros da Cachoeira da Monta- 
nha, no médio Tapajoz. 

I gracilifolia Ducke — Caracteristica da matta primaria da 
terra firme onde observei arvores altas até 30 metros, porém 
com troncos de pouca grossura: Parece espalhada por todo o 


— 230 — 


Estado do Pará: as amostras provêm sómente da E. de Ferro 
de Bragança (Colonia Santa Rosa, Peixeboi), do médio Tapajoz 
(logar Francez) e de Oriximiná no baixo Trombetas, porém vi a 
especie ainda frequente em Gurupá e outros logares. 

Os especimens estereis colleccionados por Burchell no Pará 
e que Bentham attribue á especie /. virgultosa (Vahl) Desv., co 
nhecida com segurança sómente de Cayenna, pertencem prova- 
velmente á especie presente. 

IL Duckei Hub. — Margens inundadas do Rio Jauary perto 
de Prainha (baixo Amazonas). 

Amazonas (Itacoatiara). 

I tapajozensis Ducke — Margem do Tapajoz entre Itaituba 
e Villa Braga. h 

I subsericantha Ducke — Matta da terra firme; Belém, Gu- 
rupá e médio" Tapajoz (logar Pimental). 

I. Bourgoni (Aubl.) DC. — Frequente em terrenos argillosos 
e inundados do littoral norte e da região do estuario: Oyapoc, 
margem do rio; Tajapuráú e Furo Macujubim (Breves); Gurupá, 
frequente nas margens do curso inferior dos riachos que desaguam 
na Amazonas. Amostras provenientes de Arumateua no baixo To- 
cantins ficam um tanto duvidosas. 

Guyana, Venezuela, Barbados. 

I calophylla Harms — Na matta das terras argillosas, da 
região das estradas ao oeste da Volta do Xingú (Altamira) e no 
Tapajoz (Villa Braga). 

Territorio do Acre. 

I cyclocarpa Ducke — Margens inundadas de riachos nas 
regiões de Anajaz e Breves (parte occidental de Marajó), e im- 
mediações do Igarapé das Furnas no médio Tapajoz. 

l. brachystachya Ducke — Matta e capoeirão da terra firme. 
Belém; Caraparú, perto de Santa Izabel na E. de Ferro de 
Bragança; Rio Xingú, região das estradas ao oeste da Volta; 
arredores das Serras Pontada e Parauaquara (ente Almeirim e 
Prainha); Itaituba e Pimental (Rio Tapajoz). 

Il. alba (Sw.) Willd., «ingá chichi» ou «q. chichica» (veja-se 
/. heterophylla e outras) — Arvore que póde attingir a 30 m,, 
com tronco bastante grosso; madeira bastante forte. Frequente 


na matta virgem e no capoeirão da terra firme, em todo o Estado 
do Pará. 


= 93]:— 


Amazonas (Rio Negro), Ceará (Serra de  npate Cuyanas 
franceza e hollandeza, Venezuela. 

I auristellae Harms — Maíta em parte secundaria da terra 
firme em logares humidos. Arredores de Belém e E. de Ferro 
de Bragança; Rio Xingú, margem do alto Tucuruhy. 

Acre; Guyana hollandeza. 

I cylindrica Mart. — Arvore de 25 a 30 m. com tronco 
grosso, nos morros da região do Rio Branco de Obidos; Serra 
de Santarem, amostras colleccionadas por Spruce. 

Bahia. Minas, Rio. 

I marginata  Willd. — Commum na Amazonia em terrenos 
argillosos ferteis, enxutos ou inundaveis. Nos arredores de Obi- 
dos sobretudo no capoeirão da varzea alta do Amazonas e da 
terra firme de argilla vermelha do pequeno Rio Branco; com- 
munissima ao longo da linha da E. de Ferro de Alcobaça no 
Tocantins, e ainda encontrada em Gurupá e nos arredores de 
Altamira, no médio Xingú. 

America meridional tropical e Panamá, para o sul (no Bra- 
sil) até o Estado do Paraná. 


I cordatoalata Ducke — Belém, igapó na margem d'um 
riacho; Peixeboi (E. de Ferro de Bragança). 
I fagifolia (L.) Willd. — Vi amostras provenientes da Ilha 


Mexiana e do Rio Anauerapucú (municipio de Mazagão), porém 
não sei se de arvores espontancas; cultivada em Gurupá (sob 
o nome de «ngá cururú») e, numa variedade, em Belém (var. 
belemnensis Ducke, «. chichica»). 

Amazonia superior, Matto Grosso central, Goyaz, Ceará (sob 
o nome de «ingahy»), Bahia, Minas, Rio, São Paulo; Guyana, 
Colombia. 

I microcalyx Benth. — E” uma das poucas especies cujas 
flores têm perfume forte. Obidos e Santarem; beiras de rios e 
lagos de aguas limpas, e capoeiras humidas. 

I falcistipula Ducke —. Frequente no capoeirão da terra 
firme de Bragança e de Obidos. 

Amazonas (Rio Purús). 

— | stipularis DC. — Frequente no Estado do Pará inteiro no 
capoeirão da terra firme arenosa, mais rara em beiradas de rios. 

Amazonas; Guyanas franceza e hollandeza. 

I capitata Dess. — Especie bonita com estames muito desen- 
volvidos, muitas vezes avermelhados no apice. Matta da terra 


— 932 - 


firme de Bragança e E. de Ferro, e dos cursos médios do Xingú 
e Tapajoz; frequente nas margens raramente inundadas do Rio 
Anajaz (parte occidental de Marajó) e nas partes altas das ilhas 
de Breves. 

Amazonas (Rio Madeira), Bania, Rio de Janeiro; Perú oriental 
“Rio Huallaga). 

I. longipedunculata Ducke — Matta periodicamente inundada 
do Igarapé Botica na região da cachoeira do Mangabal, médio 
Tapajoz. 

I dumosa Benth. — Commum nas mattas periodicamente inun- 
dadas em terreno argilloso no baixo Amazonas (Obidos, Prainha, 
Almeirim) e na parte occidental de Marajó (Anajaz). 

Amazonas (Paraná do Ramos). 

I strigillosa Benth. — Exclusivamente em sólo argilloso, firme 
ou inundado, em margens de riachos e capoeiras. Santo Antonio 
do Prata (E. de Ferro de Bragança), Bragança, Tocantins (Baião, 
segundo a «Flora Bras.»; Cachoeira Itaboca), Xingú (Altamira), 
Gurupá, Colonia Itauajury perto de Montealegre, e Rio Branco 
de Obidos. 

Amazonia superior, Maranhão (Pedreiras); Guyana hollandeza. 

I. mobilis Willd. — Uma das especies mais frequentes da 
«varzea» amazonica, espalhada pelos terrenos argillosos de todo 
o Estado do Pará em margens inundadas de rios e lagos, senda 
especialmente commum nos Furos de Breves e na região do Rio 
Branco de Obidos. 

Amazonia superior, Matto Grosso (parte central), Goyaz; 
Guyana, Equador, Perú e Colombia. 

I. acreana Harms — Peixeboi (E. de Ferro de Bragança). 

Rio Acre (Amazonia superior). 

I Thibaudiana DC. — Uma das especies mais vulgares dos 
capoeirões da terra firme, por todo o Estado do Pará, na areia 
como na argilla. 

Bahia, Rio de Janeiro; Guyana, Equador. 

Var. latifolia Hub. (= 7. peltadenia Harms) — Limitada á 
argilla compacta. — Peixeboi (E. de Ferro de Bragança); capoeirão 
na argilla vermelha dos arredores de Altamira (Xingú); Serra 
de Almeirim (frequente na matta da chapada). 

Amazonia superior. 

l. splendens Willd. — Arvore que cresce até 20 e mais metros, 
uma das especies mais bonitas do genero; de preferencia nas 


= LS == 


margens inundadas de rios. Baixo rio Mojú; Arumateua no To- 
cantins (var. ou forma Hostmannii (Pittier) Ducke); Rio Jamundá 
abaixo da bocca do Paranapitinga (var. ou forma superba Ducke). 
Segundo a «Flora Brasiliensis» ainda no Tajapurú, região de Breves. 

Guyanas hollandeza e ingleza, Venezuela. 

I nitida Willd. (= 7. Sanstae- Annae Spencer Moore) — 
E', além da [. setifera que ainda não foi observada n'este Estado, 
a unica especie amazonica com flores amarellas; habita praias, ca- 
poeirões e orlas da matta em terreno arenoso, raramente na 
argilla. Frequente nas regiões de Obidos, Almeirim, Porto de 
Moz, nos arredores da estação de Arumateua da E. de Ferro de 
Alcobaça, e segundo Huber nas margens do médio Rio Capim; 
tambem encontrada em Belém, nas praias do Rio Pará em Mos- 
queiro e Collares, em Soure (Ilha de Marajó) e no médio Tapajoz 
(Pimental). 

Matto Grosso central. 

I. santaremnensis Ducke — Não rara em varios pontos do 
logar Ipanema perto de Santarem, na matta pequena ou no capoeirão. 

I Salzmanniana Benth. — «Perto do Pará» (Belém?), segundo 
a «Flora Bras.» Não a conheço. 

Bahia. 

I. disticha Benth. — Commum á beira de rios d'agua limpida: 
Capim, Xingú (arredores de Altamira), Parú (foz), baixo Maecurá, 
baixo Trombetas e baixo e médio Tapajoz (Itaituba e cachoeiras): 
Lago Jeretepaua em Obidos. 

Norte de Matto Grosso; Guyana ingleza. 

I. nova especie ?, amostras sem flores e com fructos muito 
novos. — Cunany 

I speciosa Benth. — Mattas secundarias em terreno secco. 
Forma typica: dos arredores de Santarem e Faro; var. membra- 
nacea Ducke: Victoria e Porto de Moz no Xingú, e Gurupá; var. 
bracteifera Ducke: médio Tapajoz e Obidos. 

I velutina Willd., «ingá de fogo» (Marajó). — Em terreno 
argilloso. Belem (immediações do Guamá), Ilha de Marajó (Ara- 
1y), Gurupá (varzea do Amazonas, e algumas vezes cultivada), Rio 
Parú perto da Cachoeira Panáma, Região da Velha Pobre, Montealegre 
(Colonia do Itauajury, nas margens argillosas dos riachos). 

I calantha Ducke — Uma das especies mais bonitas. Nas ca- 
capoeiras velhas dos logares Francez e Santa Cruz, no médio 
Tapajoz. 


— 934 -- 


I. grandiflora Ducke — Arvore pequena da matta virgem 
de terra firme humosa; notavel pelo tamanho das flores. Belém, 
Santo Antonio do Prata (E. de Ferro de Bragança) e Gurupá. 

I., especie nova? — Rio Mojú, logar Seringal, capoeirão. 

Il longziflora Benth. — Obidos e Gurupá, arvoresinha da 
matta grande da terra firme arenosa e humosa. 

I. macrophylla H.B.K. — Especie de fructos grandes; encon- 
tra-se em capoeirões humidos dos arredores de Bragança, Gurupá, 
do pé da Serra de Almeirim, do médio Xingú e Tapajoz e do 
Rio Branco de Obidos. Martius encontrou não longe de Gurupá, 
no Tajapurú, uma variedade stenoptera Benth. 

Amazonas; Perú, Venezuela. 

I. cayennensis Benth. — Obidos e baixo Trombetas; região 
do Jutahy, Aramun e Velha Pobre, no municipio d'Almeirim; 
Victoria no Rio Xingú; Bragança; ilhas altas do Macujubim 
(Breves). Capoeirão da terra firme. As amostras do Aramun e 
do Xingú pertencem á forma sessiliflora Ducke. 

Guyana franceza. 

I quadrangularis Ducke — Especie notavel pelos grossos 
fructos prismaticos (com quatro cantos salientes); encontrei-a, no 
Estado do Pará, em «taperas» dos arredores de Porto de Moz 
foz do Xingú). 

Amazonas (alto Purús, cultivada). 

I polyantha Ducke — Cultivada em Obidos, e certamente 
oriunda da propria região amazonica. 

I scabriuscula Benth. — E" o ingá mais commum das mar- 
gens e do capoeirão da varzea do Amazonas nos arredores de 
Almeirim, Montealegre, Obidos e provavelmente em todo o-baixo 
Amazonas, como tambem nas margens argillosas do Tocantins 
abaixo da Cachoeira Itaboca. 

Amazonas; Guyana, Colombia. 

Il. edulis Mart. «cingá cipó». — A fórma typica e a fórma 
menor parvijlora Benth., que se confundem, são espontaneas nos 
arredores de Belem, nas ilhas altas dos Furos de Breves, em 
Alcobaça (Tocantins), na Serra de Arumanduba (Almeirim), no 
médio Tapajoz e no Rio Branco de Obidos. Uma fórma frequen- 
temente cultivada produz fructos muito maiores. 

l. ingoides (Rich.) Willd. — Nas margens de riachos e la- 
gos, em campos baixos e em capoeirões humidos, porém não em 
toda parte no Estado. As amostras vêm do Oyapoc, da Ilha de 


= SO mm 


Mexiana, dos campos baixos de Bragança (commum), de Al. 
meirim, de Porto de Moz, da colonia Itauajury perto de Montea- 
alegre, de Itaituba, e do Lago de Maracanã no municipio de 
Faro; vi ainda a especie na região do Rio Branco de Obidos. 
Ceará (serras); Norte da America meridional e Antilhas. 


Pithecolobium Mart. — Estão descriptas mais de 175 especies 
das regiões tropicaes, sobretudo da America, em segundo logar 
da Asia, poucas da Africa e da Australia. Como Inga, o presente 
genero compõe-se (com poucas excepções que mencionarei ex- 
pressamente) de arvores pequenas ou medianas e attinge o seu 
desenvolvimento maior na «hyléa» onde a maioria das especies 
vive á margem dos rios e dos lagos e fornece alguns elemen- 
tos typicos da paisagem, como o «paricá grande da varzea» 
da zona dos cacaoaes do baixo Amazonas, ou as especies cauli- 
floras («ngá-rana») que prediligem as beiras d'agua e as enfei- 
tam com abundantes flores d'um bonito roseo ou brancas. Poucas 
especies habitam a floresta virgem, ou as capoeiras da terra firme, 
ou o matto baixo das regiões de campo. 

Poucas especies deste genero botanico têm applicação co- 
nhecida: duas das amazonicas e varias especies estrangeiras for- 
necem madeiras de valor; outras especies estrangeiras dão fru- 
ctos ou sementes comestiveis ou passam por medicinaes. 

P. parauaquarae Ducke — Arvore pequena ou arbusto da 
matta pequena e campina-rana das chapadas das serras do Paraua- 
quara (360 m.) e do Araguay (cerca de 300 m., no grupo das 
serras do Jutahy), ambas entre Almeirim e Prainha. 

P. cochleatum (Willd.) Mart. — Arvore pequena ou arbusto 
do matto baixo, muitas vezes no mangue da costa maritima e 
na visinhança de campos. Frequente na zona littoral do Estado : 
Rio Arary na Ilha de Marajó, Mosqueiro (Rio Pará), Costa de 
Quatipurú, Bragança (commum): ainda em Arumateua (proximi- 
dades da campina) no Tocantins, e (n'uma fraca variedade, nas 
ilhas de matto dos campos cobertos de Montealegre (baixo Ama- 
zonas). 

Maranhão (3). 


(3) Na « Flora Brasiliensis » está tambem citada a Bahia, o que porém 
o proprio Bentham posteriormente (em sua «Revision of the Suborder Mi- 
moseae) deixou de confirmar. 


= O 


P. campestre Benth. — Geralmente arbustivo. Santarem 
«Serra», no capoeirão secco; serrinhas nos campos de Alter do 
Chão), Villa Braga no Tapajoz (capoeira da terra firme alta, 
arenosa), e aro (capoeira na Serra do Dedal). 

P. trapezifolium (Vahl) Benth., «lagrimas» (ou «contas») de Nossa 
Senhora» ou «tento azul» (semente branca com arillo azul). — Arvore, 
em geral de porte mediano, da beira da matta ou em velhos capoeirões 
humidos; na matta virgem rara, porém em individuos grandes. 
Madeira com cerne pouco pronunciado, bastante molle e pouco 
compacto, d'um branco um pouco amarellado-rosado. Frequente 
sobretudo na região do littoral e estuario: Belém, Bragança, Col: 
lares, Peixeboi (E. de Ferro de Bragança), Cametá, Breves e 
Gurupá; tambem observado nas regiões do Jutahy (municipio 
d'Almeirim), de Santarem e do médio Tapajoz (Furnas). 

Amazonas, Ceará (Serras de Ibiapaba e Aratanha); Guyana, 
Colombia, Trinidad. 

P. auriculatum Benth. — Gurupá (capoeiras na areia), Xingu 
margem da estrada de Altamira, ao oeste da Volta), Obidos, 
campinas do Achipicá no baixo Trombetas, e campos a léste de 
Faro (ilhas de matta pequena). 

Amazonas (Borba e Manáos). 

P. marginatum Benth. — Santarem, matta (segundo a «Flora 
Brasiliensis»). 

Amazonas (Teffé e Rio Negro). 

P. panurense Benth. — Igapó e praia das margens do Lago 
de Faro e da bocca do Curuçambá no Lago Mamaurá a léste de 
Obidos. 

Amazonas (Rio Negro). 

P. corymbosum (Rich.) Benth., algumas vezes chamado de 
“faveira» (como muitas outras leguminosas, mas de preferencia 
papilionatas). — Arvore baixa porém de cópa larga, com madeira 
sem cerne bem distincto, branco amarellado, molle, não empregada; 
parece commum por toda a hyléa, em igapós e margens de 
lagos e rios lentos de aguas pobres de sedimento. 

Amazonas; Guyana. 

P. saman (Jacqu.) Benth., «bordão de velho» (nome intro- 
duzido dos Estados do Meio Norte). — Arvore mediana ou bas- 
tante grande, com vagens indehiscentes de sabor adocicado, fre- 
quentemente comidas pelo gado nos Estados do Nordeste; habita 


= Uol = 


margens de campo e o capoeirão em terreno argilloso. Encon- 
trada em Vizeu, Bragança e, na var. acutifolium Benth. em Monte- 
alegre, Santarem, Itaituba e Villa Braga (Rio Tapajoz). 

America tropical e Antilhas, porém não em toda parte. 

P. ?, especie nova? (só amostras fructiferas). — Arvore bas- 
tante grande da matta da terra firme de Obidos e Oriximiná, e numa 
ilha de matta nos campos do Jutahy (municipio d'Almeirim). 

P. elegans Ducke — Arvore grande de porte elegante, com 
casca de côr ferruginea, lisa porém marcada com as cicatrizes 
das folhas; madeira branco-amarellaça, molle, com fibras gros- 
seiras, sem valor. Floresta da terra firme de Alcobaça no Tocan- 
tins e dos arredores da Cachoeira do Mangabal no Tapajoz. 

P. pedicellare (DC.) Benth. — Arvore mediana ou grande 
com casca lisa ferruginea e cuja madeira, branca amarellada, gros- 
seira, no Pará não utilisada, é, segundo Pulle, empregada em 
construcções na Guyana hollandeza. Frequente na matta da re- 
gião do estuario e littoral: Belém, Bragança e região interme- 
diaria, ilhas de Breves e, para o oeste, até Gurupá e Almeirim. 

Rio de Janeiro; Guyanas franceza e hollandeza. 

P. inundatum Ducke (== Inga inundata Ducke 1922). — E 
uma das poucas especies com folhas simplesmente pinnadas como no 
genero Inga, mas cujos fructos (vagens dehiscentes e sementes 
com testa membranosa completamente desprovida de massa fibro- 
polposa) são os de um legitimo Pithecolobium. Margens inuhdadas 
de rios, riachos e lagos, de agua não excessivamente turva. Fre- 
quente na região do estuario, p.e. nas ilhas de Breves, nos arre- 
dores de Belem (ilhas do Guajará, Mosqueiro) e em Gurupá; mais 
raro no baixo Amazonas (lago Jeretepaua perto de Obidos) e 
no Tapajoz (Aveiro). 

P. Duckei Hub. — Arbusto grande, mais ou menos escandente, 
com folhagem de aspecto elegante. Igapós com solo arenoso, e 
praias baixas, marginaes de rios d'agua pobre de sedimentos, da 
parte noroeste do estado: baixo Trombetas (praia do Caipurá), 
cabeceiras do Lago do Mariapixy e Lago de Faro. 

P. lindseaefolium Benth. — Parecido com a especie prece- 
dente, habitante de logares identicos porém no Rio Tapajoz, de 
Itaituba para cima. 

Amazonas. 

P. Spruceanum Benth. — Arbusto grande, de compridos ra- 


mos tortuosos quando isolado, porém na matta francamente es- 


— 238 — 


candente; talvez a especie mais bella do genero, com folhagem 
elegante e grandes flores alvissimas. Habita varzeas profunda- 
mente inundadas durante grande parte do anno, com solo mixto 
de areia e lama. Furos de Breves; Gurupá, curso inferior de riachos 
perto do Amazonas; baixo Rio Parú, margens inundadas; Obidos, 
varzea abaixo da cidade, na bocca do lago. 

Amazonas; com duvida, ainda do Caquetá ou Japurá colom- 
biano. 

P. longiflorum Benth. — Arbusto baixo e erecto nos logares 
descobertos, porém escandente nos igapós sombrios. E" frequente 
nas margens de alguns riachos de agua limpa porém escura 
«preta»), dos arredores de Belem (Lago d'Agua Preta, nos fun- 
dos do Utinga), Breves, Igarapé-assú (E. de Ferro de Bragança), 
Gurupá, Almeirim (região do Jutahy e Aramun), Santarem, e das 
regiões dos rios Trombetas (riachos nos campos do Ariramba), 
Xingú (riachos nas estradas ao oeste da Volta), Mojú e Capim. 

Amazonas (Rio Negro). 

P. macrocalyx Ducke — Arbusto pequeno, erecto ou escan- 
dente, das margens da foz do riacho Ambé nas proximidades de 
Altamira no médio Xingú. 

P. multiflorum (H. B. K.) Benth.; no sertão do Ceará, cha- 
mado «cannafistula» (como diversas especies arboreas de Cassia); 
no Pará, ao que parece, sem nome vulgar. — Frequente á mar- 
gem dos lagos e rios sobretudo na visinhança de campos, p. e. 
em Marajó (Arary), na varzea do baixo Amazonas (Almeirim, 
Montealegre, Obidos), nos baixos rios Xingú e Trombetas, e no 
Lago de Faro. 

America tropical. 

P. niopoides Benth. «paricá grande da varzea» ou «pa- 
ricá-rana» (parte occidental do baixo Amazonas); «mapuxiquy» 
(Montealegre). — Arvore que cresce ás vezes muito alta, com porte 
especial: tronco relativamente curto, porém os ramos principaes 
muito compridos e quasi verticaes; casca lisa, unida, nos individuos 
novos de côr ferruginea, esbranquiçada nos velhos. E', nas mar- 
gens do baixo Amazonas e seus paranás (exclusivamente em sólo 
argilloso), uma das arvores grandes mais frequentes e certa- 
mente a mais caracteristica da matta da varzea, sendo poupada nos 
cacaoaes por dar uma sombra ligeira e não impedir o arejamento 
da plantação. Conhecida, com segurança, da varzea do Amazonas 
nos municipios de Montealegre (subindo, no Ereré, à terra: fine 


= 5/9) 


argillosa baixa), Santarem, Alemquer, Obidos e Faro, e da terra 
firme argillosa de Itaituba (Tapajoz). 

Bahia, São Paulo (Loreto); nordeste da Bolivia. 

P. unifoliolatum. Benth. «ingá-rana» (como as 12 especies 
subsequentes. — Especie cujas flores são brancas e a madeira pos- 
sue um cerne pesado, avermelhado com veias escuras. Varzea do 
baixo Amazonas entre Prainha e Almeirim; margem do Tocantins 
em Alcobaça; baixo Xingú (Tucuruhy); igapós marginaes do mé- 
dio Tapajoz. 

Amazonas (Rio Madeira e baixo Rio Negro). 

P. glomeratum (DC.) Benth., «ingá-rana». — Especie com flores 
invariavelmente brancas que encontrei, no Estado do Pará, no 
pedral da Cachoeira Panáma co Rio Parú e na margem do Ama- 
zonas nas barreiras da Velha Pobre. 

Amazonas (Rio Negro e Rio Branco); Guyana, Venezuela. 

P. divaricatum Benth. «ingá-rana» — Especie com flores ro- 
seas que se encontra em margens pantanosas de riachos silves- 
tres e assahyzaes no Xingú (Tucuruhy) e no médio Tapajoz; tam- 
bem no Rio Capim. 

Amazonas, Matto Grosso. 

P. latifolium (L.) Benth. «ingá-rana». — Especie de flores 
roseas, frequente nas margens alagadas, lodosas, de rios e riachos 
na região do estuario amazonico, por exemplo em Belem, Santo 
Antonio do Prata (região da E. de Ferro de Braçança), Furo 
Macujubim (Breves) e Gurupá. Segundo a «Flora Brasil», ainda 
da Serra de Parintins (margem do Amazonas?) no limite occiden- 
tal do Estado. 

Amazonia superior; Guyanas hollandeza e ingleza, America 
central e Antilhas. 

P. cauliflorum  (Willd.) Benth. «ngá-rana» — A mais com: 
mum das especies conhecidas sob este nome vulgar; flores roseas, 
Abundante por toda a Amazonia nas praias e beiras das aguas não 
muito ricas em sedimento; excessivamente variavel. 

Amazonas (Rio Negro), Matto Grosso central, Bahia, Minas 
Geraes; Guyana. 

P. Huberi Ducke, «angá-rara». — Especie em geral pequena, 
com flores roseas; frequente nas margens inundadas do Rio Pará 
e nas ilhas do estuario (região de Breves), tambem colleccionada 
no rio Oyapoc, 


— 240 — 


P. inaequale (H. B. K.) Benth., «ingá-rana». — Flores roseas 
ou brancas. Rio Tocantins entre Baião e Alcobaça; Rio Tapajoz, 
commum nos pedraes, inundados na enchente, das cachoeiras infe- 


riores. 
Amazonas (Rio Negro); Guyana, Venezuela. 
P. juruanum  Harms, «ingá-rana» — Flores roseas. Belem 


(Guamá), Breves e Gurupá, nas varzeas argillosas. 

Amazonas (Rio Juruá). 

P. longiramosum Ducke, «ingá-rana» — Arvore pequena com 
ramos horizontaes, muito compridos, frequente nos igapós das 
boccas dos riachos affluentes do Lago de Faro. 

P. brevispicatum Ducke «ingá-rana». — Arvoresinha esguia 
da matta da terra firme baixa e varzea alta. Rio Trombetas, -im- 
mediações da Cachoeira Porteira; Santo Antonio do Prata e 
Peixeboi (E. de Ferro de Bragança); São José do alto rio Guamá; 
baixo rio Mojú, logar Seringal; margem do Xingú perto de 
Altamira; Rio Trombetas, cachoeira Porteira. 

Amazonas, Maranhão. 

P. trunciflorum Ducke — Arvore pequena e esguia cujas flores 
apparecem exclusivamente no tronco. Matta dos morros da Ca- 
choeira do Mangabal, no médio rio Tapajoz. 

P. Dinizi Ducke — A especie mais bonita de «ingá-rana», 
com flores roseas e foliolos pequenos e numerosos. Só vi uma 
arvore, n'um assahyzal percorrido por um riacho, nas mattas da 
terra firme a léste do Lago Salgado (Rio Cuminá, baixo Trom- 
betas). 

P. racemosum Ducke (= P. racemijlorum Ducke 1915, nome 
que teve de ser substituido por ter sido dado em 1913 a uma 
especie centro-americana do mesmo genero botanico) — Arvore al- 
gumas vezes chamada de «ingá-rana» (da terra firme) tendo, porém, 
a madeira, no commercio, o nome de «angelim rajado», devido 
á semelhança da mesma com a dos angelins (Hymenolobium ). — 
Arvore mediana da matta da terra firme, em logares seccos; ma- 
deira com fibras grossas porém rectilineas e unidas em massa 
bastante homogenea, d'um amarello pardacento claro sobre fundo 
grisalho, com ondas irregulares de côr castanha escura, bastante 
pesada (1,00), resistente, dura porém bôa de se trabalhar, em- 
pregada na marcenaria, a melhor e mais bonita das madeiras 
de mimosoideas paraenses. Colonia Santa Rosa (E. de Ferro de 
Bragança), Gurupá, Almeirim, Santarem, Obidos, Rio Trombetas 


dA, q pai 


(Oriximiná, e matta da região dos campos do Ariramba), Rio 
Tapajoz no curso médio, e Faro (frequente nas mattas da região 
de campos a léste da cidade). 

Guyana franceza (citado como fornecendo o «bois serpente»). 

P. tortum Benth. — Pertence, como o subsequente, ás espe- 
cles espinhosas conhecidas nos Estados do Meio Norte pelo nome 
de «jurema branca»; é indicado, na «Flora Brasil.» como collec- 
cionada por Poeppig na «matta littoral do Pará», portanto pro- 
vavelmente na região de Collares onde o mencionado botanico 
reuniu collecções importantes. 

America tropical e Antilhas, não sendo, no emtanto, conhecido 
do interior da «hyléa». 

P. acacioides Ducke (= P. parvijolium Benth. em parte), 
«esponjeira» (Montealegre); «jurema branca» (Vizeu e Monteale- 
gre; nome, na ultima localidade, usado pelos cearenses). — Arvore 
espinhosa, baixa ou de altura mediana, porém com larguissima 
cópa umbelliforme; permanece despida de toda a folhagem du- 
rante o verão inteiro; é um typo vegetal unico na Amazonia e 
lembra no seu aspecto certas Acacia africanas. — Habita, na Ama- 
zonia, os pontos mais seccos ou de verão mais rigoroso: campos 
de Bragança e de Vizeu no limite oriental do Estado do Pará; 
praias velhas do Ajuruteua na costa de Bragança; arredores da 
Cachoeira Itaboca no Tocantins; Almeirim; Montealegre, frequente 
na matta visinha dos campos arenosos, porém tambem encontrado 
na fertil argilla vermelha da Colonia do Itauajury; Santarem, matta 
da praia do Tapajoz e outros logares arenosos; campo firme do 
Cicatanduba abaixo de Obidos. 

Maranhão, Ceará, norte de Goyaz. 


Enterolobium Mart. —8 especies descriptas, todas da Ame- 
mica tropical, arvores em geral grandes, de tronco grosso e 
cópa larga. A madeira de algumas serve para construcção. Às 
especies amazonicas habitam a maita da terra firme. 

E. timbouva Mart. «orelha de preto» (Montealegre), «tim- 
bouva» (Santarem). — Arvore, a maior em altura, grossura do 
tronco e largura da cópa que exista na matta da encosta do tabo- 
leiro arenoso de Montealegre, na cidade e em varios pontos dos 
arredores; Santarem, pé da «serra». Madeira não utilizada; segundo 
a «Flora Brasil.» esponjosa. 

Regiões não muito humidas nem excessivamente seccas do 

JARD, 16 


— 242 — 


Sul, Centro e Meio Norte do Brasil (chamado «tamboril» ou «tim- 
bouba»); Paraguay. 

E. maximum Ducke, «tamboril» (Alcobaça; nome importado 
dos Estados do Meio Norte onde aliás o mesmo se refere á pre- 
cedente e outras especies do presente genero botanico); «tam- 
boriuva» no Estado do Amazonas e, uma vez ou outra, no Ta- 
pajoz. — E" a maior das especies d'este genero e uma das arvores 
maiores da matta virgem amazonica, alta e de cópa larguissima. 
A madeira é pardo escuro quando nova, porém torna-se pardo 
grisalho claro depois de secca; ella é leve (densidade 0,60) e bas- 
tante facil de se trabalhar porém um tanto grosseira, parecendo 
em todo caso ser a mais utilisavel que se encontre nas mimosoideas 
de porte muito grande, da região amazonica. Em Alcobaça 'em- 
pregam-na na construcção, e o mesmo me consta do Estado do 
Amazonas. O mesocarpo dos fructos maduros é molle, dôce e 
branco, e estes são avidamente procurados pelos animaes da 
matta. — Alcobaça (Tocantins), Obidos, Oriximiná (baixo Trom- 
betas), e médio Tapajoz; em geral em individuos raros e isolados, 
sómente no Tapajoz mais frequente. 

Amazonas (por informações). 

E. Schomburgkii Benth. «timbaúba», «timbó da matta» ou 
«timborana» (Belem); «fava de rosca» (Obidos). — E” uma das 
arvores muito grandes da matta virgem, porém chega algumas 
vezes a florescer em individuos pequenos do capoeirão. Parece 
habitar o Estado do Pará inteiro; frequente nas regiões de Belem, 
Gurupá, Santarem, Obidos e Faro e no médio Tapajoz. A ma- 
deira não é aproveitada. 

Amazonas (Rio Negro), Rio de Janeiro; Guyana e America 
central. 


Cedrelinga Ducke — Genero monotypico. 

C. catenaeformis Ducke, «cedro-rana» (4). — E', entre as 
arvores amazonicas, uma das maiores em altura e na grossura 
do tronco cujo aspecto, lembrando sobretudo pela casca o dos 
cedros (Cedrela), deu origem á denominação vulgar usada no Es- 


(4) Este nome applica-se aigumas vezes ainda a outras arvores, per- 
tencentes a familias botanicas diversas, 


A E, 


— 243 — 


tado. O cedro-rana excede frequentemente os maiores cedros em 
tamanho; uma arvore derrubada no Trombetas media 49 metros 
de altura, dos quaes 25 até a primeira ramificação, e o diametro 
do tronco era de 1,85 m., a 11/2 m. acima do sólo; perto de 
Gurupá, os troncos de zm. de diametro não são raros, e no 
Tocantins vi um que na altura d'um homem excedia os 3 metros. 
A cópa d'esta arvore é, no emtantó, menos larga que nas outras 
arvores grandes da subfamilia das mimosoideas. No tempo da 
fructificação (março) reconhece-se facilmente a arvore pelas va 
gens pendulas em forma de compridas cadeias, planas porém 
torcidas nas articulações, compostas de um numero variavel (até 6) 
de articulos que com a maturidade se separam para voar longe, 
levados pelo vento; cada articulo lembra approximadamente uma 
“vagem completa de macacaúba (Platymiscium). A madeira do ce-. 
dro-rana parece-se á primeira vista um pouco com a do cedro, 
sendo, porém, muito mais grosseira e, devido á largura de seus 
vasos, um tanto esponjosa; ella é leve (densidade 0,65), sua côr 
é um pardo acinzentado claro lustroso, seu cheiro desagradavel 
quando humida. Ella não tem, actualmente, applicação industrial, 
porém poderia dar peças de dimensões enormes. 

Habita logares humidos ou mesmo pantanosos, com espessa 
camada de humus, nas mattas grandes da terra firme, de prefe- 
rencia nas nascentes e no curso superior de riachos, sendo até 
agora conhecida, no Estado do Pará, das localidades seguintes : 
Tocantins, no «centro» de Arumateua; Gurupá e terras altas nas 
has de Breves (frequente); Rio Tapajoz, na região das cachoeiras 
inferiores; Obidos; baixo Trombetas: Oriximiná e terras a léste 
de Lago Salgado. 

Perú oriental (Yurimaguas). 


Calliandra Benth. —Cêrca de 120 especies, quasi todas da 
America tropical e subtropical, poucas na Africa occidental, Ma- 
dagascar e India. No Brasil, o maximum do desenvolvimento 
encontra-se no centro e no nordeste, em regiões montanhosas 
de clima secco; na Amazonia só existem poucas especies na pla- 
nicie baixa, augmentando o numero das mesmas em direcção aos 
limites norte e sul da grande bacia fluvial. As especies amazo- 
nicas são quasi todas arbustos ou arvoresinhas inermes de beiras 
d'agua, campinas e capoeiras; as suas flores são roseas, na E: 
portoricensis brancas. Poucas têm applicação conhecida; algumas, 


oia FAR eo 


estrangeiras, fornecem madeira aproveitavel ou servem na medi- 
cina popular; a C. Tweediei var. Sancti Pauli, com bellas flores 
vermelhas, indigena no Brasil meridional, encontra-se algumas ve- 
zes como arbusto ornamental nos jardins da capital paraense. 

C. trinervia Benth. — Arvore pequena ou quasi mediana, 
ornamental (attinge dimensões maiores que as outras especies). 
Matta humida na vizinhança de riachos, nos seringaes dos lo- 
gares Montanha e Francez no médio Tapajoz, e na margem do 
Rio Mapuera (alto Trombetas). 

Amazonas: Rio Negro e Rio Marmellos (affluente do Ma- 
deira). 

C. portoricensis Benth. — Arbusto ou arvoresinha de capo- 
eiras humidas em terreno argilloso. Montealegre, na colonia do 
Itauajury; Rio Branco de Obidos. 

Guyana, Colombia, Mexico e Antilhas; Ceará, porém com 
duvida a respeito da espontaneidade. 

C. tergemina (L.) Benth. — Arbusto bonito; no Estado do Pará, 
sómente nas margens pedregosas dos riachos encachoeirados que 
em estreitas galerias de matto percorrem a região dos campos do 
Ariramba (médio Trombetas). 

Guyana hollandeza, Venezuela, Antilhas. 

C. tenuiflora Benth. — Arbusto grande ou arvore pequena de 
capoeiras na terra firme e de beiradas pedregosas. Madeira branco- 
amarellada, compacta, medianamente dura, com fibras direitas. 
Bragança, Rio Xingú (estrada de Altamira), Montealegre, San- 
tarem, baixo e médio Rio Tapajóz, baixo Rio Trombetas e Lago 
de Faro. 

C. surinamensis Benth., «salsa» (5) (Belem) —/'Parecida com 
a precedente. Frequente nas capoeiras da terra firme dos arredores 
de Belem, onde se aproveita a madeira para bengalas; campina-rana 
da região das serras do Jutahy e Parauaquara, entre Almeirim e 
Prainha. Ê 

Amazonas (Manáos), Goyaz; Guyana, Colombia. 

C. Kuhlmannii Hoehne — Rio Gurupy (limite oriental do Es- 
tado do Pará). 

Norte de Matto Grosso (Rio Arinos). 


(5) Nome mais commumente applicado a especies de Smilax e (no Meio 
Norte) de 750mora, de uso medicinal. 


— 245 — 


C. tocantina Ducke — Arbusto baixo, frequente na Campina 
de Arumateua (E. de Ferro de Alcobaça, Tocantins). 

C. falcifera Ducke — Arbusto baixo, frequente na Campina 
de Arumateua, com a especie precedente. 


Acacia Willd. — Cêrca de 500 especies nas regiões tropicaes 
e subtropicaes, sobretudo numerosas na Africa e Australia, poucas 
na America; arvores, arbustos ou cipós, em geral aculeados. Mui- 
tas das especies do velho mundo são utilissimas (fornecem a 
melhor gomma arabica, material excellente para cortume, tintas 
pretas, madeiras de valor), porém das especies brasileiras não 
consta applicação alguma. A A. Farnesiana Willd. («esponja» dos 
paraenses, «coronha» dos cearenses), com flores amarellas odo- 
riferas, é commum nos jardins do Brasil inteiro, no Meio Norte 
algumas vezes subespontanea. 

A. altiscandens Ducke — Cipó grande que sóbe ás copas de 
altissimas arvores da matta da terra firme, notavel pelas va- 
gens muito grandes; frequente na estrada de Altamira no Xingú, e 
ainda encontrado perto de Bella Vista no Tapajoz. 

A. paraensis Ducke — Arbusto escandente, bastante grande, 
“de logares humidos nas terras argillosas de Itaituba (Rio Tapajoz) 
e da colonia do Itauajury nos arredores de Montealegre, e nas 
margens inundadas do Rio Pará pouco abaixo da Cachoeira Pa- 
“náma. 

A. articulata Ducke — Arbusto escandente das margens inun- 
dadas do Gurupatuba em Montealegre. 

A.alemquerensis Hub. — Arbusto escandente, grande, da matta 
da terra firme. Rio Pará perto da Cachoeira Panáma; Alemquer; 
logar Poção nas cachoeiras inferiores do Tapajoz. 

À. riparia H. B. K. var. multijuga Ducke — Arbusto escandente 
de grande tamanho, encontrado na margem inundada do Rio 
Tapajoz em frente a Itaituba. 

Typo espalhado pela America meridional tropical e as Antilhas. 

A. polyphylla DC., «paricá-rana» (parte occidental do baixo 
Amazonas), «espinheiro preto» “Montealegre). — Arvore pequena, 
mediana ou mesmo grande (na argilla fertil de certos logares do 
Tocantins e Tapajoz), aculeada; commum nas margens do baixo 
Amazonas e seus paranás como ainda nos affluentes de agua 
«branca» e leito argilloso; existe tambem em muitos logares na 
terra firme argillosa (Montealegre, Rio Branco de Obidos, baixo 


— 246 — 


Trombetas, Santarem, cursos medianos dos rios Tapajoz, Xingú e 
Tocantins). 

America meridional tropical. 

A. multipinnata Ducke — Arbusto escandente, grande, que al- 
cança não raras vezes as cópas das arvores grandes da flo- 
resta da terra firme. Frequente em todo o Estado do Pará, na 
matta primaria e no capoeirão, commum sobretudo nos terrenos 
argillosos. A especie era confundida, até agora, com a 4. pani- 
culata Wild. que falta no Pará mas da qual vi especimens prove- 
mentes do alto Rio Branco no Estado do Amazonas. 

Amazonia superior. 


Schranckia Willd. — 10 especies na America tropical e subtro- 
pical, uma das quaes tambem no oéste da Africa. Arbustos ras- 
teiros e escandentes, aculeados. 

Sch. leptocarpa DC. «juquiry» (como em geral as especies 
trepadoras e aculeadas d'esta subfamilia). — Capoeiras nóvas dos 
arredores de logares habitados: Marajó, Belem (commum), Bra- 
gança, Cametá, Gurupá, Santarem, Obidos. 

America meridional tropical, Africa occidental. 


Mimosa L. —Cêrca de 400 especies na America tropical e 
subtropical, poucas na Africa, Asia e Australia. O fóco maior 
acha-se nas regiões do centro e nordeste do Brasil, havendo um 
outro, menos importante, nas regiões seccas da America central. 
Na «hyléa» só existem especies aculeadas de porte pequeno ou 
escandentes, e as regiões de matta geral só possuem poucos re- 
presentantes e mesmo estes quasi limitados á vegetação secundaria. 

O nome paraense das especies menores é «juquiry», que tam- 
bem é applicado a outras leguminosas escandentes ou rasteiras, 
armadas de aculeos, não sómente mimosoideas como até papiliona- 
tas; frequentemente, para as mes:nas especies de Mimosa é tam- 
bem empregado o nome de «malicia» introduzido pelos cearenses. As 
especies escandentes grandes, de caule comprido, são de prefe- 
rencia chamadas «rabo de camaleão. — Nenhuma especie tem appli- 
cação pratica de importancia. 

M. Velloziana Mart. — Arbusto escandente. Frequente nas ca- 
poeiras de Alcobaça (Tocantins); a var. jiramenensis Karst. na 


capoeira humida á beira d'um dos campos dos arredores de San- 
tarem, 


= AT" 


O typo existe espalhado pela America tropical; a variedade, 
sómente ainda na Colombia. 

M. sensitiva L. — Escandente nas capoeiras de Belem e Bra- 
gança, commum nas proximidades de logares habitados. 

Amazonas (Rio Branco), Ceará (Serra de Baturité), Bahia, 
Minas, São Paulo. 

M. debilis H. B. K.— Semiarbusto erecto ou meio rasteiro, 
frequente nos campos de transição entre terra firme e varzea na 
região do Lago Sapucuá, mais rara em capoeiras em Porto de 
Moz (foz do Xingú) e Oriximiná (baixo Trombetas), e á beira 
de campos nas regiões de Faro e Montealegre; segundo a «Flora 
Brasil.», ainda de Santarem. 

Amazonas (Parintins); Guyana hollandeza, Colombia. 

M. casta L. — Arbusto escandente, pequeno, frequente na ve- 
getação secundaria dos terrenos pantanosos á margem do Rio 
Pará, de Belem ao Mosqueiro, e ainda encontrado no baixo Xingú. 

Antilhas. 

M.. Sagotiana Benth., «rabo de camaleão» (como varias outras: 
especies). — Especie escandente de caule comprido que produz cer- 
rados impenetraveis. Margens do rio Tucuruhy (perto de Victoria 
no baixo Xingú), do baixo Tapajoz (Aveiro) e do Lago de Obidos, 
e capoeiras na matta da varzea do Adauacá ao sul de Faro. 

Amazonas; Guyana. 

M. schranckioides Benth. — Cipó rasteiro no campo inundado 
de Arumanduba perto de Almeirim, e na bocca do Aramun acima 
da Velha Pobre. 

Guyana ingleza, Colombia. 

M. polycarpa Kunth — Semia-busto erecto. Capoeiras perto 
de Arumateua no Tocantins e na região do Itauajury e Ereré em Mon- 
tealegre; margem descampada do Lago Cicatanduba abaixo de Obidos 

Piauhy, Goyaz, Matto Grosso; Bolivia, Perú, Colombia. 

M. pudica L. — Semiarbusto erecto. No Pará só em poucos 
logares; é commum nos campos de pedregulho da região de 
Montealegre, em logares humidos; vi tambem alguns exemplares 
em Gurupá, na cidade. Segundo iluber, tambem em Marajó. 

America tropical; subspontanea nos tropicos do velho mundo. 

M. polydactyla H. B. K.— Semiarbusto erecto. Belem, ilhas 
de Breves e Gurupá, em logares humidos á margem de estradas 
e em «tapéras». Re Ca 

Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas; Guyana, Colombia. 


— 248 — 


M. myriadena Benth., «rabo de camaleão» (como as 7 subse- 
quentes e a Sagotiana). — Arbusto escandente que fórma cerrados 
extensos nas capoeiras da matta da varzea e em beiras d'agua, 
cobrindo-os algumas vezes com abundantes flores alvas e per- 
fumosas: commum na margem do Amazonas (por exemplo em 
Gurupá e Obidos) e no curso inferior dos affluentes (por exemplo 
no Trombetas e no Parú). 

Amazonas, Acre; Guyana. 

M. extensissima Ducke — Arbusto escandente, grande. Rio Ta- 
pajoz, na terra firme argillosa da região das cachoeiras inferiores 
e do Mangabal; frequente na matta e no capoeirão, formando, 
n'este, cipoaes extensos e impenetraveis. 

M. micracantha Benth. — Arbusto escandente, grande, da matta 
da terra firme e de capoeiras, na Serra de Santarem e na região 
de Itaituba até as ultimas cachoeiras do Tapajoz. 

Amazonas. 

M. Duckei Hub. — Arbusto escandente, grande, frequente nas 
capoeiras da terra firme da villa de Almeirim e, no municipio 
desta, na matta da margem do campo na Serra de Tabatinga 
(Arrayollos) e na Velha Pobre, assim como nas serras do Aramun. 

M. rufescens Benth. — Arbusto escandente, grande; é a especie 
mais frequente d'este grupo. Capoeiras na terra firme, arenosa 
como argillosa. Alcobaça (Tocantins), Gurupá, região de Alta- 
mira e Volta do Xingú, e Obidos. 

Amazonas; Perú oriental. 

M. Spruceana Benth. — Arbusto escandente, grande. Margens 
arenosas, alagadas, de rios e lagos de aguas limpas na parte 
occidental do Estado: Rio Tapajoz, ilha Goyana; Lago de Faro. 

Amazonas (Manáos). 

M. xinguensis Ducke — Parecida com as 4 precedentes. Mar- 
gens do baixo e do médio Xingú. 

M. paniculata Benth. — Parecida com as 5 precedentes. Rio 
Mapuera (alto Trombetas), margem. 

Guyanas hollandeza e ingleza. 

M. somnians H. B. K. —Semiarbusto erecto ou semierecto. 
Praias do baixo Tapajoz (Santarem, Boim); uma variedade inerme, 
muma praia da Cachoeira do Mangabal (médio Tapajoz). 


Goyaz, norte de Matto Grosso, Bahia, Rio de Janeiro; Colom- 
bia, America central. 


— 249 — 


M. dormiens H. B. K. — Semiarbusto frequentemente rasteiro. 
Obidos, capoeira na varzea do Amazonas e do Lago Cicatan- 
duba; Faro, campos da varzea do Amazonas, abundante na mar- 
gem dos lagos; Santarem. 

Guyana, Colombia. 

M. camperum Benth. — Semiarbusto quasi herbaceo de logares 
abertos (campos, praias, margens de estradas), observado em Be- 
lem, Almeirim (Aramun), Montealegre, Obidos (Cicatanduba) e 
Faro. 

Amazonas (Manáos), Ceará e «Brasil central»; Guyanas hol- 
landeza e ingleza, America central. 

M. invisa Mart. — Semiarbusto mais ou menos trepador ou 
rasteiro. Logares abertos humidos em terreno argilloso, nas re- 
giões de Bragança, Montealegre (colonia do Itauajury) e Obidos 
(varzea do Amazonas). 

America tropical e Antilhas. 

M. orthocarpa Benth. — Semiarbusto erecto dos campos da 
varzea e de beiradas lodosas de rios e lagos; tambem na terra 
firme, em logares abandonados. Arrayollos (Almeirim), Monteale- 
gre, Villafranca (perto de Santarem) e Faro; a «Flora Brasil.» 
cita ainda Santarem e o baixo Trombetas. 

Amazonas (Manáos). 

M. cataractae Ducke — Arbusto de caule pouco grosso porém 
comprido, semierecto ou mais ou menos rasteiro ou escandente; 
forma a primeira fila de vegetação na margem arenosa e coberta 
de blocos de pedra, dos braços do rio Tapajoz proximos da Ca- 
choeira Maranhão Grande. 

M. asperata L., «juquiry grande» (Obidos). — Arbusto erecto 
de 1 a 2 metros com ramos compridos, raramente rasteiro ou 
trepador; é dos mais communs nas margens dos rios amazonicos 
(sobretudo dos de. agua turva) e nos campos de varzea, tornando- 
se n'estes nocivo pelo facto de invadir rapidamente a pastagem. 
Commum no Estado do Pará inteiro. 

America meridional e Africa tropical. 


Neptunia Lour. — 8 especies nas: duas Americas, na Ásia tro- 
pical e na Australia, sendo uma das mesmas cosmopolita tropical. 
Hervas. 


— 250 — 


N. oleracea (6) Lour., «malicia d'agua» (Obidos). — Herva flu- 
ctuante, sobretudo commum nos lagos rodeados por campos de 
varzea, no baixo Amazonas e em Marajó. 

Cosmopolita tropical. 

N. plena (L.) Benth., «juquiry manso» (Marajó). — Subarbusto 
pequeno ou herva erecta, frequente nos campos inundaveis, por 
exemplo em Marajó, Arumanduyba (perto de Almeirim) e Mon- 
tealegre. 

America tropical. 


Stryphnodendron Mart. — Estão descriptas 9 especies, cuja 
classificação no emtanto necessita de uma revisão; arvores da 
America tropical, de cópa larga porém de altura não além de 
mediana. As especies amazonicas habitam a matta secundaria 
(«capoeirão») da terra firme e da varzea, ellas não têm applicação 
conhecida, ao passo que a casca adstringente do Sé. barbatimão 
Mart. (do Brasil central e nordeste secco) possue fama na medicina 
popular e para cortume. A madeira das especies paraenses é branca 
e molle. 

S. purpureum Ducke — Capoeira da terra firme, exclusiva- 
mente na argilla compacta. Margens do Rio Anajaz (parte occi- 
dental de Marajó), Alcobaça no Tocantins (frequente), cachoeiras 
inferiores do Tapajuz, e Lago Salgado no baixo Trombetas. 

S. guianense (Aubl.) Benth., «timbauba», «timbó da matta» ou 
«imborana» em Belem. — Commum nos capoeirões da terra firme 
no Pará inteiro, como aliás, ao que parece, em toda a Amazonia; 
no Estado do Pará, principalmente na fórma floribundum (Benth.) 
Ducke; nos morros seccos da Velha Pobre, n'uma fórma com 
pinnas em numero maior e foliolos muito mais numerosos. 

Amazonia superior, Maranhão, Bahia; Guyana. 

S. microstachyum Poepp. et Endl. — Almeirim e Obidos, na 
varzea do Rio Amazonas. 

Amazonas. 


Dinizia Ducke — Genero monotypico. 
D. excelsa Ducke, «angelim» (em Gurupá e no Xingú; sem 
duvida por causa da semelhança da arvore com as especies de 


(6) Na Cochinchina, as folhas novas servem como legume; d'ahi o 
nome scientifico da especie. 


e DM 


Hymenolobium, que são na Amazonia as portadoras principaes 
d'esse nome); «faveira» no Tapajoz. — Uma das arvores mais al- 
tas (7) da «hyléa» e da America do Sul toda, e certamente a maior 
que se conheça até agora, no mundo, na subfamilia das mimosoideas 
aliás bem rica em arvores grandes; o tronco, geralmente direito, 
fórma na base «sapopemas» não muito grandes e ramifica-se no 
alto n'uma cópa larga. A casca, vermelha nos individuos nóvos, 
descama-se em numerosissimas pequenas laminas (8) como succede 
em muitas especies de HMymenolobium, e tambem os fructos (va- 
gens muito grandes, chatas, indehiscentes, pardacento-vermelhas) 
lembram, quando novos, os do dito genero; as flôres da Dinizia 
são, porém, insignificantes, ellas formam tenues espigas verdes. 
A madeira é parda, pesada (densidade 1,15), dura, fibrosa, impu- 
trescivel (9), porém difficil de se trabalhar; poderia-se obter em 
peças enormes. 

Habita exclusivamente as mais altas florestas virgens da terra 
firme, silico-argillosa ou argillosa não muito compacta; conhe- 
ci-a, até o presente, nas terras altas das ilhas de Breves, no baixo 
Rio Mojú (Fabrica, Cairary), em Gurupá (matta das. cabeceiras 
do Jacopy), no Rio Xingú (frequente na estrada ao oeste da 
«Volta», entre Victoria e Forte Ambé perto de Altamira), no Rio 
Tapajoz (arredores de Bella Vista, estrada deste logar a Pimental 
nas cachoeiras inferiores, e região da Cachoeira do Mangabal), 
na matta entre o Lago do Curumú e a serra do mesmo nome (ao 
norte da foz do Trombetas), e em Oriximiná e nas terras a 
léste do Lago Salgado, na região do baixo Trombetas. Costuma 
apparecer em grupos de alguns individuos («reboladas»). 


Piptadenia Benth. — Cêrca de 60 especies tropicaes, sobretudo 
americanas, um certo numero na Africa, pouquisssmas na Ásia 
tropical e na Nova Guiné. Arvores grandes e pequenas, ou ar. 


(7) Uma arvore, derrubada perto de Gurupá, medía cerca de 55 metros 
de altura, com 1 m. 48 cm. de diametro de tronco a 2 1/2 m. acima do sólo ; 
um outro individuo da mesma matta possue, cerca de 3 m. sobre o sólo, um 
diametro de tronco de mais de 2 m., excedendo a altura desta arvore com 
segurança os 60 metros. 


(8) «Casca arrepiada» dos matteiros paraenses. 


(9) A madeira de arvores, derrubadas ha cerca de vinte annos e aban- 
donadas na humidade da matta, acha-se ainda hoje em estado de conserva- 
ção perfeita. 


— 252 — 


bustos grandes em geral escandentes; constituem, no Sul, Centro e 
Meio Norte do Brasil, um elemento importante das mattas, ao 
passo que na hyléa as especies são poucas comquanto algumas 
destas abundem em individuos. 

P. minutiflora Ducke — Arbusto escandente, grande, que forma 
cipoaes cerradissimos na orla da matta á margem das estradas perto 
de Victoria no baixo Xingú e entre Santa Cruz e Flechal na região 
das cachoeiras inferiores do Tapajoz; tambem na Serra de San- 


tarem. 

Amazonas (Itacoatiara). 

P. tocantina Ducke — Arvore grande da matta perto de 
Arumateua no Tocantins. 

P. n. sp.? (material incompleto) — Mattas de Peixeboi na 
Estrada de Ferro de Bragança. as 

P. n. sp.? (material incompleto) — Arvore alta da matta 


em Santa Izabel, E. de Ferro de Bragança. 

P. suaveolens Miq., «timbó da matta», «timbauba» ou “«tim- 
borana» (Belem), «paricachy» ou «paricá branco» (Serra de San- 
tarem), «paricá grande da terra firme» (uma ou outra vez, em 
Obidos). — Arvore muito grande, não muito rara nas mattas da 
terra firme das immediações de Belem, frequentissima na Serra 
de Santarem, não rara na região das cachoeiras inferiores 
de Tapajoz, em Obidos (onde talvez pertençam á presente especie 
as arvores mais altas da matta ao norte da cidade) e no baixo 
Trombetas (Oriximiná e «castanhaes» do Rio Cuminá-mirim). A 
madeira não tem applicação conhecida. 

Guyana hollandeza. 

P. recurva Ducke, «timbó da matta», «timbauba» ou «timbo- 
rana». — Arvore muito grande da matta da terra firme dos arre- 
dores de Belem. 

P. psilostachya (DC.) Benth. «timbó da matta», «timbauba» 
ou timborana» (Belem). — E" uma das arvores grandes mais fre- 
quentes das mattas da terra firme arenosa de Belem e da Estrada 
de Ferro de Bragança (de onde possuimos amostras colhidas 
em Igarapé-assú); a presença d'esta e das duas especies precedentes 
nota-se pelas vagens muito compridas e estreitas que permane- 


cer no chão (vasias) durante o anno inteiro. Madeira não uti- 
lizada. 


Guyanas franceza e hollandeza. | 
P. peregrina (L.) Benth., «paricá» ou «paricá de cortume» 


= ASR 


dos paraenses; «angico» dos colonos immigrados do Meio Norte 
(nome applicado, no Ceará á especie P. macrocarpa, no Rio de 
Janeiro principalmente á P. colnbrina, ambas parecidas com a 
presente) — Arvore mediana de casca verrucosa muito grossa (con- 
siderada, para cortume, a melhor que exista no Estado) e muito bôa 
rnadeira pardo avermelhado; habita as mattas intercaladas nas 
regiões de campo alto, ou apparece espalhada nos mesmos cam- 
pos sobretudo onde o sólo é um pedregulho misturado com argilla. 
Cametá, nos arredores d'uma campina; de Almeirim a Montealegre, 
“commum na região; Santarem; campo do Cicatanduba abaixo de 
Obidos. 


America meridional tropical, porém não em toda parte. 


Plathymenia Benth. — Genero monotypico (a unica especie até 
agora conhecida acha-se, na «Flora Brasiliensis« sob dois nomes 
differentes). 

P reticulata Benth. (= P. jfoliolosa Benth.), «candeia» ou 
«páo de candeia», em Montealegre mais conhecida por «oiteira»; 
““«vinhatico» e «páo amarello» no Brasil meridional e central. — 
No Estado do Pará, arvore pequena ou mediana, exclusivamente 
propria dos campos altos quer em sólo arenoso quer argilloso ou 
pedregoso; no Sul, arvore grande da matta de regiões serranas. 
O mais conhecido de seus nomes vulgares no Estado do Pará vem 
da facil combustão da madeira, pardo-amarella, bôa para constru- 
cções, porém no Pará geralmente ignorada, devido á raridade das 
arvores bem desenvolvidas. Campos de Marajó, Cametá, Almeirim, 
Velha Pobre e Jutahy, Montealegre, Santarem, do Cicatanduba abaixo 
de Obidos, do Mariapixy entre Obidos e Faro, e do Ariramba a 
léste do médio Trombetas. 

Maranhão (Grajahú), Piauhy, Ceará, Bahia, Minas, Govaz, 
Rio de Janeiro e São Paulo. 


Entada Adans. — 14 especies nas regiões tropicaes, principal. 
mente na Africa. Cipós muito grandes. 

E. polystachya (L.) DC., «cipó da beiramar» segundo Huber — 
Região littoral: amostras das ilhas de Marajó (Magoary) e dos 
Machados; commum na costa de Bragança; na «Flora Brasil.» 
Citada do «Pará» (Belem). 

Amazonas (Rio Branco), «Brasil oriental» (segundo Pulle); 
Perú oriental, Guyana, America central, Antilhas. 


= LAI e 


E. polyphylla Benth., «gipóóca» (baixo Amazonas) — Commum 
nas margens dos rios d'agua «branca», no estuario ( Belem ) e sobretudo 
no baixo Amazonas (Prainha, Obidos), e em capoeiras na varzea; 
menos frequente em capoeiras nas terras altas (p. ex. Serra de Santarem). 

Amazonia superior, Maranhão; norte da America meridional, 
America central, Antilhas. 


Parkia R. Br. — 30 especies nos tropicos dos dois hemispherios; 
arvores grandes ou medianas, quasi todas bellissimas. Na Ame- 
rica, com excepção de 3 especies, limitadas á «hyléa» onde algumas 
contam no numero dos vegetaes mais notaveis. As especies ama- 
zonicas são ornamentos da paisagem e mereceriam ser introduzi- 
das nos parques; as sementes de algumas especies africanas e in- 
dianas são comestiveis. A madeira não me consta ter applicação. 

P. platycephala Benth. — Arvore de altura mediana, com flo- 
res em capitulos purpureos suspensos em pedunculos filiformes : 
uma P. pendula em ponto menor. No Estado do Pará, sómente 
encontrada no pequeno campo, arenoso e secco, da estação de Breu 
Branco da Estrada de Ferro de Alcobaça no Rio Tocantins. Na 
local, chamada «faveira» como tantas outras leguminosas. 

Maranhão, Piauhy e parte sul do Ceará («visgueiro» ou «fava de 
bolota»); Bahia. ? 

P. pendula Benth. «visgueiro» (Belem), «jupuúba» (Breves), 
«faveira» (Tocantins), «páo de arara» (Trombetas); os outros no- 
mes citados na «Flora Brasil.» não me são conhecidos e são prova- 
velmente errados — Arvore grande ou mesmo muito grande, magni- 
fica e de aspecto inconfundivel pela sua cópa verde escuro, lar- 
guissima, em fórma de chapeu de sol muito plano, sob o qual 
durante grande parte do anno pendem, como fios compridos, os 
innumeros pedunculos. Os capitulos vermelho escuro exhalam mão 
cheiro; as vagens exsudam gomma visguenta. A madeira é pardo- 
amarellada, com fibras rectas, grossas, medianamente dura, facil 
de se trabalhar, porém não empregada; peso especifico: 0,85. 
A arvore é frequente na matta grande da terra firme arenosa, ao 
que parece em todo o Estado do Pará; notei-a, com segurança, 
nos arredores de Belem, Bragança, Cametá, Alcobaça, Breves 
(ilhas altas), Gurupá, Almeirim, Santarem (serra), Obidos, Faro, 
nos baixos rios Mojú e Parú e nos cursos medianos do Xingú, 
Tapajoz e Trombetas. 

Amazonas, Pernambuco; Gu-ana hollandeza. 


= 155) — 


P. paraensis Ducke, «visgueiro» (Belem). — Muito parecida 
com a commum P. pendula, em geral de estatura menor; foliolos 
e pinnulas menos numerosos, e vagem maior, com as sementes 
em duas séries. Immediações pantanosas de riachos silvestres de 
agua preta, em terreno arenoso e humoso; frequente nos arredores 
de Belem (estrada do Pinheiro), tambem encontrada em Gurupá, 
Breves e Bragança. 

P. Ulei (Harms) Kuhlmann (= Zencaena Ulei Harms), «espon- 
jeira» (Almeirim). — Arvore grande, ás vezes muito alta, das mattas 
da terra firme mais ou menos arenosa, com flores cheirosas em 
pequenos capitulos brancos e que logo se tornam amarellados, 
muito menores que nas demais especies do presente genero; dá 
na vista quando coberta de vagens (avermelhadas). Da madeira 
não consta applicação. Belem, Cametá, Gurupá, Almeirim e Velha 
Pobre, Obidos (frequente na matta virgem e no capoeirão, al- 
gumas vezes designada pelo nome de «paricá» geralmente empre- 
gado para especies de Piptadenia, Acacia e Pithecolobium) e baixo 
Trombetas (Oriximiná e Lago Salgado). a 

Conhecida, fóra do Pará, sómenie do Rio Marmellos (affluente 
de Madeira, no Estado do Amazonas), porém sem duvida de 
distribuição mais vasta na «hyléa». 

P. multijuga Benth. ( = Dimorphandra megacarpa Rolfe) — 
Arvore grande com folhas muito grandes e elegantes, inflorescen- 
cias erectas, flores em capitulos brancos, fructos lenhosos, gros- 
sos, indehiscentes. A casca e as flores cheiram a alho. A madeira 
brancacenta que segundo a «Flora Brasiliensis» seria dura como 
ferro, é na realidade só medianamente dura. Habita a matta grande 
da terra firme e da varzea alta, na planicie amazonica toda, porém 
exclusivamente em sólo argilloso compacto; falta nas margens do 
baixo Amazonas, porém é frequente no estuario e na parte occi- 
dental da grande bacia fluvial. Verifiquei sua existencia, no Estado 
do Pará, nas localidades seguintes: Belém (immediações do Rio 
Guamá), baixos rios Acará e Mojú (muito frequente), Rio Tocantins 
(frequente de Cametá até a Estrada de Ferro de Alcobaça), Furos 
de Breves, Anajaz, Gurupá, cursos medianos do Xingú (estradas 
ao oeste da Volta) e do Tapajoz (cachoeiras inferiores e Cachoeira 
do Mangabal), Obidos (Rio Branco e terras ao norte da foz do 
Trombetas) e baixo Trombetas (a léste do Lago Salgado). 

Amazonia superior. Na «Flora Brasil» citada do Rio de Ja- 


— 256 — 


neiro, o que é um engano motivado pelos especimens do herbario 
Glaziou, provenientes d'uma arvore cultivada na Quinta de São 
Christovam. 

P. velutina R. Benoist, «visgueiro» (Bragança) — Arvore das 
mais bellas, parecida com a precedente mas com folhas ainda 
maiores, flores purpureas e vagens compridas, dehiscentes, avel- 
ludadas. Matta da terra firme argillosa em logares mais ou menos 
pantanosos. Bragança, Peixeboi (Estrada de Ferro de Bragança), 
Anajaz e Aramá (na parte occidental de Marajó). 

Guyana franceza. 

P. pectinata (H. B. K.) Benth. — Arvore mediana com flores 
em capitulos biglobosos (como os das especies subsequentes), d'um 
bello purpureo na parte basal (esteril, larga), avermelhados ou 
amarellos na parte apical (fertil); pedunculos curtos, porém em 
raminhos alongados. Matta mediocre em regiões onde ha cam- 
pinas de areia branca: no Infiry ao norte do Lago de Faro, e no 
logar Perdido ao interior de Bella Vista perto da ultima cachoeira 
do Tapajoz. 

Amazonas (Rio Uaupés); Sul da Venezuela (Rio Cassiquiare). 

P. filicina (Willd) Benth. —«Pará» (Belem?), segundo a 
«Flora Brasiliensis». Ficou-me desconhecida. 

P. discolor Benth., «manopé» (Faro), «gipóúba» (municipio 
de Obidos) — Arvore baixa porém de cópa muito larga, bellissima 
quando floresce; capitulos purpureos, em pedunculos curtos, porém 
estes em raminhos muito alongados, horizontaes. Praias baixas 
e «igapós» arenosos: na foz do rio Curuçambá (cabeceira do Lago 
Mamaurú) perto de Obidos, no baixo Trombetas (Caipurú e Lago 
do Moura), nos lagos do Sapucuá (igapó das cabeceiras) e de 
Faro, e no baixo Rio Jamundá. 

Amazonas (Rio Negro). 

MP P. ingens Ducke, «visgueiro» (Bragança). — Arvore grande ou 
muito grande, de cópa ás vezes larguissima, madeira brancacenta 
sem cheiro especial, flores e staminodios amarellos. Matta grande 
da terra firme argillosa em pontos dispersos: Bragança, Breves 
(ilhas altas do Jaburuzinho), Rio Anajaz (parte occidental de Ma- 
rajó), região da Volta Grande do Xingú (estrada entre Victoria e 
Altamira) e médio Rio Tapajoz (logar Francez). 

P. oppositifolia Benth., «japacanim» (Obidos e Porto de Moz) 
— Arvore grande com cópa mais ou menos globosa, inflorescen- 


mo 205 ligas 


cias curtas e staminodios brancos. A madeira é toda branca, leve 
(0,37); a casca fresca exhala um cheiro forte de salicylato de 
methyla. Frequente na matta da terra firme arenosa, ao que 
parece no Estado do Pará inteiro, por exemplo: Belem, Cametá, 
Breves, Gurupá (uma das arvores mais communs das mattas em 
parte secundarias das immediações da cidade), Porto de Moz, San- 
tarem, Obidos, Rio Jamundá, baixo Mojú, baixo e médio Xingú 
e Tapajoz. E/ 

Amazonas (Manáos): Guyana ingleza nas proximidades da 
fronteira do Brasil. 

P. gigantocarpa Ducke, «visgneiro» (Belem) — Arvore muito 
grande de cópa larga, com flores em grandes capitulos brancos 
com staminodios amarellos, fétidas, em inflorescencias pendentes, 
e com vagens enormes que attingem 7o e mais centimetros em 
comprimento. Matta grande da terra firme: arredores de Belem, 
Santa Izabel (Estrada de Ferro de Bragança), ilhas altas de 
Breves (I. de Nazareth), Ourem (Rio Guamá), baixo Rio Mojú, 
Gurupá, e Oriximiná (baixo Trombetas). 


Pentaclethra Benth. — Uma especie da America e duas da 
Africa, tropicaes. Arvores. 

P. filamentosa Benth., «pracaxy» (ou «paracaxy») — Arvore me- 
diana, communissima em igapós e beiras d'agua do estuaria 
amazonico (em alguns logares tambem na matta da terra firme 
baixa, humosa) até os baixos rios Xingú e Parú (Cachoeira Pa- 
náma) e a região das serras acima da Velha Pobre, porém que 
não se encontra na parte central e occidental do baixo Amazonas 
paraense e seus affluentes (Tapajoz, Trombetas, Jamundá), tor- 
nando, no emtanto, a apparecer no Estado do Amazonas onde a 
encontrei na margem do grande rio, perto de Itacoatiara (é, se- 
gundo a «Flora Brasiliensis», frequente no baixo Madeira e Rio 
Negro). — A madeira, cujo cerne é vermelho pardacento claro, 
é fraca, porém, devido á abundancia da arvore nas beiradas do 
estuario, muito usada como lenha na navegação fluvial que se 
dirige de Belem ao Amazonas; as sementes muito oleosas começam 
a ter importancia industrial; a casca da arvore é algumas vezes 
empregada como vomitivo forte. 

Amazonas; Guyanas hollandeza e ingleza, America central, 
Antilhas. 


JARD. I7 


— 258 — 
CAESALPINIOIDEAE 


Dimorphandra Schott — 11 especies na America tropical; ar- 
vores de dimensões variadas: modestas nas que habitam logares 
abertos ou a matta baixa, porém grandes nas que são proprias das 
florestas altas. 

D. velutina Ducke — Arvore grande da matta virgem da terra 
firme em logares humosos; flores em espigões enormes, cheirosas, 
brancas, ao murchar avermelhadas; madeira amarellada, sem em- 
prego. Santa Izabel (Estrada de Ferro de Bragança), ilhas al- 
tas de Breves (Aramá, Jaburuzinho) e Gurupá; só em poucos indi- 
viduos. 

D. macrostachya Benth. — Arvore grande e bella que floresce 
em compridas espigas vermelhas; na matta da terra firme e em 
igapós, exclusivamente em terrenos de areia branca misturada 
com humus negro, os mesmos em que costuma occorrer o umiry 
(Humiria jloribunda). Madeira porosa, um pouco sedosa, com 
textura bastante grosseira; assemelha-se um pouco ao cedro; cerne 
amarellado. Belem, Collares, ilhas altas de Breves e Gurupá, na 
matta; raiz da Serra do Parauaquara (Prainha), n'um mirityzal. 

Guyana ingleza. 

D. campinarum Ducke — Arvore pequena com flores alaran- 
jadas, das campinas arenosas da região do Mapuera (Trombetas) 
e ao norte do Lago de Faro. 

D. parviflora Benth. — Arvore mediana da matta da terra 
firme. Santarem (serra), Itaituba e região das cachoeiras inferiores 
do Rio Tapajoz (São Luiz, Flechal). 

Amazonas (Manáos). 

D. multiflora Ducke — Mattas do Peixeboi (Estrada de Ferro 
de Bragança). 

D. caudata Ducke — Arvore grande e bellissima que só en- 
contrei uma vez, na matta do Morro do Botica perto da Cachoeira 
do Mangabal, médio Tapajóz. 


Mora Schomb. — Este genero descripto em 1839 foi mais tarde 
considerado como secção ou subgenero de Dimorphandra Schott, 
porém sem razão, visto existirem differenças radicaes entre as 
sementes dos dois generos, além de outros caractéres menores 
que os distinguem. Tres especies conhecidas, sendo uma propria do 
estuario amazonico, uma outra (a celebre «mora») da Guyana e 


E 


= PAN) 


a terceira do littoral pacifico do Panamá e da Colombia; ellas ha- 
bitam mattas sujeitas á inundação pelas marés ou enchentes de 
rios, são arvores muitas vezes gigantescas e fornecem madeira 
rêsistente (optima para construcção na «mora» da Guyana ingleza). 

M. paraensis Ducke, «pracuúba» (10) — Arvore grande ou muito 
grande com tronco grosso e alto, sustentado por poderosas «sapo- 
pemas»; flores em espigas brancas, com forte cheiro agradavel 
que lembra o do fructo do araçá; vagem grande (em grossura, 
a maior da região), contendo varias sementes com aspecto de 
feijões enormes, cujas dimensões em comprimento, largura e gros- 
sura pódem alcançar até 9, 6 e 3 1/2cm. Madeira d'um pardo aver- 
melhado ou amarellado claro ou mesmo esbranquiçado, da densi- 
dade de 0,83 a 0,96, de dureza mediana, bastante fibrosa, resistente, 
muito usada na construcção commum em Gurupá. Matta alta da 
varzea argillosa, não demasiadamente inundada porém ao al- 
cance das marés grandes; frequente por todo o estuario amazonico, 
de Belem (varzea do Guamá) a Gurupá, encontrando-se mais rara 
até o baixo Xingú (Porto de Moz e Rio Tucuruhy) e acima de 
Almeirim (até a região do Jutahy, ao oeste das Serras da Velha 
Pobre). E' uma das arvores grandes mais abundantes á margem 
dos Furos de Breves e na varzea do Amazonas em Gurupá onde 
costumam distinguir a «pracuúba branca»e a «pracuúba vermelha», 
esta ultima com a casca do tronco mais ou menos vermelha e fo- 
liolos menores porém sem outras differenças; ambas as fórmas 
encontram-se na citada localidade e entre ellas se: observam todas 
as transições, ao ponto de se excluir qualquer possibilidade da 
existencia de duas especies botanicas. 


Cynometra L. — Perto de 30 especies nos tropicos dos dois 
hemispherios, no Brasil sómente na «hyléa». Arvores da margem 
de rios ou lagos, em geral medianas e que raras vezes possuem 
tronco bem direito; os seus ramos novos são pendentes, quasi 
brancos inclusive as folhas e lhes attrahem de longe a attenção. 
Sem utilidade conhecida. O nome amazonico de todas as especies 
é «jutahy-rana». 


(10) No baixo Amazonas, por exemplo em Obidos, este nome é appli- 
cado a outras arvores (LeCorntea amazonica e Trichilia LeCointei ); na região de 
Breves ainda ao Glycoxylon Huberi. 


— 260 — 


C bauhiniaefolia Benth. — Arvore mediana, frequente nas mar- 
gens do baixo Amazonas; madeira toda branca, molle. Examinei 
amostras paraenses da beirada da Serra de Parintins, no limite 
occidental do Estado, e do Paraná de Almeirim. 

Amazonas (alto Rio Branco) e Goyaz (alto Tocantins); Guyana 
e America central. 

C. Hostmanniana Tul. — Gurupá, margem inundada de riachos 
na varzea do Amazonas; baixo Trombetas (Cachoeira Porteira 
e Rio Cuminá-mirim). 

Guyanas franceza e hollandeza. 

C. Spruceana Benth. — Uma das arvores communs das margens 
(arenosas ou rochosas) de muitos rios e lagos de aguas não 
excessivamente turvas; a madeira é mais pardacenta e mais dura 
que na C. bauhiniaefolia. De logares fóra dos cursos inferiores dos 
rios paraenses, posso citar a especie, com segurança, da cachoeira 
do Rio Capim e do Rio Mapuera (alto Trombetas). 

Amazonia superior. 

C. marginata Benth. — Attribúo a esta especie (pouco diversa 
da precedente) uma arvore bastante frequente nas margens do 
médio Tapajoz. 

Guyana. 

C. longifolia Hub. — Margem do alto Rio Mapuera (Trom- 
betas). 

C. cuneata Tul. —«Rio Pará, coll. L. C. Richard», segundo 
Tulasne (citado na «Flora Brasil»); nunca mais encontrada. 


Copaifera L. — Estão descriptas cêrca de 35 a 40 especies, da 
America e Africa tropicaes; quanto ás brasileiras, sua classificação 
está ainda bastante incompleta. Todas as especies brasileiras pó- 
dem fornecer, em maior ou menor abundancia, o oleo ou balsamo 
de copaiba e são, por esse motivo, conhecidas pelos nomes de 
«copaíba», «copaibeira» ou (sobretudo no Meio Norte) «pão d'oleo». 

C Marti Hayne, «copaiba jutahy» (Obidos), «copaiba-rana» 
(Santarem), «jutahy pororoca» (Montealegre) — Arvore em geral 
pequena ou mediana, raramente bastante grande, e que fornece 
pouca quantidade d'um oleo bem liquido e claro, não tendo im- 
portancia commercial; habita mattas, pequenas e grandes, em sólo 
esteril, arenoso ou pedregoso (Obidos), margens de campos sec- 
cos (Porto de Moz, Almeirim, Montealegre, Santarem, e Cica- 
tanduba abaixo de Obidos), e praias altas e velhas de lagos 


— 261 — 


(Alter do Chão no baixo Tapajoz). — A madeira d'esta especie 
é totalmente diversa da das subsequentes; ella possue um cerne 
imputrescivel, duro, bastante pesado (0,98), pardo-vermelho claro 
com ondas escuras, de textura fina, susceptivel de ser polido, porém 
resinoso e difficil de se trabalhar; serve ás vezes para postes ou 
construcções expostas ao tempo. 

Matto Grosso (Cuyabá):; Guyana. 

C. reticulata Ducke, «copaiba marimary» (Obidos) — Arvore 
grande ou muito grande das altas florestas da terra firme, de 
preferencia em sólo argilloso, raras vezes (e então menos des- 
envolvida) na areia. Fornece, no baixo Amazonas, a maior parte 
do oleo de copaiba da exportação, florescendo essa industria ex- 
tractiva sobretudo no municipio de Obidos; este oleo é mais es- 
pesso e mais corado que o das especies precedente e subsequente. 
A madeira é de pouco peso (0,72), avermelhado claro ou esbran- 
quiçada, com ondas irregulares de côr pardacenta, na textura se- 
melhante ao cedro porém muito mais fibrosa, mais dura e mais 
difficil de se trabalhar; ella só tem valor como lenha. Verificada 
em Belem, Igarapé-assú (Estrada de Ferro de Bragança) e Gurupá, 
no baixo Rio Mojú, no Tocantins (Estrada de Ferro de Alcobaça 
entre Breu Branco e Arapary, e ao norte da Cachoeira Itaboca), 
Xingú (arredores de Altamira), 'rapajoz (cachoeiras inferiores e 
do Mangabal), e Trombetas (Castanhal das Pedras ao norte do 
Cuminá-mirim, e Lago Salgado na região do Cuminá), e na região 
do pequeno Rio Branco ao nordeste de Obidos. 

C. multijjuga Hayne — Arvore grande (porém menor que a 
precedente), frequente na matta da terra firme alta do médio Ta- 
pajoz (Villa Braga, Bella Vista, arredores da Cachoeira do Man- 
gabal, Quataquara) e que se distingue de todas as outras pela 
forma especial dos foliolos, pelas flores maiores e pelo perfume 
agradavel da madeira fresca (mixto do cheiro resinoso caracteris- 
tico das copaibas e d'um forte odôr de cumarina); o aspecto d'esta 
é o mesmo como na especie C. reticulata. O «oleo» é muito liquido 
e muito mais claro que o da ultima e é empregado pelos seringuei- 
ros em logar de petroleo nas lamparinas. 

Segundo Martius: «nas mattas do Alto Amazonas e do Pará». 


Supponho dever incluir aqui um genero provavelmente novo, 
insufficientemente conhecido, representado por uma arvore da 
matta do médio Tapajoz a qual (segundo informações d'um «se- 


— 262 — 


ringueiro») forneceria quantidades pequenas de um balsamo de 
copaiba, muito espesso e de qualidade inferior, e se chamaria «co- 
paiba preta». Uma arvore que vi no logar Quataquara era, nas 
folhas e nas inflorescencias (nos ramos velhos), parecida com 
certas Swartzia, porém tinha vagens lenhosas e sementes como as 
de Copasfera, envolvidas num grande arillo amarello de sabôr doce. 


Crudia Schreb. — 15 especies descriptas da America equatorial, 
Africa occidental e India. As especies amazonicas são arvores 
mais ou menos medianas, cujas flores não são vistosas; algumas, 
porém, chamam a attenção quando, fructiferas, se cobrem de va- 
gens muito grandes avermelhadas e avelludadas. Sem utilidade 
conhecida. 

C. obliqua Griseb. — Cametá, beira do Tocantins; Gurupá e 
Almeirim, boccas de riachos affluentes do Amazonas. 

Guyana, Trinidad. 

C. aequalis Ducke — Matta da terra firme do Tapajoz, na Ca- 
choeira do Mangabal. 

C parivoa DC. «jutahy-rana» (Marajó) —«Tesos» dos cam- 


pos do Magoary na ilha de Marajó, frequente; praias do Rio. 


Pará (Mosqueiro); Montealegre, margens do Gurupatuba; Rio Ta- 
pajoz, matta da varzea alta na região das cachoeiras inferiores. 

Guyana franceza. 

C. spicata (Aubl.) Benth., «pê» ou «pê-rana» (Breves) — Mar- 
gens ou immediações de rios menores d'agua limpa. Belem, Rio 
Aramá (Breves), e beira do Rio Mapuera (Trombetas). 

Guyana. 

C. amazonica Benth. — Nas margens arenosas de certos rios 
lentos e de lagos, d'agua limpa. Almeirim: rios da região da 
Velha Pobre; Santarem; Obidos: Lago do Curumú; margem do 
baixo Trombetas (frequente) e do baixo e médio Tapajoz. 

Amazonas (Manáos e Lago de Teffé). 

C. pubescens Benth. «ipê» ou «ipê-rana» (Breves), «jutahy- 
rana» (algumas vezes em Obidos) — Nas mesmas condições como 
a precedente, porém em logares onde predomina a lama. Fre- 
quente em toda a região dos «furos» de Breves; Gurupá: riachos 
nas immediações do Amazonas; Santarem: praia baixa da foz 
do Tapajoz; Obidos: margem dos lagos proximos da cidade; Faro: 
bocca do Lago de Maracanã. 

Amazonas (Rio Negro); Guyana franceza. 


” as 


— 263 — 


Hymenaea L., «utahy» (Pará e Amazonas), «jatobá» (nome 
introduzido na Amazonia pelos immigrantes do Meio Norte), «ja- 
tahy» (Sul) — Mais de 20 especies descriptas, todas da America 
tropical; as que habitam a hyléa são arvores grandes da matta, 
porém duas das mesmas occorrem tambem algumas vezes em 
campos e capoeiras, em individuos de tamanho reduzido. Algumas 
especies fornecem resina de valor commercial e madeira; os fructos 
de todas são avidamente procurados pelos animaes da matta, 
sendo a polpa tambem comestivel para o homem. 

H. courbaril L., «utahy grande» ou «jutahy-assú» — Arvore, 
ás vezes muito grande, da matta da terra firme e de certas var- 
zeas altas (mais frequente em sólo argilloso) no Estado do Pará 
inteiro; algumas vezes tambem no campo ou no capoeirão, em 
individuos reduzidos no tronco e ás vezes tambem no tamanho 
das folhas. As arvores do baixo Amazonas e Tapajoz pertencem 
à variedade subsessilis Ducke; a var. obtusifolia Ducke foi encon- 
trada em Marajó, ao lado da forma typica. A resina («jutahicica» 
no Pará) é exportada das Antilhas e das Guyanas para a Europa; 
recolta-e as lagrimas na casca ou os blocos (que pésam ás vezes 
até 3 kilos) na superficie da terra. A madeira, d'um vermelho par- 
dacento vivo, pesada (1,22), dura, incorruptivel, é muito difficil 
de se trabalhar devido a pequenas concreções resinosas que es- 
tragam a ferramenta; no emtanto, ella tem valor nos paizes acima 
referidos. 

Amazonas, Ceará, Bahia; Guyana, Colombia, America cen- 
tral, Antilhas. A var. subsessilis ainda de Manáos; a var obtusifolia 
do Ceará e da Bahia. 

H. intermedia Ducke — Arvore grande da matta da terra firme 
humida, visinha de rios, ou das margens encharcadas de riachos 
silvestres. Fructos menores que no jutahy-assú, porém maiores 
que nas especies subsequentes. Obidos, ao pé da Serra do Curu- 
mun; Rio Jamundá, frequente entre a ultima cachoeira e a foz do 
Paranapitinga (as mais altas arvores visiveis do rio); Rio Ta- 
pajoz, frequente na terra firme baixa e varzea alta da região das 
cachoeiras inferiores; Rio Anajaz na parte occidental de Marajó. 

H. parvifolia Benth. (= H. pororoca Hub., nome só, sem diag- 
nose), «jutahy pororoca» (em Belem, Bragança e Obidos, porém 
não em Montealegre onde o mesmo nome se refere á Copaijera 
Martii), «jutahy pequeno», em Almeirim ainda «comer de arara». 
— Ordinariamente arvore grande da matta da terra firme arenosa, 


= “od = 


encontra-se, porém, em individuos pequenos (mesmo arbustivos) 
no capoeirão e em certos campos cobertos; é, em muitas partes do 
Estado de Pará, mais abundante que o jutahy-assú. Os fructos são 
pequenos e de forma ovoide; a resina e a madeira são as mesmas 
como no jutahy-assú, sendo esta (que serve no municipio de 
Almeirim para cabos de machado) ainda mais dura e com algumas 
manchas irregulares ennegrecidas sobre a côr vermelha; peso 
especifico 1,05. Belem, Peixeboi, Bragança, Arumateua (Estrada 
de Ferro de Alcobaça, Rio Tocantins), Almeirim, Montealegre, 
(commum na matta e nas margens do campo coberto), Santarem, 
Rio Tapajoz ao pé das cachoeiras inferiores, Alemquer, Obidos 
a arvore grande mais commum dos arredores) e Faro. 

Maranhão; occorre, sem a minima duvida, tambem no Estado 
do Amazonas. as 

H. oblongifolia Hub. (== AH. microcarpa Hub., nome só, sem 
Hliagnose) — Arvore grande da matta da varzea alta e margens 
de rios, em terreno argilloso; frucios pouco maiores que na ultima 
especie, madeira com tecido muito menos cerrado e menos dura 
do que nas outras especies paraenses. Belém, frequente na varzea 
do Rio Guamá; Furos de Breves, frequente em toda parte; baixo 
Mojú; Gurupá, frequente na varzea do Amazonas, na vizinhança 
dos riachos que vêm do interior das terras; Rio Trombetas, mar- 
gens do Cuminá e do Mapuera; Rio Tapajoz, arredores da Ca- 
choeira do Mangabal. 

Rio Caquetá (Japurá), na região de Cupaty, situada na Co- 
lombia pouco acima dos limites do Brasil. 

H. palustris Ducke — Arvore grande, parecida com a especie 
precedente, porém com densa pilosidade dourada na face inferior 
das folhas e com madeira dura como a dos jutahys da terra 
firme, sómente mais clara que a destes (o peso especifico da 
mesma é de 1,09). Frequente nas mattas do Rio Anajaz (parte 
occidental de Marajó); algumas arvores nas margens inundadas 
dos riachos de agua escura que percorrem os igapós do Utinga 
nas proximidades de Belem, e n'uma localidade em condições 
identicas, nos fundos da pequena cidade de Gurupá. 


Peltogyne Vog. — 13 especies, do Brasil tropical até Vene- 
zuela e Trinidad, mas sobretudo na «hyléa». Arvores pequenas ou 
bastante elevadas que possuem madeiras bellissimas, roxas ou 


E SO = 


d'um vermelho tirante ao violaceo, de textura fina e proprias para 
varias applicações, porém ainda não bastante conhecidas. 

P. paniculata Benth. (= latifolia (Hayne) Benth.), «coataqui- 
çaua» (11) em Obidos, tambem conhecida por «pão ferro», nome 
de origem cearense que n'aquelle Estado é frequentemente dado 
ao «Jucá» (Caesalpinia jerrea) cuja casca se parece um tanto com 
a da especie presente. — Arvore mediana (ou mesmo alta, porém 
com pouca grossura do tronco) vom casca lisa ferrugineo claro; 
cerne da madeira grande, de textura fina, pesado (1,20), muito 
duro e difficil de se trabalhar, d'um vermelho pardacento que 
aos poucos vai adquirindo tons violaceos para finalmente ficar 
roxo escuro. Mattas da terra. firme mais ou menos arenosa, no 
curso mediano dos rios Xingú (estrada de Altamira), Tapajoz 
(cachoeiras inferiores) e Jamundá (pouco abaixo da ultima ca- 
choeira), e nas immediações de Obidos. 

Amazonas (Rio Negro e Rio Branco); Guyana hollandeza. 

P. paradoxa Ducke, «coataquiçaua» (12) — Arvore cuja casca 
se, parece com a da especie precedente, ficando, porém, a madeira 
d'uma côr violacea acinzentada escura logo depois de cortada; 
a cópa, composta unicamente de ramos estereis, expande-se na 
altura das demais arvores de tamanho mediano, erguendo-se so- 
bre a mesma, altissimos, alguns ramos verticaes, aphyllos ou com 
poucas folhas mas portadores das inflorescencias nos ultimos ra- 
minhos. Encontra-se esta singuiarissima arvore unicamente nos 
morros ou serras da margem esquerda do baixo Amazonas inclu- 
sive a região do baixo Parú, desde a Serra Itauajury ao norte 
de Montealegre até a de Arumanduba a léste de Almeirim, sendo ella 
frequentissima na Velha Pobre; o seu habitat predilecto é o começo 
de barrancos perto do cume das serras, n'uma matta de altura 
mediana; os ramos aphyllos são visiveis até longa distancia e 
dão a impressão de arvores mortas, erguidas acima da matta 
verde. Ella constitue, na paisagem d'essa região, um elemento 
característico de primeira ordem e é conhecidissima dos habi- 
tantes. 


(11) Sem duvida devido à semelhança com a especie subsequente, cujo 
aspecto deu origem ao nome indigena. 

(12) — « Rêde do coatá », porque os ramos superiores, muito flexiveis, 
se elevam acima da abobada geral da matta, balançgando-se ao vento. O coatá 
é um macaco da região ( Ateles, especies zoologicas diversas. ) 


— "2660 — 


P. LeCointei Ducke, «páo roxo da terra firme» — Arvore 
parecida com individuos não excessivamente grandes do «jutahy 
pororoca» (Hymenaea parvifolia), porém com pequenas «sapope- 
mas» na base do tronco. Madeira quasi sem alburno, d'um roxo 
vivo que não se altera facilmente no contacto com o ar (o que 
succede com o «páo roxo» commum), medianamente pesada (1,00), 
de textura finissima, não excessivamente dura, das mais bonitas 
para ebenistaria e que ainda tem a vantagem de poder ser obtida 
em peças grandes. — Matta da terra firme alta do Jeretepaua 
perto de Obidos, e arredores de Bella Vista na entrada das cachoei- 
ras do Tapajoz. 

P. campestris (Hub., sem diagnose) Ducke — Arvore pequena 
da campina arenosa do Infiry, na extremidade norte do Lago 
de Faro. e 

P. densiflora Benth. (=P. paraensis Hub.), «páo-roxo» (o 
commum do igapó) ou (em Gurupá) «ipê roxo» — Arvore pequena 
ou mediana de tronco tortuoso que dá a madeira conhecida pelos 
nomes mencionados, bastante pesada (1,05), assaz dura, de textura 
fina, d'uma côr ferruginea pallida na arvore viva, porém que 
passa logo, ao contacto com o ar, para um bonito roxo mate 
côr de borra de vinho) o qual por sua vez, ao cabo d'alguns annos, 
se transforma (ao menos na humidade quente do clima equatorial) 
num pardo mais ou menos escuro; commum nas praias baixas 
e nos igapós arenosos de lagos e rios d'agua pobre de sedi- 
mento. Observada nas regiões de Belem, Collares, rios Mojú e 
Capim, Breves, Gurupá, baixos Xingú e Parú, Santarem, médio 
Tapajoz, Obidos, baixo Trombetas, Faro e Rio Jamundá. 

Amazonas e Norte de Matto Grosso; Guyana. 


Tachigalia Aubl., «tachy» (13) ou «tachyzeiro» — 13 especies, 
todas da America tropical. Arvores pequenas, medianas ou grandes, 
que na maioria dos casos apresentam cavidades especiaes (no 
peciolo ou no rachis da inflorescencia), habitadas por formigas 
«tachy» (Pseudomyrma, especies diversas). A casca da especie 
T. myrmecophila serve nos arredores de Belem para curtir couros; 
a madeira de todas é ordinaria, fibrosa, d'um branco sujo ou com 
um mal limitado cerne amarellaço ou pardacento claro. 


(13) Devido ás formigas « tachy » ( Pseudomyrma ) que costuma habitar 
estas arvores. 


= di 


T. myrmecophila Ducke, «tachy preto (da matta)» — Arvore 
grande, ás vezes enorme, da floresta da terra fime, com a casca 
do tronco preta e com peciolos ôcos em que nidificam formigas 
dos generos Pseudomyrma ou (mais frequentemente) Azteca; ma- 
deira d'um branco sujo, ordinaria e com pessimo cheiro. Belem, 
baixo Mojú (bastante frequente), Gurupá, estradas ao oeste da 
região da Volta do Xingú, São Luiz do Rio Tapagjoz. 

T. alba Ducke, «tachy branco (da matta)» — Arvore grande 
da floresta da terra firme, não myrmecophila, com casca branca e 
inflorescencias muito grandes. Gurupá, Xingú (estradas ao oeste da 
região da Volta), médio Tapajoz e Obidos. 

T. paniculata Aubl., «tachy branco» — E” um dos «tachyzeiros» 
mais communs da Amazonia; arvore em geral pequena ou ape- 
nas mediana em altura e de pouca grossura do tronco, com os 
peciolos frequentes vezes (porém nem sempre) inflados, ôcos e 
habitados por formigas «tachy» ou outras. Varzeas e igapós de 
rios d'agua pobre de sedimento, por todo o Estado do Pará e em 
muitos logares communissima; só em certos pontos (por exemplo 
Alcobaça e Altamira) tambem no capoeirão da terra firme argillosa. 

Amazonia superior e Norte de Matto Grosso (Rio Arinos); 
Guyana. 

Var. cavipes Benth. — Arvore bastante grande, com casca quasi 
lisa avermelhada, folhas prateadas ou côr de chumbo e madeira 
extremamente fétida. Matta da terra firme do médio Tapajoz 
(São Luiz, Villa Braga e Mangabal). 

Amazonas (Rio Uaupés). 

T. grandiflora Hub. — Sem formigas; arvore pequena com 
flôres côr de laranja. Margem do Rio Mapuera (Trombetas). 

T. macrostachya Hub. — Arvore pequena, parecida com a pre- 
cedente, porém com formigas «tachy» nos peciolos e nas inflo- 
rescencias (muito compridas). Margens dos rios Mapuera e Ja- 
mundá. 


Eperua Aubl. — 8 ou 9 especies, proprias da parte nordéste da 
«hyléa» (Guyana), chegando uma, ao sul, até a foz do Rio Negro 
e o estuario amazonico. Arvores pequenas ou medianas, raras vezes 
grandes, cujas flôres têm uma petala unica porém muito vistosa. 

E. falcata Aubl., «apá» ou «apazeiro» (Cunany; corrupção de 
ipê?), «espadeira» (Trombetas) — Arvore pequena ou mediana, de 
aspecto característico devido aos pedunculos compridos em que 


— 268 — 


pendem as flôres (purpureas) e as vagens; fornece, na Guyana 
britannica, a apreciada madeira de construcção de nome «wallaba» 
a qual é, segundo as descripções, avermelhada, dura e compacta, 
resinosa, resistente na terra e na lama. Habita, no Pará, ás mar- 
gens dos rios e riachos do extremo norte do Estado: Rio Cunany, 
riachos affluentes do Oyapoc, e alto Mapuera (Trombetas). 

Guyana. 

E. Schomburgkiana Benth. — Arvore pequena das ilhas das 
cachoeiras do Mapuera (alto Trombetas). 

Guyana ingleza. 

E. bijuga Benth. «ipê» — Arvore pequena ou mediana com 
grandes e lindas flores roseo-purpureas; cerne avermelhado com 
veias resinosas mais escuras, pequeno. Colligida por Martius nas 
mattas alagadas de Marajó e da foz do Tocantins; por mim en- 
contrada no igapó do Catú perto de Belem, n'um igapó da ilha 
do Mosqueiro e nas margens inundadas do Maratauá affluente 
do Aramá (região de Breves). 

Amazonas (Manáos). 


Macrolobium Schreb. — Cêrca de 30 especies na America (so- 
bretudo na «hyléa») e Africa tropicaes. Arvores pequenas ou media- 
anas ou arbustos, raramente arvores grandes, de elegante aspecto 
embora com flores modestas; algumas especies são arbustivas nas 
campinas mas arboreas na maita. Sem utilidade conhecida, a 
não ser o raro emprego da madeira das especies de porte grande. 

M. punctatum Benth. — Arbusto grande das campinas cerradas 
e com solo de areia branca, situadas ao norte e a léste do Lago 
de Faro. 

Amazonas (Rio Negro e Uaupés). 

M. suaveolens Benth. var. parvifolium Hub. — Arbustinho dos 
cerrados de vegetação baixa que se encontram na região de cam- 
pos arenosos a léste de Faro. 

O typo da especie é do Estado do Amazonas (Rio Uaupés). 

M. pendulum Willd., «ipê» (littoral e estuario), «arapary-rana» 
(Obidos). — Arvore pequena ou mediana, frequente em igapós e 
margens de lagos e rios lentos cujas aguas não sejam muito ricas 
de sedimento; parece occorrer em todo o territorio paraense. Belem 
(Ilha das Onças), Bragança, Ilha Mexiana, Ourem (Rio Guamá), 
Cametá, Arrayollos (municipio de Almeirim), Victoria no Rio Xingá, 


= MES) — 


Bella Vista no Tapajoz, Obidos, baixo e médio Trombetas; na 
«Flora Brasil.» mencionado ainda de Igarapé-mirim. 

Não conhecido fóra do E. do Pará, porém deve decerto existir 
no E. do Amazonas. 

M. Rondonianum Hoehne — Arvore mediana da matta d'um 
logar humido da terra firme de Bella Vista no Tapajoz, perto da 
campina dc Perdido. 

Matto Grosso: Juruena e Mamoré. 

M. chrysostachyum (Miqg.) Benth. — Nomes vulgares identicos 
aos da especie penultima, cujo aspecto e «habitat» são tambem 
os mesmos. Belem, Collares, Furos de Breves (Macujubim, Aramá, 
uma das arvores mais communs nas beiradas), e rios Capim, Ta- 
pajoz (cachoeiras inferiores), Mapuera (Trombetas) e Jamundá. 

Amazonia superior; Guyanas hollandeza e ingleza. 

M. bifolium ( Aubl.) Pers. (== M. hymenacoides Willd.)—Nomes 
vulgares e aspecto como nas precedentes, sendo porém a especie 
presente em geral de porte menor, muitas vezes só arbustiva. 
Habita igapós e margens de riachos silvestres, e tambem lo- 
gares pantanosos em certos campos arenosos. Belem, Bragança 
e logares intermediarios, Marajó (Contracosta), Tajapurú e Aramá 
(Furos de Breves), Estrada de Tentugal a Ourem (Guamá), Ilha 
Mexiana, Campina de Arumateua (Tocantins), Gurupá, Campos 
do Mariapixy (Obidos) e de Faro, riachos da região ao oeste 
da Volta do Xingú (Igarapé de Ponte Nova) e cachoeiras infe- 
riores do Tapajoz (Bella Vista). 

Bahia; Guyana. 

M. latifolium Vog. — Não pude ainda encontrar esta especie, 
colhida por Martius nas mattas inundadas de Igarapé-mirim (perto 
da foz do Tocantins). 

Bahia, Espirito Santo. 

M. arenarium Ducke — Arbusto frequente na campina do Per: 
dido, ao interior de Bella Vista (Rio Tapajoz). 

Amazonas (campina perto do Tarumá-mirim nos arredores de 
Manáos). 

M. campestre Hub. «pê» (Breves) — A fórma arbustiva é 
typica para os campos ou campinas de areia branca que tenham 
um pouco de humus preto: de Arumateua (Tocantins) e de Gu- 
rupá; da bacia fluvial do Trombetas (campinas das cabeceiras 
dos lagos Itapecuráú e Achipicá, e parte inferior da região dos 
campos do Ariramba); campos (parie arenosa) do Mariapixy entre 


— 270 — 


Obidos e Faro; campos e campinas a léste e ao norte do Lago 
de Faro. A fórma arborea que se encontra na matta, em logares 
humosos e pantanosos, na região das ilhas de Breves (Macujubim- 
zinho) e perto de Belem, attinge uns 25m. de altura e tem a 
casca e o cerne da madeira avermelhados. 

M. montanum Ducke — Arbusto de 1 1/2m., só conhecido da 
«campina-rana» do declive oriental da Serra Pontada (região do 
Jutahy, municipio d'Almeirim), n'uma altitude de cêrca de 300m. 

M. multijugum (DC.) Benth., «arapary-rana» (Obidos) — Ar- 
vore mediana dos igapós e margens de rios e lagos de aguas 
pobres de sedimento. Belem, Gurupá, Santarem, Rio Tapajoz (ca- 
choeiras inferiores), Igarapé do Sapucuá (Obidos) e Lago de 
Faro; communissimo nas margens dos pequenos rios dos arre- 
dores de Almeirim. 

Amazonas (Rio Negro e Rio Branco); Guyana. 

M. acaciaefolium Benth., «arapary» (nas cachoeiras do Ta- 
pajoz: «faveira») — Arvore mediana, algumas vezes mesmo grande, 
com madeira avermelhado claro, compacta, imputrescivel e que 
poderia ter emprego na carpintaria e marcenaria; frequentissima 
nas margens de todos os rios e lagos da Amazonia não excessi- 
vamente ricos de sedimento; de aspecto inconfundivel e elegan- 
tissimo quando floresce, é então um elemento de destaque na 
paizagem. Existe tambem nas baixas dos campos de Marajó 
(segundo Huber). 

Amazonia superior, Goyaz; Guyana. 

M. brevense Ducke, «ipê» (como varias especies precedentes) 
— Arvore de 25 a 30 m. que se encontra em limitado numero 
de individuos n'um trecho de matta em sólo humoso, proximo 
duma campina arenosa, nos arredores de Breves. Madeira com 
cerne vermelho pardacento claro. 

M. Huberianum Ducke — Arbusto grande, peculiar das mar- 
gens rochosas dos riachos encachoeirados que percorrem a região 
dos campos do Ariramba (Trombetas) em galerias de matta de 


mediocre tamanho, onde os seus troncos se inclinam elegantemente 
sobre a agua. 


Palovea Aubl. —3 especies da matta marginal de rios, nas 
terras altas da Guyana e da parte sudoeste da Amazonia inferior. 
Arvores pequenas ou medianas, com flores bonitas, sanguineo- 
purpureas; sem applicação conhecida, 


— VA 


P. guianensis Aubl. — Alto Mapuera (Trombetas), acima da 
grande série de cachoeiras. 

Guyanas franceza e hollandeza. 

P. brasiliensis Ducke — Médio. Tapajoz; observada desde a 
Cachoeira do Mangabal até os ultimos trechos encachoeirados do 
rio, perto de Bella Vista. Madeira quasi toda branca, só com pe- 
quenissimo cerne pardo escuro. 


Heterostemon Desf. — 4 especies no norte, duas das mesmas 
tambem no centro da hyléa; uma quinta, na Colombia. Arvores 
medianas ou pequenas, distinctas por notavel belleza de flores. 
Mereceriam ser introduzidas nos parques. 

H. mimosoides Desf. — Arvore pequena ou (quando em terreno 
muito rochoso) arbusto, no Estado do Pará sómente encontrado 
nas margens do trecho fortemente encachoeirado do Rio Mapuera 
(alto Trombetas). E' provavelmente a leguminosa mais bella da 
America, possuindo folhagem elegante e abundantes flores grandes 
e bellissimas, cujas sepalas são, como os estames, côr de rosa, em- 
quanto as petalas ostentam um lindo azul arroxeado claro que 
varia até o purpureo-violaceo, notando-se na petala inferior uma 
fita branca. — Apezar dos meus esforços nunca consegui se- 
mentes maduras para introduzir tão bella especie nos jardins. 

Amazonas (Rio Negro e seu affluente Uaupés; Teffé); Japurá 
(Caquetá) colombiano, na região das cachoeiras de Cupaty, e 
alto Tapanahoni na parte sul da Guyana hollandeza. 


Elizabetha Schomb. — 5 especies nas terras altas do norte da 
hyléa, 1 nas do sul. Arvores medianas, dotadas de notavel bel. 
leza; duas especies (alem da unica especie paraense, ainda a 
E. Duckei Hub. do Rio Japurá) cultivadas no Jardim Botanico 
do Pará. 

E. paraensis Ducke — Na maíta humida da encosta de morros, 
no curso mediano do Tapajoz (Furnas, Francez, Montanha e 
Mangabal). 


Bauhinia L. — Perto de 200 especies descriptas dos tropicos 
dos dois hemispherios. Abundantes em todo o Brasil tropical, com 
predominio de especies erectas (arbustivas ou arboreas) no Centro 
e Nordeste secco, porém de especies escandentes na Amazonia. 
N'esta região, as especies erectas habitam de preferencia ca- 


— 272 — 


poeiras, beiras de estradas na matta e margens de campos, e 
as que, do numero das mesmas, não têm aculeos, são designadas 
pelo nome de «pé de boi» ou (pelos cearenses) «mororó»; os cipós, 
de caule achatado e geralmente flexuoso, são chamados «escada 
de jaboty» ou (nome cearense) «cipó escada», em Marajó tambem 
«matamatá», — nome mais geralmente applicado a arvores do ge- 
nero Eschweilera (familia das lecythidaceas). 

Sobre utilidade de Bauhinias brasileiras nada me consta; o «pé 
de boi» commum (B. macrostachya) passa, nos municipios de 
Obidos e Faro, por nocivo, pela facilidade com que invade os 
campos artificiaes, feitos para a criação de gado. Algumas especies 
do velho mundo fornecem productos de pouca importancia; outras, 
oriundas das Indias e das Antilhas, são cultivadas como plantas) 
prnamentaes. 

B. bombaciflora Ducke — Arvore pequena, notavel pelas flores 
enormes, um tanto parecidas com as do «mamorana», Bombax (Pa- 
chira) aquaticum (L.) Schum. Na matta pequena e capoeira velha 
das immediações da Cachoeira Itaboca no Tocantins. 

B. aureopunctata Ducke — Arvore pequena com o cerne da ma- 
deira duro, pardo-vermelho, bonito. Capoeirão e matta da terra 
firme argillosa do Tapajoz (Bella Vista, Villa Braga, Francez). 

B. holophylla (Bong.) Steud. var. paraensis Ducke — Arbusto 
pequeno do mattinho baixo em terreno arenoso, dos arredores da 
Serra Piroca perto de Santarem e ao interior de Villa Braga (Ta- 
pajoz); baixo rio Xingú. 

Typo em Matto Grosso e Minas Geraes; a variedade no norte 
de Matto Grosso. 

B. viridiflora Ducke — Arbusto pequeno de capoeiras seccas e 
da matta perto de campos. Estrada de Ferro de Alcobaça (Tocan- 
tins), nas margens e immediações da campina de Breu Branco; 
Igarapé-assú e Santo Antonio do Prata (Estrada de Ferro de Bra- 
gança); Bragança. 

São Luiz do Maranhão. 

B. longipedicellata Ducke — Arvore pequena ou arbusto grande, 
com flores grandes. Colonia Poço Branco atraz da serra de San- 
tarem, e arredores das cachoeiras inferiores do Tapajoz; na beira 
de estradas que atravessam a matta virgem, em sólo argilloso 
compacto, fertil. 

B. macrostachya Benth. «pé de boi» — O typo é uma arvore 
pequena ou arbusto grande de capoeiras na terra firme, ás vezes 


— 273 — 


tambem na' margem de campos; invade facilmente os campos 
artificiaes, prejudicando a pastagem. Madeira com alburno ama- 
rellaço e pequeno cerne castanho, duro, muito resistente e fle- 
xivel, proprio para bengalas (peso especifico 1,03). Alcobaça e 
Itaboca no Tocantins, Porto de Moz, Almeirim, Montealegre, Alem- 
quer, Santarem, médio Xingú e Tapajoz, campos do Sapucuá e do 
Mariapixy (ao oéste de Obidos) e Faro. 

Amazonas (Rio Branco), Piauhy (Parnahyba), Ceará (Baturité); 
Guyana. 

Varia fortemente na forma e no tamanho das folhas, occor- 
rendo, em logares seccos e pedregosos, variedades que á primeira 
vista se parecem com a B. pulchella Benth., ao passo que na argilla 
fertil predominam individuos com folhas muito grandes. As tór- 
mas que mais divergem do typo da especie, são: 

Var. obtusifolia Ducke — Em capoeiras e margens de estra- 
das na matta, na argilla fertil; commum na região de Alcobaça 
e Itaboca no Tocantins, amostras tambem do Xingú (Forte Ambé 
perto de Altamira) e Estrada de Ferro de Bragança (Santo An- 
tonio do Prata, Peixeboi). 

Var. tenuifolia Ducke — Na matta humida de Belem, da Es- 
trada de Ferro de Bragança (Peixeboi) e das serras de Almeirim. 

Var. parvifolia Ducke — Arbusiinho esguio, no terreno rochoso, 
secco, das margens da Cachoeira Itaboca do Tocantins. 

Tambem no Maranhão. 

Fórmas de transição, d'esta variedade para o typo da especie, 
observadas em Montealegre; da mesma var. para a var. tenuifolia, 
em Almeirim (Velha Pobre); da fórma typica para a var. obtusifolia, 
em todos os logares onde esta ultima exista. 

B. bicuspidata Benth., «pé de boi» — Bastante parecida com 
a especie precedente, porém muito mais rara; habita capoeiras na 
matta da terra firme. Oriximiná (baixo Trombetas). 

Amazonas; Guyana hollandeza. 

B. grandifolia (Bong.) Steud. — Ainda um tanto parecida com 
as duas especies precedentes. Rio Tapajoz, logares Bella Vista e 
Repartição, na matta e em capoeiras da terra firme. 

Amazonas (baixo Madeira e baixo Rio Negro). 

B. corniculata Benth. — Arbusto aculeado da varzea argillosa, 
mais ou menos escandente no meio da vegetação cerrada das 
capoeiras, porém quasi erecto quando em individuos isolados em 

AB, 18 


— 274 — 


logares abertos. Obidos e Faro, varzea do Amazonas respectiva- 
mente de seus paranás. 

Amazonas (Rio Juruá). 

B. acreana Harms — Arvore pequena (até 12 metros) ou ar- 
busto grande, aculeado, com grandes flores alvas oque só abrem 
de noite. Capoeiras e matta em terreno argilloso, no médio Xingú 
(Altamira) e Tapajoz e no baixo Trombetas (Lago Salgado). 

Parte sul do Estado do Amazonas, e Territorio do Acre. 


B. platypetala Benth. — Arbusto grande, mais ou menos escan- 


dente, abundantemente aculeado; flores grandes, alvissimas. Ca- 
poeiras cerradas na argilla vermelha do Tocantins (Alcobaça, Aru- 
mateua, Itaboca) e da região de Montealegre, e no alto da Velha 
Pobre (municipio d'Almeirim). 

Goyaz e Matto Grosso. 

B. Siqueiraei Ducke — Cipó grande da matta da terra firme; 
flores bonitas, com petalas brancas sedosas. Santa Izabel e Pei- 
xeboi (Estrada de Ferro de Bragança): Serra de Arumanduba (Al- 
meirim); Rio Xingú, região das estradas ao oéste da Volta Grande. 

B. Poiteauana Vog. — Cipó de pouca grossura, frequente 
nas margens do Rio Branco de Obidos. 

Guyana franceza. 

B. alata Ducke — Cipó enorme da matta da terra firme dos 
cursos medianos dos rios Xingú e Tapajoz, sobretudo frequente em 


Villa Braga. Flores roseas (algumas vezes brancas) com amarello, . 


grandes e bellas. 

B. confertiflora Benth. — Cipó da varzea do estuario e da 
foz do Amazonas, no capoeirão. Gurupá; Ilha Mexiana, margem 
d'um riacho. 

Amazonas (Rio Japurá). 

B. rutilans Benth. «escada de jaboty» (como provavelmente 
as 4 especies precedentes e todas as especies subsequentes) — Cipó 
grande que sóbe ás cópas das arvores altas e só ahi desenvolve 
flores; é uma especies bonita, com denso indumento côr de cobre 
e petalas violaceas (raras vezes roseas ou quasi brancas). Matta 
grande da terra firme de Belem, Peixeboi, Gurupá e das estradas 
ao oeste da Volta do Xingú. 

Esmeralda no alto Orenoco (Venezuela). 

B. Kunthiana Vog. — Outra especie bonita, com bracteas e 
bracteolas brancacentas e petalas vivamente roseas; flores no alto, 


, 


=— L[ 5) = 


Cipó grande da floresta em logares mais ou menos pantanosos 
dos arredores de Belem. 


Guyana. 
B. cupreonitens Ducke — Cipó da varzea alta do Rio Mojú. 
B. rubiginosa Bong. — Cipó grande. Especie muito variavel 


e que, segundo toda a probabilidade, se acha descripta sob diversos 
nomes; rara nas immediações do Rio Amazonas (encontrada no 
Curuçambá perto de Obidos), porém commum nas margens dos 
cursos medianos dos rios Tocantins, Xingú, Parú (Cachoeira Pa- 
náma), Tapajoz e Acapú (Trombetas), como tambem nas beiras 
de estradas e capoeiras em sólo argilloso na terra firme das imme- 
diações dos ditos rios; ainda frequente em certos pontos do es- 
tuario amazonico (Rio Anajaz na parte occidental de Marajó, e 
baixo Rio Mojú). 

Amazonas, Matto Grosso, Govaz, Ceará, Pernambuco, Minas; 
Guyana. 

B. platycalyx Benth. (inclusive B. Huberi Ducke, fórma) — 
Cipó bastante grande. Bragança, capoeirão na terra firme; Mos- 
queiro perto de Belem; Soure (Marajó); Caripé perto da Bahia 
de Marajó, segundo a «Flora Brasil.». 

B. splendens H. B. K. — E' a mais commum das «escadas de 
jaboty» paraenses, frequentissima nas capoeiras da terra firme. 
Belem, Estrada de Ferro de Bragança, Arumateua (Tocantins), 
Rio Capim, Santarem, Itaituba (Tapajoz), Obidos, baixo Trom- 
betas e Faro. 

Amazonas (Rio Negro), Maranhão (Cururupú), Rio de Janeiro, 
São Paulo; Colombia. 

B. cumanensis H. B. K. — Cipó geralmente rasteiro, em ca: 
poeiras humidas na fertil argilla vermelha da terra firme baixa 
do Rio Branco de Obidos, de Alemguer e da colonia do Itauajury 
perto de Montealegre. | 

Goyaz, Matto Grosso, Ceará; Guvana, Venezuela. 

B. longipetala Walp. — Cipó baixo com flores bem brancas, 
commum nas margens do baixo Amazonas e seus paranás e af- 
fluentes de agua «branca», e ahi uma das plantas caracteristicas (por 
ex. em Almeirim, Prainha e Obidos). 

Amazonia superior e Matto Grosso; Guyana, Colombia, Perú, 
Bolivia. | 


Dialium L, — Perto de 25 especies nos tropicos do velho 


— 216 — 


mundo; uma só, na America. Arvores que em diversas especies 
fornecem madeira dura ou fructos comestiveis. 

D. divaricatum Vahl, «pororoca» (Santarem e Obidos), «cururú» 
(Faro), «jutahy» (cachoeiras do Tocantins, nome de origem ser- 
taneja) — Arvore mediana ou alta, cuja folhagem nova é bran- 
cacenta; madeira d'um castanho avermelhado sujo, pesada (1,20), 
muito dura, difficil de se trabalhar mas não raras vezes utilizada; 
fructos pequenos, escassamente polposos, agridoces, comestiveis. 
Frequente nas margens de certos rios e na matta secundaria (ca- 
poeirão) da varzea alta e terra firme, arenosas como argillosas; 
relativamente rara na matta virgem. Belem, Peixeboi (Estrada de 
Ferro de Bragança), Rio Gurupy, Gurupá, Porto de Moz, Almeirim, 
Santarem, Itaituba, Alemquer, Obidos, Faro e Rio Jamundá; com- 
mum nos cursos medianos do Tocantins e Tapajoz. 

Amazonia superior, Matto Grosso e Bahia; Guyanas franceza 
e hollandeza. 


Apuleia Mart. — Duas especies descriptas, sendo uma amazo- 
nica, a outra das mattas do Rio de Janeiro e Estados vizinhos. 
Arvores com madeira aproveitavel. 

A. molaris Benth., «muirajuba» (nome ás vezes corrompido 
em mirajuba, burajuba, barajuba), em alguns logares (Almeirim, 
Santarem, Obidos) tambem «muiratauá» ou (em Faro, raras vezes) 
«muiraruira»; no médio Tapajoz «páo mulato», nome que ordina- 
riamente se refere ao Calycophylum Spruceanum Benth. da fa- 
milia das rubiaceas. — Arvore grande ou muito grande (algumas 
vezes entre as mais altas da região, porém com o tronco nunca 
excessivamente grosso), com casca lisa, ferrugineo claro até verme- 
lha, nos troncos velhos mais brancacenta; os ramos principaes são 
muito compridos e sóbem quasi verticalmente; as flores (pequenas, 
brancas) apparecem no mais forte do verão (no Pará, outubro e 
novembro) com as folhas novas, quando a arvore se acha despida 
da folhagem velha. A madeira é amarellada, passando, ao con: 
tacto com o ar, para o pardacento, bastante dura (sendo por isso 
a arvore muitas vezes poupada nas derrubadas de roçados), me- 
dianamente pesada (0,89), pouco utilizada no Estado com excepção 
do Tocantins onde ella fornece excellentes cascos de canôa para a 
navegação nas cachoeiras. Habita a matta da terra firme e da 
varzea alta raras vezes inundada, de preferencia em sólo fertil, 
argilloso; falta por completo nas terras francamente arenosas, 


É TE 


if 


Conheço-a, no Pará, das localidades seguintes: Belem, Rio To- 
cantins (commum), Rio Xingú (commum em Altamira), Almei- 
rim, Rio Pará (Cachoeira Panáma), Montealegre, Santarem, Rio 
Tapajoz (cachoeiras inferiores), Obidos, baixo Trombetas e Faro. 

Amazonas (Itacoatiara e alto Purús); Perú oriental (Tarapoto). 


Cassia L. — Perto de 450 especies, sobretudo tropicaes e 
americanas; faltam na Europa, na Ásia extratropical, na Africa 
ao norte do Sahará, na Tasmania e na Nova Zelandia. O maior 
fóco do desenvolvimento em especies acha-se situado nas regiões 
centraes do Brasil, sendo tambem bastante rico o Nordeste secco. 
Na Amazonia, o genero falta quasi por completo no interior da 
alta matta pluvial, e as especies que occorrem na região limitam- 
se com raras excepções ás mattas secundarias ou de porte menor, 
capoeiras, campos e beiras d'agua; quasi todas se acham distri- 
buidas largamente pela America tropical, e só pouquissimas são 
endemicas na hyléa. — Arvores (raras vezes de grandes dimensões), 
arbustos erectos ou (raramente) escandentes, ou hervas (erectas 
ou suberectas, em poucos casos prostradas). Flores, com excepções 
muito raras, d'um amarello intenso. 

Especies africanas e asiaticas fornecem as folhas de sene que 
são medicinaes e constituem um genero de exportação n'alguns 
paizes; medicinaes são tambem os fructos da Cassia fistula L. a 
qual, além d'isso, é arvore ornamental das mais communs no Rio 
de Janeiro. Das especies paraenses, as vagens de C. leiandra contêm 
um espesso succo dôce, comestivel; as sementes de C. occidentalis 
servem, torradas, para fazer uma bebida parecida com o café; a 
mesma especie e outras têm emprego na medicina popular; o 
cerne de especies do grupo da C. apoucouita fornece madeira resis- 
tentissima; emfim a C. jastuosa e C. grandis servem como bellissi- 
mas arvores de ornamento, sendo a ultima empregada na arbo- 
risação de praças, no Rio de Janeiro. As diversas especies de 
Cassia conhecidas por «matapasto» são nocivas: ellas invadem as 
pastagens artificiaes com rapidez, devido á circumstancia de serem 
amargas e regeitadas pelo gado. 

C. Spruceana Benth. «marimary da terra firme» (Obidos); 
«cannafistula» (Tapajoz; nome de origem cearense) — Arvore que 
ás vezes se eleva até cêrca de 30 metros, bonita quando bem co- 
berta de flores; fructos não comestiveis. Matta secundaria ou em 
parte secundaria da terra firme de Obidos e Oriximiná; matta 


= AO 


na região das serras do Jutahy entre Almeirim e Prainha; beira 
da matta nos Campos do Ariramba (Trombetas) e nos morros 
descampados da Cachoeira do Mangabal (Tapajoz). 

Amazonas; Guyana (fórma Sagotiana Benth.) 

C. rubriflora Ducke — D'esta bellissima especie, arvore ae 
tamanho mediano, notavel pelas flôres côr de sangue, só conheço 
dous individuos que se acham nos arredores da cachoeira Mara- 
nhãozinho do Rio Tapajoz, na matta em parte secundaria á mar- 
gem da estrada (terra firme baixa). 

C. grandis L. f., «marimary» grande», «marimary preto» ou 
«marimary sarro» — Arvore alta até 30 metros, frequente na matta 
da varzea do Amazonas em sólo argilloso; é a unica Cassia que 
possua flôres roseas ou (raramente) brancas; fructos não comesti- 
veis; madeira grisalho escuro, assaz dura, pouco conhecida. Rio 
Capim, Alcobaça (Rio Tocantins), Montealegre, Cacaoal Imperial 
perto de Obidos, Paraná do Adauacá (Faro). 

America tropical e Antilhas, porém em muitos logares (no 
Sul do Brasil, por exemplo) só cultivada. 

C. leiandra Benth. «marimary» ou (em Montealegre) «seruaia» 
— Arvore pequena, tortuosa, com ricos cachos de flores intensamente 
amarellas e succo dos fructos comestivel, dôce; madeira com fraco 
cerne avermelhado. Caracteristica das margens e varzeas dos pa- 
ranás do baixo Amazonas (commum em Prainha, Montealegre, 
Santarem, Alemquer, Obidos, Faro) e cursos inferiores de alguns 
affluentes (por exemplo o Trombetas). Muitas vezes cultivada na 
mesma região. 

Amazonas, Bahia (Rio São Francisco). 

C. fastuosa Willd., segundo Huber «baratinha» (o que carece 
de confirmação) ou «angico» (sem duvida engano, motivado pelas 
compridas vagens que lembram vagamente as da Piptadenia colu- 
brina e Piptadenia macrocarpa, o «angico» verdadeiro do Sul e do 
Meio Norte — Arvore mediana da matta primaria ou secundaria em 
terreno argilloso, frequentemente encontrada em «taperas» (sitios 
abandonados); em Belem algumas vezes cultivada, por causa de suas 
grandes flores amarellas que formam cachos pendentes de aspecto 


lindissimo. Madeira com cerne avermelhado, molle. Belem, Bra- . 


gança e logares intermediarios, Rio Mojú, Rio Anauerapucú (mu- 

nicipio de Mazagão), Almeirim, Rio Xingú (Altamira, frequente 

na matta secundaria), Santarem, e baixo e médio Tapajoz. 
Amazonas até o Rio Acre (Antimary). 


fá A tá q e ci 


EO! = 


C. bacillaris L. f. — Arbusto (ou arvoresinha) encontrado 
na varzea da bocca do Lago Jeretepaua perto de Obidos e na mar- 
gem do Rio Branco de Obidos. é 

Amazonas, Goyaz, Matto Grosso, Rio de Janeiro; Guyana, 
Colombia, America central. 

C. quinquangulata Rich. — Arbusto grande, escandente, de 
capoeiras velhas e beiras da matta secundaria; commum por toda 

a parte, no Estado. 
| Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro; Guyana. 

C. latifolia G. F. W. Mey. — Arbusto bastante grande, mais 
ou menos escandente. Typo da especie: em capoeiras á beira da 
matta da terra firme argillosa, nos arredores do Lago Salgado 
(Trombetas), na Serra de Santarem e na região das cachoeiras 
inferiores do Tapajoz. Var. falcistipula Ducke: em terreno arenoso, 
frequente nos arredores de Belem, Gurupá, Obidos. 

Amazonia superior; Guyana (typo). 

C. chrysocarpa Desv. — Arbusto escandente, bastante grande, 
frequente em capoeiras da terra firme por todo o Estado do Pará. 

Amazonia superior, Maranhão, Ceará; Guyana, Antilhas. 

C. tapajozensis Ducke — Arbusto escandente, bastante grande, fre- 
quente em capoeiras na terra firme do Tapajoz (curso mediano e Itaituba). 

C. Hoffmanseggii Benth. — Arbusto bastante grande, erecto, 
commum nas capoeiras de Belem e Bragança, e ainda encontrado 
no médio Tocantins (Itaboca) e Xingú (Altamira), na Serra de 
Santarem e no baixo e médio Tapajoz. 

Amazonia superior, Maranhão, Ceará («flôr de bezouro»), Per- 
nambuco, Goyaz; Guyana. 

C. bicapsularis L. — Arbusto de capoeiras humidas e beiras 
d'agua, sobretudo em terreno argilloso. Belem, Tocantins (Al- 
cobaça), e baixo Trombetas e seu subaffluente Cuminá-mirim. 

Largamente distribuida pela America tropical; no Sul, até o 
Estado do Paraná e o Paraguay. Nome vulgar, no Ceará: «São 
João» Commum nos jardins do Rio de Janeiro. 

C. amazonica Ducke, «cannafistula» dos colonos cearenses — 
Arvore pequena ou mediana, com inflorescencias erectas muito 
grandes. Região de Montealegre, no capoeirão da colonia do 
Igarapé de Pedras e nos arredores da povoação do Ereré. 

C. occidentalis L., «fedegoso» (14) (Belem, Marajó), «pajama- 


(14)-— O «fedegoso» de Obidos é a borraginacea Jeliophytum indicum Le. 


— 280 — 


rioba» (Obidos), «paramarioba» (Montealegre), «magerioba» (dos 
colonos cearenses) — Herva de 1 metro, communissima em logares 
abandonados, margens de estrada, etc. na Amazonia toda. E' em- 
pregada na medicina popular; a semente torrada é um succedaneo 
do café, algumas vezes usado pelos cearenses. 

Cosmopolita tropical. 

C. hirsuta L., «paramarioba» — Herva de cerca de 1 metro de 
altura; no Estado do Pará só conhecida dos rios Capim e Tocantins 
(Alcobaça) e da povoação do Ereré perto de Montealegre onde se 
encontra em terrenos abandonados. 

Matto Grosso central, Minas, São Paulo; Guyana, Perú. 

C. paraensis Ducke — Herva de 1 metro, encontrada em lo- 
gares abertos nas immediações de riachos na varzea de Obidos e de 
Almeirim. 

Amazonas (Rio Madeira). 

C. tora L., «matapasto» — Herva de cêrca de 1 metro, com- 
munissima em logares abandonados c beiras de estrada, por toda 
a Amazonia; desprezada pelo gado por ser amarga, ella invade 
com rapidez os campos artificialmente abertos em regiões de matta. 

Cosmopolita tropical e subtropical. 

C. spinescens Vog. (= secedens Ducke) — Arbusto escandente 
bastante grande, com estipulas espinescentes em forma de ganchos, 
e com longas vagens que com a maturidade se separam em 
articulos. Nas margens alagadas do médio Tapajoz e do To- 
curuhy no baixo Xingú, e n'um pantano dos arredores de Gurupá. 

C. multijuga Rich. — Arvore bonita, pequena ou mediana, da 
matta secundaria (capoeirão), de preferencia em terra argillosa. 
Bragança, Belem, Alcobaça (cômmum), Altamira (Rio Xingú), 
Serra de Santarem, médio Tapajoz. 

America tropical e meridional subtropical. 

C. racemosa Mill. — Arvore pequena com madeira branca, fre- 
quentissima no capoeirão e na margem de campos. Bragança, Santa 
Izabel (Estrada de Ferro de Bragança), Mazagão, Gurupá,Almeirim, 
Montealegre, baixos rios Tapajoz, Trombetas e Jamundá. 

Amazonia superior, Maranhão, Minas Geraes; Guyanas ingleza 
e hollandeza, Colombia, Perú. 

C. alata L., «matapasto» — Arbusto, não muito alto, da flora 
ruderal de logares encharcados, sobretudo nos arredores de Belem. 


no Estado do Pará muito menos frequente que a especie sebsequente. 
Cosmopolita tropical. 


— 281 — 


C. reticulata Willd., «matapasto grande» — Arvore pequena ou 
arbusto grande, muito mais commum do que a especie precedente, 
nos mesmos logares e nos campos de varzea da Amazonia inteira. 

Amazonia superior; Guyana, Equador, Colombia, America 
central. 

C. apoucouita Aubl. «memby» (Gurupá) — Arvore pequena, 
mediana ou mesmo bastante elevada, com casca preta; frequente nas 
margens dos paranás do baixo Amazonas e no curso inferior e ás 
vezes mediano dos affluentes, na varzea em individuos melhor des- 
envolvidos que na terra firme. Cerne da madeira d'um pardo 
sujo mais ou menos escuro, duro, assaz pesado (1,00), muito fibroso, 
difficil de se trabalhar porém em Gurupá muito procurado para 
esteios (por ser quasi imputrescivel), sendo de estranhar que esta 
madeira seja totalmente desconhecida em outros municipios, como 
por exemplo no de Obidos onde a arvore nem sequer possue nome 
vulgar. Rio Tocantins (Arumateua, Breu Branco e Itaboca, uma 
das arvores mais frequentes da margem do rio), Rio Arrayollos 
(municipio de Almeirim), Gurupá, médios rios Xingú e Tapajoz, 
Obidos e Faro (Paraná do Adauacá). 

Occorre do Rio de Janeiro até a Guyana; vi amostras do Es- 
tado do Maranhão sob o nome de «coração de negro». 

C. xinguensis Ducke — Arvore pequena com madeira branca e 
molle. Capoeiras, principalmente em sólo argilloso, na região das 
estradas ao oeste da Volta Grande até Altamira (médio Xingú) e 
em Itaituba (Tapajoz). 

C. scleroxylon Ducke, «muirapixuna» (Santarem e médio Tapa- 
joz), «coração de negro» (Xingú) — Arvore mediana com O 
tronco sulcado e esburacado; madeira pardo grisalho escuro com 
largas veias pretas ou d'um preto sujo, pesada (1,214), dura, fibrosa, 
extremamente resistente e por isso muito utilizada nos logares 
onde existe. Matta da terra firme argillosa, muito frequente na 
região da Volta do Xingú, sobretudo na estrada entre Victoria e 
Forte Ambé; ainda bastante frequente na Serra de Santarem e na 
região das cachoeiras inferiores do Tapajoz. 

C. adiantifolia Benth. «muirapaxiuba» ou «coração de negro» 
(Breves), «pão preto» (Estrada de Ferro de Bragança). — Arvore 
mediana ou bastante alta da matta da terra firme arenosa, em lo- 
gares humosos, encharcados ou ao menos humidos; é uma especie 
bonita, com folhagem graciosa e flores abundantes. Madeira pare- 
cida com o «memby», porém ainda mais escura, mais dura e um 


— 282 — 


pouco mais pesada (1,02). Belem, Ilhas altas de Breves (Macuju- 
bim e principalmente perto da cidade), Santa Izabel (Estrada de 
Ferro de Bragança) e Gurupá. 

Amazonas (Rio Uaupés). 

C. hispidula Vahl — Subarbusto rasteiro dos campos firmes de 
Marajó e Montealegre (na Serra Itauajury n'uma variedade com 
flores vermelhas). 

* America tropical. 

C. viscosa H. B. K. — Arbustinho de pouco mais de 1 metro, 
de capoeiras abertas e seccas e de campos, exclusivamente na 
areia. Santarem, Obidos e Faro; a var. acuta Ducke sómente de 
Gurupá. 

America meridional tropical. , 

C. diphylla L., «menduby-rana» (Marajó) — Herva um tanto 
parecida com o «menduby» ou «amendoim» (Arachis hypogaea 
L.), frequente em logares arenosos, abertos. Belem, Marajó (re- 
gião de campos), Cametá, Rio Iriri (Xingú), Montealegre (campo 
da Serra Itauajury) e Santarem. 

America tropical e Antilhas. 

C. Desvauxii Collad. — A fórma typica é um arbusto que póde 
crescer até 3 m., com flores grandes, de praias de lagos e campos 
alagados em terreno arenoso; cobre ás vezes bôas extensões. 
Rio Mojú (campo Piranema), Rio Tocantins (campina de Aruma- 
teua), Almeirim e Prainha (beiras de mirityzal no campo), San- 
tarem (baixas nos campos, e praia do Lago de Alter do Chão), 
Rio Jamundá (campo inundado do Lago das Duas Boccas). A 
var. brevipes Benth. é um arbustinho pequeno de logares tur- 
fosos nos campos firmes do Amapá, da Velha Pobre entre Al. 
meirim e Prainha, e do Ariramba (Trombetas). 

America meridional tropical; var. brevipes só em Goyaz e 
na Guyana ingleza. 

C. uniflora Spreng. — Arbustinho pequeno; a especie é em 
muitos pontos intermediaria entre a precedente e a subsequente e 
será talvez melhor considerada como variedade daquella, á qual 
parece aliás ligada por transições. Exemplares typicos foram en- 
contrados nas dunas da costa de Salinas; uma fórma dos campos 
do Rio Maracá no municipio de Mazagão, citada por Huber, parece 
duvidosa. 

America meridional tropical. 

C. curvifolia Vog. —. Arbustinho multiramoso e de folhas mi- 


— 283 — 


nimas, exclusivamente proprio da areia solta de campos seccos; 
typo de xerophyta como poucos ha na Amazonia. No mais, pare- 
cida com a especie precedente. Observada nos campos do Cupijó 
(Cametá), de Prainha, Montealegre, Santarem, Villafranca, do Ari- 
ramba e de Faro. 

Centro e Meio Norte do Brasil. 

C. calycioides DC. — Herva pequena, semierecta, de campos 
firmes arenosos e de praias. Almeirim (praia do Amazonas), Mon- 
tealegre (campos), Obidos (campo do Cicatanduba); segundo a 
«Flora Brasil.» ainda de Santarem. 

Piauhy, Goyaz. 

C. supplex Benth. — Herva prostrada dos Campos de Monteale- 
gre, frequente em sólo de pedregulho. 

Piauhy, Ceará, Pernambuco, Bahia, Goyaz, Matto Grosso. 

C. tenuisepala Benth. — Arbustinho pequeno e rasteiro de praias 
de areia. Rio Tocantins abaixo da Cachoeira Itaboca; Rio Xingú 
perto de Victoria (abaixo da Volta). 

Brasil central. 

C. flexuosa L. — Arbustinho de 1 metro e menos, de logares 
abertos, arenosos, humidos ou seccos. Belem, Marajó (região dos 
campos), Tocantins (Alcobaça), Montealegre (campos), Santarem 
(campos e praias), baixo Trombetas (praia do Lago Quiriquiry). 

America tropical e Antilhas. 

C. patellaria DC. — Herva de meio metro; na Amazonia só- 
mente n'uma variedade duvidosa (longifolia Benth.) de Santarem, 
coll. Spruce, segundo a «Flora Bras.»; por mim ainda não encon- 
trada. 

Espalhada por muitas partes da America meridional tropical, 
até o Rio de Janeiro. 

C. mimosoides L. — Herva de meio metro, de beiras de es- 
trada e em roças nos arredores de Belem e Gurupá, no Rio Ta- 
pajoz (Furnas) e em Faro, e das regiões de campo em Marajó, 
Mexiana e Montealegre. E' comida pelo gado em Marajó (informa- 
ção do dr. Ferreira Teixeira), em contraste com as outras especies 
do genero. 

America tropical e Antilhas. 

C. praetexta Vog. — Herva de menos de meio metro, commum 
nos campos de transição entre terra firme e varzea, em sólo ar- 
gilloso, p. ex. na região dos lagos Sapucuá e Mariapixy entre 
Obidos e Faro; tambem na terra firme dos Campos do Ereré 


— 284 — 


perto de Montealegre, e na praia da bocca do Lago de Faro; seé- 
gundo a «Flora Bras.» ainda do Lago Quiriquiry no baixo Trom- 


betas. 
Guvana, Trinidad. 


Dicorynia Benth. — Genero difficil de se dividir em especies, 
sendo que Bentham na «Flora Brasiliensis» admitte duas, Taubert 
em «Natiir. Pflanzenfamilien» quatro. D. paraensis Benth. (que apezar 
do seu nome não foi ainda encontrada no Estado do Pará) fornece, 
na Guyana hollandeza, madeira para construcção e resina para 
verniz. 

D. ingens Ducke, «tapaiuna» (municipio d'Almeirim) — Arvore 
grande ou muito grande; cerne da madeira pardo escuro, apenas 
um terço do grosso tronco. Frequente na matta da terra firme 
baixa que se extende entre a varzea do Amazonas na localidade 
«Bom Logar» e as serras de Tucumanduba e do Aramun (parte 
occidental do municipio d'Almeirim); fóra d'esse logar, encontrei 
até hoje só duas arvores; uma na 'margem do baixo Trombetas 
em Oriximiná, a outra nas mattas altas de Gurupá. 


Martiusia Benth. — As 3 especies conhecidas são arvores me- 
dianas ou grandes com vistosas flôres d'um amarello saturado; 
uma habita a Guyana ingleza e o alto Rio Branco no Estado do 
Amazonas; a segunda, os Estados do Maranhão, Piauhy e Bahia; 
a terceira, a parte sudoeste do Estado do Pará. 

M. elata Ducke — Arvore grande com poderosas «sapopemas» 
na base do seu tronco muito branco; caracteristica das margens do 
médio Tapajoz onde ella abunda nas varzeas altas em sólo ar- 
gilloso, existindo porem ainda na terra firme não muito elevada; 
encontrei-a de Brazilia Legal (no curso inferior do rio) até a 
Cachoeira do Mangabal. Madeira (cerne) vermelha quando fresca, 
mais tarde pardo amarellado claro tirante ao vermelho, pesada, 
dura e fibrosa, difficil de se trabalhar. 


Krameria Loef. —13 especies que vão das regiões quente- 
temperadas da America septentrional até o Chile; semiarbustos e 
hervas de aspecto muito diverso do das mais leguminosas, fran- 
camente xerophilas e que na hyléa se limitam aos pontos mais 
seccos de regiões de campo. Fornecem, em diversos paizes ame- 


= PASÓN 


ricanos, a «ratanha», droga adstringente usada principalmente na 
medicina. 

K. tomentosa St. Hil., «arrapicho» (como muitas outras plan- 
tas) — Semiarbusto dos campos altos arenosos da Serra de Pai- 
tuna perto de Montealegre. 

Amazonas (alto Rio Branco), Meio Norte do Brasil; Guyana. 


Schizolobium Vog. — 4 especies descriptas: 1 do Brasil tro- 
pical meridional, 1 da Amazonia e 2 da America central. A es- 
pecie meridional (Sch. excelsum Vog., «bacurubú») é frequentemente 
cultivada no Rio e em São Paulo, como arvore ornamental. 

Sch. amazonicum «Hub.» Ducke — Esta arvore notavel não 
tem, no Pará, designação vulgar: em Alcobaça, indicaram-me 
para ella o nome «faveira» usado para muitas leguminosas de 
qualquer das tres subfamilias; no Trombetas, confundem-n'a com 
os «paricás», (varias mimosoideas arboreas), ao menos as arvores 
velhas em estado esteril. Arvore grande da matta primaria e secun- 
daria da terra firme; de crescimento excessivamente rapido e, quan- 
do nova, bonita, com o tronco bem verde e as folhas enormes 
e elegantes; nos individuos velhos, porém, a casca fica esbranqui- 
cada e as folhas diminuem consideravelmente de tamanho. Madeira 
branca, molle, leve. — Limita-se, no Estado do Pará, á fertil ar- 
gilla vermelha, compacta, de certos pontos: Alcobaça no Tocantins 
(commum); Altamira (Xingú); Montealegre: colonia do Itauajury; 
Rio Tapajoz, na região das cachoeiras inferiores; Rio Branco de 
Obidos; Lago Salgado (baixo Trombetas). 

Amazonia superior. 


Caesalpinia L. — Mais de 100 especies nas regiões tropicaes e 
subtropicaes dos dois hemispherios, arvores pequenas ou medianas 
ou arbustos erectos ou escandentes; elemento importante das «catin- 
gas» de folhagem caduca, do Centro e Meio Norte do Brasil, 
porém ausente da grande e humida matta equatorial. — Varias 
especies fornecem madeiras de construcção, material para cortume 
e remedios populares; outras que servem para tingir de vermelho 
como o celebre «páo brasil» já perderam o seu valor em conse- 
quencia do desenvolvimento da industria chimica. A especie C. 
pulcherrima (L.) Sw. é planta ornamental commum em todo o 
Brasil tropical. 

C. bonducella (1..) Roxb. — Cipó densamente coberto de aculeos, 


— 286 — 


no Estado do Pará só encontrado nas praias velhas da costa de 
Bragança (Ajuruteua). 

Cosmopolita tropical. 

C. paraensis Ducke (=C. foribunda 'Tul., var.?), «muirapi- 
xuna» (15) — Arvore pequena, mediana ou bastante grande, cuja 
madeira imputrescivel, optima para esteios, é d'um pardo acin- 
zentado com linhas longitudinaes mais escuras ainda, de textura 
regular, densidade 0,95 e dureza mediana. Habita a matta pri- 
maria e secundaria das terras vermelhas, argillosas e pedregosas, 
dos arredores de Montealegre (Colonia do Itauajury, Ereré). 

Talvez pertença, como variedade, á especie pouco conhecida C. flora- 
bunda Tul., do oriente da Bolívia e regiões limitrophes de Matto Grosso. 


a 


Jacqueshuberia Ducke — Genero monotypico. 

J. quinquangulata Ducke — Arvore pequena com madeira 
branca (ás vezes com vestigios d'um cerne escuro), notavel pelo 
tronco e os compridos ramos pronunciadamente quinquangulares, 
as grandes estipulas foliaceas pinnadas, e outros caractéres bota- 
nicos pouco communs. Conhece-se, até agora, sómente d'uma cam- 
pina arenosa e humosa perto de Gurupá, occupando, na mesma, 
uma zona de transição para a matta. 


Cenostigma Tul. — 3 especies em regiões mais ou menos 
seccas como o Nordeste e Centro do Brasil e o Paraguay, I na 
parte suéste da hyléa. Arvores pequenas ou medianas. 

C. tocantinum Ducke, «acariquara» (sem duvida por causa da 
semelhança do tronco com o da Minquartia guianensis Aubl., co- 
nhecida por esse nome vulgar na capital paraense e regiões visi- 
nhas) — Arvore mediana que fornece uma madeira pardo gri- 
salho escuro, muito pesada (1,22), muito resistente, mas que não 
se encontra em peças bôas devido aos sulcos profundos e buracos 
do tronco; optima, no emtanto, como lenha. Frequente na matta 
da terra firme do Tocantins, de Alcobaça até a região da Itaboca 
(ponto terminal das minhas excursões). 


Thylacanthus Tul. — Genero monotypico. 
Th. ferrugineus Tul. — Planta insufficientemente conhecida, 


(15) Os cearenses chamam.na « catingneira », mas este nome pertence, 
no Meio Norte, á C. bracteosa 'Tul. e outras cuja madeira é sem valor, 


DO = 


descripta segundo especimens velhos do Museu de Paris que seriam 
da «Provincia do Pará» a qual n'aquella época comprehendia, 
ainda o actual Estado do Amazonas. 


Batesia Benth. — Genero monotypico. 
B. floribunda Benth., «acapú-rana» (da terra firme), ás vezes 
«tento» ou «tenteiro» como as Ormosia — Arvore grande de fo- 


lhagem escura e bonito porte, parecida com o «acapú» porém 
attingindo dimensões muito maiores; sementes d'um vermelho bri- 
lhante. Não rara em logares humosos e humidos da terra firme 
baixa dos arredores de Faro e no estuario amazonico: ilhas de 
Breves, Anajaz, Belem e Gurupá. Madeira nova pardacento claro, 
ficando mais tarde pardo avermelhado claro; mais molle e mais 
leve (densidade média 0,60) que o acapú verdadeiro, facil de se 
trabalhar, de textura fina; poderia ser utilizada na marcenaria. 
Amazonas (Rio Uaupés). 


Vouacapoua Aubl. — Genero monotypico. 

V. americana Aubl., «acapú» — Arvore não muito grande, com 
folhagem escura e, na primeira metade do inverno, com flores 
côr de ouro em ricas inflorescencias erectas e terminaes que 
de longe attraem a attenção (quando em logar que permitta vêr-lhe 
a copa); conhecidissima no Pará, por fornecer a madeira mais 
importante do commercio da região, parda ás vezes quasi preta 
(estrias escuras muito cerradas sobre fundo grisalho), incorrupti- 
vel, inatacavel para os insectos, dura e assaz pesada (densidade 
0,90 a 1), porém excellente para a construcção civil (especialmente 
para soalhos e para estacas) como para a construcção naval. Ha- 
bita a matta primaria da terra firme (argillosa como silico-argil- 
losa), sendo-me conhecida, com segurança, dos logares seguintes: 
metade occidental da Estrada de Ferro de Bragança (de Belem até 
Igarapé-assú); parte occidental da ilha de Marajó (Anajaz e Aramá) 
e ilhas altas de Breves (na Ilha de Nazareth e no Macujubim em 
exemplares muito grandes); Rio Tocantins (frequente á margem 
da Estrada de Ferro de Alcobaça) e pequenos affluentes meridi- 
dionaes do estuario (abundante no Rio Acará, por exemplo); Gu- 
rupá, frequente no interior das terras a partir de cêrca de 10 ki- 
lometros rumo Sul; Rio Xingú, abundante entre Victoria e Al- 
tamira; rios Cussary e Curuá do Sul (segundo informações fide- 
dignas): Serra de Almeirim; região do alto Curuá de Alemquer 


— 288 — 


nas mattas entre os campos do Ariramba e o Rio Cuminá-panema 
(segundo informações de pessôas que ahi trabalharam no serviço 
da projectada estrada dos Campos Geraes); terras altas do médio 
Trombetas (Rio Acapú; Rio Erepecurú nas immediações da Ca- 
choeira do Inferno). Não consta a existencia do acapú no Tapajoz, 
parecendo portanto ser o rio Curuá do Sul (situado a léste de 
Santarem) o limite occidental da disseminação da especie na 
margem direita do Amazonas, ao passo que a arvore á margem 
esquerda do grande rio (comquanto no municipio de Obidos não 
se approxime d'este rio a menos de 9go kmtrs. de distancia em 
linha recta) alcança, ao noroeste, o trecho encachoeirado do Rio 
Negro. As circumstancias do acapú ser proprio do interior da matta, 
nunca visivel para quem viaje embarcado, e de florescer na estação 
chuvosa (janeiro a março, conforme os logares e annos), retardaram 
a classificação exacta da especie que só chegou a ser assentada 
definitivamente pelos trabalhos de Baillon, confirmados pelos de 
Huber e Pulle. 
Amazonas (São Gabriel do Rio Negro); Guyana. 


Sclerolobium Vog., «tachy branco» ou «tachyzeiro branco (da 
terra firme) — 18 especies no Brasil tropical e na Guyana. Ar- 
vores pequenas ou grandes; varias especies (não paraenses) são 
myrmecophilas, sendo os seus peciolos ôcos habitados por formi- 
gas «tachy» (Pseudomyrma). A madeira de todas passa na Ama- 
zonia por imprestavel para construcções, porém segundo Pulle a 
do Scl. paniculatum serve na Guyana hollandeza para canôas; no 
Estado do Pará, a d'esta especie fornece carvão de excellente qualidade. 

S. paniculatum Vog., «carvão de ferreiro» (Cametá, Almeirim) — 
Esta como as demais especies paraenses tem peciolos solidos, sem 
formigas, porém apezar d'isto todas ellas são muitas vezes designa- 
das pelo nome d'um d'estes insectos («tachy»). Arvore pequena 
ou mediana de campos altos e seccos e da matta pequena contigua 
aos mesmos; é-me conhecida de Cametá, da Estrada de Ferro de 
Alcobaça no Tocantins (campinas de Arumateua e do Breu Bran- 
co), dos campos cobertos e mattinhas de Almeirim, Montealegre 
e Santarem (commum), da matta secca de Faro, dos pequenos 
campos nos morros do Uruá e do Mangabal no médio Tapajoz, 
e da região dos Campos do Ariramba no Trombetas. 

Amazonas (Manáos), Centro e Nordeste do Brasil; Guyana 
hollandeza, Perú oriental (Tarapoto). 


=— 05) — 


S. tinctorium Benth. — Arvore pequena ou mediana do ca- 
poeirão da terra firme dos arredores de Belem, bastante rara; 
Breves, margem d'uma campina arenosa; Bom Logar entre Al: 
meirim e Prainha, na matta mediocre e secca dos arredores da 
Serra de Tucumanduba. 

S. Goeldianum Hub. — Só conhecido das margens do curso 
médio do Rio Capim; é, segundo o autor, «arvore muito commum, 
de preferencia em terreno accidentado». 

S. paraense Hub. — Arvore grande ou muito grande da matta 
da terra firme, até agora averiguada na região de Belem e Es 
trada de Ferro de Bragança (Peixeboi), nas ilhas de Breves (Jabu- 
ruzinho), no Xingú (estradas ao oeste da Volta), em Obidos e no 
médio Tapajoz (Mangabal). 


Campsiandra Benth. — 3 especies descriptas; arvores apenas 
medianas das beiras d'agua da «hyléa». 

C. laurifolia Benth., «acapú-rana» (da beira d'agua), no To- 
cantins por corrupção «capoerana», no baixo Amazonas ainda «co- 
mandá-assú» ou «manaiara» — Communissima nas margens de 
todos os rios e lagos amazonicos, principalmente d'aquelles cujas 
aguas não sejam excessivamente turvas, e muito typica para a 
paizagem devido ás suas abundantissimas flores roseas e gran- 
des vagens planas, luzidias. A madeira é de textura analoga á do 
«acapú» porém muito mais pesada (1,15) e de côr menos viva: ver- 
melho pardacento quando cortada de novo, porém ficando parda 
ao contacto com o ar. Tem applicação na construcção civil, porém 
os troncos direitos são raros. 

Amazonia superior e Norte de Goyaz (frequente, segundo 
informações, no municipio de Bôa Vista). 


Swartzia Schreb. — Mais de 80 especies, quasi todas na Ame- 
rica tropical (poucas na Africa, e uma só em Madagascar), achan- 
do-se o fóco do seu desenvolvimento na «hyléa» e especialmente 
nas regiões do Rio Negro ao Trombetas e, em segundo logar, 
do Tapajoz ao Madeira. São, quasi todas, arvores de tamanho 
mediano, em alguns casos pequenas, raramente grandes (16). A 
madeira de muitas especies é optima porém totalmente desco- 
nhecida nos mercados. 


(16) — expressamente mencionadas, 
JARD, I9 


— 290 — 


S. racemosa Benth. «pacapeuá» ou «patapeuá» — Nas mar: 
gens alagadas dos canaes e rios da região do estuario; fornece 
bôa lenha, de côr brancacenta. Belem, Furos de Breves (Aramá, 
Tajapurú e Macujubim, frequentissima), Ilha Mexiana e Gurupá. 

S., n. sp?— Arvore pequena das margens inundadas do Macuju- 
bimzinho, nas ilhas de Breves. 

S. brachyrhachis Harms — Arvore pequena da matta da terra 
firme ou arbusto de capoeiras velhas. Obidos (frequente); arre- 
dores do Lago Salgado (baixo Trombetas); Rio Tapajoz: ilha 
Goyana e Furnas. Var. Snethlageae Ducke: Gurupá, Belem, Bra- 
gança e logares intermediarios. 

Amazonas: Manáos (typo). 

S. triphylla (Sw.) Willd. (=S. rariflora Hoehne) — Arvore 
pequena de capoeiras na matta da terra firme, e em beiradas 
pedregosas de riachos. Belem, Bragança, Gurupá, Rio Branco de 
Obidos, Rio Trombetas (Oriximiná; alto rio Ariramba) e médio 
Rio Tapajoz. 

Amazonas, Norte de Matto Grosso; Guyana, Colombia, Panamá. 

S. grandifolia Benth. «muirapixuna» no Trombetas, segundo 
Spruce — Bastante frequente na matta da terra firme das regiões 
de Almeirim e do Trombetas inferior e superior (amostras, do 
Lago Salgado e dos rios Ariramba e Mapuera; segundo a «Flora 
Bras.» do Rio Erepecurú). Madeira com cerne pardo escuro, 
duro e pesado. 

Amazonas (Rio Negro), Bahia. 

S. mn. sp.? (só com fructos) — Bragança, no capoeirão bas- 
tante secco. 

Maranhão: São Luiz. 

S. psilonema Harms, «jacarandá» (Tocantins; tambem no Cea- 
rá) — Notavel pelos fructos muito grandes (do tamanho d'uma 
manga commum) com arillos polposos côr de laranja, de sabor 
e cheiro repugnantes ao homem porém muito apreciados pelas 
antas; madeira, segundo informações, toda branca, embora o nome 
vulgar da arvore pareça indicar o contrario. — Matta secundaria 
da terra firme argillosa no baixo Mojú, e no baixo e médio To- 
cantins (Cametá, Estrada de Ferro de Alcobaça) e Xingú (Victoria, 
Altamira). 

Bahia, Ceará e Piauhy. 

S. Benthamiana Miq. — Arvore pequena ou arbusto grande, 
de praias e margens de lagos e rios lentos d'agua limpa. Trom- 


— 291 — 


betas (Rio Cuminá abaixo do Lago Salgado, médio Erepecurú 
e Mapuera) e Lago de Faro (frequente). 

Amazonas; extremo Sueste da Colombia (Rio Japurá), Guyanas 
franceza e hollandeza. 

S. sericea Vog. — «Provincia do Pará» coll. Martius, segundo 
a «Flora Brasiliensis». 

Amazonas (Rio Negro); Guyana franceza. 

S. bracteata Ducke — Notavel pelo tamanho das bracteas. 
Arvore mediana (unica) na matta da terra firme baixa argillosa 
do logar Francez no médio Tapajoz. 

S. fugax Benth. (=S. melanoxy!on Ducke), «umbeira (Santa- 
rem), «arapary da terra firme» ou «páo preto» (em Obidos, porém 
nomes pouco usados), «jacarandá do (campo) coberto» ou «coração de 
negro» (Montealegre)— Arvore pequena ou apenas mediana nos cam- 
pos cobertos de Santarem e Montealegre, mas bastante alta na matta 
da terra firme arenosa de Obidos, Almeirim e Gurupá. Madeira 
bonita, parda ou preta (finas estrias muito cerradas sobre o fundo 
um pouco mais claro que forma finas veias ondeadas), porém 
muito dura e muito pesada (1,17); lembra, na textura, o acapú, 
porém parte-se difficilmente e é muito mais difficil de se trabalhar. 

S. leptopetala Benth. — Arvore apenas mediana, bastante pa- 
recida com a S. jugax porém com madeira branca e molle; propria 
da matta primaria ou secundaria, da varzea em sólo argilloso 
compacto. Tocantins, riachos nas immediações do rio perto de 
Breu Branco e acima da cachoeira Itaboca; paranás do Amazonas 
em Almeirim, Prainha, Montealegre e Santarem, e bocca do lago 
abaixo de Obidos; margem do Cuminá-mirim (Trombetas). 

Amazonas (baixo Madeira e Japurá); Sul da Venezuela (Cas- 
siquiare). 

S. corrugata Benth. — Arvore mediana ou assaz alta com o 
cerne da madeira bonito, pardo escuro, pesado e duro; matta 
da terra firme do Rio Branco de Obidos, da região do Trombetas 
(rios Cuminá e Cuminá-mirim) e dos arredores dos campos a 
léste de Faro (frequente nas ilhas de matta n'estes campos). 

Amazonas (Manáos e Borba); Guyana franceza. 

S. stipulifera Harms — Belem, Bragança, e logares interme- 
diarios (Santa Izabel e Santo Antonio do Prata), no capoeirão 
(ou restos da matta); cerne da madeira d'um bonito pardo escuro 
com largas veias avermelhadas. 

Amazonas (Rio Madeira). 


— 292 — 


Uma variedade d'esta especie ou especie nova muito proxima 
(maior em todas as partes, porém sem outras differenças) é 
notavel por sua bellissima madeira pardo-avermelhado escuro com 
largas veias pretas quando nova, mais tarde inteiramente preta, 
muito pesada (1,31), muito dura e de textura muito fina. Encontrei 
um individuo unico na matta grande d'um dos morros da Ca- 
choeira do Mangabal no médio Tapajoz; uma arvore muito pare- 
cida foi encontrada nas margens do Rio Branco de Obidos, 
porém não vi a madeira. 

S. melanocardia Ducke — Arvore apenas mediana com o cerne 
da madeira pardo escuro, bonito. Matta de terras altas no Trom- 
betas (Morro da Agua Fria perto do Lago de Moura, e região 
do alto Ariramba) e no Rio Branco de Obidos. 

S. Duckei Hub. — Margens do Rio Mapuera (Trombetas). 

S. obscura Hub. — Arvore de altura mediana porém com 
tronco esguio e madeira toda branca, da matta da terra firme 
do alto Mapuera (Trombetas) e da Serra de Almeirim. 

S. tomentosa Willd.) DC. — Arvore bastante elevada da 
matta da terra firme; a madeira que já por Aublet foi indicada 
como muito bôa, é dura e serve, segundo Pulle, na Guyana hol- 
landeza, para fazer moveis; ella é pesada (1,12) e tem fundo pardo 
levemente arroxeado com finas linhas mais claras. Especie rara 
no Estado do Pará e que até agora só encontrei em Gurupá, 
Arrayollos (municipio de Almeirim) e no Rio Branco de Obidos, 
mum só individuo em cada localidade”; vi'ainda amostras, do Rio Pacajá. 

Guyana. 

S. polycarpa Ducke — Arvore mediana ou bastante grande 
da matta da terra firme argillosa; madeira com cerne pardo, 
muito pequeno e só nos troncos muito velhos. Frequente ao sul 
de Santarem e no médio Tapajoz. 

S. aptera DC. — Arvore mediana ou bastante grande com 
madeira toda branca, da matta primaria ou em parte secundaria, 
frequente nos arredores de Gurupá e de Santarem e no médio 
Xingú (estradas ao oeste da Volta); a var. recurva (Poepp.) 
Ducke no Tapajoz (Itaituba, e região das cachoeiras inferiores). 

Amazonas; Guyana franceza. 

S. cuspidata Benth. — Arvoresinha rara da grande floresta 
da terra firme ao sul de Gurupá; uma fórma pouco diversa (var. 
brevistyla Hub.), do Rio Mapuera (alto Trombetas). 

Amazonas e Sul da Venezuela (Rio Negro). 


PÁ 


S. acuminata Willd., «pitaíca» (estuario), «paracutáca» (baixo 
Amazonas), em Faro ás vezes tambem «muracutáca» ou «potajúca» 
— Arvore que não cresce acima de altura mediana, com o tronco 
profundamente sulcado (ao ponto de formar azas longitudinaes) 
parecido com o da «pracuuba» do baixo Amazonas (LeCointea ama- 
zonica) porém com madeira branca e sem valor. O fructo encerra 
uma semente muito grande, ás vezes quasi do tamanho de um 
ovo. E” a especie mais frequente do genero entre as da Amazonia, 
abunda nas margens dos lagos e rios de agua limpa, mas tam- 
bem não é rara na varzea do Rio Amazonas, mórmente nos 
paranás externos em que só em parte do anno corre agua «branca» 
(turva). Belem, Furos de Breves, Rio Capim, Amapá, Gurupá, 
Rio Maracá (municipio de Mazagão), Almeirim, baixos rios Xin- 
gú, Parú e Trombetas, Santarem e Lago de Faro. A «Flora Brasi- 
lensis» menciona tambem o médio Tocantins, abaixo de São João. 

Amazonas (Rio Negro todo, Coary); Japurá (Caquetá) 
colombiano. 

S. platygyne Ducke (provavelmente = S. acuminata var. pla- 
tygyne Benth.), «pitaíca da terra firme» (Gurupá) — Arvore grande 
(talvez até 50 metros), a especie maior d'este genero; tronco sul- 
cado como na pitaíca commum, porém fructos muito menores; 
madeira mais dura que a da ultima. Matta virgem da terra firme 
das ilhas de Breves (Macajubim), de Gurupá e do médio Tapajoz 
(Cachoeira do Mangabal). 

Amazonas (Rio Japurá?). 

S. racemulosa Hub. — Arvore pequena com madeira branco 
amarello dura; frequente nas mattas em parte secundarias (devas- 
tadas) da terra firme alta de Obidos, do baixo Trombetas (Orixi- 
miná) e do Tapajoz (Cachoeira de Mangabal, cachoeiras inferiores, 
e arredores dos ultimos portos da navegação a vapor). 

S., especie nova? (com fructos verdes) — Matta da região 
da Cachoeira do Mangabal, no médio Tapajoz. 

S., especie nova? com fructos encarnados e madeira toda 
branca). — Matta da região da Cachoeira do Mangabal, no mé- 
dio Tapajoz). 


LeCointea Ducke — Genero monotypico. 
L. amazonica Ducke, «pracuúba» (varzea do baixo Amazonas), 
«pracuúba cheirosa» (Gurupá) — Arvore mediana ou bastante 


grande; tronco escuro, sulcado longitudinalmente com profundi- 


— 294 — 


dade e regularidade ainda maiores que na Swarfzia acuminata. Ma- 
deira pardo avermelhado com finas linhas ondeadas mais claras, 
muito pesada (1,25), dura, de textura fina; exhala um leve per- 
fume de rosas quando cortada ou queimada; é muito resistente e 
presta-se para ebenistaria fina, porém não se encontra em peças 
grandes e só serve como combustivel para machinas a vapor 
(devido ao grande calor que desenvolve) e para fazer a «suumba» 
(parte intermediaria entre a haste e o ferro da ponta) de flechas 
para matar tartarugas. O fructo que desprende forte cheiro de 
genipapo porém com uma certa mistura de odor de amendoas 
amargas, é procurado pelos animaes da matta. — Esta arvore é 
um dos elementos botanicos mais caracteristicos da matta da 
varzea no sólo de argilla compacta que acompanha o baixo Ama- 
zonas, por exemplo nos municipios de Santarem, Obidos e Faro; 
rio abaixo encontrei-a ainda no começo do estuario, em Gurupá, 
porem só em póucos individuos que pareciam atrophiados no 
meio da matta muito alta. Nos affluentes do grande rio vi-a até 
agora só uma unica vez, no Rio Cuminá (Trombetas) em frente 
á bocca do Lago Salgado. 

Esta especie foi até agora só observada no Estado do Pará, 
porém não ha duvida que ella exista tambem no visinho Estado do 
Amazonas. 


Zollernia Mart. — 7 ou 8 especies, todas brasileiras, das 
quaes só uma na «hyléa», na parte mais oriental d'esta região. 
Todas parecem fornecer madeira de valor. 

Z. paraensis Hub., «páo santo» ou (nome dado pelos cearenses) 
«coração de negro»; uma variedade da madeira, com manchas pretas 
semelhantes ás da muirapinima, chama-se segundo Huber «mui- 
rapinima preta» — Arvore bastante grande da matta da terra 
firme e que fornece uma magnifica madeira escura muitas vezes 
quasi preta, muito pesada (1,31); só conhecida da Estrada de 
Ferro de Bragança e do Rio Tocantins (Alcobaça). 


PAPILIONATAE 
Pap. Sophoreae 


Sweetia Spr. — 12 especies na America tropical. Arvores de 
dimensões modestas que habitam campos ou praias ou «igapós» 
marginaes de lagos e rios. 


— 9095 — 


S. nitens (Vog.) Benth. «itaúba-rana» (17) (baixo Amazonas) 
— Arvore pequena ou mediana, de igapós e praias de areia mis. 
turada com lama nas margens de rios e lagos de agua limpa. A 
madeira, grisalho-parda, de dureza e densidade um pouco mais que 
medianas (peso especifico, 1,00), é ainda mais resistente á acção 
da lama que a itaúba verdadeira (Silvia itauba, da familia das 
lauraceas) porém não dá peças grandes. Rio Tocantins (Alco- 
baça), Rio Xingú (Porto de Moz, Victoria e Altamira), Rio. Parú 
perto da Cachoeira Panáma, Santarem (praia da foz do Tapajoz), 
médio Tapajoz. (Cachoeiras do Maranhão Grande e Mangabal), 
Obidos (lagos Mamaurú, Jeretepáua, etc.), Rio Trombetas (curso 
inferior e Mapuera), Lago de Faro e baixo Rio Jamundá. 

Amazonas (Rio Negro e Rio Branco; Rio Marmellos, affluente 
do Madeira); Guyana. 


Bowdichia H. B. K., «sapupira» («sucupira» no Meio Norte, 
«sebipira» no Sul; o ultimo nome é, porém, ainda applicado a ou- 
tros generos) — 8 especies descriptas da America meridional tro- 
pical, mas que na realidade não parecem ser mais de 6. Arvores, 
pequenas nos campos, medianas ou grandes na matta, muito bonitas 
quando cobertas de flores lilazes roxas ou roseas. Madeira (ao 
menos nas especies amazonicas) pardo escuro, medianamente dura, 
muito fibrosa, das mais resistentes, frequentemente empregada na 
construcção naval porém bastante pesada. 

B. virgilioides H. B. K., «sapupira do campo», em Montealegre 
tambem «cutiuba» ou «cutiubeira» — Arvore pequena ou apenas 
mediana, ao menos no Pará onde sómente é encontrada nos 
campos firmes (arenosos ou argillosos) do baixo Amazonas (Al- 
meirim, Velha Pobre, Jutahy, Montcalegre, Santarem, Cicatanduba 
abaixo de Obidos e Mariapixy acima da mesma cidade). 

Amazonas (campos do Rio Branco), Meio Norte e Centro do 
Brasil até o Estado do Rio; Guyana ingleza e Venezuela; 

B. nitida Benth. «sapupira» — Arvore grande, ás vezes muito 
alta (porém com cópa relativamente pequena) na matta, outras vezes 
em individuos pequenos no capoeirão da terra firme. As flores que 
são d'um lilaz azulado apparecem logo depois da época das maiores 
chuvas, em Belem e Obidos geralmente em maio, nos individuos 
grandes só em julho; estes despem-se então de quasi toda a folha- 
gem e offerecem magnifico aspecto. Belem, Gurupá, Almeirim, 


(17) — Spruce attribuiu este nome, por engano, á Ormosia excelsa; as duas 
especies de arvores são, em estado esteril, parecidissimas. 


as 1 Rg 


Juruty, Obidos, baixo e médio Trombetas, e região das estradas 
ao oeste da Volta do Xingú. 


Amazonas (Manáos). 
B. racemosa Hochne, «sapupira» — Arvore mediana ou bas- 


tante grande, frequente na matta da terra firme arenosa dos arre- 
dores de Gurupá; no Estado do Pará ainda não observada em 
outros logares. Madeira quando secca, castanho claro; densida- 
de 0,93. 

Norte de Matto Grosso (Rio Arinos). 

B. brasiliensis (Tul.) Ducke, «sapupira» (a mais commum) — 
Arvore, mediana ou bastante grande na matta da terra firme, pe- 
quena na margem de campos e nas ilhas de matta nos mesmos. 
Belem, Bragança, Gurupá, Almeirim (Velha Pobre), Rio Xingú 
(estradas ao oeste da Volta), Santarem, Rio Tapajoz (Itaituba, 
Cachoeira do Mangabal), Obidos, Campos do Ariramba (ilhas 
de matta) e Faro (matta geral e ilhas de matta nos campos 
arenosos a léste da cidade). Madeira secca castanho escuro, den- 
sidade 1,06. 

Amazonas (Rio Negro); caso a B. guianensis (Tul.) seja iden- 
tica com a especie presente, tambem as Guianas franceza e hol- 
landeza. 

B. Martiusii (Benth.) Ducke (— Diplotropis Martiusii Benth), 
«sapupira da varzea». — Arvore mediana ou bastante alta das mar: 
gens inundadas de rios e riachos com agua não muito rurva; 
madeira parecida com a das especies da terra firme, talvez mais 
escura. Belem, Collares, Acará, Cametá, Aramá, Tajapurú e Ma- 
cujubim (Furos de Breves), Gurupá (frequente) e baixo Xingá 
(Victoria); ainda não observada no baixo Amazonas propriamente 
dito. 

Amazonas (Rio Negro e Japurá). 


Clathrotropis Harms — 2 especies. Arvores ao que parece 
sempre pequenas, limitadas á região amazonica. 
C. nitida (Benth.) Harms — Arvore pequena, com abundantes 


tlôres bem brancas. Nos igapós que rodeiam em varios pontos o 
Lago de Faro. 

Amazonas (Rio Negro e baixo Madeira). 

C. grandiflora (Tul.) Harms ( = Diplotropis grandijlora Tul.) 
— «Provincia do Pará» (Museu de Paris), segundo citação da 
«Flora Bras.»; talvez do actual Estado do Amazonas? 


CN 


Ormosiopsis Ducke — Genero monotypico. 

O. flava Ducke (= Clathrotropis flava Ducke, 1922), «tento 
preto» — Arvore mediana ou grande com madeira branco averme- 
lhado, flôres amarellas, vagens avermelhadas que imitam as de cer- 
tas Ormosia e sementes duras, redondas, pretas com um pequeno 
hilo branco. Matta do médio Tapajoz e do Rio Branco de Obidos, 
em terreno argilloso; tambem na Estrada de Ferro de Bragança 
(Benevides) e nas margens do Rio Anajaz na parte occidental da 
ilha de Marajó. 


Ormosia Jacks. — Mais de 30 especies descriptas dos tropicos 
americanos e asiaticos. Arvores em geral de porte mediano, com 
abundantes flôres negro-violaceas ou (em poucos casos) lilazes, 
as quaes apparecem com intervailos de varios annos; geralmente 
conhecidas são as suas sementes duras, vermelhas (frequentemente 
com uma mancha preta), raras vezes amarellas; madeira pouco 
estudada, no Pará sem applicação. 

O. Coutinhoi Ducke, «buiussáí» — Arvore bastante grande de 
porte bonito e que se destaca no meio das outras pelo verde muito 
escuro de suas grandes folhas; flôres d'um bonito violeta satu- 
rado. As sementes, de grande tamanho, são d'um vermelho um 
pouco pardacento, com excepção do hilo que é preto; ellas são 
muito conhecidas do povo por se encontrarem frequentemente 
fluctuando nos rios, sendo aliás não raras vezes confundidas com 
as da phaseolea Mucuna altissina, chamadas «olho de boi». A 
madeira da arvore é brancacenta, grosseira, fibrosa, de dureza 
mediana, não utilizada; a casca exhala forte cheiro acre quando 
cortada. — Esta especie interessante limita-se aos igapós que acom- 
panham certos rios e riachos, sobretudo de agua escura, da re- 
sião do estuario amazonico e terras visinhas; conheço-a, com 
segurança, de Belem, Bragança e Estrada de Ferro, dos Furos 
de Breves e do Rio Anajaz (commum), de Cametá, Gurupá e 
Porto de Moz (na foz do Xingú). 

O. excelsa (18) Benth. «tento amarello» — Unica especie 
paraense com flores lilaz claro e sementes amarellas ou alaran- 
jado pallido (unicolores). Arvore mediana, algumas vezes até 
grande, de mattas da varzea em sólo arenoso com mistura de 


(18) — Spruce attribuiu a esta especie o nome de «itauba-rana » que per- 
tence á Sweetia nitens- 


— 298 — 


lama, e de «igapós» cerrados em cabeceiras de lagos com agua 
pobre de sedimento; madeira côr de tijôlo clara, nodosa, me- 
dianamente dura, de densidade abaixo da mediana (0,72), não 
empregada. Rio Xingú: igapó na foz do Ambé perto de Al- 
tamira; Rio Tapajoz: ilha na região das ultimas cachoeiras, e 
igapó na foz do rio abaixo de Santarem; baixos rios Trombetas 
e Jamundá, e immediações da bocca do Lago de Maracanã no 
Paraná de Faro. 

Amazonas (Manãos), Norte de Matto Grosso. 

O. trifoliolata Hub., «tento» (como todas as especies subse- 
quentes) — Esta e todas as que seguem com excepção da ultima 
possuem flôres atroviolaceas, e suas sementes, d'um escarlate vivo 
(geralmente com uma mancha preta), são conhecidissimas por 
toda parte, servindo para marcar jogo e para brinquedo de crianças. 
Arvore pequena ou arbusto grande das campinas com sólo de 
areia branca, situadas ao norte e a léste do Lago de Faro e nas 
proximidades da Cachoeira do T'aboleirinho no Rio Mapuera (Trombetas). 

Amazonas (campina da Ponta Negra perto de Manáos). 

O. holerythra Ducke — Arvore pequena da campina arenosa 
do Achipicá no baixo Trombetas; as sementes que vi eram intei- 
mente vermelhas. 

O. subsimplex Benth. — Arvore pequena ou mediana de cam- 
pinas arenosas ou pedregosas, sobretudo na'beira da matta: cam- 
pinas perto de Breves e Gurupá, «Campo Grande» em Porto 
de Moz, e região da Serra do Parauaquara (Prainha); tambem na 
matta pantanosa do Rio Aramá na parte occidental de Marajó. 

Amazonas e Sul da Venézuela: Alto Rio Negro. 

O. paraensis Ducke — Arvore mediana ou grande, da matta da 
terra firme. Belem, Bragança, região de Almeirim, Montealegre, 
Rio Branco de Obidos, baixo Trombetas, Faro, Serra de Santarem. 

Norte de Matto Grosso. 

O. amazonica Ducke, «tento grande da varzea» — Arvore bas- 
tante grande e muito frondosa, frequente na matta secundaria da 
zona dos cacaoaes na varzea do Amazonas, em Obidos e sem 
duvida tambem nos municipios visinhos. A madeira é, segundo me 
informam, vermelha no cerne e não tem applicação. 

O. nobilis Tul. — Arvore mediana com folhas muito grandes, 
frequente (em certos pontos) em capoeirões velhos da terra firme 


humida e baixa de Belem, Bragança, Breves (ilhas altas do Macu- 
jubim), Gurupá. 


— 299 — 


O. santaremnensis Ducke — Arvore mediana da matta secun- 
daria de Mahicá perto de Santarem. 

O.faroensis Ducke — Arvore pequena da margem de riachinhos 
nos campos do Tigre a léste de Faro. 

O. macrophylla Benth. (com alguma duvida, visto só possuir- 
mos amostras fructiferas) — Arvore pequena da campina situada 
entre as pequenas serras do Dedal e da Igaçaba, na extremidade 
noroeste do Lago de Faro. 

Descripta da campina proxima do Salto de Araraquara no 
Rio Japurá (Caquetá), em territorio hoje colombiano. 


O. cuneata Ducke — Arvore pequena das margens inun- 
das d» alto Rio Mapuera (Trombetas). 
CG. stipularis Ducke — Arvore bastante grande das mattas 


da terra firme do Macujubimzinho nas ilhas de Breves e perto 
de Bragança. 
Maranhão, Ceará. 


Dussia Krug et Urban ( =Vexillifera Ducke) — 4 especies, 
da hyléa ao Mexico e nas pequenas Antilhas; ao que parece, todas 
raras. Arvores grandes. 

D. micranthera (Ducke) Harms — Arvore grande com succo 
vermelho e flores roseo-lilazes, da matta da terra firme no cursa 
mediano do Tapajoz (Pimental e Cachoeira do Mangabal). 

Perú oriental. 


Alexa Moqu. — 2 especies, uma na parte norte, a outra na 
parte sul da «hyléa». Arvores grandes com bonitas flores. 
A. grandiflora Ducke — Arvore com flores vistosas, brancas, 


e grandes vagens avelludadas de côr pardo-avermelhada; ma- 
deira d'um branco sujo, molle, um pouco esponjosa, de fibras 
muito grosseiras e sem valor algum; a entrecasca (amarella) 
exhala forte cheiro acre. Frequente na argilla vermelha, compacta, 
do Tocantins onde a observei por toda a região da Estrada de 
Ferro de Alcobaça e abaixo da Cachoeira Itaboca, na matta 
da terra firme e das varzeas altas; commum na argilla vermelha 
da estrada de Altamira ao oeste da Volta do Xingú; nas ilhas 
altas de Breves (Ilha de Nazareth) e em Gurupá em terreno 
humoso, muito humido; no médio Tapajoz (Mangabal) na varzea 
alta da margem do rio. 


— 300 — 


Uleanthus Harms — Genero monotypico. 

U. erythrinoides Harms — Arvore pequena que encontrei na 
matta da varzea alta, poucas vezes inundada, do Tapajoz, do pé 
da ultima cachoeira (Bella Vista) até a Cachoeira do Mangabal, 
raramente na terra firme. Flores bonitas, com calice vermelho e 
petalas roseo-purpureas ou azul arroxeado, sendo de notar que a 
petala de cada flor já nasce com uma d'estas duas côres e a 
conserva até cahir; cada inflorescencia costuma possuir flores de 
uma e de outra côr, porém com predominio das roseas. Madeira 
“quas; sem alburno) bonita, pardo um pouco grisalho, com fibras 
direitas e textura muito fina, compacta e dura mas bastante facil 
de se trabalhar. 

Amazonas (cachoeiras do Rio Marmellos affluente do Ma- 


deira). 


Pap. Genisteae 


Crotalaria L. — Cêrca de 350 especies nos tropicos e subtro- 
picos dos dois hemispherios. Hiervas ou arbustos (de logares 
abertos) que raras vezes alcançam a altura de 2 metros porém 
chamam a attenção pelas suas flores amarello vivo ou alaranjadas. 
Numerosas especies no Brasil central e meridional, na Amazonia 
poucas. Especies estrangeiras fornecem fibras de valor industrial; 
as nacionaes não têm, por emquanto, applicação. 

C. pterocaula Desv. — Herva que cresce até 1 metro. Campos 
das ilhas de Marajó e Mexiana na foz do Amazonas. 

America meridional tropical inclusive Panamá; Antilhas. 


C. stipularia Desv. — Herva dos campos de Marajó. 
Centro e Nordeste do Brasil; Guyana. 
C. retusa L. — Herva dura, frequente em logares abandona- 


dos, campos na proximidade de curraes de gado, ou praias nos 
arredores de logares habitados; é plana ruderal. Amostras pro- 
venientes dos campos de Marajó e do Gurupy, e de capoeiras 
em Cametá e Obidos. 

“osmopolita tropical. 

C. velutina Benth. — Ilha de Marajó, na região dos campos. 

Amazonas (Manáos), Goyaz, Minas. 

C. incana L. — Herva, no Estado do Pará só observada em 


— 301 — 


Porto de Moz (foz do Xingú) n'uma rua abandonada, e nas plan- 
tações do Cacaoal Imperial (perto de Obidos). 

Cosmopolita tropical. 

C. anagyroides H. B. K. — Arbusto que alcança 2 metros. 
Região dos campos de Marajó (Magoary), e roças abandonadas 
em Gurupá. 

America meridional tropical. 

C. maypurensis H. B. K., «canaria» (Marajó). Arbusto que 
alcança 2 metros, é esta com a precedente a maior das especies 
amazonicas e tambem a mais commum; vive em logares aban- 
donados e em certos campos. Belem (suburbios), Marajó (região 
dos campos), Espozende no municipio d'Almeirim, Montealegre 
(campos pedregosos das serras do Ereré e Itauajury) e Santarem 
(Alter do Chão); uma variedade duvidosa, dos campos do Ma- 
riapixy entre Obidos e Faro. 

Do Brasil central á America central. 


Pap. Galegeae 


Indigofera L. — Cérca de 350 especies tropicaes e subtro- 
“picaes, principalmente na Africa. Arbustinhos e hervas, duas das 
quaes eram outrora objecto de grande cultura como fornecedoras 
do «anil», a conhecidissima materia corante azul hoje substituida 
pelas anilinas. 

I anil L., «anilb — Commum na Amazonia toda, em logares 
abertos, sobretudo terrenos abandonados e beiras de estrada. 

America tropical. 

I. lespedezioides H. B. K. — Arbustinho de campos seccos € 
sertões, do qual, segundo a «Flora Bras.» existiriam no museu 
de Paris amostras collecionadas na «Provincia do Pará». 

Conhecida, com segurança, do Amazonas (alto Rio Branco), 
Centro e Nordeste do Brasil; Perú oriental (Tarapoto), Venezuela e 
Colombia. 


Tephrosia Pers. — Mais de 120 especies nas regiões tropicaes 
e subtropicaes, sobretudo na Africa tropical e na Australia. Ar- 
bustos pequenos ou hervas. Muitas especies são venenosas. 

T. nitens Benth. «timbó» (baixo Amazonas) — Herva dura 
com vistosas flores violaceo-roseas, não rara nas margens are- 


— 302 — 


nosas de certos lagos e em baixas de campos. Rio Capim (culti- 
vada pelos indios Tembés para matar peixe, segundo J. Huber), 
Prainha e Obidos; citada ainda, na «Flora Bras.» de Santarem e 


do Rio Trombetas. 
Amazonas (Parintins, Maués), Norte de Matto Grosso; Ve- 


nezuela e Colombia. 

T. brevipes Benth., «timbó do campo» — Herva dos campos 
não inundaveis de Marajó. 

Sul e Centro de Matto Grosso; Paraguay, Guiana ingleza, 
Porto Rico. 

T. toxicaria Pers., «timbó de Cayenna» — Arbusto pequeno 
de logares abandonados, empregado para matar peixe e para 
este fim muitas vezes cultivado; na Amazonia talvez só subes- 
pontaneo. 

Amazonas; Guiana, Colombia, America central. 

T. adunca Benth. — Herva dos campos de Marajó. 

Amazonas (alto Rio Branco), Matto Grosso, Goyaz, Minas, 
Rio Grande do Sul; Uruguay, Guiana ingleza. 


T. leptostachya DC. — Herva pequena dos campos pedregosos- 


nas serras Itauajury e Paituna em Montealegre. 
Espalhada pela America tropical e Africa occidental. 


Taralea Aubl. (=Dipteryx Schreb. em parte (19) — As 
5 especies conhecidas limitam-se á «hyléa», porém nenhuma bha- 
bita a matta da terra firme. Arvores ou arbustos com bonitas e 
abundantissimas flores roxas; o fructo é uma vagem fortemente 
comprimida, bivalvada, com dehiscencia elastica. 

T. oppositifolia Aubl. (= Dipteryx oppositifolia Willd.), «cuma- 
rú-rana» — Arvore mediana ou bastante grande, que á primeira 
vista se parece um pouco com os cumaráús (Coumarouna) porém 
cujas vagens chatas encerram uma semente completamente inodora 
(20). A madeira que passa por ser muito forte é d'um amarellaço 
sujo, compacta, dura e pesada. — Habita margens inundadas e 


(19) — Supprimi este genero artificial baseado unicamente na estructura 
das flores, para restabelecer os dois antigos generos muito naturaes: Cou- 
marouna («cumarú») e Taralea («cumarú-rana» ). — Os fructos do primeiro são 
os da tribu das Dalbergieas, os do segundo correspondem ao typo das Ga- 
legeas. 

(20) — Taubert (em Engler: Natúrliche Pflanzenfamilien ), baseado em 
informações erradas, affirmou o contrario, 


E ADO 


igapós marginaes de rios e lagos de agua limpa, por ex. em 
Belem, Collares, Bragança, Ourem (Rio Guamá), Gurupá, e nos 
rios Capim, Xingú (Altamira) e Tapajoz (commum no curso me- 
diano d'este); commum por toda a região das ilhas de Breves 
e no Rio Anajaz. Parece faltar no baixo Amazonas propriamente 
dito. 

Amazonas (baixo Madeira, Rio Uaupés, Rio Purús); Perú 
amazonico (Iquitos), Guiana. 

T. cordata Ducke — Arbusto, ás vezes muito pequeno, das cam- 
pinas arenosas situadas a léste de Faro e ao interior do logar Bella 
Vista no Tapajoz. 

T. nudipes (Tul.) Ducke — Citada da antiga Provincia do 
Pará, mas com segurança só conhecida do Rio Negro. 


Amphiodon Hub. — Genero monotypico. 
A. effusus Hub., «cumarú de rato» (Estrada de Ferro de Bra- 
gança) — Arvore . pequena da matta da terra firme, com flores 


vermelho escuro. Peixeboi (Estrada de Ferro de ER Rio 
Capim, Rio Xingú (estradas de Altamira), Santarem, Itaituba e 
médio Tapajoz, Rio Cuminá-mirim (Trombetas) e Serra do Dedal 
(Faro). 


Sesbania Pers. — Perto de 30 especies tropicaes e subtropi- 
caes nos dois hemispherios. Hervas; uma especie (S. aegyptiaca) 
frequentemente cultivada no Brasil (porém não no Pará) por 
causa das suas flores bonitas. 

S. exasperata L.f.-—-Herva alta com grandes flores d'um 
amarello intenso, frequente em ensciadas rasas de lagos e em pan- 
tanos abertos ao sol, sobretudo na visinhança dos campos da varzea 
do baixo Amazonas. 

America tropical e meridional subtropical, Antilhas. 


Pap. Hedysareae 


Chaetocalyx DC. — Cêrca de 12 especies da America tropical 
inclusive Antilhas. Hervas voluveis. 

Ch. brasiliensis (Vog.) Benth. — Em roças na região do Rio 
Branco de Obidos, na fertil argilla vermelha. 

Amazonas (Manãáos), Acre; Surinam, Paraguay. 


— 304 — 


Aeschynomene L. — Perto de 70 especies tropicaes, sobretudo 
na Africa e na parte oriental da America do Sul. Hervas altas 
ou (poucas especies) prostradas que habitam campos ou margens de 
rios e lagos. 

Aes. sensitiva Sw., «cortiça» (Marajó e Belem), «paricazinho» 
(Obidos) — Rhizoma suberoso utilizado como cortiça. Pantanos 
abertos ao sol e beiras d'agua, de preferencia no meio das gra- 
mineas; frequente por toda a Amazonia. 

America tropical e Antilhas. 

Aes. hispida Willd. — Campos da varzea e logares abertos 
pantanosos, nas regiões de Montealegre e Santarem. 

America tropical e subtropical, e America boreal até a 
Pennsylvania. 

Ae. filosa Mart. — Campos pantanosos da ilha de Marajó. 

Amazonas (alto Rio Branco), Ceará (Quixadá), Goyaz, Bahia 
e Minas. 

Ae. fluminensis Vell. — Campos inundados de Arumanduba 
(Almeirim) e da Ilha Mesxiana. 

Amazonas (alto Rio Branco), Matto Grosso, Rio de Janeiro; 
Guiana hollandeza. 

Ae. paniculata Willd. — Frequente nos campos firmes do baixo 
Amazonas (Arrayollos e Velha Pobre no municipio de Almeirim, 
Serra Itauajury no de Montealegre, Santarem, e Cicatanduba 
abaixo de Obidos); mais rara em praias arenosas (bocca do Lago de 
Faro) e capoeiras novas na areia (Gurupá). 

America tropical. 

Ae. brasiliana (Poir.) DC. -—Campos e logares abertos, de 
preferencia um tanto pantanosos, nas regiões dos campos de 
Marajó, Montealegre (Serra Itauajury) e Santarem. 

America tropical. 

Ae. hystrix Poir. — Suberecta ou prostrada (em contraste com 
as outras especies paraenses). Campos altos arenosos ou argillo- 
sos (Marajó, Serra Itauajury em Montealegre, Santarem, morros 
do Mangabal no médio Tapajoz, Cicatanduba abaixo de Obidos), 
e margens despraiadas de rios (Tocantins, na Cachoeira Itaboca) 
e lagos (bocca do Lago de Faro). 

America tropical. 


Soemmeringia Mart. — Genero monotypico. 
S. semperflorens Mart. — Herva baixinha de logares aber- 


2900 


tos (campos ou margens de estrada) mais ou menos pantanosos, exclusi- 

vamente em sólo argílloso. Marajó, Montealegre, Santarem, e campos do 

Mariapixy entre Obidos e Faro. Na «Flora Brasil» citada do Rio fara 
Prauhyfe Ceará. 


Discolobium Benth. — 7 especies no Brasil central e Para- 
guay, uma oitava no Tocantins paraense. Semiarbustos de loga- 
res abertos. 

D. tocantinum Ducke — E' uma das plantas mais caracteris- 
ticas dos pedraes da região encachoeirada do Tocantins, onde a 
encontrei a partir do logar Arapary até a entrada da Itabota 
(ultimo ponto de minha viagem pelo rio). Permanece submerso, 
em estado aphyllo, durante todo o tempo da enchente — talvez 
pouco menos da metade do anno! 


Stylosanthes Sw. — 27 especies, na Asia é Africa tropicaes 
e na America. Hervas pequenas (forrageiras no Brasil). 

St. viscosa Sw. — Frequente nos campos altos de Montealegre. 

America tropical e meridional subtropical; Antilhas. 

St. guianensis Sw. -— Logares arenosos abertos, seccos. For- 
ma typica em capoeiras: Belem, Collares, ilhas de Marajó e Me- 
xiana, Gurupá c Almeirim; a var. gracilis Vog. em campos firmes: 
Calçoene, Marajó, Montealegre e Mariapixy (acima de Obidos). 

America tropical. 

St. humilis H. B. K:-— Campos de Marajó; arredores de 
Boim, no baixo Tapajoz. 

Piauhy e Ceará; Venezuela, America central. 

St. angustifolia Vog. — Frequente na Amazonia, em logares 
abertos e seccos, campos, etc. por ex. em Belem, Marajó, Col- 
lares e Montealegre. Citada de Santarem («Flora Brasil»). 

Amazonas, Maranhão, Piauhy, Ceará; Guiana. 


Zornia Gmel. — 16 especies: 1 cosmopolita tropical, I na 
Africa e ao mesmo tempo na America boreal, as restantes na 
America meridional. Hervas pequenas, forrageiras. 

Z. diphylla (L.) Pers., formas com folhas e bracteas pequenas 
— E', fóra de duvida, a leguminosa mais commum da Amazonia, 
por toda parte abundante em beiras de estrada, terrenos abertos 
seccos, praias, e campos firmes. 


Cosmopolita tropical. 
JARD, Ze 


its (id 


Z. tenuifolia Moric. (= Z. marajoara Hub. s. d.) — Campos 
altos de Marajó (Jutuba). 
Maranhão, Bahia. 


Desmodium Desv. — Cêrca de 170 especies, sobretudo tropicaes, 
ausentes da Europa, Asia central e Nova Zelandia. Hervas ras- 
teiras ou erectas, ou semiarbustos; especies arboreas só no velho 
mundo. — Chamam-se, na Amazonia, «carrapicho», como todas as 
plantas cujos fructos adherem facilmente á roupa. 

D. barbatum (L.) Benth. — MHerva dura erecta, das mais 
communs por toda a Amazonia em beiras de estrada e outros 
logares abertos e seccos. 

America meridional tropical. ; 

D. adscendens (Sw.) Benth. — Herva rasteira; commum como 
a especie precedente porém em logares menos aridos. 

America tropical e meridional subtropical, Antilhas. 

D. incanum (Sw.) DC. — Como a precedente. 

America tropical e Antilhas. 

D.axillare (Sw.) DC. -—Herva rasteira no solo da matta 
secundaria e em certas capoeiras. Frequente em toda a Amazonia. 

America tropical e Antilhas. 

D. asperum (Poir.) Desv. —Herva alta (até 3 metros), dura, 
dos campos altos de Marajó, Cametá, Almeirim, Montealegre (ser- 
ras), Santarem, e do médio Tapajoz (Mangabal); em Oriximiná 
(baixo Trombetas) em terrenos abandonados. 

Amazonas (alto Rio Branco), Centro e Nordeste do Brasil; 
Guyana, Perú, Colombia, Trinidad. 

D. spirale (Sw.) DC. — Herva que encontrei em roças na 
Serra de Santarem e no Aramun (municipio d'Almeirim); citada 
de Belem e Obidos («Flora Brasil.»). 

Amazonia superior, Matto Grosso central e Estados do Nor- 
deste; Perú, Colombia, America central, Mexico, Antilhas. 


Pap. Dalbergieae 


Dalbergia L. f. (inclusive Hecastophylum H. B. K.) — Mais 
de 200 especies nos tropicos do velho e do novo mundo, arvores 
pequenas ou medianas ou arbustos escandentes de grande tama- 
nho; mais numerosas no Sul tropical e Centro do Brasil do que 


Rico (0 


na hyléa onde só ha uma unica especie arborea e nem esta 
occorre no interior da matta pluvial. Diversas especies brasileiras 
fornecem parte da madeira escura, dura e pesada, chamada «jaca- 
randá» no Sul e na Amazonia, «violete» no Ceará e em outros 
Estados do Meio Norte. 

D. riparia (Mart.) Benth. — Arbusto mais ou menos escandente, 
trepando algumas vezes até em arvores bastante altas; frequente 
nas margens do baixo Amazonas e seus affluentes (Tapajoz, Trom- 
betas), paranás e lagos, mas ainda não encontrada no estuario. 

Amazonia superior. 

D. Spruceana Benth. «jacarandá» — Arvore pequena ou me- 
diana, ás vezes mesmo bastante grande; madeira pardo escuro ou 
quasi preta levemente arroxeada, com o fundo apparente em 
veias mais claras, quebradiça e muito dura porém bastante facil 
de se trabalhar, assaz pesada (r,10), de textura fina, parecida 
com o bom jacarandá do Sul do Brasil. Habita mattas seccas 
não muito altas, e alguns campos cobertos. Rio Anauerapucú 
(municipio de Mazagão), Montealegre, Santarem (matta e campo 
coberto), Rio Tapajoz no capoeirão da ilha Goyana e á beira 
dos pequenos campos nos morros do Mangabal, Obidos (capoei- 
rão e matta dos arredores da cidade, e campo do Cicatanduba), 
Faro. 

D. tomentosa ( Benth.) Taub. — Arbusto escandente de capoeiras 
em terreno argilloso, humido, e em margens de rio. Santarem, mar- 
gem do Tapajoz e capoeiras no logar Diamantino; beira do campo 
do Cicatanduba (Obidos) no limite com a varzea; rios Tapajoz 
(immediações da Cachoeira Maranhãozinho) e Cuminá (baixo Trom- 
betas). | 

Amazonas (Rio Branco): Guyana hollandeza. 

D. inundata Benth. «cipó de tucunaré» (municipio de Obi- 
dos) — Arbusto grande com ramos mais ou menos escandentes e 
cujas flores atropurpureas apparecem com as folhas novas depois 
da queda total da folhagem velha. Caracteristico das praias de 
areia misturada com lama e margens baixas de lagos e rios pobres 
de sedimento, da parte central da Amazonia. Santarem, médio 
Tapajoz, Igarapé do Sapucuá (Obidos), Lago de Faro. 

Amazonas (Rio Negro; Lago de Teffé). 

-D. atropurpurea Ducke — Parecida com a especie precedente, 
mas francamente escandente. Margens inundadas de lagos e iga- 
pós: Belem (Lago d'Agua Preta), Peixeboi (Estrada de Ferro 


o | je 


de Bragança), Breves, Rio Capim, Gurupá e baixo Xingú (mar- 
gem do riacho Tucuruhy e do campo inundavel perto de Victoria). 

Guyana hollandeza. 

D. hecastophyllum (L.) Taub. (= Hecastophylum Brownei 
Pers.) — Arbusto mais ou menos escandente (porém que não trepa 
alto) de margens de rio, sobretudo na região do estuario e littoral, 
e de restingas maritimas. Examinei amostras provenientes da Costa 
de Bragança, da Ilha Mexiana, e dos rios Capim e Xingá (Alta- 
mira). 

America tropical, Antilhas, Africa tropical. 

D. nephrocarpa Ducke — Parecida com a especie precedente, 
menos no fructo. Igapó da foz do Curuçambú no lago Mamaurú 
perto de Obidos. " 

Norte de Matto Grosso. 

D. monetaria L. f., «veronica» (região do estuario) — Arbusto 
parecido com a especie precedente, communissimo nas margens 
baixas dos rios do estuario amazonico e littoral paraense. Vi amos- 
tras de Belem e dos rios Tocantins (Itaboca), Capim, Oyapoc, 
Cunany, Maracá (municipio de Mazagão) e Mapuera (Trombetas 
superior). 

Maranhão (São Luiz), Amazonas; Guyana, Trinidad, Antilhas. 

D. enneandra Hoehne, 1919 (= pachycarpa Ducke, 1922). 
— Do aspecto das duas precedentes, mas com fructos grossos e 
avelludados. Margens alagadas do médio Tapajoz (Cachoeira do 
Mangabal) e do Tucuruhy, affluente do Xingú abaixo da Volta; no 
Tapajoz (Bella Vista) tambem n'um logar pantanoso na matta 
mediocre (onde trepa alto). 

Norte de Matto Grosso. 

D. subcymosa Ducke, «veronica» (Bragança) — Arbusto escan- 
dente de capoeiras e da matta virgem, exclusivamente na terra firme 
argillosa. Bragança, Mojú, e regiões dos médios rios Xingú e Tapajoz. 


Machaerium Pers. (inclusive Drepanocarpus Mey.) — Perto de 
120 especies na America tropical. Arvores pequenas ou medianas, 
ou arbustos escandentes, inermes ou com estipulas espinescentes; 
numerosas e com predominio de formas arboreas no Brasil meri- 
dional tropical, ao passo que na «hyléa» são poucas as especies 
que não sejam escandentes e rarissimas as que se encontram na 
matta virgem (só cipós). Diversas especies arboreas fornecem «ja- 
carandá» igual ao que vem de especies de Dalbergia, 


— 309 — 


M. longifolium Benth. — Arbusto escandente que forma cerra- 
dos impenetraveis nas mattinhas periodicamente inundadas dos 
«campos de baixo» de Bragança e na vegetação secundaria da 
varzea do Amazonas nas boccas do Lago de Obidos; em Itaituba 
e na região das cachoeiras inferiores do Tapajoz, encontrei-o na 
terra firme argillosa. 

Amazonas. 

M. angustifolium Vog. — Arvore pequena que se encontra de 
preferencia em antigas plantações e sitios abandonados. Mon- 
tealegre, Santarem, Obidos. 

America meridional tropical inclusive Panamá. 

M. amplum Benth. — Arbustinho ás vezes meio escandente, de 
logares arenosos, abertos, seccos, em terreno cultivado ou aban- 
donado. Santarem (Alter do Chão), Obidos, Faro. 

Amazonas (Rio Madeira), Goyaz, Matto Grosso, Maranhão, 
Ceará. 


M. lilacinum Ducke — Arvore pequena ou mediana, só co- 
nhecida das ferteis terras argillosas da colonia do Itauajury em 
Montealegre. 


M. altiscandens Ducke — Arbusto escandente da matta da terra 
firme, trepa em arvores muito altas. Belem, Mosqueiro, Villa 
Braga (Tapajoz). 

M. acutifolium Vog., «acarandá» — Arvore inerme, pequena 
ou mediana, da matta mediocre ou beira de campos, exclusiva- 
mente na fertil argilla compacta da região de Montealegre (Ereré 
e Colonia Itauajury); dá uma madeira parecida com a da Dalbergia 
Spruceana, porém com o fundo mais claro, as veias escuras com 
tintas mais violaceas, muito menos facil de se trabalhar e mais 
pesada (1,15). 

Maranhão («violete»), Piauhy, Ceará, Minas, Rio de Janeiro. 

M. caudatum Ducke — Cipó grande da matta da terra firme, 
na região das cachoeiras inferiores do Tapajoz. 

M. aureiflorum Ducke — Cipó grande da matta da terra firme 
humida e humosa, perto de Breves. Caule achatado e largo; 
flores d'uma côr de ouro claro, ainda não observada n'este genero 
botanico. | 

M. compressicaule Ducke — Cipó grande de caule achatado 
(como em Bauhinia, porém não ílexuoso), frequente na matta de- 
vastada da terra firme de Bragança, da região das estradas de 
Victoria a Altamira no Xingú, e nos arredores de Porto de Moz 


— 310 — 


perto da foz do mesmo rio; tambem na terra firme de Obidos e de 
Faro, e na margem do médio Tapajoz (Mangabal). 

Amazonas (Rio Abunan). 

M. castaneiflorum) Ducke — Arbusto baixo, tortuoso ou um 
pouco escandente, das capoeiras velhas em terreno argilloso secco. 
Santarem (região da «serra») e Obidos (Serra da Escama, e Rio 
Branco). . 

M. ferrugineum (Willd.) Pers. — Arbusto escandente de grande 
tamanho, inerme; frequente em margens d'agua e em certos igapós 
pouco fechados, ás vezes cobrindo largos trechos. Mosqueiro, Bra- 
gança, Santo Antonio do Prata e Santa Izabel (Estrada de Ferro de 
Bragança), Cunany, baixo Trombetas e médio Tapajoz. 

Amazonas, Norte de Matto Grosso, Maranhão (São Luiz); 
Guyana, Venezuela. ) 

M. floribundum Benth. — Arbusto grande, escandente, sobre- 
tudo de capoeiras pantanosas em terreno argilloso nas regiões de 
Almeirim, Montealegre e Santarem e no Rio Branco de Obidos; 
tambem na matta do médio Tapajoz (logar Francez) e na mar- 
gem do Furo Macujubim' e outros logares nas ilhas de Breves. 

Perú oriental. 

M. paraense Ducke — Cipó grande da matta da terra firme 
na região das estradas ao oeste da Volta do Xingú, e nas margens 
inundadas do Tucuruhy na mesma região, do Igarapé de Bella 
Vista no Tapajoz, e do Tajapurú e do Macujubimzinho nos Furos 
de Breves. E 

M. leiophyllum (DC.) Benth. — Arbusto escandente, grande, 
frequente na matta da varzea argillosa, do Amazonas nos arredores 
de Gurupá e do Guamá perto de Belem. 

Guyana, Venezuela. 

M. trifoliolatum Ducke — Arbusto escandente, frequente na 
matta da varzea do baixo Mojú; tambem no Igarapé de Bella 
Vista no Tapajoz. 

M. macrophyllum (Mart.) Benth. — Esta especie e as duas pre- 
cedentes ligam os legitimos Machaerium com fructos alados, des- 
tinados á disseminação pelo vento, ao antigo genero Drepanocar pus, 
com fructos apropriados ao transporte pela agua. Cipó grande, 
frequente em igapós bastante abertos ao sol nos arredores de 
Belem; outras amostras provêm de Breves, Gurupá e Cunany. 

Amazonas (Solimões). 

M. lunatum (L.) Ducke (=Drepanocarpus lunatus Mey.), 


MN 


— 311 — 


«aturiá» — Arbusto com longos ramos tortuosos mas não propria- 
mente escandente e que fórma, nos rios do littoral paraense e no 
estuario amazonico, extensas zonas de cerrados na frente da bei- 
rada; rio acima só o encontrei até Montealegre. 

Maranhão (São Luiz e Codó) e Piauhy (Parnahyba); Guyana, 
America central, Antilhas, Africa occidental tropical. 

M. aristulatum (Benth.) Ducke (= Drepanocarpus aristulatus 
Benth.), «juquiry» (21) — Arbusto escandente, grande, das mar- 
gens argillosas inundadas de rios. Tocantins (Cachoeira Itaboca), 
Montealegre e Santarem. 

Amazonia superior (frequente). 

M. ferox (Mart.) Ducke (= Drepanocarpus jerox Mart.), «ju- 
quiry» — Arbusto escandente de grande tamanho, das' margens 
inundadas de rios. Bragança, Rio Capim, Aramá (ilhas de Breves), 
médio Tapajoz (commum), rios Mapuera e Erepecurú (Trombetas) 
e Jamundá. 

Amazonas; Guyana, Venezuela (Orenoco). 

M. cristacastrense (Mart.) Ducke (= Drepanocarpus cristacas- 
trensis Mart.) — Arbusto inerme, em geral semiescandente, de tama- 
nho grande; habita margens pantanosas de riachos e lagos d'agua 
mais ou menos limpa, muitas vezes em companhia de especies de 
Dalbergia. Regiões de Almeirim e Santarem, lagos do baixo Trom- 
betas, Lago Mamaurú abaixo de Obidos, e Lago Mamoriacá perto 
de Faro. Citado, na «Flora Brasil», ainda de Marajó e Gurupá. 

Amazonas; Guyana. 

M. frondosum (Mart) Ducke ( = Drepanocarpus jrondosus 
Mart.) — Arbusto escandente, grande, dos igapós mais' ou menos 
abertos ao redor de Belem, dos rios Capim e Xingú (Victoria) e do 
logar Breu Branco nas cachoeiras inferiores do Tocantins. 

Amazonas (Rio Japurá). 

M. macrocarpum Ducke — Arbusto escandente de porte grande, 
não raro na matta secundaria da varzea de Obidos em ambas as 
margens do Amazonas. 

M. inundatum (Mart.) Ducke (= Drepanocarpus inundatus 
Mart.) — Arbusto grande, escandente, frequente em margens de 
rios onde elle ás vezes trepa em arvores bastante altas. Bragança, 
Collares, Breves, Ilha Mexiana, médios rios Tocantins, Xingú e 


(21) — Este nome é applicado principalmente ás especies aculeadas, es- 
candentes e de caule muito comprido, de Mimosa. 


E 


Tapajoz, Santarem, Rio Mapuera (Trombetas), e Paraná de Faro. 
Citado, na «Flora Brasil.», ainda de Belem e Marajó. 

Amazonia superior, Matto Grosso (noroeste) e Piauhy (Parna- 
hyba); Guyana, Venezuela, America central. 


Centrolobium Mart. —2 especies no Brasil central e meri- 
dional tropical, uma 3.º no limite norte da «hyléa»», a 4.2 e a 5.º no 
Equador e em Panamá. Arvores grandes com flôres amarellas e 
excellente madeira («araribá rosa», no Rio de Janeiro). — A pre- 
sença d'este genero no Estado do Pará é muito duvidosa. 

C. paraense Tul., «páo rainha» (Rio Branco, Estado do Ama- 
zonas) — Descripto da «Provincia do Pará» quando esta tambem 
abrangia o actual Estado do Amazonas. Fornece optima madeira 
que, segundo uma informação reproduzida por Huber (22), seria a 
«muiraquatiara» paraense (magnificamente zebrada de amarello e 
preto) o que porém não corresponde á realidade (23). 

Amazonas (alto Rio Branco); Sul da Guyana ingleza, Venezuela 
(Ciudad Bolivar, antiga Angostura). 


Tipuana Benth. — 6 ou 7 especies, da hyléa ao Sul do Brasil e 
Norte da Republica Argentina; arvores medianas ou grandes. As 
especies brasileiras florescem despidas de folhagem e tornam-se 
então bellissimas, inteiramente roxo claro; sua madeira é pardo- 
amarella com estrias longitudinaes escuras e claras, de aspecto in- 
confundivel. A T. speciosa Benth., com flôres amarellas e madeira 
branca, é um dos vegetaes mais commumente empregados na 
arborisação das avenidas do Rio de Janeiro. 

T. erythrocarpa Ducke — Arvore bastante grande, em estado 
fructifero (despida da folhagem) com a cópa toda coberta de 
grandes vagens purpureas que a tornam visivel até grande dis- 
tancia; habita a matta alta dos morros do médio Tapajoz (proxi- 
midades das cachoeiras da Montanha e do Mangabal). A madeira 
assemelha-se á da «faveira de empigem» porém é muito mais 
pesada (1,11) e de textura mais grosseira. 


(22) — Mattas e madeiras amazonicas, Boletim do Museu Paraense VI. 
(23) — A « muiraquatiara » que encontrei em varios logares do Estado do 


Pará corresponde á especie botanica Astronium LeCointei Ducke, da familia das 
anacardiaceas. 


me OO is 


T. sericea Ducke — Arvore alta da matta das terras elevadas 
do baixo e do médio Tapajoz; frequente na Serra de Santarem e 
no curso médio do dito rio (cachoeiras inferiores, Mangabal, 
Montanha, morros do Quataquara). 

T. amazonica Ducke — Arvore pequena ou mediana. E” exclu- 
sivamente propria de certos campos altos: campinas de Breu 
Branco e Arumateua na Estrada de Ferro de Alcobaça (Tocan- 
tins), campos montanhosos de Almeirim e das visinhas regiões 
da Velha Pobre e do Jutahy, «campina-rana» da região da Serra 
do Parauaquara (Prainha), e campos «cobertos» de Montealegre 
e Santarem (frequente). 

Matto Grosso (Cuyabá). 

T. fusca Ducke — Arvore alta da matta da terra firme das 
cachoeiras inferiores do Tapajoz, entre Poção e Pimental; só 
vi um exemplar. 


Vatairea Aubl. — Genero monotypico. 
V. guianensis Aubl, (= Andira amazonum Mart.), «faveira de 
empigem» (região do estuario) ou simplesmente «faveira». — Arvore 


mediana ou bastante grande, muito frequente nos igapós e em 
margens de rios e riachos; o succo do fructo serve algumas ve- 
zes para curar empigens; a madeira é parecida com a das es- 
pecies paraenses do genero Tipuana, de dureza e peso (0,85) me- 
dianos, muito resistente porém de textura grosseira, frequente- 
mente utilisada só em certos logares como Gurupá, onde serve 
nas construcções. Belem, Ourem (Rio Guamá), ilhas de Breves, 
Gurupá, Arroyollos (municipio de Almeirim), Rio Cuminá (baixo 
Trombetas) e Paraná do Adauacá (Faro); commum nos cursos 
medianos do Xingú e Tapajoz. 
Amazonas; Guyana. 


Pterocarpus L.--Cêrca de Go especies tropicaes nos dois 
hemispherios; arvores, no Brasil, raras vezes mais que medianas. 
Algumas especies indianas fornecem materias adstringentes e ma- 
deira de alto valor; a madeira das especies paraenses é brancacenta 
e molle. 

P. amazonicus Hub. (= P?. Rohrii auct., em parte), «mututy» 
(da varzea) — Arvore pequena ou mediana com flores bem ama: 
rellas, muito frequente em beiras alagadas de rios e lagos e nas 
mattas não muito grandes da varzea. A madeira é molle e impres- 


ci 


tavel. Belem, Tocantins (cachoeiras inferiores), Marajó, Aramá, 


(Breves), Mexiana, Collares, Quatipurú, Amapá, Rio Capim, Al- 
meirim, Montealegre, região do baixo e médio Tapajoz e Trom- 
betas, Lago de Faro. 

estado do Amazonas; Guyana hollandeza. 

P. Ulei Harms (= 2. ancylocalyx Benth., em parte; P. Rohrii 
var. b?) — Especie notavel pelas flores muito maiores que nas 
precedentes; todos os especimens encontrados têm os rachis das 
inflorescencias inflados e ôÔcos, habitados por formigas «tachy» 
(Pseudomyrma). Arvore pequena das margens inundadas do Ama- 
zonas e affluentes maiores, no Estado do Pará rara (Obidos, 
Santarem e entre Prainha e Almeirim). 

Amazonia superior. 

P. draco L., «corticeira» ou algumas vezes «tinteirza» (Belem), 
«mututy» (Breves) — Arvore ás vezes bastante alta, com succo 
vermelho no tronco, casca suberosa e madeira molle, frequente 
no mangue do littoral e nos igapós da zona do estuario. Belem, 
Collares, Aramá (Breves), Gurupá e Bragança. 

Guyana, America central e Antilhas. 

P. Rohrii Vahl, «mututy» — Arvore mediana ou bastante grande 
da matta secundaria da terra firme; muito mais rara que o P. 
amazonicus dos terrenos alagados, com que todos os autores ante- 
rores a Huber a confundiam. Madeira branca e molle. Belem, 
Santa Izabel (Estrada de Ferro de Bragança), Montealegre e 
Obidos. 

A «Flora Brasiliensis» confunde sob o nome de P. Rohrii 
esta especie e o P. amazonicus que se distinguem quasi exclusi- 
vamente pelos fructos, destinados á disseminação pelo vento na 
especie da terra firme, mas ao transporte pela agua na especie 
da varzea. 

P. ormosioides Ducke — Afasta-se das especies precedentes 
pelas flores atroviolaceas e pelo fructo cuja aza terminal lembra 
os Machaerium, sendo porém a arvore um legitimo Pterocarpus 
no aspecto geral e na forma do calice. Arvore mediana com 
«sapopemas» grandes, madeira branca e molle, e succo verme- 
lho na casca; habita a matta periodicamente inundada da mar- 
gem do Tapajoz, na região das cachoeiras inferiores (logares 
Bella Vista, Periquito e Pimental). 


P atymiscium Vog. — Perto de 25 especies conhecidas, todas 


Ee pe 


da America tropical, na maioria muito parecidas e de classificação 
difficillima. Arvores pequenas, medianas ou grandes. 

P. Ulei Harms (= 2. paraense Hub., nome só), «nacacauba (da 
varzea)» — Arvore mediana ou grande que porém tambem se en- 
centra em individuos pequenos e já fecundos; ramos novos e 
folhas ás vezes com forte cheiro de cumarina; raminhos ôdcos, 
frequentemente habitados por formigas pequenas (Azteca sp.), 
raras vezes pelas formigas «tachy» (Pseudomyrma). Madeira (uma 
das melhores da varzea do baixo Amazonas paraense) d'um ver- 
melho mais ou menos escuro com manchas pretas alinhadas lon- 
gitudinalmente, de peso apenas mediano (0,80), assaz dura porém 
facil de se trabalhar, muito propria para marcenaria e ebenistaria. 
Frequente (e uma das arvores caracteristicas) na matta da varzea 
(primaria e secundaria) do baixo Amazonas (por exemplo nos 
municipios de Santarem, Alemquer, Obidos, Faro) e do começo 
do estuario (Gurupá, Tajapurú); exclusivamente em sólo argilloso 
compacto. 

Amazonas (Itacoatiara, Rio Juruá). 

P., especie nova ? — Arvore mediana da varzea alta de São 
Luiz na sahida das ultimas cachoeiras do Tapajoz. 

P. filipes Benth. — Arvore pequena, cujos troncos de pouca 
grossura só possuem um cerne muito delgado, de côr pardo- 
vermelha; frequente nas margens lodosas, permanentemente inun- 
dadas, de alguns riachos no médio Tapajoz (logares Mangabal e 
Pimental) e nos arredores de Gurupá; tambem encontrado n'uma 
praia baixa do Rio Pará perto do Mosqueiro. 

“Guyana franceza. 

P. Duckei Hub. «macacauba (da terra firme)». — Arvore pe- 
quena ou mediana nas capoeiras e margens de campo, grande na 
matta virgem; espalhada pelas terras firmes argillosas da Ama- 
zonia, em varias raças que differem principalmente na madeira. 
A forma typica só é conhecida da Bocca do Teffé (matta e ca- 
poeira), no Estado do Amazonas; madeira pardo-vermelha com 
veias escuras, não excessivamente dura nem muito pesada (densi- 
dade média 0,95). A var. durum Ducke foi encontrada em Bra- 
gança e, por mim, nas mattas das regiões do Rio Branco de 
Obidos, do Lago Salgado (baixo Trombetas) e do médio Tapajoz 
(logar Francez); madeira mais dura e mais pesada, com veias 
escuras mais accentuadas. A var. nigrum Ducke habita capoeiras 
velhas em Montealegre, Obidos e Faro, sua madeira se assemelha 


em geral na côr a peças escuras da macacauba da varzea (P. Ulei) 
porém é muito mais pesada e dura, aliás muito variavel che- 
gando n'uns individuos da margem do campo do Cicatanduba 
Obidos) a ter o fundo preto com veias pardo-vermelhas (imitando 
o aspecto do melhor «jacarandá») e o peso especifico de 1,20. 


Hymenolobium Benth., «angelim» (o verdadeiro «angelim» da 
Amazonia) —7 especies na Amazonia, uma 8.2 no Meio Norte do 
Brasil (Alagõas). As primeiras são arvores muito grandes (raras 
vezes reduzidas a tamanho mediano) com madeira dura, proprias 
das terras não inundadas; algumas pertencem ao numero das 
arvores maiores em altura, grossura do tronco e circumferencia 
da cópa que existam na floresta amazonica. Estes gigantes flo- 
rescem sómente com intervallos de alguns (ou muitos?) annos, 
cahindo n'essa occasião a folhagem toda, emquanto a cópa inteira 
se reveste de flores roseas que já ao cabo de cêrca de duas se- 
manas são substituídas por um numero extraordinario de vagens 
que variam na côr conforme a especie botanica; do desabrochar 
das flôres á maturidade dos fructos (cêrca de 2 mezes) a arvore 
se conserva inteiramente despida de folhas, e estas só brótam; 
depois da quéda total dos fructos — facto talvez não observado 
em outras arvores amazonicas. Nos individuos menores, os phe- 
nomenos agora descriptos costumam produzir-se só n'um certo 
numero de ramos, emquanto ao menos alguns dos ramos infe- 
reres permanecem estereis e conservam as folhas. — Infelizmente, 
estes vegetaes que seriam ornamentos de primeira ordem para 
praças espaçosas ou parques, têm-se mostrado refractarios á cul- 
tura fóra do seu «habitat» natural. 

H. complicatum Ducke — Arvore grande com vagens verde-es- 
branquiçadas não empoadas de cêra, em geral a maior em al- 
tura e em largura da cópa que se encontre nas terras altas não 
excessivamente humidas dos arredores da Cachoeira do Mangabal, 
no médio Tapajoz. A madeira, menos dura que a das outras 
especies d'este genero e ao que parece de fibras mais regulares, 
é de côr pardo-avermelhada clara quasi uniforme; peso espe- 
cifico da amostra: 0,80. 

H. petraeum Ducke, «angelim pedra» (24) — Arvore grande, 

(24) Ha no E. do Rio uma outra arvore de igual nome, o qual n'este caso, 


ao que me informam, viria das «pedras» (concreções) que se encontrariam na 
madeira / Andira spectabilis Saldanha ?). 


= S1 = 


ás vezes enorme (Huber mediu um tronco que tinha um diame- 
tro de 3,4m., a 1m. acima do sólo) cujo nome vem da difficul- 
dade de se cortar a madeira dura e muito revessa que, segundo 
dizem, quebra não raras vezes os machados; esta madeira é de 
fibras mais finas que a do angelim commum (HF. excelsum) porém 
cerradas e nodosas, pardo-grisalho-avermelhado claro com espa- 
çadas manchas ennegrecidas; peso especifico 0,70. Vagens de bel- 
lissima côr sanguineo-purpurea, que de longe destaca os indi- 
viduos fructiferos no meio das outras arvores. Em individuos iso- 
lados na matta da terra firme dos arredores de Belem, Mosqueiro, 
Bragança, Gurupá, na Estrada de Altamira ao oeste da Volta do 
Meimeti mas) regiões: de Santarem (Serra), Obidos e Faro, no 
Rio Tapajoz (Bella Vista) e nos arredores do Lago do Moura no 
baixo Trombetas; frequente nos campos cobertos dos pontos altos 
dos arredores de Almeirim e Montealegre, em individuos que, 
embora reduzidos no tamanho, constituem as arvores maiores des- 
tes campos. 

H. elatum Ducke, «angelim» ou «a. pedra» 
grande que ainda não vi em estado fructifero. Só conheci dois 
individuos, na matta da terra firme dos arredores de Belem. 
Peso especifico da madeira secca : 0,80. 

H. pulcherrimum Ducke, «angelim» — Arvore muito grande 
cujas vagens de um lindo roseo-violaceo são como empoadas d'uma 
tenuissima camada de cêra brancacenta. Até agora encontrada 
como raridade na matta da terra firme de Gurupá, das estradas ao 
oeste da Volta do Xingú e das cachoeiras inferiores do Tapajoz; 
mais frequente nos arredores do Lago do Moura ao oeste do baixo 
Trombetas, porém sobretudo na zona de mattas interrompidas 
por series de campinas arenosas que acompanha a orla da terra 
firme a léste do Lago de Faro até o Lago Sapucuá; ahi, em 
fevereiro, o viajante avista frequentes vezes os immensos bouquets 
roseos das cópas floridas ou fructiferas, acima da abobada geral 
da matta. — A madeira é mais dura que no HH. complicatum porém 
menos dura que nas demais especies; ella se parece com a do /. 
modestum, tem porém fibras mais amarelladas e é marcada com 
vagas manchas pardas muito espaçadas. 

H. modestum Ducke, «angelim» — Arvore muito grande na 
floresta alta, mas só de meio tamanho nas mattas mediocres; 
vagens verdes, cobertas de pó esbranquiçado. Madeira analoga 
á do H. excelsum porém de fibras menos grossas e mais di- 


Arvore muito 


— 318 — 


reitas, pardo-avermelhado claro, que se destacam pouco sobre o 
fundo grisalho. Rio Tapajoz, terra firme baixa de Bella Vista 
perto da sahida das cachoeiras; Obidos: 3 arvores de porte 
mediano na terra firme arenosa á margem do lago; Faro: matta 
na região de campos arenosos a léste da cidade. 

H. excelsum Ducke, «ngelim» ou «a. pedra» — Arvore muito 
grande, propria das altas florestas da terra firme, de porte magni- 
fico, com vagens empoadas de cêra branca, roseo-pardacentas 
com margens esverdeadas e que dão ás immensas copas, ao longe, 
aquella côr roseo-grisalha que se observa algumas vezes nas ar- 
vores com folhagem secca e meio queimada pelo fogo dos roçados. 
Madeira dura, com fibras pardo-vermelho claro, muito grossas, 
trançadas em ondas irregulares sobre fundo amarello grisalho; 
de bello effeito na marcenaria. Belem, Bragança, Alcobaça (Tocan- 
tins), ilhas altas do Tajapurú (Breves), cachoeiras inferiores do 
Tapajoz, baixo e médio Trombetas (Oriximiná, Lago Erepecú, 
Rio Acapú) e Faro. 


Lonchocarpus H. B. K. — Perto de 100 especies na America, 
Africa e Australia tropicaes, arvores pequenas ou medianas, ou 
arbustos escandentes. Na região amazonica predominam os ul- 
timos. 

L. sericeus H. B. K. — Arvore mediana ou pequena de baixas 
pantanosas no sólo argilloso da colonia do Itauajury em Monte- 
alegre; não conhecida de outros logares na região amazonica.. 

America tropical, Antilhas, Africa occidental tropical. 

L. discolor Hub. — Arbusto ou arvore pequena com ramos 
compridos, das margens inundadas do Rio Oyapoc, dos Furos de 
Breves (Tajapurú, Macujubim, Aramá) e do Rio Pará (Mosqueiro). 

L. spiciflorus Mart. — «Mattas inundadas da Provincia do Pará 
e do alto Amazonas» («Flora Brasil»). Conheço a especie sómente 
do Estado do Amazonas (S. Paulo de Olivença). 

L. paniculatus Ducke — Árvore bastante grande das immedia- 
ções do Rio Branco de Obidos, na matta em sólo argilloso humido. 

L. denudatus Benth. «páo de bôto» (Obidos) — Arvore pe- 
quena das margens de rios e de campos da varzea, frequente no 
baixo Amazonas. Madeira grisalho-amarella com estrias pardas, 
de grossas fibras rectas, de dureza mediana, muito resistente; 
exhala um cheiro peculiar desagradavel que lembra o do «bôto» 
(Inia amazonica) (segundo P, Le Cointe). Varzea do baixo Ama- 


RO Ufo isa 


zonas (Almeirim, Prainha, Montealegre, Alemquer, Cacaoal Im- 
perial e Obidos) e margens do Rio Tapajoz (Itaituba, Bella 
Vista) e seu affluente Jamanchim. Citado, na «Flora Brasiliensis», 
ainda de Santarem. 

L. rariflorus Mart. — Cipó, rasteiro em logares abertos, mas 
que na matta trepa bastante alto. Faro, capocira na Serra do De- 
dal; baixo Trombetas, campinas do Achipicá; médio Tapajoz, lo- 
gar Francez, matta. Na «Fl. Brasil.» citado de Gurupá. 

Amazonas. 

L. floribundus Benth., «timbó venenoso» (Mariapixy no muni- 
cipio d'Obidos, onde apontam a planta como venenosa, perigosa 
para o gado), algumas vezes «timbó-rana» ou mesmo «timbó» 
— Arbusto escandente, pequeno e rasteiro em logares abertos e 
seccos mas que attinge dimensões grandes na matta onde póde 
trepar em arvores altas; é uma das leguminosas communs no 
Estado do Pará. Belem, Rio Tocantins (Cametá, Arumateua, Ita- 
boca), Gurupá, Prainha, Montealegre, Santarem, Obidos e Campos 
do Mariapixy. 

Amazonas, Maranhão, Piauhy:; Guyana. 

L. nicou (Aubl.) Benth. «timbó», «timbó urucú» ou «t. ver- 
melho» — Cipó grande que até agora encontrei sómente culti- 
vado e subespontaneo, em Gurupá e nas ilhas de Breves (Macuju- 
bim); serve para matar peixe, sendo (ao que me affirmaram) a 
mais activa entre as varias plantas usadas para esse fim. A parte 
empregada é a raiz. 

Guyana franceza. 

L. negrensis Benth. «timbó-rana» (Gurupá) — Cipó muito 
grande da matta da terra firme, talvez do Pará inteiro; observado 
com segurança nas ilhas de Breves, em Gurupá, no médio Tapajoz 
e em Obidos. 

L. angulatus Ducke — Cipó grande da matta da varzea periodi- 
camente inundada do Tapajoz perto de Bella Vista, e das mar- 
gens do médio Iriry, affluente do Xingú. 

L. Spruceanus Benth. «facheiro» (Santarem e Obidos) — Ar- 
vore pequena ou mediana ou arbusto de ramos compridos, de 
capoeirões, mattas de tamanho mediocre e beiras de campo. Ma- 
deira d'um branco amarellado grisalho, fibras direitas, textura 
grosseira, dureza mediana. Belem, Tocantins (arredores da cam- 
pina de Arumateua), Santarem, Obidos e Faro. 

L. glabrescens Benth, — Arbusto escandente, grande, de mar- 


— 320 — 


gens de rios. Beira do Amazonas entre Prainha e Almeirim; 


Nha Mexiana; Cunany. 
Amazonia superior e Estado da Bahia. 


Muellera L. f. — 2 especies nos tropicos americanos. Arbustos 
erectos. Sem utilidade conhecida. 

M. moniliformis L. f. — Limitada ás margens das embocaduras 
dos rios no Atlantico, geralmente só no dominio da agua sa- 
lobre (Vizeu, Bragança, Marajó (Soure, Magoary) e Amapá), pe- 
netra no emtanto no estuario amazonico até o Tajapurú onde 
a encontrei nas proximidades do logar Antonio Lemos. 

Piauhy; Guyana, Antilhas. 


Derris Lour. — Perto de 70 especies nos tropicos, quasi todas 
no velho mundo, pouquissimas na America, sendo estas arbustos 
escandentes muito grandes com flores d'um branco levemente 
esverdeado, habitantes de logares inundados. 

D. guianensis Benth. «timbó», «timbó-rana» ou «timbó-assú» 
(25) — E" uma das plantas citadas como servindo para matar (ou 
embriagar) peixe; não tenho porém observações pessoaes a esse 
respeito. Habita igapós e margens de rios; frequente na região de 
Breves, tambem observada nos arredores de Belem, na E. de 
Ferro de Bragança, nos rios Guamá, baixo Xingú e médio Tapajoz. 

Amazonas (Rio Juruá); Guiana. 

D. longifolia Benth. — Distingue-se da especie precedente com 
segurança só pelo fructo. Possuímos amostras floriferas e fructi- 
feras da margem do baixo Trombetas (bocca do Lago Erepecú); 
sem fructos, da margem da cachoeira Porteira, no mesmo rio. 

Amazonas. ' 


Andira Lam., «angelim» do Sul, Centro e Nordeste brasileiro 
(26) — Perto de 30 especies tropicaes, principalmente na America, 
poucas na Africa. Arvores geralmente medianas, raras vezes gran- 
des ou pequenas; muitas especies no Brasil meridional tropical, 
só duas na Amazonia. A madeira é aproveitavel, dura. 


(25) — Ha tambem um timbó-assú que vem d'uma Carludovica epiphytica 
e serve como corda para amarrar. 


(26) — Na Amazonia, esse nome applica-se de preferencia aos ymeno- 
lobivm, 


EC 


A. retusa (Lam.) H. B. K., «andirá-uchy», morcegueira», «uchy- 
rana» ou (quasi só na região littoral do Estado) «angelim» — 
Arvore mediana, pequena ou grande, que desenvolve, quando iso- 
lada no campo, larguissima cópa muito frondosa; frequente em 
certas mattas da varzea alta ou marginaes de rios ou de lagos, 
nos campos de varzea poucas vezes inundados, e sobretudo nas 
beiras descampadas da terra firme contigua a taes campos. O 
fructo é algumas vezes empregado como vermifugo; a madeira 
(grossas fibras pardo-avermelhado escuro bem apparentes sobre 
o fundo pardo grisalho claro) lembra na textura o acapú porém 
é mais grosseira, dura, nodosa, de densidade média o,90, resiste 
bem á humidade, é porém raras vezes empregada por ser difficil 
de se trabalhar. Belem (espontanea?), Quatipurú, Montealegre, San- 
tarem, Obidos e Faro, e cursos médios do Tapajoz e do Ere- 
pecurú (affluente do Trombetas). Na capital, algumas vezes plan- 
tada nas ruas. 

Amazonas (alto Rio Branco), Piauhy, Bahia; Guyana. 

A. inermis (Sw.) H. B. K. com os mesmos nomes vulgares 
da especie precedente, em Obidos tambem «cumarú-rana» — Ar- 
vore mediana ou bastante grande das mattas da varzea ou da 
terra firme baixa; madeira mais clara que na especie precedente. 
Marajó, Mexiana, Macapá, Montealegre (colonia Itauajury), San- 
tarem, e Rio Branco de Óbidos. 

Amazonia superior, Goyaz, e Matto Grosso; Guyana, America 
central, Antilhas e Africa occidental. 


Coumarouna Aubl. (= Dipteryx Schreb., em parte), «cumarú». 
—» especies, das quaes 4 na hyléa, a quinta no Meio Norte e 
Centro do Brasil (do Maranhão até Minas e Matto Grosso), e 
mais duas na America central. Arvores da matta, de variado 
tamanho, notaveis por fornecerem nas suas sementes o «cumarú» 
do commercio (favas cheirosas que têm forte emprego na per- 
fumaria). 

C. polyphylla (Hub.) Ducke — Arvore grande da matta da 
terra firme, uma das mais bellas que conheça quando densamente 
coberta de flores d'um roseo intenso, magnifico. Gurupá e re- 
giões do médio Xingú e Tapajoz. 

* Amazonas (Rio Madeira); região de Cupaty no Rio Japurá 
(Caquetá) colombiano, na proximidade da fronteira do Brasil. 

C. speciosa Ducke — Arvore bastante grande, de notavel bel- 

JARD, 21 


e SAM — 

leza quando florida; flores abundantissimas, de calice branco mas 
petalas saturadamente roxas, com perfume fortissimo que lembra 
o do jasmim. Só vi uma arvore, na matta paludosa d'um riacho 
da terra firme na região da Cachoeira do Mangabal, no médio 
Tapajoz. 

C. odorata Aubl. (= Dipteryx odorata Willd.. = D. tetra- 
phylla Benth.) —E' o «cumarú» ou «cumaruzeiro» commum da 
Amazonia. Arvore grande na matta virgem, apenas mediana na 
matta secundaria, com flores roseo-lilazes pouco apparentes; for- 
nece a quasi totalidade do «cumarú» (favas cheirosas) do com- 
mercio amazonico. Sua madeira pardo amarellado escuro, com- 
pacta ao ponto de mal se distinguir as grossas e trançadas fibras 
avermelhadas, é excessivamente dura e pesada (1,10), porém bas- 
tante empregada nas Guyanas. Frequente, ao que parece, por 
toda a hyléa inclusive o Tocantins (Alcobaça), muito commum em 
Bragança; no baixo Amazonas, Tapajoz e Trombetas, n'uma fórma 
com folhas menores, var. tetraphylla (Benth.) Ducke). 

Amazonas; Guyana. 


Etaballia Benth. — Genero monotypico. 

E. guianensis Benth. «mututy» (Obidos e Faro) — Arvoré 
pequena ou mediana, n'este caso com tronco grosso; muito bonita 
quando coberta de flôres côr de ouro mate, o que succede na 
primeira metade da estação chuvosa. Madeira (cerne) bonita, ama- 
rello-avermelhada e vermelho-pardacenta (ás vezes com reflexos 
violaceos) em veias sobretudo longitudinaes, dura, peso especifico 
1,05, de textura muito fina; seria bonita para ebenistaria. Margens 
alagadas do Xingú (Victoria, Altamira; frequente), Tapajoz (ca- 
choeiras inferiores e rio abaixo até Itaituba), Obidos (cabeceira 
do Lago Mamaurú), baixo Trombetas (Oriximiná), e Rio de Faro 
perto da bocca do Lago de Maracanã (frequente). 

Amazonas (Rio Branco); Guyana ingleza (Essequibo). 


Pap. Vicieae 


“Abrus L. —6 especies nos tropicos dos dois hemispherios; 


plantas pequenas. As sementes do Abrus precatorius L. são muito 
venenosas, 


= 28 — 


A. tenuiflorus Benth. «tento»-— Cipósinho voluvel de caule 
tenue, que se encontra de preferencia á margem de estradas que 
atravessam velhos capocirões da terra firme. Sementes vermelhas 
com grande parte preta, muito menores que as do genero Ormosia 
com que se confundem sob identico nome vulgar. Rio Capim, 
Xingú (Victoria), Santarem, Obidos e Faro. 

Amazonas (Rio Negro), parte central de Matto Grosso. 

A. precatorius L., «tento» ou «jiquirity» — Cipó pequeno cujas 
sementes são d'um bonito vermelho com uma mancha preta. Na 
Amazonia só em terrenos baldios na cidade de Montealegre. 

Cosmopolita tropical. 


Pap. Phaseoleae 


Clitoria L. — Cêrca de 30 especies nos paizes tropicaes e sub- 
tropicaes, arboreas, arbustivas ou herbaceas, erectas ou voluveis, 
com predominio das ultimas na hyléa. Uma especie estrangeira 
(C. ternatea L.) é frequentemente cultivada nos jardins. 

C. glycinoides DC. — Herva voluvel de capoeiras abertas e 
campos da terra firme baixa e varzea alta. Belem, Amapá, Tapajoz 
(Cachoeira do Mangabal) e Obidos. 

America tropical e Antilhas. 

C. simplicifolia (H. B. K.) Benth. — Herva erecta dos cam- 
pos firmes de Marajó e da campina junto á estação Breu Branco 
da Estrada de Ferro de Alcobaça, no Rio Tocantins, 

Matto Grosso central, Goyaz e Pernambuco; Venezuela (Ore- 
noco). 

C. guianensis (Aubl) Benth. — Herva voluvel dos campos fir: 
mes de Mazagão, Arrayollos, Almeirim e Montealegre (Serra Itaua- 
jury). 

Matto Grosso central, Piauhy, Ceará, Goyaz, Minas, São Paulo ; 
Guyana, Venezuela, Colombia. 

C. cajanifolia (Presl.) Benth. —Herva voluvel dos campos 
firmes, no Pará só conhecida de Santarem (segundo a «Flora 
Brasiliensis»). 

America meridional tropical, Antilhas. 

C. obidensis Hub. — Semiarbusto voluvel, com flores roseo- 
arroxeadas, muito bonitas; até agora só encontrado nos arre- 
dores de Obidos, nas mattas secundarias e capoeiras da terra 
firme arenosa, 


= 324 — 


C. javitensis (H. B. K.) Benth. — Arbusto voluvel. Rio Xingú, 
margens rochosas do Igarapé de Ponte Nova entre os logares 
Victoria e Altamira. 

Amazonas (Rio Negro); Guyana, Sul da Venezuela. 

C. leptostachya Benth. — Arbusto voluvel, bastante grande. 
Capoeiras seccas perto de Faro e no médio Tapajoz (logar Quata- 
quara). 

Guyanas ingleza e hollandeza. 

C. Snethlageae Ducke — Arbusto voluvel, bastante grande, da 
matta da terra firme. Arredores do Lago Salgado na região do 
baixo Trombetas; região das cachoeiras inferiores e curso me- 
diano do Tapajoz; arredores de Victoria no rio Xingú. 

C. amazonum (Mart.) Benth., «faveira» (pequena) — Arbusto 
grande ou mediano das margens dos paranás, lagos e rios me- 
nores da planicie amazonica (porém ainda não encontrado na 
região do Tocantins, estuario e littoral); commum e, pelas grandes 
e abundantes flores roseas, typico da paisagem. Examinei amostras 
do baixo Xingú, baixo Tapajoz e cachoeiras inferiores do mesmo 
rio, baixo Trombetas e Lago Mamoriacá (Faro). 

Amazonia superior. 

C. Hoffmanseggii Benth. «faveira» (pequena). — Arvore pe- 
quena ou arbusto grande, de capoeiras velhas em terreno argilloso, 
humido. Rio Tocantins (logar Breu Branco, na região das ca- 
choeiras inferiores), Almeirim, Montealegre, Alemquer, Rio de Faro. 

Amazonas (baixo Madeira). 

C. racemosa Benth. — Arvore pequena das praias de areia do 
Rio Pará: Belem (ilha Arapiranga), Mosqueiro e Collares. 

Maranhão (rios Itapecurú e Pedreiras), Goyaz. 


Centrosema DC. «feijão bravo» (nome dado sobretudo ás 
especies pequenas) — Perto de so especies, todas americanas e 
principalmente do Sul. Hervas voluveis muitas vezes rasteiras; as 
poucas especies erectas não têm representante na Amazonia. 

C. platycarpum Benth. — Especie robusta que trepa bastante 
alto. Capoeira velha nas terras altas dos arredores da Cachoeira 
Itaboca (Tocantins). 

Goyaz (Rio Crixás). 

C. latissimum Ducke — Confunde-se, pelas vagens muito lar- 
gas e sementes grandes, com o «olho de boi» (Mucuna altissima) 
Margens alagadas de riachos. Belem, Livramento (Estrada de 


= 395 — 


Ferro de Bragança), Gurupá, e rios Xingú (Victoria), Tapajoz 
(arredores das cachoeiras do Mangabal e Maranhãozinho) e Trom- 
betas (Lago Salgado). 

Maranhão (Cururupú). 

C. Plumieri (Juss.) Benth. — Especie que trepa bastante alto; 
flores bonitas (brancas com larga faixa longitudinal de côr vio- 
laceo-purpurea). Encontra-se em mattas secundarias e plantações, 
na terra firme humida, ao que parece no Pará inteiro; examinei 
amostras de Belem, Marajó, Mexiana, Gurupá, Almeirim, Monteale- 
gre e Cacaoal Imperial (Obidos). 

America tropical e Antilhas. 

C. vexillatum Benth. — Belem, segundo a «Flora Brasil.» Amos- 
tras colhidas nos arredores d'essa cidade parecem pertencer a esta especie. 

Matto Grosso (Corumbá): Guyana ingleza. 

C. brasilianum (L.) Benth. — Uma das leguminosas mais com- 
muns no Estado do Pará inteiro, rasteira no meio das hervas ou 
trepando em arbustos não muito altos; a fórma typica, com flores 
roxas, em logares abertos não muito seccos; uma variedade com 
corolla branca, na varzea inundada do Rio Amazonas. 

Centro e Éste da America meridional tropical e subtropical 
(do Paraguay até a hyléa); Antilhas. 

C. angustifolium (H. B. K.) Benth. — Especie pequena, ras- 
teira. Campos de Marajó (Magoary). 

America tropical e Antilhas. 

C. pubescens Benth. — Como C. brasilianum, porém não em 
toda parte. Amostras de Belem (commum), do médio Tapajoz 
e de Obidos. 

America tropical (do Mexico até a Bahia) e Antilhas. 

C. venosum Mart. — Especie pequena, rasteira, dos campos 
seccos arenosos de Montealegre (arredores da Serra de Paituna) 
e Santarem. 

Goyaz, Minas. 


Periandra Mart. — 6 especies, todas brasileiras. Arbustos pe- 
quenos erectos, ou (fóra da região da hyléa) hervas voluveis. 

P. dulcis Mart. (= P. mediterranea Taub.), «alcassuz» — Ar- 
busto de 1 ou 1 e meio m., cuja raiz dôce é considerada medicinal. 
Campos altos seccos arenosos e pedregosos: Jutahy de Almeirim, 
Prainha, Montealegre (serras) e Ariramba (Rio Trombetas). 

Ceará, Bahia, Minas, São Paulo. 


— 326 — 


Teramnus Sw. — 6 especies nos tropicos de ambos os mundos. 
Hervas pequenas, voluveis. 
T. volubilis Sw. — Arredores de Obidos, em terrenos cultiva- 
Rio Trombetas, coll. Spruce, segundo a «Flora Brasiliensis». 
Amazonas (Solimões); Equador, Colombia, Antilhas. 


dos; 


2 


Erythrina L.— Perto de 120 especies tropicaes e subtropicaes 
no novo e no velho mundo; no Brasil, melhor representadas fóra 
da Amazonia. Arvores pequenas, medianas ou bastante grandes, 
ou arbustos; madeira molle; flôres grandes, de côr vermelha ou 
alaranjada. Diversas especies não indigenas são cultivadas nos 
jardins, porém não no Pará. 

E. glauca Willd., «assacú-rana» (27) (devido á semelhança do as- 
pecto do tronco com o do «assacú», Hura crepitans) — Arvore de 
madeira branca, molle, leve, não utilisada, de altura mediana ou 
assaz grande, com tronco aculeado; conserva a folhagem quando 
desenvolve suas flôres côr de laranja. Frequente á margem do Rio 
Amazonas, sobretudo de Santarem para cima, mas occorre tambem 
nas beiradas dos rios da região do estuario e littoral (Cametá, Pei- 
xeboi, Collares, Ilha Mexiana, Furos de Breves). 

Guyana, America central; no Brasil extraamazonico ás vezes 
cultivada e tornada subespontanea (Serra de Baturité no Ceará; Rio 
de Janeiro). 

E. xinguensis Ducke, «mulungú» — Arvore mediana, aculeada, 
com bellas flôres alaranjado-vermelhas em estado aphyllo. Capoei- 
rão dos arredores de Altamira (médio Xingú), nas terras altas 
de argilla vermelha. 

P. Ulei Harms — Parecida com a especie precedente. Terra 
firme argillosa do médio Tapajoz, nos capoeirões e no «uauassuzal». 

Perú oriental. 

E. corallodendron L. — Arvore pequena, aculeada, com bellas 
flôres côr de coral e então desfolhada; em estado indubitavelmente 
espontaneo no «uauassuzal» (matta com predominio da palmeira «ua- 
uassú: Orbignyia speciosa) do pequeno Rio Branco ao nordéste 
de Obidos. Cultivada em Belem e muitas outras partes do Brasil tro- 


pical (chamada «mulungú», como as demais especies de flôres 
rubras). 


(27) — Não se confunda com o « assacuhy »: Euphorbia cotinoides Mig. 


== 927 — 


Espalhada pela America tropical, porém ao menos no Brasil 
em geral só subespontanea; Antilhas. 


Mucuna Adans. — Perto de 50 especies nos paizes tropicaes 
e subtropicaes do globo, poucas (5) no Brasil. Arbustos ou hervas 
voluveis de tamanho grande; uma unica especie é erecta. Es- 
pecies estrangeiras, raras vezes cultivadas no Brasil, produzem 
sementes comestiveis. 

M. urens (L.) DC. «olho de boi» (devido ao aspecto das 
sementes) — Especie com flôres amarellas, pouco commum na 
Amazonia. Belem, uma vez ou outra em logares abandonados dos 
suburbios; Alcobaça e Arumateua no Tocantins, frequente nas ca- 
poeiras. 

America tropical, Antilhas, Africa tropical. 

M. pruriens (L.) DC. — Especie com grandes cachos de flôres 
atroviolaceas e sementes pequenas pretas que (em certas raças da 
planta) se pódem comer como feijão. Capoeiras em Bragança e 
Alcobaça (Tocantins); talvez sómente subespontanea ? (occorre uni- 
camente na fórma com pêlo curto nas vagens que no Centro e 
Sul do Brasil só existe cultivada). 

Cosmopolita tropical. 

M. altissima (Jacqu.) DC., «olho de boi» — Esta especie, fa- 
cil de se conhecer pelas flôres d'um roxo esverdeado suspensas em 
compridos pedunculos filiformes, é commum em margens de rios 
e capoeiras nas varzeas de sólo argilloso, desde Belem pelo estua- 
rio todo até o Tocantins (Arumateua) e Gurupá; no baixo Ama- 
zonas só em certos logares, como na Colonia do Itauajury em 
Montealegre e no Rio Branco de Obidos, na fertil argilla ver- 
melha. 

Amazonas, Norte de Matto Grosso, Maranhão, Piauhy; Guyana 
hollandeza, America central, Antilhas; uma variedade no Rio de 
Janeiro. 

M. rostrata Benth. — Flôres grandes e d'um vermelho esplen- 
dido. Especie rara, no Estado do Pará só colleccionada na margem 
alagada do Camahipy, affluente do Anauerapucú (municipio de 
Mazagão); julgo tela ainda visto na margem do Gurupatuba 
abaixo de Montealegre. 

Amazonas (rios Juruá e Solimões), Maranhão. 


Calopogonium Desv. (= Stenolobium Benth.) — 4 especies, 


mao: Reo 


americanas, tropicaes e subtropicaes. Plantas semiherbaceas quasi 
sempre voluveis. | 

C. caeruleum (Benth.) Hemsl. — Cipó de flores azues, fre- 
quente por toda a Amazonia em capoeiras na varzea e em logares 
abandonados humidos. Amostras de Marajó (Arary) e Obidos. 

America tropical e meridional subtropical, Antilhas. 

C. mucunoides Desv. (= Stenolobium brachycarpum Benth., 
— Especie parecida com a precedente porém em geral rasteira. Re- 
giões de campo nas ilhas de Marajó e Mexiana. 

Da Bahia até a America central. 


Cymbosema Benth. — Genero monotypico. 

C. roseum Benth. — Meio herbaceo, voluvel, não raro nas 
margens inundadas do Amazonas e principalmente dos seus affluen- 
tes. Alcobaça (Tocantins), Montealegre, Obidos e Oriximiná (baixo 
Trombetas); segundo a «Flora Brasiliensis» ainda de Santarem. 

Amazonas, Brasil central; Paraguay. 


Galactia P. Br. (inclusive Collaea DC.) — Perto de 7o es- 
pecies das regiões tropicaes e subtropicaes, sobretudo da Ame- 
rica. Hervas, semiarbustos e arbustos de porte pequeno, voluveis, 
prostrados ou erectos; limitadas a campos altos e matto secco. 
Abundam no Brasil central. 

G. Jussiaeana H. B. K. — Semiarbusto pequeno, commum nos 
campos altos de Almeirim, Prainha, Montealegre e Santarem; uma 
forma proxima da var. glabrescens Benth. nos campos de Marajó 
(Jutuba) e Cametá (Cupijó). 

America tropical. 


Camptosema Hook. et Arn. — Mais de uma duzia de especies, 
do sul do Brasil ás partes meridionaes da Amazonia. Arbustos 
e semiarbustos voluveis ou erectos, com grandes flôres purpureas 
ou escarlates. 

C. Sanctae-Barbarae Taub. — Semiarbusto voluvel da margem 
dos pequenos campos dos morros do Mangabal no médio Tapajoz. 

Goyaz. 

C. nobile Lindm. — Cipó da matta pequena e secca das im- 
mediações da Cachoeira Itaboca, no Tocantins. 

Matto Grosso (centro). 


— 320 — 


— Cratylia Mart. — 5 especies, do Rio de Janeiro á Bolivia e 
parte meridional da Amazonia. Arbustos voluveis de porte grande. 
€. floribunda Benth. — Cipó grande e muito bonito, com fo- 
lhas em baixo prateadas e flores roseo-lilazes em riquissimos ca- 
chos. Habita capoeiras na terra firme. Limita-se, na Amazonia, á 
parte meridional; no Estado do Pará, até agora observado no 
Tocantins (Arumateua, Itaboca) e no Tapajoz (Itaituba). 
Territorio do Acre, Matto Grosso, Maranhão, Piauhy, Ceará 
(serras). 


Dioclea H. B. K., «mucunã» (nome de origem cearense, porém 
já muito vulgarisado na Amazonia) — Mais de 30 especies des- 
criptas dos tropicos americanos, poucas dos do velho mundo. Ar- 
bustos voluveis (com excepção de uma unica especie que é erecta) 
de tamanho mediano, grande ou muito grande, com bonitas flores 
em varias nuanças entre o roxo e o purpureo, só n'uma especie 
quasi sempre brancas. Das grossas sementes de algumas especies 
do Ceará tem-se preparado, em tempos de secca, uma farinha 
que dizem nociva á saúde quando não muito bem lavada. 

D. densiflora Hub. — Cipó grande da terra firme (capoeira 
na matta) de Oriximiná no baixo Trombetas e do médio Tapajoz 
(logar Francez). Fructo desconhecido. 

D. violacea Mart. — Especie com vagens fortemente compri- 
midas (quasi planas), coriaceas, indehiscentes. Cipó grande de ca- 
poeiras velhas em margens de riachos dos arredores de Belem; 
baixo Xingú; Cunany. 

Matto Grosso, Espirito Santo e Rio de Janeiro; Guyana. 

D. reflexa Hook. f. — Especie proxima da precedente. Matta 
e capoeiras velhas na varzea alta. Cametá e Rio Tapajoz (Bella 
Vista e ilha Goyana, á sahida das cachoeiras). 

Amazonia superior, Maranhão, Piauhy; Guyana, America cen- 
tral, Africa e Asia tropicaes. 

D. malacocarpa Ducke — Cipó grande, com vagens quasi cylin- 
dricas que amollecem e se abrem quando maduras, e sementes 
muito grossas porém bastante molles. Em capoeiras humidas na 
proximidade da matta e margens de rios menores nos arredores 
de Belem, e no Anajaz, baixo Mojú e Rio Acapú (affluente do 
Trombetas). 

D. sclerocarpa Ducke — Cipó bastante grande, com vagens 
grossas porém comprimidas, muito duras quasi lenhosas, indehis- 


— 330 — 


centes, e com sementes duras; em capoeiras e na matta da terra 
firme de Bragança e nas regiões do Tocantins (arredores da 
cachoeira Itaboca), baixo Amazonas (Almeirim e Montealegre) 
e Tapajoz (Itaituba). 

D. leiophylla Ducke — Especie parecida com a precedente, 
porém com vagens dehiscentes. Matta do médio Tapajoz, em lo- 
gares baixos. 

D. flexuosa Ducke — Região do Rio Branco de Obidos, na 
matta proxima d'um riachinho. 

D. glabra Benth. — É esta, depois da lasiocarpa, a especie 
mais frequente no Estado do Pará. Cipó grande, com flores 
brancas ou roseo-lilazes, commum em mattas mediocres, capoeiras, 
campos e campinas, por toda a terra firme do baixo Amazonas 
(Almeirim, Prainha, Montealegre, Santarem, Obidos, Faro), tam- 
bem nos campos do Ariramba (Trombetas) e em Gurupá; mais 
raro nas proximidades do Atlantico, de onde só vi amostras pro- 
venientes da Colonia Santa Rosa (Estrada de Ferro de Bragança). 

Amazonas, Matto Grosso, Goyaz, Piauhy, Pernambuco; Guyana. 

D. bicolor Benth. — Cipó que no campo não trepa muito alto, 
mas que na matta sóbe ás copas das mais altas arvores. Cametá 
e Alcobaça (Tocantins), Altamira (Xingú), Almeirim, campo da 
Velha Pobre, Santarem (campo), Villa Braga (Tapajoz). 

Amazonas (campinas de Coary, e Rio Uaupés), Matto Grosso 
(parte central). 

—  D. ferruginea Ducke — Capoeira velha no logar Quataquara, 
médio Tapajoz. 

D. macrocarpa Hub. — Cipó ás vezes enorme, que na matta 
da terra firme sóbe ás copas de arvores altas; em dimensões mais 
modestas, nas margens inundadas de rios e riachos. Belem, Ilha 
Mexiana, Rio Tajapurú, Cunany, Gurupá, Rio Trombetas (Cachoeira 
Porteira, e região do Cuminá-mirim ao alto Ariramba), e médio 
Tapajoz (morros da Cachoeira da Montanha). 

Perú oriental (Iquitos). 

D. Huberi Ducke — Cipó não muito grande, bonito, com fo- 
lhas prateadas na face inferior. Margens inundadas do Amazonas 
em Almeirim, Obidos e Gurupá, principalmente nas embocaduras 
dos riachos. 

Amazonas (Lago Mapongapá no Rio Purús). 

D. lasiocarpa Benth. — É a especie mais frequente do genero, 
e uma das leguminosas mais communs da Amazonia toda. Habita 


= SiS == 


a terra firme e a varzea alta, de preferencia capoeiras novas, plan- 
tações e margens de rios. É muito variavel. O caule é sempre 
muito mais fino que em qualquer das especies precedentes. 

America meridional tropical. 

D. macrantha Hub. — Cipó não muito grande, com flôres 
muito alongadas, bellissimas. Só em capoeiras velhas nas terras 
altas de Almeirim e arredores (serras de Arumanduba, Velha Pobre 
e Aramun) e no Rio Parú (Cachoeira Panáma). 

D. fimbriata Hub. — Parecida com a precedente, porém com 
flôres menos grandes. Capoeiras na terra firme de Gurupá, da 
Velha Pobre e do Aramun (municipio d'Almeirim), e do Rio 
Matapy affluente do Jauary mo municipio de Prainha; matto de 
praias velhas no Lago de Faro; pedral da Cachoeira Maranhão 
Grande no Tapajoz. 


Cleobulia Mart. — 3 especies, todas brasileiras. Arbustos 
voluveis. 

C. leiantha Benth. — Cipó bastante grande, com flores en- 
carnadas muito bonitas. Capoeiras velhas na terra firme. San- 
tarem, médio Tapajoz, Obidos e Faro. 

Amazonas (baixo Rio Acre). 


Canavalia Adans. — 12 especies nas regiões tropicaes e sub- 
tropicaes do globo. Semiarbustos; as especies brasileiras todas 
voluveis. As sementes de algumas especies estrangeiras são co- 
mestiveis. 

C. albiflora Ducke — Capoeiras na argilla vermelha da terra 
firme. Alcobaça (Tocantins), Lago Salgado (baixo Trombetas), 
baixo Rio Maecurú, Montealegre, Santarem e Tapajoz (Itaituba 
e cachoeiras inferiores). 

Maranhão (Codó). 

C. obidensis Ducke — Capoeira na varzea do Amazonas na . 
bocca do Lago de Obidos. 

C. gladiata (L.) DC., fórma E humidas. 
Belem, Marajó, Gurupá, Porto de Moz e baixo Tapajoz. 

Cosmopolita tropical. 

C. obtusifolia (Lam.) DC. — Dias do Magoary na costa ma- 
ritima da ilha de Marajó. 

Cosmopolita tropical littoral. 


— JJ2 — 


Rhynchosia Lour. — Perto de 150 especies nos paizes tropicaes 
e subtropicaes sobretudo do velho mundo, pouquissimas no Brasil. 
Arbustos pequenos e hervas de caule duro. 

Rh. minima (L.) DC. — Herva pequena, voluvel. Montealegre, 
em campos artificiaes e capoeiras na colonia do Itauajury e no 
Cacaoal Grande. 

Cosmopolita tropical. 

Rh. phaseoloides (Sw.) DC. — Arbusto voluvel, de caule acha- 
tado, frequente em capoeiras. Peixeboi (Estrada de Ferro de Bra- 
gança), Cunany, médio Xingú, Prainha, médio Tapajoz. 

America tropical e Antilhas. 


Eriosema DC. — Perto de 100 especies, sobretudo na Africa 
e America tropicaes e austraes, 1 na Asia tropical e Australia. Semi- 
arbustos pequenos erectos ou prostrados, limitados aos campos 
altos; bastante numerosos no Brasil central. 

E. crinitum (H. B. K.) E. Meyv. — Erecto. Campos firmes de 
Marajó, Arrayollos e Velha Pobre (municipio d'Almeirim), Mon: 
tealegre (Serra Itauajury), Santarem, e campinhos dos morros do 
Mangabal (médio Tapajoz). 

America meridional tropical e subtropical. 

E. violaceum (Aubl.) E. Mey. — Como a especie precedente. 
Campos de Marajó e Mexiana. 

Guyana, Trinidad. 

E. simplicifolium (H. B. K.) Walp. — Especie mais ou menos 
prostrada; a mais frequente do genero, na Amazonia. Campos de 
Marajó, Almeirim, Santarem, e pequenos campos do Cicatanduba 
(Obidos) e dos morros do Mangabal (médio Tapajoz). 

Amazonas (campinas de Coary e campos do Rio Branco), Mattó 
Grosso central, Pernambuco, Minas; Guyana, Colombia. 

E. rufum (H. B. K.) E. Mey. — Campos do Ereré e da Serra 
Itauajury em Montealegre. 

Matto Grosso (norte e centro), Goyaz, Minas; Guyana, Co- 
lombia. 


Phaseolus L., «feijão» (as especies indigenas: «feijão bravo» 
— Cêrca de 150 especies tropicaes e subtropicaes. Hervas voluveis 
ou (em poucos casos) semierectas. Uma especie, de origem es- 
trangeira (Ph. vulgaris), e de importancia primordial para a la- 
voura do Brasil. Todas são forrageiras. 


OO rar 


Ph. longirostratus Ducke — Especie notavel pelas flores ama- 
relladas muito grandes; trepadeira robusta que sóbe alto. Matta 
da varzea argillosa do riacho da Cabeceira do Boi nos fundos do 
Lago Salgado (baixo Trombetas). 

Ph. membranaceus Benth. = Ph. candidus Vell. var. membra- 
naceus Hassler (28) — Capoeiras na colonia Itauajury perto de 
Montealegre. 

America meridional tropical e subtropical. 

Ph. peduncularis H. B. K.-— Campos pedregosos e outros 
logares abertos. Ilhas Mexiana e Marajó, Cametá, médio rio To- 
cantins (Itaboca), Rio Xingú e seu affluente Iriri, Montealegre 
(Ereré) e Santarem. Var. clitorioides (Benth.) Hassler, dos campos 
de Santarem, segundo a «Flora Brasiliensis». 

America central e meridional tropical e subtropical. 

Ph. reptans Ducke — Herva pequena, reptante entre as grami- 
neas na beira de roças, na região da fertil argilla vermelha 
do Rio Branco de Obidos, no Cacaoal Imperial abaixo da cidade 
de Obidos, e nas terras pretas do Morro do Poção na região das 
cachoeiras inferiores do Tapajoz. | 

Ph. firmulus Benth. — Semiarbusto pequeno, suberecto, dos cam- 
pos montanhosos e pedregosos de Montealegre (Serra Itauaju- 
ry) e do Ariramba (médio Trombetas). 

Norte de Matto Grosso, Piauhy, Ceará, Minas Geraes; Paraguay. 

Ph. lunatus L. — Citado de Santarem (coll. Spruce, segundo a 
«Flora Brasiliensis»), porém provavelmente não indigena. 

Cosmopolita tropical. 

Ph. truxillensis H. B. K. = Ph. adenanthus Mey. forma ge- 
nuina e var. truxillensis (H. B. K.) Hassler o. c. — Na região littoral 
do Estado: em regiões de campo nas ilhas de Marajó e Mexiana, 
e em capoeiras na margem pantanosa do Rio Pará nos arredo- 
res de Belem e Mosqueiro. 

America tropical e meridional subtropical, India e Oceania. 

- Ph. linearis H. B. K. (= coriaceus Desv., segundo Hassler) 
— Campos firmes de Marajó, Almeirim e Montealegre (Serra 
Itauajury). a 

Amazonas (Rio Branco), Maito Grosso (centro), Goyaz e 

Minas Geraes; Guyana, Colombia, Perú, Paraguay. 


(28) — Nomenclatura adoptada no recente trabalho : Revisto specierum austro- 
americanarum generis Phaseoli, p. E. Hassler. Candollea I, 1922 - 1924. 


— 334 — 


Ph. productus Ducke — Em logares cerrados dos campos inun- 
dados de Mexiana e do Jutahy de Almeirim. 

Ph. Schottii Benth. (29). — Especie muito variavel, não rara 
nos campos da varzea do baixo Amazonas e nas margens baixas 
dos affluentes; encontrei no Estado do Pará a forma genuina 
(campo inundado de Arumanduba) e as variedades longifolius 
(Benth.) Hassler (varzea de Santarem e Faro), campestris (Benth.) 
Hassler (Rio Tucuruhy affluente do Xingú) e, com duvida, ovatus 
(Benth.) Hassler (Rio Tajapurú), todas ellas ligadas por multiplas 
transições. 

America meridional, tropical e subtropical. 

Ph. lasiocarpus Benth. = Ph. pilosus H. B. K. var. lasiocar- 
pus (Benth.) Hassler o. c.— Frequente no meio das gramineas 
nas margens inundadas de lagos e sobretudo em campos de var- 
zea; nos ultimos, é uma das plantas caracteristicas. Campos ala- 
gados de Marajó e Mexiana; Gurupá, n'um pequeno campo inun- 
dado; margens descampadas das «cabeceiras» do Lago Salgado 
(baixo Trombetas); beira inundada do médio Tapajoz. 

Matto Grosso (Sul e Norte), Maranhão (Alcantara); Guyanas 
hollandeza e ingleza, Paraguay. Com duvida, do Rio Grande do 
Sul. 

Ph. semierectus 1,, = Ph. lathyroides L. var. semierectus (L,.) 
Hassler e var. hastifolius (Mart.) Hassler o. c. — Herva erecta ou 
semierecta de campos firmes e outros logares abertos e seccos, 
no meio das gramineas. Belem, Marajó, Mexiana, Montealegre 
e Faro. 

America tropical e Antilhas; India. 

Ph. longipedunculatus Benth. — Campos firmes. Marajó, Me- 
xiana, Calçoene, Cunany, Montealegre, Santarem e Mariapixy (entre 
Obidos e Faro). 

America tropical e meridional subtropical. 


Vigna Savi, «feijão» (as especies indigenas: «feijão bravo»). 
— Mais de 49 especies tropicaes, sobretudo no velho mundo. Her- 
vas; as poucas especies brasileiras, voluveis. Certas especies es- 
trangeiras são objecto de lavoura. 


(29) — Segundo Hassler, o. c. 


= SS) 


— V. vexillata (L,) Benth. — Em plantações abandonadas nos arre- 
dores de Belem, na ilha de Marajó e na raiz da Serra de Aruman- 
duba em Almeirim. 

Cosmopolita tropical. 

V. luteola (Jacqu.) Benth. — Ilha dos Machados na foz do Ama- 
zonas; praias do Mosqueiro; Santarem. 

America “tropical e temperada, sobretudo á beiramar, porém 
tambem na Amazonia superior (Ucayali, Juruá-miry ). 


Lista alphabetica dos nomes populares com a respectiva 
classificação scientifica 


A grande maioria das especies de plantas da Amazonia não possue nome 
indigena, o que muito augmenta a difficuldade do estudo de tão rica flora; 
em outros Estados brasileiros, por exemplo no Ceará, ao contrario, até as 
hervas quasi todas têm nome popular. Muitas d'essas denominações nordes- 
tinas têm sido introduzidas, pelos immigrantes, na Amazonia, mas frequente- 
mente applicadas a outras especies botanicas ou até a vegetaes que apenas su- 
perficialmente se assemelham aos que naquelles Estados são portadores dos 
respectivos nomes. Os proprios nomes indigenas differem frequentemente, no 
Pará, d'um municipio a outro (muitas vezes até limitrophes!), como se veri- 
ficará pela leitura d'este indice; sobretudo em Montealegre notei a existencia 
de muitos nomes estrictamente locaes. Será desnecessario insistir sobre a neces- 
sidade, mesmo sob o ponto de vista commercial, d'uma exacta classificação 
botanica dos vegetaes amazonicos, porque não se poderá conseguir o conheci- 
mento perfeito da flora sem uma nomenclatura que evite a confusão das especies. 

Cumpre-me agradecer, a varios amigos, os valiosos auxilios recebidos na 
difficil tarefa da identificação botanica dos nomes populares, em primeiro logar 
e sobretudo para os nomes do baixo Amazonas e mais especialmente do muni- 
cipio de Obidos, ao dr. P. Le Cointe (30), e, para a região da capital, aos 
drs. Cesar e José Coutinho de Oliveira e seu distincto pai, sr. José Marcellino 
de Oliveira. 


ACAPÚ — Vouacapoua americana. 

ACAPÚ-RANA — Campsiandra laurifolia e Batesia floribunda. ; ; 

ACARIQUARA — Cenostigma tocantinum na região de Alcobaça (em Belém e 
na E. de Ferro de Bragança, aquelle nome applica-se á olacacea Minguartia 
guianensis Aubl. com a qual a presente especie apenas se parece na forma 
do tronco). 

AIPÉ — Veja-se IPÉ. 

ALCASSUZ — Periandra dulcis. 

ANDIRÁ-UCHY — Andira retusa e A. inermis. 


(30) — Veja-se: L' Amazonie Brésilienne por Paul Le Cointe, Paris 1922. 
JARD. 22 


AME == 


ANGELIM — refere-se, na Amazonia, em primeiro logar ás 6 especies que 
compõem o genero Hymenolobium; na capital paraense e no littoral do Es- 
tado, ainda ás duas especies de «andirá-uchy» representantes do genero 
Andira a que pertencem as varias especies do «angelim» do Sul, Centro 
e Nordeste do Brasil; nas ilhas de Breves, em Gurupá e no Xingú, fre- 
quentemente á Dinizia excelsa, sem duvida pela semelhança desta arvore 
com os Hymenolobium; no commercio de madeiras em Belém, tambem ao 
Pithecolobium racemosum («angelim rajado»). 

ANGELIM PEDRA — Hymenolobium petraeum, H. elatum e ás vezes ainda 
H. excelsum (no Estado do Rio de Janeiro, o mesmo nome pertence se- 
gundo Saldanha da Gama á Andira spectabilis Sald.) 

ANGELIM RAJADO — Pithecolobium racemosum (o nome é dado á madeira 
no commercio; a arvore, na matta, é uma das numerosas especies de 
«ingá-rana»). 

ANGICO — (nome introduzido no Pará pelos immigrantes nordestinos): Pipta- 
denia peregrina, veja-se «paricá». No Ceará, Piptadenia macrocarpa Benth.; 
no Rio de Janeiro, principalmente P. colubrina Benth. 

ANIL — Indigofera anil. 

APÁ ou APAZEIRO — Eperua falcata, em Cunany. 

ARAPARY — Macrolobium acaciaejolium. A 

ARAPARY DA TERRA FIRME — nome que dão em Obidos algumas vezes á 
Swartzia jugax. 

ARAPARY-RANA — Macrolobium multijugum, e mais raramente tambem M, 
pendulum, M. chrysostachyum e M. bifolium; nome popular averiguado na 
parte occidental do baixo Amazonas paraense. 

ASSACU-RANA — Erythrina glauca. 

ATURIÁA — Machaeriumn (Drepanocarpus) lunatum. 

BARBATIMÃO — nome introduzido pelos immigrantes nordestinos; pertence, no 
Centro e Nordeste brasileiros, ao Stryphnodendron barbatimão Mart., porém 
é applicado, no Pará, a varias arvores do campo vagamente parecidas com 
aquelle, não sómente leguminosas (por exemplo Tipuana amazonica em 
Montealegre) mas até bignoniaceas (Jacaranda brasiliana Pers. em Mon- 
tealegre e Almeirim). Em Matto Grosso, o mesmo nome corresponde 
ainda a leguminosas do genero Dimorphandra. a 

BORDÃO DE VELHO (nome introduzido dos Estados do Nordeste): Pitheco- 
lobium saman (verificado em Vizeu e Santarem). Refere-se, naquelles Es- 
tados, em geral á mesma especie botanica, porém na Serra de Baturité 
(Ceará) ainda á rutacea Cusparia macrophylla (Mik.) Engl. 

BUIUSSU — Ormosia Coutinhoi. O mesmo nome é ainda — mas raramente — 
applicado a apocynaceas dos generos Mandevilla e Allamanda, 

CANÁRIA — Crotularia maypurensis (em Marajó). 

CANDEIA (ou PÃO CANDEIA) — Plathymenia reticulata (o «vinhatico» do 
Sul e «pão amarello» do Meio Norte). 

CANNAFISTULA — (nome oriundo dos Estados do Centro e Nordeste, intro- 
duzido no Pará pelos immigrantes): no médio Tapajoz, a Cassia Spruceana; 
em Montealegre, Cassia amazonica. No Brasil extraamazonico, varias outras 
especies arboreas de Cassia; no sertão do Ceatá, além destas, ainda 
o Pithecolobium multiflorum que no Pará (onde é frequente) não me 
consta ter nome, 

CAPUERANA — corrupção de «acapú-ranas, no Tocantins (refere-se á Cam- 
psiandra laurifolia). 

CARRAPICHO — todas as plantas dicotyledoneas de porte pequeno e cujos 
fructos adherem á roupa; entre as leguminosas, as especies que compõem o 
genero Desmodium e a Krameria tomentosa (esta só em Montealegre). 

CARVÃO DE FERREIRO — Sclerolobinm paniculatum, em Cametá e Almeirim. 

CATINGUEIRA — (nome introduzido do Nordeste): Caesalpinia paraensis, veja- 

- se «muirapixuna». No Nordeste, outras especies de Caesalpinia. 

CEDRO-RANA —em Breves, Gurupá e Obidos, Cedrelinga catenaejormis; em 
Obidos ainda uma proteacea (Roupala sp.?) e tambem ás vezes a meliacea 
Guarea trichilicides L. (vulgarmente chamada, no Pará, de «jatuaúba», e 


= 337 — 


de «carrapeta» no Rio de Janeiro); no Rio Branco de Obidos, a anacardiacea 
Poupartia amazonica Ducke; em Santarem, as duas vochysiaceas Vochysia 
grandis Mart. e V. ferruginea Mart. 

CIPÓ DA BEIRA-MAR — Entada polystachya, em Marajó. 

no Rea O RE = Dalbergia inundata, na região do Sapucuá, municipio 
e idos. 

CIPÓ ESCADA — (nome introduzido do Meio Norte): synonymo de «escada 
de jaboty». 

COATÁAQUIÇAUA — Peltogyne paradoxa em Almeirim; P. paniculata em Obidos. 

COMANDA-ASSU — Campsiandra laurijolia, em Santarem, algumas vezes. 

COMER DE ARARA — Hymenaea parvifolia, em Almeirim, algumas vezes. 

CONTAS DE NOSSA SENHORA — veja-se «lagrimas de N. So». 

COPAHIBA — Copaifera, todas as especies, com excepção (só n'alguns logares) 
da C. Martii. 

COPAHIBA JUTAHY —Copaifera Marti, em Obidos, algumas vezes. 

COPAIBA MARIMARY — Copaijera reticulata, no municipio de Obidos. 

COPAIBA-RANA — Copaijera Martii em Santarem. 

CORAÇÃO DE NEGRO —no Xingú, Cassia scleroxylon («muirapixuna» no 
Tapajoz); em Breves, Cassia adiantifolia. No baixo Amazonas paraense, 
o mesmo nome é algumas vezes applicado ás varias especies de Swartzia 
(S. fugax e outras) que têm madeira escura; na E. de Ferro de Bragança, 
synonymo de «pão santo» (Zollernia paraensis) algumas vezes empregado 
pelos colonos cearenses. No Maranhão: Cassia apoucouita; no Ceará (Serra 
de Baturité): Zollernia Ulei Harms. 

CORTIÇA — Aeschynomene sensitiva, em Marajó e Belém. 

CORTICEIRA — Pterocarpus draco (além de varias arvores pertencentes a 
outras familias botanicas). 

CUMARÚ — Coumarouna odorata e as especies raras C. polyphylla eC.speciosa. 
No Ceará, synonymo do «imburana de cheiro» (Torresea cearensis Fr. 
Allem.) 

CUMARU DE RATO — Amphiodon ejjusus, na E. de Ferro de Bragança. 

CUMARU-RANA — Taralea oppositifolia; na varzea de Obidos, Andira inermis. 

CUMBEIRA — Swartzia fugax em Santarem. 

CURURÚ — Dialium divaricatum, em Faro. Em Obidos, a apocynacea Ma- 
louetia sp. ã 

CUTIUBA ou CUTIUBEIRA — Bowdichia virgilioides, em Montealegre. 

ESCADA DE JABOTY — Bauhinia, todas as especies que são cipós de caule 
achatado e flexuoso. 

ESPADEIRA — Eperua jalcata, no Rio Trombetas.. 

ESPINHEIRO PRETO — Acacia polyphyila, em Montealegre. 

ESPONJEIRA — Pithecolobium acacioides, em Montealegre; Parkia Ulei, em 
Almeirim. Commummente e no Pará inteiro, a Acacia Farnesiana dos jardins. 

FACHEIRO — Lonchocarpus Spruceanus, em Santarem e Obidos. 

FAVA DE BOLOTA — (nome introduzido do Maranhão): no Maranhão, a 
Parkia platycephala que no Pará só se encontra no Tocantins); no Pará, 
algumas vezes a P. pendula. 

FAVA DE EMPIGEM — Vatairea guianensis, em Belém. » 

FAVA DE ROSCA — Enterolobium Schomburgkii, em Obidos. 

FAVEIRA -- sobretudo Vatairea guianensis, Clitoria Hofjmanseggii e C. ama- 
zonum; no Tocantins ainda: Parkia pendula, P. platycephala e Schizo- 
lobium amazonicum, no Tapajoz: Macrolobium acaciaejolium e Dinizia 
excelsa, em Obidos: Pithecolobium corymbosum; occasionalmente e em 
outras localidades, ainda outras leguminosas de qualquer das tres subfamilias. 

FAVEIRA GRANDE — Vatairea guianensis, mo baixo Amazonas. 

FAVEIRA PEQUENA — Clitoria amazonum e (menos frequentemente) C. Hof- 
- fmanseggii, no baixo Amazonas, ; ; 

FEDEGOSO — Cassia occidentalis, na região do estuario e littoral. No baixo 
Amazonas, esse nome costuma ser applicado ao Heliophytum indicum L. 
(«crista de gallo» em Marajó), da familia das borraginaceas. isa 

FEIJÃO BRAVO — todas as especies indigenas de Phaseolus, Vigna e Centro- 


— 338 — 


sema, e occasionalmente ainda especies pertencentes a outros generos das 
leguminosas papilionatas phaseoleas. 

GIPÓÓCA — Entada polyphy'!la, no baixo Amazonas paraense, 

GIPÓUBA — Parkia discolor, na rezião do Sapucuá, municipio de Obidos. 

INGÁ — o genero Inga, todas as especies. 

INGÁ-ASSU — Inga cinnamomea, 

INGÁ CHICHI ou INGÁ CHICHICA — genero Inga, todas as especies com 
fructos pequenos, em primeiro logar [. fagijolia var. belemnensis, cultivada: 
em Belém. à 

INGÁ CIPÓ — Inga edulis, principalmente a forma cultivada com fructos grandes. 

INGÁ CURURU — Inga fagifolia, em Gurupá (cultivada). 

INGA4A DE FOGO — fnga velutina, em Marajó. 

INGÁ-RANA — Pithecolobium, todas as especies caulifloras. 

IPÊ (IPÉ, AIPÉÊ)— principalmente especies de Macrolobium (como M. pen 
dulum, M. chrysostachyum, M. bijoium, M. campestre e M. brevense), 
tambem as (raras) especies de Eperua, e ás vezes Crudia pubescens e C. 
spicata; os ditos nomes populares são usados -na região do estuario e 
lrsoral paraense. Nos Estados do Sul e Centro, o nome «ipê» corresponde a 
bignoniaceas arboreas, principalmente do genero Tecoma («pão d'arco» em 
todo o Norte) e ás vezes ainda do de fJacaranda («caroba» no Meio Norte, 
«caraubeira» e «parapará» na Amazonia). 

IPÊ-RANA — Crudia pubescens e C. spicata, nas ilhas de Breves. 

IPEÉ ROXO — Peltogyne densijlora, em Gurupá. 

ITAUBA-RANA — Sweetia nitens, na parte occidental do baixo Amazonas pa- 
raense (beiras d'agua). Na terra firme de Obidos, arvores pertencentes 
a outras familias botanicas. 

JACARANDÁ — Dalbergia Spruceana (Mazagão, Santarem, Obidos) e Ma- 
chaerium acutijolium (Montealegre); nome occasionalmente ainda dado á 
Swartzia fugax (Montealegre) e á Sw. psilonema (Tocantins). Nos Estados 
do Sul, outras especies dos ditos generos botanicos, 

JAPACANIM — Parkia oppositifolia. Nome verificado em Porto de Moz e Obidos. 

JATOBÁ — nome oriundo dos Estados do Meio Norte, synonymo de «jutahy» 
(Amazonia) e «jatahy» (Sul do Brasil), Hymenaea, todas as especies. 

JIQUIRITY — Abrus precatorius. Nome ainda applicado ao «saboneteiro» (Sa- 
pindus saponaria L., fam. sapindaceas). 

JUPUUBA (Breves) — veja-se «visgueiro». 

JUREMA BRANCA (nome oriundo do Nordeste) — Pithecolobium acacioides; 
no Ceará ainda P. dumosum. 

JUQUIRY -- Mimosa (principalmente as especies pequenas, erectas ou escan- 
dentes) e Schranckia; tambem especies trepadoras do genero Machaerium, 
armadas de estipulas espinescentes. 

JUQUIRY GRANDE — sobretudo Mimosa asperata; ás vezes tambem especies 
trepadoras de Machaerium, com estipulas espinescentes. 

JUQUIRY MANSO — Neptunia plena, em Marajó. 

JUTAHY — todas as especies de Hymenaea, na Amazonia inteira; na região 
das cachoeiras do Tocantins paraense, Dialium divaricatum (applicação 
do nome, de origem goyana?). 

JUTAHY-ASSC ou JUTAHY GRANDE — Hymenaea courbaril. 

JUTAHY-MIRIM ou JUTAHY PEQUENO — as especies com fructos peque- 
nos, do genero Hymenaea. 

JUTAHY POROROCA — em quasi todo o Estado do Pará, Hymenaea parvifolia; 

' em Montealegre, porém, Copaifera Martii. 

JUTAHY-RANA —no baixo Amazonas, principalmente Cynometra (todas as 
especies), raramente tambem Crudia pubescens; na parte oriental de Marajó, 
Crudia parivoa. 

LAGRIMAS DE NOSSA SENHORA -- sementes de Pithecolobium trapezi- 
folium, veja-se «tento azul». Ordinariamente, as sementes da graminea Coix 
lacrima (cultivada). 


Rss io raramente usado pará as duas especies do «andirá- 
uchy». 


Dm SRU) es 


MACACAÚBA — Platymiscium Ulei na varzea do Rio Amazonas e no Tajapucú; 
P. Duckei Hub. na terra firme. 

MAJERIOBA — (nome de origem cearense) — Cassia occidentalis. 

MALICIA — (nome de origem cearense) — as especies menores do genero 
Mimosa. 

MÁLICIA D'AGUA — Neptunia oleracea, em Obidos e Faro. 

MANAIÁRA — Campsiandra laurifolia, em Obidos, algumas vezes. 

MANOPÉ — Parkia discolor, em Faro. 

MAPUXIQUY — Pithecolobium niopoides, em Montealegre. 

MARIMARY — Cassia leiandra. 

MARIMARY DA TERRA FIRME — Cassia Spruceana, em Obidos. 

MARIMARY GRANDE, M. PRETO ou M. SARRO — Cassia grandis. 

MATAMATA — em Marajó, synonymo de «escada de jaboty» (Bauhinia, es- 
pecies escandentes de caule achatado e flexuoso); commummente e no 
Pará inteiro, as arvores do genero Eschweilera, da familia das lecythi- 
daceas. 

MATAPASTO — Cassia tora, C. alata e C. reticulata. 

MATAPASTO GRANDE — Cassia alata e principalmente C. reticulata. 

MEMBY — Cassia apoucouita, em Gurupá. 

MENDUBY-RANA — Cassia diphylla, em Marajó. 

 MORCEGUEIRA — synonymo de «andirá-uchy». 

MOROROÓ — (nome introduzido do Nordeste, raramente usado no Pará) — todas 
as especies arboreas ou arbustivas e inermes do genero Bauhinia. 

MUCUNÃ — Dioclea, todas as especies. 

MUIRAJUBA — Apuleia molaris. 

MUIRAPAXIUBA — Cassia adiantifolia, mo municipio de Breves. 

MUIRAPINIMA PRETA — Zollernia paraensis («pão santo»), variedade da 
madeira com manchas semelhantes ás da «muirapinima» verdadeira (Brosimum 
guianense (Aubl.) Hub., fam. moraceas). 

MUIRAPIXUNA — em Santarem, Cassia scleroxylon; em Montealegre, Caegsal- 
pinia paraensis; no Rio Trombetas, Swartzia grandijolia. 

MUIRARUIRA — synonymo pouco usado de «muirajuba», em: Faro. 

MUIRATAUÁ — synonymo de «muirajuba». 

MULUNGU (nome oriundo do Brasil extraamazonico) — no Estado do Pará, 
Erythrina corallodendron, E. xinguensis e E. Ulei. Não se confunda com o 
nome paraense «molongó» que pertence a appcynaceas dos generos Zschok- 
kea, Ambelania e Macoubea. 

MUTUTY —-em varzeas inundaveis de rios e igapós, Pterocarpus amazonicus 
e Pt. draco; nas terras firmes, Pt. Rohrii. Em margens de rios e lagos 
nos municipios de Obidos e Faro, ainda Ftaballia guianensis. 

OITEIRA — Plathymenia reticulata, em Montealegre. 

OLHO DE BOI — Mucuna altissima e M. urens. 

ORELHA DE PRETO — Enterolobium timbouva. 

PACAPEUÁ — Swartzia racemosa, em Gurupá e Breves. Em Belém, esse nome 
popular é dado a uma cucurbitacea do genero Feuillea. 

PAJAMARIOBA — Cassia occidentalis, em Obidos. 

PÃO DE ARARA — Parkia pendula, no Rio Trombetas; identico nome popular 
applica-se, no baixo Amazonas, algumas vezes á «araríua» (Sickingia tin- 
ctoria Schum., familia rubiaceas) e á Salvertia convallariodora St. Hil. 
(fam. vochysiaceas), e, no Tocantins, a uma especie de Aspidosperma (fam. 
apocynaceas). 

PÃO DE BOTO — Lonchocarpus denudatus, em Obidos. 

PÃO DE CANDEIA — veja-se «candeia». 

PÃO FERRO — em Obidos, ás vezes, Peltogyne paniculata, mais conhecida por 
«coataquiçaua». Nos Estados extraamazonicos, Caesalpinia ferrea Mart. 
PÃO MULATO — no médio Tapajóz, synonymo de «muirajuba» ( Apuleia mo- 
laris). Ordinariamente, aquelle nome é applicado á rubiacea Calycophyllum 
Spruceanum Benth. das margens do Rio Amazonas; raramente e só em certos 
logares (Faro, por exemplo), ainda á Qualea Dinizii Ducke, vochysiacea 

das mattas da terra firme. 


PÃO PRETO —na E. de Ferro de Bragança, Cassia adiantifolia; em Obidos, 
Swartzia fugax. 

PAG ROXO — o commum, de igapós e margens de rios, é a Peltogyne densi- 
flora; o da terra firme (muito mais raro), a P. LeCointei. 

PAO SANTO — Zolternia paraensis; em Gurupá, a acanthacea Trichanthera 
gigantea H. B. K. cuja madeira é leve e branca. 

PARACUTACA — Swartzia acuminata no baixo Amazonas; Sw. Duckei no alto 
Trombetas. 

PARAMARIOBA — Cassia occidentalis em Montealegre; C. hirsuta no Rio 
Capim. 

PARICA —rinigipalimene Piptadenia peregrina, quasi limitada a regiões de 
campo; Pithecolobium niopoides na varzea inundavel da parte occidental 
do baixo Amazonas paraense; algumas vezes Piptadenia suaveolers, na 
terra firme de Obidos. 

PARICA BRANCO ou PARICACHY — Piptadenia suaveolens, em Santarem, 

PARICÁA De CORTUME — Piptadenia peregrina. 

PARICÁ GRANDE DA VARZEA — Pithecolobium niopoides, ma parte occidental 
do baixo Amazonas paraense. 

PARICA-RANA — Acacia polyphylla e algumas vezes ainda Pithecolobium nio- 
poides, ma parte occidental do baixo Amazonas paraense. : 

PARICAZINHO — Aeschynomene sensitiva, em Obidos. 

PATAPEUÁ — veja-se «pacapeuá». 

PÉ DE BOI — Bauhinia macrostachya e a rara B. bicuspidata. 

PITAÍCA — Swartzia acuminata, no estuario e littoral do Estado, em logares 
inundaveis. 

PITAÍCA DA TERRA FIRME — Swartzia platygyne, em Gurupá. 

POROROCA — Dialium divaricatum, em Santarem e Obidos. 

PRACAXY — Pentaclethra filamentosa. 

PRACUUBA — na região do estuario, Mora paraensis; na varzea do baixo 
Amazonas, LeCointea amazonica. O mesmo nome popular é ainda applicado 
a arvores pertencentes a outras familias botanicas: Glycoxylon Huberi 
Ducke (fam. sapotaceas) em Breves («pracuúba dôce» ou «pracuúba de 
leite»), Trichilia LeCointei Ducke (fam. meliaceas) em Obidos («pracuúba 
da terra firme»). 

PRACUUBA BRANCA — Mora paraensis. 

PRACUCBA CHEIROSA — LeCointea amazonica. 

PRACUUBA VERMELHA — Mora paraensis. 

RABO DE CAMALEÃO — nome usado, no municipio de Obidos, para às gran- 
des especies trepadoras e aculeadas do genero Mimosa, e para as do 
mesmo porte, pertencentes ao genero de sterculiaceas Buettneria Loefl. 

SALSA — Calliandra surinamensis, em Belém. Esse nome popular é em geral 
applicado a plantas de outras famílias botanicas, medicinaes ou de uso 
culinario. 

SAPUPIRA — Bowdichia, todas as especies. 

SAPUPIRA DA VARZEA — Bowdichia Martiusii. 

SAPUPIRA DO CAMPO — Bowdichia virgilioides. 

SERUAIA — Cassia leiandra, em Montealegre. 

SUCUPIRA — synonymo, de origem nordestina, de «sapupira». 

TACHY ou TACHYZEIRO — todas as especies dos generos Tachigalia, Scle- 
rolobium e Triptaris (sendo o ultimo da familia das polygonaceas). 

TACHY BRANCO — Tachigalia paniculata, T. alba, Sclerolobium varias especies. 

TACHY PRETO — Tachigalia myrmecophila, na matta da terra firme; as es- 
pecies de Triplaris (fam. polvgonaceas) nas varzeas inundaveis. 

TYAMBORIL — (nome introduzido dos Estados do Centro e Meio Norte) — En- 
terolobiun maximum, em Alcobaça. Nos Estados extraamazonicos, esse 
nome pertence a outras especies do mesmo genero botanico. 

TAMBORIUVA — Enterolobium maximum no Rio Tapajoz e, mais frequentemente, 
no Estado do Amazonas. 

TAPAIUNA — Dicorynia ingens, no municipio de Almeirim. 

TENTO ou TENTEIRO — em primeiro logar, Ormosia, todas as especies do 


= dl 


genero com excepção da O. Coutinhai («buiussú»); tambem ainda o genero 
Abrus e ás vezes a Batesia floribunda. 

TENTO AMARELLO — Ormosia excelsa. 

TENTO AZUL — Pithecolobium trapezifolium (cujas sementes são brancas com 
arillo azul), em Belém, nome raramente usado. 

TENTO GRANDE DA VARZEA — Ormosia amazonica. 

TENTO PRETO — Ormosiopsis flava. 

TIMBAUÚBA — Enterolobium Schomburgkii, Piptadenia psilostachya, P. recurva, 
P. suaveolens e Stryphnodendron guianense, em Belém; Enterolobium tim- 
bouva em Santarem. 

TIMBO — Tephrosia toxicaria, T. nitens, T. brevipes, Lonchocarpus nicou, L. 
floribundus e Derris guianensis, principalmente a primeira e a quarta 
d'estas especies. Tambem plantas de outras familias botanicas que servem 
para matar peixe ou cujos caules são empregados como cordas. 

TIMBÓ-ASSU — Derris guianensis, algumas vezes. Em geral especies de Car- 
ludovica, fam. cyclanthaceas. 

TIMBÓ DA MATTA — synonymo de «timbaúba». 

TIMBÓ DE CAYENNA — Tephrosia toxicaria. 

TIMBÔ DO CAMPO — Tephrosia brevipes. 

TIMBÓ-RANA — synonymo de «timbó da matta» e «timbaúba»; tambem Derris 
guianensis, Lonchocarpus negrensis e L. floribundus. 

TIMBÓ URUCU — Zonchocarpus nicou, em Gurupá. 

TIMBO VENENOSO — Zonchocarpus jloribundus, na região do Sapucuá, mu- 
nicipio de Obidos. 

TIMBÓ VERMELHO — synonymo de «timbó urucú», em Gurupá. 

TINTEIRA — Pterocarpus draco, ás vezes, em Belém; mais geralmente, arvores 
de diversas outras familias botanicas cujo succo tinge de vermelho escuro. 

UCHY-KRANA — entre as leguminosas, synonymo de «andirá-uchy», porém mais 
commummente arvores de outras familias botanicas (em Belém, humiria- 
ceas; em Obidos, rosaceas). 

VERONICA — Dalbergia monetaria, nas margens dos rios do littoral e estuario; 
D. subcymosa nas terras altas de Bragança. 

VISGUEIRO — (nome oriundo dos Estados do Meio Norte) — Parkia penduiá, 
P. paraensis, P. velutina, P. ingens e P. gigantocarpa, principalmente em 
Belém e Bragança. A's vezes esse nome é ainda dado a especies de Sapium 
(«murupita», fam. euphorbiaceas) e outras plantas de varias familias botanicas. 


Belém do Pará e Rio de Janeiro, 1914-1925. 


ERRATA 


234 — no fim do capitulo sobre Znga edulis falta a linha: America tropi- 


Pag, 
cal, porem não em toda a parte. 
Pag. 241 — linha 34 leia-se baxba em logar de bouva. 
» 255— » Sp» Leucaena em logar de IL encaena. 


286 — nota I5 leia-se catingueira em logar de catingneira. 

319 — no fim do capitulo sobre Z. megrensis falta a linha: Amazonas 
( Rio Negro ): Guyana. 

- 326 — linha 27 leia-se Z. em logar de T. 


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PLANTAS NOVAS 


POR 


3 6, KUHLMANN. 


Ed 


Contribuição para o conhecimento de algumas plantas 
novas, contendo tambem um trabalho de critica 
e novas combinações, por J. G. Kuhlmann. 


A «hyléa» com a sua pujante e variadissima vegetação, é, para 
o botanico, incontestavelmente a região mais propicia da America 
do Sul, e será talvez na Ameiica toda, aquella em que as formas 
vegetaes se apresentem com maior exuberancia, e onde os typos 
novos, bem definidos, appareçam com frequencia, enriquecendo 
O patrimonio scientifico com generos e especies novas. 

Devem ser estimadas em milhares as especies ainda não des- 
criptas, e em centenas os novos generos a encontrar! Isso, aliáz, 
não pode causar admiração a ninguem, pois, apezar dos esforços 
e pesquizas desenvolvidos pelos diversos botanicos que trabalha- 
ram naquellas regiões, as investigações se limitaram, por motivos 
varios, aos cursos dos rios, recolhendo os elementos da faixa de 
vegetação emoldurante das margens, ou então, restringiram-se a 
explorar determinados pontos, muitas vezes com tempo limitadissimo 
que não permittiu grandes e systematicas penetrações. Basta citar 
a escassez dos recursos materiaes e moraes, alliada ás difficulda- 
des de transporte e mil obstaculos naturaes, avultando entre 
estes a difficuldade de se recolher os dados necessarios das arvores 
enormes da região, cuja altura, em média, é de 30 metros mas 
que chegam com frequencia a mais de 50 metros de altura. 
Augmenta essas difficuldades a infrequencia da floração d'esses 
gigantes, havendo, segundo observações do sr. A. Ducke, especies 
cujo repouso entre duas florações talvez chegue a 10, 15 e até 
20 annos! Avalie-se, com isso, a elevada somma de esforços e a 
tenacidade indispensaveis para um estudo completo e systematico 
daquella extraordinaria região! : 


* * 


As interessantissimas formações, agrupamentos, associações de 
plantas caracteristicas determinadas pelas condições ecologicas, se 
repetem ás vezes interrompidas por largos espaços. Localizadas 


— 349 


em pontos muitas vezes quasi inaccessiveis, menos pela confor- 
mação topographica de que pelas difficuldades decorrentes da 
falta de estradas nas grandes distancias em que se acham dos 
pontos habitados, exigem desamor a conforto, estoicismo e abne- 
gação daquelles, que, levados pelo desejo de as estudar porão em 
risco a saude e a propria vida para arrancal-as ao seu habitat. 


x 
x E 


Com os trabalhos do saudoso scientista, dr. Jacques Huber, 
o qual com brilhantismo dirigiu durante muitos annos o Museu 
Paraense, tiveram inicio colheitas de material e observações me- 
thodicas, realizadas em frequentes viagens ao interior amazonico. 
Os resultados da sua operosidade foram inapreciaveis, pois as novas 
especies surgiram ás centenas, graças ao incançavel labor daquelle 
scientista, alliado á tenacidade e o valor incontestaveis do auxi- 
lar e discipulo, a quem Huber dedicou um numero elevado de 
novas especies, e que agora como chefe de secção desta Instituição, 
continúa os seus estudos em periodicas viagens á região amazonica. 

A elle devo em parte, por espontanea lembrança e auctoriza- 
ção, os materiaes scientificos para o presente trabalho, repre- 
sentados pelos cinco generos novos: Cyrillopsis, Ptychocarpas, 
Sterigmapetalum Duckeodendron e Duialypetalanthus, que addi- 
ciono respectivamente ás familias Cyrillaceae, Flacourtiaceae, Rhizo- 
phoraceae, Solanaceae e Rubiaceae. 

Alem da descripção dos generos referidos, apresento, como 
acima ficou dicto, um trabalho de critica e novas combinações, 
para dois generos e algumas especies e que por falta de elementos 
completos ou outros motivos quaesquer não puderam ser incluidos, 
pelos seus auctores, nas respectivas familias ou generos. 


GRAMINEAE 
Paspalum marmoratum: Kuhlmann, n. sp. 
Annuum, laxe caespitosum. Culmi erecti 2,5-—3 dm. alti, gra- 
ciles ramosi basi subgeniculati glabri s — 6 — nodii, nodis angustis 


atro-violaceis. Folia laxa striata hirsuta, pilis pallide sordidis, e 
tuberculis enatis, laxe vestita: ligula badio-fusca assurgenti-arcuata, 


— 349 — 


integra apice dorsoque nuda; laminae lineari-lanceolatae planae 
tenues, laxe hirsutae 2-8cm. lg. et 1—2mm. latae. Pedunculus 
communis tenuis basi vaginis involutus; racemi singuli subfalcati 
2—3 cm. longi, rachi applanata anguste marginata quam spiculae 
duplo angustiore glabra, marginibus fusculis; pedicelli singuli al- 
terni brevissimi apice inflexi et ibi pilis involucrantibus muniti et 
supra spicularum basi affixi; spiculae bisseriatae, facie antice plana 
dorsah valde gibbosa, 2,5 mm. lg. 1,8 mm. latae; glumae 2 
valde inaequales minutissime foveolato-asperulae, glumae I spiculae 
basi late amplexae et eam medio non aequantes, apice obtusae 
dorso basi subsaccatae late ellipticae 5-nerviae, nervis lateralibus 
ante marginem evanescentibus, glumae II flosculum aequantes, 
5 -nerviae, nervis lateralibus a medio distantibus, subapproximatis: 
fructus asperulus dorso valde gibboso pulchre fusco-marmoratus, 
antice planus paulo maculatus. 
A Capanema in Brasilia lectum (no 5.408 J. Bot.). 


Tabula nostra 26 


Entre as especies da collecção agrostologica do Jardim Bota- 
nico encontrei o Paspalum que acima descrevo com a nota: «Her- 
bario Capanema», sem outras indicações de procedencia; exami- 
nando bem o material, que consta apenas de dois colmos isolados, 
verifiquei tratar-se de uma especie não descripta, mas que era 
evidentemente nova e constitue um typo de transição entre as 
secções Eremachyrion e Opisthion. 

Elle se distingue de todas as outras especies pelos bellos dese- 
nhos do fructo que é maculado de fusco ou castanho. 


Paspalum tumidum Kuhlmann, n. sp. 

Annuum? Caespitosum? Culmi erecti metrales vel ultra (?), 
multinodi, nodis nigro-violaceis, internodiis striatis glaberrimis, va- 
ginis internodio longioribus striatis, marginibus summa parte ci- 
liatis; ligula assurgente-arcuata, apice nuda, dorso basi laminarum 
pilis albis stipata 2 mm. lata; laminae basi obtusae late lineari-lan- 
ceolatae, 15-38 cm. longae et 1--3,5 cm. latae, supra medium 
angustae sensim accuminatae, marginibus praecipue basi ciliatas, 
in utraque facie glabrae, subtus glaucae. Inflorescentia racemosa 


age VADE remo 


subexserta, robusta, axi communi alato-triquetro glabro, racemis 
6—S erectis in axilla barbatis, 5—9 cm. longis, axi partiali 4 mm. It. 
applanato linea antica elevata, spiculis fere duplo longioribus mar- 
ginibus alatis et asperulis dorsoque dense asperulis, pedicello 2— 
spiculato, brevissimo glabro triquetro, spiculis multo minore, spiculis 
quadrifarium seriatis glabris crassiusculis plano-convexis ovato-el- 
liptcis obtusis stramineo-pallidis 3,5 mm. lg. et 2—2,3 mm. latis, 
gluma I postica conchaeformi, glabra, spiculam aequante 5-—ner- 
via, nervis crassiusculis, Il plana 5—nervia, nervo. mediano elevato 
apice subcarinato, fructu pallescente punctulato-striolato, obtuso. 

Ab «Inspectoria Agricola» in Civ. Parahyba do Norte lectum, 
florebat mense maio 1922 (nº 17.907 J. Bot.) 


Tabula nostra 27 


A especie que acima descrero, é, das especies do genero 
Paspalum, das de mais largas folhas e mais espessas espiculas 
que conheça; é ella apparentada com o Paspalum crassum Chase, 
do Mexico (Contributions from the UNITED STATES NACIONAL 
HERBARIUM vol. 17, part. 3 pg. 239, 1913). 

O seu aspecto lembra o da Brachiaria (Pan.) plantaginea, 
dahi talvez o nome de «milhã branca var. sertão» com que veiu em 
uma consulta da Inspectoria Agricola da Parahyba do Norte. 
O material está incompleto, pois consta só da parte superior dos 
colmos, e sem outros esclarecimentos, portanto impossivel se tornou 
verificar si a planta vive em cespes ou si isoladamente, si é annua 
ou si é perenne, nem tão pouco, si é erecta ou si é detumbente. 
Pelo aspecto e consistencia presume-se que se trate de uma planta 
herbacea e talvez annua. 


Raddia (Olvra) Portoi Kuhlmann, n. sp. 


Gramen perenne caespitosum erectum, 25—40 cm. altum, culmis 
tenuibus glabris, nodis angustissimis, elevatis, sulcatis, glabris, in- 
ternodiis subtriquetris, sulcatis glabris, vaginis inferioribus aphyllis 
squamiformibus glabris, superioribus culmos arcte amplectentibus, 
ad latus superius solum ciliatis, apice truncatis et nudis, foliis pe- 
tiolatis, petiolo applanato, hirtello, 1—raro 2 mm. lg., laminis translu- 
cidis, membranaceis non reticulato — venulosis, 5 — raro 7 — ner- 


390 — 


viis, basi subcordato — rotundatis ad apicem sensim obtusiusculo — 
attenuatis. pilosis, pilis minutissimis laxe obsitis, striatis, margini- 
bus, aspérulis, 1,5 — scm. lg. et. 411,5 m. latis. Inflorescentia 
feminina axillaris, erecta, racemosa, solitaria, 3-5 —flora, parte flo- 
rifera 1,5—2cm. lg., rachi communi hirtella, spiculis breviter pedi- 
cellatis, pedicellis 1 mm. lg., glabris axi applicatis 4-5 mm. lg. et 
tmm. It.; gluma inferior oblonga ad apicem breviter subulata, 5— 


“nervia, superiorem 1/3 superans; gluma superior obtusissima 3— 
nervia fructum aequans vel paulo superans; fructus anguste oblon- 
gus 4mm. lg. et 1,2mm. lt. pallidovirens utrinque minutissime fo- 
veolatus. Inflorescentia masculina terminalis multiflora (inflores- 


centiae evolutae pedunculus exsertus, in juveni vaginã involutus) 
anguste pyramidato — paniculata, parte florifera 4 — s cm. lg., rachi 
communi et ramis angulatis, angulis hirtellis, ramis strictis, spi- 
culis breviter pedicellatis, pedicellis 1—3 mm. lg., flosculis lineari- 


“lanceolatis 5 mm. lg. et o,8mm. It. glumis anguste linearibus 3 — 


nerviis, breviter apiculatis, paleis 2 —nerviis muticis glumã paulo 
superatis. 

| Habitat inter Itaeté et Iguassú, Bahia, in silvis, legit P. Campos 
Porto, n. 1.362, (29-XII-1922), n. 17.936 J. Bot. 

Esta nova especie differe da Raddia jloribunda Beauv., pelas 
suas folhas só com 5 (raramente 7) nervos principaes distinctos, não 
reticuladas, mais estreitas, mais longas e attenuadas no apice, com 
as bainhas, a inflorescencia e as espiculas glabras, e finalmente por 
ter a inflorescencia feminina sempre solitaria. 

Segundo observações do snr. P. Campos Porto, as folhas da 
nova especie, durante o dia, estão enroladas, abrindo-se só pela 
tarde ou á sombra. Sem duvida esse phenomeno reduz ao minimo 


“a evaporação de agua, pois, alem de ter sido isso observado em 
“dezembro, o terreno era arido, embora coberto de vegetação mais 


elevada. 
Dedico a nova especie, como homenagem, ao seu descobridor, 
snr. P. Campos Porto. 


ULMACEAE 


Ampelocera glabra Kuhlmann, n. sp. 


Arbor elata, 20m. alta, trunco angulato-sulcato sulcis plus 


-minos profundis, ramulis hornotinis puberulis, annotinis glabris sed 
* crebre lenticellosis, foliis breviter petiolatis, petiolo bistipulato supra 


- 352 — 


canaliculato 3-8 mm. longo, stipulis mox deciduis, lamina (evoluta) 
;—18cm. lg. et 1,5-—7 cm. lata basi obtusa integerrima assymetrica 
dimidio superiore remote serrata, serraturis utrinque 1 — 7, apice in 
acumen obtusiusculum sensim attenuata (laminis minoribus plerum- 
que integerrimis), nervo medio subtus prominulo, secundariis utrin- 
que 7—9. Inflorescentia axillaris, ante anthesim bracteis imbricatis 
involuta, post anthesim paulo aucta, brevissima, basi floribus mas- 
culis, apice flore femineo unico; calix floribus masculis 3--4—den- 
tatus 3 mm. lg. et 2—2,5 mm. lt. extus puberulus; stamina utriusque 
sexus 10—16, filamentis 33,5 mm. lg. antheris 1,5 mm. latis paulo 
supra basim affixis et ibi Insisis, apice in connectivum breve subula- 
tum abeuntibus; ovarii rudimentum brevissimum. Calix floris her- 
maphroditi 4—dentatus masculo conformis; ovarium calicem su- 
perans sparse puberulum 3 mm. longum, apice breviter attenuatum; 
stigma 5 mm. lg. post exsiccationem reflexum; bacca matura fla- 
vescens laevis glaberrima, globosa assymetrica unilateraliter pro- 
ducta 2,5 cm. lg. et 2,53 cm. lata, apice stigmatibus 2 persisten- 
tibus coronata; semina 18 mm. lg. et 12 mm. lata, oblonga longi- 
tudinaliter semicincto-carinata antice paulo contracta; germen loculis 
conforme; cotyledones valde complicatae. 

Ab auctore in silvis montis Dona Martha circa urbem Rio 
de Janeiro lecta (nº 6.794 herb.), florebat 8-XI-1922. 


Tabula nostra, 28 


À especie acima foi colhida nas mattas que restam na encosta 
do morro de Dona Martha, nas Laranjeiras, dentro dos limites 
da Fabrica Alliança, sendo preciso observal-a durante dois annos 
consecutivos para a encontrar em estado florifero (Novembro de 
1922); reconheci nella, desde logo, uma Ulmacea, verificando mais 
tarde que se tratava do genero Ampelocera, novo para a flora 
do Brasil onde aquella familia estava representada apenas pelos 
seguintes generos: Phyllostylon, Celtis e Sponia. 


Ampelocera verrucosa Kuhlmann, n. sp. 
Arbor mediocris, fronde lata; ramulis hornotinis fuscescentibus, 


annotinis glabris, longitudinaliter rimosis, stipulis caducissimis non 
visis, petiolo 5 — 1omm. lg. gracili, supra canaliculato brevissime 


GR COND a 


piloso; laminae glabrae vel ad nervos utrinque (supra magis dense) 
brevissime sparsim pilosae, valde variabiles 4—15 mm. lg. et 2,5-—7 
cm. latae, basi inaequilaterae, rigide membranaceae, nitidiusculae, 
translucentes, utrinque 7-—g-—nerviae, nervis plus minus remotis 
erecto-curvatis et in angulum 47º cum medio insidentibus, promi- 
nentibus, dorso nervo mediano applanato, serraturis ad margines 
2—3 raro 4; remotis, vel marginibus subintegris. Inflorescentia axil- 
laris ad ramos defoliatos enata breve, persistenti-bracteolata, flo- 
ribus in axillis bractearum; flores masculi breviter pedunculati, flo- 
res feminei apicales 1-3; calix floris masculi non satis evolutus, 
floris hermaphroditi brevissimus, lobulis late obtusis 1 mm. 
lg. et 1,5 mm. latis, denseque adpresse pilosis; stamina fila- 
mentis 3,5 mm. lg., antheris 1 mm. lg. brevissime apiculatis; fructus 
orbiculatus assymetricus unilateraliter productus, stigmatibus duo- 
bus persistentibus coronatus, sparse papilloso-verrucosus et bre- 
vissime denseque pilosulus, 8-—romm. lg. 11—13mm. latus et 6 
mm. crassus. , 

Ab A. Ducke lecta, juxta oppidum Itaituba, Rio Tapajoz, 
20-X-1922 (nº 19.135), et in silvis regionis Rio Branco de Obidos, 
juxta rivum Tucandeira, (no 19.136), 17-XIl-1923, Civ. Pará. 

Esta especie differe da anterior por ter menor numero de den 
tes nas margens das folhas, por ter a inflorescencia maior numero 
de flores femininas e por ser o fructo muito menor e, alem de 
verrucoso, revestido de pequenissimos pellos. 


OLACACEAE 
Brachynema Benth. 


B. ramiflora Benth, arvoreta ou arbusto que geralmente 
attinge de 2-——s metros de altura, não muito ramificada, com folhas 
alternas de forma oval-lanceolada e longamente pecioladas; in- 
florescencia em corymbos que se acham directamente inseridos 
sobre ramos e tronco. O calyce é curto, inteiro, accrescente após 
a fecundação do ovario. A flôr é hermaphrodita, gamopetala, 
e tem o tubo cylindrico e o limbo partido em 5 segmentos de 
prefloração valvar com leve torsão; estames 5, com os fila- 
mentos curtos e inseridos na base do tubo; antheras oblongas 
bi-rimosas e encimadas pelo prolongamento filiforme do connectivo. 


— 354 — 


O ovario é sessil com o apice deprimido ou convexulo e munido 
de um estigma apical, sessil e inteiro; loculos 4—5, 1-—ovulados, 
ovulos pendentes do apice dos loculos. Fructo subgloboso, coberto 
por um epicarpio mais ou menos crustaceo, contendo uma unica 
semente, esta com um sulco ou valecula unilateral; endosperma 
carnoso; embryão pequeno, apical. 


Estampa 29 fig. a-g 


Os caracteristicos acima, principalmente o do calice acçres- 
cido após a fecundação do ovario e que mais tarde envolve a 
base do fructo, a predominancia do endosperma em relação ao 
tamanho do embryão, a posição deste, e, especialmente, as flores 
hermaphroditas, são motivos sobejos para que a especie não fi- 
gure entre as Ebenaceas, onde a poz Bentham. 

Já, na magnifica monographia de Engler-Prantl, Natirliche 
Pflanzenfamilien vol IV: I, pg. 165, o sr. M. Giirke, cita Bra- 
chynema como duvidosa para as Ebenaceas, mas, tambem, não 
lhe poude dar a devida collocação. No emtanto para mim foi 
tarefa relativamente facil reconhecer que se tratava de uma Ola- 
cacea (mesmo não dispondo de fructos perfeitos), pelo material reco- 
lhido por mim na cachoeira de Santa Cruz, no alto Jamary, affluente 
do Madeira, Estado de Matto Grosso, em dezembro de 1918 
(no 1.961). Mais tarde, em 1920, com a abundante messe de ma- 
terial trazida pelo sr. Adolpho Ducke, da Serra do Carnaú, Trom- 
betas, (nº 15.045 Herb. Amaz.), do Pimental, Tapajoz (no 10.552) 
e cachoeira da Montanha, tambem no Tapajóz (no 10.551), obtive 
fructos que confirmaram plenamente a classificação a que eu 
tinha chegado. 

A posição do genero entre as Olacaceas é natural, ficando 
este subordinado á tribu Anacoioseae, nas proximidades do ge- 
nero Tetrastylidium. 


Tetrastylidium janeirense Kuhlmann, n. sp. 


Arbor elata, ramis glabris longitudinaliter striatis, teretibus 
fuscentibus, foliis distichis, in sicco fuscescentibus, subtus pallidiori- 
bus breviter petiolatis, petiolo supra anguste canaliculo, plerumque 


=enos Ge 


transverso-rimoso 10-18 mm. lg., laminis 5—12cm. lg. et2,5—7 cm. 
latis, glabris sed utrinque dense granulatis et striolatis, ovato-oblon- 
'gis basi obtusissime rotundatis, ad apicem subito acuminato-mucro- 
nulatis, nervis utrinque 6-7. Inflorescentia axillaris fascilutata, 
pauci-multiflora, pedunculis ima basi articulatis, glabris, 3-6 mm. 
Ig., calice patelliformi regulariter 5—Gentato, dentibus deltiformibus 
rmm. lg. et latis; corolla alba, petalis extus. glaberrimis intus 
dense sordide pilosis, oblongo-ellipticis utrinque subattenuatis 61/4 
mm. lg. et 3imm. It.; antherae 4mm. Ig. et 2mm. latae, pollini- 
ferae, crassiusculae, glabrae; ovarium glabrum; bacca flavida glo- 
bosa 2-—2,5cm. lata. 

Habitat in monte dicitur Morro de Dona Martha, in silvis 
«Reserva Florestal da Fabrica Alliança» circa urbem Rio de 
Rlaneiro, leg: J) G. Kuhlmann, (ne. 3.149 |. Bot). 

Esta nova especie fica muito proxima do Tetrastylidium En- 
glerii, do qual todavia se distingue, principalmente, pela forma 
das folhas que alem de menores e mais largas, teem a base obtusis- 
-sima e arredondada, ao passo que o T. Englerii tem a base das 
folhas distinctamente attenuada. 


LEGUMINOSAE 
Acacia Spegazziniana Kuhlmann, n. sp. 


Speciei Acacia adhaerens Benth. valde affinis, at undique magis 
dense pilosa, pilis magis fuscescentibus et velutinis, partibus omni- 
bus magis robustior, pinnis vulgo 8 — 11, glandulis petiolaribus 
4—5, foliolis 25-—49—jugis, magis latis et marginibus evidenter 
nitido—marginatis, capitulis longius pedunculatis, fructu latiore dis- 
tincte velutino-—piloso et praecipue floribus longiusculis et evidenter 
pedicellatis. 

Ab auctore ad marginem silvarum supra montem Dona Martha 
(Mundo Novo) circa urbem Rio de Janeiro lecta, florebat (nu- 
mero 133.386) 28-IX-1920, fructificabat (no 5.256) S-IlI-1921. 

A especie supra descripta approxima-se, no aspecto, da Acacia 
adhaerens Benth. mas afasta-se em muitos detalhes, principal. 
mente pelas flores distinctamente pedicelladas. 

O material que fôra, numa remessa de duplicatas de especies 
do genero Acacia da collecção do Jardim Botanico, enviado ao 


- 356 — 


tir. Spegazzini (na Argentina) que então estudava o referido ge- 
nero, voltou com a nota de «especie nova»; pedimos então áquelle 
especialista auctorização para lhe dedicar á nova especie ao que 
elle aquiesceu. 


Parkia Ulei (Harms) Kuhlmann, nov. comb. 


Leucaena Ulei Harms, in Verh. Bot. Brand. 1906 XLVII, 
162 (1907). 

Tendo tido o ensejo de examinar o genero Parkia, que em 
abundante messe foi trazida pelo sr. A. Ducke, do E. do Pará, tive a 
surpresa de constatar a grande affinidade que a Leucaena Ulel 
Harms, em seus detalhes, tinha ás especies daquelle genero. Fazendo 
então um exame mais accurado da dicta especie, cheguei á evidencia 
de que se tratava de uma legitima Parkia, não só pelo facto de 
ter a corolla segmentos imbricados na prefloração e pela forma 
do legume, mas principalmente pela ausencia: do endosperma na 
semente. 

Segundo um exemplar original da collecção Ule conservado no 
Museu Paraense, o dr. H. Harms, especialista que descreveu a es- 
pecie em questão, não teve legumes nem tão pouco flores em botão, 
do contrario ser-lhe-ia facil incluil-a no genero Parkia. 


Tabula nostra. 30 


CYRILLACEAE 


Cyrillopsis Kuhlmann n. gen. 


Flores hermaphroditi pentameri. Calix longe ante anthesin 
apertus, laciniis Jleviter imbricatis. Petala libera leviter imbri- 
cata. Stamina cum laciniis corollae alternantia, ante anthesin spira- 
hter geniculato-inflexa; filamenta filiformia, post fecundationem 
recta erecta. Antherae longitudinaliter birimosae, basi affixae et 
ibi cordatae, apice obtusae, introrsae. Ovarium superum sessile 
2-loculare, loculis 2—ovulatis, ovulis in apice loculi sub-axillaribus 
pendulis. Stylus filiformis ante anthesin spiraliter inflexus, post eam 
geniculato-adscendens, rectus. Stigma parvum, integrum, brevissime 
capitatum. Fructus ignotus. 


pa — 357 — 
Cyrillopsis paraensis Kuhlmann n. sp. 


Arbor parva, ramis glabris, junioribus dense lenticellosis, len- 
ticellis oblongis, longitudinaliter rimosis, foliis alternis, integris, 
glaberrimis ad apices ramorum subcongestis, petiolis longiusculis, 
5—15 mm. longis, supra canaliculatis vel applanatis, glabris, lamina 
ovato-lanceolata apice in acumen breve abrupte angustata, basi 
longe attenuata, glaberrima, supra nitente, subtus opaca, 6,5—17 cm. 
lg. et 3-6 raro 6,5 cm. lata, nervis supra prominulis, subtus pro- 
minentibus, lateralibus 6—10 plus minus erecto-patentibus, ante 
marginem adscendenti-curvatis et inter se arcuato-anastomosanti- 
bus, spatiis inter se plus minus recte venosis, venis reticulatis. 
Inflorescentia racemosa, racemis im axillis foliorum superiorum 
enatis, 1—6-fasciculatis, 1,5—5 cm. longis gracilibus laxifloris gla- 
bris, bracteis parvis triangularibus, glabris, pedicellis gracilibus, 
filiformibus, medio articulatis, infra articulationem bracteolatis, 2—4 
mm. longis, bracteolis pusillis. Calix lobulis lati-ovatis, mm. lg. 
et. 3/4mm. latis, glabris; petala quam calix sub-triplo longiora, 
lato-obovata apice breviter retusa, glabra, 2mm. lg. et 1,6mm. 
lata; stamina filamentis glabris, 3 mm. longis, antheris glabris par- 
vis; ovarium parvum glabrum; stilus filiformis 2 mm. longus, post 
fecundationem accrescens. 

Habitat inter flumina Cuminá-Mirim et Ariramba, affl. flu- 
minis Trombetas (Pará), 18-XII-1906 legit A. Ducke nº 7.994 
Herb. Amaz.; im silvis prope Campinas do Infiry ad septentrio- 
nem lacus Faro (Pará) 12-II-1gro legit A. Ducke nº 10.705 Herb. 


Amaz. 


A 
[ 


Tabula nostra, 29 fig. h-m. 

= O genero Cyrillopsis tem alguma affinidade com o genero 
Cyrilla e delle se acha muito proximo; afasta-se todavia, pela 
posição dos filetes dos estames na prefloração, que são dobrados 
em espiral e inflexos e não erectos como em Cyrilla, pelo estilete 
muito desenvolvido e tambem em espiral e inflexo na prefloração, 
terminado em um pequeno estigna, o ovario sempre 2—locular e 
os loculos sempre 2-—ovulados. 

O apparecimento de um novo genero de Cyrillaceas na Ama- 
zonia, onde até agora só tinha sido encontrada uma especie do 
genero Cyrilla (C. racemijlora), constitue uma valiosa contribuição 
para a sciencia, e mais especialmente para a flora do Brasil. 


— 358 — 


A nova especie parece limitar-se á região amazonica, o que 
não acontece com a C. ramijlora, que vem desde a Carolina, atra- 
vessa a Florida, e, extendendo-se alem das Indias Occidentaes, 
apparece nas Guianas e no Norte do Brasil. 

O nome Cyrillopsis é-lhe attribuido pela sua semelhança evi- 
dente como o genero Cyrilla. 


FLACOURTIACEAE 
Ptychocarpus Kuhlmann, n. gen. 


Flores dioici, perigonio utriusque sexi urceolato crasso (fe- 
mineo magis tumido), basi intus (masculo magis evidente) annulo 
piloso vestito, lobis quattuor erectis subaequalibus, praefloratione im- 
bricatis; stamina 8 apice disci inserta, perigynia (in floribus femineis 
sterilia atque minora), 4 longiora lobis anteposita, 4 breviora cum 
iis alterna, antheris dorsi basi affixis, oblongis introrsis birimosis; 
discus tubum perigonii vestiens; ovarium sessile pyramidato-ova- 
tum (in flore masculo parvum ste-rile laeve) crasse rugosum, unilo- 
culare, placentis 3—4 parietalibus multiovulatis, ovulis horizon- 
talibus 3 — 4 — seriatim affixis; stylus terminalis apice 3 — 4 fidus, 
stigmatibus crassiusculis capitato-peltatis subreflexis; capsula tri- 
tetragono-pyramidata dense transverse subalato-rugosa, loculicide 
tri-quadri-valvis polysperma; semina mutua compressione angulata, 
arillato-tunicata, testa crustacea subdense sericeo-puberula, albu- 
mine carnoso, embryone albumini paulo minore, cotyledonibus late 
foliaceis, radicula cylindrica cotyledonis medium aequante. 


Ptychocarpus apodanthus Kuhlmann, n. sp. 


Frutex ramis flagelliformibus, cortice sordide albescente, sti- 
pulis minutissimis scariosis apice laceratis, cito caducis; folia al- 
terna disticha breviter petiolata, petiolo crassiusculo supra cana- 
liculato 3—6 mm. lg., lamina discolore opaca glaberrima oblongo- 
lanceolata subabrupte cuspidato-acuminata, basi acuta, 6—22cm. 
lg. et 2,55-—5,5cm. lata, nervo mediano subtus prominente, ner- 


vis lateralibus utrinque 15—26, patentibus, ante marginem arcuato- 


anastomosantibus, marginibus integerrimis; inflorescentia axillaris 


— 359 — 


sessilis glomerata, 1 cm. lg. glomerulis bracteatis 1-—paucifloris, 
floribus stricte sessilibus; flores feminei 8-—g mm. lg. et 5—6mm. 
lt. flores masculi 9omm. lg. et 2—3,5 mm. It. laciniis erectis lato- 
rotundatis 3mm. lg. et 3—5 mm. lt.; fructus sessilis 3—4-—gonus 
pyramidatus 2 cm. longus et latus (ruber, ex A. Ducke); semina 9 
mm. longa et 4—6mm. lata, forma seminis Gossypii, testa seri- 
ceo-pilosa. | 

In Civ. Pará: ad Peixe Boi, in silvis humilioribus leg. J. Huber, 
(no 7.811) 30-XI-1906; Rio Capim, Poço Real, in silvis, sterilis, 
leg. J. Huber (930 ex herb. Paraense), VII-1897; Gurupá in silvis 
(terra firme) leg. A. Ducke (16.685) 28-XII-1916; Belem do Pará 
in silvis leg. J. Huber, (90) 24-111-1896; Igarapé-assúá, E. Ferro 
Bragança (Pará) in silvis secundariis (19.235 J. Bot.) legit R. 
Siqueira, 6-2-1903, (3.334 Herb. Amaz.); Bragança, in silvis non 
inundatis, legit A. Ducke, 12-1-1923 (19.237 J. Bot.); Belem do 
Pará, Estrada do Pinheiro, legit A. Ducke, 20-12-1922, in silvis non 
inundatis (19.236 J. Bot.); Santa Izabel, E. de Ferro de Bragança 
(Pará) in silvis non inundatis, legit A. Ducke, 10-9-1922 (nº 19.238 
E Bor): 


Tabula nostra, 31, fig. a-g. 


Este novo genero que addiciono ás Flacourtiaceas, parece ser 
frequente no Estado do Pará (pois nada menos do que cinco vezes 
lá foi colhido pelas pessoas acima citadas), sendo pois de admirar 
que não tenha ainda sido apanhado por algum botanico europeu; 
comtudo, não achando à sua descripção nos trabalhos consultados, 
julgo que ainda não foi descripto. 

Tratando-se de uma planta dioica é possivel que tenha sido 
descripta só pela flor masculina e addicionada a uma outra familia, 
o que no emtanto acho improvavel porque a ausencia do ovario, 
neste sexo, tornaria tarefa difficil collocal-a com segurança em 
qualquer logar no systema. 


RHIZOPHORACEAE 
Sterigmapetalum Kuhlmann, nov. gen. 


Flores dioici. Calix utriusque sexus valvaris, in flore masc. 
6-—7, fem. 5-6-dentatus; petala fl. masc. linearia a basi ad 
medium integra dejnde laciniatim 3-—partita, partibus duabus late- 


— 360 — 


ralibus in lacinulas plurimas (3—5) partitis, lacinia media integra 
basi 2—dentata, dentibus inflexis. Stamina 10—12; filamenta basi 
sub ovarii rudimento breviter villoso, plus minus coalita; antherae 
dorsifixae, introrsae, apice basique breviter incisae. Petala fl. fem,, 
fl. masc. simillima; staminodia plurima hypogynia squamiformia ; 
ovarium sessile, obovatum, villosum, 5-—6-—loculare, loculis 2— 
— ovulatis; stigma sessile 5 — 6 — radiatum. Fructus capsularis; 
capsula obovato-oblonga, septifraga dehiscens 5 — 6 — locularis, 
loculis 2 — seminatis; semina collateralia, pendula, oblonga, apice 
in alam oblongam falciformem appendiculata vel producta, ala 
cum nucleo articulata, caducissima; endosperma crassiusculum, olea- 
ginosum; radicula cylindrica recta; cotyledones foliacei plani radi- 
culam subaequantes. 


Sterigmapetalum obovatum Kuhblmann, n. sp. 


Arbor mediocris vel magna, ramis validis 3-—5--verticillatis, 
dense griseo-velutinis 4—gonis. Folia 3—5-—verticillata breviter pe- 
tiolata, petiolo piloso, 0,5—2cm. longo, lamina novella laxe fur- 
furacea, adulta supra glabra, subtus nervis primariis et secundariis 
pilosula, obovato-obtusa vel acutiuscula aut breviter truncato-emar- 
ginata, 9-—17 cm. lg. et 4,59 cm. lata, penninervia, nervis utrinque 
1!-—15 cum mediano subtus valde prominentibus, erecto-patentibus 
apice leviter curvatis, venulis valde reticulatis utrinque prominulis. 
Inflorescentia in axillis foliorum superiorum subterminalis, corym- 
bosa plurime dichotome divisa, longe pedunculata, pedunculis, pedi- 
cellis et calice perdense breviter sericeis, pedunculo 2—s cm. longo, 
bracteolato, bracteolis brevissimis, subulatis, villosis. Flores masc. 
sessiles; flores fem. breviter (2mm. lg.) pedicellati; calix floris 
masc. 5-—6mm. lg. et 3—4 mm. latus; calix floris fem. post fecun- 
dationem breviter accrescens, 5-6 mm. lg. et 7—8 mm. latus, den- 
tibus triangularibus, intus laxe sericeus; petala utriusque sexus 
lnearia flagelliformi-lacinulata, 10-12 mm. lg. et 1,5 mm. lata, ante 
anthesin inflexa, glabra; stamina 4 mm. lg. glabra, antherae ovatae, 
basi cordatae; ovarii rudimentum minimum dense sericeum; sta- 
minodia rudimentaria 1 mm. tantum longa; ovarium dense sericeum. 
Capsula oblongo-obovata dense et brevissime sericea perfecte 
evoluta 4 cm. lg. et 2—2,5cm. lata; semina nucleo planoconvexo, 
oblongo, basi breviter stipitato, 8mm. lg. et 3,5—4mm. lato, cas- 


=> 001: — 


taneo, ala membranacea oblongo-falciformi, basi assymetrica, 10— 
I2mm. lg. et 7-—8mm. lata. 

Habitat ad flumen Tapajóz, in silvis primariis collium prope 
Cachoeira do Mangabal, florif. (plant. masc.) 31-VIII-r9gr6, legit 
A. Ducke, nº 16.422 Herb. Amaz., fruct. 15-XII-r919, legit A. 
Ducke, nº 6.803, J. Bot.; ad flumen Madeira prope Porto Velho, 
ripa sinistra, in silvis (plant. fem.) florif. 7-1X-1923, legit J. G. 
Kuklmanna, n. 375, (nº 17.933 J. Bot.). 


Tabula nostra, 32. 


O genero acima descripto deve ficar incluido na tribu Maca- 
risieae proximo ao genero Blepharistemma, pela semelhança dos 
lobulos da corolla, forma do fructo, sementes aladas, etc.; deste 
genero no emtanto se afasta pelas flores dioicas, maior numero 
de dentes no calice (5-6), maior numero de estames (10—12), 
ausencia de disco, maior numero de loculos no ovario (5-6), etc. 

Para a flora do Brasil estavam citadas apenas dois generos 
de Rhizophoraceas: Rhizophora e Cassipourea. A nova contribuição 
é notavel não só pelos caracteres genericos, mas egualmente porque 
se trata de uma arvore de porte muito elevado e que se encontra 
sempre nas terras altas, se bem que esta adaptação tambem se 
note em certas especies do genero Cassipourea as quaes porém 
não passam de arvores pequenas. 

Os primeiros materiaes desta planta foram trazidos das mattas 
da cachoeira do Mangabal pelo sr. A. Ducke, sendo que, da pri- 
meire colheita só veiu material da planta masculina, mais tarde 
material da planta feminina em estado fructifero, e finalmente, em 
7 de setembro de 1923, em Porto Velho, foi por mim colhida a 
planta feminina em estado florifero, completando-se deste modo 
todos os dados para o conhecimento do novo genero e especie. 

O nome generico é tirado de sterigma garfo, forquilha, e peta- 
lon petala, allusão á forma desta que lembra um garfo. 


SOLANACEAE 
Duckeodendron Kuhlmann, nov. gen. 


Flores hermaphroditi; calix campanulatus quinquedentatus; co- 
rolla hypogyna, tubo pasdongato infundibuliformi sensim breviter 
JARD. 24, 


— 362 — 


dilatato, limbo quinquepartito, laciniis reflexis, aestivatione im- 
bricatis. Stamina 5 longe exerta tubo medio adnata et cum laciniis 
alternantia; filamenta filiformia basi in tubum decurrentia, hir- 
tella; antherae oblongae basi profunde incisae medio-fixae, introrsae 
birimosae, rimis longitudinaliter dehiscentes; ovarium disco hypo- 
gyno subimmersum, conicum apice attenuatum 2—loculatum, loculis 
i—ovulatis, ovula campylotropa pendula; placentae lineares; stylus 
terminalis basi non articulatus; stigma capitatum breviter bilobum; 
fructus (immaturus) baccutus, calice paulo accrescente bas' cinctus; 
semina evoluta ignota. 


Duckeodendron cestroides Kuhlmann, n. sp. 


Arbor magna (30m. elatior), ramis annotinis glabris, cortice 
longitudinaliter sed interrupte sulcato et lenticelloso, hornotinis 
minute furfuraceo-fuscopilosis. Folia alterna, petiolo brevi supra 
anguste canaliculato hirtello 7—15 mm. lg. lamina utrinque glabra 
olivacea, subtus pallidiora, obovato-oblonga obtusa vel oblonga 
pbtusiusculo-subacuminata 4—14cm. lg. et 3-—6,5cm. lata, nervo 
mediano supra immerso subtus prominente crassiusculo, secun- 
dariis utrinque 3—5 raro 6 in angulo 40—50º cum medio insiden- 
tibus, ante marginem arcuato-anastomosantibus, marginibus revo- 
lutis integerrimis. Inflorescentia terminalis cymosa, cyma pauciflora, 
furfuraceo-pilosa, pilis fuscescentibus, bractea minutissima, pedi- 
cello brevi at calice longiore, calice lobis late rotundatis, utrinque 
crispulo-piloso, 3mm. alto et 5imm. lato; corollae virides, tubo 
cylindrico extus glabriusculo, intus puberulo 2,2—2,5cm. lg. et 
3—4 mm. lato, laciniis late rotundatis subreniformibus, reflexis, 
4mm. lg. et 5 mm. latis, staminibus exsertis, filamentis basi hirtellis 
parte libera 10—12mm. lg. antheris 2mm. lg. et irmm. latis; 
ovarium glabrum ovato-conicum 2 mm. altum; pistillum 3 cm. 
longum. 

Ab A. Ducke lecta in silvis Chapada do Botica ad cataractas 
Mangabal, rio Tapajóz, civ. Pará (no 17.908 herb.) 18-VIII-1923, 
et loco Furnas ejusdem fluminis 2-VI-1923 (no 19.233). 


Tabula nostra, 31, fig. h-1. 


O novo genero, que addiciono ás Solanaceas, afasta-se dos 
generos até agora incluidos nesta familia, com excepção de Es- 


E DO 


padaea, por ter um só ovulo em cada um dos loculos do ovario; 
quanto aos outros caracteres elle concorda perfeitamente com os 
dos generos da tribu Lycieae, onde cabe nas proximidades de 
Acnistus e Jochroma. Pelo aspecto morphologico elle se approxima 
bastante do genero Cestrum, lembrando-o até pelo cheiro das partes 
vegetativas. Quanto ao numero de ovulos e loculos do ovario elle 
concorda com o genero Espadaca, do qual todavia se afasta pela 
posição dos ovulos. 

Segundo observações do sr. A. Ducke, esta Solanacea é uma 
das arvores de porte grande, sendo o seu lenho de côr amarello- 
pardacenta clara, insolitamente duro e rijo para uma planta da 
presente familia botanica. 

Dedico o novo genero, como merecida homenagem, ao seu 
descobridor: sr. A. Ducke, 


RUBIACEAE 


Dialypetalanthus Kuhlmann, nov. gen. 


Flores hermaphroditi, calice breviter 4—dentato segmentis ante 
anthesim imbricatis; corolla 4—petala optime dialypetala (!) seg- 
mentis ante anthesim imbricatis post cam curvato-patentibus ca- 
ducissimis; stamina plurima (16, 17, 22, 25), biseriata, filamentis 
basi in annulum brevissimum connexis et ovarii apice insertis, post 
petala delapsa subpersistentibus; antherae oblongae basifixae apice 
biporosae introrsae, connectivo crasso; granum pollinis sphaeri- 
forme triporosum; ovarium inferum 2-loculare, loculis pluriovu- 
latis, ovulis pluriseriatim imbricato-affixis, erectis; pistillum cras- 
sjusculum apice brevissime bilobum. Fructus capsularis, capsula 
septifraga calice persistente coronata; semina plurima, sigmoidea, 
erecta, ad nucleum magis dilatata, utrinque breviter appendiculata, 
albumine crassiusculo oleaginoso, germine pusillo, radicula crasse 
cylindrica plumula planiuscula longiore. 


Dialypetalanthus fuscescens Kuhlmann, n. sp. 


Arbor 3-—8m. alta, ramis plus minus profunde sulcatis 4— 
gonis, densiuscule fusco-pilosis, oppositis; stipulae profunde bipar- 


— 364 — 


titae adpresse pilosae 2zcm. lg. et 6—-7mm. lt.; folia opposita, 
petiolo crassiusculo supra plus minus sulcato, puberulo, 1,5—2 cm. 
longo, lamina lato-elliptica, utrinque subabrupte attenuata 6—17 
cm. lg. et 4—1I cm. lata, supra glabra, subtus adpresse pilosa 
4—11—nervia; folia floralia valde minora adpresse dense fusco— 
pilosa. Inflorescentia paniculato-racemosa, 20—30' cm. longa, ramis 
infimis 2—4 rarius 8 cm. longis, bracteis latissimis integris dorso 
adpresse fusco-pilosis 4 mm. lg. et 3—4mm. latis; pedicelli evoluti 
ro—20 mm. lg. plus minus sulcati et bibracteolati; brateolae 
supra basin pedicello vel hujus medio affixae; ovarium basi angus- 
tatum et plus minus angulato-sulcatum, 3—5 mm. lg.; calix lobis 
obtusis late ellipticis ovarium subaequans, 4—5mm. lg. et 5—6 
mm. latus; petala alba 22,5 cm.lg.et 1,5 cm. lata, caducissima obo- 
vato-elliptica basi angustata subunguiculata et ibi ciliata intus 
glabra extus adpresse pilosa; staminum filamenta brevia, 4 mm. 
lg. antheris magnis 7—8mm. lg. et 2mm. latis; stylus glaber 
16—18mm. lg.; capsulae oblongae subturbinatae, tenuiter costatae, 
16—19gmm. lg. et 8-—romm. latae, basi attenuatae apice calice 
persistente coronatae; semina in sicco fusca, parva 6—7 mm. lg. et 
rmm. lata longitudinaliter striatula, apice et basi membranaceo- 
apiculata. 

Habitat Serra de Santarem (no 16.354 ex herb. Amaz.), Pará, 
legit A. Ducke, fructifer, 19.038 J. Bot. (18-VIII-1916); Rio Ta- 
pajóz supra Itaituba in vicinis Barreirinhos, Pará, legit A. Ducke, 
17.921 (26-V-1923); Santa Cruz, alto Jamary, Matto Grosso, legit 
J. G. Kuhlmann, (no 2.363 Com. Rond.) 15.487 J. Bot., XII-r1918; 
Salto Augusto, Tapajóz, legit J. G. Kuhlmann, (1.514 Com. Rond.) 
Jan. 1915. 

Das plantas que têm sido colhidas ultimamente na Amazonia, 
o genero acima descripto constitue, evidentemente, uma das formas 
mais raras e representa, devido á corolla de petalos livres e o 
numero indefinido de estames, um caso rarissimo e talvez unico 
dentro da familia e em todas as gamopetalas infero-ovariadas (?). 
O seu parentesco com as Rubiaceas é inatacavel, vindo porém a 
constituir uma tribu distincta proxima das Cinchoneae. 

A sua distribuição geographica é bastante vasta, pois vae 
desde a fóz do Tapajóz ao alto Jamary n'uma latitude de 80.1 

Foi encontrada a primeira vez por mim, em estado florifero 
e fructifero, na encosta da serra do lado direito do Salto Augusto no 
Tapajóz; mais tarde, em 1916, foi colhida em estado fructifero, 


205 900 


na Serra de Santarem, pelo sr. A. Ducke; em 1918 foi, em estado 
florifero, novamente colhida por mim no Rio Jamary na margem 
direita da Cachoeira Santa Cruz; finalmente em I923 foi mais 
uma vez, em estado florifero e fructifero, colhida pelo sr. A 
Ducke no Tapajóz acima de Itaituba, perto de Barreirinhos. 

A planta que chama a attenção pela quantidade de flores 
que cobrem a arvore é extremamente notavel pelos petalos livres 
que cobrem o chão onde haja ama arvore em flor, dando antes 
a impressão de uma Myrtacea do que de uma Rubiaceal 


“ 


CUCURBITACEAE 
Pd -  Fevillea uncipetala Kuhlmann, n. sp. 


Planta sarmentosa alte scandens, ramis sulcatis glabris, in 
sicco fuscescentibus; folia longiuscule petiolata, petiolo supra an- 
guste canaliculato glabro 3-—4cm. longo, lamina evoluta 4—12 
cm. lg. et 5-8cm. lata, late ovata basi late subcordato-truncata, 
palmatim 5 — nervia, glabra sed utrinque granulatim asperula, ad 
apicem subito acutiusculo-acuminata, marginibus utrinque distanter 
t—2-—glandulosis; cirrhi ad 15cm. longi, glabri, apice bifurcati. 
Inflorescentiae racemoso-paniculatae, longissimae, racemis 1 cm. lg,, 
patentibus, bracteolis parvis subulatis, pedicellis hirtellis gracilibus 
paulo supra basin articulatis, (evolutis 5—6mm. lg.); calix 5 mm. 
diametro, extus hirtellus intus glaber, lobis ovato-obtusissimis; co- 
rolla viridis 7—8 mm. diametro, extus glabra intus papillosa, lobis 
oblongo-obtusis, intus in parte mediana appendiculatis, appendi- 
cibus magnis hamato-uncinatis; flores feminei et fructus ignoti. 

Legit A. Ducke, Rio Branco de Obidos (Castanhal Grande) 
marginibus rivi; 4-II-IgI9 (n. 15.924 J. Bot.). 

Esta especie approxima-se da F. Harmsii pela fórma da folha, 
da qual todavia differe pelo afastamento das glandulas da pro- 
ximidade do peciolo, achando-se na nossa especie estas glandulas 
na borda da lamina, muito distantes do peciolo, além disso o appen- 
dice dos lobulos da corolla que caracteriza nossa especie, falta 
por completo na outra, pois nenhuma referencia faz o seu auctor 
quanto a tão evidente particularidade. 


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Contribuição para o conhecimento 
de uma nova especie de “Hillia” rubiacea, 


POR 


J. 6. Kuhlmann e Fernando Silveira. 


Contribuição para o conhecimento de uma nova 
especie de “Hillia” rubiacea, por J. G. 
Kuhlmann e Fernando Silveira. 


Com o presente trabalho apresentamos a descripção de uma 
nova especie de Flillia, rubiacea epiphytica, que vem elevar para 
6 o numero das especies brasileiras e para 8 o numero total das 
especies do genero. 

O apparecimento de uma novidade botanica no Districto Fe- 
deral não deve surprehender a ninguem pois tem havido innumeros 
casos, e, até generos novos foram descobertos e descriptos poste- 
tiormente á publicação da «Flora Brasiliensis» dos quaes cita- 
remos a esmo: Mitostemma, Phyllostylon, Clarisia, Basiloxylon, etc. 

Levando em conta as diversas difficuldades naturaes alem 
da falta de continuidade e methodo que tem havido até agora 
nas varias pesquizas nas mattas do Rio de Janeiro, não será des- 
cabido assegurarmos, que muitas ainda serão as especies novas 
principalmente nos pontos afastados e de difficil accesso. 


Nestas linhas apresentamos, apenas, a diagnose e a estampa 
da nova Hillia; entretanto é nosso objectivo elaborar, futuramente, 
uma monographia completa das especies de que nos fôr possivel 
obter material e rever a actual chave de classificação da referida 
«Flora», para intercalar a nova especie. Alem disso, iremos es- 
boçar observações sobre a sua adaptabilidade ás condições do 
meio, dados ecologicos e um estudo histologico, levando em conta 
o facto de se tratar de uma familia botanica em que as especies 
epiphyticas são poucas e em grande maioria só representadas na 
flora do Brasil, onde raras têm sido as pesquisas d'essa natureza. 


— 370 — 
RUBIACEAE 
Hillia viridiflora Kuhlmann et Silveira n. sp, 


Planta epiphytica, ramis crassis subherbaceis parte inferiore 
teretiusculis superiore subcompressis, cortice castaneo-fusco obtectis. 
Folia crasse petiolata, petiolo supra canaliculato, 1 cm. longo, la- 
mina ante exsiccationem crasse carnosa, rigida, oblongo-elliptica, 
basi angustata, apice breviter acuminata, nervis plerumque 9 sub- 
flabelliformibus longitudinaliter percursa, 5—7 cm. lg. et 2,55—4 cm. 
lata. Stipulae magnae, oblongae, 1,5 cm. lg. et 7 mm. latae, mox de- 
ciduae. Flos terminalis solitarius; ovarium breviter stipitatum, cum 
stipite 1,5cm. lg. et 4,5mm. latum. Calyx magnus, in lacinias 
5s—6 (15—18 mm. lg. et 1,5—2 mm. latis) divisus, laciniis linearibus 
subspatulatis apice obtusiusculis, basi nudis. Corolla virescens ca- 
lycem duplo superans, 3—3,5 cm. longa apice 12mm. lata, tubo 
saltem basi cylindrico, deinde tubuloso-campanulato, limbo plus 
minus profunde 6—8—fido, laciniis oblongis 6—7 mm. lg. et 5 mm. 
latis, revolutis; stamina 6—8, filamentis brevissimis 3 mm. infra fauces 
incerta antheris leviter incurvis 5 mm. lg. et 1 mm. latis; stylus 3 em. 
longus, basi valde flexuosus; stigma breve, bifidum. Capsula elon- 
gata cylindrica leviter curvata, striata, basi attenuata, ante matu- 
ritatem calicis laciniis (post eam deciduis) coronata, 8-—gcm. lg. 
et 7—9g mm. crassa; semina oblonga subcylindrica com penicilis 15 — 
20omm. longa, nucleus 1,3mm. lg. et 0,5 mm. latus, scrobiculatus, 
castaneo-pallidus. 

Crescit spontanea in ramis Anonae palustris L. in horto bo- 
tanico Rio de Janeiro. 


Tabula nostra, 34. 


A especie acima descripta se distingue das duas especies pro- 
ximas: Hillia illustris e Hillia Saldanhaei, nos seguintes detalhes: 
da H. illustris, por ter a flor muito menor, pelos estames sesseis, 
pelos lobulos do calyce que são obtusos, pelo tamanho e a forma das 
sementes, pela nervação e o tamanho das folhas; da H. Salda- 
nhaei pelo tamanho e numero de segmentos de corolla e calyce 
que nesta especie são erectos e não reflexos e enrolados, e ainda 
pela inserção dos estames que é muito abaixo da fauce (por con- 
seguinte inclusos), pela forma e o tamanho das folhas, etc. 


= GU 


O interessante é que esta nova especie foi encontrada dentro 
do proprio Jardim Botanico, nos ramos do «Araticum do brejo» 
(Anona palustris), sem duvida proveniente de sementes, trazidas 
pelo vento, das mattas proximas. 


O nome da especie é devido á côr verde das flôres- 


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Contribuição para melhor conhecimento 
de uma especie Velloziana É 
do genero “Aspidosperma,” Apocynaceae. 


POR 


Ez J. G. Kuhlmann e Pirajá da Silva. 


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Contribuição para melhor conhecimento de uma especie 
Velloziana do genero “ Aspidosperma,” Apocynaceae, 
por J. G. Kuhlmam e Pirajá da Silva 


APOCYNACEAE 
Aspidosperma illustre (Vell.) Kuhlmann et Pirajá, nov. comb. 


Coutinia illustris Vell. Quinographia Portugueza, pag. 166—170, 
estampa X (1799). : 

Arbor elata trunco 20-30 cm. diametri, cortice interrupte lon- 
gitudinaliter sulcato, ramis novellis fuscis crebre lenticellosis, len- 
ticellis oblongis sordide albescentibus, foliis oblongo-ellipticis lon- 
giuscule petiolatis, petiolis supra canaliculatis 1,5—2cm. lg.; laminae 
5,5—9cm. lg. et 17—32mm. It. discolores, glabrae, supra cas- 
taneae nitidae, subtus sordide glaucescentes, apice acutiusculae vel 
obtusae, basi angustatae et in petiolum brevem decurrentes, mar- 
ginibus convoluto-reflexis integerrimis, nervis primariis supra an- 
gustissime immersis subtus prominulis. Inflorescentia subterminalis 
paucifasciculata subcorymboso-paniculata, 3—multiflora, 5—7 alta, 
ramulis et pedunculis erectis, pedunculis 1,5 cm.lg.; calix 1,5 cm. lg., 
segmentis valde inaequalibus, 5 vel abortu 4, 3—seriatim dispositis, 2 
exterioribus magnis aequalibus oppositis aestivatione valvatis, 2 
medianis valde minoribus exteriorum medium non aequantibus, 
oppositis, intimo (quinto) minimo secundae seriei medium non attin- 
gente; corollae 2,5 cm. lg. extus glaberrimae, segmentis tubum 
aequantibus vel paulo superantibus, tubo 1213 mm. lg., segmen- 
tis 14-15 mm. Ig. et 5 mm. latis, apice obtusis, intus infra medium 
dense sordide albido pilosis, tubo intus supra staminum insertio- 
nem glabro, infra eam piloso, staminibus, 3 mm. lg. et 1mm. It.; 
ovarium glaberrimum 1,5mm. alt.; stylus 3mm. lg.; folliculum 
elaberrimum tocm. lg. et 7 cm. latum subrotundatum apice obtu- 
sum, marginibus nitentibus et subinflexis, extus tumidis, post ex- 
siccationen puls minus longitudinaliter rugosum, stipite breviuslo, 


— 376 — 


sutura custali 5cm. lg. recurva, parte ventrali valde convexa, 
semina orbiculato-rotundata 7 cm. diametro, germen ellipticum 2 cm. 
lg. et 1,5 cm. latum. 

Habitat in silvis Mattas do Grongogy dictis, civ. Bahia, legit 


Limeira, (nº 17.935). 


Tabula nostra, 35. 


Apoz insistentes pedidos para que nos fosse remettido material 
de flores e fructos da «Quina de Camamú», recebemos do sr. Li- 
meira, o material colhido nas mattas do Grongogy, que nos serviu 
para a descripção detalhada da especie, que embora tenha sido 
descripta já em 1799 por Frei José Mariano Vellozo como Cou- 
tinia illustris Vell. em sua Quinographia Portugueza, pag. 166—170, 
estampa X, nunca mais foi colhida senão agora depois de -decor- 
ridos 126 annos! 

Vellozo deu-lhe pormenorizada descripção e um optimo dese- 
nho, a descripção, porém, que foi feita pelo desenho é falha devido 
á interpretação erronea dada aos segmentos do calice e á semente. 
Referindo-se ao calice, Vellozo diz: «Periancio minimo de cinco 
folhinhas», etc., porém, evidentemente não se trata de um calice 
minimo como o suppoz aquelle botanico, antes pelo contrario, é 
o maior calice que figure no genero Asfidosperma, pelo menos 
em proporção a flôr, chegando os segmentos externos (que lem- 
bram duas bracteas) a attingir -1,5 cm. de comprimento. E” ver- 
dade que se trata de um calice anormal, tendo os seus segmentos 
(alem de muito desiguaes no tamanho) dispostos em tres pseudo 
verticillos (!), sendo que o primeiro destes é formado pelos dois 
segmentos maiores que se vêem na estampa 35 fig. b e que são 
oppostos entre si, assim como os do segundo verticillo; ambos 
estes vercillos são de prefloração valvar, sendo os segmentos do 
segundo menores que a metade do primeiro; finalmente temos o 
terceiro verticillo formado de um só segmento e que é o menor 
de todos, mal attingindo a metade dos segmentos do segundo. 

Da semente diz o auctor: «semente alada elliptica, chanfrada 
na base e no chanjro com uma pequena haste, que figura o pé 
da semente». Essa descripção concorda perfeitamente com o ger- 
men, sendo que a semente é orbicular e sem chanfro, estando 
presa pelo centro do disco; o pé a que Vellozo se refere é a 
radicula inserida no recorte dos cotyledones, 


opte LAT ( Ge 


E' preciso notar, que o illustre naturalista patricio não fez a 
sua descripção pelo material botanico, mas sobre o desenho que 
acompanha o seu livro, como elle mesmo declara duas vezes em 
sua Quinographia, sendo dahi facil comprehender o engano do 
auctor quando se refere aos dois segmentos maiores do calice que 
elle tomou por bracteas. O que elle suppoz ser realmente o calice, 
são os tres segmentos internos deste e as duas metades do ovario, 
conforme verificamos no material examinado e se deprehende da 
estampa da citada Quinographia. 

São estas, evidentemente, as razões porque não foi reconhe- 
cido o genero Coutinia, por Bentham ou por Mueller Argoviensis; 
o primeiro, auctor do genero Aspidosperma, talvez nunca tivesse 
visto a obra de Vellozo; o segundo, auctor da monographia das 
especies deste genero na «Flora Brasiliensis», commenta a Coutinia 
illustris sem comtudo chegar a um resultado positivo quanto ao 
genero. 

Se, portanto, não houvessem já decorridos mais de 50 anno 
entre a data da publicação do genero Aspidosperma por Bentham, 
e a do presente trabalho, teriamos que confirmar o genero Cou- 
tinia e passar para este todas as especies daquelle que seria, neste 
caso, recolhido á synonymia. 


-— 


ty 
in 


JARD. 


EXPLICAÇÃO DAS ESTAMPAS 


Estampa, 26 


Paspalum marmoratum Kuhlmann, n. sp. 
Fig. a planta em m. n. 
» b espicula vista pela parte anterior (aug. q 1/2 vezes). 
» € » » de lado (aug. 9 1/2 vezes). 


' Estampa, 27 


Paspalum tumidum Kuhlmann, n. sp. 
Fig. a planta em m. n. 
» b rachis commum (aug. 8 vezes). 
» c espicula vista pela parte anterior (aug. 7 vezes). 
» d » » dé lado (aug. 7 vezes). 


Estampa, 28 


Ampelocera glabra Kuhlmann, n.'sp. 
Fig. a ramo com flores e folhas novas em m. n. 
» b fôr masc. (aug. 4 vezes). 
» ce » hermph. em corte vertical (aug. 4 vezes). 
» d fructo em m. n.; e o mesmo em corte vertical. 
» f semente vista de frente e de perfil em m. n. 
> g » em corte vertical, em m. n. 


Estampa, 29 


a-g Brachynema ramiflora Benth. 
Fig. a flôr em m. n. 


» b base da flôr (aug. 3 vezes). 
» ed 2 typos de ovarios em corte vertical (aug. 3 vezes). 


» e ovario em corte transversal (aug. 4 vezes). 
f fructo em m. n. 
» £ semente em corte vertical, m. n. 


nd 


h-m Cyrillopsis paraensis Kuhlmann, n. g. et n. sp. 
Fig. h folha com inflorescencia em m. n. 
» à fôr em corte vertical (aug. 5 vezes). 
>» JJ estame antes da anthese (aug. q vezes). 


— 380 — 


Fig. k ovario em corte vertical (aug. 7 vezes). 
» 1 » » >» transversal (aug. 10 vezes). 
>» m » — fecundado e algo accrescido (aug. 5 vezes). 


Estampa, 30 


Parkia Ulei (Harms) Kuhlmann, nov. comb 
Fig. a inflorescencia em m. n. 

» b flôr hermaphrodita em corte vertical (aug. 5 1/2 vezes). 
» Cc >» neutra em corte vertical (aug. 5 1/2 vezes). 
» d >» masculina em corte vertical (aug. 5 1/2 vezes). 
>» e estame jov. (aug. q vezes). . 
» f bractea vista pela frente e pelo dorso (aug. 5 vezes). 
» € calice (aug. 5 vezes). 
» h legumem em m. n. 
» 1 parte do legumem mostrando a semente em m. n. 
» JJ semente em corte transversal. 


Estampa, 31 


a-g Ptychocarpus apodanthus Kuhlmann, n. g. et n. sp. 
Fig. a flôóres femininas (aug. 2 vezes). 
» b perigonio da flôr feminina aberto e distendido (aug. 2 vezes). 
» € ovario (aug. 2 vezes). 
» d >» em corte transversal (aug. 4 vezes). 
» e fôr masculina acompanhada de botões (aug. 3 vezes). 
» f perigonio da flôr masculina aberto e destendido (aug. 3 vezes) 
» € fructo em m. n. 


/-! Duckeodendron cestroides Kuhlmann, n. g. et n. sp. 
Fig. h ramo com parte da inflorescencia e fructo novo em m. n. 
i for em m. n. 
) estame (aug. em 5 vezes). 
» k grão de pollem (aug. 320 vezes). 
| ovario em corte transversal (aug. 10 vezes). 


>» 


» 


» 


Estampa, 32 


Sterigmapetalum obovatum Kuhlmann, n. g. et n. sp. 
Fig. a fôr masculina (aug. 2 vezes). 
» b > » em corte vertical (aug.) 
» cd petalas (aug. 2 vezes). 
» e estame de frente e de perfil (aug. 6 vezes). 


— 381 — 


Fig. f rudimento de ovario da fôr masc. (aug.) 
» £ calice feminino com ovario em corte vertical (aug. 3 vezes). 


De is E » » estaminodios (aug. 3 vezes) 
» 1 capsula emm. n. 

SR >» » corte vertical. 

» k » > » transversal na base (m. n.) 


» 1 semente em m. n. 
» m embryão (aug. 2 vezes). 


Estampa, 33 


Dialypetalanthus fuscescens Kuhlmann, n. g. et n. sp. 
Fig. a ramo florifero em 3/4 de m. n. 
» b petala vista pelo dorso em 3/4 de m. n. 
» oc estames vistos de frente e de perfil (aug.) 
» d estame em corte transversal (bastante aug.) 
» e grão de pollen (muito aug.) 
» f pistillo (bastante aug.) 
» £ capsula em 3/4 de m. n. 
» h sementes (muito aug.) 


Estampa, 34 


Hilla viridiflora Kuhlmann et Silveira, n. sp. 
Fig. a folha em m. n. 
» b estipula em m. n. 
RR Cc flor em mn 
» d fragmento da corolla com estame em m. n. 
» e capsula antes de estar madura (em m. n.) 


Estampa, 35 


Aspidosperma illustre (Vell.) Kuhlmann et Pirajá 
Fig. a ramo com inflorescencia. 
» b os lobulos do calice. 
calice e botão. 
corolla deplanada. 
estame. 
ovario e piístillo. 
» £€ fructo de perfil. 
» h semente. 


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- 


* OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS 


MPRARE, RS pone > e gro 


OBSERVAÇÕES METEOROLOGICAS 


As observações meteorologicas, realizadas no Jardim Botanico 
durante Io annos, fornecem os dados sufficientes para serem 
estabelecidos os valores médios dos diversos elementos do seu 
clima. 

A temperatura média annual deduzida de dez annos de obser- 
vação é, no Jardim Botanico, de 22º.2, ou oo.5 mais baixa que 
no Observatorio Nacional. As médias das maximas e das minimas 
são, respectivamente, de 270.2 e 180.5. Os mezes mais quentes, 
janeiro e fevereiro, dão a média de 25º.2 e os mais frios, junho, 
julho e agosto, 19º.5. As temperaturas extremas registradas du- 
rante o periodo de observações foram 38º.9 em setembro de 1916 
e 80.2 em julho de 1918. A média annual do thermometro humido 
é de 200.1 (Vide quadros ns. 1, 2,3,4, 5 6 e7 e diagrammas 1, 
ibres PIE). 

A humidade relativa é bastante forte, 83.2 %, mais 5 % que 
no Observatorio Nacional (78.26) o que se deve attribuir á 
frondosa vegetação que cobre a área do Jardim. Abril é o mez 
de média mais alta, 85.8 %, e novembro o de média mais baixas, 
81.3 % (Quadro n. 9 e diagramma V). 

A chuva cahida annualmente no Jardim é, em média, de 
r5oomm, emquanto que no Observatorio Nacional é apenas de 
1200mm (O numero de dias de chuva é de 150 por anno (Quadros 
II € 12 e diagrammas VI e VII). 

A tensão do vapor é 16mm.5, pouco mais que no Observatorio 
Nacional, 16mm, 

A evaporação á sombra é muito baixa dando a média 
annual de 493.5 (Quadro n. 10). 

Comparando o climogramma do Jardim Botanico com o cli- 
mogramma padrão brasileiro, que representa O clima ideal para 
o Brasil, podemos rapidamente formar uma idéa das condições 
climaticas do Jardim Botanico. O climogramma padrão brasileiro, 
formulado pelo professor Henrique Morize, extrahimos do seu 
notavel trabalho «Contribuição ao Estudo do Clima do Brasil». 


L. D'OLIVEIRA. 
JB: 


— 387 — 
QUADRO No 1 
Temperatura média 
1914 — 1993 
MEZES I9I4 | I9I5 | I9IÓ | I9I7 | I9I8 | I9I9 | 1920 | 1921 | 1922 | 1923 |Média 
| | | | | 
ameios so = |25-1|26.4/24.5 | 25-3 250 |23.9 | 25.6 25.6 126.2 | 25.6 | 25.3 
Fevereiro. ........ 24.8 /|25.3/24.3|25.1|25.0|24.0|25 8|26.2 25.8 | 25.1 25.1 
Nigidso pa sara |25-1/24.8| 23.9] 23.6 |24.4 | 23.3 24.6/]24.6 | 25.4 | 25.0] 24.5 
Nils SR a os 22.2) 24.2 | 22,5 | 21.7 | 22.9] 22:8/23.0| 22.4 |22.8|23.6| 22.8 
MEMO calda 192] [2876] 272) o i6 278) 27.3 [20.5] 20:9 | 274] 22:0 [272 
unos so o 21.4 |20.2/21.0| 17.6 | 19.3 | 19.6 | 19.5 | 19.8 20.0 | 20.5 | 19.9 
Júlio so A |20.0| 19.5 | 19.8/ 18.3 18.1 | 18.8/20.3| 18.2 | 18.9| 18.0 | 19.0 
ENS OSEO ie tao oo |20:1/21.1/20.0| 18.7 | 18.3|18.8| 18.4 |20.9| 20.0 | 20.0 19.6 
Setembross =. |22.2 27.3 22.0 | 19.7 | 19.9/21.4|20.0|20.5 | 20.5 |20.5| 20.8 
Onnistloros cas ssa ane 21.7 |21.2|20.9/20.3 |21.7/22.5/21.6 /20.9|21,1|21.0| 21.3 
Novembro ........ 25:2/22.4|23.3|21.2/22.3/24 7/23.5/21.9|22.7|22.8| 23.0 
Dezembrodi.... 23.523 6/23.9/23.6/23.0/24.5|24.2|]24.1 | 24.6 | 25.0 | 24.0 
ATE o a RR 22.5 22.8 | 22.3 Ato | Dita Dt | 2252 oro | ad 22.4 | 22,2 
| | | 
QUADRO No 2 
Temperatura média das maximas 
1914 — 1993 
MEZES | I9T4 | I9I5 | I9IÓ | I9I7 | I9TS | I9I9 | 1920 | 1921 | 1922 | 1923 | Média 
AMET). cre ecerope o é | 309,7 | 31.5 | 29.4 29.9 | 30.1 | 28.5 | 30.4 | 30.4 | 30.7 | 30.8 | 30.2 
Resereiço =. [30:3)| 85.2) [292 [305 50.5)| 28/83) 31.0 30/8]| 30:6 || 291 30h2 
Itarquo 30.7 | 29.7 | 27.9| 28.4 | 29.9| 27.9 | 29.1 | 29,2 | 30.1 | 29.2| 29.2 
ANS es soc srs | 27.6| 29.7 | 27.4| 26.2] 27.7| 27,7 | 28.6| 27.3 | 27.6 | 28.8] 27.9 
tato ERR 25.5 | 29.8 | 26.5 | 24.2 | 26.3 | 27.2 | 26.4 | 26.7 | 260| 26.3 | 26.5 
Mumniio- sogocsel 2H | DESSAS 23.3 | 25.5 25:61 ais io 24:81 25:2) Rosi açÃa 
lho == eus setas | 2-3) 125,0) 025.9] pes aaa | 25:61 2419 | 23.6 [23740 onto onto 
OSCE DR | 26.4 | 264| 24.5| 24.1 | 24.2 | 239) 23.1 | 27.2 25.9 | 25.3| 2501 
Setembros........| 27:7| 26X | 27.0] 24.5] 24.4 | 268 | 25.1 | 24,2 24.5 | 25.1 | 25.5 
(Oxit api oiro | 27.0 | 25.9| 24.9 | 23.9| 25.2 | 26,6 | 269| 24,6| 24.8 | 24.7 | 25-5 - 
Novembro ........ | 28.9 | 26.7 | 27.6 | 25.4 | 26.6 | 29.5 | 28.1 | 26.1 26.5 | 227 
Dezembro ........ | 28.3 280] 283| 29,1] 27.7 | 28.7| 28.7 | 28.2 | 28.1 | 29.3 | 28.4 
| | | | 
AMVETO SEO mp, | 28,1 | 28,0! 27.0 |-261| 26.8| 27.2 27.8 | 26.9! 27.0 | 27.1 | 27.2 
| | | | | 
GS OSSOS OD OSASCO co ID O nTn sos 


— 388 — 


QUADRO Nº 3 


Temperatura média das minimas 
1914 — 1923 


MEZES I9I4 I9IS IgIÓ I9I7 I9IS I9IY9 1920 I921 1922 I9I3 Média 
! 

FARBiNa Asa ma ts 21,2 | 21.9| 20.9| 21.6 | 21.3] 20.6 | 21.5) 27.4) 22.2) 27.7 0R0A 
Fevereiro......... 21.5 | 21.1 | 20.7 | 20.8] 21.0] 21.1! 27,6] 22,3 | 22,0). 27.7 0600 
MEDO More sera 21.6 | 21.6 | 20.8 | 20.4 | 20.6 | 19.8| 21.2 | 20,9| 22.0 | 27.7| 2r,E 
ES A o rio IR o 19.0 | 19.9 | 19.2| 18.6 | 19.9| 19.3| 19.5 | 18.8] 19.3| 20.0] 19,3 
MERO tas si Prda 15.9 | 18,8] 17,5 | 16.2] 18.6] 17.3] 16.6) 16.8) 17.7] 18.8] 1704 
ARO 5.7 soda e aa 17.6 | 16,8 | 17.6] 13.5|] 14.9] 15.5] 15.9] 15.9) 15.9 | 16,5 |0L6RO 
UAHO SR area 15.9| 15.4 | 15.9| 15.0] 14.2] 14.3| 17.2] 73.8) 15.3] 13.2) 0500 
AE AStos rs venta 16.5 | 17.1 | 16,5| 14.5| 13.9| 15.4| 14.9| 16.0 | 15.8| 15.6] 25.6 
Setembro......... 18.6 | 17.2 | 18.5| 16,0| 16.4| 17.6| 16.0| 16.9] 17.2] 16.9) T75H 
DER Ss ud 5 ds 18.3) 17.7 | 17.5| 17.7 | 18.7] 79.4] 17.6) 17.4] 27.2 |. 76 
Novembro ........ 21.0 | 18.3 | 18.5 | 17.6 | 19.0 | 20.6 | 19.6 | 18.0] 18.9| 18.5) Lodo 
Dezembro... csas'> 20.0 | 19.8| 20,1 | 20.4| 20.1 | 20.4 | 20.4 | 20,2 | 20.9| 20.7] 20.3 
MOMO; pois tos ad 18.9 18.8| 18.6| 18.5| 18,2| 18.4 | 18.5 | 18,2] 18,8] 18.5| 18.5 


QUADRO No 4 


Temperatura maxima absoluta 


1914-192 
MEZES 1914 | I9I5 | I9IÓ | I9I7 | 1918 1919] 1920. I921| 1922. 1938.º 

| | | 

É . E =" E 7 | | | 
PANCILOS doraio ce trsta Sao ais 35.0 | 37.4 | 36.0 | 37.2] 33.4 | 36.2 | 36.0 | 37.8 | 35.4 | 35.0 
PEVELEILO E vao ha aa ia 33.8 | 34.0 | 35.6 | 36.4 | 34.0 37.0 | 36.2 | 35.4| 35.8 | 33.0 
MERO = o criado Ds 36.0! 37.3| 34.4| 32.2] 33.8| 30.6] 33.2] 35.2 | 34.4 | 35 
RS Se vistas pa a 34.5 | 33.0| 31.2 | 31.2) 32.2] 32.2| 33.2] 32.6] 33.0] 389 
Ms toa DAS 29.4 | 36,0 310 27.8 31.4 330| 29.8 326| 34.2! 308 
PURO ole saite o ns) RE ai 32.2 | 312| 31.6 | 29.0 33.0 | 32.4 | 30.4 | 31.6 | 31.6 30.8 
MUHO!. sro = nata RT PRI 31.2 | 32.9 | 30.6 | 284 30.2 30:21 :2T.4'| 28.4 | 27.0 | 30:2 
MEOiBSa A SS Sos TEA 34.0 | 31.8| 31.4 | 30.4 | 31.2 | 31.6| 28.2 | 34.2 | 31.4| 308 
DELEILDIO:: sjesura ee sl Store verao 35.6 | 34.8 38.9 32.0 348 35.4| 32.6), 30.0. 28.2 | 33.0 
Outubro is st: «| 32.4 | 32.6 | 30.4 | 33.8| 32.6| 34.4 | 38.6| 29.0 | 32.2] 320 
INOVETDÃO: vielas o = e isa vejo 34.2 | 34.2 | 34.6 | 33.0 | 35.4| 36.0] 35.0 | 29.4 | 32.8] 248 
DEZEMDEO: eus cs ss ps cio 32.8 | 35.4| 35.6| 324| 35.4 | 34.00 | 35.4| 33.0| 33.4] 35.4 
DEISE poco cs te 2 dE SS 36.0/ 37.4|.38.9| 37.2| 35.4| 37,0| 38.6 | 37.8| 35.8] 35.4 


age EO e E pa h 


DIAGRAMMA I 
Temperatura 


1914-1923 


Ra A MJ IA Mi E Rendo 


A Climogramma padrão brasileiro 
B Climogramma do Jardim Botanico 


Humidade relativa 


10 (6) 80 85 

-— CEABaRARERRBRRRRERRERE 
aRRERECL  qI 
nn 
-—JEBREREEERES ECCRS 

E nt | hos 
|| PC EBERREREREAR me Rs 

LC CEaERaERaaC a | 


HA 4 

EEE 
1 CEDER 
—— | CEEESRPAdRRRREECERO 
REcEso 
— Elas 


DIAGRAMMA II 
Thermometro humido 


1914-1923 


230 = F MESA J AN rs) 
É EECAEREE 

oo) | | 

Rê Err 
EE DRVGaaaSaaaaaaSar do 

o CEEE SE 
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o  COaEBERrRGREEa 
MBB DNC CER 


E 
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MEC CCC FCEE 


DIAGRAMMA III 


Oscillação da temperatura 
1914-1923 
4 IME ri al o) ô, Na) 


=== 


M 
E 
É 


Es 


Ê 


L6o 


E 
BRR 


— 389 — 


No ES E o a o E RS a RS, RS O 


QUADRO No 5 
Temperatura minima absoluta 
1914-1993 
O 
e a a pe 
MEZES | I9I4 | I9I5 | I9IÓ | I9I7 | I918 | I9I9 | 1920 | 1921 | 1922 | 1923 Média 
7 SAR e CU, 
JE Hos pe pone e 18.6 | 18.9 | 17.9 | 18 4| 19.4 | 17 6 18.4 | 19.0 /20.4 18,2 | 19.2 
Fevereiro......... | 17.9 | 19.9| 16 8/18.2/18.4|17.0|19.8/20.8|18.0/ 19.4 | 18.6 
NUIRED AS ap SED ADE LOSS ONO |PE73 NG O ISTO 17.2 16.2 | 18.0| 19.2 |19.2| 18.2 
Ananda o + 15.1 16.6] 17.2/14.4| 16.4 | 16.2 | 16.2] 15.6 | 16.6 | 18.2| 16.3 
IMalos see 12.2 | 16.6 | 14.8 | 13.2 I4-4 | 13.6 11.213 4/13.8/12.2] 15.5 
hos osso. 13.0 | 12.2| 13.4 | II.0| 11.0 |12.6/11.8| 10 8/12.0|12.8| 12.1 
lhos eoers é o | 14.0 | 12.3 | I1.2 | II o| 6/52) | 2021) FRA 2 E 8| 12.6 | I10.0| 1) 
ENDOSEO re festa a o = o ERES Ai 1227 PURO O) | LES O!| ELSO [EE o/13.6| 12.6] I2.2 
| | | | vao À | 
Setembro..-......| 14.2) 13 3|14.2|I1.2/12.4/|12.4/|11.8/13.6] 13.8 | 11.4 | 12.8 
Outubro. ......... 13.6 | 13.5| 13.8 EO 15.6 | 15.0 | 14.0 | 13.6 [2-0 E3-2 | LS0o 
Novembro ........|17.3| 15.2 13.8/14.6| 16.6 | 16.4 5.4 | 15.0 15.0 14.6| 15.4 
Dezembro; =... -...) 16.6] 14.9 I6.0 17.0 | 17.0 17.8|17.8/ 16.6 16.8 16.4 | 7 
ATOR o sus TOUS) 2252) 11.2 | 11.0 8.2 11.0 11.2 | 10.8 | 12.0 10.0 | — 
| | | 
QUADRO No 6 
Oscillações da temperatura 
1914-1923 
| | | | | | 
MEZES T9I4 | I9I5 I9T6 | I91I7 | 1918 | I9T9 | 1920 | I921 | 1922 | 1923 Média 
|* | | | | | | | | | 
ERC a Rei qua 
MEMMEIO =» cus 16.4 | 18.5 | 18.1 | 18.8 14.0 18.6 | 17.4 | 18.8| 15.0 16.8] TZ: 
Fevereiro... .....- 15.9 | 14.1 | 18.8| 18.2 | 15.6| 20.0 | 16.4 | 14.6 I7-.8 13.6 | 16 
NEGO = us [16.5 | 18.3 17.1 | 14.4| 15.2/13.4|17.0| 17.2] 15.2 | 16 3] 16. 
sisdiio AP | 19.4 | 16.4 | 14.0 | 16.8 1516 [LOL OMI TÃO 17.0 [16.4 | 15.7 | I6. 
Maio............-| 17.2 | 19-4] 16.2 | 14 6| 17.0 | 20.0| 18.6 | 19.2 |20.4 | 18.6| I8. 
| MEDE io: |19.2| 19 0/18.2| 18.0 |22.0 19.8| 18.6 |20.8| 19.6 18.0) 19. 
| Trilho RR ERR 17.2 |20.6 19.4 | 17.4|22 O | 18.0 | 17.2 | 17.6 | 14.4|20.2 | I8. 
| A OSto. ... e =... .. |22.5 17.3 | 18.7 | 18.7 21.2 20.6 | 16.6 | 23 217.8 19.2) I9. 
Setembro... | 21.4 | 21.5 | 24.7 20.8 |22.4 | 23.0 20.8 | 16.4 | 14.4 | 21.6 20. 
É Dpinbro =. - =... |18.8| 19.1 | 16.6 | 20.0 | 17.0 | 19.4 | 24.6 | 194 9 a 
| Novembro Es EA | 16.9 | 19.0 | 20.8 | 18.4 | 18.8 | 19.6 19.6 | 14.4 | 17.8 19.6 | I8. 
Dezembro......... | 16.2 /20.5 | 19.6 15.4.| 18.4 | 16.2 | 20 8 | 16.4 / 16.6 |19.0) EZ- 
Media sé =. 20. [18.1 18.6| 18.5|17.6| 18 3/ 18.7 18.7 [17.6 17.1] 18.7] 18.1 
| | | | E | 
Absoluta....... 2H as 2 em 26.6 ea ei OO do SS A = 
DO PCB MSC 


— 390 — 


(QUADRO No 7 


Thermometro humido 


1914 - 1923 
MEZES I914 I9I5 I9IÓ I9I7 I9IS IGIG 1920 I921 1922 1923 Média 
Ee E 5. BRR 
ROME e ds re 22.7 123 1/22 3/27.6 S) 21.0] 23202302) DAI 23.3 22.9 
Fevereiro... ....... 22.8/22.3|22.1)22.5|22.4|22.3|23.3/23.9] 23.9] 23.3 | 2250 
Março. ......... 22.5 /22.5/21.9/21.7/22.3 21 5 22.6 22.8) 23.7 23.5) 22.5 
TM 75) UU RE Mg - |20.6|21.7 | 20.7 | 19.9/21.1|20.8/21.1/20.5|21.4| 22.7) 20 
MARIO e te é 17.4|20.5 | 19.3| 17.6| 19.9| 19.21 18 5] 19.1 | 19.9/20.6/| 19,2 
TODO Sassi: 19.1 | 18.3/18.5/15.6| 17.5| 17.5] 17.7| 17.8] 78.3] 19 071204 
DRE o nes oh 17.7 | 17.4 |17.5| 16.6 | 16.6 | 16.6 | 18 4 | 16.0] 17.5 | 16.0) 1740 
NANDA se petição 18.01 18.4 | 18.0/16.2| 15.9) 16.8]16.3/18.5/18.1/|18.7/ MA 
SOLENE O se ceio a =7e0e é 19.6 | 18.6] 19.7 | 17 7|17.5| 19.1| 17.9| 18.9) 18.7 | 18.9) To 
RUE DIO era sura fe io 19.7 | 18.8| 18.9] 18.9 | 19.81 20.7 | 19.2 | 19.3 | 19.4 | 19.5 | 19,4 
Novembro........ |22.5/19.6|20.7|19.1/20 3/22.1/21 I| 19.8|20.8]| 20.6] 20.7 
Dezembro........ 22.4 | 213 |21.3 | 21.1 |27.2/22:2)21 7/22/0295] 2200000000 
AMO sa sets 20.4 |20.2/20.1 | 19.1 |19.8/20.0/20.1|20.0 | 20.7 '20.7| 20.1 
| EE AS IS 
QUADRO No 8 
Humidade absoluta 
1914-1923 
MEZES I9I4 I9I5 I9IÓ I9I7 I9IS I9I9 1920 1921 [922 | 1923 Média 
ET RA 19.1 | 19.7 | 18.6 | 18.9/ 19.4 | 18.2 | 19.4| 19.9|27.2|]20.1| E9.4 
Fevereiro......... I9.2| 18.2 | 18.4 | 18.7/18.7|18.9/19.8/20.6|21 I|20.4| ID44 
MARCO ss douta I8.9 | 18.8/ 18.6 | 18 2/18.8/18.0|] 19.3 |19.8|21.0|20.7| T9.2 
ADriL Ss visse se saços 19.2 / 18.0) 17.3] 16.4 | 17.7 / 17.1 |17-6/ 17.1) 18.3 | 19.0) 1008 
1 FE no E E PD I3 8/ 16.4 | 15.4/ 13.8/ 16.2) 15.3) 15.0) 15.5| 16.7 | 17-40] DER 
DRA SOS do io + I4.8/ 14.7 /14.6| 12.1 |14:3| 14.0 | 14.2) 14.2] 14-8 | 15.0 
ITGREERO 3 je orcs fot ares 13.4 /13.6/13.6/13.2| 13.4/ 13.0 | 14.7 | 1244 | 14-2| 12.0 RARA 
A OSTO, qua apuro eai 12.9/ 14-71 14.4 | 12.3) 12.2) 13.3/ 12.6] 14.7] E4-4 | TASSO 
DOLSHIDLO« Sscere vo é 15.5 | 14.6] 16.0 | 14.0] 13.5) 15.4/14.1/15.4| £5.X/ 150/0800 
IIEELDIO mo eis ao 15.7 | 14-7 | 15.3) 15.7] 16.2] 17.1 | 15.3/15.7] 15-60) TOS Ea 
Novembro... «0» I8.9/15.1|16.6| 15.3] 16.7/18.2/17.3/16.0| 17.41 16.0 [20.8 
DEzembros..beçis 17.6 /17.6),17.4/17.2) 17.6) 18.5] 16.4 | 18.5) 19.3 | 1907000800 
ATELAOS. apoteose 16.6 | 16.31 16.3/15.5/16.2/16.4/16.3/16.6| 17.4 | 17.4) 26.5 
Es ea e ERR Us L == 


DIAGRAMMA IV 
Humidade absoluta 
1914-1923 


DIAGRAMMA V 
Humidade relativa 
1914-1923 
J F M Á M 3! o! Á Ss (0) N D 


— CERA ERREI 
BMEBRPVISS ER 
BSM INE re eMPEsA 

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BERRO EE A PERR 
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— 3901 — 


QUADRO No 9 
Humidade relativa 
1914-1923 
| | | | | I E 
MEZES | I9I4 1915 | I9IÓ | 1917 | 1918 | I919 | 1920 | 1921 o 
| ES! | | 
| | | 
Janeiro..........: |81.2|78.0/81.8]80.5|83.4|82.6|80.8|82.8]84.7|83.2| 81.9 
Fevereiro... ....... [88.3 76.6 |82.3|80 4/81.0'|86.3|81.9|82.7 185.6 |86.1| 83.1 
WE GD a oosboo S500 [81.0 /81.2/84.8 | 84.1 |83.8| 86.0 |84.8 | 86.7 |87.5|88.0| 84.8 
EN DIGLE obaaennara eae is é 87.1 81.4 |86.2/85.8/85.4 | 84.2|85.2|85.6|88.8/88.4| 85.8 
MÍSO ndo E IR |84.3/77.1|83.2/82.6|84.3|82.6 83.7 85.9|88.0/88.5| 84.0 
Mitos ES o SR [79.6 84.7 | 80.6 82.2 /84.9/83:7/84.3/83.7]85.4|87.3| 83.6 
Tb) [78.8 / 82.3 80.7 84.4 |86.0| 82.6 84.1 |80.8| 87.9 |82.5| 83.0 
Rostos eloa 79.5 81.0 | 84.1 79.2 |79.2|83.1/81.7/81.8|84.0|84.6| 81.8 
Setembro ---:.... | 79.9 | 79.7 |81.7 |82.9/81.1 | 83.2 |82.6 |86.0| 84.7 |85.8| 82.8 
Ebro - 81.3 79.9 83.3 88.6 84.5 85.1 81.0 86.2 |85.5 86.7 | 84.2 
Novembro......... 83.2) 75.5 78.8 81.5 83.1/80.0|81.3|82.0|84.9|82.4| 81.3 
Dezembro........ |83.1 /81.7/80.9 | 80.6 83.1] 81.6 |80.3| 83.8] 83.9] 83.9| 82.3 
| | | | EE SE 
AMOR Sa ova jo 072 na 3|80.0 82.3 | 82.7 | 83. 3| (83 RE 84.0 85.8 85.6 | 83.2 
| | | | 
QUADRO No 10 
Evaporação 
1914-1923 
| | | | | | | 
MEZES | I9I4 | I9I5 | I9IÓ | I9I7 | I9IS | I9IQ9 | I920 | 1921 | 1922 | 1923 
| | | | | | | | 
| | | | | | | | 
Janeiro ..... 63.2) 64.8] 430) 499| 454| 413] 492| 45.5) 431] 627 
Fevereiro ... | 460) 589| 357| 46.7| 478| 321| 45.5) 516] 439) 399 
WiaTço 5706 | 25.8, 37.4| 386| 424] 300) 38.5) 335| 348] 39.5 
Aorodl ip A | 364) 440] 31.3 | 341 33:53 487] 36.2 24.2] DS ana 
Wiaio . e .-a. | 37.2] 66.2] 40.7 | 37.4 | 36.9) 400] 374] 334) 29.0) 34.4 
Minho... | 529) 340] 455| 338] 390] 34.3) 323) 366] 360) 40.3 
Mulho e. E 2 SA | GOT]! 245 30.3 | 34.6) 34.6) 459 424] 33.8 | 52.9 
Agosto ..... DEs2i6 | 46io] 133.7| 46,6 | 59.5) 35:50 3/09] 47.9 | 431) 46,6 
Setembro ... | 59.9) 484| 439] 37.6) 436| 43.5| 376] 339| 38.6 | 42.0 
Outubro .... | 37.7| 49:5| 35.3| 244| 324| 329] 37.5) 354| 42.6 | 43.2 
Novembro .. 26.0 | 56.1 | 50.3 | 41.7 | 38.7 | 53.6 | 413] 48.5 | 44.7) 39.2 
Dezembro .. | 46.1, 45.6 | 27.4) 487] 36.1 | 48.6 | 45.4| 471] 506) 478 
Nao | s7ro| STT4 448.7 | 1692 480.7 | 461.7 | 484.3 | 480.0 | 468.0 | 523.8 
| | 


— 392 — 


QUADRO Nº 11 


Precipitação 
1914-1923 
DM Sd 
em | Ru po 
A 1914 | 1915 | 1916 | 1917 | I9IS | I9I9 | I920 | 1927 | 1922 | 1923 
| 2 so al abro Sal | | |: | 
STAR | | | 
Janeiro...... | 59.2] 66.9] 135.0] I01.5| 145.2] 159.5] 55.3] 221.5] 13 117.7 
Fevereiro,... | 71.4] 0.3 188.4) 110.7) 77.9| 140.9 206.3, 198 4| 176 8| I41.3 
Março ...... 54.6] 130.2] 379.5] 97.9 104.2] 108.0 81 ! 100.1) 375.4 186.4 
Abril. | 194.8] 34-7| 189.8] 108.7] 137.0 43.7] 61.4] 82 6] 360.9) 104.1 
Mo o | 57.7] 148.0| 148.1| 181.8] 236.9] 20 5| 63.4) 144.4] 136.4] 85.1 
Junho ...... 6.1) 280.3] 236.7) 67.8] 45 2] 80.2) 269.2] 224.2) 97.9 107.0 
3 Te ea | 11.4) 169.5] 143.2 149.I| 202.7] 9.4] 45.9) 85.7] 38.2] 31.7 
Agosto...... | 19.9] 98.1] 85.7] 110.8] 87.7] I01.2| 209.6) 33.3] 25.9) 345 
> | | | 
Setembro... 59.8] 53.5) 42.8| 104.3] 219.7] 105.8] 91.1] dad 32.5! 128.4 
Outubro..... 115.9| 102.9| 213.5| 252.3] 219.7] 206.0| 196.5] III.9| 99.0] 132.0 
Novembro... | 59.7] 71.7) 73-2| 135.9 266.2] 230.1) 114.2 28.4) 157.5| 162.3 
Dezembro... 207.5) 238.6] 345.3] 59 3, 89.4| 135.2] 125.4) 160.6] 172.9| 233 8 
ANHO 2%. . e 918.0 1394 7/2181.2/1480.1 1831.8|1340.5|I519.4 1462.1/1786.5 1464.3 
| | | | | | 
QUADRO No 12 
Numero de dias de chuva 
1914-1923 
ee e - TE — ——e—— em 
| | | | | 
MEZES | I9T4 | I9T5 | I9I6 | I9T7 | I9I8 | 919 | 1920 | 1921 | 1922 | 1923 
| | | | | | | 
FER MH ras 
AMENO sp Sm vio | 22%) q rs (0Es [forr | RA | 23 | 18 
DENEREIROS Sae coá co e nE | 11] 1) 18 | 13/04 | 140] 130%) 00 EDNA 
MERO ES on Sc ásnto | 7º] s2º[048 1 Ta [ES | Mao | 10 ):20 000 
Do RR TA el 9% qltrz 1T5 T7 | |: O |-T2 7 
oe PR SAE da SM 5 8 Net | Nao A 954 0/1008 13 
à pr ad ED aj O E RS RO Si | 6 | 6 5) 4 |-c9. 0008 
ILE Roso eia o Dis aro io aliorp' é PRI TG 8 E 74 mo ia 9 
co ce Pl RAS APR Re DOAR: dd PORT Ra | a | Noa 6 
Setabro. aire nos 8 | 10 7 O o o) 9 | 13 | xr | xo MRE 
Ontabio.-..2b ste. o qo I5 20 | 20: | x67] TO 24 | 15 19 
Novembro... 5... ... 0 13 Aro Virar tos II 15:| 13) 191 66 I4 
Dezembro............. 12) 17) 15 | 15/56) cê) nda a | 9 
=| ld a IE | = 
ABBOSt A ds 93 |IIO |155 | 164| 144 | 127 | 125 |137 |152 | 150 


Es l | | | 
SS 


DIAGRAMMA VI 
Chuva 


4914 1915 1916 1917 1918 1919 1920 1921 1922 1923 


fifa dg RE = ÇA em 
Cons DS ode 


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DIAGRAMMA VII 


Chuva 
1914-1923 


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